História por Carol Mello

Ajeitei a gola da camisa e passei a ponta dos dedos pelo meu cabelo um pouco desarrumado. Desci do carro, guardando minha carteira, o celular e as chaves nos bolsos traseiros, caminhando rapidamente até o portão da casa pequena e bonita onde uma festa acontecia. Abri a porta da frente, me assustando com a quantidade de gente presente na pequena sala de estar pintada de cor de rosa combinando com todos os móveis brancos.
Corri o olhar pelo aposento em busca de algum rosto conhecido. Na verdade, quase todos eram familiares. Cumprimentei algumas pessoas e me direcionei à cozinha em busca de algo para beber. Consegui um copo descartável das mãos de uma moça e preparei para mim mesmo um pouco de uísque com energético. Apoiei-me no balcão da cozinha, observando um cara que não estava aguentando permanecer parado em pé sobre os próprios sapatos e ri sozinho, cumprimentando em seguida uma garota que trabalhava no mesmo escritório que eu, a qual tinha o nome desconhecido por mim.
Então, uma garota veio sorrindo em minha direção, os cabelos loiros caindo em cascata sobre os ombros, usando uma blusinha clara e saia verde bastante curta. Nos pés, sandálias realmente altas, que ainda não a faziam maior que eu.
- Feliz aniversário! - falei sorrindo, deixando o copo ao meu lado e puxando-a pela cintura, depositando um selinho demorado em seus lábios. - Eu trouxe um presente, mas ficou no carro. Quero te dar quando estivermos sozinhos. - sussurrei em seu ouvido vendo seu sorriso aumentar. - E à propósito, você está linda.
- Obrigada! - ela falou parecendo contente e me beijando na bochecha. - Você também está lindo. Aliás, quando é que não está? - riu, segurando minha mão. - Os seus amigos estão lá nos fundos. Vem, eu te levo.
Assenti, enquanto ela me guiava por entre as pessoas até a porta que levava a um pequeno quintal planejado, de chão de concreto e vários vasos de plantas coloridas, que eram o xodó de Carrie. Haviam algumas pessoas sentadas em cadeiras de plástico ali, bebendo e rindo. A música da festa me agradava, não havia letra, apenas um toque animado e ao mesmo tempo, relaxante.
- E aí! - cumprimentei todos os caras, sentando-me ao lado de . Carrie sentou-se ao meu lado, cruzando as pernas branquinhas e curtas, ainda sem soltar minha mão. Apoiei meu braço em sua perna, acariciando-a com o polegar.
- Velho, você sumiu! - disse, virando o boné para trás. Ele nunca crescia. Quase vinte e cinco anos, e se vestindo como um moleque.
- Trabalhando muito, cara. - expliquei. Não era totalmente mentira. Estava trabalhando feito um camelo. Mas tinha me afastado da galera por um motivo em especial. E o motivo estava ali.
Ou parte dele.
bebia tranquilo sua cerveja, observando as pessoas e balançando a cabeça no ritmo da música. Para o meu desgosto, a cadeira ao seu lado estava vazia, indicando que havia alguém sentado ali anteriormente. Ou sentada. Preferi não pensar nisso e aproveitar o carinho que a mão de Carrie fazia na minha nuca.
e eu já havíamos nos encontrado algumas vezes depois da noite em que havíamos transado, mas em nenhuma delas tivemos a chance de conversar, ou de ficarmos sozinhos. Haviam sido três ou quatro rápidas vezes em que a vira com em algum restaurante ou na rua. Não que eu quisesse vê-la. Tinha apostado comigo que não seria mais o bobo dela. Nunca mais. E sim, apostado. Porque se eu prometesse isso a mim mesmo, quebraria a promessa. Já uma aposta me desafiava, e eu odiava ser desafiado.
Estava com a Carrie agora. No dia do "ocorrido", eu voltara ao pub e a encontrara lá. Bebemos algumas cervejas juntos e ela parecia bem legal. Conversava sobre tudo e era fã de futebol. Também era bonita e me fazia rir bastante com seu jeito um pouco espevitado. E desde então, marcamos encontros e mais encontros... E já estávamos saindo juntos há quase dois meses. Ela me fazia bem. Era carinhosa, cheirosa e não demorava para se arrumar quando marcávamos de sair. Também passava a maioria das noites estudando, então não ficava muito no meu pé, e isso era gostoso. Me deixava com um pouco de saudade, às vezes. Resumo da ópera, eu estava gostando de sair com ela.
tomou seu lugar ao lado de , sem me olhar nos olhos. Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, mexendo na bolsa vermelha que pousou sobre seu colo. Estava usando uma blusinha branca e saia jeans, com sapatos vermelhos e altos nos pés. Pouquíssima maquiagem e nada de exageros. Exatamente como eu gostava.
