História por Vica | Revisão por Letii


(Música da short, deixe carregando e dê play quando ver a nota!)

Revista People
O integrante da banda , , foi flagrado caído na porta de uma boate em LA na noite passada. Testemunhas contaram a People! que o artista bebeu demais e acabou caindo no chão. A namorada dele, , que estava na boate junto com o namorado, foi embora mais cedo. Pessoas que estavam lá dizem que eles acabaram brigando na saída, o que ocasionou a saída brusca da produtora musical. As fotos de estão na página A3. O que será que aconteceu com o nosso casal favorito? Será que está se cansando da farra do namorado? Já é a terceira vez que essa situação ocorre em apenas dois meses. Estaria com problemas com a bebida?

Ok! Magazine
FLAGRA! foi visto saindo de uma boate na parte norte de LA acompanhado de uma mulher que não era . As fotos indicam que o artista estava bêbado e saiu com um cigarro na mão, além da mulher loira. Ao que parece, não estava na cidade no dia em que as fotos foram tiradas, então provavelmente ela não sabe da traição. Rumores dizem que está tendo problemas com drogas e bebidas....

- Isso é injusto...

murmurou baixinho com os olhos fechados com força. Ela não queria acreditar, não tinha forças para acreditar no que estava ouvindo, queria poder abrir os olhos e perceber que aquilo era um mal entendido, uma brincadeira de mal gosto de , mas bem lá no fundo ela sabia que não era. Levantou o olhar e viu encostado na parede a sua frente com o olhar baixo, encarando os pés, e uma súbita vontade de machucá-lo apareceu. Levantou do sofá sem que ele tivesse tempo de perceber e desferiu um tapa certeiro no rosto do rapaz, que a olhou assustado.

- Você é louca? – Ele perguntou bravo, mas entendendo o porquê da mulher ter feito aquilo.
- Você poderia ter feito qualquer coisa comigo, – ela disse entre soluços, com as mãos e os olhos fechados – Me traído com qualquer uma por aí, mas a Betty era a única coisa que eu pedi para você não encostar e você me trai com ela!
- Ela que deu em cima de mim, ! – Ele gritou em resposta.
- Ela é minha melhor amiga – agora chorava ainda mais – Minha melhor amiga, a irmã que eu nunca tive, a única coisa que me sobrou depois que minha família me abandou por sua culpa e você me toma isso!
- Ela é uma cachorra, uma vadia! – acusou a mulher – Eu estava bêbado, , eu não estava bem.
- E isso importa? – Ela gritou furiosa – Você fez tudo errado, tudo!
- Olha, me desculpe, por favor, meu amor – Ele tentou tocá-la, mas se esquivou bruscamente – Eu não sei onde eu estava com a cabeça.
- Durante seis anos eu aguentei tudo calada – agora dizia tudo o que estava entalado em sua garganta – Nunca disse nada, aceitei sua carreira, suas manias, seus problemas com drogas e todas essas porcarias – Ela soluçou quando se lembrou de tudo o que viveu durante aquele tempo – Sempre fui uma ótima esposa – Ele abaixou a cabeça – Eu não queria entrar nisso, mas você me convenceu, disse que tudo daria certo e que você jamais me machucaria – limpou uma lágrima que caiu do seu olho, mas desistiu quando percebeu que elas não parariam de cair – E a única coisa que você fez foi me machucar.
- E eu me arrependo disso – disse baixo, já estava cansado de machucar a mulher em sua frente, se sentia a pior pessoa do mundo.

e se conheceram num show que ele fazia com sua banda, ela era produtora musical e havia sido contratada para produzir o novo CD deles. A paixão apareceu rapidamente e eles logo se envolveram, mesmo sabendo de todos os problemas que ele tinha. Todos a avisaram que ele não prestava, os boatos de que se envolvia com drogas, bebidas e mulheres sempre chegavam aos ouvidos de , mas ela não ligava para isso, sabia que era mentira, mas quando uma foto dele agarrado com uma mulher chegou em sua porta numa manhã de domingo ela começou a acreditar. E aquele havia sido o primeiro de tantos erros.
pediu perdão, prometeu que iria mudar e que se afastaria de tudo que o fazia mal, foi para uma clínica de reabilitação se tratar das drogas e da bebida e em nenhum momento saiu de seu lado. Quando ele saiu da clínica, pediu-a em casamento e ela logicamente aceitou. Betty – sua melhor amiga – havia alertado de que ele poderia voltar ao que era antes, mas sabia que tinha mudado. Ou ao menos aparentava.
Eles se casaram, compraram uma casa em Los Angeles e finalmente foram viver a vida que sempre sonharam. estava sóbrio fazia um ano quando teve o primeiro deslize, uns amigos que ele não via há anos o chamaram para sair e ele aceitou. Acordou no outro dia em um hospital, com uma dor de cabeça e ao seu lado com um olhar totalmente desapontado. Aquela foi a primeira vez que se sentiu realmente mal por machucar a esposa. Novamente mais promessas e mais uma vez ela acreditava cegamente no homem que amava.
Os anos de casado foram passando e ele teve outras recaídas e ela simplesmente se cansou de querer lutar por aquilo, lutar por uma coisa que não tinha solução, em sua cabeça, não mudaria mais, porém não se divorciou dele porque ainda o amava. Mesmo ele sendo todo errado, ela sentia um amor gigantesco, sentia vontade de cuidar dele e ainda que muitas vezes ele acabava a trocando pela bebida, ela não deixava de se preocupar. Abandonou sua carreira para viver exclusivamente em função do marido, para ajudá-lo a superar tudo e se sentia feliz assim, porque mesmo sofrendo o que ninguém queria sofrer, todas as vezes que ele a olhava com aqueles olhos apaixonados, quando pedia perdão por ter acabado com a vida dela ou quando a beijava com vontade e uma devoção inexplicável, sentia que valia a pena. Porém aquela havia sido a gota d´água para que o copo transbordasse, para que ela realmente tivesse atingido o limite.
havia a traído com quem ela dizia ser sua melhor amiga, a pessoa que havia passado por tudo isso junto dela e nunca a havia abandonado, sempre enxugando suas lágrimas derramadas por causa dele. Ela não sabia mais se chorava pelo ato de ou por a escolhida para o ato ter sido Betty, sua melhor amiga.

