CAPÍTULOS: [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [Epílogo]









Eu sabia que aquele momento ia chegar e, apesar de já ter tomado minha decisão, ainda assim era difícil. Porém, já era de se pensar. Entre sua vida e a do seu ídolo, qual você escolheria?
Era essa a questão do momento. Eu não queria morrer. Isso é óbvio. Contudo, só de pensar em um mundo sem Louis Tomlinson... O que seria?
Eu tinha que escolher entre Louis ou eu e teria que escolher isso agora.
– Desculpe, Louis – um tiro foi disparado.

Dias antes...

– Filhaaaaaaa, aquela tal de Uoni Direcxion está na TV! – minha mãe gritou da sala e corri em disparada para lá. Já deu para perceber que sou directioner, né?
Sentei-me no sofá e fiquei prestando atenção ao que a repórter dizia sobre a banda.
Membro da banda One Direction se encontra desaparecido. Membros da banda que foram os últimos a vê-lo afirmam que Louis Tomlinson saiu para tomar um café e não voltou mais. Policia está toda mobilizada à procura do jovem.
– O QUÊ?! – gritei, já com lágrimas nos olhos. Onde aquele retardado se meteu?
Eu estava aos prantos, sentada no sofá, abraçando minhas próprias pernas. Se algo acontecer com o rapaz, acho que eu morro.
– Calma, filha. Daqui a pouco ele vai ser encontrado... – não consegui responder, fui correndo para o meu quarto e me tranquei lá. Minha mãe e mais ninguém conseguia entender o amor que eu sentia por esses meninos, principalmente por Louis. Não escondo de ninguém que ele é o meu favorito.
Fiquei horas pensando em milhões de coisas que poderiam ter acontecido com o menino, até que não aguentei e fui sair para caminhar. Isso sempre me fazia bem, acalmava-me.
– Aonde você vai, filha? – minha mãe perguntou da cozinha. Coloquei meu celular no bolso e fui em direção à porta.
– Caminhar um pouco, esfriar a cabeça – falei e saí.
Por que esse louco tinha que sumir? Agora aqui estou eu, corroendo-me por dentro de tanta preocupação, assim como sei que milhões de garotas estão no mesmo estado que eu. Mas essa dúvida era... Cruel.
Enquanto andava lentamente pelas ruas, senti alguém me seguindo. Quando olhei para trás, vi um carro todo preto. Assim que o vi se aproximando, tentei andar mais rápido. Isso não podia estar acontecendo comigo. Podia? Ele parou na minha frente e de dentro desceram dois homens encapuzados que me agarraram por trás, tapando minha boca com algum pano. Lentamente, fui perdendo a consciência.

Louis’ POV

Eu estava no Twitter, respondendo algumas perguntas das fãs, quando de repente meu celular tocou. Olhei para a tela e reconheci o número do Harry.
– Alô? – falei e esperei o meu Curly responder.
– Fale, brother. ‘Bora sair hoje junto com os meninos? – ele convidou. Ótimo. Uma distração para acabar com o meu tédio.
– Sim. Quando? – perguntei animado.
– Agora, daqui a uma hora no Nando’s? – perguntou para confirmar.
– Fechado. Até mais, Harold – falei e desliguei, mas antes pude ouvi-lo me xingar...
Mais do que depressa, saí do Twitter e fui me arrumar. Não deu nem vinte minutos e fiquei pronto. Joguei um pouco de videogame para passar o tempo e depois saí.
Estava saindo do meu carro, quando um homem me chamou.
– Louis Tomlinson, certo? – ele falou e veio me cumprimentar.
– Eu mesmo. Algum problema? – perguntei, já que nunca havia visto aquele homem.
– Não, nenhum. Só queria me certificar de que é você mesmo – ele falou e fiquei mais confuso do que já estava. – Podem levar – o cara falou e senti me agarrarem por trás. Enquanto tentava me soltar, fui atingido por alguma coisa na cabeça. Depois, disso não me lembro mais de nada.


