If Only You Knew


Escrita por: Raquel Coronet
Betada por: Ste Pacheco




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Capítulo 01


- Amor, tem um cara olhando para você. – falou, para , que estava sentada em seu colo.
- Então me beija, mostra para ele como é me ter. – ela falou, tirando o casaco.
- Eu acho que você bebeu demais. – falou, meio nervoso.
- E eu acho que você devia estar bêbado comigo. – ela falou, beijando os lábios carnudos de e, de repente, com destreza ele a virou e ficou por cima dela, beijando seu pescoço, ela sorriu e abriu os olhos, encarando os negros de . Ele levantou a taça em sua direção. Um brinde. Rapidamente, a pegou no colo e a levou, aos beijos, até a limusine. Às vezes, fazer parte da elite de Londres tem muitos benefícios. No banco de trás, ele apertou com força a cintura de contra a sua, beijando seu pescoço com força, ela sorriu ao sentir o perfume dele invadir com força suas narinas. Ela percorria seus lábios pelo pescoço do garoto, que agora apenas deixava que ela fizesse sua parte. desceu os dedos e a massageou por cima da calcinha, suspirou pesado e mordeu o lóbulo da orelha dele. Ela então desceu as calças dele e se posicionou acima dele, ele se preveniu rapidamente e ela sentou em seu membro, suspirando alto e gemendo o nome dele em seu ouvido. Ela começou a rebolar no colo dele com grande controle, conseguindo deixá-lo louco, ele apertou com força sua cintura enquanto a beijava.
- Eu te amo, . – ele falou, e continuou a beijando.
- Eu te amo, . – ela falou, sorrindo. Ambos se aproximavam do ápice, ela aumentou a velocidade, até que sentiu a enorme onda de prazer atravessar ambos os corpos. Ela saiu de cima dele, eles se arrumaram rápido e ela deitou no colo dele, que ficou acariciando seus cabelos.
- Ei, vamos passar o final de semana na casa de campo? – convidou-a.
- Er... Talvez, amor. – ela falou, sorrindo fraco.
- Você tem outra coisa para fazer? – ele perguntou. – Se sim, não precisa ser esse final de semana.
- Talvez, não tenho certeza. – ela falou, e o sono começou a tomar-lhe os sentidos. Seu telefone tocou, ela encarou a tela e ignorou.
- Quem era? – perguntou, olhando pela janela.
- Ninguém de especial. – ela falou.
- Chegamos. – ele falou, e ambos desceram do carro.
- Ai, que ótimo, estou morrendo de sono. – ela falou, sorrindo. Ele a beijou em meios a sorrisos.
- Por incrível que pareça, eu não. Estou trabalhando em uma música. – ele sorriu.
- Hm, e posso saber o tema? – ela brincou.
- Não seria melhor se eu mostrasse? – ele sorriu e ela fez que sim. – Mas eu só escrevi uma parte.
- Não tem problema, . – ele a abraçou e ambos entraram juntos, ela se sentou na sala enquanto foi buscar o violão. Ele sentou e sorriu:

Beautiful that's the only way I see you
Nobody else can love you in the way that I do
Sometimes I get worried that you are taking up too much
And this crazy world where we live in
Doesn't really give a fuck
If only we could paddle to a place
When it was just you and I
It is hard for me to sit and watch you getting sick
When all I wanna do is try


- , é… Linda. – ela falou, ainda encantada.
- Que bom que gostou. – ele sorriu.
- E posso saber quem foi a musa inspiradora para essa música. – ela perguntou, colocando as mãos na cintura.
- Megan Fox. – ele falou, dando de ombros.
- Ah, é assim agora? – ela falou, incrédula, foi até ele e deu um tapa no braço, ele a pegou no colo e a colocou em cima dos ombros. Ela começou a gritar e estapear as costas dele. – Criança.
- Adulta. – ele falou, rindo e a levando escada acima no ombro.
- Sou mesmo, e você deveria ser, já que tem 25 anos. – ela falou, quando ele a colocou no chão.
- Ah, você quer guerra? É isso mesmo? – ele falou, e ela saiu correndo e se trancou no quarto. – Sério, , abre a porta.
- Ou o quê? - ela falou, rindo.
- Ou eu vou arrombar essa porta e vou te jogar da janela. – ele falou, e bateu forte na porta.
- Você não faria isso, você não vive sem mim. – ela falou, abrindo a porta e se encostando no batente.
- Quem disse? – ele a pegou no colo e a levou na direção da janela.
- , para, você sabe que eu morro de medo de altura.
- Eu sei bem, quase morreu quando te levei no London Eye. – ele sorriu e a levou mais perto da janela.
- Para, ! – ela falou, e se agarrou mais ao pescoço dele.
- Calma, meu amor, eu estou aqui. – ele falou, quando ela começou a se desesperar. Ela riu fraco. – Por que você tem tanto medo de altura?
- Longa história. – ela sorriu e foi se deitar. – Vamos dormir, estou cansada.
- Ai, você me cansou também. – ele riu e foi em direção à cama.
- Ninguém mandou me pegar no colo e tentar me matar. – ela sorriu. Ele se deitou e a tomou em seus braços.
- É divertido. – ele falou, parecendo uma criança. – Depois de um ano com você, isso não perde a graça.
- Isso é porque você me ama. – ela falou, e ele beijou o topo da sua cabeça. Ambos adormeceram juntos.

- Bom dia, bela adormecida. – acordou , que estava ainda dormindo. Ela jogou um travesseiro nele e voltou a dormir. Ele se sentou na cama e começou a mexer nos cabelos dela até que ela acordasse.
- Porra, , não posso mais dormir, caralho? – ela se levantou e encarou ele, que por sua vez estava só de toalha.
- Nada mais sexy do que seu mau humor matinal. – ele falou, e riu.
- Vai se foder. – ela falou, e foi direto para o banheiro tomar banho. Ela tomou um banho rápido, secando logo após os cabelos e foi para o closet colocar um vestido bege e um salto preto.
- Milagre, ficou pronta antes do Brunch começar.
- , vai colocar sua gravata. – ela falou, e foi para banheiro se maquiar.
- Não sei por que você se maquia. – ele falou, indo ao lado dela para dar o nó na gravata.
- Quem sabe, porque isso tira as imperfeições do meu rosto e me deixa mais bonita? – ela falou, irônica.
- Não devia, fica muito mais linda sem maquiagem. – ele falou, e ela sorriu dando-lhe um beijo.
- Pena que isso é o que os homens acham. Entre as mulheres, nós precisamos estar maquiadas. – ela falou, terminando de passar o lápis.
- Besteira, e ainda não sei como você não fura o olho com isso. – ele pegou o lápis na mão e encarou como se fosse uma coisa de outro mundo.
- Quem sabe, porque eu tenho prática? – ela falou, colocando agora o rímel. – No Hallowen eu ensino você para ver como é fácil. A não ser que queira usar agora.
- Eu não, maquiagem é coisa de mulher. – ele falou, e fez uma careta.
- Tem muito homem que usa. – ela falou, sorrindo.
- São tudo maricas. – ele falou, e ela riu.
- Homofóbico. – ela falou, e ele riu com ela.
- Com todo respeito aos gays, mas maquiagem eu não uso. – ele falou, e ela sorriu dando mais um beijo nele.
- Pronto? – ela sorriu e fez que sim, ambos desceram e foram até a limusine. O caminho era longo até o hotel onde seria o brunch, mas mal sentiu, deitou sua cabeça no ombro de e relaxou. Ao chegarem lá, ambos desceram do carro e se dirigiram ao salão, foram até seus assentos e estavam conversando quando um homem os interrompeu.
- Mate! – o homem falou, e um choque percorreu seu corpo, aquele com certeza era .
- Hey, . – falou, e abraçou o amigo. Devagar e tentando não demonstrar nervosismo, se levantou e se virou na direção do homem, confirmando a suspeita. – Essa é minha namorada, , e esse é o , meu amigo de infância. – sorriu, e pegou a mão da garota, depositando um beijo leve ali.
- Encantado. – falou, e ela sorriu, se mostrando confiante e mostrando que não deixaria o que aconteceu vir à tona.
- Que bom que se deram bem. – falou, e depositou um beijo na cabeça de .
- Se me dão licença, cavalheiros, vou sair um pouco. – ela falou e beijou a boca de , saindo para tomar um ar.
- Você está apaixonado, mate. – falou, sorrindo.
- Ah, cara, a é demais, ela me faz feliz, sabe? – falou, sorrindo.
- Eu bem sei. – falou, baixo, virando o rosto e desconfiou, mas deixou passar.
- Mas então, mate, me conta, como foi sua viagem? – falou, fazendo sinal para se sentarem.
- Bom, passei ótimos três anos em Bolton, mas decidi que era hora de voltar, senti saudades dos meus amigos, mas precisava ver minha família. – falou, sorrindo.
- É, eu estou pensando em passar mais tempo com a minha família, tenho dedicado 99% do meu tempo a ela, e o resto a toda a preparação para a banda. - falou, bebendo um gole de suco.
- Você já contou a ela sobre a banda? – perguntou, e fez que não.
- Ela tem estado um pouco distante e vou deixar para mais perto do lançamento do CD. – falou, e olhou de relance para onde havia saído.
- Mate, quem diria, nós dois em uma banda? Imagine se a gente ficar famoso? – deu tapinhas nas costas de .
- Mas não seja tão ambicioso, isso pode dar tão certo quanto errado. – deu um choque de realidade no amigo. – Mas voltando ao assunto anterior, o que transformou sua viagem de um ano em três?
- Ah, sempre é uma mulher, não é mesmo? – sorriu.
- E como ela era? – perguntou, interessado.
- Ela era perfeita, mas ela acabou tendo que partir e acabou se envolvendo com outro homem. – falou, encarando a mesa.
- Nossa, cara, que azar. Mas você parece ainda gostar dela. – falou.
- É que apesar de tudo, ela ainda é grande parte da minha vida. Sabe como é, muita história juntos. – falou, e apareceu na porta novamente. não a viu, mas , sim. – Se me der licença. – se levantou e caminhou até a mulher.
- , eu estou muito confusa. Você sabia disso? - pôs as mãos na cintura.
- Não, estou tão confuso quanto você. - tentou segurar a mão dela, mas ela retirou.
- , eu acho melhor a gente esquecer o que houve em Bolton. – ela falou, e ele ficou sem palavras, a encarando.
- Mas... Mas por quê? – ele falou, gaguejando.

Capítulo 02


- , eu traí o com você. Não foi certo, eu amo o . – falou, um tanto fria.
- Então está claro que você ainda sente algo por mim. – falou, tirando uma madeixa dos olhos dela.
- , nosso namoro em Bolton foi lindo, tudo de bom, mas acabou. Eu estou com o agora. – tirou a mão dele do rosto dela.
- Então me diz que não sente nada quando eu faço isso. – ele roçou os dedos de leve na coxa dela. – Ou isso. – ele passou de leve os lábios nos dela.
- , para. – ela abaixou o olhar.
- Era o que eu pensava. – falou, sorrindo vitorioso.
- Tá, eu sinto, sim, algo por você, mas não me provoca perto do , por favor. Eu amo ele, de verdade. – implorou.
- Ok, meu amor, mas só pra constar, que aquele dia no bar, enquanto o estava a trabalho. Tem que se repetir. – falou, mordendo o lábio inferior.
- Vai arrumar umas vadias para transar com você, se está achando que vou cometer esse erro de novo. – falou, sorrindo irônica.
- Ah, meu bem, mas você fica tão linda quando geme meu nome. – falou, e ela deu outro risinho irônico.
- Cala a boca. – ela falou, quando viu que se aproximava.
- Ah, aí estão vocês. – ele sorriu. – Que bom que estão se dando bem.
- É, estou apenas conhecendo melhor. – sorriu. deu um selinho nela.
- E então, sobre o que estão falando? – perguntou.
- Você. – falou e sorriu.
- Hm, estou com medo disso. , não conte histórias da minha infância, por favor. – piscou.
- Infância? – perguntou, um tanto confusa.
- Sim, somos amigos desde que nascemos, a família de morava aqui e depois se mudaram para Bolton. – falou, e abaixou a cabeça.
- Bom saber. – ela encarou , que por sua vez sorriu e mudou de assunto.
- Enfim, me lembrei daquela vez que eu caí das escadas, lembra, ? Tenho o corte até hoje. – ele apontou para a cicatriz.
- É, foi mal, mate, não queria ter te empurrado escada abaixo. – falou.
- Que malvado, . Coitado. – sorriu, e por um momento, esqueceu os problemas.
- Vocês, venham comer. – a mãe de apareceu e então os três entraram para tomar o Brunch. Enquanto comiam, um cara alto e moreno chegou perto de e falou algo em seu ouvido, sussurrou algo que não se escutava.
- Desculpem, problemas no trabalho. – falou. – , cuida dela. – falou, e saiu.
- Pode apostar que eu vou, amigo. – ele sorriu torto e voltou seu olhar para . – Meu bem, assim que terminar seu café vamos dar uma volta.
- E você me obriga a fazer as coisas agora? – ela falou, incrédula.
- Não, mas eu tenho algumas coisas que podem fazer você querer vir comigo. – apontou por onde havia saído.
- Tá, vamos. – jogou o guardanapo na mesa e saiu do hotel, contrariada. Esperando , que logo a puxou para seu carro, que era nada mais nada menos que um dodge challenger 1970. – , onde você achou esse carro? Eu amo ele, tentei comprar, mas não achava em nenhum lugar.
- Segredo. – ele colocou o dedo indicador sobre os lábios, em sinal de silêncio.
- Tá, e para onde vamos? – ela perguntou.
- Para o meu apartamento. – ele sorriu malicioso e ela vacilou.
- , por favor. - implorou.
- , precisamos conversar. – ele falou, sério, tirando por segundos o olhar do volante.
- Ok, precisamos acertar algumas coisas mesmo. – ela falou, e olhou pela janela. Após alguns minutos de silêncio mortal, ambos entraram no enorme prédio, apertou o botão da cobertura. Mal estavam no segundo andar quando agarrou , beijando seus lábios com agressividade.
- Sabia. – riu fraco.
- Cala a boca antes que eu me arrependa. – ela falou, se impulsionando para o colo dele, entrelaçando suas pernas na cintura dele.
Ele a segurou forte contra seu corpo. O elevador anunciou a chegada à cobertura. saiu com no colo e abriu a porta com dificuldade. Fechou a porta com força e continuou com ela em seu colo até o quarto. Uma vez chegando lá, ele a deitou em sua cama e começou a beijar-lhe o pescoço. Ele foi descendo e, com habilidade, tirou seu vestido, descendo seus beijos pelas partes descobertas do peito dela, logo ele tirou o sutiã e com uma das mãos massageou o mamilo enquanto com a boca sugava ou outro. Ele desceu seus beijos por toda extensão de sua barriga, afastou a calcinha e começou a masturba-la, passando a língua em volta de seu clitóris. Ela virou, tirou a camisa social de seu corpo, arranhando todo seu abdômen definido e beijou de leve até chegar ao volume em suas calças. Ela tirou as calças e massageou por cima da boxer branca dele, tirou-a com os dentes até o fim e pegou seu membro o masturbando. Logo ela o colocou na boca, olhando para um tonto de tanto prazer. Ele esticou o braço e pegou a proteção em uma gaveta ao lado da cama, colocou e ela se posicionou em cima de seu membro, penetrando devagar. Ela começou com movimentos lentos, mas logo foi aumentando, apenas a olhava e deixava que ela fizesse o trabalho, mas logo mudou isso, ficando por cima dela e penetrando com força. Ela arranhou toda a extensão das costas dele, o deixando mais animado, com isso ele investiu ainda com mais força a ponto de machucar, mas aquilo só era mais excitante. Ela gemia o nome dele ao pé de seu ouvido e ambos foram se aproximando do ápice, ele aumentou as investidas até que o prazer máximo atingisse ambos. caiu ao lado de e fechou os olhos por um instante, não poderia se arrepender alguns minutos depois? Sim, isso foi errado, mas seu corpo pedia por isso. Ela com certeza deixaria para se arrepender depois, estava muito cansada. Pousou a cabeça no peito de e adormeceu. ficou observando dormir e acabou adormecendo, acordou somente quando seu telefone tocou.
- Alô? – ele falou, ainda sonolento.
- Oi? ? – a voz de soou do outro lado.
- Hey, mate, qual é a boa? – respondeu.
- Er... Você está com a ? – ele perguntou.
- Não, por quê? – mentiu.
- Porque esse é o celular dela. – respondeu, e gelou, encarando o telefone. Maldito sono.
- Ah, acho que ela esqueceu no meu carro, vou deixar aí na casa de vocês mais tarde, ok? – mentiu novamente.
- Ok, cara. – ele respondeu. – Não acho ela. Vou desligar.
- Tchau. – se despediu, e viu se mexendo em seu peito, acordando.
- Quem era? – ela perguntou, um tanto sonolenta.
- . E é seu celular. – ele falou, e ela se levantou em um susto, vestindo toda a sua roupa em poucos minutos. Pegou o celular e foi saindo.
- Calma, eu te levo. – gritou para ela, que já estava do outro lado do apartamento.
- Eu pego um táxi. – ela gritou e olhou o horário. – Puta merda. – havia dormido o resto da manhã e metade da tarde. Ao chegar ao térreo, por sorte, havia um táxi passando e ela conseguiu que parasse para ela. Entrou no mesmo e deu o endereço de sua casa. Em quinze minutos chegou em casa. Subiu as escadas correndo e entrou para o banho. Logo colocou outro vestido para o chá que tinha com sua mãe. Quando estava quase saindo, entrou na casa.
- Oi, amor. Você sumiu, eu estava muito preocupado. – ele falou, e beijou a namorada.
- Desculpa, depois de lá, saí com minha mãe para almoçarmos. – seu telefone tocou, ela atendeu e trocou algumas palavras com sua mãe, avisando que estava indo.
- Então... Vejo que já tem seu telefone de volta. – ele encarou o aparelho.
- Quê? – ela encarou e lembrou-se de mais cedo. – Ah, é, passei no apartamento de para pegar.
- Hm, tá certo. – ele a encarou. – E onde está indo agora?
- Vou tomar chá com a minha mãe. – ela sorriu. – Já estou atrasada. – ela beijou o namorado e saiu correndo, pegando o táxi que já havia pedido mais cedo. pegou o celular e ligou.
- Oi, Cherry? – ele perguntou, e a mulher do outro lado sorriu.
- , quanto tempo. Para que precisa dos meus serviços? – a mulher do outro lado da linha perguntou.
- Tenho um novo caso para você. Total sigilo, por favor, é importante! – pediu.
- Ok, pode pedir. – Cherry sorriu do outro lado.
- Investigue o que fez enquanto estava em Bolton. – falou.
- Ok, deixa comigo. – ambos desligaram.

