Escrita por: Naat V.D.
Betada por: Anny C.


CAPÍTULOS: [Prólogo] [1] [2] [3] [3 (Bônus)] [4] [5] [5 (Bônus)] [6] [7] [Epílogo]



THAT RUSSIAN CEO


“Cara Senhorita , gostaríamos de agradecer por sua disponibilidade para trabalhar conosco tão repentinamente. Enviamos este email com o protocolo a ser seguido durante esses 14 dias que passará ao lado do senhor Dimitri Yuri Rachmaninov. Também a lista de compromissos do senhor Rachmaninov durante esses 14 dias de estadia no Rio de Janeiro, eventos os quais a senhorita deverá comparecer ao lado do nosso visitante. Também pedimos a senhorita que seja sempre pontual. O senhor Rachmaninov odeia atrasos, e como sempre queremos o melhor a nossos patrocinadores e presidentes, seremos muito rígidos a esse pedido.

O senhor Dimitri Yuri Rachmaninov deve seguir diretamente a seu automóvel após a cada reunião, palestra ou encontro finalizados, com a intenção de se proteger da mídia e paparazzi.
Em seu primeiro encontro com o senhor Rachmaninov pela manhã, deverá informá-lo seu itinerário (suas reuniões, encontros, jantares, festas e palestras do dia).
A senhorita deve acompanhar o senhor Rachmaninov a todos os eventos programados ao mesmo, durante os catorze dias.
A senhorita deverá suprir qualquer necessidade de nosso presidente no menos tempo possível. Como havia dito: nosso presidente odeia atrasos."

— E BláBláBlá. Que treco chato, pelo amor! Eu já sei o que devo fazer, não é minha primeira vez. E eles realmente adoram repetir e repetir o nome desse homem. Eu mal sei falar esse troço, ! - resmunguei pra minha melhor amiga, pela milésima vez me jogando na minha cama cansada de tanto dar voltas no meu quarto.
— Eu nem sei por que você tá tão nervosa, ! Você já fez isso trocentas vezes!
— Mas nunca pra um presidente, CEO de uma multinacional! E se o velho não gostar de mim e resolver acabar comigo? É muita responsabilidade, !
— Eu sei, mas relaxa! Você ama e é ótima no que faz. Vai dar tudo certo! Agora eu vou me deitar, porque você tem um CEO russo, eu tenho um playboy mauricinho de cabelo estranho que se acha o cara mais gostoso do planeta! - ela disse e eu, como sempre, ri muito.
— Boa sorte, amiga! - nos despedimos e desligamos

Ai Deus, como eu fui me meter numa dessas? CEO russo? Fala sério , só você arranja essas coisas! Vou te explicar como eu entrei nessa. Eu sou daquele tipo de pessoa que adora tanto ajudar os outros que acho melhor eu trocar o meu sobrenome pra Calcutá. E minha irmã mais velha, Ally, sabe muito bem disso. Ally trabalha na R&R Enterprises Holdings, Inc. Uma empresa russa de empreendimentos que têm filiais ao redor do mundo, ela trabalha na filial do Rio de Janeiro. E sabendo que o todo poderoso iria vir para esses 14 dias, ela colocou meu nome em pauta para intérprete.

E cá estou eu, recém-banhada, de frente para o meu guarda-roupa pensando no que ficaria menos pior em uma pessoa do meu tamanho. Você é acha que é fácil ser gordinha no Brasil, com esse calor todo? Garanto-lhe, não é! E é uma merda! E ainda tenho que usar social durante os próximos 14 dias que ficarei aqui no Rio por causa do velho russo. Na verdade nem sei se ele é tão velho assim, mas pra ser CEO, convenhamos! Ainda olhando meu guarda-roupa resolvi ligar o som, porque com musica tudo flui. E não me vem falar de musica brasileira, nem adianta, não gosto e ponto. Pode me julgar vai, mas isso não vai mudar o jeito que penso e gosto das coisas. Coloquei Come Get It Bae do Pharrell e comecei a dançar pelo quarto. Até que me lembrei de dois vestidos sociais que estavam no fundo do armário do lado direito. Dá-lhe musica! Um é preto e o outro é cinza, usarei ambos com cinto. Amanhã precisarei dar uma fugida e ir às compras, porque to na merda!

Mala pronta fui até a cozinha beliscar alguma coisa antes de sair em viagem até o Rio. Eu moro em São Paulo e vou dirigindo até lá. Eu realmente prefiro ir dirigindo, eu mal tenho tempo de dirigir no meu dia-a-dia. São Paulo é uma loucura 24 horas por dia e eu prefiro optar por ônibus e metrô para locomoção. Minha bunda pode até reclamar depois, mas eu amo dirigir meu Volvo C30! E ao som de Michael Bublé eu comecei minha viagem de 5 horas até o russo.