Capítulo 1


’s POV

Acordei um pouco tonta. Estava deitada no chão. Tentei me levantar, mas não consegui. Senti uma dor enorme nas pernas.
– AI! – reclamei e me sentei, sobrepondo meu peso ainda nos meus braços. Olhei em volta, porém não conseguia enxergar nada. Tudo estava muito escuro, até que de repente a luz do lugar foi acesa e provocou uma forte irritação nos meus olhos que não estavam acostumados à luz.
– Vejo que a princesinha acordou – olhei para a porta e observei a figura de um homem alto, forte e com uma expressão carrancuda. Ele olhava fixamente um pondo atrás de mim. Virei-me para ver o que era e dei de cara com ninguém menos que Louis Tomlinson sentado em uma pequena cama e esfregando os olhos, provavelmente por causa da forte luz. – As duas acordaram, para falar a verdade – o cara falou, logo após olhar para mim. – Melhor assim. Falo tudo que tenho que falar apenas uma vez e não preciso ficar repetindo – disse, aproximando-se de uma cadeira que havia perto de mim. Recuei para trás, encarando-o com medo, o que fez sorrir com ar vitorioso.
– O que você quer de nós? – Louis finalmente falou, tentando se passar de durão, mas, pelo tom de sua voz, notava-se claramente o medo que estava sentindo.
– Calma aí, florzinha. Você já vai entender tudo – o homem falou, olhando para ele, e depois seus olhos caíram sobre mim, o que me causou um forte arrepio. – Você! – assim que o rapaz falou, levantou-se e caminhou até mim, o que me fez recuar mais ainda rastejando. – Seria capaz de matar seu querido Boo Bear? – perguntou, encarando-me fixamente.
– Mas é claro que não. Você está louco? Eu o amo – falei e logo após tampei minha boca, percebendo as palavras que havia dito.
– Mesmo se for para salvar a sua vida? – o homem perguntou novamente. Porém, antes que eu o respondesse, Louis interferiu.
– Aonde você quer chegar com isso? – indagou Louis, claramente irritado e com medo ao mesmo tempo.
– Simples – o brutamontes falou e voltou até a sua cadeira. – Você tem uma semana para matá-lo e salvar a sua vida. Caso contrário, você morrerá. Dolorosamente – ele falou, olhando para mim e depois para Louis.
– COMO É QUE É?! – perguntei nervosa.
– Foi isso mesmo o que eu disse. Não vou repetir. Você claramente ouviu. Agora aproveitem o tempo de vocês juntos. Tem comida suficiente para os dois na geladeira e a arma está na primeira gaveta daquela cômoda – apontou para uma pequena cômoda abandonada no meio do quarto. – Bye para vocês – disse e saiu, trancando a porta logo depois.
– Você está bem? – Louis falou, vindo até mim e me carregando, levando-me até a cama onde segundos atrás ele estava sentado.
– Estou, sim. Só minha perna que está doendo – falei timidamente, olhando para as minhas pernas, e um silêncio encheu o local até que resolvi quebrá-lo.
– Sabe, eu sempre sonhei em conhecê-los, você e os meninos, mas nunca pensei que seria assim... – falei, deixando uma pequena lágrima escorrer dos meus olhos.
– Directioner? – ele perguntou curioso, encarando-me. Apenas assenti e mais algumas lágrimas insistiam em cair. – Não chore. Vamos dar um jeito até essa semana acabar. Não precisa ser assim do jeito que ele falou. Vamos dar um jeito. Ok? – o rapaz falou, olhando para mim, e apenas assenti, novamente concordando. – Conte-me um pouco mais sobre você... – falou, virando-se para ficar de frente para mim, e com certa dificuldade fiz o mesmo.
– O que quer saber? – perguntei.
– Tudo – ele respondeu e resolvi contar, ocultando algumas partes, é claro.
Passamos o resto da tarde e da noite assim, conversando e contando tudo sobre a vida um do outro como se fôssemos velhos amigos.


