See You Again Here
História por Juh Malik | Revisão por Larys


Prólogo:

Você já teve um amigo de infância? Ah, que pergunta idiota! Claro que já! Então... Ahn... Você já teve um amigo de infância que quando cresceu se afastou de você e te esqueceu? Acho que sim, né?! Bom, e você já teve um amigo de infância que quando cresceu se afastou de você e te esqueceu, SEM saber que você tinha um segredo? Talvez sim, talvez não para essa pergunta. Bem, agora... Você já teve um amigo de infância que quando cresceu se afastou de você e te esqueceu, sem saber que você tinha um segredo e que esse segredo era que você era APAIXONADA por ele? Bem, não sei o que você respondeu, mas eu já. Meu nome é e eu vou contar a minha história...
Acho que todas vocês conhecem um certo ser chamado Louis William Tomlinson, right? Espero que sim, porque se não, não faz sentido você estar lendo isso.
Este ser, maravilhosamente lindo e maravilhoso, cantor, famoso, rico, palhaço, com idade mental de menos de 15 anos e encantador, já foi meu melhor amigo. Pasmem! Pois é! É isso mesmo que vocês estão pensando. Sou de Doncaster, meu aniversário é dia 24 de Outubro (dois meses antes do dele), nasci em 1992 e sou de escorpião, mas pra que a minha ficha completa, né? Continuando...
O famoso e adorado Louis Tomlinson já foi o meu melhor amigo e, como vocês já devem imaginar, eu era SIM apaixonada por ele (o que não é muito difícil). É uma história meio triste, pois ele nunca, nunquinha mesmo, reparou em mim. Eu era mais a amiguinha do parquinho que trazia amiguinhas pra ele fazer “amizades”. Confusa? Bom, esclarecendo. Eu era a melhor amiga que só servia pra jogar vídeo game e depois da quinta série pra apresentar as amigas que, no caso, ele queria “pegar”. Louis sempre foi um ótimo amigo, não se engane. Carinhoso, protetor, divertido, responsável... Mas eu era louca por ele e ele nem pra reparar quando eu cortei o cabelo. E olha que o meu cabelo era quase na bunda e eu cortei acima do ombro! Não vou mentir, também ficava com alguns amigos dele, mas poxa! Foram 18 anos de amizade e ele nem pra falar uma vezinha sequer que eu era pelo menos “bonitinha”. Não, gente, eu não era bonitinha. Eu era linda! (não que eu não seja mais, claro, mas... esquece). Sem querer ser egocêntrica, isso eu deixo pro Zayn, mas os garotos viviam no meu pé e sempre que eu ia a algum lugar, as pessoas me elogiavam e quando o Louis estava junto, ele somente sorria. NEM PRA CONCORDAR ELE SERVIA! Mas tudo bem. Eu não tô aqui pra reclamar do Louis e sim pra contar como foi que eu descobri que não era somente eu que tinha um segredo quando ele foi embora!

