O Verdadeiro Amor Depois da Morte
O Verdadeiro Amor Depois da Morte
Autora: Cátia | Beta-Reader: Nanda


, quando era pequena, tinha sido adotada por uma família que vivia em Londres. Ela pensava que aquilo iria mudar a sua vida, nisso ela acertou, mas sua vida mudou para pior.
foi posta numa escola privada em que só podia sair de lá aos sábados e aos domingos, não podiam fazer barulho em nenhuma hora do dia e só podiam ficar acordados até as 20:00. Resumindo e concluindo, ela não tinha tempo nenhum para se divertir, mas não era só. Aos sábados e domingos a família não passava tempo nenhum com ela e agora estavam a tentar decidir a sua própria vida. Ela ficava magoada com tudo o que passava, não tinha motivos para sorrir ou mesmo para viver. Um dia foi a gota d’água. , desesperada com aquilo tudo, trancou-se no banheiro e começa a tomar uns comprimidos. Todos sabem o que acontece a seguir. Ela não conseguia viver assim, então matou-se. Dias mais tarde, a família dela começa a desconfiar o porque dela faltar tantas vezes as aulas, por isso decidem procurá-la e então descobrem-na, no banheiro morta.
Anos passaram, mas , no fim das contas, sempre esteve viva. Ela ainda tinha um objetivo a cumprir e brevemente o terá terminado. Agora devem estar a pensar, mas como é que ela conseguiria cumprir um objetivo na terra em forma de fantasma? Simples, ela não era um fantasma. tinha retornado a vida com o seu corpo. Isso iria ser um problema, mas ela teria que conseguir passar por despercebida por as pessoas que a conheciam.

