Há Males Que Vem Para o Bem
Autora: Cherry
Beta: Teesh



Ela sentiu que alguém a vigiava. Fingiu não se importar com nada, ela queria sair bêbada daquele lugar, sua moral já tinha sido abalada com o que acontecera antes dela chegar ao bar em que estava. Queria esquecer as cenas que vira, mas lembrar-se de seu namorado seminu arrancando as roupas de uma loira azeda no sofá de sua sala não ajudava muito. E a cada gole de vodka que tomava, parecia que as cenas reapareciam com mais força para ela.
- Que porra de vida a minha. – Disse, olhando para seu copo de vodka. – Queria ser transparente igual a essa bebida. Mas o que eu estou falando? Aff, eu já devo estar bebassa, estou falando sozinha. – Abaixou a cabeça no balcão e acabou cochilando. Foi acordada pelo barman, que mesmo embriagada e sonolenta, não deixou de observar ser lindo.
- Acho que já está na hora da mocinha ir pra casa, quer que eu chame um táxi? – O barman foi atencioso, porém ela não lhe deu ouvidos e foi grosseira com ele.
- Mocinha um caralho! E eu não quero táxi nenhum, você não tem nada a ver com a minha vida e pode me dando outra dose dessa aqui, que hoje eu quero morrer bêbada pra aquele filho da puta morrer de remorso. – Falou, totalmente enrolada, mas ele, acostumado com os bêbados do bar, conseguiu entender o que ela disse e sorriu, mesmo sendo ofendido pela moça, pelo o que dissera, com certeza, ela tinha sido traída e tentava afogar as mágoas com a bebida. Ficaria de olho nela para que não fizesse besteira, não era sacrifício nenhum ficar de olho na mulher mais bonita que entrara no bar àquela noite.
- Tudo bem. Você sabe o que faz, só espero que não se arrependa amanhã. – O rapaz a serviu de mais uma dose e a garota tomou sua vodka com calma, lembrando-se mais uma vez daquelas cenas horrorosas.

Flashback on:
sentia-se feliz por estar comemorando um ano de namoro com Bruno. A noite eles sairiam juntos, iam jantar no mesmo lugar onde se encontraram pela primeira vez. Ela trabalhava lá, na época, como recepcionista. Ele estava acompanhando os pais em um jantar de negócios da família. trabalhava para terminar de pagar a faculdade de Propaganda e Marketing que fazia. Eles comemorariam um ano de um amor incondicional que ela sentia. Aproveitaria também pra dar a noticia que havia sido promovida, após seis meses em seu novo emprego em uma multinacional, tudo por causa de sua dedicação e amor ao que fazia. Seu relacionamento era deixado de lado, às vezes, por causa disso, mas o amor entre os dois era tão forte que nada os abalava, era o que ela sentia. Agora ela teria o seu apartamento, e queria sua ajuda pra escolher o seu tão sonhado cantinho.
O que não sabia era que teria uma grande surpresa aquela noite, nada agradável, por sinal. Ficou marcado de se encontrarem no apartamento dele às nove da noite, mas, ansiosa do jeito que é decidiu passar mais cedo pra contar a novidade, não aguentava segurar esse segredo. Ao chegar ao prédio, pediu pra não ser anunciada pelo porteiro ao namorado, o que poderia evitar a decepção que teve assim que chegou ao apartamento.
Ao abrir a porta, que não estava trancada, deparou-se com a terrível cena. Bruno estava apenas de cuecas beijando os seios de uma loira burra que gemia feito uma sirene apenas com as carícias iniciais dele. Ficou boquiaberta e sem reação, e continuou ali, na porta, os observando. Seu namorado acariciava o corpo da loira com tesão e os olhos de encheram-se de lágrimas, ele parecia ser tão selvagem com ela, coisa que com a própria ele não era, sempre fofo na cama, ela queria que ele fosse assim com ela. Decidiu tomar uma atitude e finalmente se pronunciou.
- Então é assim que você comemora o seu um ano de namoro, Bruno? – Disse em tom calmo, não iria se exaltar, não agora. Bruno se assustou com a voz da namorada e largou a siliconada no sofá, sem entender nada, com os seios à mostra.
- Não é nada disso que você está pensando, Dani. – Mas que frase mais cafajeste e ridícula pra se ser dita nessas horas, pensou.
- Claro que não, né, Bruno? Eu chego aqui e pego você sugando os peitos dessa vagabunda e não é nada do que eu to pensando? Tava fazendo o que? Equilibrando o silicone dos seios dela? Por acaso o médico errou os mililitros e você está sugando o que foi colocado a mais? Faça-me um favor. Eu amava você, Bruno! E, piranha, cubra esses peitos! – jogou a camiseta do namorado, que estava no chão, pra cima da loira, para que ela se cobrisse.
- Você não me disse que tinha namorada, Bruno. – A loira finalmente se pronunciou, assustada.
- É, Bruno, você deveria ter avisado, mas agora, querida –virou o rosto em direção à loira– não precisa mais, porque ele não tem mais namorada. – Disse a última frase olhando para o namorado.
- Nunca tive mesmo. – O rapaz respondeu baixinho, mas a menina ouviu.
- Como é que é? – Perguntou, incrédula.
- É mesmo! Eu nunca tive namorada, quando apenas ficávamos era ótimo. Foi eu pedir você em namoro que você mudou. Você começou a se dedicar mais ao trabalho, não podia me ver. Eu precisava de distração, Dani. Eu sou homem, tenho necessidades. – Ela ficou sem palavras, então ele a traía há meses?
- Eu me dedico ao meu trabalho, pois eu tenho planos pro meu futuro, o nosso futuro. Não sou mulher de ficar na aba do marido, ainda mais você, sendo rico e eu não. Eu tive que lutar pra chegar onde cheguei. Não queria que seus pais dissessem que eu estou com você pra dar um golpe e ficar com seu dinheiro. Não preciso e nem quero precisar dele.
- Pois então fique com o seu emprego, sua magrela. – Seus olhos estavam cheios de lágrimas, não o conhecia como achara. Ele era um ridículo, que não merecia o amor que ela deu a ele. Menosprezá-la dessa forma doía mais do que saber que fora traída. E ela tinha tantos atributos quanto a loira jogada no sofá, e tudo natural.
- Faça você bom proveito dessa siliconada, que ele estoure e você morra afogado com o silicone. – Ela saiu sem demora daquele lugar. Não acreditara em tudo o que vira e ouvira. Nem teve a chance de contar a sua promoção no emprego.