Capítulo Único

Como o meu pai e o do Louis, Mark, eram muito amigos, isso levou as nossas mães a se conhecerem e virarem praticamente best friends. Isso resultou em filhos que se conhecem desde que nasceram e são melhores amigos desde então.
Desde que o Louis foi embora de Doncaster, eu resolvi mudar. Se ser a garotinha fofa e quietinha não funcionou com o garoto que eu gastei a minha infância inteira com suspiros, teria que funcionar ser uma garota de garra e atitude. Isso mesmo! Não... Pera ai... Não é isso que você está pensando! Eu posso explicar! Não virei uma atirada que saí por ai pegando todos não, só resolvi não esperar o garoto tomar uma atitude de vir falar comigo e eu mesmo que ia. Digamos que de dez garotos que eu falasse, pegava amizade com oito e ficava com um. Gostou da porcentagem? Eu sim! Digamos também que eu não sou muito de sair, prefiro ficar em casa, fazendo uma festa do pijama com as minhas amigas Juh, Lari, Nick e Raach, então, de trinta dias no mês, eu saía pra alguma balada, festa, ou pub, quatro, o que gerava vinte e oito amigos por mês e quatro ficantes. Isso quando eu estava disposta, o que é raro na minha humilde pessoinha. Então... Recalculando... De quatro dias disposta pra sair, em três deles eu saía mesmo e fazia o que falei anteriormente, diminuindo dez por cento o numero dito. Só... Vinte e quatro amigos e três ficantes. Caralho, meu! Mais que porra! Por que eu tenho que meter Matemática em tudo? Pareço uma viciada, mas não em drogas, em Matemática, o que me torna uma estranha. Além do fato de eu mudar de assunto rápido pra chuchu e... Ah! Voltando ao assunto inicial. Deu pra perceber que eu não sou muito de ficar e sou bem popular por aqui né? Se não deu, tô te falando. Conheço quase essa cidade inteira e... Ok, foco!
Os pais do Louis iriam fazer vinte e cinco anos de casados. (n/a: eu sei que eles são separados, mas eu precisava de uma comemoração e só me veio essa na cabeça. Sorry para todas as Tomlinson’s). Estavam organizando uma festa e tanto e, pelo que eu fiquei sabendo, seu filho lindo e maravilhoso faria um showzinho com seus amigos gatchenhos na festa. Ah! Esqueci de mencionar o porquê de eu não ficar muito né? Bom, talvez seja porque um certo filho de uma Johannah ainda ronde os meus pensamentos. Isso ai! Ainda sou APAIXONADÍSSIMA pelo garoto moreno dos olhos indistinguíveis. Ninguém sabe se é verde azulado ou azul esverdeado. Estranho. Então né... ai ai... Vontade de tomar um sorvete... Putz! Sorry. Esqueci que você ainda estava ai. Então, continuando... Já perdi a conta de quantas vezes eu falei isso, porque mudei de assunto rápido demais e um foi puxando o outro até eu estar completamente perdida e sem saber de onde eu parei e... Eita! Fiz de novo. Well... Enfim! Fui convidada pra festa, afinal, meus pais e os aniversariantes são best friends forever, e estava em um dilema torturante de que roupa usar. A festa seria realizada em uma chácara ao norte de Doncaster e faria sol no dia. Eu sei, é difícil sol por essas bandas, mas se a previsão do tempo estiver correta, o que eu acho que está, fará sol no dia. Mas... Droga! Desculpa de novo!
Chamei as meninas para irem comigo e elas aceitaram prontamente, já que esse bando de cururu do brejo está encalhado e os meninos do One Direction estão solteiros, o que é um milagre, elas vão tentar jogar um charminho de longe. Não pense mal das minhas amorinhas, mas é que elas são mais soltinhas que eu, que se tivesse a METADE da coragem que elas têm, falaria com o Louis como se nada tivesse acontecido. Até mesmo poderia tentar uma aproximação, como faço com os meninos na balada (que hoje em dia são meus grandes amigos), mas é claro, se minhas pernas não bambeassem mais quando ele está perto, ou se meu estômago não desse mais vários loopings seguidos e borboletas estivessem no carrinho que segue essa trajetória, e eu não soasse mais frio, ou ficasse vermelha a qualquer palavra dita pelo bobão que já foi meu melhor amigo.
- , dá pra você parar de brisar e sair logo desse quarto? Temos roupas pra comprar, amiga! A festa é daqui a dois dias! – dizia Juh, na porta do meu quarto. Ah é! Esqueci de mencionar que a festa é daqui a dois dias né? Pois é... ... ... ... ... ... ... ... cri cri... ... ... ... ... ... ...
- AGORA, ! – gritou Nicole, me tirando do meu estado de retardo mental. Saí correndo do quarto e as quatro me encaravam do final da escada como se eu fosse uma alien.
- Quando tempo tu pretendia ficar lá parada, fitando o nada? – perguntou Lari, visivelmente sem paciência. Ah! Medo!
- E...e...eu? – gaguejei.
- Não, coração, minha vó! – disse Raach, entrelaçando os dedos das próprias mãos. – Oi, vó! – acenou para a porta do meu quarto, que ficava visível se você estivesse na beira da escada. Rolei os olhos como sempre fazia ao ser contrariada ou zoada.
- Olha só, meninas! E ainda se acha no direito de rolar os olhos! – disse Juh, indignada, apontando para mim.
- Vamos logo antes que eu perca a paciência, dona ! – disse Nick, indo em direção à porta da minha casa. Ela é a que eu mais tenho medo. Andamos pelo shopping por horas, ai que canseira, gente! E encontramos as roupas perfeitas para a ocasião. Roupas de calor, apropriadas para o ambiente, sem serem vulgares ou muito curtas, e lindas, o essencial. Louis, me aguarde!

