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One Angel From Sky






Capítulo 01


- Oh, meu Deus – Eu disse me sentando na sala do Dr. Carl.
- Está tudo bem, ? Você parece meio pálida - Ele perguntou, se levantando para medir minha pressão.
- O senhor tem certeza disso? Eu... eu estou grá-grávida? – Eu perguntei o olhando com os olhos cheios d’água.
- Sim, querida, de 10 semanas - Ele respondeu sorrindo, e eu comecei a chorar.
- Você não gostou da notícia? Foi você mesma que fez a inseminação - Ele perguntou, agora sério e confuso.
- Gostei, é só que... Obrigada, Dr. Carl- Eu disse meio atordoada e saindo do consultório em direção ao estacionamento, para pegar o meu carro e ir para casa.

- Como assim você está gravida, ? O vai te matar – , minha melhor amiga, gritava do outro lado da linha.
- Eu não sei o que fazer, , juro que não. Nós tínhamos tentado fazer aquela inseminação quando ainda estávamos bem, lembra? Só que não tinha dado certo, e... eu não sei o que aconteceu - Eu falava soluçando no telefone com a minha melhor amiga.
- Agora, mais do que nunca, você precisa sair dessa casa, , ele vai acabar te machucando mais.
- Eu não entendo, juro que não sei o motivo dele ter ficado tão violento comigo - Eu ainda soluçava temendo o que estava por vir.
- , você precisa sair daí, ele já não é mais o mesmo cara com quem você se casou, será que você não percebe? – Ela falou com a voz um pouco trêmula, eu sabia que ela estava chorando. Já fazia dois meses que eu estava vivendo naquele inferno, e nem eu sabia o verdadeiro motivo de ter continuado aqui.
- , ele... ele chegou, depois eu te ligo, beijos, te amo – Desliguei sem esperar uma resposta da minha amiga.
- Com quem você estava falando? – chegou já fazendo minhas pernas tremerem.
- Com a , ela estava me contando de uma viagem que ela vai fazer com o .
- Hm, fez almoço ou vou ter que ir comer fora de novo? – Ele perguntou, grosso como sempre.
- Eu tinha consulta hoje, , te avisei ontem - falei.
- Tá. – Ele subiu para o quarto me deixando lá na sala, sozinha mais uma vez. Olhei um porta retrato que estava na estante e me peguei lembrando do homem com quem me casei, nós éramos tão felizes, tá certo que casamos jovens, tivemos diversos desentendimentos, mas sempre dávamos um jeitinho... Queríamos ter filhos, fazíamos planos, viagens, eu realmente acreditava que ele me amava, até que um dia, depois de 4 anos casados, eu chego em casa e ele está completamente chapado e começou a me machucar... 2 meses, fazia exatamente dois meses que eu desconhecia aquele homem com quem eu passei os melhores momentos da minha vida. Dois meses que fora o suficiente, para ele me deixar com diversas marcas pelo corpo devido as surras que me dava. Dois meses que eu tinha que aguentar aquele perfume barato de alguma vagabunda que ele comia por ai, como ele mesmo dizia... Dois meses que estou vivendo nesse inferno.
- Estou indo na casa da minha mãe, quer ir? – Era assim, todos os dias, em uma hora ele era um ogro, em outras um príncipe, mas a noite era a mesma coisa, sem motivos sequer, eu apanhava calada, deixava-o fazer o que quisesse comigo, não por ser idiota, mas por medo de morrer. O amor acabou faz tempo, mas a minha vida eu não quero perder.
- Vamos - eu disse quase que em um sussurro.
Chegamos na casa da minha sogra, que sempre foi como uma segunda mãe pra mim, entramos, ela me abraçou e nos sentamos na mesa para almoçar.
- Querida, como você está bonita, está com um brilho diferente no olhar – Ela disse terna, ela sabia de tudo o que estava acontecendo, e até tentou conversar com , porém era impossível, ele não ouvia ninguém.
- Obrigada, – eu sorri ainda cabisbaixa e senti que estava sendo encarada pelo meu marido, com aquele olhar que eu conhecia de longe, era o olhar do homem com quem eu me casei e não este com quem convivo hoje.
- Eu... eu tenho uma coisa pra contar - falei puxando o ar com toda a minha força, nem sequer tocará em um grão da comida que eu havia me servido. Os pais de e ele mesmo me encararam, e eu criei coragem para falar.
-E.. Estou grávida – Eu precisava contar, antes que ele descobrisse por si só, com toda certeza eu tinha que arriscar, não sabia a forma como ele iria reagir, e a melhor maneira que eu encontrei foi falar em frente aos pais dele, pelo menos ali, com a Dona , ele não era tão monstro como vinha sendo.
- Eu vou ser vovó – Dona logo se pronunciou vindo até mim e me dando um abraço apertado – Vai ficar tudo bem, você não está sozinha – ela disse baixo em meu ouvido, fazendo com que meus olhos começassem a marejar.
- É sério isso? Digo.... Tem mesmo um bebê ai dentro? Como? – perguntou se aproximando de mim, e com uma reação completamente diferente da qual eu esperava, eu sabia que ele sempre quis ser pai, mas não nessas circunstâncias em que nos encontramos.
- Sim, pelo jeito a inseminação deu certo – eu disse ainda baixo. Ele me abraçou e me deu um beijo, ah, o beijo que eu tanto sentia falta, não um beijo apressado e que me machucava como havia sido nesses últimos meses, era aquele que ele me deu no dia do nosso casamento, aquele que ele me deu em nossa última noite de amor antes dele se transformar... sentia como se ali a quem eu estava nos braços agora fosse meu marido, o homem com quem eu me casei-
- Você não podia ter me deixado mais feliz - Ele sorriu ainda com seu corpo próximo ao meu, com nossas testas encostadas... Senti vontade de sorrir, como não sentia há tempos.
- Isso merece um brinde – Disse meu sogro, servindo o suco para todos nós e então brindamos. Ah, aquela casa tão alegre, enfim estava sentindo alegria de novo, será que o meu filho poderá salvar o meu casamento? Resgatar o meu marido?
Fomos para a casa, e no caminho da volta, diferente da ida, ele não parou de me fazer perguntas, rir, e até cantou um pouquinho pra mim.
O tempo passou tão rápido que quando percebi, já estava com 7 meses.
- , é sério, amiga, ele mudou, te juro – Eu dizia para a minha amiga do outro lado da linha, que ainda não tinha entendido essa mudança repentina do meu marido.
- Ta, vou parar de te encher. Mas, e ai? Como está você e o baby? Quando ele nasce? – Ela perguntou, mudando de assunto antes que acabássemos discutindo.
- Estamos bem, quando você volta? Logo, logo a já estará aqui com a gente, faltam só dois meses – falei sorrindo.
- Caramba, já? Eu volto no primeiro domingo de julho, assim que eu chegar te ligo e vamos nos ver, pra eu pegar pelo menos uma fase sua gravidinha – ela disse rindo - está te mandando um beijo – Ela completou.
- Manda outro, e voltem logo! Tenho que desligar, amiga, estou entrando na garagem.
Assim que entrei em casa, tudo desmoronou outra vez. estava transando com uma qualquer no sofá da minha sala, dentro da minha casa.
- Mas, mas o que significa isso? – Eu disse, assustando e sua “companheira”.
- Calma, , não é nada disso que você está pensando - tinha frase mais típica, não?
- Pode ficar à vontade, estou indo embora, , chega! – Eu disse gritando e me segurando para não chorar, subi para o quarto para fazer minha mala e logo ele veio atrás de mim, já vestido.
- Você não vai pra lugar nenhum – Ele disse segurando meu braço, completamente sério.
- Eu vou sim, chega! Eu achei que você tinha mudado e olha só.
- Você não vai, você está esperando um filho MEU - ele disse gritando e apertando ainda mais meu braço.
- Você não pensou nisso antes de comer aquela lá, na nossa sala, na nossa casa - a essa altura do campeonato eu já tinha perdido o controle, não aceitava como eu havia sido burra em acreditar que ele havia realmente mudado.
- VOCÊ NÃO VAI SAIR DA PORRA DESSA CASA - Ele gritou apertando ainda mais meu braço, me chacoalhando.
- ME SOLTA - Eu gritei e ele virou um tapa em meu rosto com força, me fazendo perder o equilíbrio e cair no chão.
-AAAI – A dor que eu senti em minha barriga foi estrondosa ao ponto de eu não conseguir sequer reprimir o grito de dor.
- Me... me desculpa, e.... eu – Ele saiu correndo me deixando no chão, com dor, e completamente sozinha. Tentei me levantar, e escutei a batida com força da porta de casa.
- Socorroooooooooo- Eu comecei a gritar - ALGUÉM ME AJUDA, PELO AMOR DE DEUS- eu gritava na tentativa de que alguém me ouvisse.

- SOCORROOOOO - eu gritei o mais alto e forte que eu pudesse para alguém me ouvir, eu morava em um condomínio, será possível que ninguém me ouvia?
- AAAAAAAAI - Senti chutar forte, eu estava de mal jeito, quando coloquei a mão em minha barriga novamente percebi que por debaixo do meu vestido havia sangue, o desespero começou a tomar conta de mim. Comecei a ficar tonta e sem forças para sequer gritar.... Eu estava perdendo a minha filha, eu sentia isso.
- Calma, moça, respira, você não está sozinha - ouvia uma voz de homem tentando me acalmar.
- Minha filha, me ajuda - palavras quase inaudíveis saiam da minha boca, abri um pouco meus olhos e encarei aqueles par de olhos me olhando.
- Vem, apoia aqui – ele disse passando meus braços por seu pescoço me carregando no colo. Desceu as escadas comigo no mesmo, me colocou em um carro, que devia ser o seu, e seguimos para o hospital mais próximo.
- Ai, tá doendo muito – eu chorava de dor a cada vez que a chutava.
- Vai ficar tudo bem, se acalma, moça, por favor, pela criança – ele dizia.

Capítulo 02


- Essa foi por pouco, dona Heloisa - O médico falava enquanto anotava algumas coisas em sua prancheta.
- Vai ficar tudo bem, doutor? – Eu perguntei ainda um pouco assustada.
- Se você ficar de repouso absoluto, evitar passar nervoso, e comer direitinho, sim – Ele disse sorrindo.
- Eu vou ficar, doutor - Sorri de volta para ele – Já posso ir embora? – perguntei.