Não queria ir pra casa de sua amiga, dividia as despesas com uma amiga de faculdade e, mesmo depois de formadas, elas continuavam morando juntas, pelo menos até uma delas comprar um apartamento. O que acontecera primeiro com . Foi então que se viu passando em frente ao bar pouco conhecido da cidade e entrou para afogar as mágoas, beberia ate esquecer o que acontecera com ela.
Flashback off


Tomou o último gole da bebida e sentiu-se entediada, olhou para algumas pessoas que dançavam numa pista de dança improvisada num canto do bar e sentiu vontade de fazer o mesmo, o delícia do barman, a essa altura da bebedeira já o chama assim, mesmo que em pensamentos, a olhara, ele realmente parecia preocupado com ela. Que se dane o barman. ficou de pé e começou a dançar a música que tocava, a qual nem prestara atenção em qual era. Apenas seguia as batidas da música e, conforme se mexia, sentia o corpo arder, de raiva, de calor pelos movimentos, de vergonha por ter pessoas olhando, exclusivamente homens. As mulheres que havia ali também a olhavam, porém a achando louca. Os homens gostavam do que via, tinha um corpo bonito, pernas grossas, a barriga lisinha, seios fartos, era perfeita aos olhos deles.
Com o calor que sentia, tirou uma peça de roupa, precisamente a camisa que usava, jogou-a pra cima e rodopiou, rebolando ao mesmo tempo, começara a gostar da atenção que atraía naquele lugar. Não satisfeita, rodopiou em seu eixo, segurando em sua cintura e quando seus olhos cruzaram com o barman, ele sorriu, a achando louca por aquela atitude e ela apenas sorriu, sentia-se leve naquele momento. Foda-se o que pensaram dela, ela gostara do que sentia. Deu um passo pra frente e voltou a dançar, mexia com vontade seu quadril, lançando o olhar para o primeiro cara que vira à frente. O cara sorriu safado e se aproximou dela, segurando com força sua cintura, ela não gostou do atrevimento, mas dane-se. Hoje ela seria louca e faria tudo o que desse vontade.
O homem beijou o pescoço de e ela arrepiou-se. Continuou dançando sensualmente com o rapaz desconhecido e não sentiu ele a puxando para o meio da pista de dança. As mãos abusadas do cara percorriam o corpo de , e o que ela não sabia era que o barman a olhava e estava prestes a tirá-la dali e salvar a dignidade que ainda lhe restava. Enquanto dançava com o desconhecido, olhou em volta e viu que havia outros homens ao seu redor, esperando que este a deixasse disponível. Sentiu-se poderosa com aquilo, e queria que Bruno estivesse ali pra morrer de ciúmes dela, se ele realmente sentisse isso por ela. A raiva voltou com força e olhou o desconhecido e o beijou na boca. Sugou a língua do cara sem pudor, deixando o barman, que ainda a observava, boquiaberto. O homem que era beijado por apertou a bunda dela, a suspendendo do chão. Ela o soltou assim que sentiu o ar faltar. E se soltou dele indo dançar com outro, que sorriu largamente para ela, seu olhar era de segundas e terceiras intenções, mas ela não se importou. Dançou mais um pouco com ele. O ritmo mudara, esse era mais frenético, e eles se sacudiam de forma a simular um quase sexo. Quando o segundo ia beijar , esta sentiu um par de mãos segurar sua cintura e a puxar para trás. Resmungou, sem saber o que acontecia ali. Em segundos estava sendo solta no chão em um canto próximo ao balcão do bar.
- Você não podia ter feito isso comigo... Qual o seu nome? – Perguntou curiosa ao barman, sem entender o que acabara de acontecer ali.
- , meu nome é . Mas pode me chamar de . – Finalmente ela soube o nome do homem mais bonito daquele bar.
- O que houve, , ficou com vontade de me beijar também? – Se jogou nos braços do rapaz, indo beijá-lo, mas ele desviou. - Olha aqui, se não me puxou pra cá pra ficar comigo, o que eu sei muito bem que é o que quer, pois não parava de me olhar, acho bom me deixar voltar pra aquela pista de dança, eu estava me divertindo muito mais lá. – Disse, birrenta.
- Você está muito bêbada, não sabe o que está fazendo, eles estão se aproveitando de você. – Mostrou preocupação com a menina.
- Você não me conhece, não sabe o porquê que estou aqui e não tem nada a ver com quem me esfrego ou não, ok? Agora me deixa voltar pra pista. – Tentou voltar, mas ele foi mais rápido e a segurou pelo braço.
- Você não está bem, se bebeu assim, com certeza tem um motivo, eu trabalho há tempos atrás desse balcão pra saber que, se alguém faz isso, é porque está com problemas.
- Eu já disse, você não tem nada a ver com a minha vida, . Você nem sabe o meu nome. – Ele reparou que realmente não sabia o seu nome, sabia apenas que sentia-se preocupado com ela, nunca a vira no bar e ela parecia não ser uma mulher de cair de tanto beber.
- Vai, me conta o que houve, eu deixo você foder com a sua vida e se arrepender amanhã por isso. – bufou, com raiva, queria estar dançando, e não tendo aquela discussão com um desconhecido. Não queria ter que lembrar do que acontecera, ela já estava esquecendo.
- Eu fiz um ano de namoro hoje, eu ia comemorar nosso aniversário e contar que fui promovida no trabalho e que assim ia poder finalmente comprar o meu apartamento, quando eu fui no apartamento do meu namorado, eu o peguei comendo uma loira falsa e descobri que ele me traía há meses. Satisfeito? – Desabafou, com lágrimas nos olhos. – Agora me deixa ir? – Implorou ao jovem.
- Eu deixo, mas isso não é motivo pra você fazer isso, você é linda.
- Agora você me acha linda, quando eu fui te beijar, você recusou. – Cruzou os braços e nem reparou que não saíra dali como queria, o papo estava bom, estava gostando de falar com ele.
- Não quero me aproveitar de você. Você ainda não me disse seu nome. – Ele levantou as sobrancelhas, instigando a garota a dizer seu nome.
- , mas gosto que me chamem pelo apelido, Dani.
- Ok, Dani, então já está na hora de ir pra casa, não acha? – Ele sorriu simpático.
- Eu já levei um fora e agora tá me expulsando do bar, ? – Sorriu.
- Não. É que a mocinha já bebeu demais por hoje. E logo mais eu terei de fechar o bar.
- Esse bar fecha muito cedo pro meu gosto. – Ela virou-se, indo se sentar no balcão pedindo ao outro garçom uma água tônica.
