Hora Extra III

Autora: Boo Bonin
Beta: Adriele Cavalcante



Ri em escárnio da mulher a minha frente enquanto ela se esgoelava de tanto gritar. Mantive meu tom calmo e baixo o tempo todo, mostrando superioridade.
- Escuta bem boneca vodu, porque eu acho que na sua idade eu não vou precisar desenhar. Você não gosta do . Você gosta do que é meu. Do que me pertence. E nada do que você fale ou faça, vai mudar isso.
- Você se acha muito, não é mesmo, ?! – Paige falou entre os dentes. Dei de ombros, pronta para retrucar.
- Não. Não me acho nem um pouco. É que a felicidade dos outros incomoda muita gente. – falei calmamente. Eu não estava irritada, na verdade, eu estava achando tudo bem engraçado. A cena era engraçada. estava atrás de mim, pronto para me segurar a qualquer momento. Hollie estava com os punhos a postos para atacar, desde que começara a namorar um lutador ela aprendeu alguns golpes e vivia me dizendo que se precisasse ela estaria ao meu lado, a postos. E ela realmente estava.
- E quem disse que vocês são felizes? Vivem brigando pelos corredores. – ri alto e cruzei os braços.
- É que nossas brigas deixam tudo muito melhor na cama. – agora, eu tinha um sorriso vitorioso, superior, sugestivo e malicioso nos lábios. achou que era hora de entrar em ação assim que viu Paige cerrar os punhos e interferiu na discussão.
- Paige, acho melhor você se retirar. Segunda você já poderá começar o seu trabalho na outra localidade da agência. – falou calmo e puxou minha mão, fazendo-me encostar em seu peito, logo em seguida passando um braço por minha cintura. A Pato Donalds lançou um olhar que ela julgou mortal e saiu pisando duro. Mostrei a língua e fiz careta. Holli riu e descansou os braços.
- Docinho, você é muito chato. Não era para ter se metido. Eu queria ter a agarrado pelos cabelos. – Holli adquiriu o hábito de chamar de docinho. O que era extremamente engraçado para mim.
- Holli tá pra vida do crime. Acha que vai resolver tudo na porrada. – ri, sendo acompanhada por e minha amiga.
Agora, deixem-me explicar o motivo da briga. resolvera transferir Paige para acabar com nossas discussões. Assim que ele a contou, ela ficou descontrolada. Alegou que o amava e que por isso discutia comigo. E o agarrou pelo pescoço, o beijando. Aplaudi fortemente a cena e ela o soltou. Assim que viu que as palmas eram minhas, congelou. Ficou petrificado e engoliu em seco. Tentou se explicar, mas eu não deixei, eu havia presenciado tudo. Paige, com a maior cara de pau, limpou o canto da boca e falou que não iria a lugar nenhum, já que o amava demais para deixá-lo. E assim a briga se desenrolou.
Hollie se despediu de nós, alegando que tinha medo de ficar na agência após o expediente. Segundo ela, era tudo muito silenciador e escuro. E qualquer coisa podia acontecer ali. Ao falar a última frase, Holli sorriu maliciosamente para nós dois e se retirou, jogando beijos no ar.
- Não sei do que ela tá falando. – fingi-me desentendida do assunto, virando-me de frente para que me puxou com força pela cintura, grudando nossos corpos.
- Então eu acho que devíamos refrescar sua memória... – insinuou e inclinou sua cabeça em direção ao meu pescoço, mordiscando a pele sensível que ainda tinha marcas roxas escondidas pela maquiagem de algumas noites atrás.
- Ahhhhhh. – falei devagar. – Eu acho que isso pode levar muito tempo. Afinal de contas, eu tenho uma péssima memória. – passei minhas unhas pela nuca de enquanto falava em seu ouvido.
- Não tem problema. Eu sou muito paciente com você. Afinal de contas, eu tive que aguentar por dois longos anos. – ri quando ele disse isso e me distanciei. Joguei todo meu cabelo solto para um lado do pescoço e evidenciei o outro. Fiz uma cara triste e o olhei.
- É uma pena você ter que esperar mais um tempo... – me olhou diferente, e perguntava o que eu queria dizer com os olhos. Peguei as chaves do carro de seu bolso e o puxei pelo colarinho até o elevador. – Hoje você será meu refém. E eu vou dirigir. – graças a eu finalmente tirei minha carteira de habilitação e não precisava mais andar de transporte coletivo. Mas isso ainda não acabou com os meus atrasos. Porém, os de só começaram...
- Então quer dizer que eu sou seu? Que te pertenço? – perguntou no meio do caminho. Eu sabia que ele iria perguntar algo parecido a qualquer momento. Ele não se aguenta. Ri e o olhei.
- Você sabe... Falei no impulso... Mas de alguma forma você é meu. – dei de ombros e sorri envergonhada por confessar aquilo. Observei pelo canto de olho que tinha um sorriso enorme no rosto, que quase o rasgava.
- Isso é ótimo. – depositou um beijo em minha bochecha. – Por que você também é minha. De alguma forma. – agora era o meu rosto que era quase rasgado por um sorriso.
O resto do caminho foi relativamente rápido e calmo, enquanto conversávamos, riamos e nos olhávamos. Estacionei o carro e tirei o cinto de segurança, sendo seguida por . Ergui o olhar em sua direção e encontrei seus olhos brilhantes em meio à escuridão.
- Esse é o meu lugar especial. De certa forma, senti necessidade em dividi-lo com você. – estendeu a mão e eu a peguei, deixando-me ser puxada por ele até sentar em seu colo, frente a frente.
- Você não sabe como fico feliz por isso. – falou e sorriu tão sincero que eu fui obrigada a imitá-lo. Entrelacei nossas mãos e com a outra livre levei de encontro ao seu rosto, fazendo carinho. Eu estava disposta a falar as palavras. E a discussão com Paige só aumentou essa minha vontade. De repente ver que outra mulher poderia ocupar o meu lugar me doeu. E eu tive a certeza de que eu precisava. A certeza de meus sentimentos em relação a ele.
Olhei-o atentamente enquanto me inclinava até tocar seus lábios. De forma carinhosa, eu queria demonstrar meus sentimentos primeiro nos atos, depois, em palavras. respondeu ao beijo rapidamente e tão carinhoso quanto, além de apertar minha cintura por debaixo da camisa de seda. Ele sabia exatamente onde me tocar e o que eu gostava e fazia questão de mostrar isso cada vez que estávamos juntos.
traçou uma trilha de beijos leves e suaves da minha boca até a base do meu pescoço. Joguei minha cabeça para trás e gemi ao senti-lo abrir um botão de cada vez da minha camisa. O toque sem pretensão em minha pele me arrepiou dos pés à cabeça. Voltei minha cabeça e o observei enquanto terminava de abrir os dois últimos botões. Ajudei-o a deslizar o tecido pelos meus ombros e o joguei no banco do motorista. espalmou as mãos pelas minhas costas e deu atenção a minha clavícula, enquanto eu puxava e alisava seu cabelo e sua nuca, fazendo-o gemer entre os beijos depositados.
Desci minhas mãos até o encontro com sua blusa bem passada e abri calmamente. Tracei beijos molhados de sua mandíbula até seu tronco enquanto tirava sua camisa e a jogava em qualquer quanto que não me dei trabalho ao saber onde era. Senti-o enrijecer assim que cheguei ao peito e deslizei as unhas até o cós de sua calça social. Continuei com os beijos enquanto desfivelava o cinto e minha cintura recebia apertões em um claro sinal de aprovação. Sorri ao deslizar o zíper para baixo e seu membro quase saltar para fora. Levantei minha cabeça à procura de seus olhos que brilhavam a luz da lua e avancei em seus lábios, rebolando em seu colo. gemeu roucamente quando mordi sua mandíbula e em troca, abriu facilmente meu sutiã e desceu sua boca, sugando um deles. Fazia movimentos circulares, alternando com mordidas. Minhas costas estavam totalmente eretas e minha cabeça jogada para trás. Minhas duas mãos estavam enlaçadas em seus cabelos e eu gemia fortemente.
- Você tá diferente. – Brad falou enquanto eu descia sua calça. Ergui meu olhar e arqueei a sobrancelha, esperando que ele continuasse. Ele não continuou.
- Talvez... – respondi meio vago. Ele iria descobrir a minha ‘diferença’ em pouco tempo. Deixei o assunto de lado e me concentrei em seu membro totalmente rijo envolvido pelos meus dedos. afastou o banco para nos dar mais liberdade de movimento e eu dei início aos movimentos. Eu não iria torturá-lo. Só queria vê-lo se delirar com meu toque. Queria vê-lo me pedir por mais. Implorar para que eu não pare.
Não precisou de muito para que ele fechasse os olhos e espalmasse novamente as mãos pelas minhas costas, a alisando. Só com esse toque ele já conseguia me deixar arrepiada. Intensifiquei os movimentos e comecei a distribuir mordidas por toda a extensão de seu peito que eu conseguia atingir. Percebi sua respiração falhar quando cheguei à base de seu membro. Sorri marotamente e parei de masturbá-lo. O olhei uma última vez antes de trilhar beijos por toda a extensão de seu membro, que pulsava em meus lábios.
Passei a língua apenas pela cabeça de seu pênis o que o fez apertar o assento do carro. Cuidadosamente, envolvi-o com a boca. começou a gemer cada vez mais alto e eu supus que se continuasse, ele gozaria, e eu não queria que isso acontecesse agora. Retirei minha boca de seu membro e limpei os cantos da minha boca. Subi novamente em seu colo, ao olhar atento e escurecido de . Beijei seus olhos e sussurrei contra sua boca:
- Quero sentir você dentro de mim. – puxou com força minha cabeça, fazendo nossos lábios se chocarem com agressividade, mas era uma dor gostosa. Em meio ao beijo, tentava abrir o fecho éclair de minha saia cegamente. Rimos de seu desespero e falta de habilidade em meio à pressa e tirei suas mãos e desci rapidamente a peça. me analisou por completa, já sem roupa alguma, com aquele olhar de admiração que ele sempre me olha em nossos momentos íntimos. Segurou-me com firmeza, me penetrando. Rebolei devagar, ao me acostumar com seus pênis já dentro de mim e gemidos escaparam de minha boca quando aumentei o ritmo. me segurava fortemente em seu braço e, com a mão vaga, voltou a dar atenção aos meus seios. Finquei as unhas em seu ombro ao sentir meu corpo pedir por mais. Joguei meu pescoço para trás e iniciei as cavalgadas. Meu coração batia rápido e pesadamente contra meu peito. Meus cabelos soltos grudavam em minha nuca e testa e o meu corpo em contato com o de , tão suado quanto o meu. Tão quente quanto o meu. O carro parecia o inferno de tão quente e abafado que ele tinha ficado. Mas eu não pararia. Eu queria cada vez mais ritmo, cada vez mais rápido. E parecia querer o mesmo, à medida que ele ajudava a estocar mais fundo e mais rápido. Minhas pernas já estavam trêmulas, mas ainda não me era o bastante. Coloquei toda minha força e vontade de ir além e intensifiquei. Colei meus lábios na orelha de . Queria que ele ouvisse claramente o que ele fazia comigo. Como ele me deixava. E ele pareceu entender assim que eu comecei a gemer mais alto e roucamente ao pé de sua orelha. Eu via atentamente sua pele eriçar cada vez que minha respiração descompassada e pesada atingia seu pescoço.
Correntes elétricas passaram a percorrer meu corpo. Minhas pernas estavam cada vez mais trêmulas, assim como minhas mãos. Meus olhos não tinham capacidade de permanecerem abertos apesar de eu querer vê-lo chegar ao seu ápice. Mas me contentei em apenas senti-lo. Eu teria outras oportunidades para vê-lo estremecer ao chegar ao seu limite.
A intensidade das correntes aumentou e eu cheguei ao extremo. Meu ápice chegou de uma maneira tão forte que eu desabei no peito de . Sorri ao senti-lo gozar instantes depois. Meus músculos relaxaram e o entorpecente da transa se alastrou por todo meu corpo. afastou meus cabelos que grudavam em minhas costas e fez carinho por toda a distância. O beijei com carinho e ternura e sussurrei em seu ouvido as tais palavrinhas:
- Eu te amo. – deitei minha cabeça em seu peito nu e pude senti-lo beijar minha testa, sussurrando em seguida:
- Eu também te amo marrenta. – respirei fundo e sorri sincera por finalmente ter aberto meu coração. Uma sensação gostosa se instalou em meu peito e eu peguei no sono momentos depois, sentindo o afago de em meu cabelo.

