Procurando Thor

Escrita por Taki, Juki e Bia


Todos sabiam que não era possível aparatar e desaparatar no castelo e nas terras de Hogwarts. Mesmo sabendo disso, o homem caminhava tranquilamente em direção aos portões da propriedade. Murmurando um encantamento que seu informante infiltrado na escola o sugerira, os portões se desfizeram por um momento, permitindo sua entrada e logo depois voltando à posição inicial. Ao entrar, só por garantia, pegou o pequeno frasco que seu informante o dera mais cedo e o analisou por um momento antes de beber o líquido que o mesmo continha. Felix Felicis. A sorte líquida. Não que ele, Loki, o Deus da Trapaça, precisasse de sorte como qualquer mortal que fosse tentar fazer o que ele pretendia e estava a um passo de concluir: invadir a sala do Professor Snape, o astucioso mestre de Poções de Hogwarts, e roubar os ingredientes necessários para que ele realizasse o que pretendia: a Poção Polissuco, mas sempre era bom garantir. O efeito foi imediato e ele se sentiu absurdamente sortudo.
Mais que isso, sentiu-se invencível, o que, definitivamente, ele era.
Uma vez dentro do castelo e munido do recentemente roubado Mapa do Maroto, Loki não teve dificuldade para chegar à sala de Snape. Uma vez lá dentro, pegou sua listinha de dentro de seu cetro mágico e, como se estivesse em um supermercado, fez suas "compras". Riu consigo mesmo ao pular a janela e sair rapidamente do castelo. A parte mas difícil do plano estava feita. E ele, o Deus Loki, mostraria a todos eles quem estava no poder. Ele os destruiria, os malditos Vingadores. Com uma última risada maléfica, Loki voltou para seu esconderijo, pronto para preparar a poção.

Enquanto isso, na Stark Tower, Tony arrumava em seus computadores a arquitetura da Torre que fora destruída na última luta que ele teve para salvar o mundo, em que quase foi morto por descuidos ridículos dos comandantes da SHIELD. JARVIS repetia milhares de vezes o lugar que era necessário arrumar para que a Torre não tombasse, como Stark queria, para não ameaçar a vida das pessoas que rodeavam por ali. Os cálculos pareciam certos, até que o barulho irritante da campainha improvisada ecoou por seu escritório semiaberto, fazendo-o errar em dois números que acabaram um pouco com a ideia da arquitetura que ele planejara. Ele pigarreou, tentando se concentrar em seu moderno computador, ignorando a campainha até que ela soasse novamente e o fizesse ir atender às pressas, praguejando Wayne por ter um mordomo humano e ele não. Quando a porta enguiçada foi aberta, Tony piscou os olhos várias vezes ao notar o rosto oval com os indícios de calvície tomar conta de sua visão. Coulson estava bem ali na sua frente, mas se lembrava perfeitamente da notícia de sua morte dada pelo comandante da SHIELD. Queria falar algo para expressar sua dúvida, mas o mesmo havia sido mais rápido ao entrar em seu escritório e, praticamente, jogar as folhas em seu peito.
- Espero que esteja pronto, Tony. Porque a SHIELD está para te contatar mais uma vez. - seu cérebro formulava a frase e tentava ler as palavras que pareciam em braile marcadas na folha. Ignorar seria o melhor, mas quem disse que ele conseguia?
- Você... Eu vi você morrendo. Como...? Tudo bem, eu não quero saber. - se pôs a ler como se nada houvesse acontecido, tendo uma atenção maior na frase Iniciativa Vingadores 2, como também na sua foto, que parecia um charme aos seus olhos. Voltou a olhar o defunto, orgulhoso, não precisando responder absolutamente nada ao constatar que Phill havia entendido. Ele iria salvar o mundo outra vez. Afinal, se não fosse, quem iria?
- Muito bem. – começou Coulson. – A situação é a seguinte: os habitantes amarelados do planeta das rosquinhas resolveram que iriam fazer uma visitinha...
- Isso é alguma piada?
- Espere, a história fica melhor. Acontece que este povo, que até então nós acreditávamos serem inofensivos, juntou-se a outra nação poderosa que deseja, nas palavras deles, “livrar-se de todo o mal do universo”. E como? Através de mais violência, é claro. O plano deles é simples: eles visitam o planeta, decidem se gostam ou não da paisagem e escravizam a população, na melhor das hipóteses.
Tony não precisava perguntar para saber qual era a alternativa.
- E eles estão vindo para a Terra? – perguntou.
- Sim. De acordo com nossas fontes, sim.
- E quem seria sua fonte?
- Ninguém menos que Thor.
- Thor? - o tom de voz de Stark era de deboche. - Thor, que, após a última batalha, simplesmente desapareceu e até hoje não deu sinal de vida? Thor, que deve estar por aí cantando Kumbaya em algum retiro para Deuses cercado de mulheres que gostam dele por ter um martelo? Por favor, Coulson. De onde surgiu essa informação dele? - Stark terminou exasperado. A cada palavra, perdia mais do seu precioso tempo, que deveria ser gasto na reconstrução de sua Torre, o mais rápido possível. Olhou à sua volta, parando no único lugar que estava totalmente intacto: sua mesa. Todos os computadores trabalhavam ao som da voz de JARVIS enquanto Tony estava ocupado com Coulson, que, pelo amor de Deus, não havia morrido? Parou seu olhar no retrato sobre a mesa, o qual teve o poder imediato de o acalmar, como ela sempre conseguia fazer. Sua esposa. Sentia uma falta imensa dela, mas, nesse momento, era necessário que passasse muito tempo ocupado na reconstrução de sua Torre, o que o impossibilitava de passar muito tempo com ela. - Hein, Coulson-Cadáver, de onde surgiu? Como sabe que é mesmo uma informação dele?
- Bom... er, Tony. Não temos absoluta certeza de que é informação dele, porque o que recebemos foi uma mensagem criptografada e fragmentada numa noite de sexta-feira 13, durante um luau, no meio de um raio. E, depois de capturada, alimentada por 7 dias e traduzida, a mensagem dizia as seguintes palavras: vilões, rosquinha, amarelo, destruição, urgente. E, no final, como assinatura, o desenho de um martelinho, o que nos mostra que é dele a mensagem. E, também, logo depois, ele foi visto por um Agente nos arredores, comendo Shawarma, que virou seu prato favorito. Então, apesar de ser uma boa ideia, meu caro, ele não estava num retiro.
- Ótimo. Ótimo. - Tony não acreditava no que seus ouvidos diziam. - Então por que vieram me chamar? Já que a mensagem é do Thor e ele está por aí comendo Shawarma, ele que resolva a situação, oras. Não sei se percebeu, Coulson-Cadáver, mas tenho uma Torre pra reconstruir.
- Ora, Stark, vamos lá.
- Não Coulson-Cadáver, não. - ele estava decidido. Não iria perder seu tempo com um planeta de rosquinhas amarelas. Ou iria?
- Os outros já estão de acordo e estão na sede d...
- Não. Já disse. - Tony o interrompeu, apesar de formigar um pouquinho ao ouvir que os outros estavam lá. Ele não era do tipo que perdia a festa. - Mas nós precisamos, Tony. Isso é muito grave, além da ameaça iminente do Planeta desconhecido, após a mensagem, Thor desapareceu. Tememos que ele tenha sido capturado pelos amarelos.
- Tenho direito a uma última ligação? - já convencido, Tony sorria ante a adrenalina que vinha antes de uma ação.
- Creio que nem precisará, meu caro, sua adorável já está na sede junto dos outros, esperando por você.
- O quê? Mas como... Como? - Stark falava incrédulo.
- O gênio dela é mais fácil de lidar do que o seu, meu caro.
- Deixa eu só arrumar minha maleta, sabe como é. - Tony deu as costas e foi em direção ao lugar onde ficava suas armaduras, com o pensamento longe. Como assim sua esposa estava na SHIELD sem lhe informar de sua atitude? Como que eles haviam entrado em contato com ela antes mesmo de ele saber? Suas perguntas somente seria respondidas quando colocasse seus pés naquela aeronave maldita que ele sofreu pra concertar uma vez. Pegou a primeira maleta que viu e se dirigiu novamente a Coulson, antes dizendo a JARVIS que fechasse as janelas para não entrar mosquito em sua ausência.

Já dentro do carro, que corria em direção ao deserto onde ficava a nave que os levaria à SHIELD, Tony se pôs a pensar nas desculpas esfarrapadas que lhe dava sempre que precisava sair; e ele que sempre desconfiava que ela estava tendo um caso com o seu rival de empresa, Wayne. Ele queria rir de seu pensamento, mas não houve tempo quando Coulson o alertou de que eles já estavam chegando. A aeronave estacionada e desligada a alguns metros de si era grande e parecia estar transportando outras pessoas além do piloto e do co-piloto. Quando se aproximou, jogando sua armadura lá dentro, pôde ver as roupas fora de moda de Steve e o uniforme preto extremamente grudado que Natasha usava. Claro! Deveria imaginar que o Capitão viria, quem o aplaudiria de pé quando ele salvasse o mundo mesmo? Era óbvio! Steve lhe amava, lhe idolatrava e invejava suas roupas da moda, porém jamais admitiria isso, ele gostava de se humilhar naquelas roupas reluzentes com o emblema que ele roubou do tênis All Star. Ou vice-versa, Tony não se importava com isso mesmo. Seu sorriso foi direto para Viúva Negra, como se a cumprimentasse pelos velhos tempos, aproveitando para se sentar ao lado. Quando seu olhar se direcionou a Steve, pronto para soltar uma de suas piadinhas, a entrada Coulson na nave de imediato se fez presente assim como sua voz:
- Estão prontos? Vou dar o sinal para que Clint decole. - com um grito agudo de Phill, Gavião Arqueiro decolou e, em menos de três minutos, já estavam voando além das montanhas, em direção à nave, em meio às nuvens. Em pouco tempo, a nave estava estacionada junto às outras, com os vários e vários engenheiros e Agentes da SHIELD circulando para todos os lados. Tony foi o primeiro a descer, atrapalhando Natasha, que tinha o mesmo plano em mente. Quando seus pés tocaram a superfície do 'aeroporto' improvisado, seus olhos captaram a imagem de sua esposa, ao lado de outra garota, vestida com os uniformes usuais da SHIELD. Queria perguntar, mas sabia que precisava apenas que seus olhos se encontrassem para que ela contasse absolutamente tudo. Steve desceu da nave, olhando ao redor como se fosse a primeira vez que tivesse pisado ali. Era sempre novidade para ele. Um pigarro o fez voltar à realidade. À sua frente, estava uma garota com as mesmas vestimentas da SHIELD, sorrindo como se fosse um prazer vê-lo naquele momento. Steve sentia o mesmo ao sorrir.
- Capitão, irei lhe acompanhar até o interior da nave, apesar de já conhecê-lo. - ela se pôs a caminhar, atrás dos outros que já estavam a uns passos de distância, tendo ele em seu encalço. - Aliás, me chamo . - ela olhou um pouco para trás para vê-lo sorrir.
- Acho que eu não preciso me apresentar, afinal. - suas mãos frias encontraram o bolso de sua blusa xadrez habitual, a mesma que ele havia usado quando veio aqui, e a seguiu, entrando por entre um corredor extenso.
Em pouco tempo, todos estavam numa sala de reunião, a mesma que Tony e Steve haviam estado quando colocaram os pés pela primeira vez na nave, que havia os levado enquanto discutia com Stark sobre sua vida. Nick já estava os esperando, e a sua expressão não era das melhores enquanto encarava a cada um presente.
- Imagino que todos já estejam cientes da situação atual.
- Mas é claro. – começou Tony. – De acordo com o Capitão Martelo, alguns maníacos por Donuts querem destruir nosso planeta. Perfeitamente plausível.
Nick o encarou com seriedade.
- Você não cansa de ser o centro das atenções, não é mesmo, Tony? - disse o Capitão América.
- Ora, você tem que admitir que as informações não são exatamente precisas.
- Não cabe a nós verificar as informações. Nosso dever é proteger o planeta de qualquer ameaça, está lembrando?
- Aham. Ameaças. Não historinhas e trotes.
Neste momento, as portas atrás deles se abriram e uma figura alta e loira adentrou a sala.
- Não é um trote. – pronunciou Thor.
Steve dirigiu um olhar contestador a Tony e se controlou para não fazer sua dança intergaláctica da vitória. Tony rolou os olhos e moveu os lábios para forma a frase “você me ama” silenciosamente.
- Thor? Como entrou aqui? – disse Nick.
- Não foi tão difícil assim. Eu tenho um martelo bem grande, vê? – ele balançou o martelo em demonstração.
Natasha apertou os lábios.
- Sim, sim, estamos vendo, Thor, agora deixe este martelo na mesa, ok?
Ele riu e soltou o martelo.
- Enfim, qual o plano?
Tony não engolira aquela história. Por que Thor viria à Terra novamente? Como ele ficara sabendo do planeta das rosquinhas? E por que diabos o planeta tinha nome de comida? E, além disso, onde ele mesmo poderia conseguir rosquinhas na SHIELD?
Deixando as últimas questões de lado, ele se levantou e começou a andar pela sala, ignorando os comentários e a discussão que ocorria entre seus companheiros.
- Por que você está aqui, Thor? – perguntou por fim. Todos imediatamente se calaram e o encararam.
- Por quê? Ora, meus queridos companheiros de guerra, como vocês vão vencer essa batalha sem o martelão aqui? - a voz de Thor era divertida, e todos desconfiaram disso. Steve riu baixinho enquanto Stark suspirou, ainda pensando que algumas rosquinhas seriam melhores e o tempo gasto as consumindo mais bem gasto do que ficar ali ouvindo baboseiras do Trovão.
- E, além disso, é uma Iniciativa Vingadores, e Thor faz parte do time, além de ser quem nos trouxe as informações. - Nick falou, e sua imponente voz calou a todos por um momento, deixando-os refletir em silêncio, momento este que foi interrompido alguns minutos depois.
- E por que ele sabe tanto assim sobre o tal planeta da rosquinha, sendo que nós nunca nem ouvimos falar no tal? - Clint questionou e todos concordaram com a pergunta.
- Porque, em um dos meus passeios pela galáxia - Thor começou, sentando-se numa das cadeiras metalizadas ali perto e descansando seu martelo na mesa. -, eu descobri a existência de vida nesse planeta. E os habitantes, os amarelos, não são humanos, são semideuses.
- Ai, pelo amor de Deus. Planeta dos amarelos semideuses das rosquinhas. Você só pode estar brincando com a minha cara. - Tony falou, rindo da informação. - E, outra coisa, meu caro. Quando Coulson foi me procurar, disse que você estava desaparecido e que poderia ter sido capturado pelos amarelos deuses aí. - todos olhavam de Tony para Thor, acompanhando a cena. - Me diga, martelão, como foi que fugiu deles, hein? E, melhor ainda - agora Stark havia se aproximado dele e apontava seu próprio martelo na sua cara. -, Thor, meu bem, como foi que você teve coragem de escapar da prisão dos amarelos e nem ao menos destruí-los? Por que trouxe o abacaxi para nós? Tudo bem que somos muito mais capazes de destruí-los que você sozinho, mas... O Deus do Trovão deveria ser capaz de derrotar os amarel...
- Cala a boca, Stark. - Steve o interrompeu. Tony levou um minuto inteiro para assimilar as palavras de Rogers, mas, feito isso, virou-se para o petulante, com raiva.
- Como é, All Star da Guerra? - ele falou calmo, mas, ao mesmo tempo, desafiador.
- Eu mandei você calar a boca, Tony Stark. Não é porque você se considera o melhor de todos que realmente é. E, outra, Thor pode ser o deus do Trovão, mas não é por isso que ele tem que derrotar um planeta inteiro de semideuses sozinho. Nós somos os Vingadores, devemos agir como um grupo. - Steve falava sério, enfrentando Stark.
- Mas você não acha, meu caro Steve Rogers, muito suspeito que ele tenha aparecido assim, do nada, simplesmente escapou dos rosquinhas? E por que uma mensagem fragmentada se ele tinha pleno conhecimento do planeta? Por que sumir, aparecer comendo Shawarma e voltar aqui do nada, depois de todos nós, sozinho? - Stark estava, definitivamente, alterado.
- Você não sabe o que diz, Stark. - Thor se pronunciou de repente.
- Ôh, martelão, a conversa não chegou aí, fica na sua que você nos deve respostas. - Tony o dispensou com poucas palavras e um gesto.
- Ah, Tony, deixe de ser ridículo. Você vai mesmo ficar contra Thor? Vai querer dividir os Vingadores? - Steve estava ainda mais alterado que Tony enquanto ninguém mais ousava proferir uma palavra. - Você é ridículo, Stark. Um bilionário prepotente que acha que pode resolver tudo sozinho só porque tem uma Torre e uma armadura. Faça-me o favor. Se você não quer colaborar, não quer estar aqui, não quer ouvir o que Thor tem a dizer, deveria ir embora, Stark. Deveria nos deixar.
Stark estava pálido. Como Rogers conseguia lhe dizer aquilo?
- Você não está em plenos sentidos, Rogers. Quem está errado aqui é ele. - apontou furiosamente pro martelo, já que seu dono tinha ido ao banheiro. - Ele chega misteriosamente, depois de sumir, e o que não sabe trabalhar em grupo sou eu? Ele nos deixou pra arrumar toda a bagunça que sobrou da última vez, ele apareceu só com a mensagem fragmentada, nos dando mais trabalho, nos pedindo pra enfrentar algo que não sabemos o que é, que só ele sabe e eu que devo sair? Ótimo, Rogers. Vou me retirar e ir atrás da minha esposa, que também me deve umas explicações, antes que eu dê um tapa na sua cara para ver se você acorda. - Tony proferiu a última palavra com raiva, saindo rapidamente dali e com vontade de bater em alguém.

Steve olhava para a porta da qual Tony havia acabado de sair, sendo observado por todos por sua repentina atitude explosiva. Odiava quando Tony se sentia o superior dali; ele não era e passava longe de ser, mas admitia que havia sentido em toda a sua explicação.Thor aparecer do nada já era de se desconfiar, ainda mais quando ele havia trazido uma das bandeiras do planeta amarrado em seu martelo. Passou a mão por seu rosto, tentando ignorar os olhares pesados sobre si. Thor havia acabado de voltar e se sentia mais confortável do que todos os outros; o martelo balançando em mãos como um chocalho e o sorriso preenchendo o rosto como se estivesse tudo sob controle. Steve sentiu uma mão pousar em seu ombro, mas não se virou para saber quem era, deixou apenas as palavras suaves provenientes de uma voz doce ecoasse por sua mente:
- Você precisa ir atrás dele, Capitão. Sabe, tanto quanto nós, que Stark é fundamental para essa missão. - ele olhou de soslaio para , encarando o sorriso de conforto que ela direcionava a si. Sua vontade era de permanecer sentado e ouvir a versão do Chewbacca com seu martelo de estimação, mas a suavidade que a garota havia usado o fez se levantar e repetir o mesmo gesto que Stark havia feito. Sabia que era o certo a se fazer, mas não queria ser, novamente, o chiwawa da Paris Hilton; ele era o Capitão América, aquele que lutou guerras e mais guerras... E ficou congelado por quase setenta anos. Não tinha muita moral para falar e nem muita experiência, na verdade, mas sabia se impor e tinha suas estratégias, pelo menos Rogers sempre acreditou que sim. Seguiu os passos que ele achava que Tony havia feito, notando como o corredor da SHIELD era extenso e cansativo, até chegar a uma das várias portas que enfeitavam ali. Quando tocou a maçaneta, revendo suas desculpas várias vezes mentalmente, sentiu uma presença atrás de si e um pigarro discreto, que chamou a sua atenção. Virando-se, pode ver , a esposa de Tony, de braços cruzados para ele.
- Não acho que seja uma boa hora para desculpas. - ela disse, encarando o homem à sua frente.
- Talvez ele tenha razão. - Steve comentou, e pareceu um insulto a si mesmo ao pronunciar. - Precisamos dele para essa missão, afinal, Stark é uma arma. E armas são necessárias, independente do quão difícil manuseá-la for. - limpou uma lágrima falsa, empurrando o corpo de Steve para o lado de modo que ele desse passagem a ela.
- Poupe suas desculpas. Tony não precisa. - ela tocou a maçaneta, girando-a lentamente. - Ele precisa aprender um pouco sobre a realidade, talvez o experiente ajude-o a entender. - ela entrou no quarto e, antes de fechar a porta, disse: - Acho que deveria se preocupar com outras coisas. Por exemplo, a Terra, que está prestes a ser invadida e não há nenhum Vingador que pense em salvá-la a não ser brigar por algo que é óbvio!
Ela fechou a porta sem dar chance de ele responder. A mulher era tão teimosa quanto ele, talvez pior, mas tinha sua doçura ao convencê-lo. Diferente de seu marido. Encarou a porta por alguns instantes e virou-se, pronto para retomar seu caminho até a sala de reuniões, mas foi surpreendido por , que estava de braços cruzados, encarando-o.
- Precisa de ajuda? Parece ter tomado altas doses de realidade, Capitão. - ele sorriu, seguindo-a pelo menos corredor que ele veio. - Não precisa se preocupar com Tony. Ele não faria o mesmo por você.
- Mas você havia dito para eu... - ele parecia confuso com o transtorno repentino da garota. Ela não havia falado para ele ir?
- Eu disse, não te obriguei. É diferente. - com essa resposta, ela entrou na sala de reuniões onde todos estavam em seus devidos lugares, como se não houvessem se mexido desde que ele saíra. Thor sentava com os pés sobre a mesa e rodava seu martelo como se fosse uma prostituta de quinta na pior esquina possível. O olhar impaciente para todos, como se quisesse destruí-los com o raio laser que, mentalmente, saía de seus olhos. Steve se aproximou da mesa e sentou na cadeira indicada pela Agente que lhe acompanhara até aqui. Cruzando os braços, escutou atentamente ao depoimento de Nick:
- Temos que nos preocupar com essa invasão agora. Nada é mais importante que a Terra. Larguem seus filhos, suas esposas, nós temos que nos concentrar. Se a mesma for tomada, iremos nos tornar escravos e já basta quando corremos esse risco com o Loki.
- Não fale nesse tom do meu irmão. Ele é um homem... Bom - a palavra parecia ter cortado a garganta de Thor ao falar -, além de bonito e muito sedutor, ele tem um poder de persuasão incrível. E só não tomou conta desses humanos imundos, digo, profundos, porque seu plano era outro nível e estava saindo do jeito que ele planejara... - Thor parou ao perceber os olhares para si, pigarreando de forma que voltasse a se concentrar: - Mas tudo ficou sob controle. Continue, Fury.
- Ótimo! Quero que vocês ataquem primeiro. - os olhares confusos para cima de Nick era perceptível. Ele continuou. - A melhor defesa é o ataque. Quero que vocês vão até esse planeta e acabem com eles, se possível. - o silêncio reinou até a próxima fala de Nick. - Mas não esqueçam de trazer as rosquinhas!

