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Just So Young
Fiction por Danniele Moura | Danni
Banner por Luana | Lu | Beta: Nelloba Jones


"Mas você muda a visão do mundo quando observa do lado oposto, quando você vive o que julgou em outras pessoas. Você muda quando vê seu mundo cair também pelas mesmas coisas das quais julgava como idiotas. Você assiste seu fim desmoronando como as Torres Gêmeas, um atentado ao psicológico. Abalaram as estruturas do seu edifício e, por fim, desta vez foi você quem caiu. O Juiz do tribunal da vida virou réu, você agora é apenas mais um julgado neste mundo voraz, nesta imensa selva de concreto. Acostume-se, esse é o preço por sermos tão jovens, e ser jovem significa ser eterno, e todos nós queremos ser eternos."


Capítulo 01 : Back to hell

’s POV ON

— ACORDE, ESTÁ ATRASADA!!! — minha mãe gritava batendo na porta, por um minuto fiquei pensando como é que aquela mulher não ficava roca no outro dia, caramba, ela gritava demais. E se fosse só por um dia... Não, era tipo o ano todo.
Bom, primeiro dia de aula. Eu, como uma menina, digamos que, "popular", deveria estar em bom estado. Levantei-me, fui para o banheiro do meu quarto, tomei banho, fiz minha higiene e fui procurar uma roupa para vestir: fiquei observando aquele monte de roupa a minha frente. Bem, eu queria estar diferente no meu primeiro dia de aula, mas aquilo não era possível, eu precisava seriamente de compras e boas compras, sem mais demora, escolhi uma roupa e desci para tomar meu café da manhã. Eu estava bem atrasa e era obvio que minha mãe ia começar com o sermão dela de "Você tem de se levantar mais cedo..." e blábláblá, mas enfim, era o meu primeiro dia de aula e eu estava de bom humor, o que era bem estranho, pois era o meu primeiro dia de aula e mesmo sendo conhecida pela escola inteira, eu odiava ir àquele lugar.
— Bom dia, família! — disse empolgada, descendo pelas escaladas, logo percebi que só havia minha mãe na mesa, obviamente meu pai já havia ido para a empresa e o preguiçoso do meu irmão estava dormindo.
— Bom, na verdade: bom dia, mãe.
— O Matt ainda não acordou, mãe? — disse, sentando-me à mesa e pegando uma torrada.
— Na verdade, ele já foi para a escola. — quando ela falou isso eu surtei, Matt era a minha carona, sem ele eu teria que ir andando e sozinha. E como se não bastasse, eu estava totalmente atrasada.
— O QUÊ?! VOCÊ ESTÁ BRINCANDO! COMO É QUE EU VOU PARA A ESCOLA AGORA? NÃO VAI DAR TEMPO!!!!— gritei desesperada, até que reparei que minha mãe estava rindo do meu desespero, então parei e a olhei com um olhar matador. — Posso saber qual a graça? Porque eu só estou vendo minha desgraça aqui. — disse bem irritada.
— Bom, como sabe, você já tem carteira de motorista e bom, seu pai pensou porque não você começar este ano indo para a escola sozinha... — não deixei a minha mãe terminar de falar, apenas a interrompi e disse, na verdade, eu gritei:
— AH, É CLARO ELE QUER QUE EU VÁ SOZINHA E ANDANDO, MUITO OBRIGADA, PAIZINHO!! — disse debochada.
— Não, boba, com o seu próprio carro. — ela disse, tirando a chave de seu bolso e a jogando em minha direção. — Dirija com cuidado, tenho que ir. Ande logo, porque senão você se atrasará mais ainda. Não quero nenhum acidente ou multa, ok!? Até de noite. — minha mãe disse, depositando um beijo em minha bochecha e saindo feito um furação. Eu ainda não acreditava que meu pai havia comprado um carro para mim — morri de felicidade. Apenas peguei as chaves e saí em disparada para a garagem, chegando, vi um conversível lindo. Quase morri quando vi! Coloquei minhas coisas dentro do carro, liguei o carro e fui para a escola.

Chegando à escola, assim que desci do carro vi Matt com algumas garotas — se não fosse pelo fato de o meu querido e soberano pai ter me comprado um carro, eu diria que Matt estava me evitando depois do que aconteceu com a e ele.

Depois que a me contou o que havia acontecido entre os dois e ele descobriu que ela havia me contado a ‘trairagem’ que ele fez com ela, ele estava me evitando. E eu digo isso porque moramos na mesma casa, e era super estranho quando eu chegava a algum lugar e ele ficava nervoso e saía feito um furação, ou quando eu lhe perguntava alguma coisa e ele apenas dava alguma resposta óbvia e deixava o mesmo local.

Naquele dia eu queria tirar aquilo a limpo, resolver as coisas com o meu irmão. Não aguentava mais ele me evitando, a gente morava na mesma casa, caramba, seria possível que ele quisesse continuar agindo daquele jeito? Até porque ele era meu irmão e eu realmente não tinha nada a ver com a história dos dois. Ainda naquele dia eu botaria um ponto final naquilo.

