New York, New York
História por Mayla | Revisão por That


A garota suspirou ao chegar em casa. Tinha despistado a mãe no telefone agora pouco e seu coração ainda palpitava de remorso. Odiava mentir, para quem quer que fosse, mas se a faculdade entrasse em jogo, ela faria o preciso e improvável para manter-se na linha. Sem festas, sem distrações, sem diversão. Diferente do que prometera a mãe antes de sair de uma pequena cidade em Ohio, para a grande e agitada Nova York, mas nada podia fazer se ninguém compreendia seu modo de pensar. Sua colega de Loft era louca. Bebia e curtia todas as noites, voltava de jeitos estranhos e com as mais diversas roupas – as vezes até sem elas – mas de fato não se importava com isso. A vida era de e com ela fazia a merda que tivesse vontade. Mas sua vida importava: uma bolsa na NYU, um Loft no Brooklin e um futuro garantido. Ela sorria com tudo dando certo na sua vida, praticamente um final feliz. sabia que tudo que tinha agora conquistara duramente, dedicando cada momento do seu dia para que pudesse se mudar. Pudesse sair daquela cidade pacata tão século XVII. Ela sonhou em um dia cursar História, ser uma grande escritora.
Enquanto se perdia em pensamentos, um cheiro invadiu seu quarto, trazendo de volta a realidade. Algo familiar, nostálgico, com cheirinho de casa. Com isso ela não pode deixar de sorrir irônica: tão critica quanto à sua cidade natal, mas ao mesmo tempo sentindo falta.
levantou-se da cama e correu para a cozinha, afim de descobrir a causa do odor. Se deparou com , cozinhando de um jeito atrapalhado. Ela mexia a massa e tentava temperar o molho. A garota então soltou uma risada com a cena, chamando atenção da outra. Logo então lembrou-se de que apenas cozinhava em ocasiões especiais, pelo que sabia não era seu aniversário.
- Que infernos está acontecendo aqui? - ela pronunciou-se, chamando atenção de . Jogou o corpo no sofá e ligou a TV a fim de achar algo que distraísse.
- Estou cozinhando – ela sorriu.
- Eu sei, seria melhor perguntar por quê? - rolou os olhos, soando irônica.
- Nada, eu só percebi que não estou te tratando direito.
- Hm. - Amelie cruzou os braços – , eu te conheço há dois meses. O suficiente para saber que você quer alguma coisa que eu não vou te dar.
- Ok, vamos falar sobre isso quando você terminar de comer minha massa magavilhosa. - sorriu puxando a amiga do sofá e arrastando-a para a mesa.
- Não, vamos falar sobre isso já.
- Mas... - ela tentou uma última vez, sem sucesso. não cederia fácil se soubesse que provavelmente corria risco de vida. - Ok, tem uma festa, hoje a noite...
- Sim, claro. - suspirou aliviada. sabia que não precisava cozinhar ou pedir para ir a uma festa. Mas como diz o ditado: cavalo dado não se olha os dentes.
- Mesmo? - seu sorriso aumentou, ela pegou na mão da amiga e começou a pular e girar. – Sério? Ah, que legal, Nós vamos nos divertir muito.
- Como? - a outra parou assustada, encaixando mentalmente as peças – Nós?
- É. Nós.
- Não tem nada de nós. Você vai sozinha.
- Mas antes você disse que...
- Sim, mas achei que você iria sozinha.
- Por favor? - ela pediu. Seria apenas perda de tempo: nunca gostou de festas, bebidas, socialização ou garotos. Claro que já havia beijado na boca e coisas do tipo, mas nunca deu muita importância a isso.
- Não.
- Por favorzinho? - juntou as mãos enquanto continuava na defensiva.
- Não e não.
- Por favorzinho inho, inho, inho, inho. - se ajoelhou aos pés de e puxou seu vestido para baixo.
- Não, . Eu não vou com você para lugar nenhum e por nada nesse mundo.