- Acho melhor não, fique até pelo menos amanhã à tarde, tudo bem? – Ele perguntou.
- Tudo bem – eu respondi.
- Bom, vou deixá-la descansar, posso pedir para seu acompanhante entrar? Ele me pareceu bastante preocupado - O Dr. Falou se referindo ao moço que me “salvou”.
- Pode sim – falei.
Alguns minutos se passaram e logo um rapaz que aparentava ter mais ou menos a minha idade, alto e extremamente bonito entrou no quarto.
- Oi, como você está? – Ele perguntou sorrindo, se aproximando de mim.
- Graças a você eu estou bem, muito obrigada, de todo meu coração por ter salvado a mim, e a minha filha.
- Que isso, fiz o que qualquer um faria – Ele respondeu sorrindo. E não, não é o que qualquer um faria tendo em vista que o meu próprio marido, o causador de tudo isso me deixou ali jogada no chão.
- , pode me chamar de - falei estendendo minhas mãos para o rapaz aim de me apresentar.
- Descobri quando tive que fazer sua ficha – ele disse rindo brincando comigo – Sou ... .
- ... obrigada mais uma vez, eu... eu não tenho palavras pra te agradecer pelo que você fez hoje por mim e pela - segurei as mãos dele com as minhas duas mãos, chorando, pensando que se talvez ele não tivesse aparecido ali e me socorrido, talvez nem eu e nem a estaríamos bem nesse momento.
- Imagina, – ele falou sorrindo para mim, sorri de volta pra ele.
- Não querendo me intrometer, mas o que aconteceu? – Ele perguntou – Caso não queira dizer, tudo bem, eu entendo. – complementou.
- Pega a cadeira, senta aqui perto eu te explico, é o mínimo que eu posso fazer – Falei.
Ele logo se sentou ao meu lado e então eu comecei a explicar o que havia acontecido, desde o começo.
- E agora? O que você pretende fazer? – Ele perguntou.
- Eu vou voltar pra casa, pegar as minhas coisas e ir pra algum lugar até minha filha nascer e depois acho que vou voltar para o Brasil, com meus pais.
- Você não pode entrar naquela casa de jeito nenhum, não tem ninguém que possa pegar as coisas pra você? Uma amiga?
- Minha amiga esta viajando, mas a minha sogra, acho que ela pode pegar as minhas coisas e as da , mas antes eu realmente preciso achar um lugar para morar - Eu disse pensando no que, em poucas horas, havia acontecido comigo.
- ... Eu sempre gostei desse nome, no dia em que eu tiver uma filha eu vou colocar esse também - Ele disse, sorrindo ao ouvir o nome da minha pequena.
- Eu sempre gostei desse nome, também - sorri e bocejei em seguida.
- Descansa, , depois você vê essas coisas eu te ajudo - Ele disse sorrindo, eu assenti com a cabeça, já nem sabendo direito o que ele falara e acabei pegando no sono devido aos remédios.
- Bom dia, dona Heloisa, tudo bem? – Acordei com uma enfermeira tirando alguns aparelhos do meu braço.
- Bom dia, estou sim – Olhei para o lado e o ainda estava ali, dormindo todo desajeitado no sofá que havia ali, com a mesma roupa de ontem.
- Ele não foi pra casa? – Eu perguntei para a enfermeira.
- Não, ficou aqui a noite toda. Você não podia ter arrumado pai melhor para seu filho, querida – Ela sorriu e mal pude dizer que ele não era o pai da ... Foi então que eu me lembrei do ... E agora? A minha filha realmente nasceria sem pai?
- Bom dia – disse se aproximando.
- Bom dia, - Sorri para ele – Não precisava ter ficado aqui, podia ter ido pra casa descansar – falei, olhando-o realmente agradecida.
- Que nada, , eu nunca deixaria alguém sozinha nessas condições - Ele falou sorrindo.
- Obrigada, mais uma vez - sorri - Você mora no condomínio? – Perguntei.
- Não, na verdade eu nunca havia passado por ali, eu estava indo para a casa de um amigo e acabei entrando na rua errada, e foi quando ouvi você gritando - Ele disse, parecendo se lembrar.
- Então você, literalmente, foi um anjo da guarda que Deus mandou para me proteger – disse sorrindo, brincando com ele.
- Anjo da guarda, que isso – Ele riu.
- Como está a minha paciente? – Dr. Carl entrou na sala, sorrindo.
- Bom dia, Dr. Carl - Eu sorri para ele – Estou bem, querendo ir pra casa, mas bem – falei.
- Vim justamente para lhe dar alta, querida - Ele sorriu.
- Ai que bom – Sorri animada.
- Mas lembre-se das minhas recomendações... Nada de nervoso, nada de ficar andando por aí, repouso absoluto, coma bem e, principalmente, qualquer dor, por mínima que seja, me liga na hora – o Dr.Carl Falou seriamente.
- Obrigada, doutor. De coração, prometo que eu e a vamos nos comportar, não é, filha? – disse passando a mão pela minha barriga.
- Então pode ir, que está liberada, querida - Ele sorriu saindo do quarto.
- Vou lá fora pra você poder se trocar, quando estiver pronta, me avise que te levo pra onde você quiser ir.
- Imagina, , eu pego um táxi, não se preocupe - Falei tentando-o convencer que aquilo não era necessário.
- Estou te esperando – ele sorriu e ia saindo – aliás, tem um vestido no banheiro pra você, eu não sabia o tamanho de roupa que você usava nem nada, mas acho que serve - ele saiu sem me deixar falar nada. Assim que eu entrei no banheiro havia uma toalha, um vestido soltinho, como ele havia dito e uma... ok, uma calcinha! Sorri involuntariamente gargalhando de como isso era completamente íntimo e constrangedor. Tomei meu banho vesti o vestido que caiu perfeitamente em meu corpo.
- Vamos, ? – Ele perguntou assim que eu sai pela porta.
- Vamos, sr. – Entrei no carro, ele entrou em seguida.
- E então, para onde vamos? – Ele perguntou agora sério, e só então eu me toquei que eu não tinha pra onde ir.
- Olha eu sei que já abusei muito de você, mas poderia me emprestar seu celular? - Perguntei sorrindo entredentes.
- Mas é claro – ele me emprestou e eu liguei para a avisando que ia passar alguns dias na casa dela, no meu antigo quarto, ela falou que tudo bem e eu disse que depois explicava o que aconteceu.
- Pode me deixar na rua xxxxx? – Eu perguntei sorrindo amarelo para o .
- Eu moro nessa rua - ele sorriu - qual número? – ele perguntou.
- No New Broklin – Falei.
- É onde eu moro – ele olhou pra mim e sorriu - Essa sua amiga, como é o nome dela? – ele perguntou.
- , e - Falei e ele riu.
- Mentira que você é amiga do Noham! Poxa, ele é meu amigo há séculos - Ele disse rindo – Nós estudamos juntos desde o ensino médio até a faculdade, ah, também é um amorzinho, conheço ela.
- Ah, claro, você é o famoso – Eu sorri me lembrando das diversas vezes em que a chamava eu e o para sair com eles, e a namorada - o que namora... Ai como é o nome dela? É.... Fernanda – falei, arriscando.
- Namorava. Sim, sou eu – ele falou meio sem graça, mas, ainda assim, rindo.
- , lembra um casal que sempre marcava de ir junto, porém sempre davam pra trás? – Eu sorri descontraindo.
- Oh, claro, então você é melhor amiga da que é casada com o maior idiota da face da terra, mas só você não via isso? – Ele falou imitando a , me fazendo gargalhar.
- Meu Deus, você imita direitinho a minha amiga - eu falei - e sim, sou eu mesma, porém casada não por muito tempo – eu sorri, e ele sorriu de volta.
- Ainda bem, senão quem ia parar em um hospício seria você, por continuar com aquele retardado – Ele disse brincando, porém sério.
- Sabe, , eu só queria entender- Eu falei cansada e triste - Nós éramos tão felizes, eu tinha certeza que ia ser pra sempre- completei.
- Eu realmente queria poder te ajudar quanto a isso, , mas eu não sei nem o que falar – Ele disse sincero.
- Sabe o que dói? É que quando a minha filha crescer e perguntar sobre o pai dela eu vou ter que contar a verdade, e como coração de criança é puro, vou ter que ferir os sentimentos da minha própria filha – Falei deixando uma lágrima cair - Pela minha profissão, diversas vezes vi e ouvi crianças chorarem, nossa, quantas vezes além de pediatra eu voltei a ser criança para poder distrai-las para que não sofressem ou sentissem muita dor, porém, agora é da minha filha que eu estou falando, e não vai ter nada no mundo que vai diminuir a dor que vou causar - Já havíamos chegado, estávamos dentro do carro enquanto eu desabava.
- Olha, , sem dúvida nenhuma eu sei que você vai fazer essa criança ser muito, imensamente feliz, mas a vida não é sempre cor-de-rosa, e por mais que isso vá machucá-la, vai fazê-la pensar também no que é certo e errado, fica em paz, porque vai dar tudo certo, quem sabe você até não encontra alguém que faça esse vazio daqui – ele disse colocando um dedo sobre meu peito - e da vida da pequena? – Ele falou sorrindo e num impulso eu o abracei.
- Obrigada, , de todo meu coração, obrigada – sorri.
-Imagina, .
Subimos, eu fui para o meu quarto assim que cheguei, me despedi do , liguei para a minha sogra, expliquei tudo o que havia acontecido, ela falou que a noite passaria ali para deixar algumas roupas.