- Acontece que já são quatro da manhã. Sabia?
- Nossa tudo isso? – Espantou-se pela hora ter voado e ela nem tinha percebido.
- Tudo isso. Você ficou ai sentada nesse balcão acabando com o meu estoque de bebidas que nem reparou na hora. – sorria, conseguiu distrair a menina e tirá-la da pista de dança. E teve a confirmação de que ela fora mesmo traída.
- Pense pelo lado bom, você acaba de ficar rico, já que eu vou ter que pagar por tudo o que consumi. – Desdenhou do garoto, dando de ombro sobre o comentário de acabar com o estoque dele. – Mas acho que tenho que ir embora, então. Eu vou acordar com uma ressaca braba amanhã. Você pode ao menos chamar um táxi pra mim?
- Claro que sim. – saiu de perto de e foi ao telefone que tinha no outro canto do balcão do bar pra ligar para o taxista. Com certeza, esse bar fora inspirado nos bares dos filmes de velho oeste. Olhou para e viu que ela parecia envergonhada e pensara em tudo o que fizera, como disse a ela, reconhecia as pessoas que costumavam beber, e sabia que ela não era esse tipo de gente, sentiu-se mais atraído por ela, já que agora entendia seus motivos para tanta bebedeira. Fora traída. Esse cara devia ser um idiota.
- Pronto, o táxi chega daqui a alguns minutos. Você pode ficar sentada ai enquanto não chega. – assentiu, voltando a beber sua água.
O táxi chegou mais rápido do que eles queriam, ela se despediu dele o fazendo prometer que tomaria um café com ela em forma de agradecimento por toda a ajuda dada a ela naquela noite. Agradeceu por tudo e desculpou-se pelo vexame que devia ter dado e pela falta de educação com ele, ela se lembrara de tudo, infelizmente com ela não acontecia como o de costume de quem bebia muito, ela não perde a memória. E não queria mesmo se esquecer dele.
***

queria quebrar com todas as forças o despertador de seu celular. Comemorou por ser sábado, não aguentaria se tivesse que acordar cedo pra ir trabalhar. Lembrou-se imediatamente do que acontecera na noite anterior, fora traída. Ou melhor, descoberto que fora traída. Continuou a refazer sua noite e sorriu ao lembrar-se que dançou com um desconhecido e depois o beijou. Sentiu vergonha por aquilo, não que fosse uma santa, mas sabia que não se atreveria a tanto se não fosse a bebida. Pensando nisso, lembrou-se também do barman. Qual o nome mesmo??? Puxou pela memória e só lhe veio o apelido. . Lindo. Desistiu de ficar deitada na cama e levantou-se, caminhando até a cozinha para preparar um café, a ressaca era grande, e a dor de cabeça maior ainda. Passou pelo quarto de sua amiga , sem sinal dela, imaginou que tivesse dormido na casa de seu namorado, o que ela também faria aquela noite se não tivesse sido tão trágica.
Se bem que conhecer , isso! era o nome dele. Conhecê-lo fora o melhor da noite, pensara. Mesmo que tivesse levado um fora dele. Gostou do respeito que ele demonstrou ter por ela, realmente ela não teria clima pra estar com outro cara, mesmo se quisesse. Na cozinha colocou água pra ferver, como alguém podia gostar de café de cafeteira? Ela não gostava. Esperou a água ferver para então despejar sobre o coador com o dobro de quantidade de café, pois com aquela ressaca, só um café bem forte pra ajudar, e sentiu o aroma invadir o ambiente, ela amava sentir esse cheiro, de café fresco.
Sentou-se na cadeira e apoiou-se na mesa, encheu-lhe a xícara com uma quantidade considerável para acordá-la daquele transe todo. No primeiro gole, ouviu um barulho na porta, não se esforçou pra saber quem era, pois havia trancado a porta e com certeza era sua amiga, .
- Bom dia, Flor do dia! – A amiga abraçou por trás, sorridente e beijou o seu rosto. - Sua noite foi ótima, hein? Eu fiquei até tarde com o Bernardo aqui e você não aparecia, quase dormi com ele aqui essa noite, se ele não me convencesse a ir pra casa dele inaugurar piscina e... – A amiga ia contando as novidades quando a interrompeu, não queria saber dos detalhes. Não hoje.
- Bom dia, mais ou menos, e eu não quero saber os detalhes, amiga. Respondeu-lhe com mau humor. Ainda não tomara o analgésico pra sua dor de cabeça, então o tom feliz da amiga estava mais alto que o costume para os seus ouvidos, sua cabeça doeu mais ainda.
- Como não? Você ama os detalhes. O que houve, Dani? – já a conhecia há bastante tempo para saber que havia algo errado com a amiga.
- Ontem, quando eu fui ver o Bruno, eu o peguei no flagra com uma loira, nós terminamos. Quer dizer, eu terminei. – Seus olhos encheram de lágrimas, tentou escondê-las da amiga, mas era tarde demais.
- Que filho da puta! – A amiga não se controlou e xingou o ex-namorado de Dani. Sentou-se ao seu lado e abraçou.
- Amiga, como você está? E onde passou a noite? Por que não me ligou?
- Eu tô um caco, . Arrasada, o pior era que ele me traía há meses, desde que comecei a trabalhar, acredita?
-É um veado! – sempre fora desbocada, era quase um menino em corpo de mulher, talvez fosse isso que mais gostava nela. Eram diferentes, mas se completavam. A amizade, mesmo com algumas brigas, era perfeita.
- Depois disso, eu encontrei um bar e entrei pra encher a cara, passei a noite lá. – Ficou sem graça, sabia que ia acabar falando do barman que conhecera, não queria, mas sentia necessidade de falar dele.
- Por isso essa xícara de café tão forte? – Olhou para xícara, vendo o seu reflexo no líquido bem escuro. – Deve estar horrível. – Fez careta, igual a uma criança que toma remédio ruim.
- Está sim. E ainda tem mais. – Tomou coragem pra contar o que acontecera naquele bar – Eu fiquei bêbada a ponto de um quase strip-tease e beijei um cara. – A amiga a olhou espantada, fingindo incredulidade.
- Que safada! Anda, conta-me mais. – Suplicou. Rindo da amiga espantada com tal curiosidade.
- Tem um barman ma-ra-vi-lho-so naquele bar. Ele se chama , passou a noite trocando olhares comigo, foi atencioso ao ver que eu bebia demais. Mas no fim, não quis nada comigo. Disse que não queria abusar de uma bêbada.