E então ela ergueu os olhos inexpressivos para mim, demorando-os sobre minhas mãos na perna de Carrie. Mordeu o lábio e pousou a mão na perna de , que pareceu não notar o ato, ainda concentrado em sua cerveja. Os caras conversavam sobre assuntos aleatórios e eu ria de vez em quando com algum comentário. Meu copo parecia estar se enchendo sozinho, mas logo notei que Carrie é que o estava enchendo para mim. A fitei e ela me lançou um sorriso. Dei um selinho em seus lábios, acariciando seu cabelo. Para minha surpresa, nos olhava.
Ela fez algum esforço e puxou a cabeça de para si, trocando com ele um beijo de língua rápido. Os caras se entreolharam. Demonstrações públicas de afeto não eram muito "a praia" de . E, após o beijo deles, me olhou, erguendo as sobrancelhas como se dissesse "e aí?".
Ah... Então isso era um tipo de jogo?
Sinto muito, mas eu não jogaria dessa vez.
Cheguei perto do ouvido de Carrie e sussurrei:
- Vou lá no carro pegar o seu presente e te encontro no seu quarto em cinco minutos. Tudo bem pra você?
Ela assentiu com a cabeça. Beijei sua bochecha e voltei para dentro da casa, logo alcançando a porta da frente. Caminhei devagar até meu carro, destravando-o e pegando o pacote cor de rosa no banco de trás.
De uns dias pra cá, Carrie e eu estávamos passando dos beijos quentes para alguns amassos mais fortes, e não posso negar que ela estava me deixando louco. E, se eu entendi bem as indiretas, a nossa primeira noite estava próxima. Essa era a razão do meu presente.
Voltei para a festa e me infiltrei pelo corredor a fim de chegar à última porta, que era a do quarto dela. Entrei e fechei a porta atrás de mim, sorrindo ao ver que ela já me esperava ali, sentada em sua cama de casal cheia de bichinhos de pelúcia. Sentei-me ao seu lado e lhe estendi o pacote de presente, vendo seus olhos brilharem.
- Eu espero que você goste. - falei um pouco sem graça, observando-a desfazer o laço de fita. - Na realidade não é um presente só pra você... - comentei enquanto ela retirava as peças do conjunto de espartilho vermelho de dentro do pacote e seus olhos se arregalavam. - É pra mim também. - sussurrei, aliviado quando seus lábios rosados se curvaram num sorriso. - Eu quero que você use isso pra mim. - ela passou alguns segundos observando a lingerie e logo em seguida me fitou sorridente. Segurou-me pela nuca e me deu um beijo de língua um tanto assanhado, com direito a mão boba. - Essa noite. - sussurrei ofegante quando ela partiu o beijo.
- É lindo, . - ela disse sincera. - Muito obrigada.
- Não foi nada. - falei sincero, levantando-me da cama e estendendo a mão para que ela segurasse. Ela o fez. - Vamos voltar lá pra fora?
- Se eu soubesse que este seria o presente, não teria feito festa alguma e convidaria apenas você. - falou num tom sexy, passando à minha frente e fechando a porta do quarto assim que saímos do mesmo.
- Carrie, o seu lavabo está imundo. - uma voz conhecida chamou um pouco à frente. - Posso usar o banheiro da sua suíte? - vinha com cara de nojo até nós.
- Claro. - Carrie disse sorrindo. - Só feche a porta depois, por favor. - pediu enquanto passávamos por ela, que me lançou um olhar raivoso. Aquilo me fez sentir um pouco mal enquanto voltava para o quintal e me sentava em meu lugar.
Eu ainda não a havia esquecido. É claro que não. Como é que você esquece uma pessoa que amou por tanto tempo? Você não esquece. Por mais que ela tenha me feito de idiota e me magoado muito além do que qualquer um possa imaginar, eu não poderia simplesmente deletar da minha cabeça tudo o que sentia por ela. E muito menos do meu coração. Eu amava . Lutava contra este sentimento dia após dia, e muitas vezes sentia que Carrie era a pessoa certa para mim. Combinávamos em tudo, era gostoso passar o tempo com ela e nunca, nunca havíamos sequer discutido. Porém... Seria eu o cara certo pra ela? Carrie realmente merece um idiota que passa as noites sofrendo por uma garota que não faz por ele um terço do que ela mesma está disposta a fazer?
