Till The World Ends
Autora: Giovanna Bandeira | Beta: Sofia Queirós


Capítulo 1 – Por que, cobertas? Por quê?!
*Hey Girl I'm waiting on you, I'm waiting on you, c'mon and let me sneak you out. And have a celebration, a celebration, the music up, the windows down", meu despertador começou a gritar e eu rolando pela cobertas buscava meu celular para desligar. Encontrei uns três minutos depois, porque sempre tinha que perder a porcaria do celular no meio das cobertas? Eu tinha esse dom de ser idiota. Enfim, acordei para mais um dia, mais um dia longe do Brasil, mais precisamente de Belo Horizonte, não que eu não tivesse me acostumado, já tinha me mudado para New York ia fazer mais de dois anos, eu só sentia falta do clima de lá e de algumas pessoas. Enfim, tudo por aqui estava às mil maravilhas, até aquele gala seca do meu melhor amigo, , ficar pentelhando que o mundo ia acabar dia 21 de Dezembro de 2012, daora, só que não! O fim do mundo ia acontecer UM, ISSO UM dia antes de ter completado 18 anos, obrigada God! Para toda essa situação, palhaçada na verdade, acontecer faltava apenas três semanas, e eu , tinha criado uma lista imaginária de coisas, que eu sempre quis fazer, mas não tinha coragem. Agora, que se foda, o mundo vai acabar mesmo.

*Coloque para tocar Live While We’re Young – One Direction*

Capítulo 2 - Café da manhã? Só se for no padrasto.
Desliguei-me dos meus pensamentos de fim do mundo, e fui tomar um banho, escovei meus dentes, depois coloquei uns shorts, uma blusa caída no ombro e vans, fiz um coque nos cabelos e deixei a franja solta, como de costume. Peguei minha mochila, IPhone, fones de ouvido, e saí do quarto, claro que tranquei com duas passadas na chave, não era mania nem nada parecido, era medo, porque eu tinha um irmão gêmeo, , que é uns dos muito dos enxeridos e sempre que podia, iria vasculhar o meu quarto, não sei qual era a do obsessão dele.
Desci, dei bom dia à minha mãe, ao meu irmão, e me sentei para tomar café.
- Não mereço um bom dia, filhinha? - Bruce, meu padrasto, besta, perguntou.
- Pare de tentar agir como se fosse meu pai, você não chega nem nos dedos mindinhos dele. - falei e o abafou uma risadinha.
- ... - minha mãe repreendeu-me.
- Ah Bruce, desculpe-me, nem vi você aí... - falei sarcasticamente, claro que ele é um besta e não entendeu e deu um sorrisinho cínico, então continuei. – Alias, não te vi, porque não serve pra nada mesmo. - falei, Gio falou um ui, podia ter acordado sem essa, o que me fez rir.
- , por favor. Respeite seu padrasto ok? - minha mãe perguntou, mas essas perguntas, eram ordens.
- Ok, mãe. – falei, dando um sorriso. - Ah Bruce quer um pouco? - peguei o café o estava tomando e joguei nele - Aproveita, tem suco também. – falei, jogando tudo em cima dele. Bem feito, ninguém mandou ser um padrasto chato. começou a rir, e atirou uma torrada nele, meu irmão e eu não gostávamos o Bruce, apesar de ele estar com a nossa mãe há três anos. Nossos pais eram separados desde que nos nós entendemos por gente, mas o nosso pai era muito presente, até o Bruce aparecer na nossa vida, na vida da mamãe pra ser mais exata, e pronto, do dia pra noite nós mudamos para New York. Ok, mudar de Belo Horizonte para NY tinha o lado bom, quer dizer, todos os lados eram bons, menos o de conviver com o Bruce. Até que era legal, mas tudo isso se redimia quando ele tentava ficar no lugar do meu pai. Não podia julgá-lo, ele não tinha filhos, eles estavam planejando um ainda, mas tinha horas que irritava bastante.
- ! FICOU DOIDA? RESPEITA SEU PADRASTO! - Minha mãe falou batendo na mesa.
- Calma amor, por favor, é melhor ficar de boa. - ele falou pegando no braço dela.
- De boa? Com esses dois aí te desrespeitando?
- Deixa. Vou tomar outro banho, tenho que trabalhar. – ele falou saindo vermelho da sala.
- Ah Bruce, APROVEITA! FALTA TRÊS SEMANAS PRO MUNDO ACABAR! - gritou rindo indo correndo direção a porta.
- NÃO, NÃO! FAZ MELHOR, SE AFOGA NO CHUVEIRO E MORRE LOGO! – falei, saindo, batendo a porta, antes que a mamãe mandasse a gente limpar a bagunça.