- Outro veado. Como assim recusar uma mulher que se joga nos braços dele? – não acreditara na atitude do barman, para ela, outro homem era tudo o que precisaria.
- Não me joguei nos braços dele, ele que me puxou pra um canto, quando eu ia beijar um segundo cara, achei que ele queria me beijar também. – confessou, decepcionada.
- ! A senhora está me saindo melhor que encomenda! – levantou-se da mesa, indo buscar uma xícara para tomar um pouco do café, que mesmo parecendo horrível, foi-lhe bem convidativo, por causa do cheiro.
- Que ditado velho é esse, ? Deve ser a convivência com o Bernardo. – Sorriu, implicando com a amiga. Bernardo era mais velho que dez anos. E tinha, sim, um vocabulário antigo para o gosto das duas, mas nada que atrapalhasse o relacionamento.
- É, mas me fale mais desse seu novo amigo, , né? – Mostrou-se curiosa, sabia que mudando de assunto, a amiga não pensaria na traição que sofrera.
- A gente conversou um pouco. Ok, quase nada, eu fui grossa com ele a maioria do tempo, culpa da bebedeira. Mas ele sempre atencioso e sorridente. Que sorriso lindo o dele. O lugar é ótimo, aconchegante. Um bar. Mas é tranquilo, tem uma pista de dança, lá que eu parecia uma louca e beijei o cara que nem sei o nome. No fim já era quase quatro da manhã e eu nem tinha percebido, ele chamou o táxi pra mim. Acho que queria que eu fosse mesmo embora.
- Deixa de ser dramática, ele foi gentil. Você mesmo disse que ele foi fofo com você a noite toda. Não seria no fim que seria um idiota. – concordou com a conclusão da amiga.
- Combinamos de tomar um café qualquer dia desses e... – Lembrou-se de que não haviam trocado números de telefone.
- E o que, songamonga?? – , bruta como sempre, se não soubesse que essa era a forma dela demonstrar carinho teria se ofendido, mas conhecia o gênio da amiga.
- Não trocamos número de telefone. – Disse, decepcionada e encostando a cabeça na mesa.
- Mas é uma anta! Você sabe onde ele trabalha. Vá até lá e o convide, se quiser eu chamo o Bernardo, e vamos os três hoje a esse bar.
- Você só pode estar brincando. Não vou lá me oferecer pra ele, . E se quiser realmente ir ao bar, eu topo. To precisando me divertir, ainda não esqueci o chifre que tomei.
- Mas vai esquecer. – ligou para o namorado, o convidando para ir a um bar com a amiga. Queriam beber e conversar, lá seria o lugar ideal. E ela sabia que sua amiga iria falar com o barman, estava na cara que ela estava interessada nele.

***


Já se passavam das dez da noite e as duas amigas ainda não estavam prontas, riam feito loucas das coisas que dizia. Coisas como “ele vai te puxar para o estoque e te comer por lá mesmo”. ria sem saber se era mesmo aquilo o que queria, sentia-se atraída por , não sabia o porquê. Talvez fosse o sorriso, ou o jeito que ele a tratou. Só sabia que queria vê-lo outra vez. Mas será que ele queria vê-la novamente? Sabia que dia de sábado devia ser um dos dias mais cheios daquele bar. Talvez não conseguisse falar com ele, não tanto quanto queria, mas não era má ideia ir ao bar encontrar ele.
- Falta muito? – Perguntou Bernardo, impaciente, da sala.
- Estamos prontas! – e surgiram pelo corredor, lindas. Cada uma usava um vestido justo, simples, mas que as deixavam estonteantes, e com certeza chamariam atenção naquele bar. Não exageraram na produção por não ser uma balada, mas não por isso saíram feias dali.
- Como estou? – Perguntou para o namorado, dando-lhe um selinho logo após dar uma volta pra ele a analisar.
- Você está linda! – Bernardo a segurou pela cintura e beijou-lhe a boca. dava tapas nos ombros do rapaz para ser solta, mas estava gostando da atitude do namorado, e quase desistiu de sair com a amiga para ficar com ele no apartamento. pigarreou, chamando a atenção dos dois. Detestava segurar vela, e lembrou-se que dessa vez não teria Bruno pra ajudá-la a passar o tempo ao lado dos dois, hoje sua companhia seria a bebida. Ou um desconhecido.
- Desculpa. – Bernardo se recompôs e soltou a namorada. ria da amiga, sabia que ela detestava presenciar essas cenas.
- Ok, estamos prontas, hora de irmos. – Decretou .
Não demoraram pra chegar ao bar. Mais calma que a noite anterior, pôde ver o nome do bar: “Bar do ”. Sorriu ao ler o nome. Parecia ansiosa, não sabia o que esperar daquela noite. Será que encontraria alguém que a viu dançar feito louca na noite anterior? E se o desconhecido estivesse lá outra vez e tentasse algo com ela, se bem que nem se recordava do rosto dele. Estava tão bêbada, só se lembrava de .
Entraram descontraídos com a música e procurando um lugar pra ficar, dessa vez, pôde observar o lugar, na noite anterior só queria saber do balcão do bar, onde bebera sem parar, dessa vez não. Reparou que havia mesas em uma parte do lugar. Ao meio uma pista de dança, dessa ela se lembrava. O balcão era grande e cheio de bancos, viu uma porta ao final do mesmo, e pensou ser a entrada para o estoque ou cozinha. Sorriu ao lembrar-se do que a amiga disse. Procurou por no balcão, mas não o achou, poderia ser sua folga, ou estava atendendo alguém nas mesas. Voltou a olhar para as mesas, algumas ainda vazias e nada dele, deveria mesmo ser sua noite de folga.
Bernardo escolheu uma mesa próxima à pista de dança. Sentaram-se confortavelmente, um garçom se aproximou.
- O que vão querer? – Perguntou educadamente, olhando para , será que se lembrara dela de ontem? Ou era o seu decote que chamava sua atenção?
- Eu vou querer uma caipirinha. – pediu.
- Nós vamos começar por baixo, queremos cervejas. – Bernardo falou por ele e pela namorada, nunca que deixaria isso acontecer com ela, o cara responder por ela, cadê sua personalidade? – Já você, né, Dani... – O namorado da amiga tentou adverti-la, mas apenas mostrou-lhe o dedo do meio e mexeu os lábios as palavras “velho chato”.
Depois de alguns drinques, continuou olhando as pessoas no bar, querendo encontrar o barman que mexeu com ela no momento mais tenso de sua vida. Tentou não pensar nele, quando olhou para a porta de entrada e viu quem mais queria. Cutucou a amiga por baixo da mesa, atrapalhando o beijo do casal. Fez sinal para a porta e a amiga olhou, ele não estava mais lá e ela olhou de volta pra sem entender nada.