Capítulo 03


- E então, foi isso que aconteceu - Eu terminei de contar para e Noham, que tinham chegado de viagem, o que havia acontecido.
- Eu vou matar aquele desgraçado se eu o encontrar na rua, juro que mato – disse, revoltada.
- Não, , deixa isso pra lá, eu já abri o pedido de divórcio, já dei entrada em uma casinha aconchegante pra mim e para a , e a única coisa que queremos é paz e distância dele – Falei, sorrindo. Essas últimas duas semanas que passaram desde o ocorrido, me fizeram incrivelmente bem.
- Ah, amiga, sério mesmo que você já quer ir pra lá? Fica aqui até o restante da gravidez, deixa a gente paparicar nossa afilhadinha? - falou.
- Não, , fica em paz, logo, logo a minha pequena está aqui e vocês vão lá em casa curtir bastante - eu disse sorrindo para a minha amiga.
- Tudo bem, então vai - Ela falou – Vamos, eu te lavo até lá – Ela falou já se levantando.
- Não, amiga, eu tô de carro - Falei já pronta pra receber bronca.
- Poxa, , você não pode dirigir - Ela falou brava, como eu imaginei.
- , eu estou grávida e não impossibilitada de fazer qualquer coisa - Falei rindo.
- Quero conhecer sua casinha nova, dona - falou, bagunçando meu cabelo e fazendo a desemburrar um pouco
- Mas é claro, estão super convidadíssimos - Eu disse, sorrindo para os dois.
- Bom, gente, acho que vou indo – Falei me levantando, e a campainha tocou.
- Espera um minuto, , deixa só eu ver quem é - foi abrir a porta e logo aqueles lindos par de olhos já estavam em minha direção. cumprimentou a e o e logo veio me abraçar.
- Não podia deixar de vir me despedir das duas pessoinhas lindas aqui, né? – falou ainda abraçado comigo.
- Ai, - eu disse rindo e o abraçando de volta. Nessas últimas semanas que se passaram nós nos aproximamos muito, quando eu digo muito, é muito mesmo, até atender um dos meus desejos ele atendeu! Suportou minhas crises de choro quando me lembrava de tudo o que aconteceu... Ele havia se tornado um grande amigo pra mim.
- Chegou na hora certa, , a já estava indo embora - disse, ainda cabisbaixa.
- Poxa, mas já? – Ele perguntou, também um pouco afetado.
-Credo, gente, eu não vou pra outro país, estou indo para alguns quarteirões daqui – Falei - Você sabe muito bem, senhor - completei.
- Ah, mas não é a mesma coisa - Ele falou, fazendo bico. Já falei que ele é extremamente lindo?
- “Ah mas”, nada! Vocês, vamos, me levem até lá embaixo - Falei rindo e fazendo com que eles me levassem até a porta, para que eu pudesse ir pra minha nova casa descansar.
- , obrigada pela hospitalidade, por me deixar ficar aqui, por me apoiar sempre, de coração, obrigada – eu falei abraçando minha amiga que insistia em chorar como se eu estivesse indo para outro país.
- Ai, amiga, não tem o que agradecer, se fosse ao contrário, com toda certeza, você faria o mesmo - ela respondeu.
- , a mesma coisa pra você, obrigada por tudo - Eu falei o abraçando também.
- Que isso, pequena, você sabe que sempre será bem-vinda aqui em nossa casa - ele sorriu balançando meu cabelo, como sempre, né?
- E você, senhor , mais uma vez, não sei nem como te agradecer por tudo, literalmente tudo, principalmente por me fazer rir e atender as exigências da dona – Falei sorrindo para ele.
- Ah, nem vem com isso, você sabe que eu faria de novo, né? E ó, qualquer problema, o menor que seja, me liga que eu vou correndo - ele falou sorrindo e me abraçando. Me despedi e enfim entrei no carro seguindo para o meu mais novo lar.
-Enfim em casa, pequena, na nossa casa - Falei, assim que cheguei em casa, passando a mão na minha barriga. Entrei, coloquei minha bolsa na mesinha da copa e me joguei no sofá, eu estava de 34, quase 35, semanas, então vocês imaginam a bolota que eu estava.

Capítulo 04


- Oi, , está sim, tudo bem, é só pra avisar que a vai nascer domingo - falei ao telefone para minha amiga assim que sai do hospital para o último ultrassom.
- Ai, eu não acredito, como você está? E a ansiedade? – Ela perguntou animada do outro lado da linha.
- Ai, nem me fale, não vejo a hora de poder ver o rostinho da minha princesa - Falei sorrindo.
- Ainda bem que ela não vai ter a cara daquele crápula imbecil – Ela disse soltando raiva pela voz-
- É, pelo menos isso – eu falei sem graça - Amiga, vou desligar que acabei de chegar em casa, tá? – completei.
- Tudo bem, amiga - Ela falou.
- Por que você e o não vem jantar aqui em casa hoje a noite? – Eu dei a ideia - Claro, e o pateta do - falei rindo.
- Claro que vamos. E você e o senhor me parecem bem próximos um do outro, dona Heloisa? - Ela falou em tom malicioso.
- Deixa de ser idiota, amiga, ele só é um grande amigo... – Falei, sorrindo sem perceber ao falar isso.
- Sei, sei. Bom, vou avisar o e mais tarde estamos ai. Você quer que eu avise o , ou você mesma o chama? – Ela falou.
- Eu ligo pra ele, pode deixar – Falei – Beijos, até mais tarde - e desliguei. Assim que cheguei na porta da minha casa encontrei um lindo e maravilhoso encostado em seu carro.
- Quer pão duro? – eu perguntei, o fazendo olhar para mim e sorrir.
- Claro, por qual outro motivo eu estaria aqui te esperando? – Ele disse sorrindo. Estacionei meu carro, desci e logo fui ao encontro daqueles braços que tanto me faziam bem.
- Que saudade, gordinha - Ele disse, ainda abraçado comigo e sorrindo.
- Hey, única gordinha aqui é a - falei rindo.
- Claro que é – se fez de desentendido, me fazendo rir.
- Eu ia te ligar agora mesmo – Falei, enquanto entravámos em casa.
- Ah, é? E o que devo a honra de uma ligação da senhorita? – ele falou, brincando.
- Ia chamar você para vir jantar aqui em casa hoje, comigo a e o – Falei sorrindo, sentada no sofá ao lado dele.
- Ah eu venho sim, ou melhor, já fico por aqui. Eu vim te buscar para irmos passear - Ele falou, passando as mãos em meus cabelos.
- Onde? – Falei sorrindo.
- No shopping, quero comprar um presente para a princesa, antes dela nascer - Ele falou, sorrindo.
- Tudo bem, mas vamos daqui a pouco, tá? – Falei.
- Tudo bem. Onde as senhoritas estava quando eu cheguei? – ele perguntou, ainda fazendo cafuné em mim.
- Ah, tenho uma novidade – Falei, sorrindo e olhando para ele.
- Boa? – ele perguntou, e eu assenti com a cabeça - então fala - ele riu.
- Daqui 3 dias vamos ver o rostinho da - Falei sorrindo imensamente.
- Não acredito, mas já?? – Ele perguntou assustado.
-Ahaaaam, ela já está na posição, vamos esperar mais esses dias, para que fique um pouco mais perto das 36 semanas - falei.
- Você é apressadinha, hein? – Ele falou tocando a minha barriga, e, como sempre, alguém lá dentro fazia a festa.
- Ela gosta de você, - falei sorrindo e o olhando, ele sorriu, me olhando de volta.
- Eu também já gosto muito dela – ele sorriu e me deu um beijo na testa, fechei os olhos me sentindo protegida.


XxxxX

- O que você acha desse, ? – Ele pegou uma roupinha para a saída do hospital, a coisa mais linda do mundo e simplesmente perfeita.
- Oh, , é maravilhosa, eu amei de verdade – Ele sorriu, pegou as outras 192782791 coisas que ele quis comprar pra (como se precisasse), foi até o caixa, pagou e saímos cheio de sacolas de bebê.
- Hey, , quanto tempo – Uma moça loira com a voz enjoada chegou cumprimentando o meu ... Quer dizer, o .
- Hm, oi, Fernanda – Ele disse sem graça - Essa aqui é a , , essa é a Fernanda - Ele me apresentou, ela me olhou dos pés à cabeça.
- Uh – falei sem querer, com o chute que recebi da minha filha.
- Tudo bem, ? – perguntou preocupado, mas logo viu meu sorriso e respirou - Para de judiar da sua mãe, mocinha - ele falou passando a mão na minha barriga, fazendo com que a se agitasse ainda mais, porém dando chutes leves agora.
- Hm é... Eu vou indo, a gente se vê por ai – havíamos até esquecido que aquela loira com voz enjoada estava ali.
- Até - falou, sem dar importância.
- Hm, me desculpe atrapalhar o papo de vocês, foi sem querer, juro, pode ir com ela eu...eu – Comecei a ficar um pouco nervosa, realmente não queria atrapalhar nada.
- Hey, fica tranquila, você até que me salvou, não quero nem conversa com ela mais – ele disse, dando aquele sorriso que só ele tinha - Vamos almoçar? – perguntou.
- Se é assim, então vamos – sorri de volta e ele pegou na minha mão, me guiando até a praça de alimentação.
- O que você quer, dona ? – ele me perguntou, assim que sentei na mesa.
- Ah, pode deixar que eu pego lá – Falei, me levantando.
- Não, senhora, fica aqui que eu vou buscar, vai querer MC de novo? – ele disse rindo ao me ver assentir. Sorriu e foi até a fila do McDonald’s pegar nossas refeições. Me deixando ali pensando o quão maravilhoso ele era comigo.
- , para com isso, não aguento mais rir - Eu dizia gargalhando do cara de 25 anos a minha frente que colocava batatas na boca, como se fossem suas presas, e tentava me morder, fingindo ser um vampiro. Ele gargalhou também e logo parou, porque eu já estava ficando com falta de ar.
- Você não existe, – falei, ainda me recompondo.
- Claro que existo, estou aqui, não estou? – ele disse sorrindo. Sim, ele existia.
- Oi, – Ao ouvir a voz da minha ex-sogra eu sorri, e me levantei para abraçá-la.
- Como você está, querida? – ela perguntou, terna como sempre.
- Estou bem, graças a Deus, e a senhora? – perguntei, assim que separamos do nosso abraço.
- Estamos indo – ela disse, tristonha.
-Dona , esse aqui é o , o anjo da guarda que eu te falei – Disse sorrindo apresentando o para ela – , esta é minha ex-sogra – falei, um pouco desconfortável. se levantou, a cumprimentou e sorriu para mim como se dissesse tudo bem.
- Bom, querida, eu vou indo, só vim te dar um oi mesmo. Aliás, você está linda - ela disse sorrindo.
- Obrigada, a senhora também - Falei me despedindo, eu queria muito perguntar sobre ele, mas eu não podia, ele havia morrido para mim, eu jurei a mim mesma que ele estava morto e não estava a fim de ressuscitá-lo.
- Vamos pra casa, por favor? – pedi pra alguns minutos depois que a dona saiu dali.
- , você ainda o ama? – me perguntou, completamente despreparado.
- Não, eu não o amo mais, se é que um dia eu o amei. Mas é estranho saber que vivi com um cara durante 4 anos e, do nada, ele simplesmente quase me mata.
- Já entendi – disse respirando fundo- Olha eu… - ele começou a falar e eu o interrompi.
- Não, , não o amo, não sei se um dia o amei na verdade, para o amor ter ido embora tão rápido assim, não sei se posso dizer que o amava de verdade, porém é estranho pra mim, entende? Foi com ele que eu me casei, que vive 4 anos sob o mesmo teto e nunca havia percebido que ele era completamente louco – Disse, tentando fazer com que ele entendesse - E hoje eu dou graças a Deus por ele ser infértil e eu ter engravidado através de uma inseminação, porque eu vou poder olhar para a minha filha todos os dias e não lembrar dele um minuto sequer – falei, sorrindo para ele.
- Ah, , então não foi feita... hm tradicionalmente? – ele perguntou, corando.
- Não, , não havia te contado? – sorri.
- Não, acho que você se esqueceu - ele sorriu mais ainda.
- Oh, então agora você sabe – Sorri.
- Poxa, que bom, eu acho – ele sorriu e eu sorri de volta. Nos levantamos e seguimos para minha casa. Logo eu fui para a cozinha preparar a lasanha para hoje a noite, deixar tudo pronto para depois só colocar no forno.