Enquanto isso, matutava em sua cabecinha. Thor ter aparecido daquela maneira realmente era suspeito. Ela não podia dizer para Steve que via sentido no discurso de Tony, mas havia alguém com que ela bem poderia discutir o assunto: . Nas poucas horas que haviam ficado juntas na SHIELD, já tinham se tornado amigas.
Assim, decidira encontrar-se com a esposa de Tony Stark mais tarde. Mandou-lhe imediatamente uma mensagem e ficou de olhos bem abertos para qualquer atividade suspeita de Thor.
Deixou passar a voz exageradamente fina de alguns momentos, as cambalhotas que ele deu durante o planejamento do ataque, o discurso sobre ele ser um Deus e o fato da camiseta de baixo dele ter os escritos “LOKI ROCKS” e logo abaixo “melhor irmão do mundo”. O que chamou sua atenção foi o pequeno frasco em sua cintura.
Era verde brilhante e cuidadosamente trabalhado com fios dourados. com sua mente astuta se perguntou logo o que ele conteria. Vira-o pegar e beber o conteúdo algumas vezes, então não deveria ser nada venenoso. Menos mal. Não se lembrava do Deus do Trovão ter algum problema de saúde que requeresse que ele bebesse água o dia todo. Talvez fosse só Toddynho. Fez uma observação no seu bloquinho para investigar mais tarde de qualquer maneira.

- Você ainda não me contou por que está aqui. - Tony falou após um longo silêncio. Ele ainda não havia falado com sua esposa desde que ela entrara na sala, minutos atrás. Seu olhar estava fixo num ponto qualquer da parede e ele se sentia traído por todos e tudo que queria era sair dali.
- A SHIELD me procurou. Mandaram um Agente à nossa casa duas semanas atrás. - começou a explicar, calma. Não gostara de esconder aquilo dele, mas fora necessário. - Você não estava em casa, estava trabalhando. - suspirou. - Como sempre... - falou baixo, mais pra si mesma do que pra ele. Tony levantou um pouco seu olhar e olhou pra ela, que se mantinha escorada à parede, olhando em sua direção enquanto ele estava sentado no único sofá que havia naquela sala. - O Agente me contou sobre a Iniciativa Vingadores 2, mas não deu detalhe nenhum, apenas disse que eu deveria tentar te convencer a participar, convidando-me a participar também, como Agente, visto que eles conhecem o seu gênio. - parou por um momento para soltar uma risada.
- Você não tentou me convencer, não me disse nada. Aliás, você deveria ter me dito que ele estivera lá, . - o tom de voz de Stark estava calmo, mas ele ainda não a olhava e isso a deixava nervosa.
- Eu não falei nada – começou a andar pela sala, já impaciente com a teima do marido. - porque eu sabia que você não queria se envolver em algo assim de novo, não agora. E eu não queria me envolver em negócios da SHIELD. - ela sentou em uma cadeira à frente dele. - Desculpa. Eu deveria ter dito, mas... Eu sabia que o mais importante pra você era reconstruir a Torre. - ela baixou o olhar, procurando o dele, que ainda olhava para a parede.
- Tudo bem, meu amor. Eu entendo, não se preocupa. - ele agora olhava para ela e, quando seus olhos se encontraram, os dois sorriram ao mesmo tempo. - Vem cá. - falou apontando o lugar ao lado dele no sofá. Após ela sentar e o abraçar de lado, Tony riu baixinho. - E pensar que eu cheguei a imaginar... - parou de falar, balançando a cabeça pra espantar o pensamento.
- Imaginar o quê? - ficou curiosa e se afastou dele, olhando-o de longe.
- Que você estava me traindo. - falou sério e depois riu novamente.
- Eu? Traindo você? - ela se espantou e levantou num passo só. - Anthony Stark, como ousa achar que eu poderia sequer pensar em trair você? - ela se fingiu de indignada, colocando uma mão na cintura, mas segurava o riso.
- Eu não sei, foi só uma suposição. Mas falsa, eu sei. Tenho certeza disso. - ele a chamou de volta e relutou por dois segundos antes de se jogar de volta nos braços dele.
O momento romântico foi interrompido por uma batida rápida e insistente à porta.
- Deixa bater. - disse, tentando segurar o marido no sofá. - Deve ser o Rogers de novo.
- Acho que não, eu pedi uma dose de whisky uns minutos atrás. - ele falou calmo e a mulher se levantou para abrir a porta. Uma das Agentes estava parada ali, uma bandeja e um copo com whisky em mãos. afastou-se para que ela pudesse entrar e aproveitou para checar algumas coisas no celular.
- Aqui está, Sr. Stark - a mulher disse, depositando o copo na mesa à frente dele e Tony não teve nem tempo de pegá-lo, pois ela se pôs a sua frente e, com um brilho estranho no olhar, materializou um cetro e o atacou bem no peito. Com um grito de dor, Tony caiu no sofá enquanto a risada da mulher ecoava o ambiente e sua esposa largava o aparelho que tinha em mãos, correndo ao encontro do marido e gritando por ajuda. O cetro o havia acertado bem no meio do arc reactor, e estranhas linhas azuis partiam desse por toda a extensão do tórax dele. saiu desesperada, procurando pela mulher, que havia desaparecido, e logo encontrou Steve e a Agente conversando na esquina do corredor. Explicou rapidamente a situação e os três correram de volta à sala, onde Tony continuava caído no sofá, mas agora ele estava desacordado e as linhas azuis haviam se espalhado por todo seu corpo.
Steve tocou no braço do companheiro, tentando animá-lo enquanto chorava desesperada, sendo amparada por . As duas gritaram juntas quando Rogers também desmaiou, as mesmas linhas azuis rapidamente correndo seu corpo. Por sorte, lembrou do grimório de suas descendentes bruxas, que ela carregava por ali. Pegou e, desesperadamente, folheou as páginas até encontrar o que queria. Mostrando o feitiço à , as duas se juntaram em volta dos dois homens desmaiados e começaram a falar as palavras que continha naquela página por sete minutos, tempo necessário para que os dois logo abrissem os olhos, as linhas azuis sumindo gradualmente e eles logo se levantaram, surpresos com o ocorrido. deixou todos pra trás ao ver o que havia acontecido e foi correndo pelos corredores atrás da maldita que quase matara seu marido e Steve.
- Srª Stark, a senhora não pode entrar nessa sala. - um outro Agente tentou a impedir de entrar na sala geral dos Agentes.
- Ah, eu posso sim. - ela falou com raiva no olhar. - Aquela loira vagabunda quase matou o meu marido. Eu que vou matá-la agora.
Com um golpe só, arrombou a porta e entrou, logo avistando a loira ali, com a expressão mais normal do mundo. Ao pressioná-la e ver que ela não falava nada e fingia que não sabia do que estava falando, ela pegou um pequeno frasquinho que tinha ganhado de seu velho amigo Severo na sua última visita a Hogwarts e obrigou a mulher a engolir duas gotinhas. Veritasserum. A Poção da Verdade, que obrigava qualquer um a revelar qualquer coisa que lhe fosse perguntada.
- Agora você tem que me dizer, vadia. Quem foi que lhe mandou atacar meu marido? - a mulher segurava a agente pelos ombros. - Hein?
- Th..or. Foi o Thor. Ele me deu o cetro, ele me enfeitiçou, eu não sabia o que estava fazendo, me desculpe. - a Agente soltou de uma vez só, logo sendo largada pela mulher, que saiu rapidamente da sala. Ao sair, topou com , que mais cedo lhe mandara uma mensagem querendo conversar sobre Thor. Contou a ela o ocorrido, ao que a Agente respondeu:
- Eu sabia. Acho que ele não é o Thor de verdade, . Será que você tem mais umas gotinhas de Veritasserum? Acho que vou oferecer um chá a ele e descobrir o que está acontecendo. - as duas sorriram juntas, prontas para a ação.

Thor encarava a paisagem através do vidro, observando toda a Terra pequena aos seus olhos como sempre deveria ser quando ele tentava atacar. Em poucos dias, quando, finalmente, os Vingadores fossem para o Planeta Amarelo, ele poderia tomar posse da Terra e colocar seus planos em dia, fazendo todos os terráqueos o servirem como sempre deveria ser. Sorriu, sentindo uma presença atrás de si sem mesmo olhar para trás. Estava as esperando.
- Imaginei que viriam. - sua voz saiu tão fraca quanto as pilhas comuns rivais da Duracel. Só precisava tirá-las da jogada para poder conquistar a Terra e acabar com os Vingadores, mandando-os ao Planeta Roskarte. Segurou o sorriso e virou-se para as duas Agentes que estavam paradas próximas à porta, uma de braços cruzados e a outra com uma bandeja em mãos. Pareciam inofensivas e amigas, mas Thor sabia que essa era a imagem que elas queriam transpassar.
- Estávamos preocupadas com você, Thor. Estava preso há algumas horas e conseguiu fugir. Imagino que não tenha se alimentado direito enquanto estava no Planeta Amarelo. Ouvi dizer que as rosquinhas de lá são de segunda qualidade. - deu dois passos à frente, estendendo a bandeja a ele para que pegasse uma das xícaras que havia ali. - São seus preferidos. Assisti seu primeiro filme e vi que gosta dessa bebida. Aprecie-a. - seu sorriso foi o mais sincero possível quando direcionou a ele. Thor quase acreditou, mas sentia que nada ali era para o bem dele.
- Obrigado! Vou experimentar. - disse ele, pegando a xícara e levando-a, vagarosamente, à boca. Antes que pudesse completar tal ato, seus olhos correram para a porta atrás de , como se captassem um movimento qualquer ali. - Mas... O que o Justin Bieber está fazendo aqui?
- O quê? Mata! Mata! - se virou, apontando a arma para trás de si ao mesmo tempo que se perdia nos movimentos irracionais da amiga. Thor aproveitou e trocou as xícaras, aproveitando para adicionar mais açúcar porque sentia a ausência em um dos copos. Quando se virou, encarou Thor, que permanecia na mesma posição, com a xícara na boca.
- Oh, acho que me enganei. Ainda bem que foi somente um susto. - ele soltou uma risada breve e tomou o líquido rapidamente, deliciando-se com o chá de camomila, que o fez se aliviar. Assim ele poderia fazer os próximos passos com mais calma. - Não vai experimentar o seu?
- Estava me esquecendo. - pegou a xícara e tomou em um só gole, arrependendo-se depois por sentir-se estranha. Ela dramatizou um pouco, jogando-se no chão enquanto assistia Thor materializar um cetro e correr em direção à , colocando-o, suavemente, sobre o lugar que ficava seu coração, fazendo-a desmaiar quase que imediatamente. - Estou infectada. Você... Cretino!
- Somente experimentou do seu próprio veneno. - Thor riu maleficamente, fazendo um gesto rápido para que a porta se fechasse. - Agora me conte, Srª Stark, o que estava tramando? O que pretendia fazer comigo? E acha que sou bonito?
- Você é lindo! - queria gritar por vários motivos, mas não conseguia. Arrependeu-se mentalmente por não aceitar o equipamento de telepatia que Tony havia a oferecido. - Eu havia colocado duas gotas de Veritasserum em sua xícara para que me contasse toda a verdade. e eu desconfiamos que você não seja o Thor, já que o verdadeiro jamais tingiria o cabelo de preto e pintaria as unhas da mesma cor! Você nos contaria a verdade e nós o prenderíamos, salvando a Terra e ainda conquistando o orgulho de todos os habitantes e o amor de Tony e Steve.
- Isso é perfeito! Que bom que me contou. - ele riu e olhou para suas mãos. - Sabia que preto não combinaria comigo. Eu não sei muito bem das cores que Thor gosta. Quer me dar algumas dicas?
- Claro! Passa em casa depois do expediente. - colocou as mãos sobre a garganta, como se isso a fizesse parar de falar.
- Eu sou de Asgard. Um Deus Poderoso e Indestrutível de Asgard. Acho que você não costuma frequentar muito o Wikipédia, não? - ela negou com a cabeça. - Ótimo! Sem vocês, o meu plano vai funcionar perfeitamente. Nos encontraremos em breve, quando eu voltar à Terra. - ele riu, completando. - Sem Os Vingadores.
arregalou os olhos, mas não atacou, sabia que o cetro dele era mais poderoso do que tudo.
Acompanhou com os olhos ele pegar a amiga nos braços e, em um piscar de olhos, estavam presas em um compartimento à prova de som, nos porões da SHIELD. Loki sorriu, acenando com a mão e logo desapareceu, para o desespero de , que já começava a estapear a amiga para que ela acordasse.

Thor caminhava pelos corredores da SHIELD, encaminhando-se à sala de reuniões, onde ele sabia que todos estavam. Entrou, sendo observando por todos, e se pôs a falar, com uma voz desesperada:
- Precisamos ir ao Planeta Amarelo. Eles capturaram e e disseram que, com um ritual rápido de cinco minutos que aprenderam na internet, irão matá-las para, finalmente, poderem vir à Terra, tomá-la dos humanos. - todos arregalaram os olhos, principalmente Steve e Tony, que não se lembravam de nada desde que acordaram abraçados no chão no escritório em que eles estavam. - Temos que ir depressa. O tempo é curto e o Ipiranga fecha daqui a pouco. Vamos, vamos!
Tony colocou sua armadura rapidamente ao apertar um botão e Steve se arrumava enquanto seguia os outros até o porta-aviões da SHIELD. Todos entraram, Clint ligava a espaçonave e ditava o comando a todos: Viúva Negra alertava dos perigos que iam correr e que não podiam parar na galáxia para pedir um autógrafo de Darth Vader que Tony tanto queria. Thor sorria por dentro, olhando a preocupação de todos. Em alguns minutos, a espaçonave já circulava pela galáxia, passando por entre meteoros e mais meteoros até aproximar-se dos planetas. E lá estava ele. Roskarte. Amarelo e em formato de uma rosquinha. Loki sorriu. Finalmente poderia completar o seu plano!
Ele sabia que os Vingadores começariam atacando o planeta sem mais questões. Quase se sentiu mal por perder o planeta das rosquinhas (afinal, seus Donuts realmente eram maravilhosos). Quase. Então se lembrou que por fim seria o Deus dos Deuses, o Senhor da Terra, e teve que se controlar para não dançar o tango da vitória. Poderia pedir para que lhe fizessem rosquinhas quando fosse o rei.
Começou a imaginar sua coroação. Quando todos os habitantes da Terra implorassem por um líder, ele daria um passo à frente, gritando “Eu me voluntario”. Seria nada menos do que brilhante. Ele queria confetes. E bolo.
De repente, um tranco na nave o fez sair de seus devaneios. Eles haviam aterrissado. Perfeito.

Enquanto isso, na cela de e ...
- E agora? – perguntou .
Ela tinha certeza de que Thor tinha outros planos com seu sumiço e provavelmente envolveria Tony nestes. Seu coração estava apertado feito ela. Quantas horas haviam se passado desde que usara o banheiro? Não, não era hora de pensar nisso. Nem em água. Ou cachoeira. Tony... pense no Tony – disse a si mesma – no gostoso do Tony...
- Não sei. Quer dizer, não tem nada no meu grimório mágico. Você não teria uma varinha por aí, teria? Suponho que não possamos aparatar aqui, mas sempre é possível tentar.
revirou os bolsos apertados de sua roupa.
- Serve Pó de Flu?
resolveu que era melhor não perguntar por que a amiga carregava aquilo.
- Nope. Sem lareiras, sem chance.
Elas começaram a explorar os detalhes da sala escura. Seria mesmo à prova de som? Thor podia estar em um dia ruim, mas não mentiria para elas, mentiria?
Não fazia diferença, pois neste momento gritou do outro lado da sala.
- Tem uma máquina estranha aqui!
chegou mais perto.
- Eu só não sei o que faz... – disse .
- “Máquina... super... legal de mudar coisas de lugar... 3500... versão nova!” – leu. – Acho que é uma maquina de teletrasporte!
- Bacana, mas eu definitivamente não caibo aí.
apontou para o espaço de aproximadamente 30 cm que parecia ser destinado à colocar coisas para serem transportadas.
- Nem eu, mas podemos mandar um bilhete!
Ela olhou para a amiga ceticamente.
- Não vai me dizer que você...
Mas era tarde, já estava tirando caneta e papel do sutiã. resolveu não comentar. De novo.
Observou enquanto a amiga rabiscava algo no papelzinho e colocava no espaço.
- E agora? – perguntou.
- Sei lá. Imagino que seja só apertar os botões em ordem aleatória e puxar uma daquelas alavancas amarelas. É o que fazem nos filmes.
- Não, nos filmes a alavanca é vermelha. – respondeu .
a encarou e começou a apertar botões e murmurar um encantamento antigo. De repente, a máquina começou a soltar muita fumaça e relinchar.
- Poderiam rebatizar a máquina de SJP...
Houve uma explosão. Elas tiveram que se afastar alguns centímetros e esperar a fumaça passar para notar que o papel tinha sumido.
- Se não tiver sido torrado nessa explosão, funcionou. Tomara que tenha ido parar na nossa galáxia... A proposito, o que você escreveu?
- “Mandem um banheiro, é urgente.” – falou.
não acreditava.

No planeta mágico das rosquinhas, Steve desenvolveu, pelo poder dos grimórios que a Agente havia lhe passado secretamente enquanto tomavam um cafezinho mais cedo na SHIELD, uma máquina localizadora, que ele e Tony usaram para esburacar o planeta à procura das duas desaparecidas. Enquanto os dois procuravam pelas moças, Clint e Natasha foram pagar de fofos e tentar fazer um contato com o rei de Roskarte, RosquiRei.
RosquiRei era filho ilegítimo de Poseidon, rei de Roskarte e Deus das Chuvas e dos Lagos. Sua esposa, RosquiRainha, era irmã adotada de Atena e, portanto, havia herdado todos os poderes do amor, motivo pelo qual ela conquistara os corações de todos os homens de Roskarte, assim como o amor eterno e o dinheiro de RosquiRei. Os dois estavam sentados em seus tronos de ouro na Sala RosquiReal, onde as paredes eram feitas de fios de ouro, com frases e ditados populares de Zeus. O trono era feito de pequenos diamantes em forma de rosquinhas e eles seguravam, cada um, um cetro feito das rochas do Monte Olimpo, o que os dava todos os poderes de seus antepassados Deuses. Todos os outros habitantes de Roskarte eram filhos ou primos do rei e da rainha, portanto, eram todos semideuses.
Naquela tarde de domingo em que o Vingadores chegaram ao planeta, os dois estavam em seu descanso noturno na Sala RosquiReal, quando Clint e Natasha chegaram por ali. RosquiRei encarou com maldade os intrusos, pegando seu cetro e invocando os poderes de Zeus.
Não aceitavam intrusos ali, todos os habitantes deveriam ser, no mínimo, semideuses. Não aceitavam mortais. O único habitante que ousou passear pela Terra e voltar trazendo uma mortal, foi jogado junto da mesma na galáxia sem fim, e ninguém os salvou, que caíram e caíram e caíram.

Na cela, literalmente batia em sua amiga que, sem o marido, ficara um tanto quanto desnorteada e não sabia mais o que fazia, tanto que, ao invés de pedir socorro, pedira um banheiro. passou uns bons cinco minutos pedindo desculpas à , que, vendo o quão desesperada estava a amiga sem Tony, logo a perdoou, dizendo que elas precisavam parar de choro e partir para a ação.
- Mas o que nós vamos fazer? - perguntou enquanto pegava sua bolsinha de festa magicamente aumentada e conferindo se tudo que precisavam estava ali. - Eu ainda tenho Veritasserum, Felix Felicis e um celular telepático que Tony construiu para mim, - a voz e o olhar dela brilharam ao falar do marido, sempre tão genial -, mas não funciona aqui no porão.
- Ótimo! - se empolgou e logo pegou o frasquinho da Sorte Líquida da mão da amiga. - Dividimos a Felix Felicis, saímos daqui, pegamos uma das naves da SHIELD e vamos para Roskarte. - concluiu sorrindo com sua própria inteligência.
Após tomarem a poção, ficou muito fácil para elas saírem do porão e chegarem ao aeroporto improvisado, onde havia um único jatinho pousado, como se estivesse à espera delas.

Em Roskarte, Tony parou de esburacar o planeta ao sentir seu celular telepático apitando. . Era ela. Ele chamou Steve e, juntos, colocaram a ligação no viva voz, só que o sinal era horrível em Roskarte, então só entenderam poucas palavras na voz doce e desesperada da esposa de Stark:
- Thor... impostor... matar... envenenou... estamos... jatinho... Roskarte... banheiro... desculpa... mande... sinal... vida... amor... piiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. - a ligação foi cortada pelo cetro de um dos semideuses, que destruiu o aparelho com um golpe só. Rapidamente, Steve pulou pra cima dele, dando uns bons tapas, até que este caiu no chão e pediu que eles se acalmassem e fossem à Sala RosquiReal, onde o Rei os esperava. Mais tranquilos por saberem que elas estavam bem, os dois concordaram que a parte de Thor ser impostor poderia ser investigada mais tarde, quando todos já estivessem livres dos rosquinhas do mal.
Foram à Sala, onde o RosquiRei e a RosquiRainha os esperavam, tomando chá com Clint e Natasha. Tony achou aquilo muito suspeito, mas achou melhor fingir que concordava e sentar para o chá.
É sempre bom manter os inimigos por perto.

e chegaram em Roskarte e aterrizaram seu jatinho ao lado da nave dos Vingadores, logo se concentrando em achar Thor impostor.
Ele estava num restaurante perto dali, tomando um suco de pitanga e relaxando com seu martelo. Ao ver as duas paradas ali, sorrindo para ele, Thor impostor enlouqueceu ao ver que elas haviam conseguido escapar e saiu correndo. logo correu e o pegou pelo braço, amarrando-o em uma pedra e rindo maldosamente. - Fim do jogo, impostor. - ela sorriu mais ainda enquanto pingava duas gotinhas de Veritasserum em sua boca.
- Agora, meu caro, diga: quem é você? - perguntou docemente para ele, uma falsa expressão fofa no rosto.
- Loki. Eu sou Loki, o Deus dos Deuses, o Rei do Mundo. - Loki colocou uma mão sobre a boca, tentando impedir a verdade de sair, mas não foi bem sucedido. Com um segundo encantamento, o fez voltar à forma original, deixando de se parecer com Thor e mostrando quem ele era.
- E o que você está fazendo? Por que se passar por Thor? - perguntou enquanto o segurava com ainda mais firmeza, com uma força adquirida enquanto chegavam às galáxias.
- Para destruí-los. Tentei matar Tony e Steve, mas vocês os salvaram. Malditas. - Loki não tentava mais impedir a verdade de sair, estava com raiva.
- . - olhou para a amiga, que entendeu rapidamente, e as duas o levantaram, ainda amarrado e foram à Sala Real, seguindo uma placa que tinha ali na esquina.