*****

- Filha, aquele garoto que você namorou em Bolton. – ela tomou um gole do chá. – É , não?
- Mãe, por que nós duas fugimos de Bolton? – perguntou, enquanto mordia um biscoito.
- Para esquecer nosso passado, ambas. – ela respondeu.
- Então, mãe, não faça perguntas sobre o que aconteceu em Bolton. – respondeu, seca.
- Mas, filha, o garoto veio até aqui por você. – ela falou, para a filha.
- Não, mãe, ele só voltou para a cidade. Ele nasceu aqui, ele mentiu para mim que havia nascido lá. – falou, um tanto exaltada. – E outra, eu estou com o agora. Ele me faz feliz.
- Filha, em minha opinião, você ainda ama . – a mais velha falou.
- Mãe, eu amo o . Ele é meu namorado, ele está na minha vida agora. – tentou convencer mais a si mesma do que a mãe.
- , a mim você não engana, pode dizer o que quiser, pode ser milhões de vezes melhor que o , mas ainda toma parte de seu coração.
- Mãe, vamos mudar de assunto. – contornou a situação. Apesar do clima tenso, o resto do chá não foi tão desagradável quanto achava que seria. Após terminarem, foi com sua mãe até sua casa. Apenas a largando lá e pediu para o taxista que voltasse para casa. Ao chegar, estava trabalhando em uma nova música, ela não gostava de interrompê-lo, então sempre que chegava e o escutava compondo ela sentava no banco na frente da casa e o ouvia:

Hey, I see a secret in your face
Did someone steal you away?
Is there someone else in my place?
I don't like this game
I, I can see the death in your hands
'Cause I know the way that you dance
Don't cover up 'cause it shows
I wish you would


Ele parou e ficou encarando a parede, isso não era bom sinal, sempre escrevia músicas conforme seu humor. entrou na casa sorrindo.
- Oi meu amor. – ela sorriu para ele, ele sorriu cansado.
- Oi, . – ele voltou ao piano.
- Eu escutei a música. – ela falou, indo em direção à sala do piano.
- Gostou? – ele olhou para baixo. – Tirei de um filme.
- Hm. – pensou que aquilo tudo estava muito estranho. Então ela foi até ele e sentou em seu colo. – E sendo um deus das letras de música, o senhor tem um tempo para uma namorada carente?
- Depende. Você tem tempo para mim? – ele perguntou, sorrindo contra a boca dela.
- Sempre. – ela sorriu e o beijou, um beijo apaixonado.
- Acho bom, ultimamente você anda tão ocupada que eu nem sei se ainda faço parte de sua vida. – ele falou.
- Ai, , que besteira, você sabe que eu amo você e que você é uma das coisas mais importantes na minha vida. – ela saiu do colo dele e pôs as mãos na cintura, ele se levantou e a abraçou.
- Também te amo. - ele sorriu e a abraçou forte. – Preciso te contar uma coisa.
- Conte. – ela sorriu e ele ficou sério.
- Eu estou com a boyband pronta. – ele sorriu.
- O quê? Vocês estão como prontos? – ela perguntou, pasma.
- Nós estamos em finalização do CD. Com um clipe gravado que vai ser lançado em duas semanas. – falou.
- Ok, isso é incrível, só é muita informação. – falou, e ele sorriu.
- Desculpa te contar só agora. – ele falou, olhando para baixo.
- Por que me contou só agora, achou que eu não ia apoiar você?
- Mais ou menos. – ele falou, baixo.
- Ok, isso é ridículo, vou te apoiar sempre, , põe isso na sua cabeça. – ela o beijou. – Eu estou muito cansada, vou dormir, você vem?
- Não, são sete horas, , você tá doente? – ele se preocupou.
- Não, estou só cansada mesmo. – ela sorriu. – Tenho aula amanhã.
- Ok. Boa noite. – ele sorriu. Seu telefone tocou.
- Alô? – ele perguntou.
- , aqui é a Cherry.

Capítulo 03


- Olá, Cherry. – falou, ao telefone, enquanto fechou a porta para que não escutasse nada.
- Então, como não tinha nada a fazer, passei a tarde toda pesquisando sobre o . Mas antes me responde, por que está desconfiando de seu melhor amigo? – Cherry perguntou.
- Porque desde que apresentei ele à , ela está agindo de uma forma muito estranha, hoje mesmo ele estava com o celular dela e inventou uma história toda, quando ela chegou, vi ela com o celular e então perguntei e ela falou algo totalmente diferente. – falou, baixo.
- , você é muito ciumento. Eu sei que você a ama, mas às vezes exagera a ponto de contratar uma detetive particular? – Cherry riu do outro lado.
- Ah, mas não estou contratando uma detetive particular, estou contratando uma antiga amiga. – ele riu.
- Ainda bem que a fase estranha pós namoro foi superada né, é tão bom voltar a ser sua amiga. – Cherry sorriu.
- É. – sorriu igualmente. – Pois então, vai me contar o que descobriu ou eu vou ter que me moer, sem saber o que deixa minha namorada aflita?
- Bom... – Cherry suspirou. – foi para Bolton ver sua família, sua viagem inicialmente era de apenas um ano, mas então ele conheceu essa garota, parece que o sobrenome é , não quiseram me dar o nome. – engoliu seco. – Eles tiveram o namoro perfeito por um ano e meio, então o pai dessa garota morreu e começaram a culpar a mãe dela, então ela e a mãe fugiram para Londres. , aparentemente arrasado, começou a sair com todas as vagabundas da cidade. Quando se deu conta da pessoa que havia se tornado e como era visto em sua cidade, ele igualmente voltou para Londres.
- Cher... – perdeu a fala.
- O que foi, ? – Cherry perguntou.
- A ex-namorada do é a . – falou, ainda pasmo.
- Ai, . Pode ser qualquer garota em Bolton, é um sobrenome bastante comum até.
- Não acha que seria muita coincidência duas garotas com o mesmo sobrenome, virem para Londres de Bolton na mesma época? – falou, um tanto triste.
- Ai, , eu sinto muito. Não temos provas também. De qualquer forma, ela é ex-namorada dele, passado. – Cherry tentou amenizar as emoções misturadas de .
- Espero. – suspirou.
- , você também não é um total santo. – Cherry tentou fazer com que se acalmasse.
- Tá, mas as coisas ruins que eu fiz estão no passado. – falou.
- Não se engane. O passado sempre nos segue, e o que você fez em Bolton vai segui-lo.
- Podemos esquecer isso? Eu nunca estive lá. – falou, e desligou o telefone na cara de Cherry, estressado e sentindo um peso enorme nos ombros. Ele subiu as escadas e encarou dormindo, com uma expressão tão fascinante no rosto. se preparou para dormir e deitou ao lado dela, logo a abraçando. Um lágrima, não permitida, escorreu de seus olhos.

acordou e logo se desvencilhou dos braços de . Ela tomou um banho rápido e se vestiu, logo pegando seu material para a faculdade. Apesar de ela faltar muitas aulas, tinha ótimas notas e por sorte estaria se formando em uma semana. Ela chamou um táxi, que em dez minutos chegou, e foi para a aula. Ao chegar lá, ela correu para a aula de direito constitucional. O sonho de era ser delegada, fazer justiça. E com sorte, conseguiria vingar seu pai. Como já estavam no final das aulas, ela teve prova, fez a mesma e como não tinha mais aulas naquele dia ela decidiu que iria para casa. Ao chegar em casa, viu que conversava com alguém.
- Amor, cheguei! – ela gritou, ao entrar na casa.
- Oi, , já vou. – respondeu, e como não era ciumenta e odiava interferir na privacidade dos outros, largou suas coisas na sala e foi à cozinha comer alguma coisa. Mas enquanto saboreava um pedaço de bolo, ela escutou que e a pessoa conversavam algo importante, pois nunca fechava a porta. Sua curiosidade aumentou e ela foi para perto da porta ver se escutava algo. Se espantou ao ouvir uma voz feminina:
- , você não pode querer que eu investigue mais ainda a vida dos dois. – a mulher falou.
- Por favor, isso está me matando. – falou, alto, e tentou juntar as peças.
- Tá. Preciso ir. Mas não dá muita bandeira. – a mulher falou, e quando percebeu que eles estavam a ponto de sair, deu um pulo no sofá e ficou deitada mastigando. saiu do escritório ou sala de música, como preferir, com a tal mulher, que era mais ou menos de 1,70 de altura, cabelos negros até a cintura e pele morena.
- Oi, amor, essa é a Cherry, estamos trabalhando juntos. – ele falou, e sorriu como comprimento.
- , eu vou indo. – Cherry falou, e a acompanhou até a porta. Após fechar a porta, tirar os pés da garota do sofá e sentar embaixo deles, perguntou.
- E então, , como foi na prova? – ela soltou uma risada nasalada.
- Como se eu não fosse a melhor aluna da faculdade. – se gabou, e rolou os olhos.
- E já está pensando em que delegacia você vai trabalhar? – perguntou, acariciando a coxa dela.
- Sim, nem que eu faça a maior besteira da minha vida, vai ser na delegacia do George. – ela falou, e engasgou.
- Por que nessa delegacia? – perguntou.
- Dã, porque é a melhor delegacia de Londres? – falou, olhou para baixo e concordou.
- E você pretende trabalhar como? – ele perguntou.
- Resolver os casos antigos, aquele que ninguém foi bom o suficiente para resolver. – falou. – Por que você ficou tão estranho e está fazendo tantas perguntas?
- Eu só estou preocupado, não quero que se machuque. – falou, e se levantou.
- Vai aonde? – ela perguntou.
- Nós vamos almoçar. Ou vai furar mais uma vez comigo? – ele perguntou.
- Ah, claro. – ela falou, e o seguiu. Ambos saíram e foram almoçar em um restaurante caro qualquer de Londres. Após o almoço , largou em casa e fez uma viagem, que duraria três horas, de Londres até Bolton. Ao chegar lá, ele se dirigiu a parte tão perigosa e tão conhecida daquela cidade. Como ficar um mês em uma cidade pode destruir a vida de uma pessoa? Ele entrou na mansão Petrovic, cujo o dono de mesmo sobrenome era um dos maiores traficantes de toda a Inglaterra.
- ? – o homem sentado na poltrona se vê surpreso ao vê-lo.
- Olá, Lucio. – cumprimentou o homem careca, alto e com músculos definidos.
- O que te traz aqui, velho amigo? – Petrovic respondeu, o mais novo.
- Preciso de um favor. – ele pediu ao mais velho.
- Prossiga. – ele respondeu.
- Preciso que limpe minha barra na delegacia do George. – ele falou, e o mais velho apenas fez que sim com a cabeça, se despediu e voltou ao carro, iniciando sua viagem de volta à Londres. E em toda viagem, aquele mês sombrio vinha à sua cabeça, onde se metera em tanta merda, mas também foi onde a viu pela primeira vez, achou que nunca mais a veria, e agora ele a tem, com riscos enormes de perdê-la. Ele queria poder apagar o passado. Todos querem isso. Toda vez que ele tentava desviar sua mente disso, o sorriso de vinha à sua mente, e ele voltava a pensar em tudo de novo.

*****

estava deitada na sala, vestida com seu shorts e uma camiseta larga, quando a campainha tocou.
- Oi? – ela abriu a porta e deu de cara com .
- Olá. – ele olhou todo o corpo dela, de cima a baixo, e sorriu malicioso.
- Para, , pode chegar a qualquer momento. – falou.
- Não tenho problemas com isso, sei que você gostaria de um “à três”. – falou, e riu. apenas rolou os olhos.
- O que veio fazer aqui? – perguntou.
- Estava com saudades. – ele falou, e ela se irritou.
- Sério, o que veio fazer aqui? – perguntou, novamente.
- Precisava falar com o . – ele falou, sério.
- E por que não ligou para ele? – perguntou.
- Porque ele não atende ao telefone. – falou, e, quase no mesmo momento, entrou pela porta de cabeça baixa e uma expressão cansada.
- ? – perguntou, assim que percebeu o estado dele.
- Mate, o que houve? – perguntou, ele encarou os dois.
- Oi, eu estou muito cansado. Vou tomar um banho. – ele falou, de cabeça baixa.
- Temos que acertar algumas coisas, depois eu volto então, mate. – falou, e saiu calmamente pela porta.
- , o que houve com você? – ela foi até ele e segurou seu rosto entre as mãos. – Você passou somente a tarde fora.
- Eu tive que resolver alguns problemas, e por isso passei a tarde toda dirigindo. – contou meia verdade.
- Meu deus, você precisa tomar um banho e dormir urgente, você está destruído, amor. – ela falou, e ele sorriu fraco.
- Só repete isso. – ele a olhou nos olhos, ela não entendeu. – Me chama de novo desse jeito.
- Para que apenas te chamar assim se eu posso dizer que te amo? – ela falou, e ele sorriu.
- Eu te amo, . – ele a abraçou forte e a beijou, ambos sorriram e foi direto ao seu banho.
Uma pergunta martelava na cabeça dela. Aonde ele havia ido? Com isso, ela foi até o carro e checou a quilometragem, havia feito uma viagem de no mínimo três horas, segundo suas habilidades de percepção. Mas por que ele havia ido tão longe? Ela pensou nas cidades com essa distância, várias opções. Ela estava preocupada com ele, e tinha quase certeza que seu cansaço extremo não era apenas da viagem. Ela pegou seu telefone e discou para seu professor e também um dos agentes da delegacia do George:
- Alô? – sua voz entoou na linha.
- Sr. Maxfield? – ela perguntou.
- Sim? – ele respondeu.
- Aqui é , eu preciso de um favor. – ela pediu.
- Tudo por minha aluna prodígio. – ele falou, e ela riu sem graça.
- Preciso que dê uma breve olhada nos arquivos da sua delegacia e vê se não acha nada no nome de .
- Ok, farei isso assim que puder e te retorno. – o doutor respondeu, e ela agradeceu, desligando o telefone. Ela, que ainda não comprou um carro por preguiça, chamou um táxi e quando o mesmo chegou, pediu que a levasse para a casa de sua mãe. Ao chegar lá, ela vagou pela casa até encontrá-la na sacada.
- Mãe? – a chamou e ela se virou.
- Oi, filha. – ela sorriu fraco.
- Me explica, por que você insiste tanto que eu fique com o ? – ela perguntou, com os olhos marejados.
- Por que você ainda o ama! – ela falou, como se fosse óbvio.
- Então me fala que isso não tem nada a ver com o , e que não tem nada a ver com a morte do papai.

Capítulo 04


- Minha filha. – a mãe de suspirou. O telefone de tocou.
- Alô? – atendeu.
- , é o . – a voz de soou, do outro lado da linha. Os olhos de se encheram de lágrimas mais uma vez.
- Oi. – ela falou, com a voz fraca, e se virou para que sua mãe não visse seu choro de fraqueza.
- Você está bem? – perguntou, a .
- Como se você se preocupasse. – falou, limpando uma lágrima.
- Você sabe que eu me preocupo. Quem largou tudo em Bolton foi você. – falou, e ela começou a chorar descontroladamente.
- Eu estou muito confusa. – ela falou, secando as lágrimas e pegando um táxi, que passava em frente à casa, direto para a casa de . Ela passou pelo porteiro tão rápido que ele nem sequer conseguiu perguntar nada a ela. Subindo pelas escadas mesmo. Quando chegou ao apartamento tocou a campainha.
- Oi? – mal abriu a porta e ela o abraçou forte. – O que houve? – ele a abraçou de volta enquanto ela chorava, ele esperou até que ela se acalmasse.
- É o . – ela mal falou, e ele já se levantou.
- O que ele te fez? – ficou na defensiva, riu fraco e puxou de volta para sentar.
- Não é nada. Só um desconforto, ultimamente ele não me passa segurança e eu sinto que ele está constantemente mentindo para mim. – ela falou, e ele a abraçou.
- Calma, talvez ele apenas esteja estressado. – falou, acariciando o ombro dela.
- Você estava lá quando ele chegou destruído, ele dirigiu no mínimo duas horas, julgando pelos pneus e pela quilometragem. – falou, ficando de frente para ele.
- Eu acho que esse papo de policial pode estar te deixando um pouco paranoica. – ele riu, ela se fez de insultada.
- É sério, eu não estou achando graça disso. – ela falou, e ele riu.
- Então, o que você acha que tá acontecendo com ele? – perguntou, e ela suspirou.
- Eu não sei. Mas eu estou incerta. – ela falou, e ele riu. - Eu posso te cantar uma música? – falou, e ela riu.
- Como assim? Que coisa estranha de se falar. – ela franziu a testa.
- Não, é que eu acho que você deveria saber como eu me senti quando você me deixou. - falou, e ela encarou o outro lado da sala.
- Por que você quer fazer isso? – ela perguntou, desconfortavelmente.
- É que você sempre me conta tudo, eu também quero contar. – ele falou, e foi até o piano dele. Ela se sentou ao lado dele e ele começou a tocar.