Os dias se passaram mais rápidos do que eu gostaria, me dando assim, menos tempo para me preparar emocionalmente para ver o Louis. Já era o dia da festa e eu havia acabado de acordar. As meninas marcaram comigo de vir se arrumar aqui em casa, às duas da tarde. A festa estava marcada para cinco e iria até o sol raiar no dia seguinte, eu acho...
Bom, me levantei e, depois de ter feito a minha higiene matinal, desci para tomar café, dando de cara com as meninas na sala me esperando.
- Até que enfim a senhora resolveu dar o ar da graça hein, dona ! – exclamou Nicole e eu não sabia se ela estava brava ou brincando. Às vezes ela me confunde.
- Ué, mas que horas são? – perguntei confusa com o adiantamento das meninas.
- Três horas. – disse Raach, olhando no relógio. Arregalei os olhos e desci o resto de degraus que faltava.
- Como assim? E vocês não me acordaram por quê? – perguntei brava.
- Porque você estava lá: “Oh Louis, Oh Louis”! E nós não quisemos atrapalhar, o que quer que vocês estivessem fazendo. – disse Juh, imitando uma voz fina e rindo. Senti meu rosto queimar instantaneamente e mandei o dedo do meio pra ela.
- Ok, podem parar? Vou tomar café, alguém quer? – perguntei.
- Nós já até almoçamos, . – disse Raach. Tomei meu café, me lembrando do sonho com o Louis. Não foi nada do que elas quiseram insinuar. Foi bem ruim na verdade. E eu gritava isso no sonho, porque ele estava caindo de um penhasco GIGANTE e... A quem eu quero enganar? Não vou contar o meu sonho! Run! Não que eu quisesse ter sonhado com ele, o que só me fez ficar mais apreensiva com o reencontro. Quando terminei o meu café, avisei as meninas que iria tomar banho. Elas seguiram também para o andar superior da casa e foram se arrumar. Juh foi tomar banho no banheiro do quarto dos meus pais, Nick no banheiro do andar de baixo e eu no meu, enquanto as outras meninas ficavam fofocando. Meus pais, como vocês devem estar se perguntando, foram ajudar na festa, deixando assim, a casa livre para o nosso “spa”. Quando eu saí do banheiro, Raach entrou e Lari foi para o do quarto da minha mãe. Fui arrumar meu cabelo e maquiagem junto com a Juh e a Nick, que também já haviam saído do banho. Ficamos lindonas e só faltava a roupa. Eu coloquei essa roupa, a Juh essa, a Nick essa,e a Raach, quando saiu, colocou essa. A roupa da Lari era um pouco mais social que a nossa, mas não deixava de ser linda. Quando eu fiz dezesseis anos, meus pais me deram um carro e com ele, nós fomos para a festa. Terminamos de nos arrumar, já eram cinco e dez, então imagina só: cinco garotas de salto, correndo escada abaixo, em direção a um carro... constrangedor, eu sei. Mas o importante é que conseguimos chegar a tempo.
A chácara era linda demais e estava toda arrumada. Já havia um número considerável de pessoas lá, inclusive os meus pais, arrumados, que conversavam com os aniversariantes. Andei até eles com as meninas ao meu encalço e, quando eu estava a poucos passos de distância deles, Johannah me viu e sorriu radiante. Senhor! Que mulher linda!
- Olá, minha querida! – disse, abrindo os braços e vindo em minha direção. Sorri meio tímida, afinal, eu disse que deixei de ser assim com os garotos e não com a mulher que deu à luz ao garoto mais lindo do mundo, pelo qual eu sou completamente apaixonada.
- Parabéns, tia! – falei sorrindo um pouco mais abertamente e a abraçando, em seguida, fazendo o mesmo com Mark. – Muitas felicidades para vocês! – disse ante ao abraço dele.
- Muito obrigado, querida! – disse Mark, como sempre, gentil. Me soltou do abraço e olhou para as minhas amigas, sorridentes.
- Tio, essas são: Juh, Nick, Raach e Lari, minhas amigas. – apresentei, apontando para cada uma delas.
- Sejam bem-vindas, meninas. – disse Johannah, simpática. As meninas os abraçaram e desejaram um feliz aniversario ao casal, que por acaso estava radiante.
- Oi, mãe, oi, pai. – falei.
- Oi, filha. Como foi o dia? – perguntou meu pai.
- Ótimo. – falei e as meninas os cumprimentaram.