Na Sala Real, todos tomavam um chá enquanto RosquiRei se preparava para contá-los a história do planeta e dos semideuses e dizia que estava feliz por tê-los ali, afinal, não aturavam mortais, mas eles eram heróis. O momento chá das cinco foi interrompido pela entrada estrondosa de duas mulheres segurando um homem amarrado. Tony levantou-se mais rápido que o Flash ao ver sua esposa e a amiga Agente segurando um Loki amarrado. Todos seguiram seu movimento, prontos para o ataque, mas as duas colocaram o vilão sobre a mesa e sorriu para o Capitão América, como se quisesse jogar na cara dele seu feito enquanto colocava as duas mãos na cintura e, com um sorriso largo, dizia:
- Tantos super-heróis no recinto e as duas "moças indefesas" é que descobrem e capturam o vilão infiltrado.
Todos olhavam Loki amarrado como se fosse um cachorro treinando que passeava com sua dona pelo Leblon, surpreendendo-se ao perceber que ele não faria absolutamente nada. RosquiRei olhava maravilhado ao ver duas mortais tão corajosas e bonitas darem a vida pelo planeta delas. Ele precisava de escravas assim, que expulsassem os seus rivais vizinhos, o Hot e o Dog, que insistiam em atacar seus Donuts e acabar com a fábrica de leite que alimentava a cidade; sua esposa estava com a mesma feição, entusiasmada ao perceber que seu planeta estaria a salvo para sempre se tivesse as belas Agentes ao seu lado.
Steve levantou-se e abraçou em uma fração de segundos, como se quisesse matar a saudade de algumas horas que ficaram sem se ver. Ela retribuiu, envolvendo seus braços ao redor do pescoço dele, soltando Loki por uma fração de segundo. O mesmo fez um movimento like a ninja e se soltou de , rindo enquanto andava em passos lentos para trás, em direção à porta:
- Tão burros e distraídos como sempre. - Loki falava, gesticulando com uma mão enquanto materializava o cetro na outra. Seu sorriso era maior que tudo, se fosse esperto o suficiente, como sempre era, conseguiria fugir, destruir a outra nave e ir direto à Terra para acabar com todos os humanos idiotas que vivem lá, exceto o tal do Tom Hiddleston, do qual Loki era super fã e idolatrava o mesmo. - Deveriam saber que eu sempre consigo o que quero, independente das formas que preciso tomar para que aconteça. Vocês são estúpidos: um cara bilionário com uma armadura que parecesse só se importar com o trabalho ao invés de se importar com a mulher que lhe ama e sempre lhe espera; um Soldado preso no gelo por quase setenta anos que não consegue arranjar uma namorada sem que a mesma morra com o tempo ou entre em uma confusão pela Terra; um homem pássaro que só sabe mirar nas pessoas e acertar a cabeça delas sem se importar com a Aranha-Girl que sempre vive atrás dele. - Loki fazia expressões estranhas ao falar. - O quão idiota vocês são? Todos vocês. São patéticos, não conseguem dar um passo certo sem torcer o tornozelo ou pisar em algo. Vocês não merecem ser heróis. Porque heróis não falham. - Loki jogou um beijo no ar, vendo as expressões desnorteadas que estavam no rosto de cada um. Parecia incerto cada palavra dita pelo Deus da Trapaça; todos ali pareciam ignorar o que sempre estava em volta, pareciam querer novos problemas para não se preocupar com os antigos. Eles era mesmo estúpidos por nunca conseguir fazer ou pensar em algo correto. - Espero que tenham uma boa vida... Aqui em Roskarte! - a risada ecoando pelo salão se fez presente. Steve tentou se levantar, mas não era necessário. Ele viu que não era.
Loki deu um último sorriso, virando-se em direção à porta para seguir seu rumo e se tornar o Rei do Mundo, desbancando Mufasa e Simba, mas, antes que pudesse dar o primeiro passo da vitória, os cabelos louros hidratados pelos cremes de L'oréal Paris ocuparam a sua visão, e o barulho do Martelo girando se fez presente naquele imenso salão.
- Mas o que...? Como? Como escapou? - Loki queria dizer muitas coisas, mas o sorriso pretensioso do Deus do Trovão, o verdadeiro, não o deixou completar, estava temendo o próximo passo. - Eu vi. Paguei para o RosquiRei te deixar preso na Roscadeia. Thor... Como escapou?
- Me ofereci para ser modelo da principal fábrica de Rosquinhas daqui e eles me libertaram. Não foi nada fácil, irmão, espero que saiba disso. - Thor parou de girar seu martelo, olhando dentro dos olhos de Loki, que estava indignado por tudo o que aconteceu. - Você não vai se safar dessa, Loki. Fakes são frequentes no orkut, deveria saber disso.
- Não, isso não pode estar acontecendo. - Loki gritava enquanto era preso por seu irmão e logo calado quando colocaram uma mordaça em sua boca. Os outros assistiam de braços cruzados Thor prender o irmão em uma estátua de rosquinha ali perto e sorrir, aproximando-se dos outros. Loki se debatia, mas ninguém se importava com isso.
- Ainda dá tempo pra tomar outro chá e comer algumas rosquinhas? Precisamos nos sentar para eu poder contar tudo o que havia acontecido. - RosquiRei fez um sinal e, rapidamente, uma empregada apareceu com uma bandeja com chás e rosquinhas. Thor segurou seu braço, sussurrando somente para ela: - Tem como trazer um pano extra? Acho que acabei queimando a traseira com um dos meus raios. Coisa de aterrizagem, sabe como é. - ela concordou rapidamente e saiu, voltando logo em seguida com um pano úmido e outro pedaço de roupa.
- Oh, Deus do Trovão, conte-nos sobre sua história. O que o fez vir até aqui? Como conheceu o Planeta Amarelo? Por que aceitaste ser modelo sem nos convidar? - Tony fazia alguns gestos com a mão enquanto passava um braço pelo ombro de , que havia ocupado o lugar vago que estava ao seu lado. Ele sorriu, carinhoso.
Steve chamou para sentar-se ao seu lado e ofereceu a xícara de chá, como um belo cavalheiro, tendo em resposta um aceno negativo com a cabeça. Ela sentou-se ao seu lado, e o deixou entrelaçar seus dedos, como se fossem um casal. Ela encostou a cabeça no ombro dele, pronta para escutar ao pigarro breve que Thor deu.
- É o seguinte, terráqueos. Tudo começou com uma bela manha de salengrass, o dia de tomar banho, ou sábado, para vocês, pobres mortais. Eu acordei, tomei meu banho, escovei os dentes 394 vezes, assisti As Meninas Super Poderosas e Nemo num aparelho estranho que eu não lembro o nome que eu confisquei discretamente de um humano e, aliás, vocês já assistiram Nemo? Eu não consigo parar de repetir as falas. Quer dizer, a ideia toda de seres submarinos que falam a língua mortal é tão engraçada. Continue a nadar, continue a nadar... E eles podem falar outras línguas? Eu não sei o que baleiês significa, mas se for algum tipo de código secreto eu quero aprender e...
- Thor... – interrompeu Tony.
- Ah, sim, de volta à história. Bem, depois disso tudo, eu fiz minhas 400 mil flexões de aquecimento e estava me preparando para minhas 10 voltas matinais em torno do planeta quando meu querido irmão me chama da sua cela para discutir sabores de rosquinha. Eu estava confuso, quer dizer, desde quando Loki gosta de rosquinhas? Mas enfim, achei que fosse a solidão por fim mexendo mais com a cabecinha dele. Ele acabou me convencendo de que, se eu deixasse ele vir até Roskarte para comer as melhores rosquinhas de todos os tempos, eu poderia ser modelo no comercial da L’oreal. Ele disse que conhecia os produtores, e vocês sabem como eu sempre quis que minha cabeleira linda fosse tão adorada quanto eu. Mas enfim, voltando: quando chegamos em Roskarte, era óbvio que eu não o deixaria sozinho por aí. Ele ainda é levemente irresponsável e psicopático. – ele fez uma pausa e olhou para o irmão. –, mas você nasceu assim, eu sei, não comece a cantar, por favor, Loki. Já estou cheio desta Lady sei lá das quantas. Bom, já que ele não podia ficar sozinho, deixei ele com meu martelo enquanto ia ao banheiro. Parecia um bom plano, mas na primeira oportunidade o fofo aí me deu uma martelada, arrancou meu cabelo – o que acabou com minhas chances no comercial da L’oreal e eu nunca vou ter perdoar isso, aliás – e me trancou num banheiro, dizendo para o mundo inteiro que eu tinha comido rosquinha em outro planeta e que tinha dado nisso e que, portanto, ninguém deveria me deixar sair. Foi sacanagem. Mas daí eu lembrei a promessa dele de me deixar ser modelo pra L’oreal e falei para o guardinha do banheiro que eu poderia fazer propaganda para a fábrica de rosquinhas daqui, já baseado na minha própria experiência, e ele até que viu sentido. Claro que eu tive que aprender a falar Rosquinheis antes e não foi fácil, mas daí eu lembrei de Nemo e... Bom, vocês entenderam.
- E como vocês deixaram Thor preso aqui em Roskarte apenas por ter comido rosquinhas em outro pasto? - Steve perguntou indignado.
- Rufflesquinha, meu filho - o Rei se dirigiu a um semideus que acabara de entrar por ali comendo batatinhas de um saco. -, o Código Penal de Roskarte, por favor. Com um gesto de Rufflesquinha, uma onda vinda do mar de Poseidon trouxe um livro bem grande e com cara de antigo pelos ares, pousando com um baque no meio da mesa, onde se abriu e virou as páginas, parando ao som da voz do RosquiRei:
- Artigo 327, parágrafo 2: - anunciou enquanto aproximava o livro de seu rosto e pegava seu RosquiÓculos e, com um leve pigarro, lia:

"É terminantemente proibido a todos os habitantes de Roskarte - sejam eles o Rei ou a Rainha, seus filhos, primos, parentes ou qualquer um dos semideuses, sejam heróis ou magnatas das roscas, sejam até - eca - mortais -, a consumação da especialidade "rosquinha", que dá nome e sentido a esse planeta e a tudo que fazemos e temos por aqui, em outro recinto, planeta, cidade, país, galáxia, universo, poeria, estrela, astro e afins que seja localizado fora das delimitações do território de Roskarte (para dúvidas sobre a delimitação do território, temos um mapa do planeta à disposição de todos pelo site: ww.roskarterocks.com.rk pelo preço de 500 rosquimoneys).
Quem infringir este artigo está sujeito à reclusão na Roscadeia pelo período de 10 dias a 20 anos.
"

RosquiRei fechou o livro e esperou pela reação de todos, mas estavam abismados demais para falar qualquer coisa.
- Meu caro Thor aqui, depois de já conhecer as terras e costumes de Roskarte, bem como nossas leis, saiu de Roskarte contra nossa sugestão, mas não nos ouviu e, pior, consumiu rosquinhas em outro local, obrigando-nos a prendê-lo. Ele estava na Roscadeia desde então, até que, ontem à noite, foi libertado, apenas 1 mês após sua reclusão, por ensinar ao nosso Guardião das Chaves e das Terras de Roskarte, RosquiHagrid, como manusear um objeto tão magnânimo quanto seu martelo. O RosquiTelo, desenvolvido durante anos por nossos cientistas da Woop 2.0 - Roski.
- Tudo bem, entendemos como Thor ficou preso. - Tony começou a falar, levantando-se. - E, martelão - chamou a atenção de Thor. -, que vacilo, hein? - Thor deu um mini sorriso, desculpando-se pelo feito.
- Isso até pode estar entendido. - Natasha, que não aguentava mais comer rosquinhas, que apareciam magicamente cada vez que seu prato se esvaziava, começou, levantando-se também. - Mas o que ainda me intriga é por que Thor nos mandou uma mensagem fragmentada alertando sobre o ataque iminente de Roskarte à Terra sendo que, desde que chegamos aqui, fomos muito bem recebidos com rosquinhas e amor e até deram um quarto de casal pra que eu e Clint fiquemos mais à vontade. - parou, lançando um pequeno sorriso ao Gavião Arqueiro. - Por que, Thor? Não sinto nenhuma ameaça vinda deles.
- Mas como é lerda essa Viúva Negra. - uma voz vinda dos fundos se pronunciou. - Fui eu quem mandei a mensagem, mortal imbecil. - Loki concluiu, rolando os olhos e suspirando.
Clint queria partir para cima dele, mas Natasha o acalmou e pediu desculpas pela sua lerdeza.
- Nós não queremos atacar ninguém. - o sorriso do rei era bondoso até demais. - Ouça, deixe-me contar a história da mitologia de Roskarte e vocês entenderão...
- Comece, por favor. Espere eu me acomodar com minha esposa. - Tony sentou-se e puxou para seu colo, recebendo um sorriso de agradecimento. - Rei, à vontade!
- Pois bem. - ele pigarreou, acompanhando o movimento de todos. - O Planeta Amarelo, como é conhecido na Terra, não existia há alguns anos, era somente uma partícula de poeira perdida e desorientada no universo. Os mortais, naquela época, exatamente há uns duzentos anos, descobriram um pó branco que podia ser comestível e podia servir de ajuda a preparar vários alimentos. Quando o primeiro humano encontrou outros alimentos perdidos na floresta ou na boca de leões, eles preparam uma receita com a ajuda dos habitantes naturais do país; assim, então, descobriram a Rosquinha. Quando o primeiro humano a mastigou, a repulsa surgiu em seu ser e ele morreu dias depois de saber que era alérgico a doces e ninguém sabia disso, então todos jogaram as rosquinhas no mar, para que os sete ventos as levassem, assim chegando às mãos de Poseidon, que, através da ajuda do Aquaman e da Aquamarine, levou as Rosquinhas até o Monte Olimpo. - ele fez uma pausa, esperando alguma pergunta, e continuou ao não ter nenhuma. - Quando os Deuses experimentaram essa maravilha, o doce encantou a todos eles, como se fosse algo inovador e bastante... Açucarado. A partir de então, eles consumiram muitos doces, até sobrar o último pedaço. Quando Zeus soube que aquela Rosquinha seria a última e que ninguém, nunca mais, poderia comê-la, ele a guardou em um cofre e fez uma reunião urgente para terem uma ideia de como ter mais Rosquinhas para todos. Até que Apolo deu a ideia de que fizessem uma irmandade em torno do doce, para que seus poderes, misturados, formassem um país dedicado somente a esse doce divino.
- E assim vocês nasceram? - perguntou, enquanto cutucava Steve na costela, para que ele acordasse e ouvisse o restante da história.
- Sim. Muitos anos se passaram e a Rosquinha foi crescendo. Quando ela se tornou do tamanho de um planeta, Zeus a lançou no espaço e conseguiu alinhá-la com os outros Planetas. Apelidou-o de Amarelo, porque era sua cor preferida. - RosquiRei sorriu, apertando suavemente a mão de sua mulher. - O planeta estava pronto, apelidado e nomeado. Mas não havia habitantes e não teria como criá-los sem Rosquinhas necessárias. Então, Zeus, vendo que havia sobrado algumas migalhas, distribuiu para cada um dos Deuses, mandando-os comerem ao mesmo tempo. Hera, com sua divindade, murmurou um som claro como se fosse uma canção aos ouvidos dos outros: "Eu acredito em Rosquinhas. Acredito! Acredito! Eu acredito em Rosquinhas. Acredito! Acredito!", ela murmurava e isso contagiou a todos. A cada frase dita por eles, um habitante Rosquês nascia aqui, do pó, como se nada houvesse acontecido. Logo, a mensagem contagiou a todos, a nação falava: Os Deuses, os semideuses, os humanos, os animais, o pó. - ele sorriu. - Então nascemos. Somos herdeiros de Monte Olimpo, nascemos por meio dos Deuses, por isso somos considerado semideuses.
- Isso faz todo o sentido do mundo. - Thor comentou, roubando uma rosquinha do prato de Tony.
- Aqui cada um tem sua função. Nós, RosquiRei e RosquiRainha, somos farinhadores. Fazemos a farinha aparecer no chão, e os agricultores e cultivadores a pegam para levarem à fábrica. Há também os semideuses do açúcar, do trigo e por aí vai. Somos uma família enorme.
- Sua história é realmente comovente, RosquiRei. Fiquei lisonjeada por ouvi-la. - comentou, levantando-se enquanto via todos fazerem o mesmo. - E fico feliz por saber que tudo não passava de uma farsa. Loki será devidamente punido e seus cabelos cortados, para que ele sofra com sua imagem no espelho.
- Que bom que ficaram feliz com essa história. Mas ainda não contei a melhor parte. - até havia parado com os sussurros que estava trocando com o Capitão quando escutou tal frase, acompanhando de um riso breve, porém medonho. - Há uma regra escrita no livro da cidade. Todas as pessoas que souberem da história e das receitas do Planeta Amarelo deverão ser devidamente mortas na nossa guilhotina de trigo. - o riso ecoou por todo o salão extenso, enquanto todos, paralisados, escutavam a voz dele soar novamente. - Guardas. Prendam nossos visitantes. Não queremos que eles fujam e contem nossos segredos para os humanos repugnantes, não é mesmo?
Em instantes, todos os super-heróis estavam presos pelos guardas. Os homens lutavam para se soltar ao saber que os guardas aproveitavam de suas mulheres. Elas se mexiam, mas nada adiantava. RosquiRei e RosquiRainha ordenaram que fossem para o lado de fora do castelo, onde a Guilhotina já estava pronta para execução e as pessoas rodeavam o lugar como se fosse ter show do 30 Seconds to Mars.
- Coloque todos eles e prendam-os para que não escapem. Não se esqueça do Loki. - com o comando dado, os Vingadores, Loki e as Agentes foram presas pelo pescoço, abaixo de uma lâmina que cortaria a si própria se fosse passada ali. - Vamos a execução. Água e Farinha para todos.
- Viva Roskarte. Viva RosquiRei e RosquiRainha. - todos gritavam ao som dos berros dos guardas em uma contagem rídicula que começava em Farinha e terminaria em Rosquinha para cortar as cordas e fazer a lâmina descer. Steve olhava as cordas e tentava achar alguma que cedesse para escapar daqui, ignorando quando a contagem chegou a açúcar, que seria o sete lá na Terra. Steve deu uma última à , como se quisesse dizer pelo olhar que adorou conhecê-la, mas percebeu que ela estava de olhos fechados, não se importando com as declarações de amor que e Tony gritavam aos seus lados um para o outro.
- Uh Sovi Ganoha Lavon. Uh Sovi Ganoha Lavon. Balaco titi hula-hula. Balaco titi hula-hula. - sussurrava rapidamente antes que o tempo acabasse. - Uh Sovi Ganoha Lavon. Gaga Janiha Kakaroto! - a última parte ela gritou e, em uma fração de segundos, tudo escureceu e nada mais era visto. As bruxas, que aparecem do nada, ajudaram todos eles a sair, recitando um encantamento para destruir a Guilhotinha e libertá-los enquanto o Rei gritava para que não deixasse os fugitivos escaparem. deu um sorriso às suas descendentes e logo toda a fumaça desapareceu, assim como as bruxas. Thor rodava seu martelo, sorrindo pretensioso; Steve estava com seu escudo em mãos, pronto para acabar com o exército farinhetesco que estava pronto para atacá-los e Tony levitava com sua armadura, com a mão apontada para a Majestade de Roskarte. tomou a frente e se pronunciou:
- Nada do que vocês fazem nos atingem. Somos heróis, independente da situação, nós saberemos lidar e conseguiremos vencer. É a lei da vida. - seu sorriso foi a resposta que o RosquiRei precisou para ordenar o comando de ataque. As Agentes se posicionaram para lutar, esperando o exército chegar para poder acabar com eles, mas algo havia lhes chamado a atenção. Olhando para o céu, todos eles viam a nave partindo em direção à Terra, com um Loki na janela dando um tchau e com a outra mão apontando para a outra nave, que ele havia destruído antes de partir. Agora a coisa estava ficando cada vez mais séria. Soldados, exército, nave quebrada, Terra em perigo. Os Vingadores nem sabiam por onde começar.

Foi então que teve uma ideia genial. Ela não podia lutar, mas podia pedir ajuda. Começou a usar sua telepatia mágica para contatar a outra única bruxa do castelo de Hogwarts que entenderia as palavras “balaco titi hula-hula BU ROSQUI”: . Ou, como ela gostava de ser chamada, Miss Snape.
Assim que começou a ouvir a música tribal em sua cabeça, ela sabia o que fazer. Começou a berrar “Piertotum locomotor” e amarrar grifinórios em um canto. Ela aparataria com todos eles para onde quer que estivesse. Ser mulher do futuro diretor lhe dava alguns direitos especiais. Não que Dumbledore soubesse. Havia escolhido os grifinórios pois eles lutariam em qualquer batalha estúpida, e ela, como boa Sonserina, não ligava nem um pouco em perder um ou outro. Amarrou uma estátua a cada grifinório. Parecia bom. Chamou seu marido, Snape, e o fez ceder alguns vários frascos de poção explosiva.
Não, amor, eu não sei por que a me pediu ajuda. Sim, eu só supus que rosqui significasse planeta das rosquinhas. Não, eu não tenho certeza de que é um lugar real. Não, eu não estou completamente doida.” Antes que ele pudesse questionar a sanidade mental dela de novo ou o fato de todos os grifinórios e alguns gatos que tinham por acaso passado por ali estarem amarrados em um canto, ela aparatou para o planeta das rosquinhas.
A situação lá não ia bem. Tony e Steve estavam conseguindo conter algumas centenas de rosquihomens do rosquiexército rosquireal, mas isso não era rosquisuficiente. Além disso, eles já estavam começando suas palavras com “rosqui” mais do que o necessário, e ainda não tinha conseguido um rosquibanheiro.
estava começando a entrar em pânico pelo fato de eles terem perdido a nave e de estar demorando tanto tempo. Mas foi bem quando ela já tinha resolvido montar uma fogueira e chamar aos deuses ou a astronautas perdidos que algumas centenas de jovens e pedras apareceram na sua frente. Ela suspirou com alívio ao ver a bruxa loira puxando alguns deles pelas capas e gritando “Lutem! Lutem! Cumpram seu dever com seu planeta!
- Aleluia, hein? – disse .
- É, foi mal. Acontece que eu tive que montar uma barraquinha de “Jogue um ovo em um sonserino” para atrair gente o suficiente e depois amarrar todos eles e depois lavar o cabelo, porque, né, não deu pra desviar de todos os ovos.
Nesse momento, percebeu que havia desaparecido para algum rosquibanheiro ou rosquimatinho. Então ela cruzou os braços e ficou observando a batalha.
- Bem, mande-os de volta para Hogwarts para mim quando acabar, sim? – disse .
- Er... Temos um problema quanto a isso. Nossa nave pode ter sido destruída...
- E não dá pra concertar?
- Eu deixei minha varinha especial no outro casaco...
suspirou.
- Ok, ok, eu te empresto a minha quando isso tudo acabar. A tá demorando um pouco demais, né?