Capítulo 2


Já sabíamos quase tudo um do outro. Ele me contou coisas íntimas deles que ninguém mais sabia, assim como fiz. Mais, apesar do clima ter melhorado, o porquê de estarmos ali ainda martelava em minha cabeça. Tinha uma semana, uma semana apenas e depois tudo acabaria... Mesmo o Louis falando que daríamos um jeito e conseguiríamos escapar daquilo, no fundo algo me dizia que não, que isso não iria acontecer. Um de nós iria morrer, mas quem?
Eu nunca tive coragem para matar uma formiga. Quem dirá uma pessoa a qual idolatro? Eu não teria coragem de matá-lo. Era impossível. Mas a minha vida estava em jogo. Era eu ou ele.
– No que tanto pensa, ? – o garoto perguntou, acariciando meu rosto. Encarei bem fundo aqueles olhos maravilhosamente azuis e sorri.
– Nada de importante – menti, assim que percebi o olhar dele tentando descobrir qualquer brecha sobre ser verdade ou não. Levantei-me e fui até a geladeira. – Com fome? – perguntei, abrindo.
– Muita. O que tem aí? – ele perguntou, ainda sentado na cama.
– Tem muita coisa, mas vamos comer frango – falei, pegando o frango da geladeira e colocando no micro-ondas que tinha ali.
– E o que eu quero não vale aqui, não? – o rapaz perguntou, fingindo estar indignado.
– No momento, não – falei e dei risada da cara dele, que caiu na risada também.
– Ah, é? – ele veio até mim e me pegou no colo, levando-me até a cama e me dando cócegas.
– Não... Hahaha... Louis... Hahaha... Pare... Hahaha... – falava entre risos até que ele parou e ficou me encarando fixamente. Seu olhar recaiu sobre minha boca e o rapaz lentamente foi se aproximando até que nossos lábios se tocaram e começamos a nos beijar. Sua língua pediu passagem e eu rapidamente cedi. Coloquei minhas mãos em seu cabelo, puxando-o mais para mim, enquanto ele segurou minha cintura.
Ficamos assim até sermos interrompidos pelo barulho do micro-ondas. O menino se levantou rapidamente e me ajudou a levantar. Fomos comer em silêncio, mas a todo momento trocávamos olhares.

Louis’ POV

Não podia dizer que estava apaixonado pela , porém ela mexeu comigo. Ontem, quando disse que me amava, aquilo me surpreendeu e me deixou feliz ao mesmo tempo. E não podia deixar de falar que ela é linda.
Quando parei de dar cócegas nela e fiquei encarando aquele lindo rosto que a menina tem, deu-me uma vontade estranha de beijá-la e não consegui me controlar. Fui e a beijei. E, para a minha sorte, a garota retribuiu. Quando o frango ficou pronto, fomos comer e mesmo, sem dizer nada, não conseguia tirar os olhos dela.
Ela realmente havia mexido comigo.