- – Ele chamou baixinho – Me perdoa.
- Chega, ! – Ela explodiu – Eu não aguento mais, pra mim acabou!
- Como assim? – disse um pouco desesperado – , você não está terminando comigo, está?
- Estou! – Ela gritou subindo as escadas da casa em que eles moravam e sendo seguida por ele – Não quero mais você em minha vida, tudo o que você fez foi acabar com ela! Meus pais me odeiam, eu não tenho amigos e a única – Ela soluçou alto – A ÚNICA amiga que eu tinha, você roubou de mim!
- Eu sei que o que eu fiz foi errado, afinal tudo o que eu faço é errado – dizia enquanto via ir até o closet, pegar uma mala e colocar em cima da cama – Eu não presto pra nada, só faço burrada e acabo com tudo o que eu toco – Ele deu uma pausa – Mas a única coisa certa que eu fiz foi ter pedido você em casamento – Ela parou para ouvir – Você já está cansada e eu sei disso, eu estou cansado disso, cansado de sempre te machucar, sempre te fazer chorar – chorou ainda mais ao ouvir isso – Mas eu te imploro pra você não ir embora, eu te peço humildemente pra você não me deixar. Você me faz querer ser melhor, me faz querer reagir. Eu te...
- NÃO ABRE A SUA BOCA NOJENTA PRA FALAR ISSO! – gritou – Não ouse fazer isso, seu merda.
- Mas é a verdade, eu te amo! – Ela jogou o controle da televisão nele e não o acertou por pouco.
- Amor? Você só ama a si mesmo e as drogas! – Aquilo doeu nele – Você só pensa em você, em nenhum momento você pensou em mim ou em como eu me sentia – Ela respirou fundo ao dizer isso – Então fique sozinho com seus vícios.
- Por favor, pediu pela última vez.
- Acabou, disse, enfiando-se no closet uma última vez e pegando o resto de suas coisas.

Três anos depois...

abriu a porta da sua casa cansada de mais um dia de trabalho. Tirou os sapatos e os pegou na mão, subindo para o quarto. Tirou as roupas, abriu a torneira da banheira e a deixou enchendo enquanto ia para a cozinha preparar um chá de camomila. Ligou a televisão e deixou em qualquer canal de música. Depois de ter terminado com , voltou para a casa dos pais, pediu perdão e foi procurar um emprego, Betty a procurou durante meses querendo pedir desculpas e depois de um bom tempo, finalmente a desculpou, mas elas nunca mais voltaram a ser amigas. nunca mais a procurou e ela ouviu notícias por aí que cada vez mais ele estava afundado em drogas, mas ela fazia de tudo para não se importar. Foi à gravadora que trabalhava e pediu o emprego de volta e eles logo a contrataram de volta, pois sabiam o quanto a mulher era boa.
, logo que o deixou, se afundou cada vez mais em drogas e bebidas, quase fora expulso da banda, mas quando os papéis do divórcio chegaram em sua porta ele percebeu que ela não voltaria mais e um impulso de reagir se apossou dele. Ele finalmente entendeu que se quisesse tê-la de volta, ele teria que melhorar realmente, sem promessas falsas ou recaídas, mas uma mudança de verdade. Vendeu a casa onde eles moravam, assinou os papéis do divórcio, repartiu o dinheiro de todos os bens com , comprou um apartamento perto da casa de seus companheiros de banda e começou a compor. Voltou para a clínica de reabilitação e ficou lá um ano, quando saiu, havia diversas letras prontas e ele e seus bandmates voltaram para o estúdio. E desde então eles estavam em turnê e a vida ia muito boa para ele. Não se envolveu com mais ninguém, saía com algumas mulheres de vem em quando, mas nunca namorou.
preparava o chá quando ouviu na televisão que a banda de iria fazer um show em Los Angeles para comemorar um ano que estava sóbrio. Um aperto no coração de e uma saudade que não deveria estar lá apareceram e ela suspirou, ela não podia estar sentindo aquilo, não deveria se sentir assim. havia a machucado demais e ela jamais o perdoaria novamente. Desligou a televisão e foi para a banheira, tomando o chá que a acalmaria.