Capítulo 3 - Enfrentar o inspetor. Quem nunca?!
*'s POV on*
Eu e a saímos de casa literalmente correndo, pelo menos, aprontar, fazer bagunça, eram coisas que tínhamos em comum. Apesar de sermos gêmeos, nós éramos muito diferentes, ela era morena, cabelos castanhos escuros puxados pro preto, e tinha olhos claros. Eu era loiro, branquinho e tinha olhos castanhos escuros, e tinha uma aparência de mais velho que ela, sendo que ela era mais velha por alguns míseros minutos. Não conseguia entender o porquê dessa diferença de aparência, mas de personalidade era quase a mesma, éramos "populares", gostávamos de musica, éramos levados, safados, bagunceiros, conversadeiros... já deu para perceber que a nossa mãe teve diversos problemas com a gente na época da escola.
- Estou me amando por fazer aquilo com o Bruce! - ela falou rindo enquanto entrávamos na Starbucks para comer algo.
- Véi, EU estou te amando, por fazer aquilo, da onde tiraste essa ideia, dona ?
- Da minha lista imaginária de coisas para fazer antes que o mundo acabe! - ela falou, dando de ombros.
- O MUNDO NÃO VAI ACABAR! - eu falei irritado. O melhor amigo dela, , que era meu amigão também, pentelhava com esse assunto dia e noite, que você até passava a acreditar que tudo ia ter um fim no dia 21 de Dezembro de 2012, ó as ideia do garoto, e pra completar, toda essa droga ia acontecer justamente, depois do nosso aniversário de 18 anos.
- EU não acredito, para mim, tudo isso é uma palhaçada, eu só quero aprontar e ter uma desculpa "aceitável".
- E qual é a desculpa? - eu perguntei.
- Pensa, seu besta, fim do mundo chegando, é igual a viver enquanto somos jovens!
- Cara, tu pensas! Isso me deu uma boa ideia... - falei rindo.
- Ok, ok, te conhecendo, só não sai por aí correndo pelado, por favor.
- Ahhh... – falei, parecendo triste.
*'s POV off*

Terminamos de tomar café, saímos da Starbucks e fomos direto para o colégio. Chegando lá, meu namorado já estava lá, me esperando, não via ele há três dias, por que tinha ido para detenção por chegar atrasada na aula. Não tenho culpa nenhuma do meu namorado ser incrivelmente gostoso, e eu ter ficado com ele e perdido o horário.
- Amor... - ele falou me beijando calorosamente - estava com saudades.
- Eu também... - falei enquanto ele me abraçava forte.
- Sim, larga minha irmã carai! Motel existe pra isso. - falou fingindo que tapava a visão.
- Hmm motel é?! - eu falei rindo.
- NÃOOO! ESQUECE MINHA ULTIMA FRASE, ! SÓ LARGA MINHA IRMÃ, SÓ ISSO! - ele gritou rindo, entrando no colégio.
- Enfim... preparados pro fim do mundo? - perguntou. Idiota.
- Carai, para com as tuas histórias, o mundo não vai acabar bro. - falou parecendo cansado desse assunto.
- É, deixa de ser besta. - falei.
- Qual é?! Tá com medo baixinha?
- Não! E se o mundo acabar que eu esteja numa festa! - falei e riu.
- Aham, se tu quiser eu te ajudo a se prepar...
- Ah cala a boca, não preciso da tua ajuda, ô gala seca. - falei puxando dali.
Entramos no colégio e me puxou para o armário dele, me colocou na porta e começou a me beijar.