Claro que não. Ela era muito pra mim. E ela sabia disso.
- Eu volto num minuto. Preciso ver como estão as coisas lá dentro. - falou Carrie, despertando-me de meus pensamentos. Eu assenti, sentindo-a beijar minha bochecha e ir em direção à porta da casa. Fiquei observando sua silhueta distanciando-se. Baixinha até demais, porém linda. Suas curvas iam além do normal, as pernas eram lindas. A maneira como ela andava fazia vários caras virarem para encará-la, e eu não sentia ciúmes, não me sentia irritado. Ficava apenas feliz por ela ser assim tão bonita.
- Cara, eu queria comentar isso há muito tempo! - disse em voz alta, fazendo-me olhar pra ele. - Essa garota que você arrumou... Sem palavras, . Sem palavras! - ele apontou para o céu e fechou os olhos. Eu revirei os meus.
- Carrie é linda. - concordei.
- Você gosta dela? - perguntou, bebendo sua vodka com suco de uva em seguida.
- Eu...
- Gosta nada. A menina tá tipo... Babando no saco dele e ele nem liga. - se intrometeu. Me recostei à cadeira, tentando não dar importância ao que ele dizia. - Se fosse comigo... - mordeu o lábio.
- Bem, mas não é. - falei seco, vendo-o me olhar esquisito e erguer as mãos pro ar.
- Ciúmes? - riu em seguida, me fazendo sentir ainda mais raiva. - Relaxa, não tá mais aqui quem falou.
Logo, os caras mudaram de assunto e eu cruzei os braços, respirando fundo e me perguntando por que eu ainda era amigo de .
Senti meu celular vibrar e li a seguinte mensagem vinda do celular de Carrie:
"No meu quarto. Agora."
Arregalei os olhos, achando aquilo muito estranho. Ou ela queria brigar comigo, o que era muito improvável, uma vez que Carrie era totalmente tranquila e eu não havia feito nada errado, ou... Ou ela queria antecipar a nossa festinha particular. Sorri comigo mesmo, tendo a certeza de que seria a segunda opção.
Me levantei, virando o resto de minha bebida e indo em direção ao quarto, passando por um espelho no meio do caminho e ajeitando meu cabelo. Estava ansioso por aquilo. E um pouco nervoso, confesso.
Entrei no cômodo e sorri ao constatar que a luz estava apagada. Tranquei a porta atrás de mim e tentei enxergar alguma coisa, porém Carrie havia acabado com toda e qualquer iluminação.
- Cadê você? - perguntei rindo e estendendo os braços tentando tocar em algo sólido. - Como vou ver se você tá usando o presente que eu te dei se não enxergo nada? - continuei caminhando à frente, com os braços estendidos.
Logo, senti duas mãos pequenas segurarem meus braços e abaixarem-no. Sorri comigo mesmo, passando minhas mãos pelo seu corpo e constatando que sim, ela estava usando meu presente. Fiquei alguns segundos apenas acariciando seu colo e joguei seu cabelo para o lado, inspirando seu perfume e depositando um beijo em seu ombro, fazendo-a estremecer.
A senti me puxando cada vez mais para perto de si, e eu correspondia a seus toques um tanto exasperados com beijos demorados por seu ombro e colo. Então, alcancei seus lábios, beijando-a com vontade.
E foi aí que eu percebi.
Eu não estava beijando Carrie.
Parei de beijar a pessoa à minha frente e dei alguns passos cegos para trás, procurando pelo interruptor, e quando acendi a luz, tive a visão mais perfeita que poderia ter.
Era parada ali, com a lingerie vermelha que eu usara para presentear Carrie. Aqueles pequenos pedaços de tecido pareciam ter sido feitos para o corpo dela, que não era tão pequeno ou tão branco quanto o de Carrie, porém, era ainda mais lindo. Prendi a respiração por alguns segundos, sem saber ao certo para onde olhar. E então, fitei seus olhos, que me encaravam. Ela sorria.
- Você ficou louca? - perguntei, tentando recuperar a voz.
- Eu não to aguentando... - disse se aproximando. - Não to aguentando te ver com a Carrie.
- Agora você sabe como eu me sinto! - ri desgostoso.
- Para de ser assim... - chegou ainda mais perto, olhando-me no fundo dos meus olhos. Aquilo acabava comigo. - Você sabe que me quer, assim como eu quero você... - pousou as mãos sobre meu peito. Desvencilhei-me rolando os olhos.