’s POV ON



Eu acho que eu realmente queria morrer, morrer mesmo. Não era possível que depois de tudo, exatamente tudo o que ele me fez passar, eu ainda conseguisse sentir ciúmes. Enquanto eu me lamentava por ainda sentir alguma coisa por Matt , o cara mais sacana do colégio, vi Keaton andando até mim. E só de olhar já me senti melhor. Keaton e eu éramos amigos há muito tempo. Nós sempre demos super bem, ele sempre foi um fofo comigo, sempre me fazia rir. Keaton sempre me fazia me sentir bem... Quando ele estava perto de mim não conseguia ficar triste.
Ele veio em minha direção, de longe pude notar que ele já havia descoberto que eu não estava bem, ele chegou bem perto de mim, sorriu e disse:
— Mas nós nem estamos aqui há 1 hora e você já está super furiosa? Juro que não te entendo o porquê, até ontem você estava no celular as, exatamente, 2 horas da manhã dizendo como o nosso primeiro dia de aula iria ser divertido. Sério, , você precisa ir a um psicólogo. — ele disse e eu dei um tapa em seu braço, fazendo-o se encolher, e depois eu caí na risada junto com ele.
— Eu não preciso ir ao psicólogo, eu preciso de pessoas que me amem. — disse, fazendo pose.
— Outh, quer dizer então que sua família não te ama? Nem suas amigas? Tenho que admitir você precisa realmente de pessoas que te amem. — Keaton disse olhando as unhas com um tom debochado, dei mais um tapa em seu braço, fazendo-o me olhar confuso.
— Era para você dizer: " Pare com isso, eu te amo".— disse para ele com uma expressão séria que durou até ele dizer imitando minha voz.
Depois de muitas risadas com o Keaton, eu estava ficando com raiva de tanto esperar as meninas e os meninos. Eles estavam demorando muito, até que eu vi uma menina linda andando no corredor e todos a olhavam. Assim que botei os olhos, é claro que eu sabia quem era, era a idiota da . Era incrível como todos a olhavam, não diferente de mim e da , afinal a gente era popular — todas queriam ser como nós, principalmente o Bonde das Cadeladas , como a diz.
Assim que ela viu a Keaton e eu, deu um sorriso enorme e veio correndo até nós, e é claro que primeiro ela fez aquela melação com o Keaton — os dois eram piores que namorados.
— Meu chuchu!! — disse a pulando em Keaton e mordendo e beijando seu rosto.
— Credo!! Acho que depois disso meu nível de diabetes aumentou. — eu disse, fazendo uma cara de nojo.
— Ah, meu bebê, tem pra você também! — disse, beijando e me abraçando, fazendo todas as formar de carinho comigo.
— É melhor parar, porque se a ver isso é capaz de ela ficar com ciumeszinho de você. — eu a empurrei, ajeitando minha roupa.
— Nossa, gente, se eu falar para vocês que eu não vejo a bitch da há dias, vocês acreditam!? A menina evaporou, simples assim, sumiu da mina vida, do meu celular, das minhas redes sociais... Estou achando até que ela morreu.
— Nossa, , como você é dramática. A menina viajou, tá? No mínimo ela deve estar.... — Keaton foi interrompido pelos os gritos frenéticos meus e da assim que vimos toda linda e maravilhosa desfilando pelos corredores e todos a observando, assim como foi com a . Começamos a gritar corremos a e a abraçamos tão forte que eu cheguei a pensar que ela iria quebrar.

’s POV ON

Assim que botei os pés na escola, vi e gritarem e correrem até mim, abraçando me enchendo de beijos e me xingando também por eu ter desaparecido de suas vidas, depois veio o Keaton correndo, imitando as meninas, não pudemos deixar de rir daquela cena, abracei o Keaton com tanta força que ele gritou e nós rimos.
— Eu vou falar apenas uma vez tá, : NUNCA MAIS FAÇA ISSO COMIGO, NUNCA MAIS DESAPAREÇA! SENÃO VOCÊ PODE DESAPARECER DE VERDADE, PORQUE DA PRÓXIMA VEZ EU TE MATO . — disse em um tom autoritário, balançando seu dedo indicador.
— Tá bom, obsessiva, nunca mais farei isso, prometo. Mas eu tenho uma boa explicação, ok? Eu cheguei de viagem ontem e, bom, muitas coisas para fazer e não deu tempo de responder suas exatamente 56 mensagens no Whats Up.
— Sério isso, , 56 mensagens? Depois você diz que não é obsessiva. — disse o Keaton com uma cara de surpreso.
— Eu não sou obsessiva, Keaton, eu apenas estava preocupada com esse ser que simplesmente desapareceu da minha vida do nada. — disse manhosa.
— Eu também estava preocupada, , mas nem por isso mandei exatamente 56 mensagens no Whats Up. — falou, também surpresa. — Acontece, , que eu pensei que essa maluca havia morrido, eu estava totalmente desesperada. Fala sério, vocês acham realmente que eu ia mandar 56 mensagens no Whats Up para a se eu não estivesse realmente preocupada? Ou precisando falar com ela? Cara, realmente vocês não me conhecem. E outra, eu não iria precisar mandar 56 mensagens se você, , me respondesse nem que seja um pelo menos "Me deixe em paz ", pelo menos assim eu saberia que você estava bem.
— Ahhhhhhhh, meu bebê! Desculpe, sério, não irá mais acontecer, até porque se isso acontecer novamente eu sou uma mulher morta, não é isso o que a senhorita disse? — eu disse e todos rimos, era bom estar com eles de volta. Eles me faziam super bem, fiquei me perguntando onde estaria o Wesley e o Drew. — Keaton, cadê o Wes e o Drew? — perguntei.
— Se você olhar para frente, você vai encontrá-los. — Keaton disse debochado. Assim que olhei para frente, lá estava os dois deuses gregos do colégio, os mais cobiçados — a razão pela qual Carly, Brithney, Tracie nós odiavam. Keaton, Drew e Wes eram os meninos mais bonitos do Couth Raith School e, bom, , e eu éramos amigas deles, na verdade, apenas e eu éramos amigas de todos, pois tinha seus probleminhas com o Stromberg, eles viviam brigando e sempre foi assim, desde quando éramos apenas crianças. Assim que os meninos nós viram, eles vieram correndo até mim. Drew me abraçou e me ergueu, girando e me deixando totalmente constrangida, já Wes me deu um abraço de urso e me encheu de beijos na bochecha.
— Ownnn!! Vou chorar com essa cena, cara, demonstração de amor em público. — Keaton disse, passando as mãos nos olhos, fingindo estar emocionado.
— Ah, dude, relaxe, estamos apenas com saudades da , não precisa ficar com ciúmes da gente, brother. — Wesley disse, fazendo todos rirem, até a , que não ria muito de suas palhaçadas, caiu na gargalhada. E eu finalmente pude sentir, eu estava completa de novo. Com os meus 5 melhores amigos ali rindo comigo, eu não tinha palavras para descrever o quanto aquele ano seria bom eu podia sentir.