O telefone da casa de tocou e ela acordou assustada, pegou o telefone da base que tinha no criado-mudo ao lado da cama e atendeu.

- Alô? – Ela disse com uma voz sonolenta.
- ? – Uma voz disse – É o Owen.
- Hoje é minha folga, Owen – enterrou o rosto no travesseiro. Owen era seu chefe na gravadora – Já fiz tudo o que tinha que fazer essa semana e ainda é sábado!
- Eu sei, – Owen disse – Mas nós estamos precisando de você aqui na gravadora.
- Por quê? – Ela disse passando as mãos nos olhos e tirando a remela do canto – O que aconteceu?
- Bem, solicitaram sua ajuda na produção de um single – Owen disse relutante.
- Mas por que justo hoje? – Alice retrucou.
- Porque eles têm um show hoje à noite e estão querendo lançar o single semana que vêm como comemoração – Owen explicou – Eles fazem questão do seu trabalho.
- E que banda é essa? – Ela perguntou quase dormindo, mas acordou de supetão quando ouviu o nome.
- – Owen disse – Eu sei, você não vai querer topar, mas...
- Eu não vou trabalhar com eles, Owen – disse firme – Eu não quero me envolver.
- Eu sei, , mas é que eles estão fazendo um sucesso e querem que você trabalhe pra eles, eles já eram nossos contratados, mas gravaram o CD na filial de New York – Owen deu uma pausa – Mas para o próximo álbum, eles querem gravar aqui.
- Mas tem tantos produtores aí na New Line Records – Ela falou, não queria trabalhar com eles.
- Eu sei, mas eles solicitaram você – Owen disse – Por favor.
- Quero uma comissão maior dessa vez – ela disse.
- 15% maior? – Owen chutou.
- 30 – pediu.
- 25, pode ser? – Owen pediu a última vez.
- Fechado – Ela sorriu – Chego aí em uma hora.
- Obrigado, ! – Owen disse aliviado e ela riu – Eles te solicitaram porque sabem o quanto você é boa e...
- E meu ex-marido é dessa banda – disse a verdade – Mas tudo bem, eu topo.

[FLASHBACK - 8 ANOS ATRÁS]

abriu a porta de casa e percebeu que o andar debaixo estava totalmente apagado. Chamou o namorado, mas não obteve resposta nenhuma, ligou a luz da sala e percebeu as chaves dele na mesa perto da porta. Subiu as escadas desabotoando o casaco e percebeu a luz do banheiro do corredor ligada, mas um silêncio no ambiente e um cheiro estranho pairava no lugar, automaticamente um medo se alastrou pelo seu corpo e ela correu até o banheiro, parando na porta. Respirou fundo e empurrou a madeira, sentindo seus olhos queimarem ao ver a cena.
estava sentado no chão e um cheiro forte inundou o nariz, observou o lugar e percebeu uma vela acesa que já estava quase apagando, muitas seringas abertas jogadas pelo chão, junto com os pacotes, uma colher e alguns saquinhos cheios de um pó quase acabando. O cheiro era muito forte e quase fez vomitar. Ela olhou para o chão novamente e estava encostado na parede com um olhar perdido e um pouco vermelho, o braço estava cheio de furos e ele estava com o pescoço e rosto vermelhos.

- ? – chamou e virou a cabeça devagar para encará-la, seus olhos estavam sem foco – O que você fez? – Ele não respondeu, suas pupilas estavam contraídas, ela se abaixou e encostou no pescoço dele e estava gelado – Heroína, ?
- Cadê? – Ele perguntou levantando cabeça devagar e Alice teve vontade de chorar.
- Como que você me faz isso? – Alice disse com raiva – E ainda dentro de casa! – Ela apagou a vela, jogou a colher dentro da pia e as seringas no lixo. apenas observava a cena, ele sabia o que estava acontecendo, mas não conseguia se mexer, a sensação de êxtase já havia passado e agora só a sonolência havia ficado. Alice o olhou, seus olhos lacrimejaram e ela finalmente chorou. Se abaixou para tentar levantá-lo, mas não conseguiu e caiu no chão junto com ele. A frustração e o desespero a fizeram chorar sentada no chão do banheiro. Olhou para o namorado e se sentiu cada vez mais triste. Por que ele tinha que fazer aquilo? Por que ele tentava se destruir daquele jeito e, a pergunta mais importante: O que ela ainda fazia com ele? Enxugou as lágrimas do rosto, olhou-o e percebeu que ele agora estava ficando roxo, se assustou e se deparou com a língua dele enrolando, puxou a língua de volta e apenas observava tudo o que estava acontecendo, queria reagir, mas não tinha forças.
- ? Fala comigo, por favor! – pediu chorando e totalmente desesperada. – Amor, por favor, fala alguma coisa! – Pegou o telefone e ligou para a emergência. – Oi, eu preciso de uma ambulância aqui.
- O que aconteceu? – A mulher do outro lado da linha perguntou.
- Eu acho que meu namorado está tendo uma overdose – chorou enquanto falava.
- Você sabe a substância que ele estava usando?
- Heroína, eu acho – disse segurando a língua de , ele respirava pesadamente – Moça, por favor!
- Tudo bem, estamos indo – A mulher disse.