- Maldita seja a velha que te pariu, . - Amelie xingou, enquanto entravam no elevador do prédio.
- Qual é, . Você não ia aceitar, eu tive que fazer algum tipo de chantagem.
- Ameaçar contar a minha mãe que as aulas da faculdade tinham começado há dois meses não é chantagem, é homicídio.
- Sinceramente eu não te entendo. Ela te deu a chance de vir dois meses antes da faculdade para se divertir e conhecer a cidade e você mente para ela, dizendo que as aulas só começariam hoje. - arrumava o vestido enquanto ela falava. Um belo vestido era azul escuro, com saia pregada e curto. A máscara prata combinava com os sapatos Mary Jane prateados que havia lhe emprestado. Já a outra resolveu ousar mais. Seu vestido vermelho, curto e colado faziam sentir-se como uma Virgem Maria. O scarpin preto combinava com a máscara e para completar um batom vermelho-sangue.
- Eu não queria vir me divertir. Estou em Nova York para estudar. Imagina se eu ficasse igual a você. - olhou na direção da amiga, que retocava o batom – Sem ofensas.
- Tudo bem. - juntou os lábios para espalhar a cor – Adoro ser eu. - o elevador parou na cobertura, onde um tapete vermelho se estendia pelo corredor até a efetiva entrada da festa. As duas começaram a andar com certa naturalidade, não vista em pessoas prestes a burlarem algum sistema. com certeza já havia feito isso e feliz por estar com .
- O que você pretende falar? - sussurrou pra ela.
- Nossos nomes.
- Brilhante. Você apenas esqueceu de um detalhe: não estamos na lista.
- É por isso que eu gosto de ser atriz. - ela piscou e se adiantou.
- Boa noite, nomes por favor. - o homem – apelidado mentalmente de Muralha – tinha uma voz grossa e não se atreveu a nos olhar.
- Smith e . - ele vasculhou a lista, virando a página algumas vezes e voltando, um pouco confuso.
- O nome das senhoritas não está na lista.
- Como assim? - fingiu surpresa – Você tem noção de quem eu sou?
- Senhorita, por favor. Eu quero fazer meu trabalho e já ouvi coisas como essa a noite inteira. Agora retire-se do prédio. - Muralha apontou para o elevador.
- Deixa comigo – sussurrou.
- Esse é o meu medo. - fez uma careta, andando em direção ao elevador. Atreveu-se a olhar por cima do ombro, curiosa para ver o que estava aprontando: ela estava tentando seduzir o cara, enquanto este apenas afastava-a. correu para o seu lado e a puxou pelo braço – Desculpa. - pediu, enquanto puxava a doida com força até o elevador.


- Eu estava conseguindo seduzi-lo, que saco, . - sentou-se na calçada, olhando para os carros.
- Você quis dizer assustá-lo, não? - respondeu irônica, sentando-se ao lado da amiga. Alguns táxis passavam, mas nenhuma deles teve coragem de pará-los. – Isso é loucura, nós nunca entraríamos em uma festa como essa. - resmungou enquanto tirava o sapato.
- Tem razão. - ela suspirou.
Algumas coisas passaram pelas cabeças delas, mas nada que surtisse efeito. Até que levantou-se e, já sabendo o que fazer, começou a citar partes de um plano que teria sido brilhante, se estivesse ao menos prestando atenção. Pareceu-lhe mais interessante olhar a rua e os carros que passavam. Ela virou o rosto para o lado e viu a salvação, na forma de um carro que parou em frente ao prédio. As duas focaram no automóvel: algo como um serviço de garçons.
- , acabo de ter uma ideia. - ela levantou e puxou pela mão.
- Você não me ouviu dizendo? Eu odeio suas ideias. - reclamou, seguindo-a de mau gosto.