Wesley’s POV ON

Começo das aulas e nós todos ali como se nunca estivéssemos nos separado nas férias: estava radiante, acho que sua viagem a Paris lhe fez muito bem; , como sempre enjoada e rindo de tudo, e continuava linda; e a marrenta, patricinha, metida da continuava linda, mesmo com todos os defeitos que ela tinha, na verdade não eram muitos, aquela garota era muito marrenta, muito cabeça dura, muito competidora. Em tudo nela havia a palavra "muito". Ela era excessiva demais, até na sua beleza, eu realmente fiquei bem impressionado quando ela riu da piada que fiz com o Keaton, ela não ria muito das coisas que eu fazia, bom, pelo menos senso de humor agora ela tinha, né!? Menos mal. e eu nós odiávamos, desde pequenos nunca nós demos bem, ela era aquela criança chata e birrenta que brincava de Barbie e eu aquele garoto que amava quebrar suas bonecas, no começo eu quebrava porque eu gostava mesmo de tirar a cabeça das suas Barbies e depois foi porque eu gostava de atentá-la de deixá-la irritada, na verdade, até hoje eu gosto disso. Meus pensamentos foram interrompidos assim que bateu o sinal e a falou:
— Arghhhh! Agora começa o Inferno, por que a escola não poderia ser apenas um lugar que a gente visita para rir e conversar com os amigos? — perguntou ela fazendo uma cara emburrada.
— Também penso assim, amiga, mas como a vida não é um mar de rosas, a gente tem que estudar. Qual aula vocês têm agora? — perguntou.
— Biologia, aarghhhhhhhhhhh, têm noção de como eu odeio Bilogia? Pelo menos me digam que algum de vocês estão na minha sala, por favor, por favorzinho! — disse a implorando. Quando me toquei, eu tinha Biologia também, era claro que ela não disse aquilo para mim, para ela eu estando ou não na sala dela, continuava a mesma coisa, mas vocês acham que eu ia perder uma oportunidade de começar uma boa briga? Hahahahaha! NUNCA! Minha diversão do dia era deixá-la irritada, apesar de ela ser bem mais boa naquilo do que eu.
— Opa! Parece que eu estou na sua sala, .
Eu disse, deixando na cara que eu queria irritá-la, ela bufou, virou os olhos, olhou para a e disse:
— É, , a vida não é nenhum mar de rosas, mas no meu caso não é um mar de rosas e existe uma conspiração contra mim. Depois do colégio vou ir ao centro de Umbanda pra tirar esses mau olhado de mim, porque do jeito que o meu dia começou hoje, estou começando a achar que alguém jogou alguma praga em mim, e as coisas só pioram. — disse ela fazendo todo mundo rir.
— Outh, tá falando isso por que eu estou na sua sala, é? Nossa, , não sabia que você me odiasse tanto assim a ponto de achar que alguém te jogou uma praga só porque eu estou na sua sala. Bom, para não ficar feio para mim, tenho que te dizer para você ir a um centro de Umbanda mesmo, porque além de mim, a Carly, Brithney e a Tracie também estão na nossa sala. — é claro que eu não ia perder a oportunidade de foder ainda mais com a vida dela, se ela estava achando que só eu estar em sua sala era ruim. Hahahaha! Queria saber como ela ficaria ao saber que as garotas que ela odiava também estariam.
— Arghhhhhhhhhhhhhh! Eu só posso ter tomado banho de espuma no mar vermelho para merecer isso. Por quê, Jesus!? — aquela garota era sempre tão dramática!? Confesso, depois do que ela falou eu tive que rir, apensar de ser tão Drama.
, você só me faz rir mesmo, acho que Deus não está tão bravo com você, eu também estou na sua sala, bonequinha. — Drew disse, segurando a risada depois do comentário dramático da .
— Finalmente uma notícia boa. Agora, vamos, não quero chegar atrasada. — disse, indo para a sala. Drew e eu apenas a acompanhamos.

Assim que chegamos à sala, ela se sentou na frente de Drew e eu do lado. Percebi seus olhos revirarem e ela bufar, foi então que eu peguei minha carteira e coloquei mais perto de Drew, assim, toda vez que ela virasse para frente para falar algo com o Drew, ela teria que olhar na minha cara bonita primeiro.
Bom, Drew era o meu melhor amigo, então não teria como ela dizer que eu estava fazendo aquilo só para irritá-la, que era a minha intensão, sempre era essa a minha intensão. Depois de passarmos três aulas juntos, ela às vezes me olhava como quem queria me matar, ninguém merecia ter duas aulas de Bilogia e depois uma de Sociologia, mesmo assim, eu estava me divertido. Eu encarava a descaradamente, bom a maioria dos meninos da sala faziam isso, mas quando eu fazia, eu percebia ela ficar nervosa e desconfortável e, bem, eu amava aquilo. Não sabia se era porque eu amava vê-la daquele jeito ou porque sabia que o que eu fazia mexia com ela, e mexia bastante, aquilo fazia todas as ofensas que ela me dizia irem por água abaixo. Eu sei que quando se tratava de mim ela ficava nervosa e desconfortável e aquilo era simplesmente reconfortante para mim.

Keaton’s POV ON

Estava na sala de aula fingindo prestar atenção no que aquela professora velha, feia e de voz irritante falava, no dia anterior a falava no celular a ilusão do " Primeiro dia de aula perfeito" e tenho que admitir, era bem melhor do que o primeiro dia de aula real. Assim que o sinal bateu, fui correndo para o refeitório e, como de costume, lá estavam , e rindo de alguma coisa que o Drew dizia, Wesley estava apenas vermelho de tanto rir de Drew, quando a me viu e fez um sinal com a mão, chamando-me para ir até a mesa deles. Assim que cheguei me abraçou como de costume e Wesley revirou os olhos e disse:
— Eu só queria saber o porquê de tanta melação. — Wesley perguntou, pegando seu suco da mesa.
— E eu, Stromberg, só queria saber, o porquê de tanta implicância comigo e com o Keaton. Se a gente é meloso um com o outro, isso é problema nosso. — disse a encarando o Wesley.
— Você quer saber o porquê da implicância, , pois então eu te digo: por que ao invés de vocês ficarem se chamando de "chuchu, bebê, príncipe, fofura, docinho e gatinho", vocês não vão para um quarto? Sabe, fica mais bonito pra você, , que se diz uma menina de atitude, mas ao invés de parar de melação e partir para a ação, prefere ficar na primeira opção. — Wesley olhou fixamente para e disse simples assim.
— Olhe aqui, Stromberg bugado.... — eu a interrompi.
, ele tem razão, a gente precisa contar para eles sobre nós. — eu sabia que meu irmão estava brincando quando ele disse aquilo, e eu sabia qual era a intensão dele, e estava tudo tão bom entre nós seis, então revolvi entrar na brincadeira. me olhou confusa, tentando entender e então eu disse:
— A acha que a gente tem um caso e insiste em ficar se melando para o meu lado, sabe como é, né, ela é obsessiva. — todos caímos na risada, inclusive a .
— Poxa, Keaton, quer dizer então que eu " acho " que a gente tem um caso!? Não foi isso o que você falou ontem, hein? — a , falou entrando na brincadeira.
— Quem vive de passado é museu, meu chuchu. — eu disse, apertando suas bochechas. Pronto, problema resolvido. Wesley e a não tinham discutido e estragado o intervalo, como sempre acontecia.
Bateu o sinal e a gente tinha mais duas aulas, infelizmente. A alegria das duas últimas aulas era que ficaria na minha sala. Aulas com a eram sempre as melhores, afinal, eu fazia palhaçada, ela ria muito alto e acabava se fodendo com os professores, e a burra ainda não percebia que eu fazia aquilo para ela se ferrar.
As duas aulas passaram voando, a e eu rimos demais — daquela vez eu fui bonzinho com ela e não fiz com que ela se ferrasse.
— Então, chuchu, o que vamos fazer mais tarde? — disse, saindo da sala comigo e imitando a voz da na palavra "chuchu", não pude deixar de rir.
— Eu não sei, que tal a gente ir ao Cheerk's? — Cheerk's era um bar que era o ponto de encontro de todos os adolescentes, Cheeek's sempre tinha programações variadas e naquele dia era o show de calouros, onde qualquer um podia subir no palco e cantar.
— Sim, ótima ideia, Keaton, não é que o chuchu da serve para algo? — disse, apertando minhas bochechas e me abraçando de lado.