*'s POV on*
Comecei a beijá-la calorosamente, aquela roupa dela deixava-a incrivelmente sexy. Adorava quando a estava assim, menos pelos moleques que ficavam olhando descaradamente para a minha garota. Enfim, olhei pro lado, e lá vinha aquele inspetor maldito com aquele apito de juiz de futebol insuportável dele.
- Por que parou amor? - ela perguntou.
- Olha quem vem ali. - virei a cabeça pra apontar, mas ela nem ligou, puxou meu pescoço e me beijou, esqueci completamente daquele projeto de juiz filho da puta, que estava vindo em nossa direção.
*'s POV off*
- Srta. , Sr. , parem já com isso! - ele falou. Nos não parávamos, continuamos a nos beijar. - SENHORITA! SENHOR! PAREM JÁ COM ISSO! - eu parei de beijar e falei:
- E se nós não quisermos? Você não manda em nós dois. - falei e como sempre, entendeu perfeitamente, sorriu me puxou pela cintura e me deu um beijão. O inspetor pareceu não acreditar. Apitou aquele apito desgraçado.
- UMA HORA DE DETENÇÃO. PARA OS DOIS. - ele disse, anotando algo no caderno.
- Uma? Ah pensava que você era melhor que isso. - eu falei rindo.
- CHEGA! VÃO JÁ PRA SALA! DUAS HORAS. E SE NÃO SAIREM DAQUI AGORA, SERÁ O DOBRO. - ele falou nos entregando dois papeis de advertência.
- Acalme-se inspetor, relaxe. Já estamos indo. - falou rindo e me puxou dali. - Porque fez isso sua boba?
- Segunda coisa da minha lista de coisas para se fazer. - ele riu.
- Pensava que não acreditava no fim do mundo. - ele falou me olhando com a sobrancelha levantada.
- Não acredito, meu amor. - eu falei, ele fez cara de desentendido. - Eu só quero me divertir.
- Ah, e qual foi a primeira coisa?
- Jogar meu café da manhã no meu padrasto gala seca.
- E você fez isso? - ele perguntou como se não acreditasse.
- Claro. - falei sorrindo triunfante.
- Sério amor?
- Sério. Pergunta pro . – falei, rindo.
- Danada. E qual é a 3 coisa?
- Espere e verá. - falei rindo maliciosamente. Ele entendeu e riu também.