I'm pretty sure you've heard of me
I'm a local celebrity
But not the kind you look to Hollywood for

No flashing lights or autographs
In fact, people avoid me if they can
I got no fence hanging right outside of my door

And I hear them whispering when I pass
Saying to each other "is that the man?
With a broken heart
'Cause you tore it apart

And now everybody knows my name
Everybody feels my pain
But you don't even a care
Yes, you run away
I'm left to deal with the shame
Now everybody knows that I'm
Just a bum without you by my side
Welcome to the show
Everybody knows
Everyone but you
Everyone but you


deixou suas lágrimas rolarem ao som daquela música tão triste, ela conseguia sentir toda a dor de . Ele ficou encarando o chão enquanto ela chorava e o encarava, quando ele finalmente teve coragem de olhá-la nos olhos, ela se aproximou e o beijou. Era um beijo com todas as emoções de ambos contidas. As lágrimas dela escorriam descontroladamente de seus olhos.
- Eu te amo, . – falou, segurando seu rosto, como se ela fosse uma boneca de porcelana.
- ... – ela ficou sem falas. Ele suspirou.
-, me fala, olhando nos meus olhos, que não me ama e eu deixo o caminho livre para você e o . Caso contrário, eu vou lutar até o fim por você. Eu não vou te deixar. – ele falou, ainda segurando seu rosto, ela abaixou o olhar e não disse nada. Logo ela o olhou nos olhos e voltou a chorar novamente. Ele a abraçou forte.
- , eu não quero voltar para casa hoje. – ela falou.
- Você pode dormir aqui, mas e o ? – perguntou, ainda abraçado nela.
- Eu não tenho certeza. Mas acho que vou dizer que dormi na casa de minha mãe, pois estava muito tarde. – ela falou, soluçando um pouco.
- Ei, linda. – ele limpou as lágrimas dos olhos dela. – Não chora por ele, quando você sentir que ele não está lá para você, saiba que eu estarei.
- Nossa... – ela limpou uma lágrima. – Onde está a pose de machão agora? Quem diria, tem coração.
- Vejo que você já está muito bem, nem preciso te consolar mais. – ele a soltou.
- Eu vou me deitar. – ela falou, indo em direção ao quarto, a seguiu e ambos deitaram na cama abraçados. Assim adormeceram. O telefone de começou a tocar de uma maneira irritante, ela olha o horário, 5 da manhã. Sua vontade era de jogar o aparelho longe.
- Alô? – ela atendeu, sonolenta.
- Como está na casa do ? – uma voz, que não era muito estranha, soou.
- Quem é? – ela perguntou, assustada e olhou de relance para que dormia.
- Eu sou seu pesadelo. – a voz disse, provavelmente era uma mulher.
- Se você não soubesse onde estou, eu até diria que isso é um trote, então, por favor, identifique-se. – falou, firme.
- Querida, eu que mando aqui, e eu sei exatamente onde você está, pois venho seguindo você há muito tempo. – essa voz falou, e suspirou.
- O que você quer? – ela perguntou.
- Eu? Quero que você faça que nem antigamente e passe na pista. – a voz disse, e ela descobriu quem era.
- Jennifer. – suspirou.
- É, meu amor. Sentiu minha falta? – Jennifer falou, do outro lado.
- Não, ao contrário de você, eu não sou apaixonada por mim. – falou, cruelmente.
- Ah, meu bem, não era isso que parecia enquanto você gemia meu nome. – Jennifer falou, rindo.
- Jen, meu amor, eu tinha 15 anos e estava com você, porque você era a única garota da nossa idade que tinha os seus contatos e podia me dar os baseados. – falou, debochando da garota.
- É, parece que Londres mudou você. – Jennifer falou, e riu.
- Não, meu amor, pare de se iludir. Londres não me mudou. Eu menti para você, aceite. – falou, e desligou o telefone, colocando o mesmo no silencioso e indo dormir ao lado de . Ao acordar, percebeu que estava sozinha na cama, ela foi até a cozinha e encontrou fazendo o café.
- Bom dia. – ela sorriu para ele e ele riu. – O que foi?
- Nada, é só que eu já tinha me esquecido como era vê-la na manhã. – ele falou, e ela riu fraco.
- Era para isso ser um elogio? – ela perguntou, colocando o cabelo para trás da orelha.
- Levando em conta que você fica linda de manhã, sim. – ele falou, e ela ficou séria. – O que houve? – ele perguntou, enquanto ela se sentou na bancada e ele colocou o café da manhã em frente a ela.
- É só que... – ela suspirou. – Deixa. – ela falou, e colocou um pouco de comida na boca.
- Por favor. Me fale. – pediu, ela suspirou novamente.
- É só que você me elogiando só torna tudo mais difícil sabe? – ela falou, e ele franziu a testa.
- Tudo o quê? – ele perguntou, e ela riu fraco.
- Me convencer de que foi a ideia certa escolher o em vez de você. – ela falou, e riu fraco novamente.
- Olha, me desculpa, mas não te elogiar é difícil, estou acostumado com a época em que éramos um casal. – ele falou, e ela riu.
- Mas e o dia do Brunch. – ela perguntou, e ele suspirou.
- Vou te contar o que aconteceu quando você partiu. Todos ficaram sabendo, e como se eu já não estivesse arrasado o suficiente, as pessoas ficaram me pressionado e me fazendo de bobo. Então eu decidi virar aqueles homens que dormem com uma mulher em cada noite. Todos ficaram sabendo disso e minha fama estava destruída em Bolton, por isso voltei. E, naquele dia no Brunch, eu estava tão acostumado a tratar aquelas vadias, que acabei fazendo o mesmo, mas você sabe que eu não sou daquele jeito. – ele contou para ela, enquanto ambos terminavam o café.
- , eu realmente não sei o que dizer. Você dificulta tudo para mim. – ela falou, e pegou suas coisas.
- Aonde vai? – perguntou.
- Ir para casa e me arrumar para a faculdade. – ela já foi saindo da porta, antes dando um beijo na bochecha de .

Capítulo 05


Quando chegou em casa, encontrou na sala.
- Amor? – ela chamou, ele a olhou e uma lágrima pesada escorreu pelos seus olhos. – O que houve, ? – ela correu até ele e o abraçou o mais forte que pode.
- , eu estou te perdendo. – falou.
- Que bobagem, eu estou aqui, não estou? – falou, e beijou os lábios de .
- Eu sinto que não posso mais te apoiar, e que você vai me largar assim que descobrir. – falou, e sorriu calma.
- Não é assim com o coração, . Todos nós fazemos coisas ruins. – falou, e a olhou sério.
- ? – ele levantou o queixo dela para que ela pudesse olhá-lo direto nos olhos. – Pode me dizer uma coisa com toda sua sinceridade? Saiba que eu vou te amar independente da resposta.
- Pergunta. – ela tentou transmitir calma para ele.
- Você ainda ama o ? – perguntou, arregalou os olhos.
- Quê? – ela piscou várias vezes.
- Era o que eu pensava. – ele abaixou o olhar.
- , eu te amo. – falou, e o beijou. Ele parou e olhou bem para o rosto dela.
- Mas você ainda ama ele. – ele falou, e virou as costas. - Eu ainda te amo, mas acho que é melhor darmos um tempo nisso aqui. – ele se virou novamente e fez sinal entre os dois.
- Não, . – ela tentou chegar perto dele, ele apenas fez sinal que ela parasse, ela começou a chorar e subiu as escadas correndo, não sabia se teria cabeça para fazer a última prova do ano e então estaria formada. Ela correu para debaixo do chuveiro e tomou um banho rápido, se vestindo e pegando tudo que precisava, saiu correndo de casa e preferiu ir a pé, seria melhor para poder esfriar a cabeça. Chegou à faculdade, fez a prova, tentou dar seu melhor e então, quando estava saindo, seu professor, que também é policial, a chamou.
- Olá, senhorita . – o senhor Maxfield chamou a garota para outro corredor.
- Oi, professor. – ela sorriu.
- Então, fiz o que você me pediu. – ele falou, e ela acenou com a cabeça. – Eu procurei os arquivos com o nome dele, e o mais engraçado é que nos arquivos materializados não havia nada, mas nos tecnológicos, tinha o nome dele, mas a ficha estava limpa, só que ninguém possui uma ficha que está limpa, então com certeza alguém limpou a ficha dele. – ele falou, e Elena pensou por um instante.
- Bom, professor, eu estou praticamente formada, teria como você me colocar para dentro da delegacia e me deixar com o caso da morte do meu pai? – ela perguntou. – Hoje de manhã o falou algo sobre eu não perdoar ele quando descobrir. Acho que ele tem envolvimento com esse assassinato. – falou, e ele apenas fez que sim.
- Esse foi um caso tão tumultuoso que veio para a maior delegacia de Londres e ninguém conseguiu resolver. Se você conseguir, você vai ser a maior policial da nossa cidade. – o senhor Maxfield falou, a e ela apenas assentiu.
- Eu quero isso. – ela sorriu.
- Ok, você está dentro, mas reconhece que entrando nisso estará em perigo? – ele perguntou, e ela apenas sorriu.
- Já pensei nisso. – ela se despediu do professor e voltou para casa. Ela passou por na sala, pegou uma mala com algumas roupas e ligou para .
- ! – atendeu ao telefone.
- Oi, , posso ficar na sua casa por uns dias? – ela perguntou, e franziu o cenho.
- Claro. Mas não vai me contar o porquê disso? – ele perguntou, e ela suspirou.
- Depois, me busca aqui? – ela perguntou, indo em direção à escada. Ela conseguiu ver caminhando desnorteado no andar de baixo. Ela suspirou. – Vou desligar. – ela desligou o telefone e pegou papel e caneta para escrever um bilhete.

.

Você pode me odiar por eu ainda amar o , mas peço que entenda que não podemos simplesmente mandar no coração. Eu te amo, sim, eu não quero que isso, nós, acabe.

Te amo. .”


Ela desceu as escadas e parou de frente para ele, o abraçando e colocando o bilhete no bolso da calça dele. Ela saiu e entrou no carro de , que havia chegado minutos antes. abriu o bilhete e suspirou fundo, olhando para cima. Ele correu para a porta, mas viu que já havia ido. No carro, olhou pela janela com a respiração descompassada.
- Então? O que houve? – perguntou, enquanto fazia uma curva.
- Ele descobriu sobre nós, e me perguntou se eu ainda te amava. – ela falou, e abaixou a cabeça.
- E você ainda ama. – ele perguntou, tirando os olhos do volante por alguns segundos para olhá-la.
- Sim. – ela falou, e ele sorriu malicioso, apesar de ficar em completo silêncio. Os últimos minutos que restaram até chegar na casa dele foram maçantes pelo silêncio instalado no veículo e pelo sorrisinho de . Quando chegaram, eles subiram em um silêncio contínuo, entraram no apartamento e largou as coisas dela no sofá, enquanto fechava a porta. Assim que ela se virou, ele foi de encontro a ela e começou a beijá-la, ela suspirou pesado quando seu telefone começou a tocar.
- Alô? – ela atendeu, e a voz de Jennifer soou.
- Amor, você não vai passar na pista? – Jennifer falou, sorrindo.
- Nem em meus sonhos. – falou, e Jennifer deu uma risada.
- Bom, então acho que o , tão lindo agora na sala de estar, ia adorar ver um belo par de seios. – ela falou, e o coração de acelerou.
- Ele nunca faria isso. – ela falou, e Jennifer riu.
- Não teria tanta certeza disso. – ela falou, e semicerrou os olhos.
- Não acredito em você. – ela desligou o telefone para que ninguém ligasse para ela. Ela olhou para e ele foi chegando devagar.
- Quem era? – ele perguntou, ao pé do ouvido dela, fazendo ela se arrepiar.
- Ninguém importante. – ela falou, e começou a beijá-lo.
Ele desceu suas mãos até a base do quadril dela, a impulsionando para que ficasse em seu colo. Ele beijou o pescoço dela e a levou até o quarto, a deitando na cama dele. Beijou seus lábios e desceu para o queixo, depois novamente para o pescoço, e começou a desabotoar a blusa dela, ela o ajudou, ele então beijou cada pedaço de pele descoberta dela, ela ajudou a tirar completamente a peça de roupa. Logo ela o ajudou a tirar a camiseta dele, passando suas mãos pelo peito definido dele, ele desceu as mãos pela barriga dela até chegar às calças e devagar as tirou, ele beijou a coxa dela e foi subindo, pulando para a barriga dela. Logo tirando o sutiã e beijando seus mamilos eriçados, ele desceu novamente para a calcinha dela, beijando por cima do pano, ele afastou para lado e colocou um dedo dentro da intimidade dela, a masturbando devagar e com destreza, vendo-a contorcer ao seu toque. Ele então tirou totalmente o único pedaço de pano restante na garota e colocou desta vez dois dedos, a masturbando novamente e lambendo seu clitóris com calma, concentrado em dá-la todo o prazer possível, ela então o puxou novamente para cima, o beijando e sentindo seu próprio gosto. Ela sorriu e se virou, ficando por cima dele, desceu seus beijos por todo seu abdômen até chegar na barra de sua calça, ela tirou a mesma e apertou devagar a coxa dele, próximo ao seu membro. Ela tirou a boxer dele e o masturbou devagar, mas com habilidade, então ela devagar colocou o membro dele na boca e começou com movimentos lentos. Ele então a segurou pelos cabelos e fez com que ela acelerasse. Ele sentiu o prazer invadir o corpo dele, quando ele se viu próximo a gozar, ele a puxou para cima, pegando a proteção e deixando que ela colocasse. Ele a virou, ficando por cima dela e penetrou nela com força. Ela gemeu o nome dele ao pé do seu ouvido, deixando-o mais animado, e o fazendo aumentar a velocidade. O suor já tomava conta de ambos, e uma ligação inacreditável foi criada. Ele continuava os movimentos quando sentiu o corpo dela todo se contrair e logo relaxar com um gemido alto, ele continuou mais um pouco até que ele chegasse em seu ponto máximo.
- , eu sempre te amei. – falou, para ela, enquanto ela o fitava nos olhos.
- Eu também. – ela falou. – Desculpe eu ter te largado, eu tive que deixar a cidade depois daquilo tudo.
- Eu entendo, meu amor. – ele falou, e tirou o cabelo do rosto dela.
- Não, se eu pudesse voltar no tempo, eu teria mudado tudo, desde os meus quinze anos eu só fiz merda, desde então a única vez que posso dizer que foi de completa verdade foi quando estava com você. – ela falou.
- Também fiz merda, por exemplo, quando te coloquei em perigo. – ele falou, e ela estremeceu. - As pessoas nunca vão entender o seu medo de altura.

FLASHBACK

- Amor, vou te levar a um lugar muito bom. – falou, para , que entrou no carro.
- Aonde vamos? – ela perguntou, e ele riu.
- Surpresa. – ele falou, e ela sorriu. Ele a levou à pedreira próxima à cidade. – Vamos fazer escalada à noite.
- Sempre quis fazer isso. – ela sorriu e eles entraram escondidos no local. preparou todo o equipamento e começou a descer, quando sua corda prendeu em uma pedra, a mesma começou a rasgar e sabia que aquilo podia ser seu fim, mas escalou, mesmo sem proteção, até ela, e conseguiu tirá-la dali.

FLASHBACK OFF


- , eu estou bem agora, você não precisa lembrar daquilo. – ela falou, segurando o rosto dele em suas mãos.
- . É tão bom tê-la de novo. – ele falou, e ela franziu o cenho.
- Er... – ela respirou fundo. – Eu não sei ainda, eu tenho que me resolver com o .
- Mas você o ama também? – ele perguntou, e ela deixou uma lágrima insistente escapar ao fazer que sim com a cabeça. Antes que pudesse responder, a campainha tocou freneticamente. se vestiu rapidamente, foi até a porta e se assustou ao ver do outro lado.
- ! – ele falou, alto para que ela pudesse ter tempo de ir para o banheiro, e para que não desconfiasse de nada. – Entre. – ele falou, e levou a mala de para o quarto de hóspedes disfarçadamente.
- Cadê ela? – falou, brabo.