Capítulo 3


’s POV

Fazia o quê? Três dias que estávamos aqui e já havíamos nos beijado. Não vou negar que gostei, porque, sim, eu gostei muito e me arrisco a dizer que aquele foi o melhor beijo da minha vida. Mas não sabia o que aquilo significava, não sabia se aquilo tinha algum significado.
O Louis nunca foi o meu favorito dos meninos, mas eu o amava muito também. Porém, o problema é que, com nós dois trancados aqui nesse cativeiro, esse sentimento estava crescendo. Crescendo demais e rapidamente, e não sabia no que isso ia dar. Ainda mais na nossa situação.
Depois do beijo de ontem, não nos falamos mais. Apenas desejamos boa noite um para o outro e só.
Hoje acordei e ele já estava acordado, sentado na cama ao lado da minha. E me encarava com... Admiração? Acho que estava vendo coisa. Assim que o rapaz me viu acordada, desviou o olhar e depois me olhou de novo, sorrindo.
– Bom dia! – ele desejou, levantando-se. Sorri, correspondendo, e me levantei também.
– Bom dia, Lou. Vai querer o que de café da manhã? – perguntei, indo para o banheiro, e escovei os dentes.
– Panquecas? – o garoto perguntou com os olhos brilhando. Sorri e logo terminei de escovar os dentes.
– Eu sei que você se apaixonou pela minha panqueca! – falei convencida, enquanto ia à cozinha, e foi a vez de ele escovar os dentes. Comecei a pegar os ingredientes para a panqueca.
– Eu? Que nada! – falou debochado e depois nós dois caímos na risada.
– Ok. Finjo que acredito, mas hoje o senhor vai me ajudar – falei e o rapaz me olhou com uma cara do tipo que estava querendo dizer “Sério mesmo isso?”. Assenti e o garoto, suspirando, veio ao meu lado e começou a me ajudar.
Depois de muita bagunça e de termos terminado de preparar as panquecas, fomos comer.
– Então, Lou... – ia falar, mas ele me interrompeu.
– Silêncio. A hora de comer e sagrada – ele falou, tentando parecer sério. Caí na risada.
– Sério, Lou. Você está andando demais com o Niall, porque, meu Deus... – continuei a rir e ele também.
– Também acho. A partir de agora, vou manter distância dele – falou, ainda rindo, e de repente ficou sério e com uma feição triste.
– O que foi, Boo Bear? – perguntei, arrastando minha cadeira para perto da dele.
– Estou com saudades dele. De todos eles – falou e uma lágrima escorreu pelos seus olhos.
– Er... Tudo vai ficar bem. Não foi você mesmo que disse isso para mim? – perguntei. Ele deu um riso fraco e assentiu. – Então, logo vocês vão se ver novamente – falei, tentando parecer o mais confiante possível, encostando sua cabeça perto ao meu peito e acariciando seus cabelos.
– Muito obrigado, por estar aqui comigo – o rapaz falou, levantando a cabeça e me olhando.
– Eu que tenho que agradecer. Esse sempre foi meu sonho. Não digo a parte do sequestro e tudo isso que prefiro nem dizer, que já me arrepio toda – falei, chacoalhando-me e o fazendo rir. – Mas, digo, conhecer você, ter a oportunidade de ficar perto de você, foi tudo o que sempre sonhei – falei sincera e ele me abraçou. Sem nem pensar duas vezes, correspondi o abraço.
– Mas, então, o que vamos fazer hoje? – perguntou, levantando-se e colocando o prato que usou para comer as panquecas na pia.
– Deixe-me ver... Que tal bolo de cenoura? – falei, arqueando uma sobrancelha e esperando sua resposta.
– Desse jeito, você vai me deixar gordo – ele falou, fazendo ambos rirem.
O resto da tarde não teve mais nada de especial. Apenas brincamos, comemos e conversamos, já que eram as únicas coisas que podíamos fazer aqui.