olhou para ele e as pontas dos dedos dele estavam ficando azulados e os olhos começaram a se fechar. Ela chorava desesperada e apenas sentia uma sonolência que ele nunca havia sentido antes. A última coisa que ele viu foi o rosto de vermelho, molhado e desesperado antes de apagar.

acordou e ouviu um barulho estranho. Abriu os olhos e eles demoraram a obter um foco, quando conseguiu percebeu o corpo da namorada numa poltrona ao seu lado. O barulho – que ele logo percebeu de onde vinha – era do monitor cardíaco. A sonolência havia passado, mas a boca estava seca e ele sentia náuseas que incomodavam. Olhou a - até então - namorada e percebeu o rosto cansado dela e algumas olheiras que ele nunca havia reparado que estavam ali. Fitou a janela e percebeu que o céu estava bem escuro, devia ser madrugada. Não quis acordá-la, não suportaria ver o olhar desapontado dela e não queria aceitar que ele estava destruindo a vida da garota cada vez mais. se mexeu e abriu os olhos, percebendo que estava acordado. Teria ficado feliz ao vê-lo bem, mas naquele momento as circunstâncias eram outras.

- Tudo bem? – Ela perguntou.
- Não e com você? – Ele respondeu sincero.
- Não – Ela fez a mesma coisa – O que você tem na cabeça? Usar droga dentro da sua própria casa?
- Me desculpa, eu não sei onde eu estava com a cabeça... – Ele tentou se justificar, mas o cortou.
- Não precisa, tudo o que eu vi já foi o suficiente – Ela revelou – Isso está me desgastando, .
- Como assim? – Ele perguntou.
- Com um ano de namoro e você faz isso, imagina depois? – Ela disse começando a chorar.
- Eu não consigo, revelou triste – É mais forte que eu, quando eu percebo eu já estou me drogando.
- Você sabe o que aconteceu? – disse nervosa – Você teve um princípio de overdose por heroína. Overdose! Isso poderia te matar!
- Eu sei...
- Sabe e por que não para com isso? – Ela perguntou – Você tem que se tratar. Isso vai acabar com a sua vida.
- Eu sei que vai – Ele disse – Mas não me deixa agora.
- E por que eu não faria isso? – Ela perguntou brava.
- Porque eu vou me tratar, vou melhorar e nós teremos a vida que merecemos – explicou tentando sorrir – Eu te prometo que eu vou fazer o impossível para não te machucar e pra sair dessa vivo.
- Promete mesmo? – disse chegando mais perto e roubando um selinho dele.
- Prometo, meu amor – Ele afirmou, ela deitou a cabeça no ombro dele e começou a chorar – Não chora, .
- Eu fiquei com medo de te perder – Ela disse entre soluços – Se eu tivesse chegado um pouco mais tarde, você não estaria aqui.
- Você é meu anjo da guarda então – Ele brincou e ela riu – Sempre me protege, me salva e na maioria das vezes me salva de mim mesmo. – Ela deu um sorriso triste – Eu sei que eu nunca disse isso e muitas vezes não parece, mas eu te amo, te amo muito mais do que tudo isso, do que as drogas, te amo mais do que amo a mim mesmo e eu vou tentar por você.
- Eu também te amo, ! – Ela disse chorando e sorrindo ao mesmo tempo.
- Deita aqui comigo, vai – Ele disse indo mais para o lado e se ajeitou na cama do hospital, deitando a cabeça em seu peito. – Bem que nós podíamos...
- Pode parar com essas ideias pervertidas – deu uma risada baixa ao ouvir a namorada – Já chega dessas suas fantasias de enfermeira e médico.
- Mas são legais... – ele disse e ela sorriu e fechou os olhos, com uma nova esperança dentro de si.

[FIM DO FLASHBACK]


empurrou a porta do estúdio e percebeu que ele estava um pouco lotado, talvez umas dez pessoas, todas perto da mesa e provavelmente todos a estavam esperando. Owen percebeu que ela chegara e correu para abraçá-la.

- Obrigada por ter vindo, você não tem ideia do quanto você é necessária aqui – Owen disse e ela riu um pouco envergonhada. Olhou para as pessoas e tentou ignorar o olhar que a seguia cada vez que ela fazia um movimento.
- Tudo bom, galera? – Ela perguntou e todos afirmaram, os rapazes da banda levantaram – Meu Deus, faz tanto tempo que eu não vejo vocês! – Ela abraçou Jared, que estava na frente – Como você está?
- Eu estou bem e você, ? – Ele perguntou, ela sorriu, respondeu e saiu andando para cumprimentar os outros.
- Matt, quanto tempo! – Ela abraçou o melhor amigo dela na banda, Matt sempre a ajudava quando pirava. Seus olhos lacrimejaram quando ela sentiu o abraço reconfortante dele – Estava com tantas saudades.
- Você sumiu, não é, moça? – Ele bagunçou o cabelo dela, como sempre fazia quando eles se encontravam, e ela riu.
- Tive que sumir – Ela respondeu somente para ele ouvir e ele deu um sorriso triste – Bem, como você está diferente! E a Loren?
- Ficou em casa com a Meg, você nem foi visitá-la – o abraçou.
- Minha vida está muito corrida, mas eu tenho falado com a Loren direto pelo telefone, a Meg estava com quanto tempo? – Ela perguntou interessada.
- Duas semanas – Bem disse com uma carinha orgulhosa – Vê se arruma tempo e vai lá em casa ver as duas.
- Pode deixar, vou comprar um presentinho e levar pra ela – Ela respondeu e cumprimentou outras pessoas na sala, pessoas que ela trabalhava e que estavam com a mesma cara de sono que ela estava horas antes.