- Bom, , o Louis já chegou. Deve estar por ai com os amigos dele. – disse Mark e meu coração quase saiu pela boca. Ai, meu Deus, estou no mesmo recinto que o meu amado! Aff, quanto drama!
- A gente uma hora se esbarra tio. – falei simpática. – Bom, podemos ir conhecer o lugar? – perguntei.
- Claro que podem, meninas. Fiquem à vontade! – disse Johannah, com a sua voz doce e calma. Nos “despedimos” e fomos andar pela chácara. Era incrível! Lógico né, , como não seria? Sr. e Sra. Tomlinson sempre tiveram ótimo gosto. E você deve estar se perguntando como que essa garota tapada e sem noção chega à festa de aniversário de casamento chamando os aniversariantes de tios se eles não são nem parentes. Simples! O Louis pode ter ido embora, mas eu nunca perdi o contato com a sua família. Pelo contrário. As irmãs dele me adoram e eu adoro elas, são umas lindas, e os pais... As pessoas mais simpáticas e verdadeiras que eu já conheci na minha vida. Nós sempre jantávamos lá na casa deles e eles na nossa, minha e dos meus pais, e assim, éramos uma GRANDE família feliz. Claro, tirando o fato de o filho deles estar morando em outra cidade e não participar disso, mas tudo bem.
- ? Tá bem? – Lari me perguntou e só ai que eu lembrei que estava acompanhada. As meninas estavam mais a minha frente e eu andava vagarosamente.
- Tudo sim. Se vocês quiserem andar mais rápido pra conhecer o lugar, podem ir. Eu vou ficar mongando um pouquinho aqui. – falei sorrindo, mas escondendo toda a angústia e medo que estar no mesmo lugar que o Louis me trazia. Ela sorriu e andou até as meninas, que logo desapareceram da minha vista. Quando olhei em volta, reparei que estava em um tipo de “parquinho” para crianças, mas ele estava vazio. Lembrei-me da minha infância, quando eu e o Louis íamos a esses parques e ele me empurrava no balanço. Eu sempre pedia para ir mais alto e ele dizia que daquele jeito eu ia acabar voando e me espatifando no chão como uma ameba. Eu adorava isso. O senso de humor dele sempre foi dos melhores. Sentei no balanço, que agora era um pouco – muito – mais baixo do que eu e me perdi em pensamentos.
- Você costumava me pedir pra balançar lembra? – pude ouvir uma voz ao meu lado e gelei. Era ele! Ele estava ali! Oh my God, o que eu faço? Já sei.
- Lembro. – disse simplesmente e sorri fraco, sem olhá-lo. Ouvi o balanço a minha direita fazer um barulho e presumi que Louis tenha se sentado nele.
- Faz tempo não faz? – perguntou do nada e eu ri um pouco.
- Faz muito tempo, Louis. – falei, ainda sem olhá-lo. Eu queria adiar ao máximo esse contato, sabia que quanto mais tarde o fizesse, mais tarde eu sentiria aquele turbilhão de sentimentos me invadindo, como se eu tivesse dado permissão.
- , aconteceu alguma coisa? – ele perguntou e eu não pude mais adiar de olhá-lo. O fiz e me arrependi na mesma hora. Ele estava lindo. Usava uma camisa social branca com os dois últimos botões abertos, uma calça social também, preta, e um suspensório da mesma cor, liso. Ri internamente. Ele vivia usando isso, mas era como se sempre fosse a primeira vez que eu o visse daquele jeito.
- Não. Claro que não, Louis. – falei o mais calmamente possível, o que era bem difícil, já que meu corpo, por dentro, estava na maior algazarra.
- Aconteceu sim. – ele afirmou e eu arqueei as sobrancelhas.
- E por que você acha isso? – perguntei.
- Porque você tá me chamando de Louis e não me deu nem um beijo de oi. Nem me procurar você foi. – ele parecia triste. Oh, meu Deus, o que foi que eu fiz? Como eu pude ser tão idiota? Por que mesmo que eu não fui vê-lo? Argh!
- Desculpa, Lou. Eu juro que não é nada. Só não queria te atrapalhar. Sua mãe disse que você estava com os seus amigos e eu não queria chegar do nada e falar: E ai, Louis, como anda o tempo em Londres? Aqui anda a mesma coisa de sempre. – falei fazendo graça e quando disse a última frase, fazendo uma voz de rapper e gesticulando exageradamente, ele riu.