Capítulo 4


Louis’ POV

Se eu nem ela estivéssemos correndo risco de morte, isso seria um sonho. Quer dizer, isto realmente é um. Um sonho perigoso, em que um de nós pode sair fatalmente machucado, porém ainda sim um sonho.
Como ela conseguia me encantar tanto? Eu não conseguia descobrir uma resposta para essa pergunta, mas a menina simplesmente me encantava. Eu não conseguia tirar os olhos dela. Tudo nela era perfeito.
Já estávamos aqui há quatro dias aqui, o que significava que estávamos próximos do fim, mas eu não queria que isso acabasse nunca. E não queria que nenhum de nós tivesse um fim... Trágico.
– Louis... Posso lhe fazer uma pergunta? – ela olhou para mim curiosa.
– Claro que pode, amor. Você pode tudo – assim que disse isso, notei que a expressão dela mudou. Mas, antes que eu pudesse decifrar, a garota voltou ao normal.
– É... Verdade que o Harry tem mesmo a mania de andar pelado pela casa? – perguntou, abaixando a cabeça, pelo que percebi um pouco tímida. Ri antes de responder.
– Por que a pergunta? – perguntei, olhando-a com um sorriso safado no rosto.
– Nada. Sério mesmo. É só curiosidade de Directioner – falou, corando mais ainda. Ela era linda até com vergonha.
– Sim, é verdade. Pode ser estranho. Quer dizer, ele é estranho – falei, revirando os olhos.
– Não acredito... – a menina falou de boca aberta e então começou a rir.
– É a mais pura verdade – falei, rindo com ela.
– A amizade de vocês dois é tão linda... É uma pena que a maioria das pessoas não os compreende e julga vocês por isso... – falou e, pelos seus olhos, pude percebê-la ficando um pouco triste.
– Sim, é uma pena mesmo. Hoje em dia, as pessoas não sabem mais o que é uma amizade verdadeira e, quando se deparam com uma, já começam a estranhar, a julgar e colocar mil defeitos. Tivemos que parar de agir normalmente por causa disso, mas a amizade continua a mesma quando estamos entre amigos – falei. – E você?
– Eu o quê? – ela me perguntou em dúvida.
– Tem alguma “melhor amiga”? – falei, esclarecendo.
– Tenho, sim, porém ela infelizmente teve que se mudar para os Estados Unidos para estudar lá e acabamos nos separando. Mas nos falávamos todos os dias antes de eu vir para cá – falou e olhou em volta.
– Vocês devem sofrer pela distância... – falei, encarando-a.
– Sofremos, sim... Pelo menos eu sofro muito, mas não podemos fazer nada. Ela tem que pensar no futuro dela e eu, no meu – falou, dando de ombros. – Boo Bear, a conversa está boa, porém preciso de um banho. A torta de morango me sujou toda – a garota falou, rindo e se levantando do chão onde estávamos sentados. Foi até um pequeno guarda-roupa com algumas roupas que o sequestrador deixou para nós, pegou as dela e foi até o banheiro. Depois de ela tomar banho, entrei e tomei o meu. Jantamos e logo dormimos.


Capítulo 5


’s POV

Sério mesmo que ele havia dito que me amava? Não se iluda, . Vai ver ele só falou por falar. Mas aquilo mexeu comigo, e como havia mexido.
Hoje era nosso quinto dia aqui. Penúltimo dia, para ser mais exata. Se isso me deixava nervosa? Mas é claro. Depois de amanhã, isso acaba. O pior é que não sabíamos como isso acabaria. Quando me levantei, Louis já estava na cozinha fazendo, pelo que pude perceber, macarrão. Sorri. Desde que estávamos aqui, sempre quem cozinhava era eu. Era bom ter um dia de folga.
– Boa dia, Lou. Ou seria boa tarde? – falei, sentando-me à mesa.
– Acho que já deve ter passado do meio-dia. Por isso resolvi fazer macarrão. E também queria lhe dar um descanso de fogão hoje – ele falou, fazendo-nos rir.
– Está com um cheiro ótimo – falei, arrumando a mesa.
– Muito obrigado. Logo, estará pronto e poderemos comer – ele falou, voltando a atenção ao fogão. Não demorou muito e o macarrão ficou pronto. O rapaz fez questão de me servir e então se sentou à minha frente.
– Coma e me diga o que achou – falou, encarando-me. O cheiro estava ótimo e não hesitei em encher o garfo, mas resolvi brincar com ele.
– Por que não come primeiro? E se estiver ruim? – perguntei, encarando-o com um sorrisinho cínico no canto dos lábios.
– Se estiver ruim, você me diz e nem me dou o trabalho de comer – ele falou, dando de ombros.
– Está me usando de cobaia, senhor Tomlinson? – perguntei, fingindo-me de indignada.
– Claro que não. Você acha que eu faria isso? – o rapaz perguntou irônico. Então ambos caímos na gargalhada e começamos a comer. – Então, o que achou? – pensei em brincar um pouco com ele, porém logo desisti.
– Está maravilhosamente ótimo. Que minha mãe não me ouça, mas esse é o melhor macarrão que já comi na minha vida e não estou mentindo – falei sincera, olhando para ele.
– UAU! Muito obrigado pela honra – o garoto falou, fazendo-me rir. O que nós engordávamos comendo, emagrecíamos rindo.
Depois de comermos e limparmos tudo, sentamo-nos no chão do quarto e começamos a conversar como sempre. Eram as únicas coisas que podíamos fazer aqui.