estava a uma hora sentada na cadeira do bar sem ao menos tomar uma água. As pessoas da festa pareciam bem animadas, mas nada contagiavam a menina, que só pensava em ir para casa. Suas mãos batucavam na mesa, enquanto ela pensava no trabalho que teria de terminar, pois o prazo final seria segunda-feira. O sono estava tomando conta dela e seus olhos quase não aguentavam mais estar abertos. A garota despertou ao ver o segurança passando, desceu rápido da cadeira e puxou uma pessoa qualquer para escondê-la.
- Precisa de alguma coisa? - uma voz rouca adentrou em seus ouvidos. olhou para cima, um homem, com olhos grandes e boca rosada lhe sorriu. A ar escapou dos pulmões de , ela já não se lembrava mais do seu nome. Suas mãos estavam nos ombros do homem, que colocou as mãos na cintura dela. O toque arrepiou todo o corpo de que soltou novamente com força a respiração. Ele aproveitou da música calma que tocava para começar um tipo de dança na qual os dois giravam sem rumo, o que deixou ela desconcertada por arrancar um estranho do que ele estivesse fazendo para dançarem. O homem notou o nervosismo dela, e, todo sorridente, notou seus traços começando a relaxar. Ela tinha boca e olhos bonitos. Sua pele tinha uma cor excepcional, combinando com a dos cabelos. O sorriso era delicado, apesar de não tê-lo visto além dos vestígios nos cinco minutos anteriores.
- Se queria dançar poderia ter pedido. - a voz rouca dele voltou a aconchegar os ouvidos de . Ela riu, o deixando maravilhado, aquele som era delicado, delicioso de ouvir e bonito de ver. não sabia de fato o que fazer, se corria, ficava ou pedia desculpas. Ela apertou as mãos sobre os ombros dele, que ficavam relativamente altos – seu nariz batia na altura deles.
- Eu sinto muito... estou tentando me esconder... - De quem? Do segurança da festa? Seria patético até para ela responder algo do tipo. Só faria o homem gritar pelo Muralha e ela seria arrastada dali num piscar de olhos. Precisaria de uma boa desculpa para distrair os lindos olhos do desconhecido. Mas ele foi mais rápido, salvando a de si mesmo.
- Ex-namorado? - ele sorriu de um jeito compreensivo. Passava por isso no exato momento, então não negaria ajuda a ninguém, muito menos a estranha de sorriso bonito.
- Tecnicamente, gruda no pé como um. - ela sorriu de novo – Ai meu Deus! Não me apresentei – ela soou preocupada, e de fato estava. Mas sem julgamentos, pois com aqueles olhos fixos nela nada fazia sentido. - Prazer, . - ele sorriu, feliz em finalmente saber o nome dela.
- . - ele alargou o sorriso e continuou a conduzi-la naquela dança sem nexo. Ela tinha uma sensação estranha, como se as pessoas a sua volta não enxergassem o que ela enxergava. Não a notavam dançando descoordenadamente com . – Então, , onde está seu acompanhante? - o olhou confuso, depois o desespero começou a preenche-la aos poucos. - Não vá me dizer que uma moça tão bela como você veio sozinha? Os convites eram para duas pessoas - seu coração diminuiu os batimentos cardíacos em um piscar de olhos.
- Estou acompanhada por minha amiga, digo, nem tanto, já que ela não está aqui efetivamente. - ela parecia confusa, nervosa. Como se fosse explodir a qualquer momento, como um líquido inflamável.
- Não se esqueça de agradecê-la então. - ele sorriu, olhando para qualquer lugar menos os olhos de .
- Pelo que? - a menina sorriu, confusa.
- Por isso. - ele apontou para os corpos dos dois, se movendo pelo salão. não pode deixar de sorrir, por mais discreto que fosse o puxar do canto de seus lábios.




O som da risada alta de já estava acostumando . Era até divertido vê-lo soltar a cabeça e balançar o corpo de um modo engraçado. Eles ainda estavam de máscaras, o que a impedia de conhecer verdadeiramente o rosto dele. Ela apenas sorriu de lado, tentando entender qual a graça ele via em suas histórias. Não que elas fossem incríveis, ou coisa do tipo. Cair de um cavalo não é divertido. Mesmo assim parecia achar graça.
- Então, a sua amiga louca te trouxe aqui e vocês entraram de penetra como garçons? - ele riu novamente – Desisto de achar que a minha vida é uma loucura. Você venceu. - ele piscou e tomou mais um gole de sua bebida.
- Sinceramente, tenho certeza que sua vida é mais interessante que a minha. Bom, pelo menos até essa noite. - ela riu também. a olhava com um certo brilho. A garota parecia agir como se tivesse nove anos, apesar de seu corpo denunciar dezenove anos recém-completados. Ele era alguns anos mais velho, então se debatia internamente por imaginá-la de um jeito não puritano.
- Sinceramente... - Ele continuaria a falar se não fosse interrompido por uma desconhecida, que parou em frente aos dois.
- , te achei. - Ela sorriu. então imaginou ser , a pirada da qual reclamava minutos atrás – Estou indo com o Scott - indicou o homem atrás dela – Para casa, não precisa voltar para lá. - ela soltou enquanto olhava para da cabeça aos pés, fazendo rolar os olhos “Francamente , contente-se com o seu”. sorriu de volta e acenou para a amiga, saindo com o tal de Scott. Os dois que ficaram trocaram olhares e começaram a rir de novo. balançou a cabeça, desaprovando a amiga.
- Eu preciso sair daqui. - ela sussurrou, olhando para o segurança, que voltava a procurá-la. olhou na mesma direção e entendeu tudo. Apenas pegou na mão de e a levou dali.