- Boba. Você não ia atrapalhar em nada, . – disse se levantando e vindo na direção do meu balanço. Meu coração disparou e todas aquelas outras baboseiras mais que eu não preciso repetir, porque você já sabe. – Pode me dar um oi digno agora? – perguntou divertido e estendeu a mão para mim. Peguei-a e me levantei.
- Oi, senhor Louis Tomlinson! – falei brincando e ele sorriu lindamente pra mim, me puxando pela mão para um abraço apertado, o qual eu não resisti nem um pouco, me entregando completamente.
– Senti sua falta. – disse baixo, acho que não era pra eu ouvir.
- Não parece. – falei mais baixo ainda, justamente para que ele não ouvisse, o que não funcionou. Louis me afastou um pouco rápido demais do seu corpo, fazendo o cheiro gostoso de seu pescoço desaparecer instantaneamente.
- , eu... – começou e eu balancei a cabeça negativamente, sorrindo compreensiva.
- Eu sei, Louis. Você tinha muito trabalho, sem tempo pra sequer ligar, ou até mandar uma sms. Tudo bem, eu entendo. Vida de cantor é foda né? – perguntei, visivelmente desanimada.
- Não. Não, , não pensa isso. Eu... eu não sei porque não liguei. Eu... Argh! Não sei. – disse cabisbaixo.
- Ok. Já passou. Pelo menos a gente se viu, dois anos depois, mas tudo bem. – falei e voltei a sentar no balanço e me balançar devagar.
- Desculpa. – disse baixo e olhando para o seu sapato vans.
- Não tem do que se desculpar. – falei e continuei fitando o nada, como estava antes.
- Mas eu juro que é verdade que eu senti sua falta. – disse, se sentando ao meu lado de novo.
- Eu também senti a sua. – falei mais pra mim do que pra ele.
- Achei que você tivesse se esquecido de mim. – ele disse e sorriu fraco.
- Você sempre foi o meu melhor amigo. Te conheço desde que nasci e você ainda acha que tem como te esquecer? Me poupe né, Louis? Era mais fácil VOCÊ me esquecer, estando tão ocupado lá em Londres e cheio de menininhas querendo ser sua melhor amiga e até mais... – falei e, conforme a frase ia saindo, minha voz ia ficando com uma pontinha de raiva e ciúmes, mas ele não sabia disso, claro. O bom foi que ele riu.
- É. Mais mesmo assim, eu nunca esqueceria de você. É que a agenda é bem lotada e eu realmente não tenho tempo. – ele se justificou.
- E a sua namorada? – perguntei, me lembrando que ele tinha uma namorada chamada Eleanor Calder.
- Eu terminei com ela. Sabe, , eu não gostava dela o tanto que achava que gostava. – ele desabafou. Sorri alegre, mas logo tratei de me controlar, para não dar na cara.
- E ai, pessoal? – ouvimos alguém chamar e olhamos no mesmo instante. As meninas e os minos do One Direction estavam na nossa frente. Sorri com aquilo. E não é que as meninas fizeram mesmo o que disseram que fariam? Nunca mais duvido delas.
- Hey! – falei.
- Meninos, essa é a . Minha melhor amiga de infância. – Louis apresentou. Senti uma pontada no estômago quando ele falou isso, embora tenha ficado feliz. Eu sei que sou a melhor amiga de infância, mas me senti, sei lá... decepcionada ao ouvir essa confirmação vinda dele.
- Prazer, . – eles disseram, por incrível que pareça, todos juntos. Sorri pra eles e dei um beijo no rosto de cada um.
- Caralho, véi! Vocês são bem mais bonitos pessoalmente! – falei indignada com tanta beleza.
- Eu sei disso. É o que sempre dizem. – disse Zayn... Como sempre né? Eu e as meninas rimos, enquanto os meninos davam leves pedalas nele.
- Meninos! – escutamos a Johannah gritar. Ela estava acenando e eles foram em sua direção, mas antes de Louis segui-los, virou-se para mim e disse baixo, para que só nós dois escutássemos.
- Ainda vamos conversar mais sobre aquilo. – disse e saiu. Fiquei completamente confusa. Acho que ele estava falando da namorada, mas o tom de voz sexy e sedutor que ele usou para falar fez as coisas ficarem completamente fora de ordem na minha cabeça. As meninas e eu ficamos conversando por um tempo. Elas me contaram que a cara de pau foi a Juh – como sempre. Contaram que ela chegou no Zayn e disse que ele estava incrivelmente lindo hoje e ele corou. Ele corou! Incrível, eu queria ter visto isso. Depois, ela chamou-os para um passeio com ela e com as garotas, o que fez os meninos se animarem rapidinho e sair em disparada. Eles conversaram pra caramba e JÁ trocaram telefones.
