Primeira e Última Vez

Autora: Raquel Moreno || Beta-reader: Brille

Capítulo Único

20 de dezembro de 2012 - 22:00 horas

Várias pessoas ficaram apavoradas quando surgiu a nova data para o fim do mundo. Muitas questões ainda são levantadas até hoje. Alguns reclamam que vão ter estudado à toa, outros falam que gostariam de ter tido filhos, outros que não encontraram o amor da sua vida, e há aqueles que ignoram esse “aviso” dos maias e seguem sua vida pensando que, se sobreviveram aos outros possíveis fins do mundo, sobreviverão a este. Eu não me encaixo em nenhum desses grupos na verdade. Meu único motivo para entrar em pânico é o fato de eu ainda ser virgem. E, cara, morrer virgem é sacanagem!

Sempre esperei que meu momento chegasse, me guardei para perder minha virgindade somente com um cara que eu achasse digno. Todas as minhas amigas já haviam transado e eu ficava louca me imaginando nas situações que elas me contavam. Mas eu sempre tive esse ideal de somente perder quando eu amasse o cara de verdade e fosse correspondida. Entretanto, essa chegada do fim do mundo não estava nos meus planos... Uma vez cheguei a mencionar a questão para minha amiga .

*FLASHBACK ON*

- Cara, essa história de fim do mundo é tão idiota... As pessoas não entendem que os maias podiam apenas não ter mais lugar pra escrever? – falou com tom esnobe. Eu dei risada.

- Pois é, né? Mas vai que é verdade... Nunca se sabe! Pra todos os efeitos, acho que vou esperar até o último momento pra decidir... Se chegar dia 21 de dezembro e começar um monte de desastres, e eu perceber que é real, pegarei o primeiro cara que me aparecer pela frente e transarei com ele. Morrer virgem é sacanagem, cara!! – Ela deu uma gargalhada alta.

- Isso aí, amiga! Tô contigo! Se quiser um ménage depois, me avise. Se for pra morrer, que seja fazendo a melhor coisa do mundo! – Sorriu pervertida. Eu gargalhei e dei-lhe um tapa nos ombros chamando-a de idiota

*FLASHBACK OFF*

Fui dormir me perguntando se aquela seria a última noite da minha vida.

21 de dezembro de 2012 - 10:00 horas

Acordei bem disposta até demais para um dia fatídico com esse. Depois de fazer minha higiene matinal e tomar café da manha, fui ligar a TV pra saber se já havia algo acontecendo. Afinal, o fim do mundo estava marcado para hoje, mas ninguém fazia ideia de que horas.

Na TV só havia reportagens sobre o assunto. Diversas entrevistas perguntando opiniões, desejos sendo realizados, a origem da data e blá blá blá. Nada disso me interessava.

Resolvi dar uma passeada na praça próxima a minha casa. O sol brilhava entre nuvens, mas o dia ainda estava tranquilo. O lugar era lindo, cheio de árvores grandonas e bonitas, flores que variavam desde orquídeas a lírios. Eu adorava aquela praça, era um lugar muito bonito e fazia eu me sentir em casa. Sentei em um dos bancos vazios e observei as pessoas ao redor. Um grupo de amigos ria e debochava do dia e do possível fim do mundo, um casal se beijava a alguns bancos à distância como se realmente não houvesse amanhã, enquanto um casal de velhinhos sorria um para o outro com grande ternura.

Somente eu e um carinha sentado sozinho no outro banco não estávamos fazendo nada. Ele era muito bonito, era moreno de cabelos pretos delineados, corpo másculo e braços fortes. Seus lábios eram médios e carnudos, seu rosto anguloso e seu nariz meio gordinho. Ele era possuidor de um conjunto admirável. Surpreendi-me por ele não estar acompanhado de alguma namorada.

Meus devaneios foram interrompidos por gritos ao longe. Um cara passou correndo com o celular ligado no noticiário. Pude ouvir algo como “O nível do mar aumentou drasticamente, fortes ventos estão acontecendo em boa parte do país, perdemos o contato com as transmissões dos outros países, uma terrível tempestade parece se alastrar por todo o país, estados do Nordeste encontram-se com terremotos em grande parte das cidades. Ao que parece, o fim do mundo está começando.”

Meu coração disparou. O pouco sol que ainda estava no céu foi completamente coberto pelas nuvens, ventos fortíssimos apareceram de repente e as nuvens escureceram rapidamente. Era isso, estava começando.

O céu rebentou em uma enorme tempestade e as nuvens adquiriram uma cor avermelhada que se assemelhava a sangue. As pessoas gritavam desesperadas, correndo pelas ruas e tentando fugir para lugar nenhum, porque esse era o fim do mundo e não havia meios de se esconder dele. Meu coração palpitou temeroso. Seria assim a minha morte? Lágrimas se formaram nos meus olhos, mas eu as contive.