Capítulo 05


- , será que você poderia parar de roubar os queijos da minha lasanha – Eu disse para o ser que estava sentado na minha cozinha me vendo cozinhar e roubando os queijos.
- Ah, – Ele fez bico e eu fiquei o olhando meio boba, como ele conseguia ser tão lindo? Tão educado? Tão simples e, ainda por cima, me olhar assim.
- Não me olha assim vai, deixa eu terminar de montar, se sobrar queijos eu te dou, pode ser? – ele sorriu e assentiu com a cabeça.
- Pronto, , é todo seu – eu disse, dando as fatias que sobraram para .
- Oba – é, eu acho que ele é uma criança.
- Se importa se eu for tomar banho? – Perguntei.
- Claro que não, quer ajuda? – Ele perguntou sério, me fazendo rir completamente.
- Você não presta, - eu falei atacando o pano de prato nele e indo em direção ao meu quarto para tomar um banho.
- Pronto, titio , estamos cheirosinhas - eu disse assim que entrei na sala, vestida com o vestido que o me deu para eu sair do hospital quando ele me salvou.
- Já falei que você fica incrivelmente linda nesse vestido? – ele perguntou, me fazendo corar. Sentei no mesmo sofá que ele, e, como de costume, deitei em seu colo para ele me fazer cafuné.
- Nada folgada, né? – ele falou rindo, e logo fazendo cafuné.
- Olha, , coloca a mão na minha barriga, parece que ela tá fazendo carinho - Eu disse rind,o pegando a mão dele e guiando onde ela mexia.
- Senta ai, , deixa eu pegar meu violão, vou cantar pra ela - Ele disse sorrindo.
- Você canta, ? – perguntei sorrindo.
- Aham, espera ai que eu vou lá no carro buscar - ele falou, já se levantando.
- Não, pega o meu ali no quarto mesmo - Eu disse sorrindo. Ele se levantou e trouxe o violão e um porta retrato junto.
- Que foto maravilhosa – ele disse sorrindo, me mostrando a foto que ele trazia consigo. Era uma minha cobrindo os seios com os braços olhando para a minha barrigona. Umas das que tirei para o book.
- Depois eu te mostro o book, tem umas que eu amo - sorri para ele.
- Me dá essa aqui? – ele pediu, sorrindo.
- Mas, , pra que você quer...
- Me dá, ? – ele perguntou, me interrompendo, e bem, eu não tinha condições de negar.
- Pode ficar, – Ele sorriu, deixou a foto em cima da mesinha e começou a dedilhar a introdução de uma das músicas que eu mais amava no mundo.
Time is going by So much faster than I And I'm starting to regret Not spending all of it with you
(O tempo está passando Muito mais rápido do que eu E estou começando a me arrepender De não passá-lo com você)
Now I'm wondering why I've kept this bottled inside So I'm starting to regret Not telling all of this to you So if I haven't yet I've gotta let you know
(Agora estou imaginando por que Deixei isso preso dentro de mim Então, estou começando a me arrepender De não ter dito tudo para você Então, se eu ainda não te disse Tenho que deixar você saber que)
You're never gonna be alone From this moment on If you ever feel like letting go I won't let you fall You're never gonna be alone I'll hold you 'til the hurt is gone
(Você nunca vai estar sozinha De agora em diante Mesmo que você pense em desistir Eu não vou deixá-la cair Você nunca vai estar sozinha Vou te abraçar até a dor passar)
And now as long as I can I'm holding on with both hands 'Cause forever I believe That there's nothing I could need but you So if I haven't yet I've gotta let you know
(E agora, enquanto eu puder Vou te segurar com ambas as mãos Pois sempre acreditei Que não há nada que precise a não ser você Então, se eu ainda não te disse Tenho que deixar você saber que) You're never gonna be alone From this moment on If you ever feel like letting go I won't let you fall When all hope is gone I know that you can carry on We're gonna see the world out I'll hold you 'til the hurt is gone
(Você nunca vai estar sozinha De agora em diante Mesmo que você pense em desistir Eu não vou deixá-la cair Quando toda a esperança se for Sei que você pode continuar Nós vamos ver todo o mundo Vou te abraçar até a dor passar)
Oh! You've gotta live every single day Like it's the only one What if tomorrow never comes? Don't let it slip away Could be our only one You know it's only just begun Every single day Maybe our only one What if tomorrow never comes? Tomorrow never comes
(Oh! Você precisa viver cada dia Como se fosse o único Se o amanhã nunca chegar? Não o deixe escapar Pode ser o nosso único dia Você sabe que apenas começou Cada dia Pode ser nosso único Se o amanhã nunca chegar? Amanhã nunca chegar)
Time is going by So much faster than I And I'm starting to regret Not telling all of this to you
(O tempo está passando Muito mais rápido do que eu Estou começando a me arrepender De não ter dito tudo isso para você)
You're never gonna be alone From this moment on If you ever feel like letting go I won't let you fall When all hope is gone I know that you can carry on We're gonna see the world out I'll hold you 'til the hurt is gone
(Você nunca vai estar sozinha De agora em diante Mesmo que você pense em desistir Não vou deixá-la cair Quando toda a esperança se for Sei que você pode continuar Vamos ver todo o mundo Vou te abraçar até a dor passar)
I'm gonna be there always I won't be missing one more day I'm gonna be there always I won't be missing one more day
(Eu vou estar lá sempre Eu não vou perder mais nenhum dia Eu vou estar lá sempre Eu não vou perder mais nenhum dia)

- Oh, meu Deus, , você canta esplendidamente bem! – Eu falei, sorrindo e batendo palmas para ele.
- Gostou? – Ele perguntou, um pouco tímido.
- Se eu gostei? Nós amamos, né, ? – Eu disse indo abraçá-lo.
- Você gostou ,mocinha? – Ele perguntou, acariciando minha barriga fazendo com que a fizesse a festa lá dentro.
- Eu amo essa música, - Falei sorrindo. Ele levantou seu olhar para mim, colocou a mecha que estava caída sobre o meu rosto para trás e me olhou com aqueles lindos pares de olhos fazendo com que, por um segundo, perder todos os sentidos e esquecer o mundo todo ao meu redor. Ele se aproximou sorrindo deu um beijo em minha bochecha perto de meu ouvido e falou – Never gonna be alone - Ele disse, e assim que nossos lábios se chocaram em um selinho, meu corpo todo estremeceu, ele pediu passagem e quando eu ia ceder a campainha tocou nos assustando e quebrando totalmente o clima em que nos encontrávamos.
- Hm, é... Vou abrir a porta - eu disse, criando fôlego e morrendo de vergonha.
- , desculpa eu... – Ele começou a se desculpar e então eu me aproximei dele, dei-lhe mais um selinho rápido e falei que estava tudo bem. Realmente, estava tudo bem.
- Chegamos - entrou em casa toda sorridente - Mas você já está aqui, ? – perguntou rindo.
- Estou aqui desde às 11 horas da manhã - ele disse rindo, fazendo com que minha amiga ficasse com um pouco de ciúmes.

Capítulo 06


- Vamos jantar, gente? – Falei descontraindo a discussãozinha idiota da e do . Eles concordaram e nos sentamos para jantar. Tudo ocorreu maravilhosamente bem, até que a campainha tocou.
- Ué, você chamou mais alguém, ? – perguntou.
- Não, deve ser o vizinho ou sei lá, vou ali abrir, já volto – Me levantei e assim que abri a porta me deparei com quem eu menos queria ver na minha frente, já ia fechando a porta e ele a segurou, me impedindo - O que você quer, ? – perguntei firme e com raiva, só de olhar para ele.
- A gente precisa conversar - Ele falou sério. Ele estava acabado, parecia que havia emagrecido uns 10 quilos.
- Eu não tenho nada pra falar com você, por favor, vá embora – eu pedi sentindo minhas pernas tremerem de nervoso.
- Eu não vou embora enquanto você não me deixar entrar e conversarmos - ele falou.
- Quem é, ? – veio atrás de mim.
- Você é rápida, não? – falou rindo, balançando a cabeça negativamente.
- Vai embora da minha casa, agora – eu elevei a minha voz - você não tem direito de sequer chegar perto de mim, você quase me matou, e matou a minha filha - eu estava gritando as lágrimas escorriam.
- Eu... eu me – Ele começou a falar e o se intrometeu.
- Você escutou o que ela falou? Vai embora - Ele dizia, enquanto segurava firmem minha cintura, me segurando.
- Só não me venha pedir pensãozinha, porque você não vai ter – falou, irritado.
- Eu não quero nada de um monstro como você. A única coisa que quero é que vá embora e nunca, nunca mias, chegue perto de mim ou da minha filha – Falei séria e bateu a porta com tudo na cara do .
- , pega uma água com açúcar pra pediu, enquanto me ajudava a me sentar no sofá. As pontadas que eu sentia eram fortes a essa altura.
- , está tudo bem? – perguntou ao ver minha expressão de dor. Eu neguei com a cabeça, enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto - Quer ir para o hospital? – ele perguntou ainda me sustentando em seus braços, mesmo já sentada no sofá. Eu assenti.
- , pega a bolsa da que está no chão do quarto da , e a mala dela do lado, por favor - falava calmamente, enquanto a me mandava respirar fundo e me acalmar.
- Acho que vamos ver o rostinho da pequena ainda hoje, hein, dona ? – ele disse, me fazendo sorrir em meio a dor e raiva que sentia no momento.
- Ai – Eu gemi um pouco mais alto no carro, já a caminho do hospital.
- Calma, , respira, pequena – veio no banco de trás comigo, me ajudando. Logo chegamos ao hospital e eu fui atendida.