- , pode vir aqui? – minha mãe me chamou e eu pedi licença para as meninas, que continuaram no parquinho conversando. Andei em sua direção e quando cheguei ela já foi logo dizendo. – Pode avisar aos meninos que eles já podem entrar no palco? – ela disse, apontando para um palco improvisado que havia ali perto, onde atrás se podia ver um lugar reservado, acho que para que quem fosse se apresentar, pudesse se preparar.
- Claro. – falei e saí andando, meio saltitante, para o local indicado pela minha querida mãe. Quando estava chegando, vi as silhuetas de Louis e Harry, um pouco afastados dos outros três garotos, que faziam exercício de voz.
- É ela? – pude ouvir Harry perguntar.
- Sim. – Louis respondeu baixo, para que os outros meninos da banda não ouvissem.
- Cara! – Harry exclamou e parecia animado. Louis o deu um pedala na cabeça e ele pediu desculpa. – Ela é linda, Louis. – falou. De quem será que eles estavam falando? Eu sei que é errado ouvir a conversa dos outros, mas aquilo dizia respeito ao Louis e como eu sou a melhor amiga dele, tenho direito de saber.
- Eu sei cara. Por que você acha que eu sempre gostei dela? – Louis perguntou e Harry concordou com a cabeça. O quê? Não entendi porra nenhuma agora!
- Mas e ela, dude? Gosta de você? – Harry indagou, arqueando as sobrancelhas.
- Não sei. Acho que não. Ela não pareceu muito feliz em me ver depois de dois anos, cara. – Louis passava as mãos nervosamente pelos cabelos penteados em topete. Espera ai... Não pode ser!
- Eu não sei o que te dizer, meu amigo. A parecia feliz em estar com você de novo. – Harry disse. Gelei. Eles estavam falando... de mim? Oh my God!
- Sei lá. Talvez ela não quisesse me ver. Ou... – eu não podia o deixar continuar. Voltei alguns passos e cheguei ao “backstage” (vamos chamar assim para eu não ter que escrever sempre: lugar-que-eu-não-sei-o-nome-mas-que-deve-ser-para-a-pessoa-que-vai-se-apresentar-se-preparar. Ok? Hunf! Isso até me cansou), fazendo o maior barulho possível, o que era bem difícil, quando o chão era feito de grama e eu estava de salto. Mas funcionou. Tanto que eles me olharam e Louis e Harry pareciam nervosos.
- Oi, meninos! – falei sorrindo. Louis abriu um sorrisinho de lado. – Vim avisar que vocês já podem entrar. – falei apontando para trás, onde ficava o “palco”.
- Ahn... Ok. Obrigado, . – Louis disse e os meninos passaram na frente dele, dando tapinhas em seu ombro. Quando ele foi passar por mim – sem me olhar, vale ressaltar – eu segurei em seu braço e ele me olhou surpreso. Seu olhar vacilou da minha mão em seu braço ao meu sorriso gigante.
- Boa sorte, Boo Bear. – chamei-o pelo apelido que chamava quando ainda éramos crianças. Ele sorriu e parecia aliviado. – Eu sei que você não gosta que te chamem assim e tal, mas como eu nunca te obedeci e nem obedeço, te chamo como quiser. – falei e ele riu. Me senti muito melhor com isso. Andei até ele e levantei o pé, para lhe dar um beijo na bochecha, já que ele, mesmo eu estando de salto, era mais alto do que eu. Lhe dei o beijo e ele sorriu radiante.
- Você pode me chamar como quiser, . Só você. – disse, me devolveu o beijo e foi correndo para o palco. Me adiantei e corri para a frente do mesmo, para ficar bem pertinho dele. Eu estava me sentindo extremamente feliz. Louis gostava de mim? Mesmo, mesmo? Não consigo acreditar.
- E AI, FAMÍLIA?! – Louis gritou no microfone, dando uma interferência rápida. Todos presentes riram. – ESTÃO GOSTANDO DA FESTA DOS MEUS VELHOS? – perguntou e houve gritos.
- Louis! – Johannah e Mark o repreenderam.
- Ops, sorry, mãe e pai, esqueci que não estava só entre amigos. – ele disse e riu. – Bom, vamos cantar logo né? – se dirigiu aos garotos que concordaram e a música What Makes You Beautiful começou a tocar.