CHAPTER ONE


Cabelo, pronto. Maquiagem, pronto. Saltos, ainda vivos. Vestido liso, okay, tudo certo! Mas eu ainda sinto que to esquecendo de alguma coisa. Eu penso nisso tudo enquanto saio correndo pelo aeroporto indo em direção ao portão 15 pra esperar a chefia. Imagina se ele faz parte da Máfia Russa? Misericórdia, foco , foco ou você sai tropeçando por aí! 11h01min. Com 1 minuto de atraso eu chego à frente do portão para esperar o russo. Quando olho para os lados vejo pessoas segurando plaquinhas com nomes. Era isso que eu tava esquecendo! Logo vi que o japa ao lado já tinha encontrado quem ele procurava pedi a folha emprestada. Procurei qualquer caneta ou lápis na minha pequena bolsa, mas nada, encontrei apenas um batom. Vai ter que servir! E sim, eu decorei o sobrenome estranho do cara e escrevi na folhinha e segurei abrindo meu sorriso mais simpático. Quando as portas se abriram e aquela multidão de gente saiu, comecei a procurar algum homem de idade com cara de poucos amigos e "sou muito rico, não me toque". Mas não vi nada parecido. Vou esperar, na sorte, que ele me ache!
— Com licença, senhorita - disse em inglês a perfeição do Olimpo parado na minha frente. Ele era loiro de cabelos compridos, olhos azuis, ombros muito largos, bem alto, com a cara mais sexy que eu já vi na vida. Vestindo uma calça social escura, um blazer e o cabelo preso num coque estranho, ele estava totalmente apetitoso.
— Perdão, posso ajudá-lo?
— Provavelmente, já que está segurando uma placa com meu nome! - O QUÊ? Brasil, que isso? Piada agora? Soltei um riso baixo. — Contei alguma piada, senhorita?
— Não senhor, eu só não te imaginava assim tão - gostoso - jovem! Meu nome é , serei sua intérprete durante sua estadia! - disse em russo e estendi minha mão para cumprimentá-lo.
— Muito prazer. Será ótimo estar em sua companhia por tantos dias! - disse segurando minha mão e a beijando, fora o olhar de "Ian Somerhalder" que ele tá me dando. Ai Brasil, que homem é esse?
— Devo levar o senhor para o hotel para se instalar. Sua primeira reunião é logo após o almoço, às 13 horas - comecei a andar em direção a saída e percebi que ele estava me seguindo.
— Sim senhora.
— Quer ajuda com as malas? – perguntei.
— Jamais deixaria uma senhorita tão delicada como você levar as malas. Sou forte o suficiente para isso, mas obrigado!
— Sim, forte o suficiente! - murmurei em português o medindo descaradamente.
— Desculpe, o que disse?
— Nada não, apenas pensando alto!
Fomos até o carro que foi alugado para a locomoção do russo. E como sempre esse trabalho foi dado ao meu velho amigo Micael, que é motorista particular e sempre que estou com algum gringo de negócios é ele quem fica responsável pela nossa locomoção.
— Mica! - dei um abraço rápido nele.
! Quanto tempo!
— E não é, menino? Como estão as coisas? Pegando muitas por aí?
— Sempre! E você?
— Ah, você sabe. Ainda na espera do gringo que vai mudar minha vida! - caímos na gargalhada até que ouvimos alguém tossir - Ah, me perdoe. Senhor Rachmaninov, esse é Micael, ele ficará responsável pelo seu transporte durante sua estadia no Rio.
— Muito prazer, senhor! - disse Mica e inglês.
— Igualmente - respondeu o russo com um aperto bruto, másculo.
— Vamos? - incentivei a entramos no carro e logo partimos.

A viagem até o hotel não foi tão longa. Logo estávamos entrando na maior suíte que já vi na vida. Puta merda, que lugar gigante. Dois quartos, dois banheiros fora a suíte, uma mega cozinha vinculada com a sala e uma puta varanda. Até ofeguei!
— Legal, não é? - perguntou quando eu olhava para a vista da varanda. Ele tava perto, perto demais.
— Sim senhor! - sai de seu lado e fui em direção à porta.
— Não precisa me tratar formalmente fora das reuniões e encontros. Pode me chamar de Dimitri. - disse isso tirando o blazer e desabotoando os três primeiros botões da camisa branca, ai Deus.
— Se é assim, eu sou apenas - tentei disfarçar o calor que eu sentia sorrindo.
— Apenas - que sorriso é esse? Não tem graça nenhuma!
— Deixarei o senhVOCÊ a vontade para arrumar suas coisas. Venho te buscar ao meio-dia - estava quase saindo, quase livre da tentação.
— Por que você não dorme aqui? Tem dois quartos aqui. Você poderia ficar com um. Não preciso de tanto espaço para dormir.
— Realmente não é... - eu ia inventar uma desculpa, mas ele logo me interrompeu.
— Eu insisto. Pode até ser melhor para ambos. Assim você não precisa ficar correndo atrás de mim pra nada!
— Se o senhor prefere, por mim tudo bem. - e eu sai para pegar minhas malas. Seja o que Deus quiser!