POV’S
Assim que a seguiu para ser examinada o médico já voltou dando a notícia de que a ia nascer.
- Mas elas estão correndo algum perigo, doutor? - perguntou.
- Não, nós estávamos tentando segurar mais alguns dias para a nascer, porém com a passando nervoso ficou impossível de esperar.
- Podemos vê-la antes? – perguntei.
- Seja breve, por favor - O doutor saiu em direção a sala de partos, para preparar a cirurgia da e eu fui ao quarto que ele havia me indicado.
- Hey, mamãe do ano, está pronta? – Eu perguntei assim que entrei no quarto, sem aviso prévio, encontrando uma vestida com aquele roupão.
- Eu estou com medo, – Ela disse chorando. Eu me aproximei dela e a abracei.
-Vai dar tudo certo, , fique calma – Eu sorri para ela e ela sorriu de volta - Pensa assim, daqui poucos minutos a estará aqui com a gente - Eu disse sorrindo.
- , eu posso te fazer um pedido? Se você não quiser, tudo bem, não vou ficar mal nem nada, mas... Entra comigo naquela sala de parto? – Ela perguntou receosa. Eu e a não tínhamos nada, literalmente nada, a não ser uma bela amizade, porém essas semanas que passei ao lado dela, eu não consigo explicar, mas é como se nos conhecêssemos a anos. Aquele dia em que eu a encontrei, eu realmente não devia estar passando por ali, talvez nossos destinos já estivessem traçados.
- Mas é claro, - Eu podia não ser o pai dessa criança, muito menos, marido, namorado ou qualquer coisa que fosse, eu era somente um amigo, mas com toda certeza eu queria fazer parte da vida da e da .
- Obrigada, meu anjo da guarda - ela disse, agora me abraçando.
- Vamos lá, dona ? – Uma enfermeira chegou com a maca para levá-la a sala de parto.
- Vamos - Ela sorriu, me deu um beijo na bochecha, e seguimos para a sala de parto. Eles me deram uma roupa de proteção a máscara e logo eu estava ao lado da segurando sua mão. Era cesáreo, e eu só rezava para não desmaiar. Logo ouvimos um chorinho gostoso, e então o médico cortou o cordão.
- Tem mais um – Ouvimos um dos médicos falarem. Heloisa me olhou assustada e eu segurei firme sua mão como se dissesse para ela se acalmar. Logo ouvimos um novo chorinho de bebê se misturar com o outro, e então uma enfermeira trouxe aquelas duas crianças para o nosso lado. Pode parecer um pouco gay, e até exagerado, mas assim que eu olhei aquelas duas crianças, uma nos meus braços e outro nos braços da , eu senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu não podia mais dizer que aquela não era a minha família.
- Hey, mocinho, a mamãe não sabia que você estava aqui também – falou para o menino que estava em seu colo - E você, minha princesa, sejam bem vindos ao mundo, meus amores - Deu um beijo na cabeça do dois ainda ensanguentados.
- , eu vou lá fora comprar uma roupinha para o meninão aqui – eu disse, brincando com ela.
- Obrigada, , obrigada, meu anjo da guarda - Assim que eu sai da sala e me esperavam, ansiosos.
- Nasceu? – perguntava pulando, e eu assenti, ainda com o rosto vermelho.
- Eu vou ali comprar uma roupa para o menino e já volto – Eu disse, e a me parou.
- Como assim, menino? Não era menina? – Perguntou, confusa.
- Sim, a nasceu, porém veio um menino de brinde – eu pisquei sorrindo e fui em direção a uma lojinha que havia dentro da maternidade. Comprei uma roupinha azul, de crochê como o da , o body e calça teria que por uma da mesmo, pois não íamos vestir uma roupa sem lavar no menino, né?
- Hey - Eu disse baixo, entrando no quarto.
- Hey, , venha cá – , que estava dando de mamar para um dos gêmeos, disse, me chamando para sentar na cadeira ao lado dela.
- E então? São dois mesmo? – perguntei, rindo.
- O médico falou que a era muito espaçosa, por isso não conseguimos ver o menino antes.
- Ah, sim, e você já escolheu o nome? – Eu perguntei, não íamos ficar chamando o menino de “menino” a vida toda, né?
- Sim... , – Ela disse sorrindo para mim, confesso que fiquei surpreso por ela colocar um pedaço do meu nome no pequeno a minha frente.
- Combina com ele – eu disse sorrindo, e vendo o pequeno no bercinho ao lado da cama a minha frente.


POV’S
- Hey, , quer pegar a um pouquinho enquanto eu amamento o ? – perguntei, sorrindo para o homem maravilhoso que estava sentado à minha frente.
- Eu posso? – Ele perguntou, sorrindo.
- Mas é claro – Sorri de volta.
- Hey, princesinha do Tio – ele disse pegando a que sorriu, fazendo eu e sorrirmos mais ainda.
- Mas que amor com esse tio – falei, sorrindo e sendo acompanhada por ele.
- E agora, ? Como você vai fazer? Digo com dois bebês, sozinha... – Ele perguntou, me olhando preocupado.
- Fica tranquilo, , eu vou conseguir - Eu disse, sorrindo.
- Disso eu não tenho dúvida - ele disse - Porém é realmente complicado, eu tenho um irmão gêmeo e minha mãe sempre falou que foi muito difícil - ele completou.
- Eu vou conseguir, tenho a pra me ajudar de vez em quando - Eu falei.
- E a mim, é claro, qualquer coisa que você precisar, você pode contar comigo, espero que saiba disso - Ele disse, sorrindo pra mim.
- Desse jeito você vai acabar enjoando da gente – falei, sorrindo.
- Nunca que vou enjoar de vocês – ele disse, sorrindo.
- Bem-vindos ao lar, meus amores – Eu disse assim que adentramos minha casa, , e estavam comigo, aliás, desde que os pequenos nasceram, eles não nos deixaram um minuto sequer.
- , espero que você não se importe, mas nós compramos o enxoval do - falou.
- Eu não sei nem como agradecer vocês, de coração, vocês são a melhor família que eu poderia ter- eu disse agradecida. Entramos em casa e fomos em direção a quarto dos babys, ainda bem que eu tinha escolhido pintar de verde claro.
Coloquei a no bercinho dela e o no dele, já que estavam dormindo e fui para a sala com os outros.
- E ai, mamãe do ano, - falou - como você está se sentindo? – Ela perguntou.
-Estou completamente bem- Falei, sorrindo.
- Cadê o ? – Perguntei, percebendo que o mesmo não se encontrava na sala.
- Ele disse que ia ao banheiro – falou.
- Ah sim, eu só vou ver como as crianças estão e já volto – Falei, já me levantando.
- Mas você acabou de sentar - falou rindo.