Nas manhãs de inverno, andava pela a cidade a procura de completar o seu último objetivo. O que não seria nada fácil. Ela já estava a andar há horas, então decidiu parar para fazer um pequeno almoço. Entrou num café que tinha como nome “Café”, pensou logo, “Muito óbvio” e era mesmo. Ela sentou-se numa mesinha ao pé da janela, de maneira que conseguisse ter uma vista boa para o parque que há alguns anos era ocupado diariamente por ela e os seus amigos do orfanato. Ela tinha-se perdido no mundo da imaginação, até que o empregado acorda-a do seu próprio mundo.
- Olá?
- Desculpa. – Disse , sorrindo para o menino que estava a sua frente.
- Não faz mal, vai pedir algo? – Perguntou ele, também sorrindo.
- Um café, por favor.
- Mais alguma coisa? – Perguntou ele.
- Não, é só.
O empregado saiu e continuou a olhar para a janela, até que é de novo acordada, mas desta vez ela ficou estática.
- ? – Perguntou ele, agora perguntam-me quem é ele? Bem, ele era o melhor amigo que tinha quando era viva, se fosse preciso, era o único.
- , estás bem? – Perguntou ela, com receio do que iria ter de lhe explicar.
- Mas tu…. – Ele não falou, apenas a abraçou como nunca tinha feito, a saudades eram muitas.
Eles ficaram muito tempo se abraçando, até que o café chega e eles separam-se.
- Eu ainda não acredito, mas como é possível? – Perguntou ele, pensando que estava a sonhar.
- Bem, é uma longa história.
- Como assim? – Começou. - Só todo ouvidos, pode começar a falar.
- Bem, como tu sabes, eu devia estar…. – Ela era para continuar, mas é interrompida.
- Morta? Sem vida? De baixo da terra? – Começou ele.
- Eu ia dizer inanimada, mas também servem essas opções. – Disse ela e ambos começaram a rir. – Bem, a verdade é que eu estou mesmo morta, só que tenho um objetivo para terminar e por isso é que estou aqui.
- Que objetivo?
- Bem, nem eu sei. – Disse ela, simplesmente disseram-me que eu tinha um objetivo para terminar.
- Mas se tu não sabes o que é, como é que vais conseguir?
- Não sei, a única coisa que eu tenho a certeza é que tenho três dias para acabar-lo, se eu não conseguir nesse tempo, deves de ir para o céu ou para o inferno.
- Se queres que eu seja sincero, nunca pensei em ter uma conversa destas com uma pessoa.
- Nem eu pensei que tivesse que passar num teste para conseguir chegar ao céu, pareceu que hoje em dia não andamos a pensar muito. – Disse ela e ambos riram-se.
- Bem, se quiseres, eu posso ajudar-te.
- Não será necessário. – Disse , levantando-se pronta para ir embora.
- Por favor, , deixa-me passar estes últimos três dias contigo.
pensou um pouco e já que ela também iria sentir saudades do seu melhor amigo, decidiu aceitar a proposta.
Os dois saíram de mãos dadas do café e foram em direção a casa do , se era para ele ajudar, tinha que começar por oferecer-lhe um lugar para ela viver. Quando lá chegaram, lágrimas escorreram por os olhos verdes de , deixando seu rosto molhado.
- O que foi? – Perguntou .
- Bem, é que… Nada – Disse ela, limpando as lágrimas. - Sabes que podes confiar em mim. – Disse .
- Eu sei, mas… Eu só estou com saudades.
- Tens a certeza que é só isso? – Perguntou ele, sentando-se na cama que estava no seu quarto.
- Sim. – Disse ela.
vivia num T1. Era o suficiente para ele viver sozinho, já que ele era português e tinha decidido vir fazer a universidade na melhor escola do país. Os seus pais decidiram-lhe dar essa oportunidade e escrevê-lo na universidade de Oxford. Desde que ele mudou-se, veio viver neste apartamento.
O primeiro dia tinha passado normalmente, quer dizer, não tinha sido bem normal, desde quando uma pessoa reencontra outra que já morreu? Não é impossível, mas também não é hábito acontecer.
tinha acordado de manhã e decidiu fazer uma surpresa ao . Primeiro preparou-se e depois foi até a cozinha fazer a sua comida favorita para o pequeno almoço, torradas com leite.
Mal ela acabou de cozinhar, foi até ao quarto dele e foi acordá-lo.
Ela tentava, mas ele nem mexia-se, logo decidiu agarrar num copo com água gelada e mandar-lhe para cima dele.
- , MAS PORQUE É QUE TU FIZESTE ISTO? – Perguntou ele, enervado. – NOS NÃO ESTAMOS NO VERÃO, MINHA MENINA. – Disse ele e começou a correr atrás dela, até que apanhou-a.
- Desculpa, Bambi, mas tu não acordava. – Disse , Bambi era a alcunha que ela tinha dado ao . - Não faz mal. – Disse ele e começa-se a aproximar da amiga, deixando-a com os olhos fixos nos dele. – Mas nunca mais faças-me isso, bebê. – Disse .
- Ok, Bambi. – Disse ela, ainda com os olhos nos do .

pov on.

Não sei o porque, mas aquilo deixou-me hipnotizada. Nunca tinha notado o quanto os olhos do eram perfeitos, mas para ser sincera, não eram só os olhos, ele era perfeito, completamente perfeito.

pov off.

continuava a olhar para ele, enquanto isso, ele aos poucos ia se aproximando dela, quando estavam a centímetros a campainha toca.
- Mas que raios! – , irritado, foi até a porta e abrindo-a. – Sim?
- Serviço de quartos, é o senhor Lago? – Perguntou o empregado.
- Mas eu tenho cara de Lago? – Perguntou , ainda irritado por a interrupção.
- Para ser sincero… - Ele ia continuar, mas interrompe-o.
- Olha, meu senhor, brincadeira tem hora e a sua hora já passou. Até outro dia. – Disse ele, fechando-lhe a porta a cara.
Quando olhou para o lado, já não estava no mesmo lugar. Ele começou a caminhar até à cozinha e vê-a lá sentada a espera para comer.
- Estava a ver que ias demorar. – Disse ela, finalmente agarrando em uma torrada.
- Não tenho culpa se o homem confundiu os quartos.
- Isso é normal. – Disse ela, vendo o a sentar-se e a começar a comer.
- Então o que vamos fazer a seguir?
- Bem, que tal vermos um filme?
- Como por exemplo?
- CARS 2, EU AMO ESSE FILME. – Disse ela, sorrindo.
- Ok, como a menina quiser.
- Obrigada, Bambi. – Disse e sorriu com a felicidade da amiga.
Eles almoçaram tranquilamente e depois foram ver o filmes. Prepararam as pipocas e puseram o filme a dar. deitou-se com a cabeça em cima do enquanto ele fazia-lhe festinhas no cabelo. O filme foi uma comédia. podia vê-lo mil vezes, mas nunca iria cansar-se. O filme acabou e e decidiram divertir-se indo até o parque, mas quando eles iam sair, a chuva estava a invadir os céus e, como sempre, e faziam birra. Sim, eles desde que se conheceram, sempre, ou quase sempre, que eles queriam ir ao parque, começava a chover e isso era algo que nunca gostaram. Graças a chuva tiveram que ficar em casa a falar sobre a vida.
- Então, Bambi, já arranjas-te alguma namorada?
- Bem … Estou a namorar com uma rapariga chamada . – Nesse exato momento, começou a sentir-se fraca como nunca se tinha sentido.
- Então tens namorada. – Disse ela, triste. Já que eram oito da noite, ela decidiu arranjar uma desculpa e ir dormir.