Capítulo 06


- Calma, mate. – falou, levantando a mão para .
- Não tem calma, sei que ela está aqui. – falou, entrou rápido e foi em direção ao quarto de . Por sorte, já estava em seu banho. Ele viu que ela não estava lá e já ficou mais calmo.
- Sim, ela está aqui, mas fique calmo, ela está no banho. – falou, e ficou calado por uns instantes.
- Você podia ter me dito que sua garota era . – ele falou, e suspirou.
- Você estava bem demais com ela, não queria estragar isso, você merece ser feliz. – falou.
- É, eu realmente a amo, mas não consigo se ela continua apaixonada por você. – falou.
- Mate, eu nunca brigaria com você por uma garota, então por mim, quem ela escolher, é o que tem mais sorte. Eu também a amo. – falou, e olhou de relance para o banheiro.
- Mate, eu estou com tantos problemas. – falou, olhando para baixo.
- E vai me contar? – perguntou, e apenas fez que não com a cabeça.
- Se você se meter nisso também, você vai estar ferrado para sempre. – falou, e se levantou.
- Que pena, queria poder ajudá-lo. – falou, e sorriu.
- Mate, você é meu melhor amigo, não posso deixar que se meta nisso. Mas, voltando ao assunto sobre . – ele voltou a ficar sério. – Eu não sei o que fazer a respeito disso tudo. Obrigado por ser um bom amigo para ela enquanto eu fodo com tudo. – bateu amigavelmente nas costas do amigo.
- Tá certo. – ele falou, e encarou o chão.
- Preciso me desculpar com ela, sei que vocês são apenas amigos, odeio quando dou ataques de ciúmes e pareço uma mulher. – ele falou, e a culpa começou a tomar , que deu somente uma risada fraca. Como pudera trair seu melhor amigo?
- Eu não sei o que dizer, mate, só que não podemos perder a formatura dela amanhã. – tentou fugir do assunto. Quando estava para abrir a porta, apareceu na sala.
- ? – ela se mostrou surpresa.
- , meu amor, preciso falar com você. – falou, e se levantou, ficando de frente para a garota que estava de shorts, camiseta branca e usando um coque frouxo.
- Veio me julgar mais? – ela falou, irônica, tentando não parecer desesperada pelo perdão dele.
- Não, , eu vim dizer que meu ciúmes ultrapassa as escalas, que eu te amo e que tenho certeza que o e você são apenas bons amigos. – ele falou, após ter deixado o local.
- , eu também te amo, me desculpa se amo os dois. – ela falou, abraçando .
- Eu te amo. – ele sussurrou, no ouvido dela. , assistindo escondido do corredor, fechou os olhos ao ver aquela cena. - Me desculpa por tudo que te fiz passar. – ele falou, ainda sussurrando. – Aquela garota, acho que o nome é Jennifer, apareceu do nada me falando que vocês dois me traíam, eu fiquei paranoico. – sorriu e beijou os lábios de , ela pensou um pouco e ficou chocada.
- Preciso sair. – ela sorriu e beijou novamente.
- Espera. – ele segurou o pulso dela. – Você vai voltar para casa, né? – perguntou, ela sorriu e fez que sim, correndo para pegar suas coisas.
- , posso pegar o carro? – ela pediu, e ele jogou as chaves para ela.
- Só me larga em casa antes. – ele falou e ela concordou. Quando estava para sair, ela largou as coisas e correu para o quarto de , lhe dando um beijo rápido.
- Isso não termina aqui. – ela falou, e o deixou deitado, saindo com , que decidiu não fazer nenhuma pergunta. Após largá-lo em casa, ela dirigiu por três horas até chegar na temida cidade de Bolton. Ela sentia arrepio apenas em ver o sinal anunciando a chegada à cidade. Ela dirigiu até um local muito conhecido por sua adolescência, se não fosse por , ela poderia ser uma dessas jovens adultas largadas aí, viciadas em drogas mais pesadas que o baseado que antes usavam. Ela passou por todos na pista de skate e foi até onde Petrovic ficava:
- Petrovic! – ela bateu na porta forte. Nada. – Jennifer. – ela deu outro grito e por incrível que pareça esse chamado foi atendido. Ao abrir a porta, se deparou com uma garota com minissaia, top, e botas de couro com um salto número quinze.
- Olá, meu amor. Você está mudada. – ela olhou de cima a baixo.
- É, parei de fingir. – ela deu um sorrisinho irônico.
- Pare de provocar a garota e a mande entrar logo. – Petrovic ordenou.
- Ah, mas é tão legal, Lulu. – ela falou, e sentiu uma tremenda vontade de vomitar.
- Mande-a para cá. – ele falou, e Jennifer deu passagem. passou reto até onde Petrovic se instalava, todo aquele lugar continuava igualzinho, as paredes cor mostarda davam um ar nojento ao local.
- O que é tão importante que vocês estão interferindo em toda minha vida? – falou, e se sentou na poltrona de frente para o homem.
- Temos ainda contas a acertar. – Petrovic falou, e riu alto.
- Não temos, não. Eu acertei tudo assim que decidi que sairia da cidade. – já ia levantando quando ele a puxou.
- Você me deve, garota, você prometeu que um dia ainda transaria comigo. – Petrovic falou, de um modo grosso.
- Eu devia estar drogada e tinha quinze anos, estava com os hormônios à flor da pele e louca para perder a virgindade. – ela falou, e tentou se desvencilhar do corpo dele, mas ele a virou com brutalidade e começou a esfregar os peitos dela com muita força. Ela tentou mais uma vez se soltar e não conseguiu, então, em uma tentativa suicida, ela tirou a faca de emergência presa na cintura e cravou no braço dele, sua chance de sair correndo, ela então deu um chute na intimidade dele, o fazendo cair, quando Jennifer entrou na sala, se ajeitou.
- Ele ia te trair, tentou me estuprar aqui mesmo. – ela falou, e foi até Jennifer. – E, a partir de agora, quero vocês longe da minha vida. – ela falou, e não contente com isso, deu um tapa sonoro no rosto de Jennifer e saiu correndo, entrando logo no carro e dirigindo o mais rápido que pudesse, as lágrimas insistindo em escaparem de seus olhos. Toda a viagem foi uma luta para que não desabasse. Ao chegar em casa, ela correu andar acima e viu já dormindo. Ela entrou debaixo do chuveiro e deixou que toda sua dor e arrependimento descessem e fossem embora junto com a água, após isso ela pôs um pijama e deitou ao lado de . Sua cabeça estava tão cheia que ficou horas pensando até que conseguisse dormir de verdade. Quando seu despertador soou, avisando que ela teria de acordar para resolver tudo sobre a formatura, ela quis que nesse dia não tivesse que colocar coisas bobas em sua agenda. O dia passou tão rápido que ela nem sentiu, de noite, quando estava subindo ao palco, sentiu que alguém a olhava, o que era irônico já que o auditório inteiro a olhava, mas era uma sensação diferente, ela deixou de lado e decidiu aproveitar sua última noite livre, levando em conta que no próximo dia as investigações começariam. O mais estranho era ver e lá, ambos dando apoio a ela e ela não podia deixar de se sentir culpada por não ser justa a nenhum deles. Quando tudo aquilo finalmente acabou, ela só quis voltar para casa e ter uma boa noite de sono.
- Nervosa? – perguntou, a ela, enquanto ambos se preparavam para dormir.
- Não, só vou me envolver com algo super perigoso, nada demais. – ela falou, e ele riu.
- Vem, vamos deitar. – ele falou, a abraçando. – Você precisa estar bem descansada.
- Ok. Eu te amo. – falou, e ambos foram se deitar.
- Também te amo. – falou, beijando o topo da cabeça dela. No dia seguinte, abriu os olhos, sendo cegada pelo sol forte. Ela se arrastou até o banheiro e tomou banho. Ao sair do banheiro ela se vestiu e desceu para a cozinha. Após comer, ela pegou um táxi que estava passando e o frio na sua barriga aumentou assim que eles chegaram à delegacia. Ela desceu do táxi, após pagar, e caminhou em passos firmes até a recepção.
- Olá? – a secretária perguntou.
- Oi, eu sou . - ela falou, profissionalmente.
- Ah! – ela sorriu. – O senhor George a espera, fim do corredor.
- Ok. – agradeceu, e foi até a porta, dando batidinhas leves.
- Entre. – ela escutou uma voz grave permitir a entrada. Ela entrou e o homem grisalho sentado na cadeira se ajeitou. – Senhorita ! – ele mostrou felicidade.
- Olá. – ela sorriu e se sentou na cadeira.
- Ouvi muito sobre você, espero que você esteja à altura das minhas expectativas. – ele falou.
- Aposto que nada é verdade. – ela falou, e ele riu.
- O doutor Maxfield não mentiu, dei uma olhada no seu histórico, desde o ensino médio. – ele falou e ela estremeceu.
- E como foi minha vida acadêmica? – ela perguntou.
- Boa o suficiente para você entrar para nossa delegacia. – ele falou. – Espero mesmo que você resolva esse caso, as pessoas cobram da gente.
- Eu vou resolver. – ela falou, e ele assentiu.
- O doutor Maxfield te espera na saída, vocês vão trabalhar juntos. – ele falou, e ela agradeceu, saindo pela porta e dando de cara com seu ex-professor.
- Cuidado, uma moça tão linda pode se machucar assim. – ele brincou, ela revirou os olhos.
- Então? – ela perguntou, e ele sorriu.
- Vem, vamos para a nossa sala. – ele a puxou pelo braço. Ao entrarem, ela parou e admirou a sala. – Aquela é sua mesa. – ele apontou para uma mesa com uma ficha em cima. Do outro lado da sala estava a mesa dele.
- Acho melhor começar o trabalho. – ela falou, fazendo um coque no alto. Ela abriu a ficha com as informações sobre o assassinado de seu pai, ela estremeceu ao tocar naquilo, mas começou logo a ler. Ele foi assassinado em sua casa, na cidade de Bolton. Causa da morte: asfixia, morreu enquanto dormia. Sua esposa estava em uma viagem e sua filha no quarto ao lado. – Precisamos voltar para Bolton e investigar a casa.
- Sabe quais são as chances de ainda ter alguma pista na casa? – ele perguntou.
- Sei. Passou-se mais de um ano, mas preciso começar de algum modo, não? – ela perguntou, e ele sorriu.
- E as pessoas que estão na casa? – ele perguntou.
- A gente paga um hotel para eles. – ela falou, e ele riu.
- Ok. – ele falou, e foi até a porta. – Vou falar com o chefe.
- Ok. – ela falou, e leu novamente as informações. Por que aquele caso estava tão vazio? Eles deviam ter, no máximo, só olhado o local e examinado o corpo, por isso George não conseguia resolver o caso.
- Voltei. – Maxfield disse, entrando na sala. – Temos uma longa viagem.
- Ok. – pegou suas coisas e ambos entraram no carro em direção à Bolton.

*****

- Já vai! – gritou, enquanto foi abrir a porta. Ao abrir, deu de cara com Cherry.
- . – ela sorriu. Ele notou algo estranho.
- Oi. O que você... – ele falou, mas, antes que ele pudesse terminar, ela pulou nele e o beijou. Um beijo demorado. Ele a afastou. – Cherry? Por que isso? – ele perguntou, a segurando.
- , eu ainda te amo, eu não aguento vê-lo com aquela cobra que te trai o tempo todo. – Cherry virou escandalosa do nada.
- Cherry, você está bêbada? – ele a segurou e a colocou para dentro da casa.
- Não. – ela gritou, ele a examinou e viu que ela está cheia de roxos, uma ferida no braço mostrava que algo havia sido injetado nela.
- O que fizeram com você, meu bem? – ele a abraçou. Ela começou a chorar.
- Eu estou com medo, . – ela começou tremer.
- Se acalma, você é minha amiga, não vou deixar nada te acontecer. – ele a apertou forte e viu que ela amoleceu e provavelmente dormiu. Ele a pegou no colo e a colocou no quarto de hóspedes. Ele olhou o relógio, eram oito da manhã. De onde, diabos, Cherry saiu? Ele esfregou o rosto e fez um copo de chá para tomar. Ao ficar pronto, ele se sentou no sofá e começou a tomá-lo. Seu telefone tocou.
- Alô? – ele atendeu.
- Olá, . Aqui é a Jennifer. – ela falou.
- Ah, oi, Jennifer? – ele perguntou.
- Recebeu meu presentinho? – ela falou, e ele arregalou os olhos.

Capítulo 07


Ao chegarem à Bolton, sentiu um arrepio estranho, sempre era ruim voltar aonde tanta coisa ruim aconteceu. O senhor Maxfield dirigia calmamente, eles foram até a antiga casa da garota. Ao chegarem, ela ficou do lado de fora enquanto o professor ia fazer um acordo com o pessoal, eles firmaram, e assim que as pessoas que habitavam a casa saíram, ela entrou e foi direto ao quarto, chamando o professor para que a acompanhasse.
- Esse era o quarto dos meus pais. – ela falou, e ele a fitou para se certificar de que ela não chorava.
- Eu vou checar as barras das janelas. – ele falou.
- Ok, vou checar o forro da cama, meu pai costumava guardar algumas coisas aqui e a cama ainda é a mesma. – ela falou, e caminhou em direção à cama, mas quando ela pisou próxima à cama, ela sentiu uma madeira solta abaixo de seus pés. Ela se abaixou e retirou a madeira.
- Professor! – ela o chamou, boquiaberta, ele se abaixou ao lado dela e eles examinaram aquela quantidade, ridiculamente grande, de drogas.
- Meu Deus. – ele falou, e ela engoliu em seco.
- Será que meu pai era algum traficante ou era viciado? – ela falou, ele colocou luvas nas mãos e pegou as drogas. O professor examinou por um bom tempo.
- Ele era viciado, posso ver pela quantidade de droga repetida. Se ele fosse traficante, teria grandes quantidades de outras também, aparentemente, seu pai era viciado em cocaína.
- Ok, como os policiais deixaram isso passar? – ela perguntou, horrorizada.
- Provavelmente George deve ter dado para policiais corruptos esse caso, e por isso não resolveram, foram pagos para deixar o caso em branco. – ele respondeu.
- Bom, vamos terminar de examinar a casa e levamos essas evidências para o laboratório. – ela falou, eles terminaram de examinar a casa, encontrando apenas um velho casaco no sótão da casa. Eles voltaram para Londres, deixando as evidências com um perito confiável ao professor.
- Bom, o dia foi longo, é melhor você ir para casa, . – ele falou, segurando os ombros da garota.
- Eu já vou. – ela falou, e saiu da sala deles, entrando no laboratório.
- Olá, posso ajudá-la? – um homem perguntou, a sala estava escura.
- Oi, é a senhorita , gostaria de saber como está o processo aí.
- Pode se aproximar. – ele falou, e ela notou que ele era extremamente lindo, alto, cabelos negros, olhos vibrantes.
- Então, como está aí examinando as drogas? – ela perguntou, olhando o que ele fazia.
- Bom, achei três digitais. Uma é de Joseph , seu pai. – ele a encarou. – Outra é de Lucio Petrovic e a terceira é de . – ele examinou e o ar lhe faltou aos pulmões.
- Tem certeza sobre o último nome? – ela perguntou, engolindo seco.
- Absoluta. – ele falou. – Por quê?
- Eu acho que conheço essa pessoa, ele não parecia ser disso. – ela falou, passando a mão de leve pelos cabelos.
- As pessoas nem sempre são o que aparentam. – ele falou, e ela agradeceu e voltou à sala, que estava escura. Milhões de perguntas em sua cabeça. Quando ela acendeu a luz, se deparou com sentado na poltrona, ela jurava que teria um ataque naquele momento.
- ! – ela gritou, e colocou a mão sobre o peito. – Você quer me matar?
- Ah, meu amor, só quis te buscar aqui hoje. – ele falou, e ela se sentou e colocou a mão na cabeça.
- Péssima hora para aparecer aqui, garoto! – ela falou, braba. Ele foi até o lado dela e a abraçou.
- O que houve? – ele perguntou, e ela suspirou.
- Foi só um dia difícil. – ela falou, e segurou as lágrimas.
- Venha, eu te largo em casa. – ele a puxou e ela só o acompanhou. Eles entraram no Dodge e ele a levou até em casa, ela chegou um pouco assustada.
- ? – ela o chamou. Quando não recebeu resposta, ela correu andar acima e checou para ver se ele não estava mesmo em casa. Após ter visto, ela correu escada abaixo até o escritório dele. Ela entrou nele e sentiu um arrepio, como se ele estivesse ali e estivesse observando ela, ela ligou a luz e começou a vasculhar as gavetas, tentando achar algo que o denunciasse. Ela começou a olhar um arquivo, a maioria das coisas ali era músicas, ele realmente estava sério nesse negócio de banda. Ela pegou algumas letras de música antigas, e ao mexer um pouco ela percebeu que havia uma ficha ali dentro ou algo do tipo. Ela pegou e começou a observar o papel surrado.

“Trafico de drogas;

Assasinato...”