Eu estava acordada há umas duas horas com a minha mãe me ligando. Hollie me enviara uma mensagem extremamente maliciosa já sabendo com quem eu estava. Minha mãe havia ligado para ela, querendo saber se estávamos juntas.
E agora eu estava sem sono, sentada a grama fofa de um dos lugares mais altos da cidade. Deixei dormindo tranquilo e serenamente e o cobri com o cobertor que havia no porta-malas. E agora eu estava pensando em tudo o que eu vivi com . Estamos juntos há quase três anos. Namorando, são dois. Tantas brigas, provocações, e estamos firmes e fortes. Fora as reconciliações quentes. O carinho. A nossa amizade também era extraordinária. Tínhamos e ainda temos uma ligação que, para mim, é fora do normal. Pensamos igual, porém diferente. É confuso. Somos confusos. Mas é a minha confusão. E eu amo isso que nós temos porque é único, é especial. É só nosso. E eu demorei quase três anos para perceber isso. Mas é como meu pai fala: antes tarde do que nunca. E sempre teve paciência comigo. Mesmo quando eu errava ele estava do meu lado, me ajudava e me dava esporros, claro, por que ele pensa que só porque é mais velho tem esse direito. Mas não reclamava, o ouvia e sorria. Era o jeito de ele cuidar de mim.
E eu amo ser cuidada por ele.
Perdi-me em meio a tantos pensamentos voltados a que eu nem percebi quando ele chegou perto e sentou-se do meu lado. E nem que o sol já nascia no horizonte.
- O que foi? Eu te machuquei? – perguntou preocupado. Olhei-o com um sorriso tímido e neguei com a cabeça.
- Você nunca me machuca. – passou um braço pelos meus ombros, dividindo o cobertor.
- Mentira! – acusou e eu ri alto. – Teve aquela vez que você não parava de pedir por mais e na hora de levantar desabou no chão. – dei de ombros, ainda rindo. me olhou com os olhos esbugalhados. – Você tem ideia do quão merda eu me senti? Eu tive vontade de te dar uns tapas, mas era eu quem merecia uma boa porrada. Fui burro e fiquei cego. Você pedia por mais e...
- Ei. Olha pra mim. – puxei seu rosto, para que ele olhasse em meus olhos. Eu pude identificar o sentimento de culpa em seus olhos. Passei meus polegares pelas suas bochechas e beijei seu olho esquerdo. – Você não teve culpa em nada. Fui eu quem pedia você só fez o que eu pedi. Você não sabe como eu me senti quando vi você preocupado daquele jeito comigo. Doeu-me o coração. – abaixei o olhar, relembrando a cena.
- Eu só não quero te machucar de novo. – falou e ergueu meu queixo com o dedo. Encontrei seu sorriso e foi impossível não sorrir de volta.
- E não vai. Mas não quer dizer que eu não queira repetir aquilo novamente.
- Você está doida se pensa que eu vou repetir aquela burrada. – o olhei boquiaberta e o retruquei.
- Tudo bem. Outro faz. – dei de ombros e virei meu rosto, escondendo o riso. Não demorou três segundos até senti-lo beijar meu pescoço.
- Não faz assim, marrenta.
- Não faz assim você. Vai me dizer que você não gostou? – abriu e fechou a boca diversas vezes. – Viu? Você sabe que foi bom. Você gostou. Você pode repetir. E deve.
- Vou pensar nisso depois. – sorri largo e selei nossos lábios.
- Mas e você, porque não tá dormindo? Quando eu saí você dormia tão sereno.
- Você não estava dormindo comigo. Senti falta. – fez bico. O olhei risonha e afaguei seus cabelos.
- Que homem carente, meu Deus!
- De você sou mesmo. – deu de ombros e eu mordi seu ombro o fazendo rir.
- Três palavras: babaca pra cacete.
- O babaca que você ama. – o olhei de cima a baixo, virei meu rosto para onde o sol nascia e dei de ombros sorrindo.
- Fazer o que? Eu só amarro meus “jeguinhos” em babacas. – olhei-o pelo canto de olho e o vi balançar a cabeça negativamente. Ri pelo seu silêncio. – Se quiser saber o quanto eu te amo, é só olhar pro céu e procurar pelas estrelas.
- O dia tá nascendo, . Não tem estrelas.
- Mas elas estão no mesmo lugar só não está visível. Estão sempre presentes. – puxou meu rosto suavemente com as pontas dos dedos e fincou seu olhar no meu. Aproximou-se e roçou nossos narizes.
- Assim como seu amor? Independentemente do tempo estará sempre presente? – assenti lentamente já sentindo nossos lábios se tocarem. Fechei meus olhos e apoiei minha mão em seu pescoço, fazendo carinho. Aprofundamos o beijo e deitou-se sobre mim sem quebrá-lo. Delineei um caminho com as unhas por debaixo de sua blusa até suas costas e ali as deixei, fazendo carinho.
interrompeu o beijo e me olhou desconfiado.
- É por isso que você tá diferente. – fiz cara de culpada e ri. – Ontem você disse pela primeira vez – depois de quase três anos – que me amava. E agora falou de novo. – dei de ombros, e foquei minha atenção em seu colarinho.
- Bem... Acho que já estava na hora...
- Eu quem o diga. – o olhei boquiaberta e bati em seu peito.
- Vai se ferrar.
- Só se for com você... Você faz gostoso. – o sorriso que deu foi de pura malicia. Devolvi na mesma intensidade e me levantei, correndo em direção ao carro. Entrei no banco traseiro e deixei a porta aberta.
- Você não vai... – parou de falar assim que me viu jogar o sutiã no chão do carro. Lancei um olhar que o fez entender e bateu a porta. Esticou-se para frente e travou as portas. Voltou, ficando por cima de mim novamente. Tirei sua camisa aberta e a joguei para frente, desci minhas mãos de seu tronco nu até seu membro, ainda por cima da calça e o apertei, gemendo em seu ouvido. Devagar, sussurrei:
- Pode deixar que eu vou fazer bem gostoso. – mordi seu lóbulo e avancei em seus lábios.