Lembrei-me do que havia prometido para mim mesma e olhei o cara que ainda estava no banco ao meu lado. Ele também parecia surpreso, mas ainda estava imóvel com a boca aberta. Tomei coragem e corri em direção a ele, pulando em seu colo e tascando-lhe um beijo.

Ele demorou cerca de três segundos para entender o que estava acontecendo e retribuir meu beijo. O beijo era muito intenso e frenético, nossas línguas dançavam juntas a mil por hora. Aquele seria o ultimo momento de nossas vidas, e eu sequer o conhecia.

Ele passou suas mãos pelo meu corpo e apertou minha bunda com força me fazendo arfar. Arranquei sua blusa com rapidez enquanto ele apertava minhas coxas. Voltamos a nos beijar enquanto ele se levantou comigo e nos rumou a uma das árvores e me prensou nela.

- Qual seu nome? – Sua voz rouca e baixa perguntou.

- , e o seu? - Respondi arfando.

- .

Tirou minha blusa depressa e começou a beijar meu pescoço rumando para meu colo. Eu o arranhava por todo seu peitoril. Ambos com a respiração descompassada, a adrenalina correndo frenética por nossos corpos. Era uma pena que eu não poderia ter uma primeira vez decente, não tinha tempo pra isso. Mas que se foda. Ao menos virgem eu não morro.

Ele abriu meu sutiã e começou a acariciar um dos meus seios enquanto beijava, lambia e mordiscava o outro. Pude sentir sua excitação e gemi com isso fazendo-o gemer junto. era muito bom. Eu não sabia se as sensações que eu sentia realmente eram culpa dele, ou eram resultado de toda aquela situação pré-morte. Mas, com certeza, ele era bom e muito gostoso.

Uma das minhas mãos foi para seu cabelo o puxando enquanto a outra abria o zíper da sua calça. Enfiei minha mão dentro da cueca dele e acariciei seu membro, que crescia cada vez mais. Eu não sabia fazer nada disso, mas aparentemente estava fazendo certo, porque ele gemeu meu nome enquanto abria meu zíper e descia meu short.

Voltamos a nos beijar furiosamente enquanto descia a própria cueca e se posicionava na minha entrada que estava levemente molhada, eu não tinha culpa, não tínhamos muito tempo para preliminares.

Ele me penetrou com força e agilidade me fazendo gritar. Aquilo doeu bastante e eu amaldiçoei aos céus por não ter tido tempo para me preparar melhor.

- Oh! Tão apertadinha... – gemeu em meu ouvido antes de se movimentar.

Aos poucos a dor passou e pude enfim aproveitar a sensação de tê-lo dentro de mim. se movia rápido e com maestria. A árvore em que nos encostamos rangia pela força que era aplicada nela, tanto de nossas investidas quanto do vento assombroso que não parava um minuto. Raios e trovões começaram a cair ao nosso redor, o tempo estava acabando. Gemíamos juntos enquanto ele me penetrava cada vez mais rápido.

Uma onda gigante de vento e pó começou se aproximando a uma grande velocidade. Por segundos me lembrei da queda das torres gêmeas e da camada de pó e destroços que se aglomerou nas ruas, poluindo os céus por quilômetros e aterrorizando milhares de pessoas que fugiam de ser engolidas por aquela onda.

Estávamos cientes do que acontecia ao nosso redor e isso nos fazer ficar cada vez mais desesperados. Meu corpo começou a se contrair e gemeu mais alto com meu aperto sobre seu membro. Seus dedos foram para meu clitóris fazendo as sensações que eu sentia aumentarem drasticamente. Estava chegando a hora. Minha hora, a dele e a do mundo.

NARRADOR EM TERCEIRA PESSOA

Partes do mundo já se encontravam destruídas, várias populações já haviam morrido. Diversos terremotos, tsunamis e deslizamentos aconteceram pelo mundo todo. O Brasil também estava devastado e, segundos após e chegarem a seus respectivos clímax, a árvore onde estavam caiu em suas cabeças matando-os instantaneamente. Todas as árvores e prédios da cidade encontravam-se no chão. Não havia restado um sobrevivente. Aquele havia sido o fim do mundo.



N/A: Hello People =D Voltei com mais uma fic! E ai? Gostaram? Espero que sim! Eu sei que foi tudo "de repente" e tal, "do nada", mas essa era a intenção rsrsrs. Bom, estarei esperando o comentario de vocês, elogiando ou criticando. Qualquer coisa é bem vinda XD Bjinhos e até a próxima!


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