~*~

A conferência ia bem. Dimitri é um grande profissional, extremamente inteligente, e lindo quando está de terno. Deus, que tentação é essa? Puta homem gostoso, que isso Brasil! Ele é muito grande, deve ter 1,95 brincando. Fora os 5 palmos de ombros e braços enormes. Ele é totalmente comestível.

Estávamos dando uma pausa até a próxima conferência e ele tomava uma dose de whisky. Como alguém pode me deixar molhada apenas tomando whisky? Eu devo tá com alguma doença, não é possível! E quando ele limpou uma gota solitária no canto da boca com a língua? Falência múltipla dos órgãos! Coração já era, cérebro pifou, genitália pirou, e eu chorei. Tava tão hipnotizada por essa cena que fui colocar alguns papéis na mesa que deixei muito na beirada e eles caíram. O cavalheiro do senhor Rachmaninov veio me ajudar, só que no meio disso nos esbarramos e ele derramou whisky na minha blusa inteira.
— Oh Deus. Me perdoe! Não foi minha intenção! - ele se desculpava e ria ao mesmo tempo.
— Está tudo bem, senhor. Não foi nada! - não foi nada é o cacete, quero ver essa mancha sair!
— Não. Olha, pegue minha blusa. Eu tenho outras naquele armário!
— Imagina, não precisa!
— A culpa disso foi minha e eu faço questão! - e senhoras e senhores, ele começou a se despir na minha frente! Sem a mínima vergonha na cara! Só não desmaiei porque tinha comido algo. Porra, que isso Brasil? To dando uma de Anitta aqui e "babando". Ele é todo definido, sem pelo algum em seu peitoral extenso. Um tanquinho de dar vontade de ter uma lavanderia, e aquele "V" no canto da cintura apontando pro pecado. To quase cortando os pulsos aqui!
— Gostando do que vê, senhorita ? - perguntou sorrindo malicioso me estendendo sua camisa. E, antes que reclamem, meu pai é americano, por isso o sobrenome.
— Desculpe senhor. - corando escarlate por ser pega no flagra salivando corri até o banheiro de dentro da sala de reuniões.
— Quero ver essa merda sair agora! - tirei minha camisa rosa e comecei a umedecê-la para ver de sairia. Esfregando, esfregando, esfregando e nada da mancha sair!
—Droga! - resmunguei e bati as mãos na pia. Quando levantei a cabeça para me olhar no espelho tomei o susto da vida com Dimitri, já vestido com uma camisa preta, me olhando com olhos de predador. E eu apenas com minha saia e soutien. Nice.
— Posso ajudar? - perguntei tentando me cobrir em vão. Ele nada respondeu e se retirou do banheiro depois de uma troca de olhares intensa. Nem preciso falar que to mais vermelha que tudo. Vesti sua camisa, coloquei novamente meus óculos e voltei para sala. Ele estava de volta à posição inicial da conferência, como se nada tivesse acontecido. Bastardo.
— Podemos começar a próxima videoconferência, senhorita ?
— Sim senhor.

Apresentações feitas e a reunião seguiu normalmente. Ele dizia, eu traduzia. Eles respondiam e eu traduzia. Cansativo? Imagina! Mas chegou a um momento da reunião onde as coisas começaram a ficar estranhas.
—... e nós estamos dispostos a pagar 45% do valor da conta.
— Eles pagam por 45% da conta - traduzi a Dimitri que estava me olhando pensativo.
— Diz a eles novamente que eu só aceito 65% - eu já ia dizer algo quando ele continuou - e que eu nunca vou esquecer a imagem dos seus seios volumosos naquele soutien rendado tentador - e o filho da puta disse com a maior naturalidade do mundo. Corei igual a uma louca e traduzi a parte do dinheiro.
— Eles disseram 50%.
— 55% com você gemendo meu nome jogada em cima dessa mesa - e foi ai que ele tocou sua protuberância por cima de sua calça social. Ual!
— Ele só aceita 55% pra cima, senhores - disse totalmente ofegante com tal visão onde apenas eu conseguia ver por baixo da mesa. E o idiota ainda fazia cara de paisagem! Que ódio.
— Eles aceitam os 55% porém querem os benefícios duplicados.
— Diz a eles que eu aceito os benefícios e que eu posso sentir daqui o quão molhada você está.
— Estamos todos de acordo? - perguntei ofegante e rosa e eles concordaram. A chamada foi encerrada e eu levantei com tudo para dar o fora dali. Mas ele foi mais rápido e chegou à porta antes de mim.
— Onde que a senhorita pensa que vai? - me pressionou na porta me rondando com seus braços