Dias depois...

’s POV.

Já tinha tudo planejado em mente há um bom tempo. Eu só precisava da prova final para colocar em ação. E ela veio dias atrás.
Ajeitei alguns dos últimos detalhes, cada um em seu devido lugar. A caixa de som, no criado-mudo. A câmera, em frente à cama.
Eu tive a ideia há alguns meses. Queria que fosse memorável e divertido. E eu torcia para que tudo fosse exatamente assim.
se mexeu diversas vezes na cama e eu prendi o ar. Ela não podia acordar agora e pôr tudo a perder.
Assim que ela se acalmou, ajeitei uma última vez a câmera e a liguei, iniciando a filmagem. Fui para frente da tela e fiz uma careta, rindo. Escondi-me no canto do quarto, mordendo a língua para não rir e apertei o play do controle remoto da caixa de som. Sons de tiro ecoaram num volume absurdo pelo quarto. Um tiro atrás do outro era disparado. Instantes depois, gritos e barulho de vidros sendo quebrados também foram audíveis.
, que estava coberta até o nariz, arregalou os olhos, olhando para todos os lados. Num movimento rápido, pulou da cama, caindo no chão ao tropeçar no edredom e gritou meu nome. Mantive-me no mesmo lugar, com a mão sobre a boca, evitando que uma estrondosa gargalhada escapasse. se rastejou até a porta e olhou para fora, ainda gritando por mim. Sem resposta, voltou o mais rápido que conseguiu para dentro do quarto assim que a caixa de som reproduziu passos apressados e se jogou debaixo da cama.
Já debaixo da cama, esticou apenas o braço para cima, tateando a cama em busca do celular que estava jogado em cima do mesmo. Os sons de passos pararam e os de tiro recomeçaram. desistiu do celular e voltou a gritar meu nome com toda a sua garganta.