- Ele chegou! – Disse, eufórica, não sabia se era por culpa da bebida ou era alegria de vê-lo ali outra vez.
- Vai lá! – A amiga encorajou.
- E eu falo o que? – De repente bateu uma insegurança em , e se ele não quisesse nada com ela? E se foi só educado? a encorajou com o olhar e respirou fundo, levantando-se e indo ao bar.
Encostou-se no balcão que estava cheio e não o encontrou do outro lado. Frustrou-se em não o ver ali e quando virou-se para voltar a mesa, teve uma surpresa.
- Me procurando? – disse, segurando-a pela cintura.
- Ah! – Olhou para os lados, sem graça – É sim, vim te agradecer por cuidar da bêbada aqui.
- Ah sei! – Fingiu acreditar na desculpa da menina – Quer sentar comigo? Beber alguma coisa? É por conta da casa.
- Vai perder o seu emprego, quando seu chefe souber que anda pagando drinques pra mulheres quem frequentam o bar.
- Eu sou o dono. Que parte do “Bar do ” você não entendeu? – tocara a menina para não parecer grosseiro. Longe disso. Estava feliz por ela estar ali. Ainda mais o procurando. ficou sem graça, lembrara apenas de seu nome, e não seu apelido, por isso o sorriso ao ler o nome do bar.
- Ah, me desculpe, não liguei o nome à pessoa quando entrei e como estava bêbada ontem, só consegui lembrar do teu nome hoje, quando acordei. – Sorriu sem graça.
- Você é a Dani, não é? – Ele caminhou até o canto do bar, o mesmo da noite anterior, e sentaram-se em uma mesa com apenas duas cadeiras, não se lembrara dela naquele lugar ontem à noite.
- Sou, deve ser fácil se lembrar da bêbada que quase fez um strip no seu bar, né? Essa mesa não estava aqui ontem, estava?– não parou de falar, estava nervosa.
- Não tem como não lembrar da mulher mais linda que apareceu em meu bar. – Sorriu pra ela encantadoramente – E sim, essa mesa não estava aqui ontem. Mudei algumas coisas de lugar assim que você saiu, achei aqui bem reservado. Ótimo lugar pra um casal namorar. – Sorriu, safado desta vez – E hoje o clima é mais calmo, às sextas tudo é permitido, inclusive strip-tease. – Sorriu pela referência ao que a menina fez, deixando-a mais sem graça ainda. – Não precisa ficar sem graça, se o fizesse, eu espantaria todos os homens daqui e seria o único a assistir. – Foi quase que direto. Ela sentiu um frio na barriga. Depois dessa, estava claro que ele a queria, e não entendia, mas ela o queria também. baixou a cabeça, procurando uma resposta para tudo aquilo, mas só soube agradecer.
- Obrigada. Pelo táxi, por me proteger, mesmo eu não sendo uma moça indefesa e por, principalmente, não abusar da minha bebedeira como os outros fariam, se não me tirasse dali.
- Quando você entrou percebi que havia algo de errado com você. Eu ia te cantar, mas achei melhor não. Depois de tanta tequila e vodka, achei melhor intervir e o resto você sabe. – Chamou um dos garçons do lugar.
- Eu fui grossa com você, mas, entenda, eu havia acabado de saber que tinha sido traída pelo meu namorado, o pego no flagra. Eu não ia dar mole pra um barman.
- Dono do bar. – corrigiu. O garçom chegou e eles fizeram o pedido. Ela decidiu por um suco natural, não iria beber mais aquela noite, queria estar sóbria para que, se rolasse algo, ele não a recusasse e ela se lembrasse de tudo.
- Que seja! Eu não daria mole a ninguém. – Encostou-se na mesa e apoiou sua cabeça sobre as mãos, que estavam apoiadas sobre a mesa. – O que fazia atrás daquele balcão, Sr. Dono do Bar do ? – Perguntou, divertida.
- Um funcionário meu faltou. E o movimento estava grande, não podia ficar só olhando eles trabalharem. – Segurou o riso.
- Entendi, e eu não estou atrapalhando você a trabalhar, ou vigiar o bar? – O garçom voltou com as bebidas, com uma cerveja bem gelada e a menina com seu suco de manga.
- Não. Hoje está tudo sob controle. E eu estou com uma convidada especial. Eles não vão me incomodar. – Tomou sua cerveja na garrafa mesmo, encarando , que bebia seu suco sustentando seu olhar no dele. Ficaram em silêncio, não sabiam mais o que dizer um ao outro, estava ficando claro que eles se queriam. olhou para a pista de dança e viu a amiga dançar com o namorado e sorriu, achando graça em ver Bernardo todo duro.
- Minha amiga está ali com o namorado. – Apontou para os dois – Trouxe clientes novos pra você. – Sorriu.
- Merece um prêmio – Riu da menina, que deu língua para o rapaz – Quer dançar? Dessa vez comigo e sóbria. – levantou-se e o pegou pela mão, não deixando o rapaz responder.
Se juntaram aos amigos de na pista de dança e não ligaram para a música que tocava. Queriam apenas sentir o corpo um do outro disfarçado em dança. colou seu corpo ao da moça, colocando-a de costas para si. Segurou seu cabelo com força e cheirou sua nuca, sentiu seu corpo arrepiar e virou de frente para , arranhando seu peitoral, sorriu safada. Esqueceu-se de tudo e o beijou. Surpreso pela atitude da garota, levou alguns segundos para corresponder o beijo, mas quando o fez, segurou a cintura da menina com força, arrancando-lhe um suspiro.
- Quer sair daqui? – Ele ofegava e torcia para que a menina aceitasse seu convite.
- Sim – Ela responde>u, sorridente. – Pra minha casa? – Perguntou, descarada. Desde quando tinha essa atitude toda? Com pressa, , a levou para fora do bar, apertou o alarme do carro, destravando as portas, abriu a porta do carona, sem se importar se ele tinha sido ou não cavalheiro com ela. Ela queria selvageria, brutalidade. Não se importaria com isso, não agora. Lembrou-se de enviar um sms pra amiga, assim que ligou o carro, seguindo as instruções da garota para chegar até sua casa.
“Hoje você dorme no Bernardo, porque eu vou dormir com o barman :x”
Desligou o celular e sentiu a segurar pela cintura, aproximando os dois. Ela o abraçou de lado e começou a beijar e chupar o pescoço dele, arrepiando-o.