Ela ficou muda quando percebeu tão perto. Fazia três anos que eles não se viam de verdade, as únicas vezes que se encontraram foram para resolver as coisas do divórcio. Ele estava diferente, não tinha mais a expressão de cansado que possuía, estava mais corado e com os cabelos maiores. Estava mais gordinho, provavelmente porque parou de usar drogas e também estava na cara que estava malhando. Os braços dele estavam mais torneados e se pegou analisando seu corpo minuciosamente, ela corou ao perceber o fato e encarou , que suprimia um riso. Devia ter visto a inspeção de .

- Tudo bem, ? – Ele disse se levantando e a abraçando com os braços fortes e ela percebeu o quanto sentia falta disso, o cheiro dele continuava o mesmo, porém estava mais limpo.
- Tudo ótimo e com você? – Ela perguntou cordialmente.
- Tudo muito bom – Ele disse sorrindo – Eu estou sóbrio há três anos.
- Puxa vida, ! Isso é ótimo! – disse empolgada e totalmente orgulhosa – Parabéns!
- Obrigado – Ele agradeceu contente – Foi bem difícil e ainda está sendo, mas eu estou conseguindo.
- Eu realmente sei disso – ela se lembrou de tudo o que eles viveram – Fico feliz por você. – Ela sorriu e uma súbita vontade de chorar, abraçá-lo e comemorar o fato apareceu, mas ela se conteve – Mas vamos começar logo, sim?
- Claro! – disse sorrindo – Eu sei que você provavelmente deveria estar em seu décimo oitavo sono, mas nós precisamos de você.
- E eu estava mesmo – concordou rindo – Mas vamos trabalhar.

perguntou sobre o que havia acontecido nesses três anos, conversaram uns quinze minutos sobre isso e depois finalmente começaram o trabalho. Jared tocou a música e cantou para ela conhecer e ela se sentiu um pouco emocionada com a música que falava sobre uma garota que havia ido embora, era uma música de amor bem bonita e ela tinha uma ideia de quem tinha escrito.
O dia passou voando e quase não saiu do estúdio, só saiu para almoçar num restaurante junto com o pessoal da produção e depois voltou ao trabalho. Instrumentos gravados, vozes gravadas e depois a mixagem seria feita segunda-feira e acompanhada por ela.
se sentou na cadeira e respirou fundo, Matt se sentou ao seu lado e ela sorriu.

- Pode falar o que você quer falar, já percebi isso – disse e Matt deu risada.
- Mesmo depois de três anos você me conhece, não é? – Matt disse e concordou – Você sabe quem escreveu a música?
- Tenho uma ideia – respondeu e percebeu dentro do estúdio gravando – Foi , não é?
- Foi sim – Matt disse – Ele sente sua falta.
- Eu também sinto a dele – revelou prestando atenção no que fazia.
- Você vai ao show de hoje? – Matt perguntou.
- Vou sim, faz tempo que eu não vou a um show de vocês – Ela respondeu.
- Por que você não sai com depois do show? – Matt perguntou de repente e se assustou.
- Ele não mandou você vir aqui, não é? – Ela indagou.
- Não, mas eu percebi a tensão sexual entre vocês durante o dia todo – teve que rir – Eu não estou mentindo.
- Você sempre me vem com essas frases loucas – disse, mas pensando a respeito, não conseguiu não desejar quando colocou os olhos nele – Vou trabalhar, vocês estão me pagando.
- Não fuja do assunto, você sabe que eu estou certo – Matt disse e riu novamente.
- Vai se foder que você ganha mais – respondeu e Matt mandou o dedo.

se olhou no espelho dando uma ajeitada no cabelo. Ela estava com uma calça de couro, lita boots e um batom vermelho que marcava bem seus lábios. Pegou o celular e colocou no bolso da calça, não queria levar bolsa para um show. Mesmo tendo quase trinta anos ainda tinha manias de menina adolescente e essa de não querer levar bolsa para os lugares era uma que continuaria por bastante tempo.

Pegou um táxi e parou na porta dos fundos da casa de shows reservada para a produção, pegou a credencial e colocou no pescoço, conseguindo passar rapidamente e caminhando pelo backstage até o camarim. Bateu na porta e ouviu um entre! Matt e a esposa estavam sentados juntos e ele segurava um bebezinho minúsculo nos braços, Loren quando a viu se levantou e veio correu para abraçá-la.

