Sorte, Deus ou Destino
Autora: Manda Santos
Beta: Marii Rodrigues




CAPÍTULO 1

Isto tudo aconteceu há muito tempo, quando eu ainda estava no colégio, ou ensino médio, como chamam hoje em dia.
Eram oito horas da noite eu ainda estava na escola, acabando minha prova. Sabe aquela prova infinita, que você faz, faz, faz e ela nunca acaba? Então, a minha prova era desse tipo.
Eu tinha estudado. Estudado muito, aliás. Estudado muito para ir bem e para fazer a prova rápido.
Meus pais não tinham como me buscar (eles moravam em outra cidade), eu não tinha carro e minha única saída era transporte público. Eu pegava meu ônibus às 20:35 em ponto.
Minhas mãos geladas suavam, nós de tensão formavam-se em minhas costas e minha boca a cada minuto mais seca.
O relógio marcava 20:20.
“AI QUE LINDO, TEM ALGUÉM PENSANDO EM MIM!!” pensei. “CLARO, O MERDA DO JOSH!” pensei.
Josh= playboy, idiota, lindo, maravilhoso, gost... Eu estava ficando louca. Nós namorávamos, bom, eu namorava com ele e ele namorava comigo e com mais 5. Triste, eu sei. Não sinta pena de mim, eu não superei. Mas me disseram que com o tempo, eu ia esquecer dele e viver “um novo amor.” Já estou quase, quase desistindo.
O relógio marcava 20:30 – faltavam 5 questões e tinha começado a chover.
Respondi correndo e fui voando até o ponto de ônibus. Cheguei e meu ônibus estava lá (GRAÇAS A DEUS), mas com as portas fechadas e lotado pra variar!
RECAPITULANDO: eu estava sozinha, toda molhada com uma jaqueta na cabeça (tentativa frustrada de não molhar o cabelo) batendo na porta de um ônibus lotado às 20h.
Bati na porta e foi como se eu não tivesse feito nada. Bati novamente e o ônibus começou a andar.
“ABREEEEEEEEE!”- eu gritava e batia incansavelmente na esperança de que alguém iria me ouvir. Estava tão chei que as pessas estavam ali, antes da catraca, sabe?
Até que um garoto virou para trás e me viu. Percebi que a boca dele mexeu e no mesmo instante o motorista brecou o “bus” (INÉRRRRCIAA! Pensa no povo xingando o motorista, coitado)
Gente, o negócio tava tão cheio e o garoto era tão educado que esticou o braço e pediu para que eu segurasse em sua mão para poder entrar no ônibus.
Ele me ajudou a entrar no ônibus e a chuva caía forte. Foi aí que eu reparei que seu braço (que estava me segurando pela cintura) era forte, que ele tinha os olhos azuis e uma boca carnuda.
Eu devia estar babando, pois ele virou e me perguntou:
- Está tudo bem?
- Ah, - eu disse acordando da minha transe - Tudo. Obrigada por me ajudar.
Eu devia estar muito vermelha, pois ele deu um sorriso largo e eu pude sentir seu hálito fresco vindo em minha direção.
- ‘Magina.
E foi assim, deste jeito, que eu me apaixonei pelo garoto que anos depois mudaria a minha vida. Pelo menos naquela hora, eu achava.


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