Enquanto isso, na nave do Loki, ele ria maleficamente. Ria tão maleficamente quando se podia rir. Ah, ele havia escapado. Seus planos estavam quase completos.
- Aqueles Avengers idiotas... Fácil como tirar doce de bebê. E ainda saí com meu cabelo inteiro...
- Não tão rápido, seu semideus de meia tigela. – disse alguém atrás dele.
Era .
Loki levantou-se tão rápido que derrubou metade da sua garrafa de suco de rosquitanga nos botões que comandavam o jatinho, fazendo a nave emitir sons estranhos, algo entre relinches e vuvuzelas.
- Mas o quê? What? Como? RosquiRei do céu, como conseguiu entrar aqui? - Loki perguntou olhando sem acreditar pra mulher ali na sua frente. Deu tapas na testa como se isso fosse fazê-la desaparecer, mas continuou lá, a usual mão na cintura e o usual sorriso no rosto, pegando a varinha, que havia tomado de um grifinório que tentava enfeitiçar uma rosquinha para casar com ele, já que ninguém o queria por não saber fazer um Patrono decente, da bota e, com um único gesto, calou os sons da nave e fez Loki sentar novamente no banquinho que havia ali.
- Fácil. - falou modesta. - Roubei uma varinha, lancei um Vingardium LeviÔsa, não LeviosÁ em mim mesma e voei até aqui. - concluiu com um sorriso, agora pegando um pano e fazendo Loki enxugar os botões molhados de suco. - Sabe, o super-herói é o meu marido, mas não sou tão indefesa assim. - agora sorria abertamente para o Deus da Trapaça.
- Sabe, ... - Loki começou.
- Pra você é Sra. Stark, se não se importa. - ela o cortou, ainda sorrindo docemente.
- Ah, sim, claro. - Loki revirou os olhos. - Você é muito, muito boa, esperta, age rápido... Nenhum deles conseguiu me descobrir, você e a sua amiga sim; nenhum deles conseguiu entrar aqui, você sim. Você é mais que tudo isso, mas se prefere viver na sombra do seu marido... - provocou.
- O que quer dizer? - ainda sorria para ele, mesmo que, por dentro, irritasse-a profundamente só ouvi-lo tocar no nome de Tony.
- Quero dizer, rosquigata, que você pode ser tão poderosa quanto eu se vier comigo. Aliás, já estamos juntos aqui, você só precisa dizer: Sim, Loki, Deus de todo meu rosquiamor, eu quero me juntar a você. - ele agora estava mais próximo dela, ansioso por estar na presença de uma mulher tão bonita. - Vai ser muito melhor pra você estar comigo do que com ele. - o desprezo em sua voz ao se referir a Tony era palpável. - Ele é o herói, você é só a esposa, a dona de casa. Você pode ter a profissão que for, ele sempre se destacará, sempre estará sob os holofotes enquanto você fica nos bastidores. Stark é um amante do poder. Veja só: enquanto Batman, Superman, Homem-Aranha e afins escondem suas facetas de super-heróis, Stark correu para revelar ao mundo ser o Homem de Ferro. - tentava se controlar durante a fala dele, mas não conseguia nem se pronunciar. Tudo que ele dizia doía nela e a deixava com mais raiva. - Junte-se a mim, . - o sorriso de Loki aumentou e ela o espelhou. - Junte-se a mim e será a rainha de todo o mundo. - Loki se calou, esperando excitado pela resposta dela, que ele calculava ser positiva, já que ela o ouvira atentamente.
levantou-se de seu banquinho, tomou um gole da garrafa de rosquitequila que estava por ali, deu uma ajeitada no cabelo e virou-se para Loki, quase deitando em cima dele. Com uma voz rosquisensual, falou perto do ouvido do Deus:
- Proposta tentadora, Lolo. - Loki enrubesceu ao ouvi-la usar seu apelido íntimo. Era isso? Ela era dele? Não. Rosquibom demais e rosquifácil demais pra verdade.
- O que você está rosquiaprontando, rosquigata? - ele afastou-se um pouco seja, olhando-a desconfiado.
- Eu, rosquiaprontando? Imagina, Lolo, sou toda sua! - falou sorrindo, ao que ele finalmente acreditou e tentou agarrá-la.
- Opa! Sem saliências, Lolo! - soltou-se dele e, com um golpe rápido, enfiou-lhe uma estaca no peito, que havia conseguido com seus amigos de Mystic Falls. Loki desmaiou imediatamente e fez um feitiço que o levaria direto ao seu amigo e ex-peguete da época de solteira, Damon, que daria um jeito nele.
Quando Loki desapareceu, começou uma dancinha da vitória, o que desequilibrou a nave, que começou a cair sem controle. O prazo de validade da varinha estava vencido e, desesperada, ela não via saída daquela situação e começou a gritar por Tony, mesmo sabendo que ele estava muitos anos-luz distante dali.

Lá em Roskarte, Tony atirava em todos os soldados possíveis, preocupando-se ao não ver sua esposa ali, ao lado da amiga, lutando que nem uma condenada; Steve acaba com os soldados farinhados usando seu escudo, e tentando proteger enquanto percebia alguns homens cercarem-na.. Clint e Viúva Negra lutavam lado a lado como havia acontecido em Budapeste uma vez; murmurava encantamentos, fazendo a maioria dos soldados que a atacavam sumirem. Eles eram muitos, não havia como derrotar todos de uma vez.
- E a que não aparece? O que será que aconteceu com ela? - gritava para enquanto chutava a cabeça de um dos soldados, fazendo-o cair no chão. - Estou começando a me preocupar!
- Estou estranhando essa demora também. Deveríamos verificar. - respondeu após socar um soldado às suas costas. Eram muitos para somente uma varinha. acenou com a cabeça, dirigindo-se a Steve.
- Capitão, precisamos de uma cobertura. - ele concordou e olhou para Tony, fazendo alguns gestos com a mão para que o mesmo atacasse em solo. Com uma confirmação de Rogers, e , após chutarem seus oponentes, dirigiram-se para o caminho que havia feito, encontrando o rosquibanheiro vazio.
- Isso é impossível. , apareça. - falava, abrindo e fechando a porta do banheiro várias vezes, como se a garota fosse aparecer a qualquer momento. - Para onde será que ela foi? Ela não pode ter... Nos abandonado, pode?
- Não, ela não faria isso. - negou e observou o rosquibanheiro, percebendo um papel caído no chão. - Espera! O que é isso? - pegou-o e o abriu, deparando-se com a caligrafia de , como se tivesse escrito às pressas.
- O que está dizendo? É da ? - concordou o papel e mostrou à . - O que está escrito? Não consigo entender!
- Acho que é "201ahnitag-Krats atrs Ad sjb .Aduja Ed osicrep .Ikol Ed Sárta Iuf." - pronunciou lentamente, confusa. - O que diabos significa isso? Não me diga que é uma língua que o Stark inventou. É coisa de Stark. - ela rolou os olhos e pegou o papel da mão dela.
- Espera. - ela virou o papel de ponta cabeça e deu um grito, lendo em seguida. - ''Fui atrás de Loki. Preciso de ajuda. Bjs da Srta Stark-gatinha102.'' - trocou um olhar com e completou. - está em perigo. Precisamos ajudá-la.

Thor quebrava os Rosquisoldados com seu martelo, lançando alguns RosquiRaios para torrar os Donuts com pernas que vinham para cima de si. Loki havia fugido há um tempo e ele queria ir atrás do irmão, mas não podia abandonar seus irmãos e deixá-los morrer. Eles precisam de Thor. E Thor queria ajudá-los. Ele bateu com o martelo na cabeça de um soldado e virou-se para Steve:
- Nada que fizermos adiantará. Eles são muitos, precisamos de algo que acabe com todos. - Steve balançou a cabeça, tirando um pouco de farinha do rosto, e virou-se para Thor.
- Não há nada a ser feito. Temos que lutar, Thor. - Steve estava cansado e quase foi engolido com a farinha que jogaram nele, mas Tony o salvou antes que pudesse acontecer algo. Steve agradeceu somente.
- Não aguento mais isso. Acho que vou ficar sem comer Rosquinhas durante um bom tempo! - Tony torrou alguns soldados que vinham para cima de si, falando. - Não posso mais ficar aqui. Sinto que minha mulher está correndo perigo, assim como a Terra. Temos que sair. Nós temos que sair.
- Nossa nave está quebrada, Stark. Não há como sair sem antes derrotá-los. - Steve continuava, até ser surpreendido pelos tiros que direcionava em direção aos soldados que o atacavam. Ele lançou um sorriso a ela. - Cara, eu preciso me casar com essa garota. Ela é perfeita. - ele sussurrou para Thor, que sorriu, dando alguns tapas no ombro do amigo.
- Precisamos sair daqui. Eu sinto que está em perigo, minha audição super sônica consegue captar alguns gritos ao longe e eu tenho a leve impressão de que seja os dela. - continuava a atirar, parando ao ver Tony colocar força máxima nos propulsores para tentar sair dali. - Tony, você não pode. Não há oxigênio na galáxia, você vai morrer antes de conseguir chegar até a nave.
- Não posso ficar aqui sem fazer nada. Se eu morrer, pelo menos vocês saberão que eu tentei. - no momento em que Tony se preparou para subir, Steve o segurou. - Não, Capitão, deixe-me ir. É a minha mulher.
- Tony, temos que trabalhar em grupo. Precisa colaborar, não vamos deixar morrer. - falou, tentando reconfortá-lo. - Além do mais, se ela morrer, quem irá pagar a prestação do carro que eu ganhei dela?
- Certo! Nós não temos muito tempo. - pegou sua varinha e apontou em direção à nave quebrada. - Entrem todos. - ela chutou um último soldado atrás de si e correu com os Vingadores em direção à nave. - Vingardium Leviosa! - em questão de minutos, a nave estava levitando no espaço, de um modo tão lento que dava tédio só de olhar. voltou a falar. - Tony, deixe os seus pés para fora da nave, consegue fazer isso? - ele concordou e foi ao fundo da nave, deixando seus pés para fora. - Agora coloque força máxima nos propulsores. Isso nos ajudará a ir mais rápido. E, , murmure aquele encantamento que aprendeu com a Wendy para a nave se autoconsertar. - começou a murmurar o encantamento de olhos fechados enquanto Clint se colocava no banco do motorista, pronto para comandar a nave. suspirou, murmurando:
- Nós vamos conseguir. Eu sei que vamos.

Enquanto isso, na nave, estava com problemas. Ela já tinha tentando apertar todos os botões, puxar todas as alavancas e balançar a varinha de todos os jeitos, e nada havia funcionado. Ela estava indo certeira em direção à morte, ela sabia.
Bem, ao menos ela tinha parado Loki. Tony ficaria orgulhoso dela. Ah, Tony. Ela esperava que algum dia ele a perdoasse por não ter pedido ajuda. Por ter ido sozinha. Ele se remoeria por anos a fio pela morte dela. Houve um grande crack e ela viu metade da nave se soltar. Era isso. Era o fim. O escuro tomou conta de sua mente lentamente, apagando tudo que poderia ser apagado. Só Stark permanecia. Ah, Tony...

- Minha nossa senhora das rosquinhas! – exclamou . – O que é aquilo?
Ela se referia à bola de fogo caindo e caindo alguns rosquiquilómetros a sua frente.
A respiração de Stark se acelerava. Ele reconheceria aquela ciber-rosqui-frequência em qualquer lugar. Era o comunicador implantando que raramente funcionava de . Era para ser usado em situações de real perigo, mas ela tinha a mania de tentar ligá-lo até quando via uma barata. Ele se ativava automaticamente se detectasse fumaça, perda de consciência, temperaturas extremas ou ambientes muito úmidos (o que causava certos desentendimentos e acidentes, sendo que curtia uma sauna finlandesa).
Steve viu a expressão no rosto do amigo.
- Acho que era a nave...
Todos o encararam em choque. O mais puro pânico estampava as feições de Tony.
correu até a frente da nave e gritou para que todos prendessem a respiração. Ela abriu uma janelinha e apontou sua varinha para o pontinho brilhante, dizendo para si mesma que era uma boa hora para ter tomado aquelas lições de tiro dos trouxas.
- Aresto Momentum!
O pontinho continuava caindo. Ela respirou fundo.
- Aresto Momentum!
Todos fizeram silêncio por um longo segundo. A bolinha vermelha estava parada. Ou pelo menos parecia parada.
- Tony, propulsão total na nave! Temos que chegar lá, não há um feitiço para parar as chamas!
Stark não se demorou.
A nave dos Vingadores aproximava-se lentamente do jatinho, que agora era só uma bola de fogo parada no meio da galáxia por alguns momentos, de . Stark ia o mais rápido possível, mas estavam muito alto e sua propulsão diminuía a cada metro que eles avançavam, mas, mesmo assim, o motivo era forte demais para desistir. Ele faria o impossível para salvar sua esposa. Eles não podiam desistir, precisavam salvá-la. Tony não conseguia nem pensar na possibilidade de perdê-la.
estava mantendo o feitiço com todas as suas forças, mas ela sabia que, em poucos segundos, não aguentaria mais, a pressão era muito forte e ela estava com pouca reserva de magia porque estava a mais de 7 horas longe de seu rosquimarido, Snape, o que a enfraquecia emocional e fisicamente. Com um baque, fechou os olhos por um segundo e, exausta, a ligação do feitiço se quebrou. Imediatamente, a nave de começou a cair novamente. Todos começaram a gritar coisas sem sentido ao mesmo tempo e ninguém sabia o que fazer. Até que deu um grito ao ter um estalo de como solucionar o problema.
- ! RÁPIDO! - gritou pra amiga, quase desmaiada após o feitiço. - Acorda, rosquicriatura, acorda.
- Sev, é você? - estava no meio de um delírio com seu amado marido.
- Não, rosquiamiga, sou eu, . Eu já sei o que fazer pra salvar a , mas precisamos ser muito rápidas. - falou rapidamente, balançando a amiga pelo braço pra que ela se ligasse na urgência do plano. - Convoque uma Firebolt e irei voar até a nave de e voar de volta com ela pra cá. Que tal?
- Mas, , a Firebolt não voa nas galáxias.
- A Firebolt não, mas a Firebolt 2.0 - Galaxy Y Version sim. - se surpreendeu ao conhecer mais sobre as vassouras que .
- AH, É MESMO! Como pude esquecer? Rosqui shit, vamos, agora mesmo. - se levantou e rapidamente sacou a varinha. - Accio Firebolt 2.0 Galaxy Y Version!
Em três segundos, a vassoura chegou nas mãos dela e rapidamente montou na mesma, jogando uma pedra na janela da nave e prendendo a respiração pra poder voar. De última hora, se agarrou na vassoura também, indo junto com a amiga. Os gritos de Steve e Clint não foram ouvidos por elas, que já voavam firmes em direção à nave bola de fogo de . Elas sabiam que tinham poucos segundos até conseguirem salvar a amiga. Tony, que, concentrado na tarefa de manter a nave no ar não se ligara nas conversas lá dentro, ouviu apenas os gritos de Steve e Clint, que o alarmaram, fazendo-o voltar pra dentro da nave e começar a berrar por .
- Elas foram salvá-la, Tony, acalme-se. - Steve dava tapinhas na cara do amigo, tentando acalmá-lo tanto quanto tentava acalmar a si mesmo, pois as duas já haviam entrado na nave, mas elas deveriam ficar dois segundos lá e voltar, não demorarem tanto. Ele se desesperava ante a possibilidade de nunca mais ver .
Ele nunca seria feliz sem aquela agente.
Nesse momento, o celular de , que havia ficado por ali, tocou e Natasha atendeu, o que foi uma pena para ela, pois Snape não estava nada feliz com o sumiço da esposa e berrava que mataria todos eles se ela não voltasse. Natasha tentou acalmá-lo, o que funcionou, pois ele aceitou que ela estaria de volta até o fim do dia.
Será?
Nesse momento, as duas amigas entraram na nave de e berraram juntas ao ver a amiga desmaiada e toda aquela fumaça que tomava o local. Juntando forças, colocaram numa segunda Firebolt que duplicou da primeira e estavam preparadas pra voltar quando um rosquisoldado apareceu ali na porta, atirando rosquinhas pra todos os lados. As duas berraram ao mesmo tempo e não sabiam o que fazer. Com uma só varinha e uma amiga desmaiada, as três espiãs demais, agora só duas, não tinham saída.

Ao ver o soldado rosquinha lançando rosquinhas vivas do mal na nave onde estavam , e , Tony pirou de vez e largou a propulsão pra trás, indo na direção delas e não se importando com os gritos para que não fosse, não se importando que sua armadura não aguentasse aquela altura toda, não se importando com nada. Elas estavam em perigo e ele precisava salvá-las. Com um salto tão desesperado quanto a atitude de Tony, Steve agarrou-se à armadura dele, não pensando em nada, também, além de salvar sua agente, musa inspiradora, razão dos sonhos. Tony, que já estava com dificuldade por conta da altura, ficou ainda mais incapacitado por conta do peso extra que tinha que carregar agora que Steve estava agarrado nele, mas ele não podia jogar o amigo de fé, irmão e camarada galáxia abaixo, então o segurou mais forte e, juntos, com o último suspiro de forças, voaram até a nave. , Tony. Pense nela. Ele estava perdendo as forças. Não conseguiria. Você vai salvá-la. Ele não conseguia mais respirar direito, estavam muito alto. Steve começou a escorregar pela armadura. Só mais cinco centímetros. Ainda mais alto. Ele já podia ver a nave por ali e, num impulso, jogou Steve na direção dela, o qual se agarrou por um centímetro e lançou-se para dentro.
- Ei, Tony! Conseguimos, cara. - Steve estava animado por terem chegado à nave. - Você conseguiu, nos trouxe aqui, vamos lutar com os rosquinhas e salvá-las. - a animação do Capitão América se esvaiu ao olhar em volta e não ver o amigo por ali. - Tony? TONY? - Steve gritou bem a tempo de vê-lo quase caindo. Steve o segurou pela pontinha da mão, a única parte que ainda estava agarrada à nave, conseguindo, graças ao rosquifeitiço que havia acabado de lançar nele, levá-lo para dentro da nave. Enquanto e , que havia acordado, lutavam com os soldados, e Steve, que estava aprendendo muito de magia, prepararam um tônico para Tony, que melhorou rapidamente e queimou sete rosquisoldados antes que eles pudessem lhe pedir um autógrafo. Afinal, apesar de serem inimigos, ele era quem era, e todos meio que queriam ser ele. Com um sorrisinho, Tony partiu ao encontro de , aliviado ao vê-la bem e, relativamente, salva. Agora ele estava ali, pronto para protegê-la.
- Tony! Tony, Tony, Tony, Tony! - se jogou nos braços do marido ao vê-lo ali, mesmo que a armadura incomodasse um pouco, ela nem ligava. - Meu amor, achei que fosse morrer aqui e nunca mais te ver e eu fiquei desesperada por isso vim sozinha atrás do Loki, me desculpe, eu...
- Shh. Está tudo bem. Estamos aqui e vamos vencer. - Tony a calou com um beijo e ela teve a certeza que, no fim, tudo daria certo.

Na nave dos Vingadores, Clint, Natasha e Thor haviam ficado sozinhos e estavam em pânico porque a nave caía e eles não sabiam o que fazer. Até que Clint lembrou do espelho que Aberforth os dera na última visita que fizeram a Hogwarts e Natasha logo o pegou e gritou desesperada para o espelho, pedindo ajuda e, três segundos depois, Dobby aparatou por ali, sorrindo para os dois.
- DOBBY! - Clint gritou, abraçando o elfo livre. - Que saudades, amigo!
- Dobby veio salvar e levar de volta à Terra seu amigo Clint e sua bela namorada que já está mais do que na hora de assumir. - o elfo sorriu de volta.
- Vamos, Dobby, e depois, por favor, volte àquela nave - Natasha apontou a nave ainda em chamas e sendo atacada por rosquinhas. -, onde estão nossos amigos. - Dobby sorriu ao sorriso encantador dela e, num estalo, desaparatou com eles.
Algum tempo depois, todos os rosquisoldados destruídos, Steve e estavam sentados abraçados num canto da nave, que já estava estável novamente, e sussurravam palavras bonitas um para o outro; chorava ao telefone com Snape, prometendo que logo estaria de volta e estava sentada com Tony e não falavam nada, só se olhavam.
Então, a calmaria foi interrompida por duas coisas que aconteceram ao mesmo tempo. Novos rosquisoldados surgiram do pó de farinha da galáxia e começaram a atacar e Dobby, o elfo livre, surgiu bem na frente dele, dizendo ter sido mandando por Clint para salvá-los.
- Vamos, corram. - gritou. - Segurem-se no Dobby!
- Desculpe Dobby, moça bonita, mas só posso levar três pessoas por vez.
- Leve-as, Dobby. - Steve nem pestanejou. - Eu e Stark daremos conta dos rosquinhas aqui.
- Não! Não, não, Steve, não posso te deixar pra trás! - gritou e se jogou em cima dele, movimento que imitou com Tony.
- Pode sim. - Tony falou, soltando delicadamente a mulher de si e olhando para as três. - Vão na frente, Dobby já voltará pra nos buscar.
Meio consoladas, as três desaparataram com Dobby e pararam na sede da SHIELD, onde Clint, Natasha e Thor já estavam.

Muitas horas se passaram e Tony e Steve não voltaram. chorava desconsolada num canto e meteu as caras numa garrafa de tequila, chorando porque seu homen estava em perigo e elas não conseguia fazer nada pra salvá-lo. Dobby voltou com uma expressão desolada e parou na frente de , que chorou ainda mais forte ao vê-lo ali sozinho.
- Me desculpe, mas, quando voltei, rosquisoldados me atacaram e eu não consegui encontrá-los, não consegui, senhora , me desculpe. Senhorita - e o elfo virou-se para a agente. -, sinto muito. Dobby tentou, tentou, tentou, mas eles sumiram, os rosquinhas sumiram, tudo sumiu, Dobby estava sozinho na galáxia. Não sei onde eles estão.
- Me diz que é mentira, Dobby. Me diz, por favor. - deixava as lágrimas caírem e sacudia Dobby, que tentava a todo custo falar, mas a mulher era forte demais para fazê-la parar. - Dobby... Me diz que meu Tony está vivo.
- Desculpe, senhora . Dobby fracassou, Dobby não queria ter fracassado e ver a senhora triste. - o elfo tentava acalmar enquanto falava até escutar uma garrafa ser jogada fortemente no chão. estourou o vidro, deixando a tequila intergalática se espalhar pelo chão. Sentiu raiva de si mesma por não ter ficado com Steve, por tê-lo deixado lhe salvar, e ela nem ao menos, poderia retribuir agora. As lágrimas desciam livremente pelo seu rosto enquanto sentia o abraço de , que tentava confortar a amiga.
- Deixei Steve morrer, . A culpa foi minha. - aos braços da amiga, ela reclamava e chorava com a perda do Capitão, sendo agora consolada por Clint, que a tomou dos braços de e a abraçou. Ele também sentiria falta dos amigos, o gesto nobre iria sempre ser lembrado por todos, especialmente por eles, que acompanharam.
- Vai ficar tudo bem, . Estamos aqui. - Natasha abraçou , querendo chorar por estar sendo contagiada pelas lágrimas da amiga. Não imaginaria como era perder o cara que tanto amava e preferia não imaginar; suas amigas sofrendo já eram a prova disso tudo.
- Ele se foi e eu não pude fazer absolutamente nada, Romanoff. E agora? - tentava parar um pouco suas lágrimas, sentando-se num banco qualquer da praça, tentando esquecer. Olhou para o céu, quase anoitecendo, vendo algumas estrelas brilharem. sentou-se ao seu lado, abraçando-a pelos ombros e olhando o mesmo ponto no céu. Era como se elas quisessem esperar o tempo passar, mas ele estava completamente parado. Um ponto, ao alto, surgiu, em um tom escuro, como se alguém estivesse se aproximando, e logo uma luz forte se fez presente, cegando por alguns minutos todos que estavam ali.
Quando a mesma desapareceu e todos se acostumaram novamente, à frente estava Optimus Prime.
- Senhoritas. - ele fez uma reverência ridícula, riscando algumas partes de si próprio enquanto falava. - Tenho uma notícia para vocês. Uma boa e outra completamente ruim. - a expressão séria das duas não permitia que nenhum som saísse de suas bocas. Estavam concentradas demais. - Vocês ainda podem salvá-los. Steve e Tony foram capturados pela Medusa antes que seus corpos se perdessem na galáxia. - se levantou, sorrindo ao saber que seu marido ainda estava vivo. - Porém, Medusa precisa de um coração e um cérebro para que consiga fazer a poção da imortalidade e da beleza eterna. Se vocês pisarem lá, ela matará vocês.
- Nós temos que ir. Eu quero correr esse risco. - disse tendo o apoio de .
- Eu as levarei até lá à pedido de Sam. Subam em mim. - Optimus disse, observando as duas garotas subirem em si. gritou um 'eu vou junto' e refez o mesmo caminho que as outras duas, ouvindo um último adeus de Thor e a fala de Clint:
- Boa sorte, meninas.