- Eu não acredito que você veio! – Loren disse, olhando-a, sorrindo – Eu estou com tanta saudades de você!
- Eu também estou, Loren! – Elas riram uma para outra e Loren a puxou para se sentar – Quer pegar a Meg?
- Posso? – perguntou receosa e Matt passou a bebê. a olhou e Meg estava de olhos fechados, estava vestida com um macacão verde claro e tinha uma presilha minúscula presa em seus poucos cabelos. se aproximou e cheirou a bebê, depositando um beijinho em sua testa – Como ela é linda! Parabéns, Loren.
- Obrigada, , só Deus sabe o quanto nós queríamos um bebê, não é, Matt? – Loren disse e recebeu um beijo na testa do marido. – Eu só vim aqui porque sabia que você iria vir e vim te ver, o barulho não é bom para a bebê.
- Pode ter certeza que eu vou a sua casa ainda essa semana! – disse entregando a bebê para a mãe e a abraçando rapidamente – Eu te ligo para avisar.
- Se cuida, ! – Loren disse indo embora e saiu depois, indo checar o som e todas essas coisas.

No caminho para o camarote que fora reservado para ela, ela encontrou . Ele estava com uma garrafa d´água na mão e sorriu ao vê-la. se aproximou e o beijou no rosto.

- Que bom que você veio! – Ele disse verdadeiro e ela percebeu que ele estava bem diferente de antes.
- Eu também acho – Ela sorriu – Você está diferente.
- Espero que seja pra melhor – fez uma piadinha.
- E é. – disse dando um sorriso – Queria que você estivesse desse jeito quando estava comigo.
- Eu também queria, – Ele revelou triste – Eu me arrependo de tudo o que aconteceu, você não tem ideia. Nunca quis te ver sofrer ou chorar.
- Eu não sei o que falar – disse séria.
- Não precisa falar, só de você ouvir já é suficiente – disse dando um sorriso – Você já me esqueceu completamente?
- Desculpe? – tinha ouvido direito, só queria que ele falasse novamente para dar tempo de pensar na resposta.
- Você já me esqueceu completamente? – Ele repetiu, sentindo que estava entrando num terreno perigoso. sempre fora arisca quando o assunto era relacionamentos, eles dando certo ou não.
- Não se esquece alguém com quem você viveu durante anos de um dia pro outro – respondeu sincera.
- Você quer tentar de novo? – soltou e pegou de surpresa – Agora eu estou limpo, , tenho condições de ter um relacionamento com você, do jeito que eu sei que você sempre quis.
- Olha, ... – olhou para o chão, envergonhada – Eu sofri demais com tudo aquilo, foram seis anos e não seis meses aguentando tudo aquilo, eu estou desgastada. – Ela o encarou seriamente e disse o que estava preso em sua garganta – Você quebrou meu coração de todas as maneiras possíveis. Leva tempo para remendar tudo e eu preciso desse tempo.
- Três anos não foram muito? – disse tentando disfarçar o incômodo que as palavras de o causou.
- Não sei – Ela riu nervosa – Você sumiu da minha vida durante três anos e depois volta perguntando se eu quero tentar de novo, estou tentando absorver isso.
- Eu te amo e nunca te esqueci um minuto sequer – disse e ela o olhou ainda mais surpresa – Foi por você que eu me curei, que eu estou sóbrio, porque eu quero que você me conheça de verdade, sem drogas para atrapalhar. Não precisa pensar muito nisso, não agora. Assista ao show, curta as músicas e depois me responda.
- Tudo bem – sorriu e percebeu que ele realmente havia mudado – Faça um bom show.
- Estarei lá tocando pra você – Ele disse e deu um beijo na bochecha dela.

saiu do local com as pernas bambas, foi até o camarote com o resto do pessoal da gravadora e se sentou numa das poltronas. Ela tentava digerir e formar uma opinião sobre aquilo, mas sua cabeça havia feito um nó tão grande que ela nem conseguia pensar. Respirou fundo, deu um gole na água gelada que tinha numa das garrafas distribuídas pelo lugar e conseguiu pensar melhor. O barulho de gritos era ensurdecedor, mas ela já estava acostumada, então nem deu importância.
Enquanto esperava o show começar, pensou nos prós e contras que o retorno do seu relacionamento implicava. a havia machucado profundamente e ela sabia que mesmo nesses três anos, ela não conseguiu ficar bem novamente, havia feito terapia, tomados remédios e pouca coisa havia melhorado. Focava todo o seu tempo no trabalhado para não dar espaço para sua mente pairar em . Mas quando ela ia dormir e sabia que ao seu lado o espaço da cama estava vazio e ninguém viria preenchê-lo, uma dor aparecia dentro de si mesma e a falta de era quase palpável. Ela não podia negar, aquele velho ditado que dizia: ruim sem ele, pior sem ele. Era totalmente verdade para ela. Porque sem ele nada fazia sentido, a vida dela não tinha sentido nenhum, ela não tinha para quem ligar tarde da noite quando se sentia sozinha, não ouvia mais a voz confortante dele ao telefone dizendo que voltaria logo, não teria mais os braços fortes dele a abraçando de repente, os beijos que ele distribuía no pé de sua orelha. Seu peito se agitou quando o viu pela primeira vez naquele dia na gravadora e a vontade de se aninhar nos braços dele surgiu depois de anos. Ou talvez ela sempre estivesse ali, só que nunca havia dado espaço para ela se manifestar.
Por outro lado ela estava muito bem sozinha, havia conseguido toda a independência que perdera quando se casou tão nova, apenas 19 anos, a liberdade que ela perdera, a conquistou novamente e ela gostava da sensação de ter uma vida só dela e não viver em função de ninguém. Mas será que quando a velhice chegasse, essa liberdade a faria companhia? Nos tempos difíceis a “bendita” liberdade não apareceria ao contrário de , que agora estaria ao lado dela.
Ela sempre se imaginou ao lado dele, envelhecendo com ele, tendo filhos, netos e talvez pelo seu orgulho ela poderia perder tudo isso. havia sido o homem de sua vida – sempre fora – e ela nunca se viu sem ele, havia se separado porque não aguentava mais, estava cansada, machucada e precisava se curar. O amor não é essa coisa bonitinha que se vê espalhado pela televisão e livros. O amor pode te destruir por dentro e muitas vezes você tem que dar um basta, se não ele te destrói por completo, mas ele nunca te deixa sozinho e quando você se cura dos machucados, ele aparece pra você na forma mais linda que já existiu.