Capítulo 4 - Detenção? Só se for com meu namorado hot.
*'s POV on*
O dia passou rápido, voltamos, fui deixar a em casa, amanhã era o dia da nossa detenção. Fiz algumas lições e passei o dia todo dormindo, no outro dia, assisti algumas aulas e que passaram rápidas, até demais, saí da sala e fui pegar a para irmos cumprir a nossa detenção. Ela estava falando com um menino, e ele olhava descaradamente pro corpo dela, deu vontade de socar a cara dele, abracei-a por trás e beijei ela no pescoço. O engraçadinho, saiu de lá rapidinho.
- Vamos? - ela perguntou me dando a mão.
- Vamos. – falei, dando a minha mão. – O que você está planejando danada?
- Nada amor. Não planejei nada. - eu a olhei maliciosamente, e ela riu.
Chegamos na sala de detenção que ficava no último andar, num corredor escuro, os alunos evitavam ir para lá. O professor era um velho, que podia ter um ataque cardíaco a qualquer momento e ninguém iria querer ver essa cena. Chegamos lá, o professores estavam virados de costas, e pra completar tinha um menino, do segundo ano, eu acho, ouvindo música. Carai, estragou os possíveis planos da , ou melhor os nossos planos.
- Droga. - ela falou sussurrando, olhando para o garoto.
- Relaxa. - me levantei, abri minha carteira, peguei uma nota de cinquenta reais, e dei para o menino com um bilhete: "finge que tá passando mal e sai daqui com esse professor, aqui tá meu número, avisa quando ele estiver vindo, bro". Ele me olhou, e a e eu olhamos para ele com um meio sorriso. Ele se levantou, foi falar com o professor, esse que olhou para nós e disse:
- Vocês dois, copiem e me entregue isso daqui, volto em uma hora entenderam?
- Sim senhor. - falamos juntos. Ele abriu a porta para o menino.
- Pronto, problema resolvido. - eu falei olhando para a , ela riu. - O que você quer fazer? - eu falei enquanto ela se levantava e sentava na mesa. - Temos umas duas horas.
- Hmm, EU quero estudar. - ela falou, sarcasticamente.
- Anatomia? - eu falei, me levantando.
- Certo. - ela disse enquanto eu, ficava entre as pernas dela e a beijava. – Calma, apressadinho. - Vamos fazer assim, aqui estão as perguntas, você me faz uma, se eu errar, eu tiro uma peça de roupa, se você errar você tira.
- Hm. Gostei. - começamos a "estudar", fiz algumas perguntas, ela errou de propósito, e quando eu vi, ela estava só de calcinha e sutiã, e estava linda. pegou o papel das minhas mãos e começou a me fazer perguntas. Errei todas, ela riu e começou a tirar minha roupa. Tirei todas as coisas que estavam na mesa, ela se levantou e eu comecei a beijá-la, dava leves mordidas no pescoço, e na orelha, ela começava a gemer, e me arranhava nas costas. Depois de trocar carícias muito quentes, eu perguntei:
- Agora? - ela afirmou que sim com a cabeça, eu coloquei o preservativo e... transamos. Quando íamos fazer de novo, meu celular começou a tocar."If you wanna scream yeeaaah, if you wanna scream, oooh baby, baby, oooh baby, baby". A riu do toque.
- Alô? - coloquei o celular no viva voz.
- Hey, o professor já tá indo. - o menino falou e eu desliguei o telefone.
*'s POV off*

- Alô? - falou.
- Hey, o professor já tá indo.
desligou o telefone e disse:
- Cara, a gente tem que arrumar isso. - ele falou tirando a camisinha e jogando ela na lixeira, começamos a vestir as nossas roupas e arrumar a sala, praticamente na velocidade da luz.
- Seu cabelo está bagunçado. - ele falou rindo.
- Caralho, não ri, você fez isso.
- Eu fiz isso?! - ele falou com voz inocente, enquanto eu prendia, tudo num coque e deixei a franja presa também, estava calor. sorriu e me beijou.
- Você é doida sabia?
- Qual é? Eu queria transar com meu namorado na detenção. Não pode?
- Claro que pode. - ele falou rindo.
- Posso saber qual motivo da risada? - o professor entrou na sala.
- Desculpa professor, acabei meu dever. Foi maravilhoso ficar aqui, fazendo esse gostoso dever. - eu falei entregando a folha para o professor. riu e disse:
- Igualmente, professor. - e devolveu a folha do exercício para o velho. Saímos da sala, e formos para a minha casa.