CHAPTER TWO


Dimitri Yuri Rachmaninov

Por que todo voo tem que atrasar? Que porra! E você é obrigado a ficar igual a uma barata tonta sem merda nenhuma pra se fazer durante horas! Bendita hora que meu jatinho quebrou! E pra piorar tenho 2 semanas de negócios 24/7. Agora me fala, quem aguenta uma merda dessas? Não vou nem ter tempo de comer alguma ninfetinha por lá. E ir ao Brasil e não aproveitar a vista que os shorts curtos e biquínis me proporcionam é sacanagem demais! Tava quieto demais a minha manhã quando Trevor me ligou.
— Fala punheteiro! - cumprimentei meu amigo de infância e o mais babaca e pervertido homem de todos os tempos.
— Seu amor por mim é palpável no ar até quando estamos por telefone, meu caro! - não disse? O mais babaca! - Tá fazendo o que agora? Destruindo alguma empresa ou construindo algum império?
— Quem me dera! To no aeroporto esperando por um voo atrasado. E antes que pergunte, meu jatinho quebrou!
— Que dó de você! Boa Sorte por aí, e vê se come alguma gostosa com bunda grande no Brasil por mim. Okay?
— Vou pensar no seu caso!
Eu bem que queria comer todas meu amigo. Quando eu voltar vou querer fazer uma orgia do caralho pra recompensar esses 14 dias na merda. Literalmente na merda!

Odeio aviões, tenho terror por eles. Desde que perdi meu pai num acidente aéreo sempre fico tensa quando ando em um. Não conheci minha mãe, perder sua única família numa máquina de aço dessas não é nada legal!

Depois de horas sentado analisando contratos o avião pousou. Não vi a hora de descer dessa merda e me jogar numa cama de hotel. Não sei falar português, muito menos espanhol. Então será necessária uma intérprete pra me ajudar nesses dias. Espero que ela não seja recatada o suficiente pra me arranjar algumas meninas nesse tempo que trabalharemos juntos. Sai do portão de desembarque procurando a plaquinha com o meu nome. Na primeira procurada com o olhar que dei não achei. Estranho. Porém achei uma bela visão. Uma mulher loira, grande, com as coxas mais apetitosas que já vi em anos, num vestido social vermelho que me lembrou morangos. Sim, eu comeria ela inteira, como se fosse um morango. Adoro mulheres grandes, são melhores de cama, mais bonitas de rosto, a maioria inteligente e aguentam melhor o tranco, se é que me entendem. Mas essa daí superou todos os limites! Foi quando ela pegou a plaquinha de um japonês ao lado dela e com batom escreveu algo. Quando ela virou a plaquinha e li meu nome quase gargalhei de alegria. Obrigado Deus! Vi que ela me procurava e resolvi acabar com o mistério de todo aquele Morangão.
— Com licença, senhorita. - disse no meu melhor inglês sexy e britânico e no tom "CEO". Ela me mediu por inteiro e tive certeza que salivou. Que bom que o sentimento é totalmente recíproco!
— Perdão, posso ajudá-lo? - respondeu ela e tive certeza que ela estava um pouco ofegante. Pensamentos pervertidos, talvez?
— Provavelmente já que está segurando uma placa com meu nome! - ela sorriu e riu baixo como se a notícia a deixasse feliz ou chocada. — Contei alguma piada, senhorita?
— Não senhor, eu só não te imaginava assim tão - fez uma pausa e me mediu com aqueles olhos verdes brilhantes - jovem! Meu nome é , serei sua intérprete durante sua estadia! - disse em russo e estendi minha mão para cumprimentá-la de volta. , belo nome, mas prefiro Morangão!

Depois da tentativa feminista de tentar levar minha bagagem, Morangão me levou até o carro alugado e me apresentou ao motorista, que pelo visto é um grande amigo dela. Chegamos ao hotel e ela me acompanhou em todo o processo até que chegamos ao meu quarto para me instalar. Não pude perder a chance de sentir seu cheiro bem de perto. E adivinhem? Ela cheira a morangos! Essa mulher vai acabar comigo! E ela vai ser minha por pelo menos uma noite!
Tive que insistir para que ela dormisse na mesma suíte que eu. Inventei una desculpa qualquer, mas que, pelo jeito, funcionou. Eu terei a Morangão no quarto ao lado. Obrigado de novo Deus!