- O que falta em você é vergonha na cara! - alterei meu tom, afastando-me dela e dando-lhe as costas. - Teu namorado ta lá fora. Por que não vai lá ficar com ele? Afinal, de que adiantou eu ter me declarado pra você, se foi pra ele que quis voltar logo em seguida? - voltei a olhá-la, vendo que abaixara a cabeça. - , volta lá. Ele deve ser bem melhor do que eu.
- Ninguém é melhor que você. - ela ergueu a cabeça. - Você é o cara pra mim, lembra? - aproximou-se novamente, abraçando-me pelo pescoço. Fiquei sem reação, sentindo seu perfume e raciocinando sobre o que ela acabara de dizer. Era tudo o que eu sempre quis ouvir. Mas não nesse momento.
Soltei-me de seu abraço e a olhei nos olhos. Eles me transmitiam sinceridade e eu não conseguia olhar para outro lugar.
- Por que, ? - suspirei. - Por que agora?
- Porque eu não consigo tirar você da cabeça, ! - alterou a voz, colocando as duas mãos na cabeça. - Eu estou a ponto de enlouquecer. Por que você não pode ficar comigo? Por favor! - seu tom de voz aumentava cada vez mais e eu me sentia nervoso, me sentia inútil. Me sentia encantado por suas palavras. Queria abraçá-la ali mesmo e mostrar o quanto eu sentia sua falta, mas eu já fizera isso antes e não resultara em nada além de mais dor.
Fiquei ali, parado. Sem saber o que dizer, o que pensar, para que lado olhar. Não conseguia raciocinar direito, e não tive reação alguma quando chegou perto, acariciou minha nuca e, pouco a pouco, levantou minha camisa verde, livrando-se dela em poucos segundos, com a minha ajuda. Suas unhas deslizaram pelo meu abdômen, enquanto eu fechava os olhos e mordia os lábios, sentindo suas carícias. Começou a me beijar enquanto seu corpo tocava o meu, e eu não pude mais resistir.
Segurei-a com toda a força que pude e a joguei em cima da cama, sem parar de beijá-la. Ela sorriu entre o beijo e eu me senti patético por estar cedendo tão facilmente. Levou suas mãos à minha calça, tirando meu cinto e em seguida a jeans. Extasiado, eu mordia e chupava seu pescoço, irritado com o fato de que ela não parava de sorrir, simbolizando que havia conseguido exatamente o que queria.
Mas eu não pararia agora.
Eu não queria parar.
Suas unhas arranhavam minhas costas enquanto eu me livrava sem delicadeza nenhuma do maldito presente de Carrie. Não, eu não pensaria em Carrie agora. Deixaria a culpa para depois.
Quando consegui deixar totalmente despida, exceto pelas meias vermelhas, apertei seus seios com força, vendo-a se contrair e gemer de dor e prazer ao mesmo tempo. Segurei uma de suas pernas e a ergui na altura de sua barriga. entendeu o recado e entrelaçou minha cintura com ambas as pernas, sentindo minha ereção em sua intimidade descoberta. Afagou meus cabelos e me fitou sorrindo sem mostrar os dentes, enquanto eu distribuía chupões em seus seios e apertava sua cintura com força.
Apertei minha intimidade contra a dela, sorrindo ao vê-la gemer baixo. Então, inverteu as posições, ficando em cima de mim e arranhando minha barriga, distribuindo beijos molhados por onde suas unhas passavam. Eu puxava seu cabelo com força enquanto isso, sem abrir os olhos. E enquanto descia os beijos, eu sabia exatamente onde ela iria parar.
Apenas tive certeza quando suas mãos pequenas desceram minha boxer, onde minha excitação mal cabia, e seus dedos encontraram meu membro, massageando-o devagar, fazendo-me abafar um gemido e colocar as mãos sobre os olhos. Logo, senti sua boca quente massageando-o ao invés das mãos, e acariciei seu cabelo, puxando-o todo para um lado só. Ela distribuiu beijinhos por toda a extensão de meu pênis sem tirar os olhos de mim, o que me deixava infinitamente louco. Logo, envolveu a glande com a boca, sugando e lambendo sem parar, e me masturbando devagar com as mãos. Conforme eu me movimentava dentro de sua boca, ela ia aumentando seus próprios movimentos, deixando-me num estado inexplicável de tesão.