Capítulo 6


Louis’ POV

Era o nosso último dia aqui. Eu tinha que aproveitá-lo ao máximo ao lado dela.
Acordamos cedinho e tomamos café juntos. Ela fez panquecas como sempre para nós. Eu a ajudei a preparar, o que resultou em uma bagunça geral na cozinha. Comemos normalmente e depois fomos para o quarto. Ficamos conversando até que juntei toda a coragem que eu tinha e a beijei. Precisava fazer isso. Não sabia como isso acabaria amanhã, então eu precisava fazer isso agora.
Pedi passagem com a língua e ela prontamente concedeu. Continuamos a nos beijar até que tivemos que nos separar por falta de ar. Ficamos com a testa colada uma na outra.
– Louis... – ela ia falar, mas interrompi, colocando um dedo sobre seus lábios.
– Não fale nada. Eu quero falar. Apesar das circunstâncias em que a encontrei, conhecer você foi a melhor coisa que me aconteceu. Encantou-me desde o primeiro dia e veio me conquistando cada dia mais. E me deixando assim, completamente apaixonado por você. Não sei como isto vai acabar a manhã. Isso não importa para mim hoje. Só quero aproveitar o nosso último dia aqui junto com você. Sei que parece absurdo o que vou dizer agora, mas... Eu amo você, – eu disse em um fôlego só e então abaixei a cabeça. Tinha medo de ela não sentir o mesmo por mim. A menina colocou as mãos no meu queixo, fazendo-me levantar meu rosto para encará-la, e então selou nossos lábios. Foi apenas um selinho, mas um selinho longo e que para mim poderia ter durado por muito tempo.
– Eu podia ficar aqui, falando de tudo que sinto por você, de tudo que você representa para mim, mas sou péssima em palavras. Sou pior que um homem, quando se trata disso – a garota riu. – Então vou resumir tudo isso com três palavras: eu amo você, Louis William Tomlinson – quando ela disse isso, aí eu não me aguentei de vez e a beijei com vontade. Fui ficando por cima dela e a menina se deitou. Aquilo estava ficando “quente” demais e eu não queria forçar nada, fazer algo que ela não quisesse.
– Você tem certeza disso? – perguntei, separando-nos. Ela apenas assentiu, mordendo os lábios, e então voltei a beijá-la. Rapidamente nos despimos e tivemos, juntos, a melhor tarde de todas.

--x--


– Eu estou com muito medo, Lou – ela falou, enquanto estava abraçada a mim, com o rosto escondido em meu peito. – Medo do que pode acontecer amanhã... – falou e senti uma lágrima escorrendo por seus olhos. Eu também estava com medo, mas ela não precisava saber disso.
– Não vamos pensar nisso agora. Ok? Vamos só... Ficar juntos hoje – falei, fazendo-a olhar em meus olhos. Ela assentiu e voltou a encostar a sua cabeça ao meu ombro.
Como estávamos deitados na cama já, aproveitamos e dormimos. O dia de amanhã seria longo...