Capítulo 5 - Eu de castigo?
A semana que passou entediante, minha mãe descobriu da outra detenção e o motivo, e adivinha? Castigo. Por quantas semanas? Duas, exatamente DUAS SEMANAS! O mundo ia acabar e eu? Eu ia estar no meu quarto de castigo, que beleza, só que não. Eu ia ter que dar o meu jeito de sair desse castigo miserável. Enfim, depois das três coisas iniciais da minha listas de coisas para se fazer antes do mundo acabar, estavam completas: 1- Jogar meu café da manhã no Bruce. Feito. 2- Desafiar o inspetor. Feito. 3- Transar na detenção. Feito. Ok, essa última pode parecer uma coisa completamente absurda e você deve estar me achando doida, mas não. Eu gosto de aventuras, e saber que eu poderia ser pega pelo diretor ou pelo velho do professor, me deixava mais excitada a fazer algum tipo de besteira. Ótimo. Meu telefone começou a tocar, era ele, .
- Amor... - ele falou.
- Hey! - eu falei.
- Sua mãe descobriu? - ele perguntou, parecendo preocupado.
- Tem tantas coisas para ela descobrir... Especifique, amor. - falei calmamente.
- Que nós...
- Não, não. Ela só sabe que eu fui para detenção, por desrespeitar o inspetor e bla bla bla - falei abafando um riso e ele riu.
- Ela brigou muito?
- Não, só ficou falando um monte de coisa e depois, me colocou de castigo.
- Castigo? Afe, liguei justamente para convidar você, para irmos na casa do . Ele chamou a gente para ir ver algum filme lá.
- Hm, ok eu vou. - falei por fim.
- Mas você não está de castigo? - Sim, estou! E daí?! - eu ri.
- Que horas passo aí? - ele perguntou entendendo o que eu iria fazer, meu relacionamento com o era assim, poucas palavras, mas ele entendia tudo o que eu queria falar com um simples olhar, ou com uma risada. Eu amava aquele garoto.
- Não sei. Que horas ele marcou?
- Às 21h.
- Excelente. - olhei no relógio e já eram 18h - Passa aqui às 20h.
- Ok.
- Amor, tenho que desligar. Beijos. – falei.
- Amo você, danada. - ele disse.
- Também te amo, danado. - falei desligando.
Ótimo, excelente, quarta coisa da minha lista de coisas para fazer antes do fim do mundo, já estava para acontecer: armar um plano para fugir do castigo.

*Coloque para tocar Till the world ends – Britney Spears*

Capítulo 6 – Padrasto imprestável? Até que não.
Sabia praticamente o que eu ia fazer, iria pedir para aquele imprestável do Bruce me ajudar, não disse que ele era legal para algumas coisas?!
- Bruce... – falei, descendo as escadas.
- O que foi ? - ele perguntou deixando o jornal de lado.
- Me ajuda?
- Ah sabia. - ele riu e eu revirei os olhos. - Em quê?
- Preciso sair do castigo que a mamãe me deu. Só hoje.
- Posso saber pra onde você vai?
- Casa do , ver um filme. O vem me buscar...
- ? Aquele seu namorado que também ganhou detenção? - eu ri lembrando daquele dia e Bruce ficou sem entender.
- É ele.
- Ah, eu gosto daquele menino. - ele falou por fim - Sim ok, te acoberto. Ei, a Molly vai chegar tarde hoje e você conhece o tarde da sua mãe. – ele falou dando um sorrisinho.
- Sério? Beleza. Mas se ela chegar e eu não estiver, liga o chuveiro lá de cima, vou deixar meu IPod contigo e você coloca uma música no volume alto e deixa a porta do banheiro fechada com a chave ok?!
- Claro, claro, e posso saber com que chave você vai abrir o banheiro, fujona?
- Bruce, Bruce, Bruce, aprenda, eu tenho TODAS as cópias de TODAS as portas dessa casa.
- Cara, você é esperta.
- Eu sei. Obrigada.
- De nada.
- Olha, não vai esquecer ok?
- Não vou. - ele falou voltando a ler o jornal. Até que ele tinha alguma utilidade. Bom, quarta coisa da lista, feito. Agora a quinta estava por vir: fazer o plano dar certo.