Estavam entre as coisas mais graves da lista de acusações dele, então ele mesmo tinha limpado a ficha dele? Ela escutou o barulho de chaves, correndo colocou as músicas no lugar e desligou a luz, fechando a porta, mas levando com ela sua ficha. Ela correu escada acima, com sorte ela teve tempo, e escondeu a ficha dele dentro da bolsa dela.
- Amor, cheguei! – falou, e ela estremeceu, ela nunca sentiu tanto medo na vida. Ela correu escada abaixo e se sentou no sofá da sala enquanto foi preparando sua comida.
- Como foi seu primeiro dia de trabalho? – ele perguntou, e ela paralisou, mas decidiu agir como se nada tivesse acontecido.
- Normal. – ela falou, e ele tirou a cabeça para fora da porta, a olhando e rindo.
- Como trabalhar na polícia pode ser normal? – ele perguntou, e ela apenas deu de ombros sem encará-lo.
- E você onde esteve hoje? – ela perguntou.
- Trabalhando. – ele falou, seco.
- E o que vocês decidiram lá? – ela se fingiu interessada, a propósito de tentar diminuir seu medo.
- Bom, o videoclipe vai ser lançado na semana que vem. – ele falou, e provavelmente começou a comer, pois não falou mais nada.
- Bom, vou dormir, . – ela falou, e subiu as escadas.
- Você não vai comer nada? – ele perguntou.
- Não, perdi a fome. – ela falou, e ele achou estranho, porém terminou sua refeição. Ele pegou o telefone e ligou para o hospital.
- Alô? – uma mulher atendeu.
- Olá, gostaria de contatar a paciente Cherry Collins. – ele pediu.
- Nome e sobrenome. – ela ordenou.
- . – ele falou, e ela demorou alguns segundos.
- Ok, estou redirecionando a chamada. – ela falou.
- Alô? – a voz de Cherry soou, do outro lado do telefone.
- Oi, Cher, é o . – ele falou, e ela sorriu.
- Já não basta ficar o dia todo em minha função? Tem que me ligar? – ela perguntou, ele riu.
- Como você está? – ele perguntou.
- Bom, estou melhor, eles já tiraram a droga do meu sangue. – ela falou.
- E você já consegue se lembrar do que Jennifer fez com você? – ele perguntou.
- Não, só me lembro das mesmas coisas. – ela estremeceu ao se lembrar. – Eu estava indo ao meu escritório quando um carro preto parou e me puxou, depois disso, lembro-me de estar mais ou menos sóbria e que me obrigaram a te beijar assim que chegasse aqui. E só.
- Ok, vou dormir então. deve estar me esperando. – ele falou, e desligou o telefone. , que estava no topo da escada escutando a conversa, correu e se deitou ao seu lado da cama. Quando subiu, ele se aprontou para dormir e deitou ao lado dela, a puxando para o peito dele, ela estremeceu ao toque dele, e ficou encarando a janela até um ponto que ela não conseguia mais aguentar e acabou dormindo. Ao acordar ela se assustou, um flash das coisas que aconteceram na noite passada lhe vieram à cabeça. Ela olhou ao lado dela dormindo. “Assim até parece um anjo.” Ela pensou e então se levantou para se arrumar para mais um dia de trabalho. Após o banho, ela se vestiu e pegou suas coisas, no andar de baixo. Ela fez um café extra forte, devido ao fato de não ter conseguido dormir à noite toda. Ela pegou as chaves e saiu de casa assim que terminou o café, indo até a esquina para pegar um táxi. Após pegar o mesmo e chegar à delegacia, ela correu para a sala dela, o professor já estava lá.
- Bom dia, senhorita ! – ele a cumprimentou.
- Olá, professor Maxfield. – ela falou, olhando fixo para baixo.
- Por favor, me chame de Nathan se vamos trabalhar juntos. – ela olhou para ele e, pela primeira vez, parou e o analisou. Ele tinha mais ou menos a altura dela, olhos verdes, cabelos bagunçados. Ele não chegava a ser lindo, mas era charmoso.
- Ok, Nathan, e se eu te disser que achei a ficha de . – ela falou, e ele parou o que estava fazendo para encará-la.
- Como assim? – ele perguntou.
- Sim, ela está aqui na minha bolsa. – ela falou, tirando o papel.
- Meu Deus, isso pode ser nossa prova. – ele falou, e ela sorriu fraco.
- É. – ela falou, e entregou para ele. Ele olhou toda a ficha com paciência e cuidado. Após um tempo, ele olha para ela boquiaberto.
- Como conseguiu? – ele perguntou, e ela apenas deu de ombros olhando para a porta.
- Ah, e eu acho que ele tem um contato importante, ela está no hospital St. Julian agora. – ela suspirou. – Seu nome é Cherry Collins.
- Ok, vamos agora para lá. – ele se levantou, pegando o casaco dele.
- Se importa se eu não for? – ela perguntou, sem jeito.
- Como assim? Você tem que vir, nós somos parceiros, lembra? – ele falou, e ela se encolheu.
- É que eu só acho que isso não vai dar muito certo. – ela falou, e ele franziu o cenho.
- Nem pensar, . Você vem, nem que eu tenha que te pegar no colo. – ele falou, e ela, contrariada, pegou seu blazer e ambos foram em direção ao carro. Eles entraram no veículo e, como sempre, Nathan dirigiu até o hospital. Ao chegarem lá, eles caminharam até a recepção.
- Posso ajudá-los? – ela perguntou, e decidiu que deveria falar.
- Sim, nós gostaríamos de falar com a senhorita Cherry Collins. – eles falaram, e a mulher os olhou com cara de nojo.
- Sinto muito, só no horário de visita. – ela falou. queria voar na jugular da mulher.
- Não queria ter que fazer isso. – Nathan pegou o distintivo e mostrou para a mulher, ela olhou o objeto e fez que não com a cabeça. bufou e puxou Maxfield pela mão.
- Aonde vamos? – ele perguntou.
- Vamos nos tornar enfermeiros por um dia. – ela falou. Ambos penetraram na área para empregados, se vestiram conforme os enfermeiros do local e logo saíram, procurando alguém que pudesse lhes informar onde era o quarto. Quando não acharam ninguém, uma enfermeira de cabelos ruivos apareceu.
- Vocês precisam de alguma ajuda? – ela perguntou.
- Sim, nós queremos saber o quarto de uma paciente, nós esquecemos onde é. – falou, doce.
- Então, por que não usaram o sistema do hospital? Tem um em quase todos os corredores, é fácil, vocês passam o cartão e digitam o nome do paciente. – ela falou, prestativa. mexeu nos bolsos e bufou.
- Eu esqueci meu cartão! – ela falou, a enfermeira sorriu e os acompanhou até uma das máquinas. Ela passou o cartão dela.
- Pronto, agora só digitem o nome do paciente. – ela falou.
- Muito obrigada. – ela falou, e a enfermeira somente sorriu.
- Digita logo. – Maxfield falou.
- Calma! – ela falou e digitou o nome. Logo apareceu o quarto onde a garota estava, era um andar acima. Eles então pegaram o elevador e foram até o quarto, Maxfield entra primeiro, Cherry que estava dormindo abre os olhos em um susto e o encara, logo entra e quando as duas se olham, era impossível dizer qual das duas estava mais assustada.

Capítulo 08


- O que estão fazendo aqui? – Cherry perguntou.
- Calma, nós não vamos machucá-la. – Maxfield falou, indo até ela, um clima estranho se instalou entre os dois.
- Precisamos de algumas respostas. – falou. – Por favor, diga a verdade.
- Ok. – ela concordou, e olhou para Nathan.
- Qual sua ligação com ? – ele perguntou, de cara. Cherry ficou assustada.
- Cherry, nós somos da polícia. Precisamos da verdade. – ele falou, e segurou a mão dela.
- Sou ex-namorada dele. – ela falou, e encarou séria.
- E o que você faz? – perguntou.
- Sou detetive particular. – Cherry falou, e a encarou.
- Ah, então você gosta de fuçar na vida dos outros. – falou, assim que começou a juntar algumas peças.
- Não muito diferente de vocês. Mas pelo menos não ferro pessoas inocentes. – ela falou, e a encarou com fúria. – Esqueça o , ele não é o culpado do assassinato do seu pai.
- Ah, então pelo visto já sabe tudo sobre mim. – falou.
- Sei o bastante. – ela falou, e ficou impaciente, Maxfield tentou acalmar o clima.
- , deixe-a, tenho certeza de que ela não mentiria para a polícia, ela deve ter conhecimento de que isso é mortal. – Nathan a olhou e ela fechou os olhos, respirando pesado.
- Ele pode ter envolvimento, mas ele não fez nada demais. – ela falou, e olhou para . – Por favor, , se você o ama não vai deixar ele ser preso.
- Cherry, tem provas. Digitais dele como provas. – falou, e abaixou o olhar. - Se ele não é o culpado, a lei vai estar do lado dele, mas até agora não posso fazer nada. – falou, fria.
- É, você não o ama mesmo. – Cherry falou.
- Como é? – a raiva começou a percorrer .
- Se o amasse, faria de tudo para provar que ele está certo. – Cherry falou, e saiu dali o mais furiosa que uma pessoa pode ficar. Maxfield foi atrás dela. Ela começou a chorar e Nathan a alcançou.
- Meu Deus, o que houve com você? – ele perguntou.
- Nathan, o é meu namorado, e agora eu sinto que ferrei tudo, o mandato foi lançado, ele vai ser preso. – falei, com lágrimas incontroláveis, Nathan me abraçou.
- Ai, meu amor, você apenas fez seu trabalho, sinto muito. – ele a abraçou forte até que se acalmasse.
- Nós temos de provar a inocência dele, precisamos achar o culpado disso. – falou, e ele segurou seu rosto entre as mãos dele.
- , você estava tão decidida a prender ele, por que essa mudança? É impossível que tenha deixado de amá-lo no espaço de tempo de virmos do hospital até aqui e você ligar para George mandar prendê-lo. – ele falou.
- Eu estava com medo, medo dele ser o possível assassino. – ela falou, e ele a segurou pelos ombros.
- Você tem que estar ciente que não pode ser levada pelo medo na polícia. – Maxfield falou, e algumas lágrimas brotaram de seus olhos.
- Eu estava certa que era ele, mas a Cherry falou com tanta convicção. Afinal, por que ela está no hospital? Há mais coisas envolvidas aqui, precisamos voltar para lá. – falou, e saiu em disparada, ela entrou no quarto e se agachou ao lado da garota, que ainda parecia transtornada.
- O que você quer agora, garota? – ela falou, seca e bastante grossa.
- Por que está no hospital? – ela perguntou, e só então Nathan entrou no quarto.
- Me sequestraram. Mas acho que isso não faz parte da investigação, faz? – ela perguntou, ainda sendo muito seca.
- Por favor nos conte o que aconteceu. – Maxfield pediu, e ela acabou contando o que houve. Ambos os policiais, chocados com a história, agradeceram e saíram do quarto.
- O que nós vamos fazer agora? – perguntou, colocando as duas mãos na cabeça. - Não sei, . Mas acho que devemos investigar esta Jennifer de quem ela falou. – Maxfield falou, e abaixou o olhar.
- Sei quem é essa Jennifer. Ela tem ligação direta com Lucio Petrovic. – falou, e Maxfield abriu o sorriso.
- Justo a pessoa que também tinha a digital na droga. – Maxfield falou, e eles sorriram.
- Sabemos então que e Lucio Petrovic tem ligação. – ela falou. – Podemos provar que o é inocente a partir do Petrovic.
- , como pode ter mudado tão rápido e agora estar tão convicta de que é inocente? – Maxfield insistiu, e suspirou pesado.
- Por que acho que outra pessoa pode ser a culpada. Enquanto Cherry me dava uma lição de moral ridícula naquela sala, eu tive tipo um borrão do dia da morte do meu pai, mas ainda preciso analisar corretamente.
- Mas, se você não tem certeza, pode ou não pode ser o . – ele falou.
- Mas não é. – ela falou, e ele franziu o cenho.
- Como sabe? – ele perguntou, e ela sorriu.
- Por que foi uma mulher. – ela falou, e ele abriu a boca em espanto. - Precisamos correr para a minha casa nesse momento, preciso falar com antes de ele ser preso.
- Ok. - eles saíram correndo e foram tirando a roupa de enfermeiro pelo caminho, logo chegaram ao estacionamento e entram na viatura. Maxfield dirigia a toda velocidade, na medida do possível, e quando chegam à casa de , é possível ver sendo levado algemado para dentro da viatura. saiu correndo e entrou na outra viatura, Maxfield começou a falar com os policiais para dar tempo de falar com .
- Você mandou me prenderem, não é mesmo? – perguntou, com raiva. Ela apenas assentiu.
- Me desculpa, eu estava com medo que você fosse fazer algo quando descobrisse que estávamos te investigando. – falou, e deixou uma lágrima escapar.
- , sabe que eu prefiro me machucar a machucar você, e eu não sou culpado, ainda vou provar isso. – ele disse, se aproximando.
- Eu sei que não é, tive um borrão, tipo um flashback da noite em que meu pai morreu, e quem matou ele foi uma mulher. – falou, e abaixou a cabeça. – , você sabe quem matou ela!
- Sei, mas eu a encobri por todo esse tempo e bem, como eu disse, prefiro me machucar a machucar você. – ele falou, e começou a chorar.
- , quando eu preciso de você de verdade, você nunca está aqui por mim. – ela passou a mão sob a bochecha esquerda, limpando uma lágrima. – Eu acho que nós. – ela fez um gesto entre os dois. – Precisamos de um tempo.
- Tudo bem. – ele abaixou a cabeça. – De qualquer maneira, vou continuar te amando incondicionalmente. – deu uma olhada nele e saiu. Os policiais entraram na viatura e foram para a delegacia. desabou em lágrimas e abraçou Maxfield o mais forte que pôde. chegou alguns minutos depois e Maxfield foi embora. correu até ela e a beijou, sem se importar muito se o namorado dela havia sido preso, e se viu surpreso ao perceber que ela correspondia aos beijos dele com a mesma intensidade.
- O que houve? – ele então perguntou, a ela.
- Bom, eu acabei de prender meu namorado, que agora não é mais meu namorado. – ela falou, e ele tentou omitir o sorriso.
- Como assim? – ele perguntou, e ela olhou para onde a viatura havia desaparecido na rua.
- Eu não posso mais me enganar, ele pode ser perfeito, lindo e uma pessoa que me apoiou durante todo o tempo que estivemos juntos... – ela falou, mas decidiu intervir.
- Ei! – ele protestou, e ela riu.
- Mas ele sim fez coisas muito erradas, e não seria justo com ele eu estar com ele e com você, meu amor. – ela falou, e ele arregalou os olhos.
- Do que você me chamou? – ele perguntou, baixinho, e a abraçou mais forte.
- Meu amor. – ela sorriu e ele a puxou para um beijo apaixonado. Ela sorriu e o abraçou. – Mas eu preciso tirar o da cadeia, ele não é o culpado, fez isso para me proteger, seja lá o que for, algo muito pior está por vir.
- Bom, . – ele a abraçou forte. – Seja o que for, eu estarei aqui.
- Obrigada. – ela deu um beijo rápido em . – Pode me largar na delegacia?
- Claro. – ele respondeu, e ela sorriu. O caminho da casa até a delegacia foi de puro silêncio. A cabeça de estava cheia e ela precisava pensar. deu-lhe o espaço necessário. Assim que pararam na frente da delegacia, beijou os lábios de e desceu do carro. Ela correu para dentro da delegacia, passando por todos e indo até a cela em que estava.
- ! - ela o chamou, ele ficou de costas para ela.
- Olá. – ele respondeu, seco, e ela desejou se matar por fazê-lo sofrer.
- Como você está? – ela perguntou, e ele riu amargamente.
- Como eu estou? – ele olhou para cima. – Tente ser presa por uma coisa que você não fez para proteger a pessoa que acaba de te magoar. – ele falou, e ela abaixou a cabeça.
- Eu só fiz o que é certo. – ela falou, e ele riu.
- Certo? Se fosse certo, eu não estaria aqui preso. – ele falou, batendo na grade da cela. – A única coisa que me restou foi a banda e eu não posso nem ter mais isso. – ele tentou não se irritar ao ponto de fazer besteira. – Sabe por quê? Porque você fodeu minha vida. – ele falou, e se sentou na cama mal cheirosa e improvisada de delegacia. – Eu te amo tanto, tudo que eu fiz até agora foi por você.
- É, eu acho que realmente estava certa em escolher . – ela falou, e levantou o rosto molhado por algumas lágrimas.
- Então você o escolheu? – ele falou, e riu. – Então era muito mais do que eu pensava. Aposto que enquanto estavam me prendendo você estava se acabando numa cama com ele.
- Não fale assim, ! Eu não sou uma vadia. – ela falou, e ele abaixou a cabeça.
- Então prova, por que tudo que você me mostrou até agora foi isso. Meu coração foi despedaçado e mesmo assim eu estava aqui por você. – ele falou, e se virou de costas novamente.
- É exatamente por isso que não posso ficar com você. Você não luta por mim como faz. – ela falou, com as mãos na cintura.
- O quê? Eu não escutei isso. Pare de inventar desculpas para ficar com ele! Se o ama, vai e fica com ele, mas saiba que a única pessoa que colocou a mão no fogo de verdade por você foi eu. – ele deu outra risada amarga. – Ah, e olha só onde eu estou agora.
- ... – ela tentou responder a altura.
- Não fala mais, vai embora, por favor, não aguento mais você com desculpas bestas de que é melhor que eu. Não adianta, o primeiro amor vai sempre ser mais forte.