Assim que encontramos os outros, combinamos de nós encontrarmos no Cheerk's. iria almoçar em casa, ela estava bem eufórica por conta do nosso programa de mais tarde e por causa do seu carro novo, quero dizer, CARRÃO — não me contive e pedi a para dirigir. confiava em mim e me entregou as chaves, tenho que dizer, aquele carro era O CARRO , assim que chegamos em casa cantando um pouco de Snow Patrol, demos de cara com o Wesley jogado no sofá sem camisa e percebi que aquilo deixou a um pouco desconfortável, para falar a verdade, o Wesley por inteiro deixava ela desconfortável, apenas a arrastei para a cozinha e fui pegando pratos e talheres para nós almoçarmos.
— Keaton, o que você sente em relação a ? — perguntou, colocando um pouco de comida em sua boca e me encarando. Assim que ouvi aquilo engasguei um pouco e tossi.
— Ciúmes na hora do almoço, ? — disse, tentando disfarçar meu nervosismo, por que Diabos aquela menina estava me perguntando aquilo? E ainda mais logo na hora que eu estava no meu momento preferido e sagrado?
— Keaton Robert Stromberg, não tente disfarçar, eu te conheço desde que me conheço por gente. — se havia uma coisa que eu não conseguia fazer era enganar a . Ela era minha melhor amiga, era impossível esconder qualquer coisa dela e eu sabia daquilo, mas ali, naquele momento, não havia saída, eu não podia simplesmente falar: "A , ainda não esqueci ela, não. Ela continua sendo a minha apaixonite desde a sétima série, e quando eu soube o que o seu querido irmão Matt fez com ela, eu tive vontade de matá-lo, mas nada que você tenha que se preocupar." Meus pensamentos foram interrompidos pelo Wesley, que estava estrando na cozinha. Uffa! Salvo pelo ogro.
— Nossa, nem me chamaram para almoçar com vocês, né? Magoado. — Wesley disse, fazendo uma cara de ofendido.
— Pois então fique magoado, Stromberg, por não iríamos te chamar, mas infelizmente você acordou bem na hora, agora quem está magoada aqui sou eu. — caramba, a era um tanque de guerra, que só estava esperando meu irmão pronunciar uma palavra para ela atirar suas bombas.
— Viu como sua princesa me trata, Keaton, e você não faz nada, depois eu que sou o implicante aqui. — Wesley disse debochado, mas eu sabia que aquilo tinha o afetado.
— Nossa, Stromberg, eu espera tudo de você, menos isso de pedir ajuda para o Keaton. Eu achava que você era homem, Stromberg, mas pelo jeito essa só é mais uma coisa que eu acho que você é e depois vejo que estou enganada, porque você não é homem nem para se defender sozinho. É, Stromberg, realmente não sobra nada pra eu achar de você. Agora eu vou indo, sabe, tenho que me arrumar, então, Keaton, até de noite e tchau, Wesleyzinha. — ela disse, virou-se e foi embora, não deu nem tempo do Wesley reagir. Daquela vez pegara pesado e eu vi que aquilo havia deixado Wesley bravo. Antes que eu pudesse falar algo, Wesley saiu da cozinha batendo os pés e foi para o quarto, batendo sua porta. Outh! Aquela menina faz com o meu irmão o que eu nunca vi menina alguma fazer.

Drew’s POV ON

Eu ia embora rindo com a , tinha que admitir, eu estava morrendo de saudades da sua risada — dela por completo, para falar a verdade. era o tipo de garota linda, perfeita, que era extrovertida e brincalhona, mas quando você a elogiava ela corava e ficava toda sem jeito.
— Senti sua falta, sabia? — falei a encarando. Sem mais nem menos, ela abriu um sorriso lindo e me abraçou.
— Também senti sua falta Drew. — ela disse, ainda abraçada comigo.
, eu acho que você me deve explicações, né!? — eu fiquei muito preocupado pelo motivo que ela tinha ido viajar, e o pior, foi tudo de surpresa. Eu me importava com aquela pirralha em corpo de uma gostosa e quando soube que ela tinha ido viajar, fiquei louco e não quis saber de nenhum contato com ela, mas até que cedi às saudades e respondi 500 mensagens.
— E você quer que eu te explique o que, Drew? — ela me olhou e falou sorrindo.
— O motivo pelo qual você foi viajar, nós estávamos com as férias todas planejadas e do nada você simplesmente viaja sem ao menos nós dizer nada. E quando eu vejo você já está no outro lado do mundo. — eu disse sério, fazendo aquela cara feliz dela se desmanchar.
— Não foi do nada que eu viajei, Drew, teve um motivo, eu precisava me distrair, pensar um pouco, colocar a cabeça no lugar.
— E por que não uma viagem a NY com seus amigos, não te distrairia?
— Drew, eu precisava de um tempo sozinha. — ela disse rude e um pouco brava.
— Olhe, , eu entendo que todo mundo precisa de um tempo sozinho e tudo mais, eu só queria entender o porquê da sua viagem assim, de uma hora para outra, um dia você estava na praia comigo sentada na areia empolgada falando sobre nossas férias e...