Capítulo 07


- E lá tem como conseguir ficar longe deles? – Eu disse sorrindo - Vamos ficar lá no quartinho deles? Tem uns puffs, mais pra frente eu compro um chiqueirinho pra deixar eles aqui na sala com a gente – falei fazendo a balançar a cabeça negativamente e rir. Assim que entrei no quarto me deparei com uma das cenas mais lindas que eu já vi nada minha vida, estava com a no colo balançando-a levemente, cantando pra ela.
- Sei não, amiga, acho que você vai ter que dividir essas crianças com o - disse baixo, me fazendo sorrir.
- O que está acontecendo aqui, mocinho? – perguntei, me aproximando do ainda falando baixo. Ele fez sinal de silêncio para mim e logo colocou a no bercinho novamente.
- Eu sai do banheiro e vim ver como estavam eles, e a dona estava com os olhinhos abertos, olhando o bercinho - Ele disse - e eu não resisti aquele sorriso e a peguei, espero que não se importe, – completou, sem jeito.
- Imagina, , obrigada por fazer ela dormir - sorri em agradecimento e me aproximei do bercinho dela, ao lado de .
- Vocês formariam um belo casal - disse, como quem não quer nada.
- - disse o repreendendo, eu e nos olhamos e sorrimos um para o outro, com vergonha.
- , acho que a gente vai indo, deixar você descansar um pouco - disse um tempo depois, enquanto conversávamos.
- Ah não, fiquem mais um pouco – Falei manhosa, enquanto amamentava o .
- Não , tenho que concordar com a , temos que deixar você descansar- Eu já ia me levantar pra me despedir mas eles não deixaram, nos despedimos ali mesmo e os levou até a porta-
- Você também vai me deixar aqui? – Perguntei, manhosa.
- Acho que sim, né – Ele disse com as mãos nos bolsos.
- Não, , fica, por favor – Pedi, estendendo minha mão para ele - Sei que é chato, e que não tem nada pra fazer a não ser ficar em cima deles o tempo todo, mas não queria ficar sozinha – Falei, sendo sincera com ele.
- Vai ser um sacrifício ficar com vocês aqui, hein? – ele disse sorrindo - Posso pegar a mais um pouquinho? Ela está toda acordada aqui - ele perguntou, rindo.
- Mas é claro - eu concordei, e logo ele pegou a e veio sentar ao meu lado.
- Ela tem seus olhos - ele disse, mostrando a , que sorriu ao me ver.
- Oi, princesinha da mamãe - ela sorriu mais ainda. Tirei do peito que já havia parado de mamar e o levantei, para fazê-lo arrotar.
- , pega a fraldinha dele ali pra mim, por favor – falei, rindo ao ver que já estava para arrotar e ele tinha sérios problemas em arrotar e golfar em mim. me entregou e, como esperado, zinho já havia feito a meleca, porém, dessa vez, já estava prevenida.
- Hey, queijinho - disse, brincando com o , o fazendo sorrir também.
- Acho que meus filhos gostam de você – falei, sorrindo abismada.
- Bom, se eles gostam muito eu não sei, mas que gostam mais do que da , isso, com toda certeza, é verdade - Ele disse, lembrando que quando a pegou a no colo, ela só chorava.
- Ah, isso sim – falei, concordando.
- , você poderia ficar com eles, só pra eu poder tomar um banho? – perguntei, um pouco sem graça.
- Claro, , vai lá – ele disse, sorrindo.
- Se você quiser, pode ficar lá no meu quarto com eles, os deixe em cima da minha cama juntos. Prometo não demorar – falei.
-Tudo bem, vamos lá, crianças? – ele disse, pegando o com o outro braço.
- Você não tem medo de deixar esses dois pacotinhos comigo, não? – ele perguntou, sorrindo.
- Não, você é nosso anjo da guarda – disse, antes de fechar a porta do banheiro. Tomei um banho relaxante, curto, porém o suficiente para me fazer pensar um pouco... Eu tinha tanta coisa pra fazer, comprar roupinhas para o , providenciar mais fraldas, pois as que eu tenho para os dois não serão suficientes. Sai do banho pensando em tudo um pouco, vesti somente a calcinha, sutiã, meu roupão por cima e sai do banheiro, esquecendo completamente que e as crianças estavam ali.
- Oh, me desculpe, esqueci que vocês estavam aqui – Falei, corando totalmente, a sorte é que estava de roupão por cima.
- Imagina, deixa só eu terminar de trocar a fralda do zinho e já saio pra você se trocar – falou, sorrindo pra mim.
- Não precisa, eu pego uma roupa e me troco no banheiro mesmo - Assim que terminei de falar, começou a chorar, e o chorinho dela garanto que só foi lindo quando ela nasceu, porque era extremamente fininho.
- Que foi, princesinha da mamãe? – Falei, a pegando no colo - mas você já está com fome? – perguntei. Tentei dar o peito e nada, ela continuava a gritar, acabou deixando o agitado também.
- Acho que não é fome - falou, com no colo agora jogando a fralda no lixo.
- O que foi, meu amor? A mamãe não entende – falei, pela primeira vez um pouco nervosa, sem saber o que fazer, já fazia uns 10 minutos que ela chorava sem parar – , o que eu faço? – eu perguntei com os olhos cheios d’água, mesmo sabendo que ele não tinha obrigação e muito menos devia saber daquelas coisas.
- E se a colocar no banho? – ele perguntou, um pouco desesperado também - ou é cólica, eu não sei, , desculpa – ele disse, chateado por não conseguir me ajudar.
- Vamos tomar um banho, meu amor, vamos? – Ela não parava de chorar - Você me ajuda, ? – Ele assentiu, colocou no berço e pegou a do meu colo, enquanto eu enchia a banheira.
- Ela acalmou, - ele disse, sorrindo assim que terminou de tirar a roupinha dela.
- Graças a Deus – falei sorrindo, a coloquei dentro da banheira e logo ela parou de chorar.
- Hey, meu amor – falei, brincando com ela – Olha, , ela parou, ela está sorrindo – Falei pra ele, feliz agora.
- Mas você só queria um banho, mocinha? – Ele falou brincando com a mãozinha dela. Comecei a dar o banho nela, me ajudava jogando água nela pra que a não se agitasse, e aos pouquinhos ela fechava os olhos como se fosse dormir.
- Acho que alguém cansou da bagunça – falou, brincando. Tirei a enrolei ela na toalha e a levei para meu quarto, assim que cheguei, começou a chorar.
- Fica calma, termina com a que eu dou banho no , vai que eles tem aquela ligação de gêmeos de quererem a mesma coisa - ele disse rindo, enquanto tirava a roupa do que ele mesmo já havia trocado a pouco. Terminei de trocar a e fui com ela no banheiro, para ver o e o .
- Olha que zona seu irmão está fazendo com o titio , filha – falei, rindo pra ao ver o banho que estava dando em , que parecia um pintinho molhado. Ele nos olhou sorrindo e fez caretinha ao chegar perto de mim e da , fazendo a minha filha abrir aquele sorriso banguelo.
- , como é possível eu amar tanto essas coisinhas que mal cabem em meus braços direito? – perguntei, sorrindo e balançando a cabeça, sentada no vaso.
- Posso falar uma coisa? – Ele se pronunciou e eu assenti - Sei que os filhos são teus, mas eu tenho um amor tão grande por eles também- ele sorriu, um pouco envergonhado.
- Pode ter certeza que, se depender deles, esse amor é reciproco - eu falei sorrindo, e gargalhando em seguida ao ver tentar comer o braço de .
- Vamos sair, grandão? – Ele falou, pegando a toalha de Breno e o embrulhando. Fomos todos para o meu quarto, trocou o Bre e eu o olhava admirada. Ele cuidava de mim e dos meus filhos, como se fosse obrigação dele, ele era literalmente o Homem que eu pedi a Deus, pena que ele não era meu, e por mais que eu tente negar, está quase difícil não se apaixonar. Sentei, meio deitada, na cama e fiquei brincando com as crianças junto com o , em um certo momento, ele me olhou e eu o olhei de volta, sorrindo.
- Acho que eles são as crianças mais lindas que eu já vi - disse, sorrindo e ainda olhando em meus olhos.
- São lindos, né? Eu estou encantada ainda, as vezes sinto que não caiu a ficha de que eles realmente são meus - Eu disse sorrindo.
- Mas são seus sim, dona - ele disse, apertando meu nariz.
- Nossa, já são 20h:00 – Falei, me assustando com a hora.
- Nem vimos o tempo passar - falou.
- O que você acha de pedirmos uma pizza daquelas bem calóricas? – sugeri, fazendo gargalhar.
- Acho uma ótima ideia – ele sorriu. Pedi a pizza, logo chegou e nós fomos comer na sala mesmo, as crianças estavam no bercinho de colo enquanto comíamos, conversávamos sobre diversas coisas, e imaginando quando as crianças crescerem.
- , não te expulsando nem nada, mas já são quase meia-noite e você precisa descansar, não tem obrigação nenhuma de ficar aqui – Falei um pouco sem graça, não o expulsando, mas por realmente achar que ele se incomodaria.
- É está tarde mesmo, e confesso que estou um pouquinho cansado - Ele falou sem graça - Não quer mesmo que eu fique aqui, ? Você pode precisar e... - ele começou a falar.
- Olha eu realmente queria muito que você ficasse aqui com a gente, e até pediria isso, mas você tem que descansar, – falei pra ele, que já estava de pé na minha frente.
- Tudo bem, , se cuida e cuida das crianças, hein? Me promete que qualquer coisa você vai me ligar? – Ele falou ainda mais perto de mim, eu assenti com a cabeça, ele me deu um beijo na testa, passou suas mãos por meu rosto me fazendo fechar os olhos e logo senti seus lábios tocarem o meu, ele pediu passagem e assim que eu ia ceder ouvimos um choro de uma certa menininha, tô começando a achar que isso, talvez, não deva acontecer, toda vez parece que sempre alguma coisa atrapalha. Sorrimos leve ainda com nossas testas coladas desviei meu olhar da para e o mesmo me olhava, ainda sorrindo.
- Vem, bebê - peguei a no colo e segui com até a porta.
- Você vem visitar a gente mais vezes, né, titio ? – perguntei.
- Mas é claro, vocês vão ter que me aturar por um bom tempo né, Rafinha? – Ele falou, brincando com a minha filha a fazendo rir.
- Obrigada por tudo, – Falei, o agradecendo.
- Obrigada você, por me deixar ficar perto de vocês - Ele disse sorrindo - Me liga qualquer hora, para qualquer coisa, tá? – ele falou e eu assenti com a cabeça - Se cuidem, princesas - disse dando um beijo na minha testa e na da - E você, zinho, cuida delas, hein? – Ele falou para o que estava no meu colo também. – E vá se vestir, , creio que suas pernas já estão congelando - gargalhei ao me lembrar que ainda vestia o roupão. Assim que fechei a porta, apesar de ter os bens mais preciosos comigo, me senti a pessoa mais vazia do mundo.

Capítulo 08


- Ai, , e como você está conseguindo se virar com esses dois a noite? – perguntou, assim que entramos em casa, já fazia 3 meses que meus filhos nasceram, era a que mais me dava trabalha, o mal chorava, só quando tinha fome ou queria banho. sempre passava aqui em casa, mesmo que fosse só para dar um beijinho na gente, já que as férias dele acabaram e vire e mexe tinha que ir pra gravadora, ou fazer show, mas ele sempre dava um jeito.
- Ah, , demorou, mas peguei a prática, e é gostoso, até. Vem ver meu quarto, o que eu fiz com ele – Falei levando-a até meu quarto que, com a ajuda de , transformei em um quarto apropriado para que pudesse dormir junto com meus filhos.
- Que ideia genial - falou rindo.
- Foi do , nós estávamos aqui, brincando com as crianças, e quase caiu, então a ideia surgiu e colocamos em prática - Falei sorrindo, só por me lembrar daquele homem.
- , você e o ... Por que vocês não ficam juntos? – Ela perguntou cautelosa, e eu apenas dei de ombros - Ou vai me dizer que nunca rolou um clima entre vocês? – ela perguntou, sorrindo maliciosamente.
- Ah, , várias vezes, inclusive, quase nos beijamos várias vezes também, porém parece que não é pra ser – Falei, sendo sincera com a minha amiga.
- Ele vem hoje? – ela perguntou.
- Não, ele está em Nova Jersey com o irmão dele, tinham show hoje - falei sorrindo, mas um pouco triste.
- Poxa, eu ainda acho que vocês deviam ficar junto – disse, teclando novamente na mesma tecla.
- , o que ele vai querer com uma pessoa que tem dois filhos pra criar? – Perguntei, como se fosse óbvio.
- Dois filhos que ele viu nascer, que não deixa de vê-los um dia sequer, parece até que são filhos dele - Ela falou no mesmo tom, me fazendo perceber que, realmente, aquilo era verdade.
- Deixa rolar, , se for pra ser, será.... E tem outra, vai que na mesma armadilha que cai com o – Falei, me arrependendo no segundo seguinte, de forma alguma eu poderia compará-lo ao meu, agora oficialmente, ex-marido.
- Você não pode compará-los, disse confirmando meus pensamentos. Me despedi da minha amiga e fiquei deitada com as crianças assistindo filme, até meu celular tocar.
- Oi, – falei animada ao atendê-lo.
- Hey, , como vocês estão? – ele perguntou.
- Estamos bem, , e por ai, como andam as coisas? – perguntei.
- Tá tudo bem, só estou com saudades dos pequenos - ele falou do outro lado da linha, dando um sorriso nasalado.
- Eles também estão com saudades do titio né, meus amores? – Assim que falei, deu um gritinho - viu só? – completei, fazendo gargalhar.
- Estou com saudades da mãe deles, também - ele disse, eu sabia que ele havia corado do outro lado da linha.
- A mãe deles, também, já está morrendo de saudades - Falei sorrindo. Ficamos alguns minutos em silêncio - Você faz falta aqui, – eu disse baixinho.
- E eu sinto falta de estar com vocês – ele falou.
- Quando você volta? – perguntei.
- Provavelmente, no domingo – ele falou.
- Poxa, mais 2 dias sem o titio para ver a gente - Falei fazendo-o rir do outro lado da linha.
- Acho que quando eu voltar, precisamos conversar, – Ele falou, parecendo um pouco confuso.
- Sobre o que? Aconteceu alguma coisa? Enjoou da gente? – Falei sem pensar tudo o que se passava na minha cabeça.
- Não, mas é claro que não, para com isso, - ele disse rindo.
- É o que então? – perguntei.
- Acho que me apaixonei por outra pessoa, além de seus filhos - Ao ouvir aquelas palavras meu peito doeu, como se levasse uma facada. Sei que não erámos nada, mas ele me fazia tão bem, e eu achava sim, que poderíamos dar certo - ? – ele me chamou.
- Por quem? – Criei coragem para perguntar.
- Pela mãe deles – Ele fazendo com que minhas pernas tremessem - Eu acho que estou perdidamente apaixonado pela mãe deles - ele falou, me fazendo sorrir.
- Então volta logo, porque ela sente a mesma coisa pelo titio – Eu sorri, respondendo-o e logo em seguida a ligação caiu, deixando uma Heloisa completamente abobalhada.