O show já estava quase acabando e percebeu que as músicas estavam realmente boas, as letras eram perfeitas e ela tinha certeza que deveria ter escrito várias daquelas. Quando faltavam umas três músicas para acabar, somente ficou no palco com um violão. ficou apreensiva naquele momento. Ele se sentou num banquinho que havia sido colocado bem no meio do palco e o resto da banda voltou para os instrumentos.

- Bem, essa música aqui foi uma das várias que eu escrevi quando estava na reabilitação – ele deu uma pausa e arrumou o ponto eletrônico no ouvido – E é uma das minhas preferidas do novo álbum. – Ele tocou alguns acordes no violão e depois olhou diretamente para onde estava – Essa se chama Heart On Fire. (N/a: dê play!)

começou a dedilhar o violão concentrado e sabia que aquela música falaria alguma coisa para ela.

I'm fallling in, I'm falling down
(Eu estou caindo, eu estou caindo)
I wanna begin but I don’t know how
(Eu quero começar, mas eu não sei como)
To let you know how I’m feeling,
(Para deixar você saber como eu estou me sentindo)
I'm high on hope, I'm reeling
(Eu estou elevando a esperança que estou recuperando)


A banda começou a tocar junto e começou a sorrir feito uma idiota. Se sentia do mesmo jeito que .

And I won’t let you go,
(E eu não vou deixar você ir,)
Now you know
(Agora você sabe)
I’ve been crazy for you all this time
(Eu fui louco por você esse tempo todo)
I’ve kept it close
(Eu te mantive próxima)
Always hoping
(Sempre esperando)
With a heart on fire
(Com um coração em chamas)
A heart on fire
(Um coração em chamas)

Hand in hand, sparkling eyes
(De mãos dadas, olhos brilhando)
The days are bright and so are the nights
(Os dias são claros assim como as noites)
‘Cause when I’m with you I’m grinning
(Porque quando eu estou com você eu estou sorrindo)
Once I was screwed and now I’m winning
(Uma vez eu estava perdendo e agora eu estou ganhando)


O refrão começou novamente e sorria ainda mais, só que com os olhos brilhando pelas lágrimas e o coração em chamas, assim como a música dizia. Ela sabia o que tinha que fazer, havia tomado a decisão certa e não podia esperar mais. Aqueles haviam sido os últimos anos de sofrimento em sua vida, sentia que aquela era a oportunidade que sempre esperou para ser totalmente feliz e não desperdiçaria por um orgulho besta. Ela queria de volta e estava pronta para tê-lo novamente.

Let me walk through life with you
(Deixe-me caminhar pela vida com você)
Everybody dreams of having
(Todo mundo sonha em ter e fazer)
What we do
(O que fazemos)
Like a rollling thunder
(Como a velocidade de um trovão)
You put me out from under
(Você me tirou do chão)


Não aguentou esperar mais e saiu do camarote às pressas, no momento não queria pensar no que os outros iriam pensar ou no que a imprensa iria achar – porque ela sentia os flashes em seu rosto, indicando que eles sabiam que ela estava lá – só queria chegar ao backstage e esperar sair do show para abraçá-lo e dar a resposta que ele tanto queria ouvir.
Ele havia dito que seria diferente e daquela vez ela sabia realmente que seria, ele havia mudado e ela tinha provas concretas disso, não iria pensar, calcular todos os passos antes de dar o primeiro, como tudo que envolvia , ela não pensaria e agiria com o coração. (N/a: não desligue a música até acabar a fic e se precisar repetir, repita, ok?)

A música acabou e o show continuou com mais duas músicas que nem se deu ao trabalho de prestar atenção, estava nervosa demais para isso. Repassou todos os momentos bons que viveu com e afastou todos os ruins de sua mente e não quis saber de mais nada, somente do homem que estava vindo em sua direção com um olhar apreensivo.
se aproximou um pouco cauteloso, mas abriu um sorriso quando viu a expressão de .