Era o último dia que ela podia passar com o . Quando acordou, foi até o quarto dele e ficou chocada com o que viu, ou com o que não viu. O não estava lá, mas onde é que ele tinha-se metido?
vestiu-se e foi procurá-lo, já eram onze horas da noite e nada de . Ela tinha apenas uma hora para desaparecer. voltou para o apartamento e quando entrou, viu o a chorar enquanto tentava se matar.
- , o que estas a fazer? – Perguntou ela, correndo até ele, abraçando-o.
- Tu estás aqui, amor. Afinal, ainda estás aqui. – Disse ele e simplesmente separou-se dele e olhou-o nos olhos.
- Achas mesmo que eu te iria abandonar antes de me despedir? – Disse ela, enervada com o que tinha acabado de ver.
- Eu preciso de ti, amor. – Disse ele, abraçando-a.
- , estás bêbado? – Perguntou ela, espantada com todas as vezes que ele já a tinha chamado de amor.
- Não, eu apenas descobri que eu não amo a , quer dizer, eu já sabia disso há muito tempo, mas nunca arranjei coragem de te dizer o quanto amo-te. Quando eu ia te contar tudo, recebi a noticia que te tinhas suicidado e isso fez-me sofrer muito.
- Espera lá, tu amas-me? – Perguntou ela, de novo espantada.
- Sim, mais que tudo na vida. Mas eu sei que tu não…
Quando ele ia acabar de falar, junta os seus lábios nos dele, fazendo-o calar-se em seguida.
- Eu também amo-te, mas tu sabes que não podemos ficar juntos.
- Mas, , se nos ama-mos...
- , eu sou um fantasma e tu uma pessoa de carne e osso.
- Eu sei, mas se for preciso eu mato-me.
- Nem penses nisso. Eu sei que tu amas-me como eu também amo-te, mas não vais perder a vida por mim. Tens tantas pessoas que podem-te corresponder no amor.
- Eu sei que tenho muitas, mas tu és a única que eu amo de verdade.
- Nunca se sabe, , agora promete-me uma coisa. – Começou ela, já com lágrimas nos olhos.
- Sim?
- Promete-me que nunca iras-te matar simplesmente para ir ter comigo.
- Não sei se vou aguentar. – Disse ele, abraçando-me ainda mais forte.
- Promete-me, se amas-me mesmo do fundo do teu coração.
Ele olhou-a nos olhos e finalmente respondeu.
- Eu prometo, mas jura que esperaras por mim.
- Eu juro.
Quando eles iam-se abraçar de novo, começa a desaparecer e foi assim que acabou. viveu o seu resto da vida triste, mas no final eles conseguiram ficar juntos e, desta vez, foi para sempre.


Nota da autora: Obrigada a todos por lerem a minha história.
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Nota da beta: Quanto amor essa fanfic! Haha
Lembrando que, se você gostou da história, deve deixar um comentário bem bonitinho para a autora aí na caixinha de comentários! E se você achar algum erro, me avise por aqui. :)


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