Capítulo 7


’s POV

Depois da nossa maravilhosa noite, acordei com um sorriso nos lábios. Eu não podia acreditar que isso havia mesmo acontecido. Tinha sido a melhor noite da minha vida. Sorri ao me lembrar de tudo o que aconteceu e fui tirada dos meus pensamentos pela linda voz do meu Boo Bear.
– Por que esse sorriso, dona ? – ele perguntou, encarando-me com aqueles lindos olhos azuis.
– Nada. Estava me lembrando da noite anterior – eu disse sorrindo e o rapaz me olhou, sorrindo mais ainda.
– Foi tão especial para você quanto foi para mim? – perguntou divertido.
– Creio que até mais – falei, dando um selinho nele que aprofundou o beijo. Assim que nos separamos, começamos a nos olhar e então me lembrei do dia que era hoje. E parece que ele também lembrou, porque sua expressão mudou totalmente.
– Independente do que aconteça hoje, eu a amo. Muito, muito, muito – o garoto falou com meu rosto em suas mãos. Algumas lágrimas já escorriam pelas minhas bochechas. Abaixei minha cabeça e rapidamente a ergui de novo.
– Eu também amo você. Sempre amei e sempre vou amar, para sempre – falei novamente e o beijei de novo.
– Awn, que lindo. Quer dizer que o ídolo se apaixonou pela sua dedicada fã? Que história linda – aquele homem grotesco entrou na pequena casa/cativeiro com um sorriso irônico nos lábios. Levantamo-nos correndo e o Louis se pôs na minha frente, encarando o homem. – Já decidiu o que vai fazer, ? – ele perguntou, olhando-me através de Louis.
– Faça o que quiser comigo, mas nele você não irá encostar um dedo – falei, tentando me colocar na frente de Louis, porém o mesmo me impediu e me empurrou delicadamente para de trás dele novamente.
– Nem pense em tocar nela, seu cretino – Louis falou, quase rosnando, dando medo até em mim. O maluco fitou toda a situação e riu. Riu não. Começou a gargalhar incontrolavelmente.
– Mas que cena linda. Um protegendo o outro. Até tocou meu coração, sabiam? – o homem falou cinicamente. Depois, voltou a sua expressão séria e seu olhar pousou diretamente em Louis.
– Saia daqui a agora – ele ordenou a Louis, mas o mesmo permaneceu onde estava.
– Eu não vou sair daqui sem ela. Pode até me matar, porém sem a não vou a lugar nenhum – Louis falou, fazendo o cara suspirar irritado. Ele deu um forte soco na cara do meu Louis, fazendo-o desmaiar e que eu chorasse descontrolada.
– Agora venha – o cara pegou o meu braço e me levou até outro cômodo que, pelo o que pude perceber, se tratava da cozinha.
– O... Que... Você... Quer? – falei pausadamente em meio ao choro.
– Sabe, eu nunca entendi esse amor de fã. Vocês dizem que dariam a vida pelos seus ídolos, mas na primeira oportunidade os abandonam, esquecem-nos – ele falou, colocando-me na cadeira e andando de um lado para o outro.
– Isso não é ser fã. Você não sabe de NADA do que é ser isso – falei com raiva na voz, mas permaneci sentada.
– Eu sei muito mais do que você pensa, garota. Eu era um cara famoso. Tinha muitos “fãs”. Mas todos me abandonaram, deixaram-me para trás como se eu fosse um lixo. Algo que não prestasse mais – ele falou, encarando-me sério.
– Desculpe-me por isso, mas eu não sou assim. Eu e milhares de fãs por aí, nós amamos de verdade os nossos ídolos, independente de tudo – falei, olhando-o com pena. Pena do que aconteceu com ele, mas nem eu, nem o Louis tínhamos culpa do que houve.
– Pude perceber isso desde o primeiro dia que os deixei aqui – o cara falou, abaixando a cabeça.
– Isso tudo foi um teste, não foi? – falei, olhando-o.
– Sim, mas no começo estava realmente disposto a matar você ou ele – o homem falou aquilo, o que me fez arrepiar. – Vão embora – quando falou aquilo, realmente não acreditei. Ele estava nos deixando livre? Minha primeira reação foi me levantar e aí caminhei até a sala. Foi quando vi Louis se aproximando e uma dor forte me atingiu.
– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! – Louis gritou, vindo correndo em minha direção, enquanto eu caía. – , meu amor, não me deixe, por favor. Eu lhe imploro. Fique comigo... – o rapaz falava descontroladamente enquanto chorava. Deixei uma lágrima cair dos meus olhos.
– E... E... Eu... Te... A... Amo! – falei e fechei meus olhos.