Flashback On

Eu estava com na praia conversando como seria incrível nossa viagem de férias, nós seis em uma casa praia curtindo, teria coisa melhor?
estava sentada na areia ao meu lado com um sorriso enorme em seu rosto falando super empolgada sobre nossas férias, ela estava tão radiante que eu pude ver seus traços perfeitos.
— Drew, já pensou, daqui dois anos nós formamos faculdade, vida nova.— o sorriso já não estava mais em seu rosto, ela estava com uma expressão de preocupada.
— Está preocupada com isso? — perguntei encarando ela.
— É que sabe, nós somos tão bons assim, mesmo com as brigas da e do Wesley, e algumas discussões da e do Keaton, mas nós somos bons assim, e é tudo tão perfeito assim, acho que com uma nova vida nós podemos mudar. — disse com a cabeça para baixo.
— Hey, a gente não vai mudar por causa da faculdade ou outra coisa, a gente vai continuar sendo os mesmo, , e convenhamos, se fosse para a gente mudar, já teríamos mudado, afinal de contas, todo o sando dia a e o Wesley se matam, acha mesmo que se fosse para mudar, iria mudar lá na frente? Você já viu a batendo no Wesley? Como você pôde tirar uma conclusão dessas? — disse rindo, e fazendo-a rir também.
— Você tem razão, não vai mudar nunca. — ela disse colocando sua cabeça em meu ombro.
— Se eu tenho medo de alguma coisa, acredite que não é com a amizade deles e, sim, com a nossa amizade. — que bosta eu estava fazendo?
— Como assim? — disse preocupada.
Eu olhei em seu olhos, e sem pensar duas vezes, selei nossos lábios de modo tranquilo, calmo e ao mesmo tempo romântico, até que quebrou o beijo, colocou a mão na boca com a cara de espanto, levantou-se e saiu correndo. E eu repeti: Que bosta eu tinha feito?

Flashblack Off

Assim que me lembrei do beijo, não acreditei, será que a tinha ido viajar por causa da porra daquele beijo?
Ela me olhava confusa, esperando alguma reação minha. — Foi por causa do beijo? — perguntei sem demora.
— Drew... — ela foi corando e abaixando sua cabeça, ela estava com vergonha, mas eu precisava da resposta.
— Me respondav , foi por causa do beijo? — ela me olhou e eu vi que ela não sabia o que fazer, como reagir.
— Por que você quer saber disso, Drew? — ela estava nervosa.
— Preciso saber se foi por minha causa que você se afastou durante as férias todas.— eu precisava saber se eu realmente era o culpado de tudo aquilo. Ela abaixou a cabeça e eu mais uma vez insisti. — ... — ela me interrompeu.
— Eu não sabia como reagir, Drew, eu não sabia como seria olhar para você e lembrar do beijo, eu não queria ter que mudar por causa do beijo, Drew, eu precisava pensar, eu precisava de um tempo, eu... — ela desabou e suas lágrimas vieram junto.
— Ei, tudo bem, tudo bem! Agora está tudo bem, ok? Aquele beijo foi um fracasso, ok, não significou nada, , e nós continuamos amigos, ok? Você não precisa mudar nada, e as coisas vão ficar assim como estão. — eu disse a abraçando, tentando acalmá-la. Nunca pensei que a , uma menina tão forte, iria se desesperar por causa de um beijo, um simples beijo. Às vezes eu achava que a não era tão durona e forte quando aparentava ser... Às vezes eu via apenas uma menina risonha, linda e meiga na minha frente que precisa urgentemente ser abraçada e consolada, e quem iria fazer aquilo era eu.


CAPÍTULO 02 - PART I: It's official, the truth always comes out

POV ON

Cheguei em casa sem pensar duas vezes eu fui no quarto do Matt, bati na porta do quarto dele.
— Está aberta! — ouvi a voz de Matt falar através do quarto. Sem pensar duas vezes, abri a porta, olhando para Matt fixamente.
— Matt, a gente precisa conversar.
— Tem que ser agora, ? Estou meio ocupado. — ele falou, mas dava para ver que ele não queria falar comigo e que estava dando uma desculpa qualquer.
— Matt, quando é que você vai parar de me evitar? Matt, eu sou sua irmã, não uma garota que você transa e depois foge dela, nós moramos na mesma casa, você acha realmente que iria me evitar e eu não iria perceber? Pare de ser assim, Matt! Eu confesso que fiquei muito puta da vida quando soube o que você fez com a minha melhor amiga, mas eu não tenho nada a ver com a história de vocês, então será que dá para parar de me evitar? Eu sinto falta do meu irmão, caralho. — digamos que eu não falei e, sim, gritei. Eu fiquei olhando para ele, esperando alguma ação sua, alguma palavra, mas Matt apenas me olhava e aquilo fez o meu sangue subir. — Quando você decidir voltar ao normal você vem falar comigo, ok? — disse rude e bati a porta do quarto dele e fui para o meu.

Eu não iria ficar triste por causa daquilo, eu havia feito minha parte. Se meu irmão não queria me escutar e continuar me evitando, eu não iria fazer o menor esforço para impedi-lo. Olhei no meu celular, eram 19:20. Eu havia combinado com o pessoal às 20:00 horas. Fui para o banheiro, fiz minha higiene, tomei banho, sequei meu cabelo e fui escolher uma roupa. Depois de visualizar várias roupas, finalmente escolhi uma roupa. Bom, como não era nada de muito importante, decidi não me produzir inteira, apenas escolhi um vestido preto de renda preta, um sapato botinha, sombra dourada bem fraca e um fino traço de delineador nos olhos e um batom cor de boca. Olhei-me no espelho satisfeita com a minha escolha, peguei a chave do meu carro e minha bolsa pequena preta e desci.
— Posso saber aonde você vai? — Matt disse com uma maçã na mão e a mordendo.
— Resolveu falar comigo agora, maninho? — perguntei sarcástica.
— Pensei que quando eu quisesse voltar ao normal, poderia falar contigo.
— É, você podia, até eu sair daquele quarto sem sequer uma reação sua, meu querido. — respondi, indo à cozinha e pegando um pouco de água.
— Qual é, ? Você sabe que não adianta bancar a menina brava, estúpida e difícil comigo. Sou seu irmão, te conheço até melhor do que você mesmo.
— Se você me conhece tão bem, deveria saber que esse discursozinho de quinta não cola comigo. Estou indo, avise à mãe que eu não demoro a chegar. — disse, dando de costas e nem ligando para o que o Matt falava. Fui para a garagem peguei o meu carro, que já não era mais um conversível. Entrei e dirigi até o Cheerk's.