You're insecure, don't know what for
You're turning heads when you walk through the door
Don't need make-up, to cover up
Being the way that you are is enough
Everyone else in the room can see it
Everyone else but you

Baby you light up my world like nobody else
The way that you flip your hair gets me overwhelmed
But when you smile at the ground it ain't hard to tell
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful
If only you saw what I can see
You'll understand why I want you so desperately
Right now I'm looking at you and I can't believe
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful oh oh
But that's what makes you beautiful

So come on, you got it wrong
To prove I'm right I put it in the song
I don't know why, you're being shy
And turn away when I look into your eyes

Everyone else in the room can see it
Everyone else but you


Baby you light up my world like nobody else
The way that you flip your hair gets me overwhelmed
But when you smile at the ground it ain't hard to tell
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful

If only you saw what I can see
You'll understand why I want you so desperately
Right now I'm looking at you and I can't believe
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful oh oh
But that's what makes you beautiful

Na-na-na-na-na-naaa-na-na
Na-na-na-na-na
Na-na-na-na-na-naaa-na-na
Na-na-na-na-na

Baby you light up my world like nobody else
The way that you flip your hair gets me overwhelmed
But when you smile at the ground it ain't hard to tell
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful

Baby you light up my world like nobody else
The way that you flip your hair gets me overwhelmed
But when you smile at the ground it ain't hard to tell
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful

If only you saw what I can see
You'll understand why I want you so desperately
Right now I'm looking at you and I can't believe
You don't know oh oh
You don't know you're beautiful oh oh
You don't know oh oh
That's what makes you beautiful