Capítulo 09


Dez dias... Dez malditos dias se passaram e não conseguia resolver nada. Doía fundo em seu peito pensar que estava vivendo um inferno por sua causa e ela não conseguia achar evidências em nada. Qualquer coisa que a desse um pouco de esperança. tem estado por perto, mas mesmo assim ela estava distante e queria se matar por não ter mais amigas. Ela tinha muitas, mas assim que Jennifer apareceu, seus anos de glória foram corrompidos e suas amigas decidiram se afastar. apareceu e, tecnicamente, a salvou, mas ela detestava pensar que só tinha homens em sua vida. E como dizem por aí, o carma pode ser muito bom em te colocar para baixo, e quando parou e analisou, tinha um ex namorado que foi preso por sua culpa, um ex/novo namorado e um amigo, se é que poderia chamar Maxfield assim, o que era muito estranho já que ele era seu ex professor, mas desde que ele esteve lá para apoiá-la em um momento de fraqueza... Ela não poderia dizer que não eram, pelo menos, próximos.
- ! – Maxfield chamou seu nome pela milésima vez, continuava em sua posição, sentada com a caneta na boca. – !
- Oi? – ela perguntou, ainda muito distraída.
- Meu Deus, acho que te chamei umas quinhentas vezes. – ele falou, e parou na frente da mesa dela.
- O que houve com você? – ele perguntou, e levantou o queixo dela na direção dele. – Meu Deus, você está horrível.
- Obrigada, Nathan, muito reconfortante. – ela falou, e ele sorriu cínico para ela.
- Você tem dormido ao menos? – ele perguntou, e ela fez que não.
- Eu não consigo mais dormir, então acabo trabalhando, acho que esse caso me deixou mais que obcecada. – ela falou, e massageou as têmporas.
- Eu tenho uma novidade. – ele falou, e ela se ajeitou na cadeira, em sinal de que estava ouvindo. – Você sabia que tinha câmeras de segurança na casa? – ele perguntou, e ela apenas fez que não. – Pois é, eu descobri que havia naquele dia que fomos à casa, e eu estive tentando invadir o sistema, que é muito difícil de entrar por sinal. Mas eu consegui.
- Prossiga. – ela falou, quando percebeu que ele queria fazer questão de que ela estivesse atenta às suas palavras.
- Bom, no dia do assassinato as câmeras foram desligadas, mas o mais engraçado, é que a pessoa que desligou a câmera, foi sua mãe. – ele falou, e ela levantou a cabeça.
- Ok, pare de gracinhas, mais um susto e acho que eu desmaio e nunca mais acordo. – ela falou, e ele riu.
- É sério, . – ele tentou confortá-la. – A pessoa que desligou a câmera foi sua mãe o que significa que ela foi para o topo da lista de suspeitos e pode ser solto.
- Mas isso é impossível, ela estava viajando. – agarrou os cabelos.
- Parece que mentiram para você. – ele falou, e a chamou, ela levantou e caminhou em passos lentos até ele e assistiu a cena em que sua mãe desligava todas as câmeras da casa.
- Ok, agora eu preciso de um café extra forte. – ela falou, e caiu sobre a cadeira.
- Não, você precisa de uma boa noite de sono, então vá para casa e durma um pouco, essa descoberta já é o suficiente por hoje. – ele falou, e esfregou as mãos nas costas dela.
- vai poder ser solto? – ela perguntou, com os olhos lacrimejando por terem ficado abertos por muito tempo.
- Sim, amanhã de manhã. Deixe-me cuidar da papelada. – ele saiu da sala e ela pegou seu celular e discou para de imediato.
- Alô? – ele atendeu meio sonolento.
- Pode vir me buscar? – ela falou, com a voz embargada, é possível chorar por cansaço?
- Estou indo, meu amor. – ele falou, e desligou o telefone, só então que ela se ligou que eram duas da manhã. sempre jurou que nunca seria essas viciadas em trabalho, mas quando se é da polícia não adianta, simplesmente vem. Após quinze minutos, estava lá, em seu Dodge.
- Oi. – ela sorriu e deu um selinho breve em seus lábios.
- Olá. – ele falou, e bocejou. – Alguma novidade?
- O vai poder ser solto. – ela falou, um pouco mais animada.
- Que ótimo. – ele riu.
- Do que você está rindo? – ela perguntou, dando um tapa em seu ombro.
- Eu estou rindo das ironias da vida. – ele falou, e ela franziu o cenho, ele deu uma olhada nela e sorriu. – Ah, justamente aquele que acreditávamos ser o mais certinho era o mais errado, e nessas horas percebemos que o carma realmente existe.
- Pois é. – ela falou, e se afundou no banco.
- Cansada? – ele perguntou, e ela colocou as mãos na cabeça, dias sem dormir lhe proporcionaram uma dor de cabeça terrível.
- Cansada é pouco, levando em conta que não dormi esses últimos dias. – ela falou, enquanto entravam na garagem do apartamento de .
- Eu bem sei, tinha que aguentar você se remexendo na cama, e depois sempre acabava levantando e indo trabalhar. Devo ter gastado muita luz com você na sala com todas as luzes ligadas. – ele falou, e ela riu.
- Me desculpa. Mas não vem dar a desculpa da conta de luz, pois nós todos temos dinheiro. – ela falou, e ele riu.
- É, antigamente fazer parte da elite londrina parecia ser tudo, mas agora isso parece nem importar mais. – ele falou, saindo do carro.
- É porque não importa. – ela saiu do carro também e ambos seguiram até o elevador.
- Sabe, eu sinto falta da gente. – ele falou. – Nem nos casamos e o trabalho já está nos separando.
- Nossa, casamento? – ela riu. – Cuidado, , isso é sério.
- Você que está insinuando algo, . – ele falou, e ambos riram. O elevador anunciou que chegaram ao andar solicitado, eles entraram no apartamento rindo e simplesmente foi até o quarto e deitou na cama, caindo para um sono profundo. a olhou e sorriu com a cena. Ele tirou os sapatos dela e deitou ao lado dela, a puxando para si e adormecendo juntamente com . despertou com a luz do sol em seus olhos. Ela tentou levantar sem acordar .
- Bom dia, meu amor. – ele falou, ela sorriu e deu um beijo rápido nos lábios dele. Ela correu para o chuveiro, tomou um banho rápido. Partindo para a cozinha, ela já chamou o táxi, pegou um bolinho e desceu comendo. Seu táxi já a esperava quando chegou ao térreo. Ela cumprimentou o porteiro e correu para o automóvel, após entrar, ela disse para onde queria ir, quando chegou, pagou o táxi e correu para dentro da delegacia.
- Olá, . – Maxfield a cumprimentou, ela sorriu e ele a olhou e sorriu de volta. - Parece que finalmente conseguiu dormir.
- É, na verdade eu praticamente desmaiei. – ela falou, e ambos riram.
- Ficou sabendo? – ele falou, e ela fez que não com a cabeça.
- acabou de ser solto, acharam outra pista na sua casa. – ele falou, e ela pareceu pasma.
- Mas como assim? Eu dormi umas quatro horas. – ela falou.
- Foi o bastante. Eu lembrei que naquele dia, nós não havíamos vasculhado o sótão e debaixo da cama lembra? – ela fez que sim. – Pois então, nós achamos debaixo da cama um papel sobre a separação de seus pais, mas estava somente assinada pelo seu pai, e achamos uma grande quantidade de veneno de rato vazio no sótão. Seu pai não foi morto por asfixia, e sim, por envenenamento, e a história de separação só colocou sua mãe mais para o topo da lista. não é mais um suspeito.
- Você acha mesmo que foi minha mãe? – ela perguntou, indignada.
- É uma hipótese, já que tudo indica ela como assassina. – Maxfield falou, com calma, para que ela conseguisse assimilar. O telefone de tocou.
- Alô? – ela atendeu.
- Oi, minha filha. – a voz de sua mãe soou diferente.
- Olá mãe. – ela falou, e Maxfield ergueu uma das sobrancelhas.
- Então, só liguei para avisar que estou indo viajar, meu amor. – ela falou, e para de repente tudo fez sentindo.
- Vai para onde mãe? – ela perguntou, séria.
- Ah, nada de especial. – ela falou, e decidiu não deixar em aberto.
- Mas por que essa viagem repentina, mãe? – perguntou, e a mulher suspirou.
- Nada, meu amor. Preciso ir, o avião está partindo. – mas antes que o telefone fosse desligado, ela pode ouvir a chamada para o voo 3469 para Paris. Ela tirou o telefone da orelha.
- Se uma pessoa foge do país, quer dizer que ela é culpada, não é mesmo, Nathan? – ela perguntou, e ele riu.
- Você devia saber que sim, já que aprendeu isso na minha aula. – ele falou, e suspirou.
- Então precisamos de um mandato de prisão para a minha mãe. – falou, e ele se espantou.
- Como assim? – ele perguntou, ainda espantado.
- Ela está fugindo do país, está em um voo para a França nesse momento. – ela falou, e algumas lágrimas começaram a se formar em seu olhos.
- Ok, vou falar com o George. – ele falou, e a abraçou, indo falar com o delegado mais importante de Londres.

*****

- Já vai! – gritou, colocando uma calça, pois havia recém saído do banho. Ele abriu a porta e olhou a garota da cabeça aos pés.
- Olá, meu amor. – ela falou, e ele simplesmente gelou.
- Lindsay? – ele falou, ela riu, deu duas batidinhas na bochecha dele e entrou.
- Lindinho como sempre. – ela sentou no sofá.
- Lindsay, você tem que sair agora. – ele falou, e ela riu.
- Por que, meu amor, mais alguma vadia vai vir aqui? – ela perguntou, e ele riu.
- Me desculpe, mas a única vadia aqui é você. – ele falou. – Agora sai que minha namorada está para chegar.
- Sua namorada? – ela riu. – De uma semana, que nem foi comigo?
- Não. – ele passou a mão pelos cabelos. – .
- Ah, aquela vadia que te deixou despedaçado? – ela falou, com muita ironia.
- Não. Aquela era outra pessoa, ela estava em uma fase difícil. – ele falou, ela se levantou, passou em volta dele com a mão sobre o peito descoberto dele e falou ao pé do ouvido dele.
- Como sabe que ela não vai te largar de novo? – ela perguntou, e ele tentou empurrá-la, mas ela o virou para ela e o beijou. tentou afastá-la.
- Que linda essa demonstração de amor. – falou, e a empurrou em um susto.

Capítulo 10


Lindsay deu uma gargalhada e deu uma boa olhada em . Ela mordeu o lábio ao olhá-lo da cabeça aos pés. Rebolando, numa tentativa de ser sensual, ela caminhou até e passou a mão pelo tanquinho dele.
- Tira a mão daí, vadia. – falou, segurando o pulso dela com força.
- Tsc, não foi assim que eu te ensinei, . – ela fez biquinho. – Apesar de você estar muito mais gostoso.
- Garota, some daqui, você só serviu para tirar minha virgindade. – ele apertou mais o pulso dela. ainda encarava a cena sem entender muito.
- Ai, tá bom, pode soltar meu pulso. Ai, tá machucando. – ela murmurava, enquanto ele a empurrava para fora do apartamento.
- Você pegou ela também? – perguntou, e apenas fez que sim.
- Lindsay aqui só pode ser merda, cara. – ele falou, com as mãos no cabelo.
- Por quê? – perguntou, ainda não entendendo.
- Ela é uma do Petrovic, isso significa que ele sabe sobre o que está fazendo. – falou, sem respirar quase.
- Quem é Petrovic? – perguntou, e bufou.
- É o maior traficante da Inglaterra. – ele falou, e se alarmou.
- É impressão minha ou Bolton toda está vindo para cá? – perguntou, e rolou os olhos.
- não está segura com todas essas pessoas aqui. – falou, pegando seu casaco de couro e saindo.
- Cara! – chamou o amigo.
- Que foi? – perguntou, impaciente.
- Fico feliz que tenha saído da cadeia. – ele falou.
- Que seja. – apenas falou, e saiu.

*****

-Você não vai para a França. – Maxfield falou, segurando .
- Mas é minha mãe. – pediu, fazendo biquinho.
- Exatamente por isso. – Maxfield falou. – George não permite. E está certo, sei que não faria isso, mas você poderia tentar escondê-la. É o regulamento da delegacia, nós só vamos buscá-la. Você continua investigando Londres.
- Eu te odeio! – ela falou, e fechou os braços.
- Também te amo. – ele falou, e ia saindo, quando alguém entrou na porta.
- Cherry? – Nathan e gritaram, juntos.
- Olá. – ela olhou as unhas despreocupadamente.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou, perplexa.
- Bem, George ouviu das minhas habilidades supernaturais de investigação, e me convidou para participar disso aqui com vocês. – ela falou, e deu um sorrisinho.
- Er... Que bom que se juntou a nós. – Maxfield falou, passando as mãos pela nuca, sem graça.
- Ok, vou sair antes que essa tensão sexual piore. – falou, dando uma gargalhada, e olhando feio para Cherry. Ela caminhou despreocupada até a frente da delegacia, onde pegaria um táxi para almoçar. Mas foi puxada para dentro de um carro preto rapidamente.
- Mas que porra! – ela gritou, e sentiu as mãos de sob sua boca, ela o olhou um pouco alarmada.
- Está vendo aquele carro cinza atrás da gente? – perguntou, e ela fez que sim. – Está seguindo você. Você está em perigo. – ele mandou um olhar penetrante. – Quero que fique vendo se ele vai nos seguir, vamos tentar despistá-los.
- Ok. – ela fala, com a respiração pesada.
- Ah, e pegue isso. – ele a entregou uma arma pesada. – Você sabe atirar, né?
- Estou na polícia. – ela falou. – E sou uma das melhores atiradoras.
- Tá, se prepara. – ele ativou a marcha e saiu em disparada, o carro de trás ficou para trás só por alguns segundos e logo os alcança.
- , eles estão grudados na gente. – ela falou e ele aumentou ainda mais a velocidade. O carro de trás ainda estava grudado neles. – Não está funcionando! – quando ela se deu conta, eles já estavam na saída de Londres.
- Você vai ter que atirar. – ele falou, e ela colocou a arma para fora da janela, mas de uma maneira que eles não conseguiriam ver, a arma era uma Dragunov SVDS com mira, mirou na pessoa no volante e levou um choque ao ver quem dirigia. Ninguém mais, ninguém menos que sua mãe, aquela que devia estar em Paris, e ao seu lado, Petrovic. – Atira. – gritou, e ela atirou, sentiu uma dor enorme, seu corpo doeu, mas logo parou. O carro escorregou pelo acostamento e capotou. Ela olhou para frente, entrou em uma estradinha de chão. Eles estavam no meio do nada.
- Minha mãe estava dentro daquele carro, dirigindo. – falou, ainda ofegante.
- Ela não devia estar em Paris? – perguntou, e o encarou assustada.
- Como você sabe? – ela perguntou, e ele a olhou.
- me falou. – ele falou, e eles ficaram se encarando por alguns segundos.
Com um impulso, ela se jogou para o colo de , o beijando. Ele segurou com força os quadris dela, ela começou a beijar o pescoço dele, ele então volta a beijá-la. Ela passou a mão pelo tanquinho dele quando, de repente, ele a empurrou de volta para o banco.
- Tinha alguém ali. – ele falou, e saiu do carro, o segueu, eles caminharam um pouco.
Alguém agarrou por trás, tapando sua boca, ela mal conseguia respirar, mas então ela usa seus dotes de policial, pisando no pé da pessoa e logo depois dando com o cotovelo no estômago da pessoa, ela se virou para quebrar o nariz da pessoa, mas ela simplesmente não estava mais lá, ela correu para os braços de , que vinha em sua direção.
- Pelo amor de Deus. – ele falou. – O que aconteceu?
- Não sei, alguém ia me puxar para dentro da mata, alguém ia me matar, ! – ela falou, desesperada.
- Calma, você deu um nocaute na pessoa, não? – ele perguntou, e ela apenas fez que sim enquanto ele lhe acariciava os cabelos.
- É melhor voltarmos para a cidade, de preferência para a delegacia. – ela falou, o apertando forte.
- Calma, . – ele falou, e a levou para o carro em segurança.
Ambos entraram no veículo e uma chuva torrencial começou a cair sobre eles, ligou o carro e entrou na estrada de volta para a cidade. largou a garota na casa de e voltou para sua casa. entrou calmamente no apartamento e ligou as luzes, foi até a cozinha atrás de algo para comer. Quando ela se virou, estava ali parado atrás dela.
- Chegou do trabalho, meu amor? – ele perguntou, abraçando-a pela cintura e beijando seu pescoço.
- Sim, hoje o dia foi uma loucura. – ela falou, se voltando para a geladeira e pegando por fim um suco. Ele a agarrou de novo. – Meu Deus, , hoje você está muito grudento. – ela falou, e bateu com o indicador na ponta do nariz dele.
- Te amo. – ele falou, e ela riu.
- Também te amo, meu amor. Agora pode me deixar pelo menos beber meu suco? – ela perguntou.
- Promete? – ele fez uma cara fofa.
- Prometo. – falou, e ele a soltou. Ela tomou o suco e comeu uma torrada. estava vendo TV. Ela terminou e se sentou no colo dele, ele a abraçou forte e a TV anunciou uma notícia:

“Hoje, nos arredores da cidade de Londres, um carro capotado foi encontrado vazio, havia sinal de tiros no veículo, mas nenhum suspeito até agora.”