Quando cheguei lá, , Keaton, Wesley e Drew estavam sentados bebendo alguma coisa. Cheguei à mesa, sentando-me infelizmente do lado do Wesley, cumprimentei todos na mesa, inclusive ele — eu havia pegado pesado com ele mais cedo, mas ele me olhou normal, como se ele não tivesse sido afetado com minhas ofensas. Os meninos foram jogar sinuca e ficamos somente e eu conversando lá. estava demorando demais para chegar.
— Por que será que a está demorando tanto para chegar, hein?
— Não sei, deve ter acontecido alguma coisa, ela nunca se atrasa. — disse.
— É, eu sei. Vou ligar para ela, porque já mandei umas 100 mensagens e ela não me responde... Está sem sinal, vou lá fora ver se consigo e já volto, . — disse, olhando no celular e saindo da mesa. só balançou a cabeça e eu fui para fora, tentando achar algum sinal no celular. Eu estava preocupada com , ela nunca se atrasava nem nada, e bom, se ela não fosse, daria algum jeito de me avisar. Eu estava com raiva eu não conseguia sinal em nenhum lugar naquela porra, até que vi o Wesley saindo feito um furacão indo direto ao carro, eu iria ignora-lo, é claro, ele ia andando rapidamente até o carro até que me viu.
— Avise ao pau no cú, otário, cafajeste do seu irmão que desta vez ele não vai sair impune. — ele dizia bravo. Quem ele achava que era para falar daquele jeito do meu irmão?
— Quem você acha que é para falar assim do meu irmão, Stromberg? — eu disse, andando até ele completamente brava.
— Quem eu sou? Wesley Stromberg, fofa, nunca ouviu falar? — ele disse irônico e bravo.
— Ah, é claro que eu já ouvi falar, queridinho! Só não sei onde é que você arranjou essa moral pra falar do meu irmão desse jeito. Eu acho que você está confundindo ele contigo. — disse mais irônica ainda, e chegando bem perto dele.
— Se ele fosse eu, ele seria bem melhor.
— Não, se ele fosse você, ele seria ridículo, sujo e podre. — eu estava soltando fogos pelos olhos, quem ele pensava que era para dizer ser melhor do que meu irmão.
— Você acha realmente que eu sou ridículo, sujo, e podre, ? Então eu tenho dó de você, porque se você acha isso de mim só porque eu levei a maioria das meninas do HB pra cama e porque eu pego qualquer menina na porra daquele colégio; imagine o que você vai achar do seu irmão, que é um otário que se interessou pela sua melhor amiga por causa dela ser virgem e, como se não bastasse, tirou a virgindade dela e na mesma hora a humilhou. Acho que monstro não chega nem perto do que ele é, né? — DO QUÊ ele estava falando?
— Você é podre, Stromberg! — gritei.
— Eu vou te mostrar o podre. — ele gritou, segurando em meus pulsos, puxando-me para mais perto. Fiz ele largar os meus pulsos dando um empurrão nele.
— Não é preciso de muito esforço para ver que você é podre, Stromberg, é só olhar para sua cara e todo mundo já vê isso. — gritei, andando até meu carro e saindo dali totalmente com raiva.

Depois do que aconteceu comigo e com o Stromberg, não dava mais para continuar ali. Ele havia totalmente estragado minha noite. Nenhuma de todas as nossas brigas se comparava àquela, eu tinha de dizer que aquela briga fora a pior de todas, e eu achando que odiava o Stromberg — eu apenas não gostava dele porque ele me deixava irritada, mas naquele momento eu sabia como era odiá-lo.

Wesley’s POV ON

O que eu havia tentando fazer com a ? Bom, não interessa. Eu estava dentro de um carro correndo até a casa da . Quando ela me ligou desesperada chorando e dizendo que o Matt havia feito alguma coisa, eu não me controlei, e a porra daquela menina estava bem na hora errada. Não era para eu ter dito aquelas bostas para ela, a que tinha de falar a verdade para ela, mas quando a vi eu não me aguentei e tive de falar. Quando a me contou o que havia acontecido com o Matt e ela da primeira vez, eu queria matá-lo, mas me impediu. Da primeira vez ele havia se safado, mas desta vez iria ser bem diferente. Quando cheguei à casa de , sua mãe me olhou e me abraçou. A dona Mari me adorava, afinal de contas, ela me conhecia desde que eu era um bebê.
— A está lá em cima?
— Sim, ela está trancada no quarto. Não quis falar comigo, acho que é por isso que você veio, né, Wes? — ela disse dando um sorriso, sem mostrar os dentes.
— É, sim, vou lá falar com ela. — disse, subindo as escadas.

Bati na porta do quarto da .
— Mãe, eu já disse que quero ficar sozinha! — escutei a falando atrás da porta, dei um sorrisinho e abri a porta.
— Pena que querer não é poder. — disse, abrindo a porta e vendo agarrada a um travesseiro, chorando. Assim que ela me viu, veio correndo, abraçou-me e ali mesmo ela chorou. Eu apenas a abracei, fiz que nos sentássemos no carpete do chão, ela continuava abraçada comigo e ainda não havia parado de chorar. Assim que ela parou de chorar, ela me olhou. Jesus, quem olhava para a dizia que ela estava chorando há semanas, a sua cara estava totalmente inchada e seus olhos vermelhos.
— Vai me contar o que aconteceu, né? — eu perguntei, limpando algumas lágrimas de seu rosto. era como uma irmã para mim, quando nós éramos pequenos, eu dizia que iria namorar com ela. É, eu sei que isso era constrangedor, mas desde pequena era linda, assim como e , eu dizia que iria namorar a porque ela era a mais legal comigo. Assim que fomos crescendo, eu fui considerando aminha irmã e eu me importava muito com ela.
— Matt é um idiota, eu odeio ele... — ela foi me contando tudo o que havia acontecido. Assim que soube, não me segurei, meu sangue ferveu.

Saí da casa de muito bravo e fui até a casa de Matt para dar uma lição naquele pau no cú. Assim que cheguei em frente à casa de Matt, nem bati na porta, apenas fui entrando. Eu sabia que os pais dele não estariam em casa porque no colégio contou para a que eles tinham ido viajar. Assim que entrei, encontrei quem eu procurava: Matt me olhava confuso. Eu cheguei dando um soco em sua cara, que o fez ficar tonto e cair. Subi em cima dele e depositei uns quatro socos em sua cara. Enquanto eu batia em Matt, escutava a me xingar e gritar algumas coisas. Assim que saí de cima de Matt, olhei bem para a cara dele, que estava totalmente cheia de sangue.
— Isso é para você aprender a nunca mais mexer com ela. Ela não é igual às vadias que você pega, transa, humilha, joga fora e depois, quando você quer transar, ela vem correndo. Se você chegar perto dela mais uma vez, não vai ser só sua cara que vai ficar destruída. — disse, olhando para ele. Assim que terminei de falar olhei para a , que me olhava totalmente assustada, encarei-a por uns 15 segundos e saí dali. Ela veio atrás correndo e gritando comigo, assim que ela chegou perto de mim começou a depositar socos em meu peito.
— QUEM VOCÊ PENSA QUE VOCÊ É PARA ENTRAR NA MINHA CASA E BATER EM MEU IRMÃO? — ela gritava e me batia. Segurei seus pulsos e a puxei para mais perto de mim, fazendo-a olhar em meus olhos.
— Quem eu penso que eu sou, ? Sou o cara que deveria ter feito isso desde a primeira vez que ele magoou a , odeio te dizer isso, , mas seu irmão não é um santo. E, acredite, se você realmente me acha ridículo, sujo e podre, pode ter certeza que seu irmão não chega nem perto disso. Tá duvidando? Pergunte a e ela vai te explicar o por quê. — larguei seus pulsos, deixei-a confusa e andei até o meu carro, saindo dali.