- Não vou conseguir dirigir com você assim, Dani. – Disse, com dificuldade.
- Você que me puxou pra cá, . – Sussurrou em seu ouvido e mordiscou o lóbulo dele, que suspirou com aquilo. Ele soltou-a, para não correr o risco de sofrerem um acidente. E ela bufou, rindo da atitude dele.
Chegaram à frente do prédio e deixou o carro estacionado de qualquer forma. Entraram como dois amigos, mas foi a porta do elevador se fechar que ele a prensou na parede do elevador, assim que ela apertou o número sete. Enquanto subiam, parecia flutuar ao sentir os chupões que dava em seu pescoço, algum desses com certeza ainda estaria ali pela manhã. Ele abaixava a alça de seu vestido quando ouviram a voz eletrônica do elevador pronunciar o andar. A porta se abriu e pegou a chave com cuidado em sua pequena bolsa.
Abriu a porta com certa dificuldade, já que estava a agarrando, provocando a menina. Caminharam até o quarto dela aos beijos e chupões, com uma das mãos apalpou a bunda da garota, sentindo a ausência de uma peça, acariciou a cintura dela e sentiu o que pensou faltar e cortou o beijo para um comentário.
- Pensei que estivesse sem calcinha. – Sorriu pelo o que disse.
- Posso ficar agora, se você quiser. – se soltou do rapaz, parando de andar e tirou a calcinha bem devagar na frente dele, sem mostrar nada além de suas pernas para ele, que mordeu os lábios, se deliciando com aquela cena.
- Eu posso tirar o resto, né? – Voltou a segurá-la.
- Depois que eu tirar a sua roupa, sim. – desabotoou a camisa de , botão por botão, e beijava o peitoral do rapaz. Assim que a camisa encontrava-se no chão junto a sua calcinha, caminhou finalmente ao seu quarto. – Entre. – Ordenou.
obedeceu, apreciando a visão que tinha de rebolando ao caminhar para dentro do quarto grande que ela tinha. Segurou-a pela cintura, encostando sua ereção em suas nádegas, arrastando-o de um lado para o outro, ouvindo arfar. Ela segurou-lhe pelos cabelos, apoiando sua cabeça em seu ombro direito, deixando à mostra seu pescoço, o atiçando a beijando-lhe a pele.
Os beijos molhados e cheios de intenções de faziam com que os pelos de se arrepiassem. Fechou os olhos para sentir melhor suas provocações. As mãos dele alisavam sua barriga, a puxando para mais perto dele e ela sentia cada vez mais sua ereção se enrijecer. Queria ele dentro dela.
Virou-se de frente pra ele, segurando-lhe pelos cabelos e o puxando para um novo beijo. Um que lhe roubasse o fôlego e a sanidade. Ela queria ser louca, queria ser o que não era, uma mulher que não pensasse tanto no que estava fazendo, apenas o fazia pois sentia vontade, deixou seus desejos falarem mais forte e atenderia todos eles, um de cada vez.
Segurando em sua cintura, ajudou a chegar até a cama. Com carinho, ele a colocou na lá, tirou a calça e os sapatos com dificuldade. Lembrou-se que ela já estava sem calcinha e queria ver a parte do corpo dela que lhe daria um imenso prazer. Ajoelhou na cama e, de frente a , fez um pedido.
- Tira! – Apenas sorriu safado, apontando com a cabeça para a cueca que ele vestia.
entrou no jogo e devolveu o sorriso, com as mãos ela descia a cueca dele delicadamente, sem parar de olhá-lo em provocação. Sentiu seu membro saltar de dentro da cueca e sorriu mais largo. Olhou pra a ereção em sua frente e admirou o membro do rapaz, era bonito e sentiu vontade de tê-lo em sua boca. Começou com selinhos em volta do membro de e ele ansiava por mais, os selinhos foram se tornando beijos que foram subindo pelo corpo dele.
Selvagem, ele a segurou pelos cabelos e a beijou intensamente, deitando-a na cama, despindo-a daquele vestido que o impedia de ver seu corpo completamente nu, quando conseguiu, olhou o corpo da mulher e sentiu um arrepio de tesão pelo corpo, possuiria ela em pouco tempo. Voltou a beijar e com uma das mãos estimulou os seios dela. Um de cada vez.
Empenhou-se em dar prazer a ela, que fez com que ela o ajudasse também, tocando seu membro duro feito rocha. Não satisfeito, trocou a mão pela boca e começou a sugar os mamilos dela e com a mão agora desocupada tocou-lhe a intimidade úmida, que implorava por ele dentro dela.
se contorcia e puxava o cabelo dele com a mão que estava solta, e gemia ofegante por causa das carícias que recebia. Era torturante, o máximo que podia fazer era o masturbar de forma parecida com o que ele fazia com ela.
- Para de me torturar, . – Suplicou , inebriada de prazer.
riu vitorioso, deitando-se de costas para cama e a colocando por cima dele. Ela sentou nele vagarosamente, querendo sentir cada pedaço dele entrando nela. Assim que ele estava todo dentro ela começou a cavalgar devagar, queria torturá-lo também, mas parecia que era ela que estava sendo torturada, e não ele. apenas deliciava-se com a cena da mulher em cima dele, encaixada e cavalgando com os seios saltando em sua frente.
- Faz o que você quiser comigo. – não sabia de onde saíra essas frases de sua boca. As palavras fluíam. sentia mais prazer a cada frase de súplica, submissão e entrega que dizia a ele.
Ele a segurou pela cintura, ajudando-a com o sobe e desce com mais força e velocidade, agora gemia mais alto e se mexia de encontro a pélvis dele, o som que eles faziam com o choque dos corpos era excitante, eles queriam mais.
a soltou e a fez sair de cima dele, a colocando deitada, de costas para a cama, e ele ajoelhado, esfregou seu mastro na intimidade molhada de , ficando um tempo a mais em seu clitóris, enlouquecia conforme ele se esfregava a ela com seu membro duro e molhado por causa da própria excitação. enfiou novamente o membro dentro de a fazendo gemer com a violência e o prazer que sentiu com o ato. Ele agora estocava com força e de uma vez só. Tirava seu membro quase todo e metia fundo outra vez, e outra. E outra e mais outra. Ele encarava nos olhos, queria ver o prazer que ela sentia com aquilo. Ela se contorcia, fechava os olhos e apenas aguardava a próxima estocada para gemer. Segurou nos braços de e a cada estocada forte que sentia invadi-la ela apertava-lhe o braço em demonstração de prazer.