Optimus vagava pelo espaço à procura do portão que os levou até a cidade de Medusa, encontrando-o alguns metros à frente. As meninas estavam apreensivas, temendo o que iriam enfrentar, mas fariam de tudo para salvar àqueles que deram a vida por elas. Optimus entrou no buraco negro enquanto dava as informações para as garotas:
- Precisam preservar a alma de vocês. Uma vez pisado no círculo vermelho, o que mais de precioso vocês tiverem, será severamente tirado de vocês. E isso pode ser o que Medusa tanto procura. Tomem cuidado. - Optimus estacionou em uma floresta estranha e deixou-as saírem. olhava ao redor e estranhava toda a natureza em comum com a Terra; tentava não se prender ao barulho dos animais gritantes e olhava maravilhada o tanto de verde que havia ali.
- Cuidado com o círculo vermelho. E não se deixem enganar pelas aparências. - ele começou a levitar e, antes de voltar por onde veio, disse: - Não se esqueçam. Nunca olhem dentro dos olhos dela. Uma vez que olharem, nunca mais voltarão. - e assim ele sumiu.
As três trocaram olhares cúmplices e seguiram o caminho por onde achavam que era o certo. As folhagens tampavam a visão, limitando o número de caminhos que deveriam seguir. Fora muito tempo de caminhada, reclamava de dor nos pés por não aguentar andar tempo demais e e a ignoravam, mais preocupadas com as coisas que deveriam enfrentar. O tempo corria e as duas não tinham pressentimentos muito bons com o que estava acontecendo com eles. ouviu a voz de Steve, com sua audição super sônica, mas se impressionou ao saber que ele não gritava ou xingava os habitantes daquele planeta. Sentiu falta da voz de Tony, mas sentia sua presença ali perto.
- Vem, rosquidivas, é por aqui. - caminhou na frente, guiando as outras duas que a seguiam atrás de si e parou ao notar o tamanho do templo que estava à sua frente. Suspirou, sentindo a presença de Steve ainda mais perto. Escutou o barulho da armadura de Tony e ela sabia que eles estavam ali dentro. - Tá na hora, meninas.
e sacaram a arma presa à perna e murmurou Lumus, fazendo sua varinha iluminar o corredor escuro por qual passavam. O barulho ficava mais forte e elas sabiam que estavam se aproximando. Quando pôs os pés no salão, viu a cadeira da rainha ao longe, com uma mulher de cabelos de cobras ocupar o lugar, sendo servida por um cara que usava uma roupa reluzente e azul. Ela não precisou de muito tempo para saber quem era.
- Steve... - murmurou e, quando suas amigas foram perguntar para ter certeza de que elas não estavam vendo uma miragem, a armadura do Homem de Ferro desceu e pousou exatamente em frente a elas, gritando em seguida:
- INTRUSAS! - ficou confusa enquanto atirava em uns guardas que se aproximavam para capturá-la, logo percebendo que Tony estava sob algum encanto, assim como Steve. murmurava vários encantos para atrasar os soldados enquanto via suas amigas atirarem em todos. Mas ela acabou sendo capturada e teve sua varinha retirada enquanto sentia as algemas adornarem seus pulsos. Tony se postou de frente à e, vendo que ela não atacaria, pegou-a pelo braço e a algemou, recebendo alguns murmúrios de dor ao notar a força que ele usava. Steve logo aparecer à frente de , que acompanhava a amiga ser presa pelo próprio marido e sentiu Rogers fazer o mesmo consigo. Os olhos dele estavam em uma cor estranha, como se estivesse sendo possuído por algo; sentiu um embrulho no estômago ao notar que ele não tinha mais a feição carinhosa no rosto. Eles levaram as garotas e a jogaram em frente à Rainha, que sorria ao notar que seu tesouro estava exatamente ali, naquelas três.
- Ora, ora, ora. - ela falou, andando até as três que estavam ajoelhadas à sua frente, de cabeça baixa. - A que devo a honra das três Marias em meu reino? - tentava se soltar do Tony e gritava para Medusa, com os olhos fechados como Optimus havia mandado indiretamente:
- Meu nome não é Maria.
- Estava esperando por vocês, crianças. Agora posso ter o que esperei por tantos séculos. - ela sorriu e passou a mãos pelos cabelos de , que balançou a cabeça em resposta.
- Você não vai escapar dessa, rosquibitch. - murmurou e, ao som de Lady Gaga, Medusa ordenou:
- Que comecem o ritual.
As luzes se apagaram e o fogo começou a se alastrar em volta do círculo em que elas estavam. lançou um olhar a Tony, mas o mesmo não retribuiu. , de olhos fechados, murmurava algum encantamento que aprendeu lendo o grimório de e conseguiu afrouxar suas cordas, enquanto usava a força para se soltar. chegou mais perto da garota e repassou o encantamento, fazendo a corda das outras duas se soltarem. De pé, Medusa assistia sorrindo, já sabendo que elas não poderiam ir a lugar algum. O fogo se apagou e o círculo sumiu, fazendo as garotas saírem rapidamente antes que o feitiço voltasse. Alguns guardas vinham para cima de e ela sorria, chamando-os para lutar. Sem sua varinha, ela não era uma bruxa, mas era ninja e manjava das artes marciais. observou Steve aproximar-se de si, carregando um sorriso vitorioso no rosto, como se soubesse que ele era mais forte e iria ganhar, o que, de fato, era verdade. Tony lançava o mesmo sorriso à , que, de olhos fechados e de coração partido, avançou nele para, se desse sorte, matá-lo, já que não sabia como o traria de volta. desviava dos socos que Rogers direcionava a ela e lutava, não se importando em machucá-lo, já que o próprio não se importava com ela também. Por ser um soldado, ele estava levando a melhor, mas quando a Agente acertou um chute em seu peito, ele ajoelhou e colocou a mão sobre o mesmo, sentindo o incômodo imediato no local. desviava do fogo que Tony lançava a ela, atirando nas partes principais da armadura para que a mesma parasse de funcionar. Medusa bocejava olhando a patética cena que as garotas lutavam para manterem-se vivas e tentar salvar os homens de suas vidas. Queria acabar logo com isso, então estalou os dedos e, em um passe de mágica, Steve e Tony voltaram ao normal.
- , espera. - continuava a atacá-lo como se fosse um estranho. - Sou eu. Tony. - ele segurou as mãos da mulher e completou: - Seu Tony. - ela parou para analisar, mas logo se jogou nos braços dele. - Por que estava fazendo isso? Onde é que eu estou, afinal?
continuava a socar Steve sem piedade enquanto o mesmo desviava, mantendo o olhar confuso e chamando-a repetidas vezes. Ele segurou os braços dela e a virou, fazendo-a ficar de costas para ele:
- Se esqueceu de mim agora? - ele sorria, mas ela não fazia o mesmo. - Por que está fazendo isso? Não somos inimigos. O que está acontecendo, afinal? - ela se soltou dele e o olhou, notando o azul vibrante de seus olhos voltarem ao normal. Mas isso não a deixou se abalar. apenas se afastou dele.
- O amor é... Magnífico! - com um gesto, Medusa fez com o que o fogo voltasse a iluminar o círculo vermelho, onde Steve e permaneciam. Ela caminhou até e Tony e o jogou para longe, pegando a garota pelo pescoço. - Você tem algo que me interessa. - fechou os olhos, evitando o contato com Medusa, mas a força que ela aplicava em seu pescoço a estava fazendo abri-los lentamente. - Dê para mim, vamos! Nada acontecerá com você. Seu marido sairá livre daqui se você colaborar.
abria os olhos de modo lento, começando a ver as cobras que arranhavam seu rosto. Ela escutava uma voz em sua mente, mas não conseguia distinguir de quem era. Com um grito agudo que Tony soltou, sentiu seu pescoço livre novamente e, com os olhos totalmente abertos, viu Tony Stark, seu Homem de Ferro, transformado em uma estátua de pedra.

Medusa gritou ao sentir uma faca presa em sua barriga, ditando o encantamento para que o círculo retirasse a alma dos que estivessem dentro do mesmo. Steve pegou pela mão e, quando colocou seus pés fora do círculo vermelho, sentiu seu corpo ser arremessado para longe e a mão de escapar no mesmo instante. Quando seus olhos a encontraram, o fogo a cercava e a impedia de passar, tão vermelho que mal dava para ver sua garota ali. Quando Medusa terminou de recitar o encantamento, os três que observavam tudo ali viram o corpo de encontrar o chão, e uma essência verde sair de seu corpo, indo de encontro à Medusa, mas, antes que pudesse chegar até a mesma, , com a espada que havia pegado num compartimento de espadas ali perto, cortou a cabeça dela, matando-a no mesmo instante. Com um suspiro de alívio, todos os guardas que estavam atrás de si evaporaram em um piscar de olhos. Ela sorriu, mas voltou a ficar séria quando viu a situação das suas amigas. encarava perplexa e chorosa a estátua de Tony à sua frente, murmurando algumas coisas estranhas, como se ele estivesse escutando. Steve já se levantava e corria até o corpo de no centro do círculo, que já havia desaparecido assim como o fogo que o cercava.
- , acorda! Por favor, eu preciso de você. - Steve sussurrava próximo a ela, passando a mão suavemente no rosto da garota como se esperasse ela acordar a qualquer momento. - Não faz isso comigo.

- Tony, por favor, não me deixa. Eu te amo, eu preciso de você. - passava as mãos pelo rosto de pedra dele, tentando impedir que mais lágrimas molhassem seu rosto. Não podia acreditar, estava o perdendo de novo. Sua vida não teria sentido sem ele ao seu lado. Com quem dividiria seus segredos? Como acordaria todas as manhãs sem ele ao seu lado? Como? Não havia como. Tony era parte de sua vida e sua vida não teria continuidade se parte dela fosse tirada brutalmente de si. engoliu o choro e olhou ao redor: Steve estava agachado sobre o corpo de , ditando palavras incompreensíveis; estava de joelhos no chão, lamentando pelo ocorrido à sua volta. Tudo estava fora do normal, tudo não fazia sentido naquele momento. O que seria a partir de agora? Nesse momento, o que seria da vida de cada um deles?

Nada. Isso é o que a vida de cada um deles seria: um imenso vazio. Steve não conseguiria viver com a perda de sobre seus ombros, não conseguiria obrigar seu coração a bater sem Tony e nunca se perdoaria por ter deixado tudo aquilo acontecer. Se ao menos ela tivesse conseguido trazer sua varinha, se tivesse mantido o encantamento na nave de ...
A nave de . O que tinha acontecido depois? Dobby chegara, Dobby as transportara... Havia algum vazio ali. Ela não conseguia se lembrar do que acontecera na nave. Ela não conseguia se lembrar dos detalhes de depois. E, afinal, Dobby não estava morto? Tudo estava muito confuso. Quando elas haviam achado armas, afinal?
Ela fechou os olhos e respirou fundo. A resposta estava tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe... Então ela entendeu. Estava tudo em suas mãos. estava muito distraída e não conseguiria chegar a tal conclusão nunca. Ela precisava sair. Precisava... Pular. Cair. Sim, uma queda, uma queda a tiraria dali. Uma morte.

Enquanto isso, na mente de , tudo era cinza. Nada de branco, nada de preto. Só uma massa cinzenta e irritante. Já estava lhe dando nos nervos. Ela corria e corria e nunca conseguia chegar ao pontinho azul ao longe que ela tinha certeza que seria Steve. Por quê? Sua cabeça parecia prestes a explodir. Caiu de joelhos. Queria correr, queria gritar, entretanto, nenhum som saía de seus lábios e suas pernas pareciam congeladas para sempre. Sentiu vontade de chorar, mas as lágrimas tão pouco vinham aos seus olhos.
Por que diabos ela estaria presa ali? Seria estar para sempre em um universo cinzento a condenação por ter deixado sua alma se ir? Mas, sem sua alma, ela também não poderia ter suas memórias, suas paixões... Steve. Poderia?
Tentou correr novamente. E, novamente, como em um sonho, falhou.
Como em um sonho...
Sentiu-se gelar. Era isso. Meu Deus, era isso.

olhou em volta. Tentou chamar , mas ela não saía de seu transe. Ela encarava e abraçava o marido e chorava aos seus pés. Não ouviria uma palavra, nem se lhe contasse o segredo daquela dimensão. Respirou fundo. Ainda estava dentro do círculo vermelho, mas... Medusa tinha se ido. Ela tinha o controle daquele lugar. Aquela era sua mente. Concentrou-se, cerrou os punhos e o círculo vermelho se partiu. Ela andou decidida até as escadarias, até o trono...
Não era alto o suficiente. Ela olhou ao redor. Só lhe restava, portanto uma opção. Andou até o armário de espadas. Escolheu a que melhor lhe serviu nas mãos.
Caminhou lentamente até suas amigas. Ah, Deus, ela esperava estar certa.
Respirou fundo. Levantou a espada. No segundo seguinte, estava no chão, uma poça de sangue se formava em volta dela.
Ela engoliu as lágrimas. Steve ainda estava distraído. Ela caminhou até . Foi com um só movimento da lâmina que cortara o pescoço da amiga e tornara a cravar a espada em seu próprio coração. Sentiu-se caindo. Caindo. A escuridão tomou seus olhos. Steve gritava com ela, mas ela não mais ouvia.
Por fim, tudo era preto.
Então as três abriam os olhos simultaneamente.
suspirou aliviada, as lágrimas correndo por seu rosto. Tinha dado certo.
pulou e um grito saiu de sua garganta. olhava em volta com a mais pura surpresa. Tinha dado certo.
Mas a felicidade passou rápido. Elas estavam de volta à nave, de volta à queda. Tony e Steve ainda estavam lutando com o exército de rosquinhas. Tinham que pensar rápido, não havia tempo para explicar. apalpou seus bolsos. Sua varinha ainda estava ali. Excelente.
- Rápido, vocês duas peguem as vassouras e saiam enquanto nós distraímos os caras-de-rosquinha!
- Não! Não vamos deixar vocês aqui! – disse .
- Vá logo, sairemos daqui em 30 Mississipi. Eu juro.
Ela atirou um grande feitiço e abriu um buraco na pilha de Donuts do mal para que as duas, relutantes, pudessem passar. Então andou até Steve e o agarrou pelo braço, puxando-o mais para perto de Tony. Agarrou Tony com a mão livre. Desaparatou.
Estavam de volta à outra nave. já estava no trigésimo primeiro missisipi, mas ela não ligava. Atirou-se nos braços de Tony, e o mesmo fez com Steve. Não que estar na outra nave melhorasse muito a situação, mas pelo menos não havia rosquinhas para todos os lados.
- Como você descobriu? – perguntou .
- Você nunca se lembra do começo de um sonho. – respondeu , sorrindo.
- Então... Estávamos todas presas em um sonho? – perguntou .
- Sim. Pelo visto a função daquelas armas de rosquinhas é rosquisedar as presas e colocá-las para enfrentar os seus pesadelos mais terríveis. – respondeu .
- Odeio interromper o momento Insight, mas ainda temos problemas técnicos na nave, meninas. – disse Natasha.
Todas olharam para Tony. Ele estava cansado, nem sabia se seus propulsores funcionariam por muito mais tempo.
- Eu tenho uma ideia. – disse . – Mas é potencialmente problemática.
- Diz logo.
- Temos que voltar para o Roskarte e pegar todos aqueles grifinórios que deixamos para trás. Com aquele número de varinhas, ficará fácil concertar a nave! Tony, você conseguiria...?
Ele engoliu em seco e assentiu. Era sua melhor chance, ele não poderia rosquidesistir. Tomou nota para tentar parar de colocar "rosqui" na frente das palavras. Não queria passar permanentemente pelo processo de rosquificação. Foi até o fundo da nave.
Posicionando no fundo da nave, Tony tentava relevar a dificuldade em respirar, as falhas em sua armadura por conta da altura, o cansaço que se abatia sobre ele e o perigo iminente ao encontro do qual estavam indo diretamente. Concentrou-se o máximo possível em manter a nave voando até que chegassem à Roskarte. Ele precisava conseguir.

Na dianteira da nave, , e estavam sentadas juntas, tentando aproveitar os últimos minutos de silêncio antes de chegarem à Roskarte e darem de cara com o perigo, mais uma vez. As duas primeiras conversavam aleatoriedades baixinho, mas não conseguia nem prestar atenção no que suas amigas diziam. Num impulso, levantou-se e se dirigiu ao fundo da nave. Ignorou quando a segurou pelo braço, dizendo que era perigoso ela ficar lá porque a janela estava quebrada e o oxigênio restante era praticamente nulo; Tony só se mantinha ali por conta da armadura. não ligou para isso, caminhou decidida até onde o marido estava. Havia passado muito tempo longe dele, e precisava de seu Tony naquele momento tanto quanto, tinha certeza, ele precisava dela. Stark mantinha sua concentração, mas ao ouvir passos se aproximando dele, abriu os olhos e quase deixou a nave cair, estonteado pelo sorriso dela, que espelhava o seu próprio ao vê-la. sentou-se perto dele, tentando manter o ar preso enquanto colocava uma máscara com oxigênio extra, que havia achado num baú ali perto. Tony ia protestar e mandá-la voltar lá pra frente, mas, antes que ele falasse qualquer coisa, ela disse:
- Já passei muito tempo sem você. Não queria ficar lá sozinha.
Após isso, ela fechou os olhos e nenhum dos dois disse mais nada; não precisavam de palavras, apenas da certeza de que estavam juntos.

- ? - uma voz baixa e firme interrompeu os devaneios da agente, que havia parado de conversar com e agora estava apenas refletindo. - Podemos conversar um minuto?
- É claro! - ela respondeu a Steve, pegando a mão que ele estendia a ela e o seguindo até uma parte mais reservada da nave. - Pode falar. - disse simplesmente enquanto se sentava num banquinho e esperava, ansiosa, pelas palavras dele.
- Sabe - ele começou a falar, também sentando-se, visivelmente nervoso. -, se um dia me perguntarem se essa missão das rosquinhas me trouxe algo de bom, direi que, apesar de todo o caos e quase morrer diversas vezes - e ainda pode ser que eu morra, afinal, estamos voltando ao perigo -, eu ganhei um presente. Um belo presente, diga-se de passagem. - parou para dar uma risadinha, e o sorriso dele, junto ao brilho de seus olhos, pareceu a a visão do paraíso. - Eu sei que posso estar sendo meio bobo ou precipitado, mas - com uma segunda pausa, segurou as mãos dela, que já sorria abertamente a ele -, se escaparmos dessa, eu não te deixarei escapar, moça. Juro que te sigo por todas as galáxias, até ser digno do seu amor. O que me diz? - terminou com outro sorriso, e este poderia iluminar a vida da agente para sempre.
- Ah, Steve! - nem palavras tinha, então atirou-se nos braços dele, esperando que seus beijos pudessem dizer tudo que ela não conseguia colocar em palavras.

Abandonada pelas amigas e seus heróis, estava com frio e imensas saudades de seu marido. Levantou-se e, ignorando as expressões de dúvida dos outros, pegou alguns rosquigravetos e montou rapidamente uma pequena fogueira, sentando-se perto desta e se aquecendo. De repente, com um brilho verde no fogo e um estrondo, uma pessoa rodopiou e parou ali.
- Sev? SEV? Ah, meu Deus, nem acredito que você está aqui! - chorando emocionada, abraçou o marido, que rapidamente retribuiu; sentira imensas saudades dela. Feliz por ter conseguido encontrá-la, Snape a soltou e olhou bem para ela, conferindo se estava tudo bem com a esposa.
- De volta até o fim do dia, não é, ? - a expressão dele não era mais tão feliz assim.
- Eu sinto muito!- ela abaixou a cabeça, dizendo. - Ocorreram uns problemas com meus amigos e eu não podia simplesmente abandoná-los e... - não conseguiu terminar a frase, pois a nave pousou de uma forma bruta, derrubando a todos que ocupavam a mesma.
Tony estava caído, mas sentia-se bem, precisava apenas recuperar o fôlego para voltar à ativa. Faltava pouco para tudo isso acabar. sorriu para o marido, acompanhando-o se levantar e lhe abraçar rapidamente, falando:
- Eu quero meu whisky com dois cubos de gelo quando chegarmos em casa. - soltou-se dela e se postou de frente aos rosquisoldados que continuavam ali depois do que havia acontecido, alguns gritando quando a nave deles pousou, explodindo uma fábrica qualquer.
- Eu não vejo a hora disso acontecer. - respondeu, observando os outros heróis, Agentes e bruxos postarem-se ao seu lado. Com um gesto rápido, ela completou: - É hora do show.

, e separam-se do outros, correndo em direção ao palácio dos reis quando viram a realeza levar todos os grifinórios para o castelo para aprisioná-los. Steve, Tony, Thor e Clint começaram a lutar com os rosquisoldados que já vinham em direção a eles; Natasha abusava da suas técnicas de lutas para acabar com os homens que insistiam em achar que poderiam ganhar dela, tentando proteger a nave para que nenhum outro estrago acontecesse, ao mesmo tempo em que Snape continuava lá dentro. Thor invocava os raios do além, trazendo consigo um vento tão forte que foi capaz de esfarelar todos os soldados farinhescos que os atacavam.
Dentro do castelo, as três pararam exatamente alguns metros do rei, que envolvia os alunos com uma corda feita de farinha, água e um pouco de açúcar, impedindo-os de se livrarem. se postou um pouco à frente, gritando:
- Renda-se, ou o faremos pagar por todos os seus pecados, RosquiRei. - ele riu da garota, largando o grupo capturado e se colocando de frente a ela, sacando uma varinha do bolso.
- Você não é a única que saber usar magia. - ele disse com um sorriso perverso no rosto. fez um gesto para e , mandando-as soltarem os outros enquanto ela cuidava do Rei, que estava extasiado para que a luta começasse logo. Ela tirou sua varinha da manga de sua blusa, apontando para frente: - Mas sou a única que pode vencê-lo com ela.