Os tiros cessaram uns quinze minutos depois. ainda esperou por mais um tempo até finalmente sair debaixo da cama e, vagarosamente andou até a porta. Olhou para os lados e foi para o corredor. Pude deduzi que a mesma parou ao pé da escada e me chamou:
- ? Por favor, me responde. – sua voz estava trêmula e chorosa. Por um minuto, senti-me culpado. – . – voltou então para o quarto e colocou apenas a cabeça a para dentro, vistoriando o local. tinha o rosto vermelho e todo molhado por lágrimas. Nas pontas dos pés, agarrou o celular e o colocou na orelha. Fui esperto o bastante para colocar o meu no modo silencioso.
- Atende, por favor. – pediu baixinho. Insistiu mais um pouco até desistir. Com o telefone ainda em mãos, enrolou-se no edredom e secou o rosto. Praguejou antes de sair: - Cacete. Meu Deus!
A deixa que eu precisava. Peguei as pétalas que estavam escondidas no armário e as joguei desde a cama até o chão. Confesso que exagerei, mas dei de ombros. Encostei a porta e rapidamente acendi algumas velas que eu havia espalhado pelo quarto mais cedo, enquanto dormia. Apaguei as luzes e posicionei-me frente à câmera e a esperei retornar até o local.
- ... eu deixei essa porta... – parou de falar assim que abriu a porta e deu de cara comigo e com as pétalas aos seus pés. Permaneceu estática, com a mão na maçaneta da porta por alguns instantes até chacoalhar a cabeça e varrer o local com os olhos. – Mas... Tiros... Você... Pétalas... Isso... – abri um sorriso e estendi minha mão para que a pegasse.
- Surpresa. – falei. olhou para os pés, para a cama e voltou o olhar para mim. Um segundo depois começou a me estapear no peito.
- , você é um... Um troglodita. – berrou. Eu não sabia o porquê dela chorar. Se ela estava com raiva de mim, medo ou qualquer outra coisa. Deixei-a se acalmar e a puxei pelos pulsos, a fazendo encostar em meu tronco. Respirou fundo e passou os braços ao meu redor.
- Não precisa chorar. Eu não morri.
- Por enquanto. – falou. Me afastei, olhando-a.
- Eu precisava fazer isso. Pra dar um impacto maior.
- O que? Precisava me matar com um infarto fulminante de susto? Pra dar impacto na hora de contar pros meus pais que eu morri e empacotar o velho de vez? – tagarelou.
- Cala a boca que você não tá falando nada com nada. – arregalou os olhos e ia me estapear de novo, mas segurei seu pulso e soltei:
- Quer casar comigo? – se eu não estivesse a segurando ela estaria no chão uma hora dessas. vacilou ao dar um passo para trás. Virou levemente o rosto, me olhando desconfiada. Ri e a soltei, ajoelhando-me no chão a sua frente. – , você aceita ser a minha mulher e me aturar pelo restante dos nossos dias mesmo quando eu estiver gordo, pelancudo e peludo? Mesmo que eu já não seja mais cheiroso e gostoso? Mesmo que eu não seja um surfista malhado, good vibes e que não te leve para morar na Tailândia? Mesmo que eu vire um ator pornô cafajeste? Ou um cafajeste de novela das seis? – fui interrompido pela sua gargalhada estrondosa. Ri. De nervoso. estava quase rolando no chão de tanto rir. Se recompôs e respondeu:
- Eu aceito. – sussurrou devagar. Puxou-me pelos braços para cima e deu um passo para frente, acabando com a distância entre nossos corpos. – Porém, se um surfista gato aparecer e me oferecer uma vida good vibes na Tailândia, eu vou. Não vou conseguir recusar.
- Tudo bem - bufei. - Mas isso é golpe baixo comigo. Seu marido.
- Não, é golpe alto mesmo. Meu futuro marido. Acho que agora você já pode me beijar... – sorriu ladina e puxou a barra da camisa que eu usava. Ri e a tomei em meus braços, tirando-a do chão.

Dois anos depois...

- Mãe, por favor. Você está me deixando nervosa. E eu não quero ficar nervosa. – eu tenho que manter a calma. Tenho que manter a calma. Mamãe parou de andar em volta de mim e sentou-se no pequeno sofá.
O meu grande dia chegou e eu estava completamente perdida e zonza. Havia tanta gente ao meu redor que o ar às vezes se fazia difícil de respirar. Era cabeleireiro, maquiador, organizadora do casamento, fotógrafos, família, madrinhas...
- Você está bem? Quer que eu peça cinco minutos? – dona Lucy, mãe de perguntou-me, atenciosa. – Você está pálida. Vou lhe trazer uma água. – agradeci com um baixo ‘por favor’ e me abanei. O dia não estava tão quente assim. Sentei-me com cuidado para não amassar o vestido e tomei a água que dona Lucy trouxera quase que imediatamente. Ligaram os ventiladores da sala e eu respirei fundo, me sentindo bem melhor. Tomei o restante da água e me levantei, caminhando até a cadeira que eu estava sentada a pouco, enquanto terminavam meu cabelo e minha maquiagem.
- Agora que eu me recuperei do meu ataque de pelanca, podemos ir com força total. Porque hoje a situação tá difícil... – comentei, fazendo os presentes rirem.
Meu cabelo estava todo pro lado esquerdo, solto e com leves ondas da metade para baixo. O toque final ficaria por conta da tiara de pedras brilhantes juntamente com o véu.
A maquiagem não era pesada nem leve. Pra mim, estava na medida certa. Do jeito que eu imaginei. Tinha um esfumado do marrom para o preto e um delineado generoso, destacando meus olhos e os fazendo ficarem maior. Na boca, optei por um batom vinho. Prensei meus lábios num papel toalha, deixando apenas a pigmentação do batom em minha boca. Assim, eu poderia beijar todo mundo sem correr o risco do batom sair. Ou pior, de ter batom no dente.
E, pra completar, o meu vestido. Era justo até minha cintura, depois, se abria uma saia bufante com camadas de tule. Na parte de cima, no colo, era rendado até as alças, com um fundo bege, como se fosse minha pele, e com um decote em v pequeno. Na parte de trás, o decote, também em v, seguia até a base de minhas costas, balanceando adequadamente o toque sexy do vestido. E o salto. Todo branco, mas a fita que amarrava no tornozelo, pra dar mais segurança, era rosa.
- Mulher. Você está a personificação da palavra sexy. – Thomas, o maquiador, disse, ao me virar para o espelho. Arregalei os olhos, não acreditando no que eu via a minha frente. O cabelo, a maquiagem e o vestido. Parecia que se casavam. Estava tudo perfeito. Uma lágrima solitária escorreu, sendo secada rapidamente por Tom. – Sem borrar a maquiagem, gatinha. Seu homem tem que te ver poderosa. – ri e apertei sua mão. Levantei-me ficando frente a frente com minha sogra e minha mãe.
- Então? – mordi os lábios. Dona Lucy e mamãe haviam me ajudado em todas as provas de vestido, mas vê-lo assim, com a produção completa, é outra sensação.
- A minha menina cresceu... – mamãe desabou em lagrimas. Segurei as minhas e a abracei.
- é tão sortudo por ter você, querida. Você está maravilhosa. – dona Lucy se juntou, formando um abraço triplo.