A música tornou a festa ainda mais animada e com isso, quando eu olhei para trás, estavam todos dançando animadamente. Quando a música terminou, eles logo emendaram Tell Me A Lie e depois com Live While We’re Young, que, na minha humilde concepção, foi a que as pessoas mais se animaram. Quando esta terminou, Louis pediu atenção de todos.
- Eu queria aproveitar a oportunidade e confessar uma coisa na frente da família inteira. Bom, desde pequeno eu sou apaixonado por uma garota, mas eu acho que ela nunca me deu bola. Nós vivíamos juntos, fazíamos tudinho juntos. Pode ser que você não goste de mim, mas eu sou completamente apaixonado por você, . E agora que eu já disse isso na frente de todos, o resto a gente deixa pra falar em particular ok?! – ele terminou e piscou para mim. Sorri mais feliz do que nunca. Ele era apaixonado por mim! Por mim! Ai que feliz!
- Ui, ui, poderosa hein, amiga! – Juh disse no meu ouvido, divertida. Tenho certeza que fiquei vermelha.
- Para de ser besta, Juliana! – falei envergonhada.
- Bom, eu vou parar, mas só porque eu quero ver você com mais vergonha. – ela disse e apontou para algo atrás de mim. Quando me virei, dei de cara com um Louis vermelho e com um sorrisinho no canto da boca. Sorri pra ele e ele se aproximou.
- , eu...
- O que foi aquilo? – perguntei, me fingindo de brava. Ele pareceu sem graça. Acho que ele entendeu errado.
- Desc...
- Não, Louis! Eu quis dizer a parte do “eu acho que ela nunca me deu bola”. – falei imitando – sem muito sucesso – a voz dele. Ele me olhou franzindo a testa. – Você é besta ou o quê? – perguntei e ri. – Essa foi a maior bobagem que você já disse na sua vida.
- Mas você... você nunca... nunca demonstrou nada, . – ele disse sem entender.
- Talvez seja porque eu sempre achei que não era correspondida e você vivia ficando com as minhas amigas... – expliquei.
- Mas você também ficava com os meus amigos. – ele acusou e riu da minha cara de indignação.
- Vai jogar na cara agora é? – perguntei, colocando as mãos na cintura e fazendo uma falsa cara de brava que, por me conhecer muito bem, Louis sabia ser de mentira.
- Vou sim! – ele disse, fazendo a mesma coisa. Não me aguentei e ri.
- Ok, pode parar. Eu sei que ficava com os seus amigos, mas a maioria das vezes era pra ver se te atingia, mas nada parecia funcionar. Nem quando eu fiquei com o Scott você achou ruim. Cara! Ele era seu melhor amigo! – falei inconformada.
- Engano seu. Quase quebrei ele de porrada quando soube que ele tinha ficado com você. – ele falou e eu não acreditei.
- Sabia que eu parei até de FALAR com a Melany quando você ficou com ela? – perguntei baixo, mas ele me olhou boquiaberto.
- Sério? Nossa! – disse impressionado. – Bom, mas o passado não importa. Vim aqui pra falar com você sobre o NOSSO presente e NOSSO futuro. – ele disse, destacando a palavra nosso. Já posso morrer?
- Nosso é? – perguntei, sorrindo bobamente.
- Lógico! – disse e começou a se aproximar. Estávamos no meio da família dele. Louis pegou minha mão e começou a me guiar para algum outro lugar.
- Aonde vamos? – perguntei curiosa, vendo que tínhamos passado do parquinho e do chafariz.
- Um lugar onde podemos conversar em paz. Sem que ninguém nos ouça ou encha o saco. – ele falou e foi entrando na mata que havia ao redor da chácara. Chegamos a um pequeno jardim nos fundos e nos sentamos em um banquinho que havia lá. – , desde pequeno, quando eu via você, era como se alguma coisa tivesse pulando dentro do meu peito. Era como se meu coração quisesse ultrapassar os limites do meu corpo e sair correndo ou sei lá o que ele pudesse fazer, para ser dado pra você. Eu começava a suar frio, e minhas mãos ficavam geladas. Quando nós saíamos e alguém te elogiava ou dizia qualquer coisa boa sobre você, eu só sorria, pois não tinha coragem de concordar, ou se fosse algum menino, eu só sorria para não quebrar a cara dele e dizer que você era minha e que ele tirasse o cavalinho da chuva. – ele dizia e eu estava completamente feliz.
- Louis...
- Deixa eu continuar, por favor. – ele pediu, sorrindo sem graça e com as bochechas vermelhas. Que fofo. – Tudo que eu queria era chegar pra você e dizer o quanto eu gostava de estar perto de você, de te empurrar no balanço, de te abraçar, das nossas tardes de filmes, só nós dois, de tomar um sorvete gigante com você, o qual nós dividíamos, ou de somente estar pertinho de você, mas como você era uma garota linda e popular entre os meninos, eu achava que você nunca poderia gostar de mim como eu gostava de você. O medo de ser rejeitado era maior do que qualquer coisa e por isso eu fui embora sem te contar. Mas quando eu fiquei sabendo da festa da minha mãe e que você estaria aqui, eu não consegui mais me segurar. Decidi te contar, fosse qual fosse sua decisão perante o descobrimento. Mas, pelo menos, eu ia saber que eu tentei. – ele disse e abaixou a cabeça, fitando seu vans azul.
- Louis. – chamei e ele me olhou. Peguei em sua mão e olhei bem dentro dos seus olhos indistinguíveis. – Eu... sempre achei que você não queria nada comigo. Bom, quando você foi embora, foi muito difícil. Acho que gosto de você desde os nove anos de idade. Ou até menos. – falei sorrindo. Ele sorriu lindamente e chegou mais perto no banco. – Você pedia ajuda com as minhas amigas e tal, e eu ficava morrendo de raiva. Achava que você me achava feia, sem graça ou sei lá. Mas eu nunca considerei a ideia de você passar pelo mesmo que eu. – confessei. Sem exageros, já estávamos quase um no colo do outro, de tão perto que estávamos sentados.
- Eu sempre fui apaixonado por você. – ele disse, olhando bem dentro dos meus olhos e sorriu.
- Idem. – falei e sorri também. Ele foi se aproximando lentamente. Passou as mãos nas minhas bochechas e puxou meu rosto para mais perto do seu, encostando as nossas testas.
- Não sei nem quanto tempo esperei pra fazer isso. – ele disse, já de olhos fechados. Sentir sua respiração na minha boca foi o que faltava para me fazer perder completamente a sanidade.
- Uns catorze anos... – falei com a voz falha e fechando os olhos.
- e sua preciosa Matemática. – ele disse no mesmo estado que eu. Foi se aproximando lentamente, até eu poder sentir seu nariz no meu. Deslizou-o de um lado para o outro, num beijinho de esquimó, o que me fez rir um pouco. Senti sua boca encostar na minha, mas ele parou e ficou assim. Mas que lerdeza, meu pai! Tenho que comentar isso com ele depois.
Não aguentando mais o pouco espaço existente entre nós, grudei nossas bocas com força e foi só o que eu precisei fazer para que o Louis tomasse uma atitude. Sua língua pediu passagem, o que eu dei mais rápido do que realmente gostaria, fazendo assim, o beijo ser aprofundado de um jeito que quem visse, diria que nós... esquece! Alguma coisa bateu nas minhas costas e só isso me fez perceber que Louis já estava quase EM CIMA da minha pessoa, me fazendo ficar meio deitada e meio sentada no banco. O beijo ficava cada vez mais rápido, profundo e, se me permite dizer, melhor! Mas chega uma hora que o ser humano precisa respirar né? Maldita seja essa hora, que me fez parar o beijo carinhosamente e continuar com as testas coladas, mas sem bocas. Magoou. Os dois já respiravam pesadamente e eu não tinha coragem de abrir os olhos. E se eu estivesse sonhando? Era uma possibilidade a se considerar né?
- , abre os olhos. – Louis disse baixinho, com as mãos ainda nos dois lados do meu rosto. Yeah! Eu não estava sonhando! Abri meus olhos lentamente, dando de cara com olhos, no momento, verdes azulados, me encarando como se eu fosse a última Coca-Cola do mundo. – Agora a gente tem que pensar em uma frase de impacto para o final feliz. – ele disse se afastando e se sentando direito. O olhei franzindo a testa.
- Que final o que, Louis?! – falei sorrindo grandemente. – Isso é só o começo!

Fim!

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