O apartamento de não era nada humilde. Talvez um pouco comum para alguém rico, mas fazia a garota ter certa admiração no olhar. Enquanto explorava o local, ele só sabia sorrir. Sorrir por ter sumido do mapa e fugido de Londres. Por ter vindo para Nova York, por ter conhecido . Ela era uma flor delicada e descobrirá isso com poucas horas de convivência. Suas idades diferiam muito, mas nada que o impedisse de tentar algo. Ela afinal era maior de idade, certo? Sim. Não, errado. não podia tomar uma ação precipitada apenas por desejo. era muito pura para que ele deixasse que pensamentos maliciosos passassem por sua mente, mesmo que em apenas flashes.
se interessava por tudo, os sofás de couro preto, o tapete de pelos escuro e macio... os cds! tinha uma prateleira vertical, que chegava a tocar o teto. Era incrível a quantidade de joias raras que ele tinha ali. Até The Strokes! Ela passou os dedos por alguns deles, observando os títulos e listando mentalmente cada clássico contido naqueles discos. Sentiu um olhar o sobre suas costas e quando se virou estava sentado no sofá maior, sorrindo para ela. De primeira sentiu certa vergonha, mas logo passou quando ele bateu no espaço vazio ao seu lado, convidando a para sentar. Ela o fez e passou o braço por seu ombro, a deixando um pouco nervosa.
- Seu apartamento é incrível! – sorriu, olhando, pela janela da cobertura, os prédios mais próximos.
- Tentei achar o lugar com a melhor vista. - ele levantou, parando de frente com a janela. - Eu gosto de sentar aqui em frente, olhar os carros e pessoas lá embaixo. Imaginar como são suas vida, para onde vão, de onde vieram. Gosto de pensar que eu sou apenas um grande admirador dela. Deixando a esvair dos meus dedos, perdendo tudo que poderia acontecer enquanto ela passa diante dos meus olhos em segundos. - ele sorriu tristonho. levantou e parou do seu lado.
- A vida também passava assim para mim. Era como se eu não fosse feita para fazer parte. - ela suspirou e virou-se na direção do homem. Ele sorria mais abertamente. tocou o rosto de e se aproximou. Ele sorriu e passou o braço pela cintura dela. Ambos sabiam o que viria agora, mas nem por isso deixaram de ficar nervosos. Ele espalhou os dedos pelos lábios de , que fechou os olhos pelo contato. Um sorriso surgiu no canto da sua boca antes de encostá-la na de . O ar rapidamente faltou para ela, não que se preocupasse, enquanto tinha a língua daquele homem enroscando na sua. pousou a outra mão em suas costas apertando seus corpos ainda mais, enquanto se preocupava em puxar os cabelos de sua nuca. Os corpos se moviam na direção um do outro, provocando, pressionando e a única coisa que se passava na cabeça de , era a imagem daquela menina inocente vestida em algo sexy. Sim, ele estava sendo um grande filho da puta, mas quem liga? Ele a queria só para si e não estava poupando esforços... Queria o corpo dela inteiro e faria de tudo para ter. colocou uma das mãos na perna dela e colocou em volta da sua cintura e ela fez o mesmo com a outra.
puxou o corpo dela contra a janela de vidro, querendo que a tocasse mais forte. Ele fez. Passeou as mãos por todo o corpo dela e rompeu o beijo. “Por que infernos você parou de me beijar?” não precisava, não queria ar. Tudo que queria o homem que estava sua frente, beijando seu pescoço. Ela suspirou e agarrou com força os cabelos dele, levantando sua boca para mais um beijo. Dessa vez ele não quebrou, apenas caminhou até o sofá e a deitou lá, ficando com o corpo sobre o dela. Ele sorriu entre o beijo puxou a perna dela, para causar um impacto leve de seu quadril com o de . Ela deixou as mãos ao lado da cabeça, frustrada, quando soltou novamente sua boca. Ele desceu beijos pelo pescoço, clavícula, seios – ainda cobertos pelo vestido – e parou em sua barriga. Ao mesmo tempo ele ia subindo a barra do vestido de , que apoiada sobre os cotovelos observava tudo mordendo o canto do lábio para não gemer. deu uma olhada nela e sorriu. Um sorriso de matar que tirou o restante do fôlego de . Ele passou a beijar a barriga dela quando o vestido já estava levantado, causando aquela sensação de borboletas no estômago, mas no caso dela estavam pelo corpo todo.
- Você vai cansar de mim essa noite. - ele sorriu malicioso e voltou a beijá-la.