- Chuva? Trânsito? – só podia ser brincadeira. – Por favor, fala que dá, pelo menos, para sair do trânsito. – implorei.
- Desculpe, senhorita. Estou tentando fazer o máximo, mas parece que tudo parou. – o senhor motorista se desculpou. Assenti com a cabeça e praguejei altos palavrões. Procurei pelo meu celular em meio a tanto tule. Disquei os números e rezei para que mamãe atendesse logo e me ajudasse.
- Por tudo quanto é mais sagrado. Estou presa no trânsito e está ameaçando cair uma tempestade de outro mundo. Mãe, me ajuda! – choraminguei.
- Gatinha, é o Tom. Sua mãe esqueceu o celular. – mordi a língua para evitar que palavrões escapassem de minha boca. – Mas me fala, posso te ajudar?
- Eu não sei. Estou atrasada uma hora pro meu casamento e o trânsito não anda nem vai pra trás. Eu tô ficando louca, Tom.
- Ei. Calma. Eu acho que posso te ajudar, porém...
- Não tem, porém. Apenas me socorra. – praticamente berrei ao telefone.
- Me passa o endereço onde você está. Chego aí em alguns minutos. – não questionei, apenas fiz o que me pediu.
Eu batia meu pé no chão do carro. Mordia o dedo. Procurava fios duplos em meu cabelo. Mexi na barra do tule do vestido. Cutuquei a renda do busto. Ponderei se roía a unha ou não.
Assustei ao ouvir um barulho vindo da janela do carro. Grudei o rosto no mesmo, procurando quem seria. Olhei pro lado, não tinha nada. Apenas quilômetros de carros parados. Virei o rosto, e me joguei para trás ao me deparar com Tom e seu rosto colado no vidro. Abri rapidamente a janela.
- Vamos. Temos um casamento a nossa espera. – falou. Sorri e pedi para o senhor motorista ir até a igreja assim que conseguisse sair do trânsito. Saltei do carro com a ajuda de Tom.
- E então? – perguntei.
- Espero que você não tenha medo de moto. Pois é ela que vai lhe salvar. – apontou para sua BMW R 1200 GS. Um largo sorriso repuxou em meus lábios ao ver aquela coisa linda me esperando.
- É maravilhosa! Rápido, vamos! – o puxei.
- Tudo isso é pelo casamento ou pela moto? – me entregou o capacete e eu puxei o tule para cima, para não sujar e me segurei em Tom.
- Pelos dois. – ri. Tom deu a partida na moto e cortou caminho pelos carros. O sinal fechou e eu berrei: - Que se dane o farol vermelho. Meu homem está me esperando a tempo demais. – Tom riu e acelerou.

- Quero você lá dentro. Obrigada. – o dei um beijo na bochecha e me virei em direção à escadaria da igreja. A primeira gota de chuva caiu sobre meu rosto e eu olhei para cima. Sorri por ter conseguido chegar – mesmo depois do atraso. Subi a escadaria, recebi um beijo de mamãe, meus sogros e meu irmão, até, finalmente, chegar a meu pai, que tinha lágrimas nos olhos.
- Minha garotinha hoje é uma mulher maravilhosa. – falou e depositou um beijo em minha testa. – Se você quiser, ainda pode desistir. – brincou. Ri e neguei com a cabeça. – Tudo bem. Mas se ele fizer qualquer coisa com você, me chama que eu parto ele ao meio! – ri novamente e apertei sua mão. Dei um beijo na mesma e enlaçamos o braço, nos posicionando frente a grande porta de madeira da igreja. O olhei uma última vez e as portas se abriram.
Tudo parecia acontecer em câmera lenta. A música começou e todos os convidados se levantaram virando em minha direção. Abri um sorriso enorme ao ver todas aquelas pessoas ali. Apertei o braço de papai assim que avistei , em seu terno cinza escuro estupidamente bem passado. Sorria tanto quanto eu e seus olhos brilhavam intensamente. Assim que nossos olhares se encontraram, todo o meu nervosismo se dissipou. Meu coração batia calmo e fortemente contra meu peito. A sensação de felicidade enfim era plena e completa. Me aquecia de dentro para fora.
O corredor entre os bancos de madeira que me levaria ao altar era coberto por um tapete vermelho com detalhes dourados nas bordas. Nas laterais de cada banco tinha um vaso grande de cristal com lírios brancos – que representa inocência, matrimônio e maternidade e, amor eterno. E flores de diversas espécies em tons de amarelo e rosa. Como a igreja era clara, o ambiente ficou bonito e alegre. O buquê, também em amarelo, mas era feito com chuva-de-ouro e algumas flores brancas espalhadas.
Olhei novamente para , respirando fundo. Faltavam alguns passos até papai entregar minha mão. Meu coração vacilou e bateu mais rápido ao ver passar os dedos abaixo dos olhos, secando as lágrimas. era meio ‘manteiga mole’ em relação a sentimentos, mas raramente demonstrava tal.
Virei-me para papai assim que chegamos ao pé do altar. Depositou um beijo em minhas mãos e outro em minha testa. Antes de sair, deu uma piscada marota. Ri e me virei em direção ao meu quase marido, que sorria grandioso e estava com o braço a minha espera. Cruzei nossos braços e apertei sua mão. Me inclinei e beijei suavemente sua face por onde escorria a lágrima. Sorrimos um para o outro e viramos para o padre.

N/A: Coloquem essa música como fundo se quiserem.

E, de novo, cenas de e eu passavam rapidamente pela minha cabeça. Em todos esses anos, tivemos muitas brigas. Oitenta por cento causadas por mim, que fazia questão de bater de frente com ele só para mostrar outro ponto de vista de tudo. Também tivemos muitas reconciliações. Em momento algum nosso relacionamento fora comum. Muito menos caiu na rotina. e eu sempre tínhamos algo em mente para ‘balançar’ tudo e deixar mais divertido. Lembro-me bem do pedido de casamento. Depois desse dia, qualquer estalo mais alto eu já me sobressalto e corro para procurá-lo. Outra coisa que me recordo bem, foi as duas vezes em que brigamos e eu saí de casa. Morávamos juntos desde que completamos três anos de namoro e, num belo dia, brigávamos por alguma coisa haver com pubs. Fiquei brava demais. Irritada demais. Foi uma das brigas em que eu mais chorei. Me lembro de ter pegado minha mala de mão e ter botado as primeiras peças de roupas que eu encontrava pela frente dentro da mesma. E tirava tudo o que eu colocava. Aí, eu explodi. Dei um tapa tão forte em seu rosto que eu tive que colocar gelo em minha mão, mais tarde. Depois do tapa, mandei-o ir para a ilha do “caralhas” e corri o mais rápido que consegui até o carro na garagem. Quando cheguei à casa dos meus pais e expliquei tudo eu tive uma crise de riso. Mas foi riso de nervoso. teve que rebolar gostoso durante duas semanas para que eu o perdoasse. Na verdade, foi uma semana. Mas eu não podia dar o braço a torcer tão rápido assim. Recordo-me também de quando ele adormecia em meu colo ou em meu peito. Ele sempre chegava manhoso, deitava em meu colo, pegava minha mão, colocava-a sobre sua cabeça e fazia movimentos para que eu fizesse carinho. Conversávamos horas a fio naquela mesma posição até ele dormir. Sereno. E eu continuava a fazer carinho em seus cabelos, vendo-o dormir tranquilamente com um sorriso no rosto. Gostava de ver como seu peito subia e descia conforme sua respiração leve. E adorava quando tentava sair devagar, mas resmungava e me apertava contra ele. E quando acordava. Com os olhos pequenininhos, quase fechados e a voz rouca.
Lembro-me de todas as vezes que tive cólica e , sempre atencioso, fazia um chá de hortelã e falava: “ó, fiz pra você, amor.” Eram esses pequenos atos que me fazia feliz todos os dias. Eram os pequenos atos de que me fazia feliz.
- , hoje nos tornaremos marido e mulher. Eu quero pertencer a você, ser seu amigo, seu amante, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Prometo-te dar-lhe coragem quando faltar, esperança quando você estiver descrente. Quero ser sua força e seu escudo. , quero fazer você feliz todos os dias da minha vida. – segurava fortemente minhas duas mãos enquanto declarava seus votos. Lágrimas já rolavam soltas pelo meu rosto. Minhas mãos tremiam. Meu coração quase rasgava meu peito para correr uma maratona toda de tão rápido que batia. Meu maxilar doía de tão grande o meu sorriso. Apertei sua mão de volta e me preparei para começar meu discurso. O qual eu já havia esquecido metade.
- , eu quero ser sempre sua. Quero viver com você na dor e na alegria, nos momentos fáceis e difíceis. Quero amá-lo cada dia mais, quero ser a mãe de seus filhos. Meus dias serão cheios de alegria ao seu lado. Prometo que serei sua confidente para dividir com você as esperanças e os sonhos. Prometo amá-lo com toda a ternura que existe em meu coração. Prometo cuidar de você com carinho e me dedicar a fazê-lo o homem mais feliz. Por isto, confirmo meu amor por você, diante de Deus e dos amigos. – respirei fundo ao terminar meus votos e alisei carinhosamente a mão de . Sorrimos um para o outro e dissemos juntos, sem usar a voz, um eu te amo.
- Sendo assim, pelo poder concedido a mim, eu vos declaro marido e mulher. – o padre fez o sinal de cruz e prosseguiu: - Pode beijar a noiva. – ri silenciosamente e lancei o braço envolta do pescoço do meu marido assim que ele chegou perto o bastante, apertando minha cintura.
- Agora sim sou seu marido. E você, minha mulher.
- Finalmente. Achei que fosse esperar mais uns dezessete anos. – sorri. balançou a cabeça negativamente, também sorrindo e colou nossos lábios, num beijo calmo e discreto.