Keaton’s POV ON

Assim que o Wesley chegou em casa, eu comecei a fazer várias de perguntas. Eu estava realmente preocupado com a . Ele recebera uma ligação dela e saiu correndo totalmente bravo e desesperado. Mas, como sempre, ele apenas falou que estava cansado e que no dia seguinte a gente conversaria. Eu precisava saber o que o otário do Matt havia feito para a e eu também estava preocupado com a .

Flashback On

Eu estava sentado no bar, quando vi Carly, Brithney e Tracie chegarem. Brithney, assim que me viu, veio falar comigo. Fiquei me perguntando o que a iria fazer caso ela me visse com uma das integrantes do Bonde das Cadelas. chamava-as assim, e ela tinha um ódio profundo delas. Brithney jogava seu charme para cima de mim, não era fácil saber o que ela queria. Tá, a minha amiga até poderia chamá-la de cadela, vadia, vagabunda, mas a Brithney uma menina que tinha belos peitos, uma bela bunda e belas pernas. Qual é, eu era um Stromberg, era da minha origem observar essas coisas, e sem contar que ela era linda. Britney sempre jogava seu charme para cima de mim, e ela até que era legalzinha, apesar de sempre que estamos conversando, ela se oferecesse para mim — mas aquilo era normal. Logo avistei Drew conversando com a Tracie — ela era totalmente apaixonada por Drew. Eles haviam ficado algumas vezes em festas e quando o Drew estava bêbado, e por isso Tracie se achava a menina do colégio com mais chances com o Chadwick, o que era ridículo. Drew nunca se importara com ela. Ele pegava todas mesmo e ela nunca iria conseguir algo mais do que beijos — eles não haviam transado ainda. Drew havia me contado que não foi por falta de ele não tentar, mas sempre que ele dava um indireta, ela dizia que não — o que era ridículo, porque Tracie se oferecia e na hora da ação ela pulava fora. Vi Carly também, percebi que ela estava procurando o meu irmão. Carly e o Wesley se pegavam, para falar a verdade, eles faziam bem mais do que só isso, mas nada de diferenciado para ela, até porque Wesley fazia aquilo com todas as garotas. De longe vi sentada completamente sozinha, dispensei a Britney e fui falar com ela.
— Cadê o meu bebê? — eu disse, sentando-me perto dela.
— Se você está se referindo a , ela foi lá fora conseguir algum sinal no celular para ligar para a . Para falar a verdade, já faz mais de uma hora que ela está lá fora. — disse.
Senti meu celular vibrar. Quando vi, era a que estava me ligando.

— Oi, , fala princesa. — eu disse humorado.
Keaton, eu quero matar o seu irmão! disse em um tom alterado.
— O que é que ele fez?
Ele veio aqui em casa e simplesmente bateu no Matt. Disse coisas absurdas de que o Matt havia se interessado pela só para tirar a virgindade dela, que a não era igual as outras garotas que ele come e não sei que lá. Mas isso não importa, Robert, o que importa é que EU QUERO MATAR O SEU IRMÃO!!
— Er... , relaxa tá? — aquilo estava realmente acontecendo? Wesley havia contado a verdade para a .
RELAXAR? A CARA DO MEU IRMÃO ESTÁ ROXA, KEATON, ROXA!! — ela gritou.
— Eu vou falar com o Wesley, tá? Agora veja se você se acalma e cuide do seu irmão.
Você fala como seu eu tivesse opção. — ela simplesmente falou e desligou.
Na verdade, ela tinha opção deixar Matt sangrar até a morte. Ele merecia depois do que fizera com a . Depois que desliguei o telefone, eu contei para a o que a havia me falado e nós dois tivemos certeza de que o Matt tinha aprontado mais alguma coisa para a . Meu irmão não iria bater nele por nada, não que ele não merecesse.

Flashback Off

É, belo jeito de começar a semana. Eu tinha certeza de que no dia seguinte a iria atrás de respostas, já estava na hora de ela saber que seu irmão não era o santo que ela pensava que ele era.

Drew’s POV ON

Eu estava conversando com a Tracie, era incrível como aquela menina tem o dom para te deixar com tédio. Keaton e haviam ido embora, Wesley tinha ido atrás da e a devia ter ido embora também. Só estava eu lá, tendo uma conversa extremamente chata e quase morrendo de tédio. A estava meio que me evitando depois daquela conversa, e eu realmente a entendia. Eu a beijei e ela não esperava por aquilo. Eu não iria forçar a barra com ela nem nada, eu sabia que o tempo da viagem não fora exatamente necessário para ela entender tudo aquilo, mas também, o que eu fui fazer? Beijar a minha melhor amiga. A verdade é que não significou nada para mim, eu já tinha feito aquilo tantas vezes por mais que a fosse apenas minha amiga, minha melhor amiga, fora só um beijo e nada mais. Decidi ir embora, até porque aquele papo com a Tracie estava uma total merda.

Assim que liguei o carro recebi uma mensagem do Wesley.

"Amanhã vai ser um inferno, dude, se prepare porque a vai vir cheia de pedras na mão contra mim e perguntas para você. "