XxxxX



Sábado acordei cedo, aproveitei que meus pequenos ainda dormiam, e dei uma geral na minha casa, de cabo a rabo, fiz aquela faxina! Assim que terminei fui para o quarto das crianças e ambos já estavam acordados, mexendo um com outro.
- Bom dia, meus amores - disse pegando primeiro o e o enchendo de beijos e, logo em seguida, fazendo a mesma coisa com a . Peguei os dois, liguei a banheira do meu banheiro, coloquei um biquíni e entrei com eles, ficamos brincando um bom tempinho lá, eu me divertia com a forma como eles gargalhavam e gostavam de água. Saímos os três da banheira, fomos para o quarto, os troquei, me troquei e fiquei brincando com eles o restante da tarde, a noite os arrumei e fui à casa da minha ex-sogra, como havíamos combinado.
- Como você está linda, – ela falou assim que me viu - e essas crianças maravilhosas? – ela sorriu mais ainda.
- Você está muito bem, dona – sorri pra ela. O jantar foi super agradável, quando já estava me despedindo, conversei com ela em particular.
- Dona , a senhora sabe o quanto eu gosto de você não sabe? – Falei e ela assentiu - Mas com tudo que aconteceu eu queria te pedir um favor, e que a senhora não ficasse chateada - Completei e ela fez sinal para que eu prosseguisse - A senhora pode visitar as crianças sempre que quiser, porém não gostaria que eles te chamassem de vovó, não pela senhora, mas sim pelo , não quero que meus filhos tenham nenhum vínculo com ele – Terminei.
- Não fico chateada, pois eu no seu lugar, faria a mesma coisa... Fica tranquila, e eu desejo, do fundo do meu coração, que você seja imensamente feliz – sorri pra ela – e, aliás, aquele rapaz que estava com você outro dia - fiz um gesto para que ela prosseguisse - eu sei que meu filho te amou um dia, mas não como aquele rapaz parece amar você - Sorri pra ela e logo me despedi entrando no carro e seguindo para minha casa.

Capítulo 09


- Achei que não iam chegar nunca – Assim que sai do carro com as crianças, dei de cara com o rapaz de belos olhos me olhando sorrindo.
- Você não ia voltar só amanhã, senhor ? – perguntei, sorrindo.
- A saudade não me deixou ficar lá – ele sorriu mais ainda, enquanto me ajudava pegar a mala das crianças e tirando a do meu colo passando para o dele. Eu sorri e o abracei, um pouco desconfortável devido estar com o e a cadeirinha dele. Entramos em casa, coloquei as crianças no chiqueirinho que ficava na sala e o abracei fortemente. Fazia apenas 6 dias que não nos víamos, porém a saudade era imensa.
- Que bom que você voltou antes - Sorri ainda abraçada com ele, o olhando com a cabeça levantada.
- É bom estar de volta – ele sorri e me deu um selinho. Nós ainda não havíamos passado disso, e se dependesse dos meus filhos, não íamos passar tão cedo, pois logo começou a chorar. Sorrimos um para o outro e foi pegá-la.
- Hey, meu amorzinho, o que foi? – falou, brincando com ela.
- Ela tem tido bastante cólica, vou fazer o chazinho dela- falei dando um beijo no rostinho dela e peguei o e levei-o comigo-
- Já acalmou, - ele disse, entrando na cozinha com a minha filha.
- Mas já? É o colo do titio , é? – eu falei levando o chá até ela. Ele sorriu pra mim e colocou a em meus braços, para que eu desse o chazinho. Enquanto isso, ele brincava com o que estava batendo as mãozinhas na cadeira de papinha.
- O que você fez com esse menino, ? – ele perguntou, rindo.
- Nada, por quê? – perguntei.
- Ele não para - falou, rindo da bagunça que fazia.
- Ele deve estar com fome, tadinho - Falei sorrindo - Espera ai, que a mamãe já vai te pegar, meu amor. Vamos para o quarto, gente? – falei para as crianças e o . Assim que chegamos lá deitei as crianças na cama, comecei a fazer massagem na barriguinha da , enquanto e se divertiam do nosso lado.
- Pronto, deixa a mamãe pegar o zinho um pouquinho agora, tá bom, princesa? – perguntei, sorrindo para a e a enchendo de beijos. sorriu, me entregou o e começou a brincar com a .
- , essas crianças precisam dormir, não a desperte, pelo amor de Deus – Falei, extremamente cansada.
- Poxa, mas eu tô com saudade deles - ele disse fazendo bico.
- Você pode dormir aqui até, se quiser, mas por favor – falei choramingando.
- Você deixa eu dormir aqui? – ele perguntou, me olhando maliciosamente.
- Mas é claro, aproveito e abuso da sua boa vontade, quando eles acordarem você vai lá pegar eles pra mim – Falei, rindo ao ver a careta de . Terminei de amamentar o , dei outro banho nas crianças, porém dessa vez mais rápido, me ajudou, e fomos para o quarto deles, para fazê-los dormir. Logo eles capotaram e eu, enfim, tive um momento a sós com o . Antes daquela ligação, esses momentos não pareciam tão importantes, antes daquela ligação, essa hora, eu estaria jogada em cima dele, com ele fazendo cafuné em mim, enquanto assistíamos um filme qualquer.
- Vamos lá pra sala? – ele perguntou.
- Vamos para o meu quarto, já apaguei tudo pra lá - Falei pegando em sua mão.
- E então - eu falei assim que sentamos na minha cama - Quer dizer que você está apaixonado pela mãe dos meus filhos? – falei, sorrindo timidamente.
- Pois é, a vida é uma caixinha de surpresas, não? – ele falou sorrindo, passando as mãos em meus cabelos – Sabe, , quando te vi pela primeira vez, naquelas circunstâncias, eu senti que devia ficar perto de você, e por mais que eu tentava enganar a mim mesmo, desde aquele dia, não quis de jeito nenhum me afastar de novo, é como se aqui, com você, fosse o meu lugar - Ele falava - E então, aquele dia em que nós quase nos beijamos meu corpo estremeceu todinho, só com o tocar de nossos lábios, e então eu tive a certeza de que aqui com vocês é onde eu quero, e devo ficar. Eu jamais senti isso na minha vida, , não sei se é amor, mas sei que é algo muito além do que eu cheguei a sentir um dia na minha vida - Ele falou fazendo meu coração palpitar fortemente e o sorriso imediatamente se manter em meu rosto.
- Sabe, , eu costumo falar para Deus e o mundo que você é um anjo que Deus me mandou, para me salvar e salvar os meus filhos, cheguei até achar errado começar a gostar de você, e fiz o impossível para te tirar da minha cabeça, ainda mais depois do que eu passei com o . Não vou te dizer que não tenho medo de acontecer o que aconteceu de novo, mas em você eu sinto uma confiança tão grande que não me permite imaginar coisa do tipo, e eu também não sei dizer o que eu sinto, mas é muito mais forte do que eu já senti antes, até mais do que eu sentia pelo meu ex-marido. – Ao terminar de dizer isso, levantei meu olhar para ele e continuei - Mas você sabe que agora eu sou mãe, você sabe disso. E talvez para você não tenha problema, mas a sociedade, as pessoas riram, esnobaram isso, e eu não quero que você sofra, ou se sinta obrigado a aturá-los e aturar a mim.
- , eu sou apaixonado por seus filhos, como se fossem meus - ele sorriu - e eu não me importaria com qualquer coisa que dissessem por ai, só quero ser feliz com você e com as crianças, mais do que nunca, eu quero isso. Quem sabe mais pra frente eles não possam me chamar de papai? – Ele disse com os olhos um pouco molhados, eu sorri, me aproximei dele, passei a mão em seu rosto como ele sempre fazia comigo, dei-lhe um selinho longo, e logo ele pediu passagem. E como num passe de mágica, o mundo se aquietou e só era possível escutar as batidas do meu coração em ritmo acelerado, junto com o dele. A língua de explorava minha boca como se fossem velhas conhecidas, tinha sintonia, um sabor indescritível. No meu estômago havia um zoológico, e eu estava tão feliz que até podia ouvir os fogos de artifícios que se faziam em meu coração. Encerramos o beijo com um selinho longo para recuperarmos o fôlego.
- Você é incrível, , literalmente incrível - ele disse, acariciando meu rosto, da forma como ele sempre fazia.
- Você acredita em destino? – perguntei, agora deitada sobre o peito dele, enquanto assistíamos um filme.
- Não acreditava, até ir parar dentro do seu condomínio – ele disse sorrindo, me olhando. Dei-lhe mais um selinho e me levantei para ver as crianças.
- Eles são tão lindos, né? – Falei, olhando meus filhos dormindo.
- Incrivelmente lindos - ele disse, me abraçando por trás.
- Vai dormir aqui comigo? – perguntei.
- Se você deixar – ele sorriu.
- Guarda o carro na garagem então, e vem deitar comigo - Falei para ele.
- Posso tomar um banho? – ele perguntou, ainda abraçado comigo – estou com as malas no carro, ainda – e sorriu.
- Mas é claro que pode, estou te esperando – dei um beijo nele que foi em seguida guardar o carro na garagem, assim que ele entrou, tranquei a casa e fomos para o meu quarto. Ele tomou um banho rápido, em seguida eu fui, coloquei meu baby doll e logo já estava na cama acompanhada pelo cara mais lindo do mundo, que se encontrava sem camisa na minha cama.
- Olha, que cheirosa - ele disse cheirando meu pescoço e me fazendo arrepiar. Sorri para ele, me deitei em seu peito e logo adormeci com o cafuné que ele fazia.