- Quem pegar o buquê, fazer o favor de me chamar pra ser madrinha. – berrei. Eu estava no andar de cima do salão, encostada a grade, pronta para jogar o buquê. Primas, tias, amigas e até minha vó – que é casada – estavam no montinho, se debatendo, querendo pegar meu arranjo. Virei-me de costas e comecei a contar, olhando para , que estava a minha frente, sorrindo. – É UM... É DOIS... É DOIS E MEIO... –virei para frente, encarando todas. – Ih... Esqueci como contar. – gargalhei ao ver todas fazerem um muxoxo de frustração e virei novamente. – TRÊS! – joguei meu buquê e girei rapidamente para ver a cena. Hilário seria a palavra para descrever. Vovó estava caída no chão, esperneando. Holli gritava junto com as minhas primas que gritavam com as de . O buquê pulava de mão em mão no alto das cabeças de todas as mulheres ali do montinho. Senti pena das flores que eram tão delicadas passarem por aquilo. abraçou-me por trás e apoiou sua cabeça em meu ombro, respirando fundo.
- Você viu o que fizeram com meu lindo buquê? Tô triste. – fiz um bico. riu e puxou meu rosto, selando nossos lábios.
- Te dou quantos buquês você quiser. – sussurrou ainda com a boca encostada na minha. Sorri marotamente e desviei minha atenção dele para a gritaria abaixo. Holli e vovó tinham metade das flores em mãos. As duas sorriram e se abraçaram. Vovó aproveitou a distração da minha amiga e tentou roubar o resto das flores, mas sem sucesso.
- Você não vai mesmo me contar onde vamos passar a lua-de-mel? – fiz manha. escondia essa viagem a uns dois meses de mim. E eu não conseguia arrancar. Nem com greve de sexo!
- Nah... – falou lentamente. Rolei os olhos e o puxei para um beijo. – Aliás... Foi você quem fez nossas malas?
- VOCÊ INTERROMPEU O BEIJO PARA PERGUNTAR SE EU FIZ AS MALAS? EU NÃO ACREDITO QUE EU CASEI COM VOCÊ! – gritei devido a música alta que já rolava. segurou meu dedo indicador que eu batia em seu peito rindo.
- Agora já é um pouco tarde... – sorriu ladino. Rolei novamente os olhos. – É que é muito importante saber se você colocou roupa de praia na mala. – sorri grande.
- Vamos para a praia...
- E roupas de frio. – me interrompeu. Meu sorriso murchou. Tudo bem. Ele queria me deixar confusa e curiosa. Missão concluída com sucesso, baby.
- Vá à merda ! – bati em seu ombro. riu alto e me puxou pelos pulsos, me prensando na grade e me beijando.