Seu ritmo aumentou e deu graças, pois ela enfim chegaria ao orgasmo e queria explodir junto com ele. Sempre acreditou que gozar junto com o homem era impossível, pois o homem se excita mais rápido, mas do jeito que ela estava, se ele demorasse mais um pouco ela gozaria sozinha.
- Quer que eu goze? – Parecia mais um pedido de permissão do que uma pergunta.
- Quero. – respondeu e em segundos sentiu se mover mais rápido dentro dela.
Ouviu os gemidos dele e concentrou-se em seu prazer, ele ainda estocava, pois sabia que ela ainda não chegara em seu ápice. Ouvir um homem gemer por causa dela era muito excitante, e com os movimentos certos de , gozou, sentindo seu corpo explodir de excitação, apenas relaxou o corpo ao sentir a cabeça de se acomodar entre seus seios e sentir a respiração ofegante dele tentando se restabelecer. Exausto, se deitou ao lado de e a abraçou, voltando a encostar sua cabeça em seu peito. Ela ainda acariciava seus cabelos como forma inconsciente de agradecimento pelo prazer tido com ele.
- Eu devia ter ido mais cedo nesse Bar do . – disse para si mesma, mas com a intenção de ouvir. Ele se mexeu na cama sorrindo.
- E eu devia ter te levado para o meu depósito ontem à noite. – ria, abobado. Por sentir-se leve após o gozo e também imaginar os dois fazendo o que fizeram no depósito do bar.
- Eu achei que você o faria hoje. – deitou-se de lado, olhando-o nos olhos. olhou o corpo nu de , como se scaneasse cada parte de seu corpo para o seu cérebro. percebeu, sorriu maliciosa e o beijou. – Eu preciso de um banho. – o soltou, levantando-se da cama e caminhando até o banheiro. Da porta ela o olhou e o viu deitado, olhando para o teto e sorrindo. Parecia pensar em algo e falava consigo mesmo em pensamentos. Ao menos se fosse ela, era isso o que estaria fazendo.
Depois dela, foi a vez dele de tomar banho. Não sabiam muito como agir um com o outro. não tinha vontade de ir embora e nem queria que ele fosse. Enquanto ele tomava banho, a menina foi para a cozinha preparar algo pra comerem. Suco, sanduíche, iogurte e até um bolo que a amiga fizera mais cedo, ela usou. Precisavam repor as energias. O rapaz passou por ela apenas de cueca e secando os cabelos.
- Eu estava mesmo com fome. – Disse, entrando na cozinha a vendo por a mesa.
- Eu também. Vem. Temos que repor energias. – Estimulou o rapaz, que parecia agora mais tímido. Sentaram-se à mesa e comeram olhando um para o outro. ria para ele, sem saber muito o que fazer. – Estou sem graça. – Admitiu.
- Confesso que eu também, mas estou me sentindo muito bem em estar com você, Dani. – Ele segurou-lhe a mão em uma típica cena de filme de romance e ela o olhou sem reação.
- Eu também. Fica mais um pouco? Você me deve um café, lembra? – Propôs ao menino à sua frente, que sorriu largamente com o convite.
- Isso é um convite para eu dormir aqui essa noite? – Riu torcendo para que, sim, fosse um convite.
- Sim. Você pode ficar comigo essa noite. Ou melhor, fim de noite?
- O tempo que você quiser. – Tomou um pouco do seu suco e mordeu seu sanduíche. Ela o observava, cada detalhe daquele homem chamava sua atenção, seu corpo era perfeito para ela. O que tiveram naquela cama tempo atrás fora maravilhoso. E ela queria mais, mas não sabia como pedir por isso.
- Depois de alimentados, o que faremos? – A menina tentou sondá-lo.
- Temos algumas opções. – O homem aproximou sua cadeira da dela. – Podemos ir para a sala assistir algum filme. – Beijou-lhe os lábios. – Ou dormimos. – Outro beijo dado em seus lábios e dessa vez a mão de segurou na cintura de com mais intensidade deixando-a com arrepios. – Ou eu posso te levar ao êxtase novamente. – a pegou no colo e quando ia caminhando até o quarto da garota ela interveio.
- Eu gosto da ideia da sala e de ser levada ao êxtase. Podemos juntar os dois. – Ela disse, sapeca e agradecendo aos céus por ele ler seus pensamentos e parecer ser tão faminto quanto ela era no quesito sexo.
- Você quer aqui na sala? – Ele já estava de frente ao sofá do apartamento e ela apenas confirmou com um aceno de cabeça. Ele a soltou devagar no móvel e envolveu-a com beijos lentos. Ele não tinha pressa nenhuma em possuí-la. Queria aproveitar o máximo que podia. Ela foi se soltando em seus braços e se derretendo conforme suas carícias. Continuaram se provocando por mais algum tempo até que se renderam um ao outro, encaixando-se perfeitamente mais uma vez, e com movimentos sincronizados se davam prazer até o ápice invadir seus corpos. Cansados, acabaram pegando no sono ali mesmo e mal viram que o dia quase raiava do lado de fora.
Por sorte, não voltara pra casa na manhã de domingo. Caso contrário, seriam pegos no flagra. Acordaram à tarde com dores no corpo, mas acordaram sorrindo, e a culpa era apenas a companhia que um tinha do outro.
- Bom dia ou boa tarde? – sorriu largamente, levantando-se e espreguiçando-se. – Posso tomar um banho? – Sentindo-se em casa, caminhou em direção ao banheiro mesmo sem ouvir a resposta da menina que deixou na sala.
lembrou-se de seu celular e correu para o quarto para verificar suas notificações. Encontrou duas mensagens da amiga. “Posso voltar pra casa?” – dizia a primeira mensagem logo pela manhã. “Sua vaca! Tá me devendo um fim de semana livre pra curtir o Bê no apê. Ele ainda tá ai? A noite foi ótima, hein...” – com a segunda não resistiu e riu do que a amiga dissera. E foi então que reparou na hora. Já se passava das duas da tarde, e seu estômago roncou automaticamente. Escolheu uma roupa casual pra vestir assim que tomasse o seu banho. Perde-se no tempo, tentando entender o que acontecera nas últimas horas. Descobrira uma traição, entrou em um bar, embebedou-se, beijou um desconhecido, e agora esta com o dono do bar em seu apartamento depois de uma noite maravilhosa. Tem coisas que são inexplicáveis e isso era uma delas.
- Tô liberado? – Ele disse, encostado no batente da porta enquanto segurava sua camisa e se preparava para vesti-la. Tirando de seus pensamentos confusos.