A força de Tony estava acabando. JARVIS repetia diversas vezes que a energia estava abaixo do limite e que ele não aguentaria mais tanto tempo, mas Tony não ouvia uma palavra sequer dele, estava preocupando em não deixar farinha entrar em suas calças enquanto estourava a cabeça dos soldados. Steve acabou sendo pego por um, que o derrubou no chão e estava o derrotando, sem que o mesmo não pudesse fazer absolutamente nada para se defender. As flechas de Clint ultrapassavam o corpo dos soldados, sem que nada os machucasse. Eles estavam em um número menor e cansados devido ao passeio na galáxia que quase morreram. Os soldados pareciam estar mais treinados do que algumas horas, mais fortes e mais resistentes. Não havia mais nada a ser feito, senão lutar até que suas forças se esgotassem e, quando estava prestes a esgotar, tudo parou. Os soldados não se mexiam, a poeira não levantava, eles não estavam mais sendo atacados. Tudo havia parado repentinamente. Steve chutou o soldado que estava em cima de si e se levantou, dizendo:
- O que aconteceu aqui? - ele baixou o escudo, deixando-o ao seu lado enquanto analisava tudo parado como se estivessem brincando com a Xuxa. Ele estranhou. - Alguém sabe me explicar o que acabou de acontecer? - Thor parou de balançar seu martelo e respondeu.
- Chronos está se aproximando.
E, assim como tudo parou repentinamente, voltou a acontecer.
- Eu não falo mitologiquês, Thor... – disse Tony. – Isso é bom ou ruim?
- Depende.

- Muito bem, encarem isso como uma aula prática, só que de feitiços e... Se vocês não fizerem certo, vocês podem acabar morrendo. Mas vamos lá, mostrem a estes grifinórios como se faz.
Snape tinha visto os grifinórios aprisionados e rido. Sua mulher tinha feito a decisão errada. Numa situação dessas, precisava-se de estratégia e ambição, e não de coragem direcionada a lugar algum. E sem querer ela dera aos sonserinos mais motivação do que nunca: eles finalmente teriam a chance de se provar capazes de lutar. E de, claro, humilhar alguns amigos grifinórios. Ele mesmo já estava pensando em como contaria aquela história para Minerva. Seria perigoso, mas divertido de qualquer maneira. Desde que todos os alunos dela voltassem intactos.
Snape também trouxera alguns membros da Lufa-lufa, afinal, ajuda nunca era demais, e da Corvinal. Ele tinha que dar o braço a torcer de vez em quando, e reconhecia que os alunos da casa azul realmente eram bons estrategistas. E a vida de sua esposa estava em risco.
Quando todos já haviam passado pela lareira (ele esperava que ninguém notasse a falta de alunos ou o sumiço de todo o pó de flu do castelo), ele voltou e começou a dar as direções. Quando todos já haviam saído da nave, ele pegou sua varinha, estalou os dedos e caminhou a passos largos entre a multidão.

Tony estava cansado. Ele continuaria lutando, é claro, mas perdia as esperanças a cada segundo. Chronos estava vindo. Se ele estivesse do lado deles, ótimo, venceriam com facilidade. Se estivesse contra...
Morreriam dolorosamente.
Ele ouviu um burburinho atrás de si e viu jovens vestidos de verde, amarelo e azul saindo da nave. Como...? Ah. Nunca deixe um bruxo na sua nave. Suas roupas eram versões diferentes daqueles que já estavam aprisionados dentro do castelo. Stark achou tudo uma ideia horrível. Se os vermelhinhos tinham perdido, o que esse novo time poderia fazer? De qualquer modo, toda ajuda era bem vinda.
Snape passou por ele como se nada estivesse acontecendo ao seu redor. Ele ignorou os comentários maldosos em sua mente e continuou a lutar.
Enquanto isso, dentro do rosquipalácio das rosquinhas, lutava com o rei. Não estava sendo fácil, sendo que ele soltava raios com as mãos e ela só tinha uma varinha. Ainda assim, ela se sentia vencendo. Mas estava se cansando, e precisava terminar com aquilo tudo logo.
Mirou na cabeça dele e jogou um feitiço estuporador. Ele se abaixou bem a tempo. Droga, eu realmente precisava daquelas aulas de tiro..., pensou.
Na fração de segundo que demorou para ela pensar isso, ele erguera sua mão e atirara um raio certeiro em direção a ela. Ela se jogou para o lado, mas a magia atingira sua mão e sua varinha voara para o outro lado do salão. Ela nunca conseguiria chegar até ela sem ser atingida e morta pelo rei. Arrastou-se para trás de um alto vaso. Precisava de um plano. Ele não demoraria para chegar até ela.
O rei riu.
- Não é tanto sem seu gravetinho, pequena mortal?
Ele andou a passos lentos pelo salão. Estava chegando perto demais, ela sabia. Podia ouvir o perigo na voz aveludada dele. Suas mãos tremiam. Ela fechou os olhos.
- Tire suas rosquinhas de perto da minha mulher.
Ela abriu os olhos. Snape tinha sua varinha grudada na nuca do RosquiRei. Ela sempre admirara os pequenos truques que ele aprendera com Voldemort, mas nunca achou que ele fosse usar algum de novo. Mas antes que Severo pudesse pronunciar as palavras amaldiçoadas que tinha em mente, o RosquiRei tinha desaparecido.
- Você não é o único que pode brincar, morcegão. – disse a voz perto do trono das rosquinhas, do outro lado da sala. Snape suspirou: detestava seu apelido dos tempos de faculdade.
No fundo da sala, os vários grifinórios amarrados com a estranha mistura de farinha assistiam a cena impressionados.
Snape começou a atacar o rosquirei com sua rosquivarinha. Já tento lutado em batalhas piores, aquele cara deveria ser fichinha. O único problema é que ele continuava a mudar de lugar e lançar raios com as mãos, e Snape não conseguia acompanhar todos os movimentos, sendo atingido mais do que atingia.
se arrastou pela sala e alcançou sua varinha. Levantou-se e posicionou-se às costas de Sev. Agora aquele rosquimaluco veria o que era lutar contra duas mãos.
Toda vez que o rei mudava de posição, eles giravam e o acertavam. Snape segurou a mão livre de com a dele e eles se guiavam pela sala. Terminariam aquilo em segundos.
Snape acertou RosquiRei no peito, e ele caiu sentado em seu trono. se virou e jogou mais um feitiço nele. Ele levantou as mãos. Ambos atacaram temendo que RosquiRei soltasse mais raios.
- Está bem! Está bem! Eu me rendo! Argh, eu me rendo.
Nem nem Snape abaixaram as varinhas. Os dois, entretanto, andaram em direção ao Rei.
- Então diga ao rosquiexército para rosquiparar. Quero dizer, parar. – disse .
- E liberte os alunos. – completou Snape, apertando a mão dela.
O Rei hesitou, então olhou para as varinhas apontadas para ele.
- Er... Está bem. Está bem. Mas terão todos que deixar meu planeta perfeito imediatamente!
Um grifinório suspirou aliviado quando suas mãos foram soltas pela farinha. Ele olhou para a moça ao seu lado. Bom, tudo tinha que ter um lado positivo...
Snape amarrou o RosquiRei usando sua própria rosquicapa. Feito isso, ele e levaram o Rei até o portão da Sala RosquiReal, praticamente nu, amarrado em sua própria capa. Jogando em si mesmo um feitiço que aprendera com o ex-ministro da Magia, o Rei aumentou magicamente sua voz e e ordenou:
- Parem! Imediatamente. Ordeno que as minhas forças parem de atacar agora mesmo. E, vocês dois - dirigiu-se à e Snape. -, podem me soltar? - a voz do rei saiu clara e imponente e, fosse pelo susto ou por obediência mesmo, todos os soldados pararam de atacar. Snape desfez o nó que prendia a rosquicapa no RosquiRei e o libertou, que deu dois passos à frente, vestiu a capa novamente e sorriu.
Nem mais uma grama de farinha voava e os soldados se retiraram, como se nada estivesse acontecendo. Surpresos, os Vingadores pararam abobados, um olhando pra cara do outro, não acreditando que aquilo fosse verdade.
- Como assim ele vai simplesmente retirando as guardas? - Tony perguntou a Steve, que estava ao seu lado.
- Isso é muito suspeito, Tony, muito. - Steve espelhava o olhar de dúvida de Stark, assim como Thor e Clint. Natasha e as meninas haviam ido caçar um banheiro, pois tinham farinha até no sutiã.
- Não duvidem, meus caros amigos heróis. A batalha está suspensa. Todos vocês, peguem suas crianças que, bravamente, lutaram contra os meus soldados, mandem-as de volta à escola e depois voltem à SalaReal, onde assinaremos alguns papéis de pura burocracia, onde vocês alegam que nós não os prejudicamos de forma alguma e que o sumiço e morte do Deus da Trapaça é totalmente culpa de vocês, nós não temos nada a ver com isso. Vocês têm meia hora para isso, se passar do tempo, voltaremos a atacar.

No banheiro, Natasha, , e (que, assim que libertara o RosquiRei, correra pra se juntar a elas) fofocavam sobre qual era o super-herói mais gostoso do mundo e o que elas fariam com os cabelos quando saíssem dali, já que aquela farinha os tinha ressecado demais.
Uma batida rápida na porta as assustou, e Natasha derrubou o rímel no chão, o qual caiu pelo ralo e ela gritou, fazendo com que Clint, que era quem batia à porta, arrombasse-a e entrasse atirando pra todos os lados, pronto para salvá-las. Ao ver que não havia real perigo no banheiro, Clint explicou a elas que precisavam volta à nave, onde os alunos já se encontravam, assim como Thor, Steve e Tony e que eles usariam todas as varinhas para concertar a nave e poderiam ir, finalmente, embora.

- Ah, que coisa mais linda! - a voz do rei se fez presente atrás deles assim que terminaram de concertar a nave e esta já estava nova em folha. Os alunos já tinham todos voltado à escola pela fogueira/lareira que havia construído no meio da nave, assim como Snape, que foi obrigado a acompanhá-los e deixar sua esposa, já que a mesma não iria embora agora de jeito nenhum. - Uma pena... - o rei continuou falando, enquanto se aproximava de e , que estavam do mesmo lado da nave. - que o prazo tenha passado.
- O quê? - perguntou surpresa. - Que prazo? - olhou para Tony em dúvida.
- Eles nos deram um prazo de meia hora para concertarmos tudo e irmos embora - Tony olhou para a mulher e a expressão dela se alterou, passando da calma à preocupação em um segundo. - E, meu Deus, eu nem me toquei que o tempo estava passando tão depressa assim.
- Mas, RosquiRei, passamos só 3 minutos do nosso tempo, é claro que o senhor não irá se importar, não é mesmo? - falou, dirigindo-se ao rei. - Afinal, estamos indo embora para nunca mais perturbar a ordem de Roskarte e...
- Calada. - RosquiRei falou baixo e claro, mas foi suficiente para que todos parassem até de respirar. - Infelizmente, meus caros - ele começou a andar entre eles, como se estivesse escolhendo quem iria pegar para si. -, regras são regras e... Já que o prazo acabou, vou deixá-los irem embora...
O suspiro de alívio de todos foi uníssono.
- ... com uma única condição. - ele continuou, e todos prenderam a respiração, esperando.
- Qual condição? - perguntou firme, já que o rei estava, agora, parado bem a sua frente.
- Vocês podem ir, mas um de vocês deve ficar aqui e se juntar à família real de Roskarte. - o sorriso do Rei alargou-se ainda mais, e seus olhos faiscavam.
- Isso é ridículo. - Clint berrou e RosquiRei nem o olhou.
- Dou cinco minutos para decidirem quem vai ficar aqui. 300 segundos. Contem direitinho, hein? - Rosquirei se afastou e todos se entreolharam em pânico.
- Eu fico. - Tony foi o primeiro a se pronunciar, recebendo como resposta vários tapas de e vários 'não' dos outros. foi rapidamente para o lado do marido e disse:
- Nada disso. Eu fico.
- Nunca. - ele olhou sério para ela e ela soube que, assim como ela, ele não suportaria passar o resto da vida longe dela.
- Eu fico, então. - Clint falou, ao que se seguiram os mesmos protestos e 'não' de todos.
- Isso não vai funcionar. - falou, suspirando.
- Nenhum de nós pode ficar, nós não deixaremos ninguém para trás. - completou.
- Então, o que faremos? Não temos varinha, não temos alunos, não temos nada, a não ser uns aos outros. - falou mais pra si mesma.
- Tempo esgotado. Então, quem vai ficar? - RosquiRei aproximou-se em 3 segundos, como se nunca tivesse saído do lado deles.
- Ninguém vai ficar. Nós chegamos juntos e iremos embora juntos, não deixaremos ninguém para trás. - Tony falou firme, sem pestanejar, ao que todos concordaram.
- Ah, ninguém vai ficar? - o sorriso de RosquiRei sumiu e ele voltou a andar por entre eles. - Terei que eu mesmo escolher? - ninguém tinha uma resposta a isso. - Quem será o melhor? - RosquiRei aproximou-se de Tony. - O gênio Homem de Ferro? - foi andando em direção à Natasha. - Ou a nossa habilidosa Viúva Negra? - andando mais um pouco, parou em frente a Steve - Que tal o patriota Capitão América? - mais alguns passos, chegou a Thor. - Ah, e o Deus do Trovão, Thor? - ao lado deste, parou em frente a Clint. - E o nosso Gavião Arqueiro, que tal? - com um último derradeiro passo, parou em frente às três amigas. - Mas acho que ninguém será melhor que essas três. Já que não escolheram um, vou ficar com as três.
- NUNCA! - todos os outros gritaram juntos, ao mesmo tempo em que as três meninas estavam, juntas, horrorizadas.
Nisso, duas coisas aconteceram. Uma estranha fumaça preta baixou sobre tudo ali e, num estalo, , e estavam na Sala RosquiReal e os Vingadores estavam na nave, que já decolava e, absurdamente rápido, pousaram no meio de um deserto, no qual a nave, literalmente, os jogou para fora e sumiu, deixando-os desolados e sozinhos.

- Você está de brincadeira comigo. - Tony gritava no meio do nada, tirando um pouco de areia da boca. A nave havia sumido repentinamente e ele imaginou que fosse o Rei com seus rosquiencantamentos que fez isso. Thor ajeitava o cabelinho para o lado, tirando a areia que havia entre eles enquanto observava os outros fazerem o mesmo. Clint já estava de pé e ajudava Natasha a se levantar também. O sol forte começava, aos poucos, a afetar a todos ali.
- Não acredito que fomos ingênuos o suficiente para pensar que o Rei nos deixaria ir. - Steve falou, permanecendo sentado à medida que passava as mãos pelos cabelos. Mais uma vez, ele a havia perdido. Iria continuar assim até o dia amanhecer? Ou havia uma força misteriosa que os impedia de ficarem juntos por pelo menos alguns minutos? Ele não tentava entender, sua cabeça estava explodindo por não poder fazer absolutamente nada naquele momento.
- O que vocês vão fazer agora? - Natasha perguntou e nenhum dos dois sentado sob aquele sol forte do deserto conseguia responder. Nada mais vinha à mente a não ser o que as suas mulheres estavam passando agora. Sem eles. E sem ninguém!

estava sentada sobre o banco da prisão, tendo as outras duas ao seu lado, enquanto olhava um ponto fixo no chão. Ela não conseguia pensar direito, as informações se embaralhavam e o fato de ter que ficar em Roskarte para sempre não ajudava muito nisso. se levantou ao notar um dos guardas se aproximar e abrir a cela em que elas estavam:
- O Rei aguarda a presença de vocês. - logo mais dois guardas apareceram e as levaram até o RosquiSalão, onde o Rei e a sua RosquiRainha as esperavam. O sorriso nos lábios farinhados demonstravam vitória.
- Eu tenho um destino para cada uma de vocês. - ele apontou para e disse. - Trabalhará na minha fábrica de rosquinhas para a eternidade e fará todos os favores do Rei. Será minha serva. - seu dedo foi de encontro à . - Fará tudo o que pedi e transformará todas as coisas inúteis que eu tiver em algo valioso. Será minha feiticeira. - ela fez uma cara estranha ao perceber que ele falava de si, mas não comentou, pois saberia que era sua vida em jogo. Por fim, apontou para . - E você terá o castigo que merece. Irá ser enforcada por descumprir as regras de Roskarte e enfrentar o todo soberano Rei de Roskarte. Levam-na daqui, guardas. Quero que a execução seja agora.
tentou lutar, assim como e , que tentaram salvar a amiga, mas os guardas a seguraram e levaram todos para fora, onde a guilhotina estava, mais uma vez, naquele dia. se debatia contra os homens, mas não tinha força suficiente para sair das garras dos dois; então tentou atrasar um pouco a ida enquanto mordia a mão de um dos guardas e pisava no pé do outro. Mas ela já estava sobre o palco improvisado e perto da lâmina que cortaria sua preciosa cabeça.
- Prendam-na. E CORTEM-LHE A CABEÇA. - o céu começou a ficar ainda mais escuro e uma fumaça vermelha começou a tomar conta do chão, mas todos ignoraram. foi colocada na guilhotinha e o Rei subiu ao palco para fazer as ordens, colocando sua mão sobre a corda. fechou os olhos e gritava para não fazerem isso com sua mais nova amiga. Quando o Rei se preparou para puxar a corda, o tempo simplesmente parou. Ninguém se mexia, ninguém gritava, ninguém fazia absolutamente nada. Um vento forte passou por entre eles enquanto e se soltavam dos guardas que ainda as mantinham presas. As duas começaram a olhar o céu e estranharam a ausência de movimento de todos. gritou para que a libertassem e elas subiram ao palco, soltando as cordas que amarravam seus pulsos e prendiam seu pescoço.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou, massageando os pulsos enquanto assistia uma fábrica ali perto pegar fogo. Ela se espantou ao ver que o ocorrido havia acontecido do nada. - É sério. O que está acontecendo aqui?
Com um vento mais forte que o normal, que fez todos se segurarem nos postes mais próximos, dois homens apareceram próximo ao palco, trajando uma roupa branca, chinelos estilo década de 70 e algumas coisas estranhas que estavam em sua cabeça. Um deles tinha uma barba gigante e quase o confundiu com Dumbledore, mas se comportou bem quando um deles começou a falar.
- Eu sou Chronos. - o barbudo apontou para si mesmo. - E esse é meu comparsa, Hefesto. - o mais baixo e moreno se apresentou. - Eu sou o controlador do tempo e Hefesto o controlador de um dos elementos da Terra.
- O que fazem aqui? - perguntou, levando um empurrão de leve no ombro por por se dirigir arrogante aos Deuses.
- Viemos destruir essa cidade. O Rei de Roskarte é uma farsa. - Hefesto falou, ganhando expressões de dúvidas das garotas. - Roskarte não foi criada por nós. RosquiRei roubou o cofre do Monte Olimpo, criando uma irmandade em volta da Rosquinha roubada e dominando a galáxia quando uma das varinhas que ganhamos indo na Convenção de Bruxos parou em suas terríveis mãos de farinha.
- Quer dizer que... Não foram vocês que criaram Roskarte? - perguntou, se interessando pela conversa enquanto mexia em seu super Iphone intergalático que nunca saía de moda. Ela clicou em câmera e disse:
- Uma foto. Essa vai para o Instagram. - Chronos fez joinha enquanto Hefesto imitou o Usain Bolt, sorria somente e fazia pose de bruxa, assim como , que fazia sua pose habitual de espiã. Ela clicou e logo postou: "passeio em Ros com os migo, encontrando gregos #Rosquinha #Foguetinho #Atrasado #Roskarte #SHIELD #Stark #farinha." - Pode continuar.
- Não, não fomos nós que criamos. Fomos roubados e o RosquiRei usou seus poderes de vilão que aprendeu com Majin Boo para criar o planeta e escravizar umas pessoas da Terra e do próprio Olimpo, transformando-os em biscoitos.
- Mas... Minha nossa. Nós pensamos que... - começou, mas foi interrompida.
- Pensaram errado. Mas nós não podemos fazer nada. Nosso espírito não é malvado, estaríamos nos igualando a ele. Prometemos não machucar a ninguém a não ser que este implore, ou se estivermos em guerra ou, até mesmo, se ele mandar +4 no UNO para um de nós quando estamos prestes a ganhar.
- É, isso é verdade. Não suporto. Se Zeus não tivesse um raio, eu já teria fritado os cabelos dele. - Hefesto dizia, mas logo parou ao ouvir o pigarro de e um pedido mudo para que continuasse. - Então, nós não podemos fazer nada. Somos almas divinas, mas nós conhecemos quem pode. - Chronos olhou para cada uma delas e permitiu que o amigo continuasse. - Vocês duas, meras mortais, Agentes de uma empresa americana super secreta, esposa e futura esposa dos maiores heróis da Terra...
- Deixa o Batman e o Superman saber disso, Hefesto.
- Posso continuar, Chrô? - com um aceno de cabeça, Hefesto continuou. - Enfim, as duas meras mortais, já que a outra é uma bruxa e já tem o dom da mágica ensinada pelo melhor rosquiprofessor, foram as nossas escolhidas para herdar uma boa parte do nosso poder para salvar o mundo. Escolhemos vocês para tomar posse de nosso dom para proteger os mais fracos e oprimidos e acabar com os inimigos da Terra.
- Nós? - perguntou, abraçando de lado para mostrar que também se referia a ela.
- Sim. Sabemos que essa foi a melhor escolha que tivemos. Então... - Chronos se aproximou de , tocando-lhe a mão e olhando fixamente para os olhos dela. Ainda bem que Steve não estava lá, não seria uma boa cena de se presenciar, todos pensaram. - Você foi a minha escolhida, mortal. Feche os olhos. - ela os fechou. - Quando você os abrir, terás meu poder para fazer o que bem entender, mas, lembre-se, primeiro os outros, depois você. - uma luz branca se formou ao toque das duas mãos e logo ele pediu para que ela abrisse os olhos. A sensação que sentia era a melhor possível. Parecia enxergar tudo além do que seus olhos captavam. Ela sentiu como se o tempo estivesse aos seus pés. E realmente estava.
Hefesto se aproximou de e fez o mesmo gesto, pegando a mão da garota e passando seu poder a ela.
- Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades, lembre-se disso. Será mais forte do que imaginar, então controle-se. Um descuido e a menor faísca pode ser o seu maior incêndio. - quando abriu os olhos a pedido do deus, seu corpo parecia queimar e esquentar mais do que a temperatura normal. Era uma sensação que a incomodou de primeiro momento, mas ela logo se acostumou ao sentir o calor correr por suas veias.
- Obrigada. Obrigada mesmo. - agradecia apertando a mão dos dois deuses, gesto repetido por e logo por .
- Agora façam seus trabalhos. Seus maridos as esperam na Terra. - eles disseram, já sumindo sem mesmo sair do lugar. - Surpreendam-nos.
E assim se foram e logo o tempo voltou ao normal. O Rei gritava dizendo que a criminosa escapou e os guardas subiam ao palco para capturá-la, mas um simples gesto de fez com que o tempo parasse outra vez. Era verdade, então.
- Precisamos sair daqui e salvar os Vingadores. - dizia enquanto descia do palco e seguia as outras. brincava de iniciar e pausar até levar um tapa forte no braço de , que falava para ela prestar atenção ao que dizia.
- Mas não temos nave. Muito menos sabemos onde os Vingadores estão. O que vamos fazer? - perguntou, acompanhando lançar uma bola de chama em direção a algumas casas e fábricas dali.
- Antes de tomarmos uma decisão, precisamos acabar com esse planeta. - disse. - , conhece Supernova? - ela assentiu, lembrando-se do filme O Quarteto Fantástico e do Tocha Humana, que tinha uma leve semelhança com o Capitão. enlouqueceria se soubesse. - Pois então... É isso o que você vai fazer para aniquilar esse planeta. Consegue?
- Sou uma Stark, . Me diz o que eu não consigo? - disse, rolando os olhos.
- Ótimo. Peguei essas três pérolas do bolso do Rei quando ele veio me perguntar a senha do banco onde eu guardo minhas economias. - mostrou as pérolas verdes que carregava em mãos. - Temos que pisar nelas e imaginar o lugar para o qual queremos ir, que é o mesmo lugar que os Vingadores estão. - distribuiu a pérola para elas e disse. - Agora, , faça seu trabalho. Antes de jogar o Supernova para o planeta, venha aqui conosco para pisar.
concordou e fechou os olhos, deixando seu corpo levitar enquanto sentia a temperatura aumentar gradativamente. Um furacão se formou em volta de si e ela sentia o poder se tornar mais forte a cada minuto passado. Juntou-o todo, formando uma bola de fogo, e deixou que a mesma levitasse um pouco para depois cair como um meteoro em Roskarte. Ela saiu rapidamente dali e se dirigiu às outras, colocando sua pérola no chão. deixou que o tempo corresse novamente e não demorou para que a gritaria começasse em meio àquele desastre.
- Prontas?- perguntou, vendo-as concordarem. Contando até três para que e ouvissem, ela gritou, ao mesmo tempo que pisava assim como as outras na pérola sob seus pés. - AGORA!
E tudo pareceu diminuir. Tornar-se mais distante. Elas viam o caos e se sentiam arrastadas, tentando manter o pensamento nos Vingadores, somente neles. Em menos de poucos segundos, elas estavam caídas em meio àquela areia fofa e quente do sol escaldante de um deserto qualquer.