Nem precisei adivinhar que o Wes havia falado para a o que realmente havia acontecido com a e o Matt. Wes só dava mancada mesmo, agora a ia aparecer no colégio cheia de dúvidas e "ai" da gente se não contarmos a verdade para ela, o que eu iria fazer?
Eu iria ficar na minha e desconversar, até porque não era eu quem tinha que contar a verdade, e eu não iria tirar aquele direito da . Assim que liguei o carro avistei a conversando com o Tyler, o ex namorado dela, e eu realmente não a entendia. Tyler havia aprontado muito com ela e depois de dois anos eles conversavam e ela o tratava com o maior amor e carinho do mundo, sem prensar duas vezes, fui andando até eles.
— Dificuldades para encontrar no caminho de casa, ? — disse rude.
— Drew, tá tudo bem? — ela perguntou, olhando-me confusa.
— Não, , não tá tudo bem. Posso saber o que você está fazendo aqui no meio da rua com esse cara!? — eu estava bravo, totalmente bravo.
— Aí, esse cara tem nome. — Tyler disse, desafiando-me.
— Ah, é? Então quer dizer que agora dão nome para o que se chama de bosta? — disse irônico. Estava prestes a acontecer uma briga ali, eu nunca ficara tão furioso pela estar conversando com alguém como eu fiquei quando a vi conversando com o Tyler. Eu queria encher aquela cara de retardado de porrada. Tyler e eu nunca nós demos bem e a só foi mais um dos motivos para nós não nos gostarmos.
— Ei, vamos parar? Drew, já que você está tão preocupado comigo, por que não me leva embora? — eu podia ver que ela não estava contente e que estava fazendo aquilo porque queria evitar briga.
— Entre no carro. — eu disse rude, encarando Tyler.
apenas andou até meu carro e entrou, eu fiz a mesma coisa.
No caminho até a casa da foi um total silêncio, eu sabia que ela estava brava pela minha atitude, mas também, ela queria quê? No meio da noite conversando com o Tyler Janoski, que é nada mais, nada menos do que seu ex-namorado? Assim que chegamos à frente de sua casa, me olhou brava e eu tive certeza de uma coisa naquele momento: fudeu!

’s POV ON

Que porra o Drew estava pensando quando fez aquilo? Ele só podia estar achando que era meu pai ou alguma coisa do tipo, e se ele achava que iria fazer aquilo e ficar por aquilo mesmo, ele estava muito enganado. Eu estava muito brava, tão brava que poderia esganar ele ali mesmo.
— QUE PORRA FOI AQUELA, CHADWICK?! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FAZER AQUILO? O QUE É QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA, CHADWICK? MERDA? PORQUE NEURÔNIOS QUE NÃO É, CHADWICK, VOCÊ NÃO É MEU PAI, MEU NAMORADO OU ALGUMA OUTRA COISA PARA TER A MORAL DE CHEGAR FAZENDO AQUILO! VOCÊ É APENAS MEU AMIGO, CHADWICK, E OUTRA, EU CONVERSO COM QUEM EU BEM ENTENDER! VOCÊ AGORA QUER ME DIZER COM QUEM EU DEVO CONVERSAR? E DEPOIS VOCÊ VAI QUERER FAZER O QUÊ? DIZER SE EU DEVO USAR SAIA OU CALÇA? SE EU DEVO COMER OU NÃO? SE EU DEVO SAIR OU NÃO? — eu gritei, saí do carro, bati a porta e entrei em minha casa. Chadwick havia passado dos limites e eu queria matá-lo. No dia seguinte com certeza ele iria ver o que fizera e me pedir desculpas. Era sempre assim: ele pisava na bola e depois vinha com uma cara de cachorro que acabara de cair da carroça me pedir desculpas. E eu sempre o desculpava, mas daquela vez ele pegara pesado: dizer-me com quem eu deveria falar? Fora demais para mim aquilo, e no dia seguinte eu não iria desculpá-lo tão fácil assim.

(...)


Chegando ao colégio, sabia que as coisas não seriam tão fácies: iria pedir respostas sobre o acontecimento da noite passada e aquele não era o meu maior medo, meu maior medo era contar e ela ficar triste pelo ser irmão ser pior do que um monstro. Eu não sabia o que havia acontecido na noite anterior, mas pela cara do Wesley e da , algo muito sério havia ocorrido. Eu não estava olhando na cara de Drew, e, bem, não havia aparecido no intervalo. A última aula era de Educação Física, que por um milagre de Deus era a aula que nós seis tínhamos juntos. Estávamos , Drew, Wesley, Keaton e eu conversando na arquibancada, quando vimos andando em nossa direção com fogos nos olhos — é, as coisas ali iam esquentar.

’s POV ON

Noite passada havia sido bem difícil para mim, eu ainda não acreditava que Matt havia tido a cara de pau de fazer aquilo comigo. E pela primeira vez eu não chorei por ele porque meu coração estava despedaçado, eu chorava de raiva, de nojo, de desgosto dele. Matt era o irmão da minha melhor amiga, que eu conhecia desde que me conhecia por gente, e eu realmente não sabia que ele era capaz de tanta crueldade. Nós crescemos juntos, sempre juntos, e Matt era um menino fofo e meigo, eu nunca poderia imaginar que aquela criança maravilhosa poderia crescer e se tornar algo tão horrível que nem palavras tinha para descrever. Eu havia me acalmado, até porque já havia chorado demais noite anterior, mas mesmo eu rindo e me divertindo com meus amigos, o medo me atormentava. Eu sabia que Wesley havia deixado escapar algumas coisas que aconteceram entre Matt e eu para e, bom, ela iria querer respostas. Eu tinha inventado uma história há alguns meses atrás explicando porque Matt e eu havíamos terminado, e ela acreditou, porém, não era verdade o que eu havia contado para ela — eu sabia que agora ela deveria estar com muita raiva, odiava mentiras, odiava que escondessem coisas dela, e eu sabia daquilo, mas mesmo assim quis deixar para lá e inventar uma história qualquer. A verdade era que eu não podia falar a verdade para ela. Matt era o irmão dela, eu não podia imaginar como ela ficaria ao descobrir que seu irmão era uma pessoa horrível. Eu estava poupando-a ou pelo menos achando que estava.
— Alguém pode me explicar o que aconteceu a noite passada? Alguém pode me falar o que vocês estão escondendo de mim? Chega de mentiras, né? — chegou com fogo nos olhos e falando completamente brava.
, não estamos escondendo nada de você. De onde você tirou isso!? — eu disse nervosa, não iria falar a verdade. Eu não podia.
— CHEGA, NÉ, ? ESTOU CANSADA DE MENTIRAS E ENGANAÇÃO! EU PENSEI QUE VOCÊS FOSSEM MEUS AMIGOS! MAS EU ESTAVA ERRADA, NÉ, CHEGA DE DIZER QUE TÁ TUDO BEM PORQUE NÃO TÁ! EU ESTOU CANSADA DISSO E TUDO O QUE EU FAÇO É ME PERGUNTAR O QUE EU FIZ PARA VOCÊS NÃO CONFIAREM EM MIM! MAS AGORA VOCÊS QUEREM SABER? QUANDO VOCÊS DESISTIREM DE ME FAZER DE BOBA, VOCÊS VENHAM FALAR COMIGO, E, AH, SÓ MAIS UMA COISA: VÃO SE FODER!!— gritava enquanto falava, ela estava realmente brava, eu não tive reação alguma depois daquilo. Para falar a verdade, ninguém teve. Ela simplesmente falou e saiu andando, quase quebrando o chão. Meu Deus, o que eu havia feito!?


| Continua... |




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