Depois disso fomos para a cede da R&R no Rio de Janeiro para começarmos com as videoconferências do dia. Eu juro que não sei como consegui negociar com uma mulher dessas cruzando e descruzando aquela perna e me mostrando a porcaria da cinta-liga! Eu to tão duro que posso ultrapassar aquela parede de concreto com uma investida! No fim da terceira conferência ela se atrapalhou e derrubou alguns papéis e se agachou para pegar ao mesmo tempo que eu. Mas nessa hora, o decote que os 3 primeiros botões desabotoados deixavam me fez derrubar meu whisky em sua blusa. E eu não me arrependo nem um pouco. Ver seus seios redondos apetitosos naquele soutien de renda foi como ter a visão do paraíso.

Depois disso tivemos mais uma reunião, e eu não ia aguentar mais nem um segundo. Eu precisava saber o gosto daqueles lábios! Quando eu a tive encurralada, ofegante e excitada quase explodi dentro das calças! Eu vou tê-la pra mim. Ah, eu irei!
— Me responda senhorita . Aonde pensa que vai?
— Tomar um ar, senhor - comecei a subir sua saia devagar, até que meus dedos encontraram sua liga.
— Está se sentindo quente, senhorita ? - disse subindo um pouco mais meus dedos indo de encontro com a barra de sua calcinha.
— Sim senhor!
— Muito, muito quente, senhorita ? - desci minhas mãos por dentro de sua calcinha e toquei sua intimidade quente e ela se virou num pulo.
— O que está fazendo, senhor Rachmaninov? - cheguei perto o suficiente para que nossos lábios se tocassem levemente.
— Provando da fruta mais doce que já desejei em toda minha vida! - e a beijei fortemente. Tal beijo que foi retribuído à altura. Ela passou seus braços ao meu redor enquanto eu acariciava seu ponto de prazer num ritmo rápido e intenso.
— Senhor Rachmaninov! - gemeu em meu ouvido, parei de estimulá-la e ela resmungou.
— Quero te ver gemer meu nome, não meu sobrenome. Vamos delícia, geme meu nome! - comecei a acariciar seu clitóris ainda mais rápido.
— Dimitri!
— Isso meu morango, grita meu nome, grita!
— Dimitri! Oh Dimitri! - puxei suas pernas em volta de minha cintura e a levei até a comprida mesa de reuniões. A coloquei deitada e retirei sua saia, sua blusa e seu soutien.
— Finalmente vou poder prova-los! - abocanhei seu seio e me deliciei com a sensação de tê-los pra mim.
Depois de um tempo, desci minhas carícias até sua intimidade. Ela já ofegava, tremia, implorava por sua libertação e eu a cedi. Ela convulsionava enquanto gritava por mim. Foi a cena mais sexy que já presenciei. E olha que não foram poucas! Retirei minha carteira do bolso da calça buscando um preservativo. Tirei minha calça, ela praticamente arrancou minha blusa e me mediu detalhadamente enquanto eu colocava a camisinha.
— Você só pode ser uma ilusão divina! Você não é um semideus ou algo do tipo? Você chega a ser surreal de tão gostoso! - tive que rir com tal comentário.
— Quer ver o que a ilusão divina aqui pode fazer com você, meu morango? - fui me rastejando por cima dela e ela mordeu seu lábio inferior e assentiu.
— Me mostre. - e eu a penetrei fundo e tive a melhor transa da minha vida!


CHAPTER TREE


Que homem é esse Brasil? Puta merda! Mal consigo respirar depois de um sexo desses! Ele me fez gozar quatro vezes. Sim, QUATRO vezes! Será ele um super herói? Semideus? Ou até mesmo um deus do Olimpo? Que agora se encontra deitado sobre mim, apoiando sua cabeça em meus seios com minhas pernas ao seu redor. Sabe aquele clichê de "ele se encaixa perfeitamente em mim"? Bom, não sei as outras, mas que isso é real é. Ele começou a espalhar beijos pelo meu colo e ergueu seu rosto até o meu.
- Você é linda! - mas é claro que eu corei - Poderia ficar te olhando o dia inteiro e não iria me cansar de você.
- O semideus aqui é você! Não sou linda. Bom, se eu fosse mais magra, talvez. Mas... - ia dizendo acariciando seus cabelos compridos quando ele me interrompeu.
- Para. Pode parar com isso! Você não precisa ser magra pra ser incrivelmente linda, gostosa e sexy!
- E quem disse isso?
- Um Semideus disse. Eu disse, e ponto! Você é linda! - como resistir minha gente?

Depois de algumas carícias o telefone dele tocou e nos levantamos. Teríamos um jantar beneficente para ir à noite. E eu nem marquei salão! To muito na merda! Deixamos a cede da R&R e seguimos para o hotel. Eu teria que sair voando dali pra achar algum salão que me atenda assim de última hora. Pelo menos eles tinham me avisado de eventos como esse e eu trouxe roupa!
- Aonde você vai assim, tão desesperada?
- Você sabe o que é pra uma mulher achar um salão de beleza de uma hora pra outra? Hidratar o cabelo. Fazer as unhas, maquiagem. Pra um jantar às 20 horas e já são 17! Eu preciso voar! Qualquer coisa você tem meu número! - e sai voando do quarto depois que terminei meu banho.