Thor, Steve, Natasha, Clint e Tony andavam há horas. Ou pelo menos pareciam ser horas. Todos estavam com calor nas suas armaduras e cansados de se arrastarem em busca de nada. Mas nenhum deles tinha um plano melhor.
Tony, passado algum tempo, sentou-se no chão.
- Levante-se, temos muito a caminhar ainda – disse Thor.
- Pra quê? Francamente, o RosquiRei nos mandou para cá. Não haverá saída. Morreremos aqui. E morreremos mais rápido se esgotarmos nossa energia dando voltinhas no planeta!
Steve o encarou seriamente. Ele andou até Tony, pegou seu braço e o puxou para cima, forçando-o a se levantar. Pôs uma mão em seu queixo e o encarou.
- Você é um Stark, Tony. E o que nós dizemos para a morte?
O Homem de Ferro suspirou.
- “Hoje não...”
- Muito bem. Agora vamos. Nossa melhor esperança está em andar por este deserto.
Eles haviam dado por volta de cinco passos quando uma cabeça saiu de um buraco na areia à sua frente.
- Preeeecisam de ajuda?
Era o Homem-Aranha, que exibia um sorriso gigantesco no rosto. Os cinco o encararam.
Ele colocou um braço pra fora e começou a lançar sua teia. Após cinco minutos sem conseguir atingir nada, uma câimbra no braço o atingiu e ele resolveu sair dali da maneira convencional: escalando. Precisou de um pouco de ajuda de Steve.
- O que você está fazendo aqui, Peter? – perguntou Natasha.
- Ouvi que vocês estavam precisando de ajuda e achei que fosse uma boa chance de me enturmar com os famosos Vingadores.
- Ah, sim, e seu plano genial era...?
- Er...
- Nós cuidamos disso sozinhos, Parker.
Eles recomeçaram a andar.
- Mas... Mas... Eu tenho super poderes de aranha!
- Aham, sentá lá, Peter.
O Homem-Aranha franziu a testa. Estava perdendo a paciência.
- Deixe-me ser parte do seu grupo de patricinhas exclusivas, ou eu vou ter que tomar uma decisão mais séria!
Todos riram. Peter gritou e lançou toda a teia que tinha em direção a Thor, que caiu no chão, enroscado em meleca de aranha.
- Mas o quê...?
- Se não me querem, também não terão o Martelão! – E, com uma risada maligna, o Homem-Aranha tirou um Pokémon do bolso. - Não, pera, artefato do mal errado.
Ele começou a revirar as cavidades expansíveis de sua fantasia de látex e jogar coisas fora.
- Não, bolinhas de gude, não. Chiclete, pincel, lápis de olho, cola, super cola, rosquifarinha, não, não. Droga, cadê? Por que eu tenho um porco de pelúcia aqui?
Thor, no chão, começou a cantar a música do Porco-aranha.
- Não ouse cantar o hino de Roskarte sem a presença do rei! – gritou Peter.
Tony riu.
- Agora tudo faz mais sentido.
- AHÁ! – gritou Parker. Ele finalmente achara o que estava procurando: a varinha de . Antes de aparecer por aqui, o RosquiRei pedira que seguisse a nave dos Vingadores e desse um fim a eles longe do império. Para ajudá-lo, dera-lhe um dos artigos confiscado de suas rosquiprisioneiras.
O problema é que Peter sempre quisera ser parte do time dos Vingadores, e achou que deveria aproveitar a chance. Mas se eles não viam a imensa bondade dele em salvar suas vidas, ele teria que dar algum estímulo. E qual seria melhor do que raptar um deles?
Ele puxou Thor com sua super teia para mais perto, fazendo com que areia entrasse em sua boca, e começou a rir.
- Peter, pare com isso. Nós dois sabemos que você não vai fazer isso. Pare com a dor de cotovelo, eu não saí com você porque detesto aranhas, não era nada pessoal. – disse Natasha.
Steve então percebeu que Peter não estava para brincadeiras. Jogou-se em sua direção. Mas era tarde demais. Com um grito de fúria trazido pelas amargas lembranças de Natasha, o Homem-Aranha se tinha ido e levado Thor junto.

Seguindo a linha de caminhar pelo deserto, , e andavam e andavam e andavam sem fim. Seus mais novos poderes adquiridos recentemente dos amigos deuses não as ajudavam muito nesse momento. continuava brincando de pausar o tempo, até que lhe olhou ameaçadora e disse que, se continuasse brincando, ela a enfeitiçaria e obrigaria a limpar os banheiros de Hogwarts quando voltasse. À ameaça da amiga, parou de brincar. procurava por sinal no seu super iPhone intergalático, mas no deserto o sinal caía a todo momento.
- Vocês sabem que estamos andando em círculos, né? - perguntou, dirigindo-se às duas amigas. - Não tem como sabermos onde estamos, porque tudo aqui é igual e não tem exatamente uma saída.
- Sabemos. - respondeu. - Mas temos que continuar, não podemos desistir, .
- É verdade. - continuou. E as pérolas nos trouxeram para o mesmo lugar que eles estão, então, se estamos rodando pelo deserto, eles também estão.
- Não tem nada que possamos fazer pra localizá-los? - perguntou, imitando, inconscientemente, um ato de seu marido e sentando na areia.
- Isso. - falou baixinho, um estalo lhe dando a solução. - Localizá-los.
- Oi? - perguntou.
- Podemos fazer um feitiço de localização. - sorria, enquanto pensava em como fazer aquilo ali no meio do deserto.
- E como exatamente se faz um feitiço de localização? - perguntou , ainda sentada na areia.
- Bom, pra fazer um feitiço de localização, precisamos de um objeto pertencente à pessoa que queremos localizar, um objeto pertencente a uma pessoa que tenha um laço forte com o nosso "localizado" e falar algumas palavras que eu decorei do grimório.
- Objeto do localizado? Eu não tenho nada do Steve comigo e ainda não temos um laço tão forte, sabe, apesar de eu estar apaixonada por ele e ele por mim, as circunstâncias não nos deixam juntos por mais de cinco minutos, então... E eu fico chateada, porque eu queria casar ainda esse ano, mas, do jeito que as coisas estão, se ficarmos quase morrendo a cada dois segundos, nem namorá-lo eu conseguirei e... - parou ao perceber que estava tagarelando e fez um pedido mudo de desculpas à amiga.
- Hm, sim. Desculpe, mas é necessário. Ainda mais nas atuais condições em que não temos varinha nem nada, é o único que eu sei que pode funcionar. ? Presumo que você possa ter algum objeto pertencente ao Tony por aí? Porque, se não tiver, não teremos chance de fazer o feitiço. - olhou para a amiga, que ainda procurava por sinal no celular.
A garota levantou-se e se arrependeu de ter sentado. Havia areia em toda sua roupa. Pegou sua bolsinha magicamente aumentada e começou a vasculhá-la à procura de qualquer coisa pertencente ao marido. Deu um sorrisinho de vitória ao encontrar um relógio dele, que Tony havia deixado com ela para que ela não se atrasasse tanto para os compromissos. Claro que ela nunca o usava, afinal, era masculino e também nunca foi muito fã de relógios.
- Serve, ? - perguntou entregando o relógio à amiga, que afirmou com a cabeça enquanto depositava o objeto na areia.
- Ok, agora um objeto seu, por favor. - tirou rapidamente e correntinha que usava e entregou a , que colocou no chão ao lado do relógio. - Tudo bem. , sugiro que feche os olhos e concentre-se no Tony, quanto mais você pensar, mais forte o feitiço fica. - a garota concordou e rapidamente fechou os olhos. - E, , preciso que você me ajude no feitiço. - As duas deram as mãos e ficaram em volta dos objetos, sussurrando as palavras certas em latim, até que um vento forte começou a cercá-las; parecia um furacão.
- Está dando certo? - perguntou, ainda de olhos fechados.
- Sim. , não solte minha mão. - respondeu, segurando as mãos da amiga com ainda mais força. - Continuem concentradas até o vento parar.
Por mais alguns minutos elas se mantiveram em silêncio, até que a ventania finalmente passou e, quando as três abriram os olhos ao mesmo tempo, viram, surpresas, que tinha dado certo. Um caminho havia sido traçado pela areia, partia do exato ponto em que estava parada e seguia em linha reta. Elas só tinham que segui-lo para chegarem ao lugar onde os Vingadores estavam. recolheu o relógio e a corrente, guardando-os, e as três rapidamente seguiram o caminho, ansiosas por chegar.

- Eu tenho absoluta certeza que estamos sem saída. - Clint falou. - Estamos no meio do nada e, pior, sem o Thor, e dessa vez de verdade.
Todos suspiraram cansados e resolveram sentar por um minuto, ainda que, por conta do calor absurdo, ficar mais tempo parados fosse pior.
- Gente... - Steve começou.
- ... o que é isso... - Natasha continuou.
- ... surgindo na frente do Tony? - Clint finalizou.
Os três olhavam surpresos o caminho que surgia aos poucos na direção do amigo que, de tão surpreso, estava estático.
- E quem são aquelas pessoas surgindo ali? - Tony perguntou, olhando do caminho para o pontinho indefinido que foi se aproximando deles e revelando a presença de três pessoas que se aproximavam. As expressões nos rostos deles foram do medo à alegria ao reconhecê-las.
pulou nos braços de Tony sem se importar se ele iria cair com a força com que ela fez na hora do impulso. O sorriso dele era maior do que tudo; sua esposa estava ali outra vez, sendo somente sua, ao seu lado, sem perigo algum. Não saberia medir a felicidade que estava, pois agora ele sentia que seria difícil separá-los novamente. Seu sorriso logo se desfez ao perceber que sua armadura começava a esquentar mais do que o normal.
- Eu já perdi a conta dos abraços que nós demos hoje. - ela falou ao se separar do marido, sorrindo ainda mais ao vê-lo feliz. - Tony, meu Deus, eu estava tão preocupada com você. - ela passava as mãos pelo rosto exposto dele.
- Eu também estava. - ele segurou as mãos dela, mas soltou ao sentir queimá-los por um instante. - Desde quando você é tão quente? - ela sorriu em resposta e começou a explicá-lo do encontro dos Deuses em Roskarte, provando com a foto que postou em seu Instagram.
Enquanto conversavam, sentia os braços de Steve rodearem sua cintura e girá-la no ar, rindo juntos. Ele não conseguia esconder sua felicidade ao ouvir os sussurros de 'saudade' que ela falava para si, concordando enquanto a colocava no chão. Ele não poderia perdê-la de novo. E, caso acontecesse, dessa vez ele enfrentaria o mundo por ela. Não imaginava que o que estava sentindo naquele momento fosse tão forte, mas daria o devido valor quando eles acabassem com isso.
- Gente, eu tô sentindo falta de alguém. - falou, contando três vezes as pessoas e não imaginando quem não estava ali.
- Thor foi capturado pelo Homem-Aranha a pedido do RosquiRei, não sabemos onde nenhum deles está nesse momento. - Clint falou.
- RosquiRei? Mas isso é impossível. Nós o matamos e ainda destruímos o seu planeta. - respondeu, arqueando uma sobrancelha. Mas uma imagem veio à sua mente. Quando ela estava no palco, conversando com seus novos amigos da Grécia, que o tempo estava parado, ela não se lembrava de ter visto a RosquiRainha. Era isso. Foi a mando dela que Peter havia feito o que fez. - A RosquiRainha. Ela não estava lá quando Roskarte foi pelos ares.
- E por que Peter faria isso? - perguntou, não desgrudando um minuto de Steve desde que chegou. Tinha medo de ser capturada, morta ou outra coisa e nunca mais poder vê-lo. - Quer dizer, é o amigo do bairro. Ele não motivo para fazer algo assim.
- Na verdade, tem. Ele não foi chamado para fazer o filme Os Vingadores. Acho que isso o deixou meio revoltado, ainda mais por ele estar na puberdade. - Tony disse, sendo concordado pelos outros três homens.
- Soube também que trocaram o ator, você viu? Nossa, o outro Peter deve ter ficado arrasado. - Natasha falou, apoiando-se no ombro de Clint quando o sol começou a lhe fazer mal. A sede começava a lhe afetar.
- O foco aqui é o Thor, por favor. Precisamos salvá-lo. - disse, estalando os dedos como uma forma de alerta. - Vocês imaginam para onde devem tê-lo levado?
- Não... Peter sumiu. Mal o vimos fugir. Nem imaginamos onde ele está. - Steve respondeu, triste por não poder ajudar.
- Gente, espera. A sua mágica, , dos objetos... Nós podemos encontrá-lo. - disse e fez uma cara estranha, não entendendo o plano da amiga. - É óbvio. Somente uma pessoa pode nos ajudar a achar o Thor.
- E quem seria? - perguntou, abraçada a Tony. evitou rolar os olhos ao notar que era a única sem seu marido ali. suspirou e disse, de uma forma derrotada:
- Loki!

- Você tem certeza de que ele está aqui? - Tony perguntava à sua esposa, depois de terem aceitado a maldita ideia de ter que procurar Loki novamente. Era fato que, se quisessem achar Thor, precisavam de Loki, mas todos ali sabiam que ele não ajudaria como pensavam. Ele era o Deus da Trapaça, afinal. E nem irmão de Thor ele era.
Andaram mais um pouco e Tony se sacudia a fim de tirar a areia de sua armadura. Arrependeu-se ao aceitar a ideia de para saírem dali; ele não havia entendido o que ela fez, mas, com uma parada no tempo e algumas imagens passando à volta deles, eles foram parar ali, em Mystic Falls, como se estivessem viajado no tempo. Tony descobriu mais tarde que ela e sua esposa haviam se tornado pseudo-semideusas.
- Nós estamos chegando? - Clint perguntou de forma cansada enquanto corria pela floresta, recebendo um sorriso de Natasha, ajudando-o a continuar.
- Já chegamos. - respondeu, olhando a Mansão Salvatore e toda a beleza que ela tinha. Andou mais alguns poucos metros e se pôs de frente à porta, tendo em seu encalço a bruxa e os outros heróis. Tocou a campainha delicadamente, apertando umas três vezes enquanto se divertia ao som da música, mas logo parou ao notar passos em sua direção. - Ok, pessoas, preparam-se, ok? Não o encarem muito nos olhos... Acho que ainda tenho um pouco de ciúmes na época de adolescente. - quando Tony foi protestar, a porta foi aberta e o sorriso pretensioso ao ver quem o visitava tomou os lábios de Damon.
Companhia bem na hora do jantar.
- ... Quanto tempo. – ele encarou o resto da gangue atrás dela. – Veio me trazer mais presentes?
- Pra dizer a verdade, Damon, eu vim é ter uma palavrinha com aquele último que eu te mandei.
- Ah, sim. E se eu disser que é tarde demais?
- Nós dois sabemos que não é.
Damon sorriu e abriu caminho para que todos entrassem, franzindo o nariz ao observar as fantasias dos homens. Seriam homens?
- Tem razão. – ele continuou. – O sangue de deuses realmente tem um gosto lamentável. Vamos, eles está no calabouço.
- Ele tem um calabouço? – sussurrou Steve para Tony, que deu de ombros.
- Sim, eu tenho, e ouvi isso, boneco de ação dos anos 60. – disse o vampiro sem se virar.
Steve deu um passo em direção a ele, mas Stark o segurou. Todos seguiram Damon.
Chegando ao calabouço, sua primeira visão foi Loki amarrado pelos tornozelos por correntes que pendiam do teto.
- Ele não ficava quieto, então eu tive que improvisar um pouco. – disse o vampiro. – Ele acabou perdendo a consciência por mais tempo assim e eu consigo dormir. Ia matá-lo no primeiro raio de sol da manhã de sábado, vocês deram sorte.
se aproximou de Loki e começou a estapeá-lo para que ele acordasse. O homem abriu os olhos e reprimiu um grito ao ver a face da moça tão perto da sua. Ainda estava traumatizado.
- Sentiu minha falta?
Loki não respondeu. fez um sinal com a cabeça para que e se aproximassem para começar o feitiço.
- Muito bem, Loki. Seu irmão desapareceu, pra variar um pouquinho, e você vai nos ajudar a encontrá-lo.
- E o que eu ganho com isso?
- Nada. Além talvez do direito de não ser torturado hoje.
- Bem, eu não tenho a menooor ideia de onde ele pode estar. Além do que, a heroína aí – ele apontou para com o queixo. – já quase fez churrasquinho de mim, eu não tenho tanto a temer.
suspirou.
- Você não precisa dizer nada, só precisa nos fornecer algum objeto do seu irmão.
- Até porque eu super estou em condições de ter escondido o martelo dele no meu bolso, não é mesmo? – disse Loki.
- Ok, vamos fazer o seguinte. – disse Tony. – Se você nos der algo dele, você pode sair daqui.
- Aham, e Papai Noel existe.
tirou seu super Iphone intergaláctico do bolso e pegou a foto com Chronos.
- Existe sim, óh, olha esse cara da barba. – ela virou o celular de ponta cabeça para Loki.
- Mortal estúpida. Acha que eu não sei que este é Chronos?
- Eu tentei... – disse .
- O ponto é: em outra dimensão, talvez Papai Noel exista. E, portanto, talvez nós o deixemos sair daqui. Se estivermos de bom humor e se o vampirão não se importar, é claro. – disse .
- Nah. Vai me poupar o trabalho de ter que me livrar do corpo depois. – disse Damon.
- Ótimo. Loki, é sua melhor chance.
O homem suspirou.
- Ok. Atrás da minha orelha tem uma presilha de cabelo que costumava ser da mãe dele. Ela deu pra ele antes de morrer e eu roubei porque estava com ciúme. E porque a presilha me permite voar uma vez a cada dez mil anos. Achei que seria legal de ter, fazer o quê.
arrancou a presilha dos cabelos de Loki.
- Serve? – perguntou.
e assentiram e deram aos mãos para começar seus feitiços.
- Pense no seu irmão agora, Loki. – ordenou .
Ele resmungou.
O vento recomeçou na sala e as correntes balançavam e tintilavam, combinando-se estranhamente com as palavras em latim que as bruxas sussurravam.
Após algum tempo, o vento parou e um imenso portal que brilhava vermelho à frente de Loki surgiu.
- Vamos. – disse .
- Ei! Ei! E eu?
- Quando resgatarmos seu irmão, ele virá dar um jeito em você. Não podemos te deixar sozinho por aí com seus poderes. Meu palpite é que eles serão tomados. – disse Tony antes de sorrir, menear a cabeça para Damon e ser o último a sumir pelo portal.

- Vocês têm certeza que estamos indo na direção certa? - Steve perguntou para , que apenas balançou a cabeça para ele, afirmando.
- É que estamos seguindo uma linha vermelha dentro de um portal, sabe, e isso está girando e indo muito rápido, então é de se suspeitar que, possivelmente, estejamos indo para um lugar desconhecido e errado. - Tony continuou. Ele e Steve tinham desenvolvido essa irritante mania de sempre desconfiar delas.
- Tony, amor, não sei se percebeu, mas eu só cheguei até você porque seguimos uma linha preta, feita a partir do mesmo feitiço. - explicou calmamente ao marido, que apenas sorriu para ela.
O silêncio se manteve por um momento enquanto eles continuavam seguindo a linha vermelha, tentando ignorar o rodopio que aquele portal dava sem parar. Repentinamente, tudo parou. A linha acabou e tudo estava indefinido e esfumaçado à frente deles. O portal parou de girar e os expulsou para fora, fazendo-os pararem em meio àquela escuridão. Todos olharam para , achando que a agente era quem tinha parado o tempo. O olhar de dúvida dela os disse que não.
- Eu sabia que iríamos parar no lugar errado. - Clint começou a falar, olhando à sua volta preocupado, sem entender que lugar era aquele.
- Ai, deixem de ser medrosos. Vocês são ou não são Os Vingadores? - falou enquanto tomava a dianteira e começava a andar em linha reta, tentando descobrir que lugar era aquele. Todos a seguiram meio em dúvida.
- Podem vir, crianças, chegamos ao lugar certo. - disse com um sorrisinho de vitória, apontando o casarão que se encontrava ali à frente deles com uma faixa na porta que dizia:
Casa dos que não foram convocados para Os Vingadores. xx P.P.
- P.P.? - Natasha perguntou em dúvida.
- Seria Peter Parker? - Clint continuou a pergunta.
- Não é óbvio? - falou rolando os olhos e indo para o lado de , que andava em direção à porta. As duas se entreolharam e tocaram a campainha. Passaram-se cinco minutos e nada aconteceu.
- Vamos usar um pouquinho de força aqui. - Tony adiantou-se e, num único movimento, derrubou a porta. Feito isso, todos entraram rapidamente, seguindo pelo hall daquela casa o mais silenciosamente possível.
- Ei, tem um bilhete aqui na escada. - falou e todos chegaram perto dela para ler.