- Nossa. – falou, e sentiu tensa em seu colo. – Você estava lá, não?
- Sim. – ela falou, ainda muito tensa, e ele beijou o ombro dela.
- Calma, meu amor, logo essa investigação vai acabar, você vai achar o assassino. – ele tranquilizou ela.
- Eu sei, é só que isso me faz querer arrancar os cabelos fora, sabe? – ela falou.
- Acho que você precisa relaxar. – ele falou, passando o polegar na cintura da garota, ela se virou de frente para ele.
- E como eu devo relaxar? – ela perguntou, maliciosa, ele a pegou pelas coxas e se levantou com ela no colo, ela beijou-o com força e ele a carregou até o quarto deles.
Ele a deitou na cama e começou a fazer carinho no cabelo dela enquanto a beijava, seus beijos desceram para o pescoço dela, ela jogou a cabeça para trás, aproveitando o momento. Ele desabotoou a camisa dela, a tirando devagar e beijando o peito dela, ela o ajudou a tirar a camisa dele, ela sorriu e passou a mão pelo abdômen dele. Ele desceu suas mãos até a barra da calça dela e desabotoou, quando ele foi tirá-la, ela virou e ficou por cima dele. Ela beijou o peito dele, o abdômen e desabotoou a calça dele, tirando logo em seguida. O volume entre suas pernas era assustador, ele virou novamente e finalmente tirou as calças dela, massageando os peitos dela, fazendo com que ela suspirasse pesado, e então ele tirou o sutiã de . Ela o puxou para si e o beijou, ele parou, desceu e começou a mordiscar o mamilo dela. Ela suspirou e ele desceu os beijos até a barra da calcinha dela, ela o olhou e ele tirou a mesma, massageando o clitóris dela. Ele a olhou se contrair e começou a lamber sua intimidade, ela gemeu seu nome e ele introduziu dois dedos nela, fazendo-a apertar as cobertas com força. Ele voltou a beijá-la. Ela ficou por cima dele e passou as unhas pelo peito dele, o deixando com mais desejo. Ela então tirou a boxer dele, segurou o membro dele e colocou na boca, ele suspirou e a olhou abocanhar seu pênis. Ele a puxou para cima e pegou, na gaveta ao lado, a camisinha. Ele deixou que colocasse e ele então parou na entrada dela, passando devagar seu membro na sua entrada.
- ... – ela gemeu, e ele entrou com força nela.
- Faz isso de novo. – ele pediu e ela arranhou as costas dele.
- . – ela gemeu alto.
Ele começou a se movimentar rápido dentro dela e ela só conseguia gemer. Ele, de repente, parou dentro dela.
- Mais, por favor. – ela pediu.
Então ele voltou a penetrá-la com força, ela arranhava as costas nuas dele, ele apenas se deliciava em a observar em seus braços. Ela começou a chegar perto do orgasmo, ele então investiu com mais força, se possível. Ela então acabou por chegar ao seu ápice com um gemido agudo, ele então investiu mais para que ele mesmo chegasse ao seu.
- Eu te amo, . – ela falou, e ele a olhau por vários segundos.
- Eu te amo, . – ele falou, e a beijou, ele se deitou e ela pousou a cabeça no peito dele.
No dia seguinte, acordou se sentindo leve e feliz, ela olhou para o homem deitado na cama e não conseguia acreditar no quão feliz ele a fazia. Ela foi para o banho, e ao sair do banho, estava sentado na cama olhando para a porta.
- Olá. – ela falou, franzindo o cenho, achando aquilo muito estranho.
- Bom dia. – ele falou.
- Madrugou? – ela perguntou, indo para o closet e ele riu.
- Só estava vendo para ter certeza de que isso não foi um sonho. – ele falou, passando a mão na nuca.
- O que aconteceu que você está tão grudento esses últimos dias? – ela perguntou.
- Nada, só estou aproveitando você. – ele falou, e ela saiu vestida do closet.
- Ok, mas eu preciso trabalhar. – ela falou, dando-lhe um beijo e saiu para a cozinha. foi para o banho dessa vez.
desceu e foi até o saguão, o táxi já estava lá. Ela decidiu que era melhor pedir que estivesse lá sempre no mesmo horário. Após cumprimentar o porteiro, entrou no carro e pediu que a levasse até a delegacia. Chegando lá, ela passou direto para a sua sala, não entendendo por que todos a olhavam. Ela abriu a porta e deu de cara com Maxfield e Cherry se pegando.
- Opa. – ela falou, e fechou a porta. O cara que havia examinado as drogas da outra vez e que ela não lembrava o nome, passou. – Ei.
- Olá, ? – ele respondeu, ao chamado constrangido dela.
- Pode me dizer por que todos estão me olhando estranho? – ela perguntou, e ele suspirou.
- Sua mãe foi presa ontem e está aqui. – ele falou e ela ficou pasma.


Capítulo 11


- Ela o quê? – perguntou, gaguejando um pouco.
- Me desculpe, preciso ir. – Ele falou, se sentindo meio sem graça.
se virou bruscamente e caminhou em passos firmes até onde ficavam as celas. Ela passou por algumas vazias e somente uma era ocupada, bem ao fundo. Ela parou em frente e deu de cara com sua mãe com uma faixa enrolada no braço, sentada na cama improvisada.
- Mãe? – a chamou, com lágrimas nos olhos, ela se levantou e caminhou lentamente até a grade.
- , minha filha. – Ela deixou uma lágrima cair.
- Você... Você estava naquele carro, você estava com o Petrovic... – não conseguia conter as lágrimas.
- Você não entende, minha filha... – Ela tentou tocar na filha, ela bateu na mão da mãe.
- Não, eu entendo muito bem, entendo que você assassinou o papai, entendo que você é uma traidora. – virou o rosto.
- Não faz assim, minha filha, deixe-me explicar. – Ela falou, e voltou para perto da cela.
- Então explica, mas me faz um favor, não me chama mais de “minha filha” – Ela fez aspas com as mãos. – Por que a única coisa que consigo sentir por você nesse momento é nojo. – Sua mãe assentiu, ainda deixando muitas lágrimas escaparem.
- Eu... Bom, você tinha quinze anos, eu e o seu pai estávamos brigando muito, por conta de você estar se drogando, nós paramos de cuidarmos de nós mesmo para discutir maneiras de te tirar do inferno em que você estava se metendo. – Ela deu uma pausa por conta de muitas lágrimas, sentiu uma pontada no coração. – Seu pai achou que eu estava sendo muito dura em relação ao que queria fazer com você, então após uma briga feia, decidi ir naquela pista de skate que você vivia indo. No início, fiquei com medo, mas então fui até o local onde o traficante ficava, ia oferecer uma grana para ele parar de vender drogas a você. Quando ele abriu a porta, era Lucio, ele foi meu ex-namorado, o único antes de seu pai, e ele foi o amor da minha vida, meus pais quiseram me separar dele quando ele foi pelo mal caminho, mas eu nunca deixei de amá-lo.
- Então você foi lá e matou papai para finalmente ficar com ele. – falou, irônica, a voz carregada de raiva.
- Deixe-me terminar. – Ela falou. – Eu amava seu pai, sim, mas meu amor pelo Lucio sempre foi maior, por isso queria que ficasse com o , não importa o que tenha acontecido. Lucio me reconheceu no mesmo instante e me beijou, todas as emoções voltaram, mantive isso escondido de seu pai por anos, até a dois anos atrás, quando ele nos pegou em um momento íntimo. Seu pai ficou arrasado e então nós tivemos uma conversa, ele decidiu se separar, mas eu não podia deixar isso acontecer.
- Então você o matou. – falou, num tom ameaçador, as lágrimas queimando em seus olhos.
- Não, mas paguei uma pessoa para fazer isso. – Ela falou, chorando ainda.
- Você sabe que isso é prisão certa, né? – falou, secando uma lágrima. Sua mãe assentiu. – Então por que me contou isso?
- Você tem todo o direito de saber a verdade, . – Ela falou, e se encolheu em um canto, chorando.
- Parei de me martirizar. Sabe, estou feliz que dei esse tiro em você. - não se importou em como a mãe estava, ela simplesmente se virou e saiu, ainda chorando.
Ela, pela primeira vez em muito tempo, foi ao escritório do George, bateu na porta e sua voz soou, ordenando que ela entrasse.
- Sim, ? – Ele perguntou, olhando uma papelada.
- Eu falei com a minha mãe. – Ela falou, ainda olhando para baixo. – Ela assumiu que pagou uma pessoa para efetuar o assassinato.
- Fico surpreso, você esta aqui há um ou dois meses e já teve um progresso significativo, amanhã mesmo iremos transferi-la para o presídio feminino. Agora só precisamos do assassino.
- Ok. – Ela falou, baixo. – Com licença.
- , mais uma coisa. – Ele chamou, ela se virou. – Obrigado.
- Pelo quê? – Ela perguntou, timidamente.
- Bom, esse caso abalou toda a Inglaterra, ainda não sei ao certo por quê, e você fazendo esse trabalho, tirou um enorme peso das minhas costas, as pessoas vão parar de cobrar tanto. – Ele explicou.
- De nada. – Ela sorriu, ainda com o rosto choroso e saiu, indo para sua sala. Ao abrir a porta, Maxfield e Cherry estavam em um canto, abraçados. A sala estava toda bagunçada, estremeceu ao perceber o que aconteceu ali. – Nojento. – Murmurou ela.
- Er... . – Maxfield falou, às suas costas, ela riu.
- Oi, Nathan. – Ela sorriu irônica. – Foi bom o sexo?
- Não... Ah... Foda-se, foi bom sim. – Ele falou, e riu baixo para não acordar Cherry.
- Que bom. – Ela falou, e riu. – Bom, resolvemos uma parte do caso.
- Resolvemos? – Ele levantou a sobrancelha.
- Bom, na verdade eu, já que você estava aqui fazendo sabe-se lá quais posições. – Ela fez uma careta estranha e riu. – Minha mãe me contou tudo o que aconteceu, e que ela pagou um cara para matar meu pai. Amanhã ela vai para o presídio.
- Nossa, quem diria, hein? – Ele falou. – E ela não chegou a mencionar nada sobre o assassino?
- Não, só falou como traiu e mentiu para nós. – Ela falou, com desgosto. - Bom, já que boa parte já foi feita, vou para casa dormir um pouco, estou precisando.
- Será que ela não pagou o Petrovic? – Ele perguntou, e ela fez que não.
- Ele não mete as mãos na massa, e também não usaria nenhum dos homens dele, ficaria muito na cara. – Ela falou.
- Tá, vai lá. Amanhã continuamos essa investigação. – Ele falou, ela sorriu e saiu, sua cabeça martelando. Ela pegou um táxi e foi direto para casa, sem falar com ninguém, inclusive à loira que estava sentada na sala do apartamento de , “loira?”, pensou .
- Mas que porra? – perguntou, olhando para a garota ali.
- Olá, . – Ela sorriu maliciosa.
- Quem é você? – Perguntou , atordoada.
- Sou Lindsay, prazer. – Ela falou, com um sorriso estranho nos lábios. – Nossa, nunca imaginei que voltaria para você, fico até pasma.
- convidou você? – Ela perguntou, ainda abalada.
- Óbvio que não, eu não sou convidada, vou aonde quero. – Ela sorriu. – me largou há muito tempo, ah, e advinha por quem? – Ela colocou a mão na boca em um falso espanto. – Pela vadia megera que quebrou o coração dele em milhões de pedacinhos, e agora está aí de novo, pronta para fazer mais uma vez.
- Vai se ferrar. – falou, dando um passo na direção da garota.
- Opa, calma aí, garota, vim só dar um aviso de Petrovic. Ele disse que você está abocanhando mais do que pode mastigar, e que se você continuar com a investigação, vai se machucar, e ele não vai mexer um dedo. – A garota falou, ficou confusa, assistindo a garota saindo.
O que ela quis dizer com isso, que ele contrataria uma pessoa para matá-la? Ele não a mataria, nunca faria isso, em respeito à sua mãe, que nunca deixara de amar a garota, apesar de tudo. O barulho da porta soou e apareceu.
- Oi, meu amor. – Ele falou, jogando a chave no sofá.
- Onde você estava? – Perguntou .
- Trabalhando. – Ele falou, e ela franziu o cenho.
- Mas você não trabalha. – Ela falou e ele riu.
- É verdade, mas desde que a banda foi por água abaixo, pelo ter sido preso e meu pai falando que não vai mais pagar as contas, preciso começar a trabalhar. – Ele falou.
- Ele tá certo, e de que você tá trabalhando? – Ela perguntou, e ele fez uma careta.
- Promete que não vai rir? – Ele falou, e ela fez que sim. Ele se aproximou dela e sussurrou.
- Sou barman em um pub. – Ele falou, e ela reprimiu o riso. – Não ri, é só por enquanto, até eu conseguir um trabalho de verdade.
- Ok, desde que não seja com strip. – Ela falou, e ele fez uma cara culpada. – Não acredito, !
- Calma, estou brincando com você. – Ele falou, e ela deu um tapa nele.
- Mas, você tá trabalhando à noite, não é mesmo? – Ela perguntou.
- Sim, o dono me ligou, pois precisou de uma ajuda, parece que um garçom começou a vomitar um monte, fiquei de garçom pelo turno dele, ele me pagou o triplo que um garçom ganha lá. – Ele falou, e abraçou . – Mas e você?
- Bom, prenderam minha mãe, ela se confessou para mim, então amanhã ela vai para o presídio. – resumiu.
- E o que ela falou? – Ele perguntou, ela contou tudo o que sua mãe tinha dito. – E vocês tem ideia de quem é o assassino? – Ele perguntou, indo para a cozinha para pegar um copo de suco.
- Não, eu só tenho certeza que não é nenhum dos homens do Petrovic, muito menos ele. Estaria muito na cara. – Ela falou.
- Esperto, acho que você está certa, mas então, o que vocês vão fazer a respeito disso? – Ele perguntou, aparecendo na sala e tomando um gole do suco.
- Não sei, amanhã vamos rastrear os passos da minha mãe nesses últimos anos, talvez a gente consiga alguma coisa. Mas nesse momento, preciso dormir. – falou, dando um beijo no namorado e indo dormir.
acordou e ainda estava tudo escuro, ela caminhou até a cozinha e pegou um copo, enchendo o mesmo com água, ela se virou e ficou encostada no balcão tomando. Quando estava na metade do copo, a TV se ligou, a tela ficou chuviscando, caminhou até a TV e desligou, voltando para a cozinha para terminar a água. Ela se virou para colocar o copo na pia, e escutou de novo o barulho extremamente alto da TV que não funcionava. pegou o controle e foi trocando de canal, nenhum deles sintonizava, quando ela estava quase desistindo, o canal em que estava entrou em foco e estava dando o noticiário. Quando ela ia desligar a TV, apareceu uma foto sua, ela tirou do mute:

“Na noite de ontem, foi encontrada morta em seu hotel, na cidade de Bolton. Aparentemente, ela foi assassinada. A garota estava na cidade, resolvendo um antigo caso da morte de seu pai...” começou a se sentir sufocada, um som extremamente alto do seu despertador começou a tocar, ela correu até o seu quarto e quando encostou no aparelho, era como se ela tivesse sido sugada e ela acordou levantando em um pulo. se mexeu um pouco ao seu lado, ela limpou o suor e foi para o chuveiro, o resto foi tudo feito no automático, quando ela se deu conta, já estava na delegacia.
- ! – Maxfield gritou, ao vê-la.
- Oi, Nathan. – Ela sorriu e ele a abraçou. – Meu Deus, para que esse afeto todo?
- Eu achei uma coisa, e acho que finalmente vamos solucionar esse caso. – Ele falou, e ela sorriu.
- É sério isso? – Ela perguntou, o acompanhando até o escritório deles.
- Não, , estou mentindo. Mas é claro que é! – Ele falou, e correu para o seu computador.
- Você não dormiu, certo? – Ela perguntou, e riu do jeito agitado dele.
- Não, acho que tomei uns sete copos de café. – Ele falou, de um modo acelerado.
- O que você achou? – Ela perguntou, e ele teclou freneticamente, ela foi até ele.
- Achei mais uma câmera na casa. – Ele falou, e ela franziu a testa.
- Mas não está desligada? – Ela perguntou.
- Ontem, depois que você saiu, eu decidi dar mais uma olhada para ver se sua mãe havia desligado realmente todas as câmeras, e descobri que havia uma, em um sistema separado, mas o sinal é da mesma casa. Deduzi que seu pai tenha colocado lá para monitorar a traição e sua mãe nem sabia que ela estava lá. E ela vem do quarto dos seus pais, portanto acho que ela está livre, se eu conseguir entrar no sistema, nós saberemos quem é o assassino. – Ele falou, e se jogou no sofá.
- Graças a Deus. – Ela falou, e ele riu.
- Já se cansou da polícia? – Ele perguntou, e ela riu.
- Me cansei desse caso, eu quis pegar esse caso pois quero saber o que aconteceu, mas é realmente difícil mexer com a morte de uma pessoa tão querida. – Ela abaixou o olhar. – Dói muito.


Capítulo 12


- Por que estamos fazendo isso mesmo? – Cherry perguntou, se sentando no sofá do escritório.
- Por que eu quero ajudar a , ela tem estado mal com esse caso, precisamos descobrir quem matou o pai dela.
- Ai, mas eu não gosto dela. – Cherry falou, se levantando e caminhando até Maxfield, puxando-o pela gola de sua camisa.
- Cherry, você precisa gostar dela, ela é minha amiga. – Maxfield falou, olhando a garota nos olhos.
- Só se você me der um beijo. – Cherry fez biquinho.
- Ok. – Ele falou, sorrindo e agarrando os cabelos da garota e a beijando profundamente.