A sorte da vida foi ser hospedada num hotel chique o suficiente que tenha um salão! Valeu senhor Rachmaninov! Acho que cheguei tão afobada no salão que a mulher nem me perguntou nada, apenas me levou até a cadeira de lavagem. Já são sete e meia e eu só acabei agora. Mas que eu to trabalhada na riqueza, eu to! Passei correndo pro meu quarto pra colocar meu vestido. Troquei de lingerie, hidratei meu corpo com o creme de morango, depilei as pernas fiz tudo o que tinha que fazer. Peguei meu vestido preto longo com uma fenda do lado direito e com renda na parte inteira das costas. É, tem que dar! Passei meu perfume, coloquei o salto e sai para a sala. Dimitri estava conversando com Micael e os dois viraram o rosto quando sentiram minha presença. Sabe quando a Anastácia, em 50 tons de cinza, diz que o Grey tem um olhar “de molhar calcinhas"? Agora eu entendi.
- Você ta linda, ! - disse Micael e eu sorri em resposta. Dimitri andou até mim, me olhou de baixo pra cima e inalou meu cabelo.
- Você está absurdamente linda nesse vestido - corei como de praxe e ele chegou perto do meu ouvido - mas confesso que não vejo a hora de voltarmos e eu poder tê-la nua só para mim! - e o escarlate tomou conta do meu rosto inteiro. Que. Homem.
Me tomou pelo braço e fomos até o elevador. Micael nos guiou até o carro e seguimos para o jantar. Jantar que seria na residência dos Montenegro, família rica do Rio de Janeiro. Rico é apelido carinhoso, que mansão é essa? Pensa num lugar monstruoso de tão grande!
Depois de toda aquela frescura de gente rica para entrar em festas que eu não preciso registrar, entramos no enorme salão de festas. Quem diabos tem um salão de festas na própria casa? Pessoas ricas que não tem onde mais gastar seu dinheiro. Puta merda, to me sentindo um lixo. Mulherada, sabe o que é você ser a única pessoa da festa que usa acima de 38? Não é exagero, é real. Só tem mulher magra com cara de nojo e cabelo com tanto laquê que pode passar o Katrina que não sai um fio do lugar! Vai esfregar sua riqueza na cara da mãe! Que ódio.
Agora pense na cara das vadias esqueléticas quando eu, a mulher que usa 48, entrou com o deus grego, loiro, mais gostoso do que a vida permite e que me fez gozar várias vezes depois do almoço. To amando isso! Tivemos que parar e socializar com vários velhos ricos, super legal! Estávamos indo para o próximo velho rico quando uma ruiva siliconada parou para conversar com Dimitri.
- Dimitri Rachmaninov? - perguntou ela praticamente jogando os seios na cara dele
- Sim, sou eu - ele respondeu em russo e a vaca ruiva olhou para mim.
- Ele disse que sim - assumi minha cara de profissional que não quer furar os peitos falsos que ela tem.
- É um grande prazer em conhecê-lo senhor. E devo dizer que o senhor é bem melhor pessoalmente - ela disse em inglês eu fingi que traduzi, porque sei que ele fala em inglês.
- Diz pra ela que eu adoraria testar se os peitos dela furariam com uma espetada de garfo - o bastardo disse em russo e eu segurei o riso.
- Ele agradeceu seu comentário e perguntou o nome da senhorita.
- Margareth, Margareth Pepekascolitti - ela estendeu a mão e ele a beijou rapidamente.
- Que nome horrível! Sua mãe realmente não teve piedade!
- Que belo nome, ele disse, combina com seu belo rosto! - a vaca corou e eu quase explodi numa risada.
- Diga a ele para me ligar - estendeu a mão até o paletó dele e colocou um pequeno cartão - a hora que ele quiser.
- Mas é claro, eu direi - saímos de perto da predadora e nos encostamos-nos ao bar. Ele se sentou no banco e eu fiquei de pé ao seu lado.
- Senhor Rachmininov? - ele se virou.
- Sim, senhorita ? - eu me aproximei e comecei a arrumar seu smoaking preto.
- Não pensou que sairia daqui com isso, não é senhor? - retirei o cartão da vadia de seu bolso interno e o amassei discretamente.
- Nunca, senhorita , nunca! - ele riu e tomou um gole de seu whiskey.
, ele só está tomando uma bebida, não se atreva a ficar molhada por causa disso! Tarde demais, eu estou praticamente ofegante com a imagem desse idiota lindo passando a língua nos lábios provando melhor a bebida.
- Mas já, senhorita ? - me mediu com os olhos detalhadamente - Eu nem sequer toquei na senhorita!
- São só meus pensamentos, senhor. Apenas pensamentos! - ele me deu aquele sorriso Dê Molhar Calcinhas, e eu quase desfaleci.
-Senhoras e senhores, o jantar será servido. Peço a todos que tomem seus lugares à mesa.