"Oi, amiguinhos que não quiseram ser meus amiguinhos. Sabia que, de uma forma ou de outra, vocês acabariam chegando aqui. Tanta inteligência me deixa emocionado. Bom, já que estão aqui, presumo que queiram pegar o Thor de volta, certo? Tudo bem, eu deixo. Apesar de a vida aqui ser muito solitária, já que ninguém mais quis se juntar a mim na campanha Os Não Convocados. Thor foi minha única companhia em muito tempo, apesar de ele não falar muito comigo por eu ter que... er... bem, mantê-lo em silêncio. Se querem pegá-lo de volta, sugiro que abram a porta verde cor de Hulk que vocês nem chamaram pra essa missão.
xoxo P.P.
"

- Vamos logo. - disse, rapidamente indo de encontro à porta. Após todos entrarem, viram que se encontravam numa sala simples, com uma segunda porta ao fundo e, bem no meio dessa, havia um alçapão, que Steve correu para abrir, mas paralisou ao som de uma voz que veio saindo pela segunda porta. Peter Parker saiu pela porta, sorrindo para eles.
- Vejo que vieram resgatar o amigo. - Peter aproximou-se um pouco deles, mas não tanto. Ainda havia o alçapão entre eles.
- Mas é claro que viemos. - Natasha falou, aproximando-se ainda mais do alçapão. - Você achou mesmo que não viríamos, Peter?
- Ah, Romanoff, minha linda. Eu realmente queria te deixar longe do que está para acontecer, mas, infelizmente, não tenho escolha.
- Longe de quê, Peter? - Natasha tinha uma expressão assustada. Peter sempre fora um garoto perturbado, e garotos perturbados tendem a se tornarem meio loucos e inconsequentes.

Mais atrás, e Tony cochichavam, tentando achar uma forma de escapar.
- Eu vou distrair o Peter, vocês entram pela porta e pegam o Thor, voltam aqui e desaparataremos. - ela falou rapidamente, para que só ele ouvisse.
- De jeito nenhum, não irei te deixar aqui sozinha. - Tony discordou, firme.
- Amor, eu nunca fui indefesa, ainda mais agora que ganhei novos poderes. - ela falou simplesmente, decidida.
- Se querem resgatar o Thor. - o tom de voz de Peter aumentou, assim como seu sorriso. - Terão que passar pelo meu incrível, maravilhoso, flamejante, único Globo da Morte.
- Mas o quê? - Natasha se alterou, olhando pro alçapão à sua frente que se abrira a um gesto de Peter e rapidamente ela deu alguns passos para trás, já que um enorme Globo começou a surgir dali. Com mais um gesto de Peter, as chamas tomaram toda a volta do mesmo, tornando-o mil vezes mais assustador.
- Peter, qual é, nada disso é necessário. - Clint foi para o lado de Natasha. - Você não é um vilão, não precisa fazer nada disso. Só nos entregue Thor e iremos embora.
- Não. Terão que passar pelo Globo. - o olhar de Peter para as chamas era encantado; ele desenvolvera uma paixão pelo fogo.
- Tudo bem. Eu controlarei essas chamas e elas não arderão mais, vocês conseguirão passar por elas sem sentir nada. - falou baixinho para Tony que, ainda relutante, concordou e passou o recado aos outros.
- Ei! Que cochicho é esse aí, Stark e Rogers? - Peter perguntou, enxergando-os com dificuldade por conta do Globo que estava entre eles.
- Ah, eu... eu... - Steve não sabia o que responder.
- Só estávamos nos perguntando se não teremos nenhuma roupa especial para atravessar o brinquedinho, sabe? - falou rapidamente, estampando um sorriso para ele.
- Mas é claro. No baú ao seu lado, bela agente, há roupas especiais.
abriu o baú e pegou roupas de couro. Todos olharam desconfiados para aquilo, mas vestiram, menos Tony, que continuou com sua armadura.
- Ok, vamos lá. - ainda sussurrava. - Vocês têm que entrar um por vez no Globo e finjam que sentem as chamas, mas não se preocupem, se der tudo certo, nada sentirão.
Todos concordaram com ela e rapidamente começaram a entrar no Globo, cada um pegando sua moto.
- Muito bem. Quero que deem 500 voltas, aí liberarei a saída do Globo para vocês pegarem o amiguinho. - Peter falou, feliz ao vê-los todos prontos para começar o jogo. Com um gesto simples, o Globo se fechou às costas deles e as chamas tomaram conta de tudo.
- Ei, Peter! Eu já te mostrei as lindas bolinhas de fogo que consigo fazer? - perguntou inocente, dando a volta no Globo e, dê costas ao mesmo, para que Parker não percebesse, fez o feitiço que havia acabado de aprender. O suspiro de alívio de todos pôde ser ouvido e ela soube que funcionou.
- Bolas de fogo? - o olhar dele se iluminou e logo se postou à frente dele, mostrando-lhe as bolinhas.
Aproveitou que ele estava distraído e pegou o controle que ele deixara sobre a mesa, apertando os botões aleatoriamente, enquanto as bolinhas flutuavam e formavam um P, depois um E, um T, outro E e um R e depois um coraçãozinho de fogo, o que fez Peter se emocionar. Finalmente achando o botão correto, ela pôde ouvir um clique, que indicava que a saída do Globo fora aberta.
- Olha, Peter, as bolinhas estão indo embora, vá atrás delas! - falou fofa, lançando as bolas de fogo e as letras do nome dele em direção à outra sala.
- Não, bolinhas, esperem por mim. - ele foi rapidamente em direção a elas. não perdeu tempo e correu pela porta após o Globo, um sorriso no rosto ao ver que todos estava ali, bem e inteiros.

- Gente. Ele é louco. Louco! Peter enlouqueceu de vez. - Thor falava, ligeiramente sem ar pelo tempo que passou amarrado e amordaçado enquanto era solto pelos companheiros.
- Nós vimos, Thor, pode ter certeza disso. - falou sorrindo, ao mesmo tempo em que estendeu as mãos e pediu que todos as segurassem para que pudessem desaparatar. Alguns segundos depois, a voz de interrompeu o silêncio.
- , não querendo ser chata, mas acho que não funcionou. - Todos abriram os olhos frustados e começaram a pensar em como sairiam dali. Tinham vindo seguindo um portal maluco que fora embora e não faziam ideia de onde estavam.
- Já sei! - Clint falou de repente. - Podemos chamar Dobby pra nos salvar de novo.
- Contanto que vocês não sumam na galáxia novamente. - falou, abraçando Steve.
- Nunca mais sumirei. - ele disse, olhando nos olhos dela. - Eu te prometo, minha linda. - ela se confortou à promessa enquanto Natasha pegava o espelho da bota e chamava por Dobby rapidamente.
Em poucos segundos, o elfo apareceu, sorrindo para eles e feliz por Steve e Tony não estarem mais perdidos pela galáxia.
- Quem vai primeiro, senhorita Natasha? - Dobby perguntou à sua amiga, que olhou em dúvida para todos.
- Dobby, pode abrir uma exceção e levar quatro de nós por vez? - Tony perguntou.
- Posso sim, senhor Stark. - o elfo respondeu.
- Então vão primeiro o Thor, que já passou muito tempo preso, , e . - Steve falou, ao que e protestaram ao mesmo tempo. As duas não tinham exatamente as melhores lembranças da última vez que desaparataram sem eles.
- Não se preocupem. - Clint falou, confortando-as. - Dessa vez dará tudo certo.
- Tudo bem. - respondeu, relutantemente largando de Steve
. Dobby estendeu suas duas mãos e os quatro as seguraram, fechando os olhos e indo.

- Por favor, que eles voltem para o mesmo lugar que nós e, de preferência, inteiros. Por favor, que eles voltem para o mesmo lugar que nós e, de preferência, inteiros. Por favor, que eles voltem para o mesmo lugar que nós e, de preferência, inteiros. - e repetiam como se fosse um mantra, sentadas à escada principal da casa dos Stark. Sabiam que deveriam voltar à SHIELD, mas precisava voltar para sua casa. estava falando com Snape e Thor havia ido atrás de Loki para, finalmente, dar um jeito nele.
As duas já estavam começando a se preocupar quando, com um estalo, Clint, Natasha, Steve, Tony e Dobby aparataram bem no meio da sala.
- Ah! Em casa, finalmente, nem acredito. - Tony largou a mão de Dobby e jogou-se em seu esplendidamente gigante e macio sofá. rapidamente juntou-se a ele, não querendo sair dali nunca mais. conversava com Severo pela lareira e, após prometer que ainda essa noite estaria de volta, sentou-se no sofá também. havia pulado em Steve, derrubando-o no chão e o enchendo de beijos. Clint e Natasha sentaram-se juntos também e não falaram nada, apenas, como todos os outros, aproveitaram o momento de silêncio e paz.
A lareira, que havia se apagado após a conversa de , expeliu um pedaço de papel, que voou em direção à mesa de centro da sala.

"Loki preso novamente. Já investiguei e Roskarte foi, definitivamente, destruída. RosquiRainha havia fugido, mas já foi capturada. Não temos mais nenhum perigo iminente.
Obrigado por me salvarem.
Thor
"

Após ler o bilhete em voz alta, Tony sentou-se novamente no sofá e todos suspiraram aliviados. Depois de tantos perigos corridos, eles aprenderam a dar valor àquele pequeno momento em que estavam salvos e juntos e podiam sorrir em paz.


Epílogo


O anoitecer se aproximava e alguns convidados começavam a chegar. A música tocava ao fundo conforme os passos de Steve se tornavam mais lentos quando ele, finalmente, colocou os pés na mansão do Stark. Seus olhos avistaram Tony perto do DJ e ele logo acenou com a cabeça, recebendo o mesmo gesto em resposta. conversava com Dr. Banner em uma roda onde estavam outros heróis. Steve procurou a única garota da SHIELD por qual ele se interessara, mas encontrou apenas Natasha caminhando em sua direção, dizendo um simples 'oi' antes de abraçar Clint. Ele aproximou-se mais do centro, sendo cumprimentado por algumas pessoas que ele não conhecia, retribuindo educadamente enquanto aproximava-se de Tony; avistou ao fundo com seu marido e acenou, recebendo um sorriso de volta.
- Grande dia, não? - Stark disse, bebendo um pouco de sua bebida enquanto analisava as roupas de Steve, que, por incrível que pareça, estava normal. Rogers acenou com a cabeça e pegou um copo de uma garçonete que passava próximo a eles. Sentia um leve aperto por não encontrar em meio à multidão que começava a se formar com a nova música que tocava. Bebia, vasculhando a casa, ignorando alguns olhares estranhos que algumas Agentes da SHIELD lançavam a si. Tony bebeu mais um pouco de seu líquido, mandando o DJ aumentar um pouco a música. Antes de ir em direção à sua mulher, ele disse:
- Se está procurando a ChronoGirl, ela ainda não chegou. - dito isso, ele saiu e foi de encontro à , que sorria enquanto apontava para o Tocha Humana, que havia dito que gostaria de fazer uma aposta para provar quem tinha mais poder. Era óbvio que tinha aceitado, afinal, além de ser uma Stark, ela tinha ganhado os poderes de um Deus, então isso já a garantia!
Stark ria de modo sedutor à medida que se aproximava, e cumprimentou os amigos com um aperto de mãos, metendo-se na conversa apenas para dizer que roubaria sua mulher naquele momento. Queria aproveitar o tempo a sós antes que algo acontecesse e o destino a tirasse novamente dele. Ele sorriu, entregando o copo para alguém que passava ao seu lado, e a levou até a varanda, para ver o anoitecer chegar e lhe dizer o quanto havia sentido falta da presença dela naquele dia. Seu sorriso demonstrava tudo aquilo naquele instante.

Na pista de dança, Steve dançava sozinho e meio desengonçado, perdido e sentindo falta de sua agente favorita. A cada dois segundos ele olhava pela porta, esperando o momento em que ela iria aparecer. A cada vez que olhava e não a via, mais nervoso ele ficava. Ela precisava vir, precisava. Quando, finalmente, ele a viu entrando, seu coração parou por um minuto. Ela estava deslumbrante. A pequena caixinha em seu bolso pesava uma tonelada e ele ficou mais nervoso ainda, porém, completamente certo do que estava para fazer.

- Será que ninguém tem respeito pelos donos da casa trancados em sua própria varanda? - sussurrava para Tony enquanto os dois ouviam batidinhas insistentes à porta de vidro da mesma, que eles haviam trancado.
- Deve ser o Rogers. - Stark respondeu, destrancando a porta e dando de cara com Steve e sua expressão nervosa-feliz.
- Ela chegou. - disse simplesmente, olhando para os dois, que rapidamente agiram como o combinado.
foi andando pela pista até encontrar a amiga e a pegou pelo braço, levando-a, sem entender o que acontecia, até onde estava. Severo não gostou, mas deixou a esposa ir com as amigas. estava perdida e não parava de perguntar à o que estava acontecendo quando esta a posicionou exatamente no meio da sala improvisada em pista de dança e rapidamente saiu dali, indo se juntar a Tony, que comentava algo com o DJ. sorria para a amiga, ajeitando seu cabelo e dizendo para ela ficar calma. As luzes se apagaram lentamente e o único foco era exatamente onde estava, e ela, de tão perdida no que estava acontecendo, nem se mexeu. Com um leve estalo, outra luz se acendeu no palco, revelando Steve com um microfone em mãos. Uma música lenta começou a tocar e o coração da Agente batia acelerado.
Steve pigarreou de leve e pegou o microfone com mais firmeza, sorrindo para ela antes de falar:
- , minha deusa, a musa que para meu coração... – ele deu uma piscadela. - Você quer se casar comigo?
Ela sorriu e sentiu as lágrimas começarem a correr por seu rosto. O tempo parou por um segundo e voltou a correr. não disse uma só palavra, só andou firmemente até o palco, subiu e o beijou.
e começaram a aplaudir e gritar, e logo todos os outros 394 convidados da festa fizeram o mesmo.
Aos poucos, o DJ voltou a música e Steve se desprendeu de por um breve segundo para olhar-lhe nos olhos. Deus, como amava aquela mulher. Puxou-a para um abraço. Em sua orelha, sussurrou um singelo “sim”. Ele suspirou aliviado e seus lábios se repuxaram em um grande sorriso.
Nos braços dele, ela olhou pela multidão, procurando por suas amigas. Sorriu ao encontrar o olhar de e . Nenhuma delas atrapalharia aquele momento, mas todas se entenderam somente com os sorrisos que trocaram. As três sabiam que a aventura delas estava somente começando.


Fim



Nota da Srª Rogers: Olá, população Roskartiana. Como vocês estão? Aqui quem vos fala é uma das Agentes da SHIELD, ou, como todos costumam me chamar, ChronosGirl. Vim à pedida do Fury para dialogar com os terráqueos, dizendo que foi um imenso prazer salvar a Terra das garras do Deus da Trapaça e dos habitantes do Planeta Amarelo... Estou escrevendo algumas horas antes do meu casamento que vai ocorrer no dia de hoje, com a Miss Snape e a Srª Stark sendo minhas daminhas de honra madrinhas! Steve está se arrumando com Tony, que aceitou ajudá-lo a escolher as melhores roupas para o nosso casório... Mas isso não interessa porque não é disso que eu vim falar. E aí? Gostaram da nossa História que deveria se chamar 7 dias de Loucura, porque a escrevemos em uma semana, mas seríamos mais rápida se não fosse os nossos compromissos. PT surgiu do nada (confere, Bia?); com o especial de Mitologia do site (que eu, particularmente, adoro) surgiu essa ideia de escrevermos, já que nós costumamos fazer jogos no grupo de histórias de comédia. Resolvemos, então, testar as nossas habilidades súbitas de comediante e escrevemos essa fic com 33/34 páginas, se não me engano. Acho que foi a história mais fácil que escrevemos (isso explica o total sentido da fic), e eu adorei. Sempre que eu lia, não conseguia conter as risadas. Nós nascemos para comédia (com pitadas de drama exagerado) e para as história de super-herói; vou abandonar todas as minhas fics! Não, mentira. Amo minhas fics <3 Espero que tenham curtido e comentem para fazer as Três Rosquiãs Demais felizes, porque somos lindas, divas e lindas, e porque, talvez, se vocês gostarem, faremos uma parte dois. Porque eu sei que todos amam o Thor e o Loki e querem vê-los de novo, porque procurar o Thor foi a melhor coisa que vocês já fizeram. Ok, parei de assustar as pessoas e de escrever coisas idiotas. Quero agradecer à Bella, claro, que fez a capa para nós, mesmo eu dando todo o trabalho do mundo a ela. Obrigada de novo <3 Quero dizer que o personagem (e o ator, obviamente) Steve Rogers, Capitão América, pertence a mim e ele assinou um contrato que afirma isso, então, para confirmar, apenas foi um empréstimo para vocês não se sentirem sozinhas. Enfim. Se você rir em uma linha da fic, comente! Se você rir no final da fic, comente! Se você rir no começo da fic, comente! Ou seja, comente, independente se você rir ou não. É sempre bom expressar seus sentimentos! E nada melhor do que fazer isso nos comentários. (:
Ok, já ficou grande demais essa N/SR, então, para finalizar, nos digam qual foi o personagem, exceto vocês e os seus maridos, do qual vocês mais gostaram! Espero que tenham se divertido na fic assim como nós e que tenham gostado desse Crossover de mitologia. Um beijo da Dolinha, sua amiguinha ChronosGirl. Vejo vocês em outras histórias. ;*
Taki Rogers

Nota da Srª Stark (Bony - Tia - Startriz - Tonytriz): You have reached the life model decoy of Bia Stark, please, leave a message.
Alô, alô, minha gente! Digam aí que procurar o Deus Gostosão do Trovão foi a tarefa mais sensacional de suas vidas porque eu sei que foi. HUAHUAHUA Se não foi, da minha vida podem crer que sim. Ah, antes de mais nada, o lado 2 do mal do meu cérebro me impele a lembrá-las, lindas mortais que preencheram seu nominho na pergunta da esposa do Tony Stark, que o dito cujo não usa uma correntinha de "Minha Propriedade" num lindo tom de azul que combina perfeitamente com o arc reactor que o mantém vivo e maravilhoso para todo o mundo à toa. A pessoa que, no caso, sou eu, tem todos os direitos dele reservados à mim (assim como os do Robert (meu, não olhem. SÉRIO.) e todos seus outros personagens) portanto, espero que tenham aproveitado a fic ao lado dele, porque o seu tempo esgotou e, para outra sessão de quero ser esposa do Tony Stark, você deve pagar a tarifa ali no caixa nascer de novo como eu - ou como a Pepper, mas, nesse caso, finjamos que ela foi dar uma volta em Roskarte e se perdeu, então, nada de Pepperony por aqui.
Enfim, enquanto Steve e Tony se arrumam para o casamento e ficam extremamente sensuais em seus ternos de um bilhão de dólares, eu estou tentando não amassar meu vestido de madrinha do evento enquanto escrevo essa nota e checando se peguei todos os livros necessários para colocar na minha bolsinha de festa magicamente aumentada para sair à caça de Horcruxes e, opa, história errada. Bem, comecei esse tralálá todo pra perguntar a vocês se gostaram de Procurando Thor. Porque eu adorei. Escrevemos em tempo recorde e nunca foi tão fácil escrever uma fic (e nem tão engraçado, sério. Se vocês vissem os papos das madrugadas me entenderiam), então já entrego o jogo que planejamos fazer uma(s) continuação(ões) - Procurando Tony, Procurando Steve, Procurando Snape, Procurando Dobby e por aí vai. Se vocês quiserem, é claro. Foi realmente muito divertido escrever essa fic, e eu espero que vocês tenham rido (apesar dos picos de drama) lendo tanto quanto nós escrevendo, portanto, se gostou, bate palma comenta! Diga se somos viajadas demais, se somos lindas demais (que eu sei que somos), se a fic ficou legal, se ficou horrível; enfim, queremos saber as opiniões. Só não vale comentar "Tony gostoso", senão apanha da tia Bia. Mentira. Ou não. Don't you dare do this. (?) ~insira uma risada maléfica~
Antes que eu esqueça, super beijo às rosquidivas mais divônicas da rosquigaláxia, Miss Snape e Dolinha. Somos as três espiãs mais demais de todas <3 HDUAHDUA
Ah, antes que eu esqueça², um super obrigada à Bella, nossa capista diva que aceitou nos ajudar nessa empreitada de perigo e ação e fez nossa capa ficar linda!
PS.: Por mais que eu pareça louca e obsessiva, juro solenemente não fazer nada de bom que não sou! Só às vezes.
Bia

Nota da Miss Snape (Juki/Snu/Ju/Sevia): Rosquioooooi, pessoas! Tem alguém lendo isso? Depois das 394 linhas de nota/biblia da Bia eu acho que não, mas em todo caso, lá vamos rosquinós. Tudo começou com uma inocente mensagem no facebook e wow, quem diria que a mera menção das rosquinhas pudesse se tornar uma fic de mais de trinta páginas? Oi, era pra escrevermos uma short. Como já disse pras meninas, vou me demitir de escrever drama, mistério e o escambau pra virar autora de comédia, é muito mais fácil. Sem contar que é rosquidivertido. Além do que, eu peguei novas manias, tipo a de prefixar tudo com rosqui. (tu-tu-tu tudo fica mais legal com ROSQUI \o/ ~momento telemarketing~). ENFIM, o que eu ia dizer? Ah é. O Snape é meu marido, e só meu. To ligada que da fic inteira ele é o menos desejado, mas só em caso de alguém ter colocado os olhos no meu homem, é bom avisar. Como ele diria: tire as rosquipatas (da minha mulher *apaga*) do meu marido. Eu tenho uma lista bem grande de maneiras de torturar e matar as pessoas do meu lado, por motivos científicos, obviamente MUAHAHAHAH-COF, COF, COF- HAHAHA. Brincadeirinha, pessoas, sou um doce. Balancem a cabeça e concordem. Sim, muito bem. TA, parei com o terrorismo. E com o caps lock. Não, mentira, o caps lock eu gosto. Meu deus, essa é a maior e mais aleatória nota que eu já escrevi. Talvez eu devesse parar de tagarelar e ir direto ao ponto, né? Por outro lado, eu to quase quebrando o recorde da Bia, e eu gosto de fazer coisas rosquikilométricas. Ahmmm, eu juro que tinha algo de mais importante pra falar, mas como diz minha mãe, se eu não lembro, não devia ser tão importante assim. Então vou deixá-las com um MUITO OBRIGADA por estar lendo, só por você ter nos rosquiacompanhado por essa fic maluca de mais de trinta páginas você já merecia uma medalha de rosquiplatina e eu espero que tenham gostado :) eu gostei muito, muito, muito de escrever essa fic com as meninas e espero que seja tão legal de ler como foi escrever. Tenho que agradecer a Taaci e a Bia pela oportunidade aqui também, elas são duas lindas fofas e perfeitas <3 beijos para todas as rosquidivas que chegaram até aqui, vocês são o máximo.



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