POV’S
Linda. Incrivelmente linda, é assim que posso descrevê-la. Não só por fora, mas por dentro também. Ela consegue ser mãe de gêmeos, mulher, médica, porque mesmo de licença ela atende as ligações dos pacientes, além de tudo isso ela conseguia dormir assim, tranquilamente. Conseguia ter o sorriso mais lindo do mundo, colocar cor onde está tudo preto e branco. Ela conseguiu me mudar, me fazer entender o que é gostar de alguém.
- Bom dia – Ela disse ao me olhar assim que acordou.
- Bom dia, pequena - sorri para ela e logo escutei um chorinho vindo da babá eletrônica. Ela já ia se levantar, mas eu fui mais rápido e falei que ela podia continuar ali. Peguei os dois e levei para a cama. Ela amamentou o enquanto eu trocava a fraldinha da , e ficava com ela um pouco, em seguida, amamentou a .
O tempo foi passando, as crianças crescendo e eu e a cada vez mais unidos. Hoje fazia um ano que eu a conheci, as crianças já estão com 10 meses e alguns dias, e estão realmente lindos.
- Amor, você vai dormir lá em casa hoje? falava no telefone.
- Claro, aconteceu alguma coisa? – perguntei pelo seu tom de voz.
- Não, é só que estou um pouco enrolada aqui no consultório e... - ela começou a falar, e eu já sabia.
- Fica tranquila, eu pego eles na escolinha e levo pra, casa ok? – Falei sabendo exatamente que ela estava enrolada-
- Obrigada, de verdade, prometo ir o mais rápido o possível – ela falou rindo no telefone.
- Ok, vou te esperar, tá? – falei.
- Prometo te agradecer da melhor forma possível- ela falou brincalhona no telefone. - Vou desligar amor, beijos – Ela falou.
- Beijos - sorri e desliguei a ligação.
- Patroa chamando? – Meu irmão falou.
- Ela pediu pra pegar as crianças na escolinha hoje – Falei, sorrindo pela confiança que ela depositava em mim.
- Você ama essas crianças como se fossem suas, né? – Meu pai perguntou.
- Amo, pai, é incrível a ligação que eu tenho com eles e com a - Falei sorrindo.
- Isso a gente percebe de longe, filho – Minha mãe falou - Só cuidado para não se cansar e acabar machucando-a, ela não merece isso – Minha mãe falou me alertando. Eu a olhei e ela sorriu pois já sabia o que eu falaria depois.
- Eu a amo, mãe, e por ela e pelas crianças eu luto contra o mundo, se preciso for – Falei sorrindo - Agora tenho que ir se não me atraso - falei me despedi dos meus pais e do meu irmão e segui para a escolinha das crianças. Peguei o e a , coloquei eles na cadeirinha e logo chegamos a casa da .
- Vamos lá pra dentro, meus amores? – Falei os pegando. Entramos em casa coloquei eles no chiqueirinho, enquanto ligava a banheira e não resisti de ficar lá com eles. Entrei só de cueca e a e o fizeram a festa comigo.

Capítulo 10


- Que lindo essa bagunça - falou encostada na porta do banheiro. Eu sorri para ela e a fez a festa batendo as mãos na água e falando MAMAMAMAMAMA que era a única coisa que saia da boca dela.
- Entra com a gente, – falei a fazendo rir e negar com a cabeça - Vem logo - ela sorriu e logo estava dentro da banheira com a gente, somente de calcinha e sutiã. Já falei como ela era extremamente sexy?
- Olha isso, - ela falou com a festa que a fazia, tentando subir em cima dela.
- Hey, , vem aqui com o Tio – eu falei tentando dispersar ela, mas era impossível.
- Isso, , vai lá com o papai – ela falou me olhando sorrindo.
- Papai? – eu perguntei sorrindo.
- Acho que fica mais bonito meus filhos te chamarem do que você realmente é para eles. Mas se não quiser pode... - a interrompi.
- Vem com o papai, – peguei ela no colo e enchi de beijos, sorria com a cena.
- “Auba, auba”- desembestou a falar dentro da banheira.
- Ah, filho, era pra falar mamãe primeiro – falou rindo para o filho que sorria para ela.
- Não, zinho, fala: PAPAI – Falei brincando com ele, tirando gargalhadas da , ficou me olhando como se estivesse prestando atenção, enquanto a mordia meu queixo.
- PAPAI, , fala assim ó: PAPAI - eu falei brincando com ele que soltou uma gargalhada gostosa e bateu palmas.
- AUBA AUBA - Começou a bater as mãozinhas na água fazendo eu e a sorrir.
- Mamãe, falou.
- PAPAI - eu falei.
- AUBA AUBA – ele nem ligava para nós, só para a água mesmo. Logo saímos todos da banheira, dei um selinho em , nos arrumamos, e arrumamos as crianças e ficamos os quatro deitados na cama brincando.
- Amor, pedi comida japonesa hoje, tá? – Eu falava pra assim que voltei ao quarto. Ela me olhava com os olhos rasos d’água - O que foi? – perguntei. Ela deixou uma lágrima cair e sorriu largamente pra mim.
- Fala de novo, – Ela disse para a .
- PAPAEEEE- Ela gritou rindo. Eu olhei para a que ainda sorria emocionada me aproximei da e do e ela estendeu os bracinhos pedindo colo.
- Você quer colinho, meu amor? Vem com o papai, vem? – Falei pegando ela que mais uma vez soltou um “PAPAE “gargalhando em seguida.
- Quem é a princesinha mais linda do papai? – Falei brincando com a que batia palminhas. estava deitada amamentando o e se divertia com a cena. Logo a comida chegou, nós comemos enquanto dávamos papinha natural para as crianças e logo ficamos todos na cama da . dormia de bruços em meu peito, e de ladinho sobre o colo de .
POV’S
A falou papai, sem a gente ensinar para ela, ensinávamos para o na banheira, enquanto ela insistia em morder o queijo de , e então surpreendentemente ela começou a chamar pelo “papai”.
- A é tão ligada a você, né? Quer dizer, os dois são, mas a é só te ver que já se joga em seu colo - Falei me lembrando das diversas vezes em que saímos e nos encontrávamos e a se jogava do meu colo para o de .
- Desde a barriga né? – Ele concordou sorrindo - Engraçado, é que tinham dois anjinhos dentro de você, nós só sabíamos de um, e, incrivelmente, quando os dois nasceram, o amor foi o mesmo pelos dois - ele falou sorrindo, fazendo carinho nos poucos cabelos que a tinha.
- Eu não sei explicar meu amor por essas crianças, , juro que não sei – falei e ele sorriu.
- Eu não precisei carregá-los durante nove meses na barriga pra sentir a mesma coisa – ele falou sorrindo. Eu o olhei admirada, como sempre.
- Eu te amo, - Falei a palavrinha que tantos meses estavam querendo sair da minha boca, eu realmente o amava, e queria passar com ele o resto da minha vida.
- Eu te amo, – ele falou de volta com um brilho imenso no olhar, nós demos um selinho, ajeitamos as crianças no nosso meio e logo dormimos. Juntos. Como uma verdadeira família.
Algum tempo depois

- Mamãe, mamãe – As crianças vieram correndo e gritando assim que fechei a porta de casa.
- Oi, meus amores, como vocês estão? – Falei enquanto os abraçava.
- Mamãe, vem ver o que o papai fez - disse, me puxando pela mão.
- É, mamãe, vem ver - pegou a outra mão e me levaram até o quarto. Quando eu entrei me surpreendi ao ver o meu quarto cheio de balões no teto e minha cama coberta por pétalas de rosas vermelhas e brancas, as minhas preferidas.
-Mas o que é isso? – Perguntei sorrindo de orelha a orelha.
- Você tem que “tolar” o “baião” - falou da forma mais adulta que podia com seus 2 anos e meio.
- Cadê o papai? – perguntei, antes de me sentar na cama.
- Supesa, mamãe – Minha filha disse rindo.
- Então ajudem a mamãe, peguem os balões e me tragam aqui - Falei rindo, e logo a puxou a cordinha e me trouxe o primeiro balão.
- A mamãe vai estourar, ok? – eles tamparam o ouvido e eu estourei o primeiro balão. Assim que estourei encontrei um papelzinho escrito “vida”, sorri gostando ainda mais daquela brincadeira. Um tempo depois eu já havia estourado todos os balões, organizei os papeizinhos onde achei que se encaixava e então uma das frases mais lindas da minha vida estava escrita sobre a minha cama, com dois curiosos me olhando querendo saber o que dizia.
- E então, , você aceita passar o resto da sua vida comigo? – O cara responsável pelo sorriso estampado em meu rosto há quase 3 anos apareceu na porta do meu quarto com uma última bexiga. Eu me levantei, fui até ele sorrindo e dei aquele nosso beijo, que só nós tínhamos. As crianças começaram a falar “eeeeee” batendo palminha. Nos separamos ele me entregou a última bexiga, eu a estourei e uma caixinha vermelha caiu sobre a cama. Eu a peguei e assim que abri a caixinha, um último papel se encontrava ali.
- E então, , você aceita se casar comigo? – perguntou me abraçando por trás. Lágrimas encharcavam meu rosto de felicidade.
- Sim, mil vezes sim - Falei dando um selinho nele.
- Mamãe, que “cê” tá “cholando”? – perguntou, enxugando minhas lágrimas.
- É de felicidade, meu amor. A mamãe está muito feliz – Eu falei.
- Tem dodói? – A perguntou.
- Não, meu amor, o dodói da mamãe sarou pra sempre - eu falei sorrindo pra ela.
- “Sempe”, mamãe? – falou.
- Sempre – falei olhando para o que sorria.
- “EIA”, goto, papai – falou abraçada com .
- Eu te amo, , obrigada por tudo, obrigada por me amar e por fazer parte da minha vida - Falei o beijando quando nos deitamos depois de deixar as crianças na caminha delas.
- A surpresa não acabou, , eu quero que você nunca se esqueça do que vai acontecer dento desse quarto - ele falou passando a mão em meu rosto – Hoje eu quero fazer mais que sexo com você, hoje eu quero fazer amor, te amar como se o mundo fosse acabar a qualquer minuto - ele falou ao passar seus lábios pelo meu pescoço - Você quer fazer amor comigo, ? – perguntou.
- Eu quero fazer amor com você, .

FIM



Nota da autora: (24/04/2015) (sem nota)




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