*****


tomou mais um gole de seu café e clicou em mais um arquivo, quando uma mensagem nova apareceu na tela de seu computador. Era um arquivo de vídeo, abriu-o e deu “play”.
“Um homem entrou no quarto escuro do pai de , caminhou até a cama, ficou um tempo ali, provavelmente falando alguma coisa, e então pegou um travesseiro e pressionou com toda a força contra o rosto do homem. Quando o assassino se virou, ela viu muito borrado, mas ainda assim viu o rosto de .”
se largou na cadeira, chorando muito, não só acabara de ver a morte de seu pai e como aconteceu, mas também viu seu namorado fazendo isso. Ela escutou o barulho da porta, se levantou rapidamente e apontou a arma para a mesma. entrou e a encarou.
- Calma aí, amor. – Ele falou, e tirou a arma, apontando para ela.
- Assassino! – Ela berrou, deixando uma lágrima cair.
- Ah, você deve ter visto o vídeo. – falou, muito calmo.
- Como você pôde? Era o meu pai! Você já me namorava quando isso aconteceu. - Ela gritou e ele riu.
- Meu amor, eu fiz isso com todo prazer. Petrovic me pagou muita grana para assassinar um viciado que não pagava as contas. – sorriu. – Matei no mesmo dia.
- Eu confiei em você, eu amei você! – gritava descontroladamente. – Você fez minha mãe mentir e ajudar você, fez o mesmo com !
- Eu fiz, e não me arrependo. – Ele a olhava ainda segurando a arma firmemente. – Mas agora que você sabe disso, não posso deixá-la viver. – Ele apertou o gatilho, mas nada aconteceu. caminhou apressadamente até ele e lhe deu um soco no rosto.
- Isso, – Ela falou, se referindo ao soco. – foi por tentar me matar.
Ele a puxou pelos cabelos e a jogou contra a parede, se virou e deu um chute nas áreas genitais do garoto, que gemeu alto e então a grudou na parede a beijando. Ela desceu os beijos até o pescoço dele e mordeu de leve. Ele desceu as mãos até a virilha dela e começou a massagear.
- Não finja que não gosta. – Ele sussurrou ao ouvido dela.
- Os mais quietos são os piores. – Ela desceu a mão e massageou o pênis dele por cima da calça. Ela tirou a camiseta dele e lambeu a barriga dele.
- Verdade. – Ele a puxou para cima fazendo suas áreas genitais se encontrarem, mesmo por cima da roupa. – Mas agora que você sabe a verdade. – Ele a pressiona com muita força contra a parede. – Não vou mais fingir ser gentil.
- Não quero que seja gentil. – Ela falou, sorrindo e mordendo o lábio. apertou os seios de com força e deu um chupão no pescoço dela. Ela gemeu alto.
- Se você diz... – Ele tirou a camisa dela com força e lambeu a pele descoberta dos seios dela.
Ele tirou o sutiã dela e chupou seus seios com uma indelicadeza excitante. a colocou de volta no chão e sorriu ao beijar a barriga descoberta da mulher. Logo depois, desabotoou os jeans de , apertou a virilha dela com força e beijou a intimidade dela ainda coberta pela calcinha.
- Vai logo com isso. – Ela falou, e puxou os cabelos dele. O mesmo tirou a peça com uma lentidão torturante.
- Pede. – falou, apertando a parte interna da coxa dela.
- Por favor, ... – Ela gemeu em súplica. Ele colocou dois dedos dentro dela, penetrando e masturbando-a lentamente, ela sentiu seu corpo escorregar, mas a deu apoio. Ele começou a sugar o clitóris dela, fazendo-a gemer alto.
- Mais, ! – Ela quase gritou. Ele aumentou a velocidade, fazendo-a tremer de prazer. Quando ela estava próximo a gozar, ele parou e ficou observando-a.
virou e começou a descer seus beijos devagar, torturando-o. Chegou na barra da calça dele e o olhou de relance antes de tirá-la, tirando junto sua cueca. Ela segurou o pênis dele e começou a masturbá-lo muito devagar, beijando e chupando o topo do membro dele.
- Porra, , aumenta essa velocidade. – Ele gritou, fechando os olhos com força.
Ela riu e aumentou a velocidade dos movimentos. Ele agarrou os cabelos dela tentando fazer com que ela o chupasse com um pouco mais de força, mas ela não o obedeceu. Ele a puxou para cima e pegou no bolso da calça jeans a camisinha, a colocou e virou de costas.
- Nossa, decidiu virar macho. – Ela falou, irônica, quando ele se posicionou na entrada dela.
- Você ri, mas você ainda vai querer muito mais. – E dito isso, ele enfiou com tudo o pênis nela, ela gemeu muito alto e arranhou a mesa.
- Vai, . – Ela reclamou quando ele parou de se movimentar.
Ele começou a dar estocadas muito fortes, fazendo-a gemer cada vez mais. Ele apertou os seios dela para que a mesma ficasse mais perto dele. Uma fina camada de suor já estava visível em ambos. Ele saiu de dentro dela e a virou, pegando-a no colo e a sentando na mesa, voltando a estocá-la com muita força e sentiu as unhas dela arranharem toda a extensão das costas dele.
- Nossa, . – Ele falou, baixo, ao pé do ouvido dela. – Você está com tudo.
- Eu sempre estive com tudo. – Ela falou, mordendo o lábio dele. Ele deu outra estocada forte e ambos chegaram ao orgasmo.
ainda arfante, puxou-a para o quarto, se deitou na cama e fez menção para que ela se deitasse com ele, assim o fez. Após algum tempo, quando ela teve certeza de que estava dormindo, ela o beijou e se levantou, vestiu suas roupas novamente e pegou seu computador com o vídeo.
Ela saiu do apartamento, pegando seu carro novo. dirigiu com velocidade, tentando não deixar nenhuma lágrima cair. O sexo não amenizou sua raiva. Ela estava tão brava que não viu o sinal vermelho, muito menos quando atravessou o carro que estava cruzando.
Ela só conseguia ver tudo nublado, mas não iria desistir, pegou seu laptop e saiu mancando, faltava umas duas quadras. Foi ainda zonza e tossindo muito. Quando finalmente chegou à delegacia, ela mancou até seu escritório, Maxfield estava sentado à frente de seu computador.
- ! – Ele exclamou ao vê-la toda destruída.
- Meu laptop... – Ela tossia e se apoiava nas paredes com dificuldade para andar. – A prova... – Mais uma tossida. – é o assassino.
- matou seu pai? – Ele perguntou, e ela fez que sim.
- No laptop... A prova. – Ela começou a chorar de dor.
- A prova está no laptop. – Maxfield falou, para mostrar para ela que havia entendido.
- Acidente de carro... – Ela tossiu uma quantidade enorme de sangue. A dor aumentou, ela olhou para suas pernas e percebeu que sangrava muito, não aguentou e caiu de joelhos, e logo Maxfield correu até ela.
- Vou levá-la ao hospital. – Ele falou, pegando-a no colo.
- Não! – Ela gritou e cuspiu um pouco mais de sangue. – Não deixe a prova solta... Investigue agora... Eu vou até alguém... – Ela disse, decidida e desceu do colo dele, cambaleou até alguém que passava, manchado toda a parede de sangue.
- Hospital... – Ela disse, e cuspiu mais sangue, se jogando no colo do legista que passava.

*****


- Preciso ver ! – Berrou , quando chegou na recepção.
- Ela está passando por cuidados, assim que for para o quarto, você poderá vê-la. – Uma enfermeira falou.
- Por favor. – segurou a mão da mulher quase que implorando.
- A senhorita está no quarto. – Outra mulher surgiu como uma luz para comunicar.
- Ok senhor, me acompanhe, por favor. – Ela disse, e eles foram até um quarto no segundo andar. Ele entrou e a mulher ficou para trás, paralisou diante de deitada na cama.
- ! – Ele reagiu correndo até onde ela estava e segurou a mão da mulher. Ela estava em um sono profundo. – Eu te amo mais que tudo, as pessoas dizem que quando a gente ama tem que deixar ir. – Ele a olhou e suspirou. - E por isso te deixei ir, e sei que você nunca vai me amar, você o ama, mas eu quero que saiba que eu sempre vou estar aqui por você. Porque você foi a melhor coisa que já me aconteceu. – olhou novamente para aquele rosto tão lindo e percebeu que ela chorava, o mesmo limpou as lágrimas dela e a beijou.
- ... – Ela murmurou.
- ...? – Ele a olhou, mas ela continuava em um sono tão profundo que achou que estava imaginando.
- Eu também te amo. – Ela respondeu, baixo, e se ele não olhasse tão fixamente para os lábios da mulher, acharia que era coisa da sua cabeça, mas ele sabia. Sabia que ela tinha falado.
- Mas e o ? – Ele perguntou.
- Ele matou meu pai... – Ela falou, ainda muito baixinho, num tom de voz que lembrava um choro dolorido. parou em choque.
- Você recebeu meu vídeo. – Ele falou, e sorriu.

Capítulo betado por Clara Sousa




Capítulo 13 - Finale


Uma semana depois...

“O que está acontecendo?” pensou , sua visão de repente ficou tão turva que ela nem sabia distinguir o que estava a um palmo de seu rosto.
- Seu filho da puta! – Ouviu gritar...

Uma hora antes...

As viaturas estavam tão velozes que o pessoal que morava nas redondezas da delegacia ficou apreensivo. Os moradores cochichavam ao se encontrarem na rua. “Parece que acharam o bandido . Com uma derrapagem, a viatura da frente parou em frente a uma casa antiga, aos pedaços. Os policiais saíram na velocidade máxima de seus carros e arrombaram a porta do mausoléu.
Apreensivos, as armas apontadas para sua frente. Todos atentos ao mínimo barulho. Seus ouvidos estavam tão apurados que quando ouviram o barulho do tiro, suas cabeças explodiram de dor, um dois policiais estava agonizando no chão, um tiro certeiro o atingira.
- Vão! – Ele gritou para os outros se espalharem pela casa.
Ouviu-se mais um tiro, outro policial se fora.
- Mas que porra! – O policial chefe berrou.
Outro tiro, outro policial.
- Por Deus, restam seis só. – O chefe falou, e encostou-se à parede. A arma firme em punho.
Outro tiro.
- Senhor! – Um policial correu ao seu encontro, arfando.
- Sim? – Ambos ficaram de costas um para o outro, a arma à sua frente.
- Só restou eu e você. – Ele falou, em um tom assustado.
- Como assim? – Perguntou o policial. – E os outros três?
- Fugiram. – O outro falou.
- Covardes! – O chefe gritou.
- Eles apenas correram por suas vidas. – Apareceu com duas pistolas, uma em cada mão.
- Abaixe a arma, não há necessidade de morrer, . – O chefe falou, apontando a arma.
foi abaixando lentamente a arma e riu.
- Por favor, você acha que eu tenho medo, que vou ser preso? – E dito isso, os dois policiais jaziam no chão empoeirado.

Uma hora depois...

Quando a visão de voltou ao normal, ela viu que estava ali, socando a cara de diversas vezes.
- Que porra é essa? – gritou. desmaiou com tantos socos no rosto. – , para, ele está desacordado!
- Eu só queria ter certeza. – deu mais um soco e olhou bem para .
- ! – Ela deixou uma lágrima escapar.
- Meu amor. – Ele foi até ela e limpou a lágrima do rosto dela.
- Seu idiota, eu te odeio com todas as minhas forças. – começou a chorar, puxou a cadeira e se sentou ao lado da cama.
- Sabe... – Ele esperou que ela parasse de chorar um pouco e fez carinho nos cabelos dela. – Dizem que quando a gente ama, a gente perdoa.
- Você não devia estar na cadeia? Você matou meu pai. – Ela levou as mãos até o rosto e chorou.
- Eu te amo tanto. – Ele disse e pegou uma das mãos de seu rosto, fazendo carinho.
- Eu te odeio, porque enquanto estivermos juntos, sempre alguém vai se machucar. – Ela falou, respirando fundo. - Afinal, por que está aqui?
- Eu quero te fazer uma proposta. – falou, e se curvou em direção a ela para falar mais baixo. – Se você está disposta a me perdoar, podemos fugir juntos.
- O quê? – Ela exclamou e pensou por um tempo. – E se fizermos isso, para onde vamos?
- Qualquer lugar longe daqui. – Ele falou, sorrindo para ela.
- Quanto tempo acha que vai demorar para descobrirem que não estou mais aqui? – perguntou, mexendo na barra do lençol.
- Uns dez minutos, no máximo, por isso já esta tudo no carro, e nosso voo é para daqui uma hora. – falou, e sorriu.
- Como sabia que eu aceitaria? – perguntou, se levantando.
- Porque você me ama. – falou, e arrancou os aparelhos presos à garota. Ele a pegou no colo.
Eles correram o mais rápido que puderam, por sorte, aconteceu um acidente de carro envolvendo muitas pessoas, metade do hospital estava ajudando, não havia ninguém nos corredores por onde passaram. Acharam a sala dos enfermeiros e entraram, com rapidez e muitas vezes ajudando ela, se trocaram. Quando estavam disfarçados, saíram caminhando lentamente, evitando ao máximo um lugar com muita gente, conduziu por todo o hospital até a saída onde o carro estava, ela entrou no veiculo e a imitou.
O carro estava mais veloz do que o permitido para uma autoestrada. A cidade era um mero borrão para eles. Uma freada brusca anunciou que haviam chegado ao aeroporto. pegou as malas e ambos andaram sem parar para nada, fizeram rapidamente o check-in e quando estava tudo pronto e só faltava embarcar eles se permitiram respirar um minuto.
- Posso perguntar para onde vamos? – olhou nos olhos de , ainda receando o que veria neles.
- Austrália. – Ele falou, dando de ombros.
- Você fala tão naturalmente, nós vamos para a Austrália! – falou, sorrindo.
- É, longe o suficiente para demorarem a nos achar. Se nos acharem. – falou, e abraçou rapidamente, antes de conduzi-la para o portão de embarque, entregou a passagem para que a mulher passasse na maquininha, fez o mesmo, e ao arriscar uma olhada para a porta do aeroporto decidiu não fazer isso.
- . – Ela perguntou, após estarem já na fila para o embarque. – Onde conseguiu esses documentos falsos?
- Um amigo antigo. – Ele falou, e voltou a encarar o início da fila, em pouco tempo estariam dentro do avião.
- , a polícia está aqui. – sussurrou ao ouvido dele.
- Fica calma, não demonstra nada que eles não vão desconfiar, e acho até difícil que consigam entrar aqui, já que nenhum , nem nenhuma andou por aqui hoje. – Ele a apertou contra o corpo dele e ela gemeu de dor. Seus machucados ainda estavam feios.
Chegaram por fim ao início da fila. Entregaram suas passagens e por fim embarcaram no avião, se sentaram nos lugares marcados para eles e esperaram. Ainda embarcava muita gente.
- , eu acho que já vi aquele homem antes. – E ela apontou para um homem de terno duas cadeiras a frente.
- Eu tenho impressão de que já o vi antes também. – se levantou mais para enxergar.
O capitão do avião começou a falar. “Teremos um atraso de 10 minutos no voo devido ao cancelamento temporário das decolagens para revista da policia federal.” apertou a mão de .
- , o que a gente faz? – perguntou.
- Os banheiros, vamos ambos para lá. – puxou para um banheiro no meio do avião e os dois se trancaram lá.
“A policia está neste momento na aeronave, revistando.” Ouviram-se passos ao lado dos banheiros. Eles ficaram o mais quietos que puderam. Os passos voltaram. E foi com alívio que escutaram: “Foi autorizada a decolagem.”
- Vamos voltar. – falou, assim que ouviram “portas em automático”, o que significava que o avião estava se preparando para decolar.
Voltaram aos seus acentos e se abraçaram, se deitou ao peito de e caiu em um sono profundo.
- Amor, acorda. – acordou e estava olhando para as janelas.
O avião balançava muito, o que indicou que passavam por uma tempestade. O homem que ambos tinham a impressão de conhecer se levantou calmamente e caminhou para a frente da aeronave.
- Estou tentando me lembrar de onde o conheço. – falou, apontando com a cabeça para o homem.
- Deixe isso para lá, vamos aproveitar a calmaria. – abraçou . A voz voltou a falar, mas não era o capitão. “O avião foi tomado, aqui é o terrorista Lhorid. Dentro de cinco minutos, a bomba dentro dessa maleta vai explodir o avião inteiro.”
- ! – gritou. Ele olhou pra ela.
- Se vamos morrer. – Ele disse, calmamente, apertando a mão dela. – Pelo menos estamos juntos.
- Como pode estar tão calmo? – elevou a voz para que se sobreposse ao alvoroço em que o avião se mostrava.
- Quero morrer feliz, ao lado da pessoa que eu amo. – Ele disse, e sorriu. – Não poderia ser uma morte melhor.
- . – Ela deixou uma lágrima escapar.
- Eu te amo, , você é o amor da minha vida, obrigado por estar aqui por mim. – falou, e sorriu, seus olhos marejados.
- Eu te amo, , você é o inferno que eu sempre quis. – falou, se afogando em lagrimas. Ele segurou firmemente o rosto dela e a beijou.
- A qualquer momento agora. – jogou a cabeça para trás e entrelaçou seus dedos com os de .
- Te amo, .
- Te amo, .

*****

“O voo 712 da British Airways, com destino à Austrália, caiu na madrugada do dia 27, o avião foi explodido por um terrorista suicida chamado Jarred Lhorid, procurado há mais de um ano. Ainda não se sabe o número de mortos e se há sobreviventes.” gargalhou enquanto mexia seu uísque.
- Amadores.


FIM



Nota da autora: Olá, , só gostaria de agradecer todo o apoio e a paciência para ler esta fic, de fato minha primeira interativa. Obrigada por tudo e até a próxima. E é claro, não posso esquecer-me daquela que me aguenta e corrige todos meus erros, ela é mais importante que eu, Ste Pacheco!


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