- Acorda! Acorda, sua vagabunda! - balançava na cama. Ela tivera novamente o mesmo sonho. Sonhar com foi a coisa que ela mais fez nas últimas semanas. Eles se despediram naquela manhã depois de um café incrível. E nunca mais voltaram a se ver. As duas semanas que ela passou novamente estudando, quando sua mente lhe permitia. Pois constantemente ela vagava para o velho gostoso que ela teve a chance de tocar: .
- O que foi? Perdeu alguma coisa?
- A privacidade de andar com você na rua, porque depois do que está passando na TV nós nunca mais teremos uma vida normal.
- O que aconteceu? - levantou rápido da cama.
- Vamos na sala. - ela me puxou abaforada. sentou-se no sofá para ver uma cena que poderia ser a mais aterrorizante da sua vida: em carne, osso, beleza e pixels falando sobre eles. E quando digo eles, digo: e . Ela realmente queria entrar em desespero quando aumentou o volume da TV.
- Talvez ela esteja nos vendo. - ele sorriu com o semblante triste – Ou talvez esteja na faculdade. Mas eu só queria que ela estivesse vendo para poder ouvir uma coisa.
- Nos diga então essa coisa, . - o entrevistador sorriu ensaiado, sendo acompanhado pela platéia.
- Olha, , eu sei que você foi embora e sei porque. Mas realmente acha que não pode aguentar um relacionamento e a faculdade? - ele olhava sério para a câmera, fazendo ter a sensação de que ele de fato olhava sem seu olhos – Eu aguento. Aguento distância, aguento a dor. As noites que você vai me trocar pela prova. Eu só não aguento passar mais um dia sabendo que você nunca vai ser minha. - mas ele mentia, sabia que já era sua. Sabia que aquela noite ela foi sua e que agora ainda é.
- Então? - sorriu.
- Vou procura-lo mais tarde. - ela deu de ombros. Não conseguia tirar o sorriso do rosto. Não conseguia pensar em outra coisa se não uma vida com ele: uma casa de campo, seus filhos brincando na piscina, ela cozinhando e se divertindo com as crianças. Eles seriam felizes... nunca pensou em algo melhor que tê-lo do seu lado.
- O problema que mais tarde não dá. - a levantou do sofá rapidamente.
- Ele está no programa, sei lá onde! - estava sendo empurrada para seu quarto e sentou na cama enquanto pegava roupas para ela.
- Esse programa foi gravado ontem à noite pela minha pessoa. E daqui a algumas horas, vai para Londres a não ser que você o impeça.
- Ok. - ela sai do quarto e começou a correr.
- Onde você vai com pijama?
- Vou atrás do amor, . - ela sorriu e calçou um tênis. Literalmente: ela foi atrás do amor, seu amor.


comments powered by Disqus


Qualquer erro nessa atualização é meu, só meu. Reclamações por e-mail.