- NÓS VAMOS PARA CANCÚN? – berrei assim que pusemos os pés no quarto do hotel em que ficaríamos hospedados por essa noite, já que na manhã seguinte seguiríamos para o aeroporto, rumo a nossa lua-de-mel. Puxei as camadas de tule para cima e saí pulando pelo quarto.
- Vamos, . Nós vamos. Está feliz? – perguntou.
- O que? Estou radiante! – berrei de novo. fechou a porta e puxou as malas para o canto do quarto. Parei frente à cama e comecei a pular no mesmo lugar enquanto batia minhas mãos no ar.
- Ei! O ar não te fez nada para você batê-lo assim.
- Eu tô muito feliz. Não consigo me conter. Socorro! – ri alto e me joguei nos braços de .
- Feliz porque se casou comigo ou porque vai para Cancún?
- Estou radiante porque vou para Cancún com o meu homem. O qual eu acabei de casar. – falei. Olhei no fundo de seus olhos para que ele tivesse certeza do que eu falava. Um sorriso, lentamente, foi nascendo em seus lábios. Imitei-o e levei minha mão a sua nuca, o trazendo para perto, até nossos lábios se unirem.
Iniciamos um beijo intenso, com paixão. puxou-me pela cintura, colando nossos corpos. Levei minha mão até meus cabelos e tirei a tiara. logo embrenhou a mão ali, puxando meu cabelo alternadamente. Trilhei um caminho com os dedos até os botões de seu paletó e o abri, o jogando no chão. Fiz o mesmo com o colete e demorei a abrir os botões da camisa. desceu os beijos por meu rosto, maxilar, pescoço, até finalmente chegar ao meu ombro, dando atenção à região. Arfei ao senti-lo espalmar uma das mãos em minha costa nua e alisá-la. beijava meu ombro enquanto deslizava a alça rendada do vestido, vagarosamente. Minha pele arrepiava a cada toque. Subi minhas mãos de volta a sua camisa e a tirei suavemente de seu tronco. Assim que o fiz, passei as unhas por seu peito, o arranhando. gemeu em meio aos beijos pelo meu ombro e subiu até o meu pescoço, começando a sugar a pele. Joguei minha cabeça para trás e apertei sua nuca contra meu pescoço.
Virei de costas para que descesse o zíper e assim eu tirasse o vestido. Mas provocava. Descia centímetro por centímetro, pausadamente. Assim que terminou, a peça deslizou pelo meu corpo chegando aos meus pés. Dei um passo à frente, virei-me para novamente e empurrei o vestido para o lado. me olhava atentamente, me analisando apenas de roupas intimas. Dei um último passo, colando nossos corpos e nossos lábios novamente. Desfivelei seu cinto e desci sua calça, o fazendo se encarregar do resto. Focou em mim e me pegou no colo, deitando-me na cama e pairando seu corpo sobre o meu. Agarrei seu cabelo e puxei fortemente em meio ao beijo, recebendo um gemido de volta. Passei as unhas por toda a extensão de suas costas másculas, circulando por sua cintura até chegar a seu membro. Ainda por cima da sua cueca preta, o alisei, fazendo arfar em meu pescoço. Subi minhas mãos de volta a sua nuca, selou nossos lábios uma última vez até descer beijos quentes e molhados do meu pescoço até minha barriga, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem. Suspirei ao senti-lo brincar com a renda branca da minha calcinha, ora ou outra tocando meu quadril. Pude vê-lo sorrir marotamente antes de puxar a peça lentamente para baixo. Assim que ela foi retirada, inverti a situação, ficando por cima e forçando meus quadris contra o de . Um sorriso malicioso se formou em meus lábios e me aproximei de seu pescoço, mordendo seu lóbulo e descendo, com leves mordidas até sua barriga, como fizera comigo.
- Você sabe que eu adoro te ver apenas de cueca... – arqueei minha sobrancelha enquanto falava o olhando. – Mas, convenhamos que essa peça esteja nos atrapalhando, não acha? – perguntei inocentemente. mordeu o lábio inferior e sua resposta fora um apertão em minha cintura. Sorri novamente e puxei a peça preta para baixo. Dessa vez fui eu quem mordeu o lábio inferior, ao ver seu membro rijo. Fechei meus dedos gelados ao redor de seu membro quente e iniciei movimentos lentos de vai e vem. tirou uma mão de minha cintura e levou aos lençóis da cama, os apertando com força, fazendo os nós dos seus dedos ficarem brancos. Intensifiquei os movimentos, o fazendo apertar os olhos fechados.
Parei os movimentos e sai de cima da cama ouvindo-o soltar um muxoxo, ri e caminhei até a mesa do quarto, pegando a gravata que tirara assim que adentramos o local. me acompanhava atentamente, sem piscar. Subi novamente na cama, com a peça em mãos e selei nossos lábios.
- Eu quero brincar com você agora. – falei e pedi para que sem apoiasse nos cotovelos. Assim que o fez, rocei meu peito no dele e vendei seus olhos, dando um último beijo. Espalmei minha mão direita em seu peito e o fiz deitar outra vez. Subi em seu colo e refiz o caminho de seu lóbulo até seu ventre, alternando com mordidas, beijos e chupões. Assim que cheguei perto de seu membro, subi novamente com a boca até seu peito, o fazendo resmungar. Ri silenciosamente e desci de novo. Passei minhas unhas levemente pela lateral de seu corpo, o fazendo arrepiar. Voltei para seus lábios, o beijando com urgência, que foi prontamente correspondido. puxou minha nuca, sugando a pele sensível de meu pescoço, me fazendo soltar um gemido baixo ao pé do seu ouvido. Assim que terminou de sugar minha pele, passou a língua, quente e úmida, me fazendo estremecer. Juntei forças e me afastei. Sai de cima de seu quadril e me sentei em suas pernas. Acariciei o membro rijo com a mão esquerda e depositei um beijo na cabeça do mesmo. Não demorou muito até que minha boca envolvesse por completo o membro de , que pulsava em minha língua. embrenhou a mão em meus cabelos e passou a ditar o ritmo.
Não prolonguei por muito mais tempo, o que o fez soltar um muxoxo novamente. Ri e tirou rapidamente a gravata dos olhos, me olhando furioso. Trocou as posições, ficando por cima e sussurrou em meu ouvido:
- Agora sou eu quem vai brincar. – vendou meus olhos ligeiramente e me puxou pelos pulsos, me fazendo ficar sentada. Enquanto mordia meu pescoço, parou uma mão em minha cintura, a apertando fortemente e com a outra, desceu até a minha intimidade. Beijou-me com fúria, me fazendo rir.
- Acho que alguém está bravinho. – provoquei. retirou a mão de minha cintura e a levou até meu seio esquerdo, o apertando. Gemi contra sua boca e apertei os lábios.
- Acho que alguém aqui não tá se aguentando. – retrucou. Estalei a língua no céu da boca e, cegamente, o puxei pela nuca, colando nossos lábios desajeitadamente.
Nos separamos assim que três toques foram dados a porta. Levantei a gravata dos olhos.
- Serviço de quarto. – me encarou interrogativo e eu dei de ombros. Selou nossos lábios e foi até o banheiro, pegando um roupão. Permaneci na cama, já que não é possível ver o restante do quarto pela porta, apenas a mesa. – Cortesia. – ouvi uma voz masculina. agradeceu e puxou o carrinho para dentro.
- Porque não o deixou trazer o carrinho até aqui?
- E deixar vê-lo minha mulher assim? – apontou para mim. Mordi meu lábio inferior, sorrindo de lado. – Nem pensar. Jamais. – Ri, o fazendo sorrir. abriu a bandeja, encontrando frutas, caldas, geleias e chantilly. Sorriu maliciosamente e pegou o pequeno pote de vidro com uma calda escura, que supus ser chocolate e andou calmamente até subir em cima de mim. Retirei o roupão e o joguei no chão.
- Assim é bem melhor. – falei, o olhando por inteiro. riu rouco e molhou o dedo na calda e passou em meus lábios, me beijando em seguida. Tirei a gravata e o puxei para mais perto, até que eu estivesse deitada. Assim que limpou minha boca, se afastou e vi seus olhos escurecerem. Um arrepio passou pela minha espinha.
- Agora começou a brincadeira. – dito isso, virou o pote de vidro em cima de mim, despejando um pouco da calda, fazendo um caminho até meu ventre. Logo em seguida, fez o trajeto com a boca, limpando o local. Meus poros se dilataram, meus pelos eriçaram e minha pele estava arrepiada. Sensações diversas passeavam pelo meu corpo, assim como a língua de . Quando chegou ao meu seio, olhou-me e piscou, antes de deixar sua boca fazer todo o trabalho, sugando e mordiscando. Soltei o ar pesadamente dos pulmões. Meu corpo tremia em sua boca. Gemi alto quando prendeu meu mamilo por entre dos dentes, me fazendo curvar as minhas costas. Embrenhei minha mão em seu cabelo, afagando os fios molhados, enquanto acariciava meu outro mamilo com a mão.
chegou até meu ventre, depois de limpar toda a calda com a boca. Mordeu o lábio, e o soltou vagarosamente, me olhando. Um sorriso ladino repuxou seus lábios até ele abaixar a cabeça em minha intimidade úmida. Gemi mais forte e alto assim que sua língua massageou a região. Apertei os lençóis com força, apertando também meus olhos com força. Era incapaz de mantê-los abertos. Choques percorriam pelo meu corpo. Com a mão ainda presa aos seus cabelos molhados, passei a ditar o ritmo. mordeu levemente meu clitóris, me fazendo arfar. Com isso, fazia pressão com sua língua quente em minha intimidade, me fazendo gemer seu nome. O que o incentivou ainda mais. De surpresa, me penetrou com seus dedos, ainda me sugando, me fazendo arquear as costas novamente. Arranhei seu ombro com a mão que estava apertada aos lençóis e o pressionei contra minha intimidade. Soltei um longo e satisfeito gemido depois que prendeu meu lábio entre os dentes.
subiu até mim novamente, capturando meus lábios num beijo feroz e se posicionou, me invadindo por completa. Gemi seu apelido contra sua boca enquanto o mesmo sussurrava coisas como “quente” e “apertada”. Prendi seu lábio inferior nos meus dentes, tentando abafar os gemidos que escapavam de minha garganta. Rebolei contra o quadril de , que o fez urrar ao levantar a cabeça, e, logo em seguida, a encaixou em meu pescoço, mordendo sua curvatura. Apertei com força sua nuca enquanto nossos corpos se chocam. As investidas de são fortes e precisas, saia e entrava de mim de forma única. Apertei minhas pernas ao redor do quadril do mesmo e não foi preciso dizer nada. sabia que eu queria que ele fosse mais rápido.
Porém, ergueu a cabeça, duvidoso.
- Você não vai me machucar. Você quer isso tanto quanto eu. – sussurrei. assentiu devagar e aumentou o ritmo. Um sorriso de satisfação se instalou em meus lábios, enquanto escapava gemidos fortes do mesmo.
Nossos corpos suados se chocavam de forma alucinante. O encaixe de nossos quadris era perfeito.
Rolamos na cama, invertendo novamente as posições. Rebolei em seu colo e espalmei minhas mãos em seu peito. segurou minha cintura firme, me ajudando a manter o mesmo ritmo de antes. Meus seios acompanhavam o ritmo, mas logo foram tomados um pela boca de e o outro pela sua mão. Minha cabeça estava tombada para trás e meus lábios presos em meus dentes que logo foram tomados pelos de .
Após estremecer, meu corpo sucumbiu aos espasmos de prazer que me percorriam por completa. desabou em cima de mim, alisando a lateral do meu corpo com as pontas dos dedos enquanto eu acariciava sua nuca. Ficamos em silêncio por algum tempo, regularizando nossas respirações. Fechei meus olhos com um sorriso sincero nos lábios. Uma sensação morna de felicidade me preencheu. Ter em meus braços é o que me completa. É o que me deixa feliz. E tinha outro motivo causador de felicidade. Que era minúsculo agora, mas que logo cresceria.
- . – o chamei baixinho ainda de olhos fechados. Ouvi-o murmurar para que eu continuasse. – Preciso te contar uma coisa.
- Pode contar, babe. – suspirei e mordi meu lábio inferior.
- Acho que vamos ter um baby. – sussurrei. Pude senti-lo ficar tenso, mas logo relaxou. Ergueu sua cabeça até mim e sorriu.
- Nós. Estamos. Grávidos? – perguntou pausadamente. Ri e neguei com a cabeça.
- Bem, você não, mas eu, sim. – levantou-se da cama e colocou as mãos na cabeça, me olhando. Remexi-me desconfortável, por um segundo. correu até a janela, a abriu, colocou a cabeça para fora e gritou:
- EU VOU TER UM FILHO! CARACA! EU VOU SER PAI! PAI!!! – gargalhei vendo a cena. – NÓS VAMOS TER UM FILHO. OU FILHA! – assenti com a cabeça, sorrindo grande, vendo-o se jogar na cama e vir me beijar entusiasmado.
- Vai ser menino. – falei ao nos separarmos, mas mantive minha mão em seu rosto, o alisando.
- Vai ser menina. – teimou. Eu ia retrucar, porém, selou nossos lábios. – Ou os dois. – arregalei os olhos e entreabri a boca. – Não me importo. –ri e selei nossos lábios novamente. Nunca me cansava.
- Mas eu me importo. Quem vai amamentar sou eu.
- Eu não me importaria se você quisesse me amamentar... – senti meu rosto pinicar ao ver com um sorriso sacana no rosto. Estapeei seu ombro.
- Que horror, ! Seu pervertido!
- Só quando se refere a você. – sorriu ladino e puxou minha coxa, me trazendo para baixo e me beijando.