Capítulo 7 - Plano Infalível.
Ok, plano arquitetado, só faltava pôr em prática. Pelo Bruce, minha mãe iria chegar tarde em casa, e isso facilitaria as coisas. Tomei meu banho, lavei meus cabelos, sequei-os, e depois fiz chapinha e os enrolei. Como estava frio em New York, peguei uma calça jeans preta, uma blusa rosa, e um casaco preto, quando deu cinco para as 20h, meu celular começou a avisar que tinha sms:
*sms on*
Amor: Já estou aqui, para não haver bronca, estacionei o carro na frente da casa do vizinho.
Eu: Ok amor, já estou indo. Beijos <3.
*sms off*
Saí do quarto e vi pronto. Ótimo, mais uma benção para completar.
- Você vai mesmo? - Gio perguntou.
- Vou, fica calado ok?
- Quanto ganho por isso? - ele perguntou me olhando.
- 50 reais, ok?
- Perfeito. - ele falou, saindo de casa.
- Tá tudo certo Bruce? – falei, olhando para ele.
- Tudo certo. O plano é esse: quando o carro da sua mãe estacionar lá na frente, correr pro banheiro, ligar o chuveiro, colocar o IPod no volume máximo e trancar a porta. Quando ela perguntar por você, dizer que você está no banho, e vai demorar pois está se lamentando por estar de castigo, assim ela fica com pena? - ele perguntou.
- Perfeito. Essa última parte eu não tinha planejado...
- Sei lá, pensei que iria gostar...
- Adorei, adoro esses negócios de chantagem emocional, obrigada de novo. Vê se não se esquece.
- Não vou esquecer.
- Ah Bruce, até que você é legal. - ele riu, deveria ter sido a coisa mais gentil que eu falei para ele em todos esses anos que ele viveu de casado com a minha mãe, eu poderia não gostar dele, mas até que dava para suportar.
Saí de casa, e quando vi já estava entrando no carro do , entrei também.
- Hey minha fujona. – ele falou enquanto me beijava.
- Já dá para irmos? Não quero chegar atrasado. – falou, quebrando todo o clima.
Chegamos na casa do e ele disse: MARATONA DO FIM DO MUNDO.
- Afe, pelo amor de Deus. – eu disse.
- Calma, esses filmes são bacanas. – disse. E disse um finalmente alguém concordou comigo. Ficamos horas e horas vendo 2012, Presságio, entre outros, depois ficamos rindo e falando o que faríamos de realmente o mundo acabasse. Na verdade ninguém sabia, mas o que todos disseram era que queriam se divertir, dançar, cantar e estar com os amigos caso isso chegasse a acontecer.
Estava tudo certo, foi quando eu olhei no relógio e já eram 00h, , e eu, nos despedimos do , nos oferecemos para arrumar, só que ele disse que não precisava, que a empregada limpava tudo amanhã, então nós voltamos para casa. E Bruce me mandou uma sms:
Padrasto gs: Hey, Molly chegou cinco para a meia noite, ela está no quarto, do segundo andar. Então você está tomando banho no banheiro do primeiro andar, entra pela porta da cozinha.
Eu: Ok, obrigada (:

Me despedi do , e disse que ia ligar mais tarde. Descemos do carro, e eu peguei a toalha que o Bruce deixou acidentalmente na cadeira da cozinha, entrei rápido no banheiro e tomei um bom banho, aqueles filmes só me deram vontade de me divertir mais e mais. Saí do banho e fui para o quarto. Agora, faltavam duas semanas para o fim do mundo.