- Eu ia te convidar pra almoçar no shopping. Mas já que você quer tanto ser libertado. Sim. Você está livre de mim. – Sentiu-se um pouco ofendida. Pareceu que ele estava ali porque ela queria e sua feição mudou repentinamente. percebeu e tentou consertar.
- Ei! Por que essa cara? Eu tentei brincar com você. Desculpe. Não quis parecer que estava aqui por obrigação. Nem tenho motivos pra isso. Estou aqui porque quero. Só achei que você queria se livrar de mim. Já até está pensando em sair. – Olhou para a cama com a roupa que havia escolhido.
- Era pra ir almoçar com você, caso aceitasse o meu convite. – Derrotou-se, olhando para baixo envergonhada, não queria que aquilo fosse uma briga, estava tão bom o seu fim de semana, apesar da cena horrível que presenciou na sexta a noite.
O que tivera com , mesmo que fosse apenas uma noite de sexo, fora ótimo e a fez esquecer o episódio que a motivou a entrar no bar dele. Pensando nisso lembrou-se de seu bar. Talvez esse fosse o real motivo dele querer ir embora. Tinha um bar pra cuidar.
- Só se você der uma passadinha no bar pra eu saber como que vão as coisas. Essa hora já tem gente lá pra abrir o bar mais tarde. – O homem segurou os ombros da mulher e ela o olhou nos olhos que sorriam pra ela. Como se fosse possível, olhos sorrirem. – E depois em casa, né? Você está com essa roupa desde ontem. – Ela riu, deixando claro que aceitara o convite dele.
Foram para o bar logo depois de passarem na casa dele e depois em uma padaria para enfim tomarem o café que ela ofereceu a ele como agradecimento. Na verdade não precisariam disso, apenas estarem juntos era o suficiente.
***

Desde o fim de semana que ficaram pela primeira vez, não se desgrudaram mais, não como um casal chiclete, eles respeitavam o espaço de cada um. Sentiam-se tão bem juntos. No começo viam-se apenas quando tinham vontade, ele tinha o bar dele pra cuidar e administrar e ela um emprego para manter e um novo apartamento para alugar e quem sabe até comprar. Viam-se mais nos fins de semana, quando ia para o bar com algumas amigas ou apenas sozinha para lhe fazer companhia, o domingo acabava sendo dos dois. Assistiam filmes, ou saiam para o cinema. Sempre arranjavam algo para fazer ou apenas ficavam no apartamento dele, fazendo nada, apenas se conhecendo. Quando a saudade apertava muito, coisa que com o tempo começou aumentar, ele se viam durante a semana, vez ou outra. Estavam se sentindo apaixonados, mas não admitiam, principalmente Dani. Ela tinha medo de se envolver novamente.
Passaram-se uns meses e nesse tempo e em uma conversa, decidiram que estavam namorando, demorou um pouco para aceitar esse novo status com , uma relação indefinida para ela estava ótimo, não queria ser traída outra vez, já bastara Bruno. Mas se mostrava diferente, dando confiança o suficiente a menina para que se tornasse sua namorada. Tudo aconteceu mais por insistência dele. Queria alguém ao lado dele. Não que ela aceitasse o namorar por imposição, mas ele era tão fofo com ela. Cuidava dela com tanto carinho. Sentia-se feliz ao lado dele e se permitiu arriscar.
Ela o ajudava com propagandas e algumas festas temáticas de sua antiga faculdade, dando um movimento maior ao “Bar do ” o tornando um bar bem conhecido na cidade. Seis meses depois, um empresário o procurou querendo expandir seus negócios e abrir uma franquia do bar na cidade vizinha. não sabia como agradecer à mulher que tanto o ajudara. Ter uma empresa no ramo varejista e ter uma rede de bares era algo que ele ainda não cogitava. Não enquanto não estava com . Agora já podia sonhar com tal realização. Com ela, ele sonhava mais alto e ela o incentivava e melhor ainda, o ajudara em seus sonhos. Era uma mulher forte, não sabia disso ainda, mas ele a faria saber.
***

Um ano depois...
Em um momento de calmaria em seu trabalho parou pra pensar em tudo o que acontecera com ela nos últimos meses. Terminou um relacionamento de um ano que achou que duraria para a vida inteira. No mesmo dia conheceu um barman, que na verdade era o dono do bar, que a fisgou no momento que o viu se mostrando ser diferente dos demais do lugar, onde muitos poderiam ter se aproveitado dela ele não o fez. Trabalhava em uma empresa multinacional na área de propaganda e estava se saindo muito bem, tanto que conseguiu comprar seu apartamento, com muito custo. Mas também estava ali com ela, encorajando-a e mostrando o quanto ela era forte e corajosa. Convidou-a para ser sua sócia nos novos negócios de sua rede de bares. Ela dividiu-se em duas e conseguiu dar conta de tudo. Foi assim que conseguiu o financiamento de seu apartamento. Sentia-se feliz por estar com e por seu medo de ter o status “namorando” finalmente ter passado, sentira-se traumatizada, por um tempo.
Quem diria um homem solteiro, dono de bar, onde pode conhecer quantas mulheres quiser, queria ter algo sério com alguém e justamente com ela? Mas essa decisão a deixou feliz, tanto que aceitou namorá-lo. Mesmo deixando bem claro seu novo trauma com relacionamentos e o fez jurar que assim que se sentisse o mínimo desinteressado por ela, que ele a avisasse e que terminasse, se fosse o caso, pois não queria sofrer com outra traição. Ela ria de si mesma quando se lembrava disso. sempre dizia que nunca a trairia, e parecia que ele cumprira muito bem o que dissera a ela. Dizia também que ela despertou nele o melhor que ele podia ser. E não sabia explicar como tudo isso aconteceu em tão pouco tempo. Nem ela queria saber, queriam apenas aproveitar o que tinham, independente de status. Estavam juntos e isso era o que bastava.


Fim

n/a: Hello Girls! Ai ai, não satisfeita em ter três fanfics pra escrever (duas no site e outra a caminho) eu simplesmente senti vontade de escrever uma short fic. Achei que daria conta dela em um dia... Ah como eu sonhei! Mas tá ai. Gostaram? Deixem o comentário de você aqui embaixo, me deixará muito feliz. Enfim fique a vontade, quem sabe logo eu faça outra.
Outras Fics
Em Pleno Rio de Janeiro – Luan Santana/Em andamento
Esqueci de Te Esquecer – Restritas/Em andamento
Um Romance Quase Proibido – Especial Extraordinário 2/ Finalizadas



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