- Estão prontas, crianças? – berrava em frente ao espelho onde eu terminava de me arrumar. O mesmo se encontrava atrás de mim, com as mãos em minha barriga, a acariciando. Gargalhei e respondi:
- Estamos Capitão.
- Eu não ouvi direito. – cantarolou como no desenho.
- Estamos Capitão. – gritei.
- Vai pra Cancún e ainda vai ser pai?
- calça quadrada. – gritei rindo. fechou a cara e mordeu meu ombro nu. Fechei a nécessaire, a última peça para guardar na mala antes de irmos para o aeroporto rumo nossa lua-de-mel.
- Era para ser algo do tipo ‘gostoso pra caralho’. – ri e girei, lançando meus braços em seu pescoço. O puxei e sussurrei contra sua boca:
- gostoso pra caralho. Mas babaca pra cacete. – riu e colou nossos lábios.



FIM



Nota da autora: 01/10/2014 É com dor no coração que eu escrevo essa nota. Alôu, alôu, povo goxxxxxxtoso! Foram 16 páginas de muito sofrimento. Fiquei uma semana bloqueada das inspirations, por isso, demorei um pouco a mais para finalizar HE III. Gente!!! Eu preciso confessar. Eu não queria finalizar essa fic. Tô falando sério. Comecei escrever HE nem lembro o porquê, só sei que minha mente bolava as coisas e eu passava pro Word. E DEPOIS VIERAM MAIS DUAS PARTES! Nunca imaginei que uma fic minha seria tão pedida assim. Fiquei estressada uns dois dias procurando o bendito vestido de noiva e não achava. Apesar de eu ter me apaixonado por esse aí da fanfic. Culpa do Randy e seu programa Say Yes to the Dress. EU DIGO SIM PARA TODOS OS VESTIDOS DAQUELE PROGRAMA! Enfim. Eu sou completamente apaixonada pelo Brad (eu não ia fazer dessa fanfic interativa, o boss ia se chamar Bradley e a debochadinha Louise, mas eu achei melhor deixar interativa pra vocês aproveitarem melhor. E acho que isso ajudou vocês a gostarem mais da minha história), ele é o homem da minha vida. Amoroso e safado. Tudo o que uma mulher quer. E também pela Lou. Eu a “criei” meio que inspirada em mim. Rainha da ironia e do deboche. Ai, eu tenho tanta coisa para falar que eu nem sei por onde começar. Se essa nota ficar confusa, peço desculpas. Não consigo começar um pensamento e terminá-lo. Bem, como eu disse, eu não queria finalizar essa fic, mas tudo o que é bom dura pouco. Até pensei em fazer uma fic do ponto de vista do boss, mas descartei. Pelo menos por agora. Quem sabe ano que vem eu não escrevo? Ok. Acho que vou parando por aqui porque senão eu teria que escrever mais uma fic só falando e agradecendo e blá blá blá. Eu quero agradecer vocês a cada pedido, a cada palavra que escreveram. A cada “continua, por favor!”. Vocês não sabem como eles foram importantes pra mim nessa etapa final de HE III.
Ok. Já entendi! Vou me despedir logo antes que vocês fechem a aba me achando a pessoa mais chata do universo. Então é isso. Tchau? Adeus? Até breve? Não. Vou me despedir a lá Jess: boa noite. Nos encontramos por aí. Beijos doces e coloridos pra todos vocês.
Minha outra fic em andamento:
Meraki (One Direction/ Em andamento).

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