E então, ela simplesmente parou, voltando pelo caminho de beijos que traçara na descida e beijando minha boca, rebolando contra meu membro e gemendo. Segurei-a pela cintura, sem parar de beijá-la, e desci uma de minhas mãos até sua intimidade, acariciando seu clitóris em movimentos circulares, os quais ela acompanhava com o quadril sem parar de me beijar. Com uma de suas mãos, começou a me masturbar na mesma intensidade que eu fazia com ela. Penetrei-a com um dedo, colocando o outro logo em seguida, vendo-a levantar a cabeça sem abrir os olhos e morder os lábios, deslizando a mão livre pelo próprio corpo, apertando um dos seios.
Não pude resistir a isso e com força, coloquei-me por cima dela. A olhei nos olhos, abrindo suas pernas. A invadi sem aviso prévio, vendo-a continuar apertando os próprios seios enquanto eu me movimentava devagar.
Ela puxou meus ombros em sua direção, e então nossos corpos ficaram totalmente colados enquanto eu ia aumentando meus movimentos. Colei minha testa à dela, enquanto ela acariciava meu cabelo com a maior delicadeza que conseguia. Eu depositava beijinhos demorados em sua boca e rosto, e ela, com a respiração pesada e desconexa, sussurrava palavras como "fica comigo" e "é o certo pra mim".
Movíamo-nos na mesma velocidade, e eu sentia todas aquelas coisas outra vez. A vontade de tê-la comigo para sempre, de abraçá-la e nunca mais soltar. Demonstrava esses pensamentos com os beijos que lhe dava e era fielmente correspondido. Coloquei minhas mãos por baixo dela e as espalmei em seu bumbum, erguendo-o um pouco e movendo-me ainda mais rápido dentro dela, deixando escapar um gemido alto, que acompanhou.
Podia sentir que chegaria ao clímax em qualquer momento, e que ela também não demoraria muito. Nossos gemidos baixos logo se misturaram, assim como as respirações ofegantes.
- Eu amo você, . - ela disse em voz baixa no meu ouvido. E então, eu cheguei ao ápice. A abracei delicadamente e deitei-me ao seu lado, vendo-a me olhar sorrindo e acariciar meu cabelo. Beijou-me nos lábios e aninhou-se em meu peito. Beijei o topo de sua cabeça, acariciando seu ombro.
Eu me sentia no céu, ali, com a garota que amava. Ela acabara de dizer que me amava, também. Minha vontade era de ficar deitado ali para sempre e nunca mais deixá-la ir. Mas havia uma realidade lá fora que me dizia exatamente o contrário. deveria estar procurando por ela (provavelmente não), mas Carrie estaria atrás de mim, na certa.
Carrie.
Uma sensação horrível no meu estômago me fez sentar rapidamente. Era agora que a culpa me atingiria. Levantei-me e comecei a me vestir.
- O que foi? - se sentou, me olhando confusa.
- Carrie. Este é o quarto dela, a cama dela... - alcancei a calcinha vermelha no chão e atirei em . - A lingerie dela.
- Mas... Mas você não é dela, ! - ela se levantou depressa. - Você é o cara pra mim, lembra? - fazia movimentos exagerados com os braços.
- Eu sinto muito, , mas você já me deixou antes. - falei, terminando de me vestir e encarando-a. - Quem me garante que não vai me deixar de novo? - Eu garanto! , eu amo você, será que não entende? - seus olhos se encheram d'água. - Eu não acredito que vai fazer isso comigo.
- Como se isso nunca tivesse acontecido antes. - eu me sentia realmente mal por vê-la daquela maneira, por estar tratando-a deste modo. Porém, eu já fora muito machucado antes. Não era vingança. Era apenas auto defesa, amor próprio. Suspirei, colocando uma das mãos em seu ombro e secando uma lágrima em seu rosto. - , eu sou o cara pra você. Mas, infelizmente, você não é a garota pra mim. - suspirei, virando-lhe as costas e apontando para uma foto de Carrie sorridente pendurada num quadro na parede. Logo em seguida, deixei o quarto e bati a porta.

Fim

Nota da Autora: Ok, vocês pediram a continuação e eu tentei fazer! Não fiquei muito fã dessa segunda parte, mas na real, eu nunca fico fã de nada que eu escrevo, então... E me decepcionei bastante com essa cena restrita, acho que já escrevi outras bem melhores. Mas se vocês gostarem, é o que basta pra mim. Não se esqueçam de comentar! Um beijo!


Qualquer erro nessa atualização é meu, só meu. Reclamações por e-mail ou pelo twitter.



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