Seguimos para a mesa e nos sentamos ao redor de mais velhos. Será que tinha alguém com menos do que 55 anos além de mim? Pelo amor. Isso tá parecendo festa de aniversário do Silvio Santos! Broxante. O primeiro prato servido foi um polvo estranhamente horrível, sério, muito horrível. Dimitri riu baixo com a cara que fiz quando eu o provei. O segundo prato eu nem me atrevo a falar o nome, era um peixe estranho. O que aconteceu com as carnes, pessoal? Eu hein. Na metade do segundo prato eu senti uma mão saliente começar a puxar meu vestido. Olhei para Dimitri discretamente, e o bastardo estava com a cara de profissional. Idiota. Quando ele terminou de subir o vestido ele procurou minha intimidade. Soltou um leve grunhido quando descobriu que eu não usava calsinha.
- Você quer me matar? - perguntou em meu ouvido .
- Olha quem tá falando, o cara que está prestes a me masturbar de baixo da mesa num jantar beneficente! - ele riu e voltou a se concentrar na conversa do senhor Montenegro logo à frente. Seus dedos acharam um clitóris e ele massageou sem dó! Ele se mexia cada vez mais rápido, logo outro dedo me penetrou. Porra, e eu não posso nem gemer baixo! Segura , se segura!
- Oh! - soltei, sem conseguir me segurar.
- Está tudo bem senhorita? - perguntou o senhor Montenegro e eu corei escarlate, como sempre.
- Sim senhor, são apenas probleminhas femininos! - dei a primeira desculpa que pensei e funcionou.
- Oh, entendo! - senhor eu estava quase gozando!
- Senhores, acho melhor levar minha acompanhante para casa. Os senhores se importariam? - disse Dimitri naquele perfeito inglês britânico.
- Não senhor. Sinta-se a vontade em levá-la para casa! - e então Dimitri me pegou pelo braço e me guiou até o carro.
- Você me paga! - resmunguei encostada na outra extremidade do carro, possessa de raiva.
- Mal vejo a hora de cobrar, meu morango! - começou a beijar meu pescoço, desceu para as minhas costas e começou a desfazer o zíper do meu vestido.
-Ficou louco? Micael tá ali na frente! Não pode... - ele me interrompeu.
-É só você não fazer barulho! - disse tapando meus lábios com seu dedo e abrindo caminho pelo vestido até chegar em meu clitóris, de novo.


CHAPTER TREE – BÔNUS


Dimitri Yure Rachmininov

Nunca imaginei que poderia sentir tanto tesão por uma mulher igual eu sinto pelo meu morango! Isso é sobrenatural! Eu penso em fazer sexo com ela. Na sala, na cozinha, no banheiro, no quarto, na parede, no escritório, no chão, na onde tiver uma superfície plana e segura! Qualquer lugar, qualquer hora, eu a quero! Acabamos de transar em um carro em movimento, santo Deus! Isso já tá virando uma obsessão!
- Já te disse que adoro te ver gozando? - perguntei com ela nua em cima de mim acariciando seus cabelos.
- Eu terei o maior prazer de atender sua vontade! - disse ainda ofegante, levantou a cabeça e passou sua mão macia por cima da minha barba. - Como alguém, em menos de oito horas, me fez gozar, aproximadamente, dez vezes? Isso deveria ser considerado um super poder! - como não rir com uma mulher dessas?
- Você tá contando com um intervalo de umas 4 horas entre uma vez e outra. Se estivéssemos fazendo direto, por oito horas, esse número ia ser bem maior!
-E eu estaria jogada no chão desfalecida, totalmente sem forças, Dimitri! Acho que não aguentaria!
- Aguentaria, eu sei que sim! Sabe o que eu quero fazer quando chegarmos ao hotel?
- O quê? - me perguntou com os olhos brilhando em malícia.
- Eu quero te provar inteira com morangos. Cada parte do seu corpo coberta de morango. Meu morango com morangos - eu me senti endurecer apenas com tal pensamento.
- Oh Deus! Você realmente quer fazer isso! - disse notando meu crescimento repentino.
- Morangão, tudo que envolva você e sexo, eu fico assim instantaneamente!
- Que bom que não sou a única a se sentir assim.
- Oh acredite, você não é a única! - e nós transamos novamente no carro, e depois na sala, e depois várias vezes no quarto.