- ? – ele perguntou – O que faz aqui?
- Vim responder a sua pergunta – ela disse segurando o sorriso.
- Mas pensou rápido assim? – ele disse sorrindo.
- Acho que já sabia a resposta e não queria admitir pra mim mesma – ela disse sorrindo.
- E então? – Ele indagou um pouco nervoso, passou a toalha que estava na mão em seu rosto para limpar o suor – Não diz ainda, eu preciso tomar um banho antes, você sabe que eu não gosto de encostar nos outros todo suado.
- Tudo bem – riu, revirou os olhos e correu para o banheiro.

Foram os dez minutos mais longos da vida de , ela tentou conversar com todo o resto do pessoal e até conseguiu se distrair um pouco. Seu celular tocou e ela atendeu sem nem olhar.

- Alô?
- ? – disse dando uma risada.
- , cadê você? – ela disse nervosa.
- Não surta ainda – eles riram – Pega o seu carro e vai até meu prédio, chegando lá, suba até a cobertura.
- Por que tudo isso? – Ela perguntou confusa.
- Vai ser melhor pra gente conversar, vem logo pra cá. – ele disse e desligou.

pegou o carro e dirigiu até o endereço que havia mandado por mensagem de texto. Era um prédio bonito e moderno, mas ela não se apegou tanto aos detalhes, estava nervosa demais para fazer isso.
Falou com o porteiro, pegou o elevador e subiu para a cobertura. Chegando lá, empurrou a porta e deu de cara com o céu escuro e a esperando com um sorriso no rosto.

- Acho que sabemos o porquê de estarmos aqui – Ele disse – Pode responder.
- Acho que está bem óbvia a minha resposta, não é? – Ela rebateu, sorrindo logo depois.
- Quero ouvir de você – ele respondeu calmamente.
- Eu quero tentar de novo, quero dar mais uma chance para o que nós temos – ela disse sorrindo – Não quero mais ficar longe de você. Eu consigo ficar longe, eu consigo viver a minha vida sozinha, mas eu não quero. Quero ter companhia, quero ter a tua companhia – Ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas – Droga, eu te amo tanto.
- Eu também te amo, minha linda – Ele correu até ela e selou os lábios num beijo que era esperado há anos.

Ouviu um celular tocando, mas não quis atender, estava confortável demais onde estava para levantar, mas sabia que aquele celular não iria parar tão cedo. Levantou o dorso, pegou o celular ao lado da cama, desligou o alarme do celular e voltou a dormir. se mexeu ao seu lado.

- ? Quem era? – ele perguntou com uma voz sonolenta.
- O despertador, tenho que ir trabalhar – ela disse com uma voz ainda mais sonolenta. – O single da sua banda me espera.
- Voltamos à velha rotina, não é? – ele disse enquanto pegava a camiseta dele e vestia – Eu dormindo até mais tarde por causa do show e tendo que te levar no trabalho de manhã.
- Sentia falta disso – Ela disse pensativa, olhando para o homem deitado na cama e sorrindo.
- Eu também – ele disse dando outro sorriso – Vai logo tomar banho que eu faço o café.
- Preto e com bastante açúcar – ela disse se levantando e indo até o banheiro.
- Eu sei, querida – disse e se levantou logo depois, indo até a cozinha, dando início a uma rotina que ambos já estavam com saudades. Aquele era o começo da nova chance, o começo do futuro que eles ansiavam e desejavam mais do que tudo.

Revista People
A produtora musical foi vista saindo da casa do seu ex-marido, , nessa manhã de domingo. , que está produzindo o novo álbum da , compareceu ao show na noite de sábado, o que marcava a volta de aos palcos e a saída da reabilitação. e estavam juntos há seis anos quando a notícia do divórcio saiu há três anos atrás. Os motivos da separação foram os problemas com as bebidas e drogas do rapaz, além das traições constantes. Parece que nossa querida esteja dando uma nova chance para o ex-marido, agora que ele está sóbrio....

-FIM-


N/a (04/12/13): Olá, moças, como estão? Espero que tenham gostado dessa minha primeira shortfic :3 Preciso contar: De início eles não iam ficar juntos, não iria ter esse final bonitinho e nhonhonho, maaaas como não vai ter continuação, decidi dar um final definitivo pra fic. Tenho que agradecer a três pessoas: Lili, por ter feito essa capa maravilhosa que eu me apaixonei desde a primeira vez que vi e mostrei minha empolgação nos e-mails; Sofia, por ler essa shortfic enquanto eu ainda estava escrevendo, sempre dando-me as opiniões mais sinceras e lendo cada pedaço novo que eu escrevia; e agradecer a minha beta/confidente por betar todas as minhas loucuras e por me ouvir desabafar. Hahaha. Obrigada, meninas, vocês três são demais!
E a vocês, leitoras, nos encontramos nas minhas outras fics, beijos da Vica <3

Outras fanfics: Adrift (McFly/Em Andamento) | A Hopeless Place (Harry Potter/Em Andamento)

Nota da Beta: Hey, pessoa! Só pra avisar que se você encontrar qualquer erro na fic pode entrar em contato comigo por e-mail ou pelo twitter. E não custa nada deixar um comentário pra fazer uma autora feliz, porque ela merece.
Letii

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