Capítulo 8 – Memórias
*duas semanas depois* Ótimo, um dia para o final do mundo, já tinha feito tantas coisas, até apostar com meu irmão de quem ganharia o jogo, Corinthians ou Chelsea, ele corintiano roxo – coitado – apostou no Corinthians e disse que se o time dele ganhasse eu ia ter que sair correndo de lingerie pela rua, e se o Chelsea ganhasse, ele teria que dar a volta no quarteirão, só de cueca branca. Resultado? Fotos do dando uma voltinha no quarteirão de cueca branca no Facebook. Nunca me diverti tanto vendo meu irmão de cueca.
Me despedi da minha mãe, depois que desci já arrumada.
- Filha, não vai ficar em casa?
- Não, mãe, como eu sempre disse, se for para morrer, que seja numa festa, e eu vou ok?
- Claro, não vou lhe impedir.
- Mãe eu te amo. – falei a abraçando.
- Eu também te amo.
Bruce, pegou uma taça de vinho e foi sentar-se na sala:
- Bruce, obrigada por tudo, temos nossas desavenças, mas, você é um cara legal, eu até que gosto um pouco de você, cúmplice. – falei sentando do seu lado no sofá.
- Eu também gosto de você, fujona. – ele riu e me abraçou.
- Tá falando isso porque daqui a pouco o mundo acaba?
- Não! Não acredito nisso, estou falando, porque como eu disse, eu gosto um pouquinho de você. – falei por fim.
Já tinha dado dez para meia noite, quando chegou na porta da minha casa.

Capítulo 9 – Preparada?
- Preparada para o fim do mundo, amor? – perguntou.
- Claro, sempre estive, desde quando me contou essa palhaçada. – ele riu.
Entramos no carro e fomos direto para a boate que por ironia do destino ficava no subsolo de uma casa, enquanto passávamos pelas ruas de New York City, começou a chover um pouco, não vou mentir e dizer que não fiquei com calafrios, mas tive a certeza que aproveitei ao máximo e que se fosse para acabar, que tudo acabasse, eu estaria feliz. Enfim, várias pessoas saíram de suas casas, alguns ficavam gritando: EU AVISEI. FIM DO MUNDO. Outras choravam, se despediam das suas famílias, eu já estava com meu namorado e meu irmão indo em direção a uma festa. Chegamos lá e estava cheio de jovens, uns bebiam, outros apenas estavam ali por proteção e vários deles, pelo simples prazer de curtir a vida. A música rolou solta a noite toda, mesmo dando alguns trovões, e relâmpagos, eu dancei a noite toda, bebi, e aproveitei, o MEU fim do mundo.
Saímos da festa eram sete horas da manhã e caraca...
Tudo...
Absolutamente tudo estava...

Capítulo 10 – Fim do mundo
Tudo...
Absolutamente tudo estava...


Normal, como sempre esteve, exceto pelas poças de agua que a chuva causou, algumas quedas de árvores, mas fora isso, estava tudo perfeitamente normal. Cheguei em casa, convidei para entrar, mas ele tinha que ir pra casa, avisar que estava tudo bem para a família dele. Minha mãe estava deitada no chão da sala com o Bruce. foi tomar um banho, e eu, fui para o meu quarto, dormir, e percebi que tudo o que eu fiz, não foi em vão, eu me diverti e é só isso que importa, como diz aquela música do Charlie Brown Junior: “vamos viver, vadiar, o que importa é a nossa alegria”.

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N/A: Agora eu pergunto, o que você faria se fosse o fim do mundo? Ia aprontar todas como Yan, Giovanni e eu? Ou ia se “preparar” para a morte que já estava chegando como Marcio? Um coisa que eu aprendi nisso tudo é aproveitar a vida, viver enquanto puder, dar o máximo de ti, explorar tudo o que a vida te oferecer, ficar de cara com o perigo, viver aventuras loucas, enfrentar seus medos, ser realmente feliz! Então querida, viva enquanto é jovem, divirta-se, hoje dia 21? Saia, vá para alguma festa, fique porre de depois volte pra casa, e quando sua mãe for brigar com você, simplesmente diga: MÃE O MUNDO IA ACABAR! DEIXA EU VIVER ATÉ O MUNDO ACABAR. Meu conselho? Seja feliz, antes que seja tarde demais “and live while we’re young”. Ei, o meu fim do mundo foi assim? E o seu? VIVA O SEU FIM DO MUNDO!
FIM.


NOTA DA BETA: Encontrou erros que provavelmente passaram despercebidos pela desastrada aqui?
     
P.S: A opção "descontar na autora através dos comentários" foi desativada pela eminente injustiça que representa.


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