Epílogo


Louis’ POV

Hoje seria o primeiro show, depois de tudo o que aconteceu, e eu realmente não podia estar mais feliz do que já estava.
A havia sobrevivido. Depois que aquele louco atirou nela, ele se matou. Rapidamente chamei a policia e a ambulância e, quando eles chegaram, correram para atender. A não corria nenhum risco. A bala não havia acertado nenhum órgão que pudesse prejudicá-la. Ela ficou alguns dias no hospital e não saí do lado dela.
Assim que os meninos me viram, foi aquela festa. Harry pulou em mim e começou a falar para eu nunca mais sumir daquele jeito, para nunca mais abandoná-lo, que não viveria sem o marido dele e que ia me vigiar vinte e cinco horas por dia e essas coisas. Meu Deus, como Harry era gay. Os outros começaram a me checar para ver se eu estava bem, se eu não tinha algum ferimento, tirando o roxo no rosto que aquele veado deixou após me socar, e então começamos e comemorar que nem loucos.
Quando teve alta do hospital, a primeira coisa que fiz foi apresentá-la aos meninos e à Dani com a Perrie. Como eu imaginava, todos a amaram. Eles lhe agradeceram por ter salvo a minha vida, o que a deixava sem graça e mais linda ainda.
Depois de um mês mais ou menos, aqui estávamos nós. Retomamos a turnê e essa seria nossa primeira apresentação. Seria hoje que pediria a minha princesa em namoro.
– Peço atenção de todo mundo, por favor – falei, enquanto respondíamos as perguntas enviadas pelo Twitter, e toda atenção foi dirigida para mim. – , venha aqui, por favor – falei, olhando para o camarote onde ela e as outras meninas estavam. Não demorou muito e a menina apareceu no palco. Olhava-me confusa, enquanto todo mundo, inclusive os meninos, nos olhavam apreensivos. – Eu já lhe disse tudo que vou dizer agora, mas, mesmo assim, quero que fique claro que me apaixonei por você desde o primeiro dia que a vi. E você foi me fazendo amá-la a cada dia que passava e hoje posso dizer que a amo loucamente com todas as forças do meu coração. Amo você de uma forma que nem eu sabia que fosse capaz de acontecer. Quer namorar comigo, princesa? – perguntei, encarando-a ansioso assim como todos, e ela me encarava surpresa e com lágrimas nos olhos. O que me deixou com medo foi sua expressão seria no rosto. Será que ela diria não? Eu ainda estava apreensivo, quando senti o toque leve dos lábios dela sobre os meus eliminando todas as minhas dúvidas. Começamos um beijo calmo, enquanto ouvíamos os aplausos das fãs e os assovios dos meninos.
– Quando eu achava que minha vida estava perfeita, você apareceu para me provar que estava errada. Ela só está perfeita agora, com você ao meu lado – falei, quando terminamos o beijo.
– Eu amo você, seu louco – ela falou, sorrindo e me dando um selinho.
– Eu amo você mais – falei, dando-lhe mais um selinho.


Fim



Nota da autora: (DATA DE ENVIO) *manter mesmo quando não tive nota, deixe um aviso "sem nota" e coloquem a data.





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