~*~

To começando a achar que sou ninfomaníaca. Eu não consigo parar de pensar naquele homem me tomando em todos os lugares desse quarto de hotel! Ai, e que homem! Porque além de estar interessado em mim, tem pinto grande! Deus, isso é alguma pegadinha? Porque isso é surreal de tão bom.
Acordei com um Dimitri nu totalmente enrolado e mim. Foi difícil deixar a cama, confesso, mas tinha que levantar e trabalhar. Preparei meu café anotando mentalmente onde eu estava sentindo dor: coxas, pélvis, mãos. Ele literalmente me fez trabalhar duro ontem à noite! Peguei meu notebook e sentei na pequena mesa de jantar e vesti minha camisa de pijama do Homem de Ferro. Não julgue. Chequei meus emails, respondi alguns, e então me chamou no Skype.
- Fala vagaba! Trocando muitas fraldas do velho russo?
-Se ele fosse um velho, ao invés de um deus grego, talvez! - disse calmamente.
- Como assim? Me conta tudo, mulher!
-Ele é surreal de tão gostoso! Sério!
- Me mostra isso! Fala o nome que eu vou jogar no Google!
- Dimitri Yure Rachmininov.
- Ca.Ra.Lho. E ele tá dormindo no quarto ao lado, seminu, com toda essa gostosura exposta e tu ainda não deu pra ele por quê?
-Porque ele é meu chefe, talvez?
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- , não manche a imagem de mulher brasileira! Pega esse homem de uma vez!
- Bom dia, morangão! - disse Dimitri passando atrás de mim e indo pra cozinha usando apenas suas CK pretas de tirar o fôlego.
- Bom dia! - respondi junto com a que estava salivando.
- E quem é essa bela senhorita? - Dimitri se aproximou com sua xícara de café e se apoiou o encosto da minha cadeira.
- Dimitri, essa é minha amiga . esse é Dimitri Rachmininov!
- É um prazer conhecer um das amigas da minha Morangão! - filho da puta.
- O prazer é todo meu, senhor! Filha da puta, você já transou com ele! - ela disse a ultima parte em português.
- Bom, assim, talvez? - disse fingindo incerteza.
-Filha da mãe sortuda! Me conta tudo!
-Desculpa , eu preciso ir me arrumar para trabalhar! Tchau!
-Vocês vão é transar, isso sim! - berrou , antes que eu fechasse o notebook.
- O senhor sabe que agora ela vai me encher o saco, não sabe? - me levantei e me apoiei na bancada da cozinha assistindo ele a cozinhar.
- Eu sei?- fingido do caramba.
- Acho bom eu ser muito bem recompensada por isso, senhor Rachmininov! - ele se virou, sorriu e caminhou até se encaixar em minhas pernas - e você sabe que temos serviço do hotel, certo?
- Prefiro cozinhar, eu mesmo, pra nós! - disse beijando meu pescoço.
- Você ainda cozinha? Acho que eu vou ter que te sequestrar e te manter em cárcere privado para o meu belo prazer! - disse acariciando seus cabelos presos num estranho coque.
-Prometo não tentar fugir, minha senhora! - e ele já estava duro novamente. Esse homem é uma máquina!
- Mas agora não, temos uma reunião em uma hora, precisamos nos arrumar, senhor Rachmininov! - desci do balcão e fui andando até o quarto.
- E você vai me deixar aqui, desamparado? - apontou para o volume em sua boxer.
- Ora, senhor Rachmininov! Você ainda tem suas mãos! - fiz o gesto indicando o que ele deveria fazer e entrei no quarto para tomar banho e me aprontar.


CHAPTER FOUR


Já estamos no 6° dia de reuniões e eu estou tentando resistir ao Zeus ali, porém é quase uma missão impossível. Eu disse quase. Estou conseguindo prevalecer a dois dias, porque no fundo, bem no fundo, eu acho errado ter esse tipo de relação com o meu "chefe". Totalmente contra as regras! Mas a filha da puta que inventou essas regras não conhecia todo aquele pecado! Vocês não estão entendendo o quê estou passando! Agora ele resolveu malhar por aí, no meio da sala, nu! Isso é a resposta para a minha "greve". E quando ele se sujou de chocolate e, por acaso, estava sem camisa? Quase sai correndo pra comprar navalha e cortar meus pulsos ouvindo Demi Lovato! Por que ele tinha que ser meu chefe?
Estávamos começando o sétimo dia de reuniões. A primeira já tinha acabado e estávamos nos preparando para a próxima. Eu organizava alguns contratos quando Dimitri derrubou sua caneta dourada no chão.
— Senhorita ? - me chamou no tom de superioridade mais sexy que existe.
— Sim, senhor? - me virei em sua direção.
— Minha caneta caiu - disse passando o dedo pelo lábio inferior.
— Sim. - o que diabos ele queria com isso?
— Pegue-a! - ele só pode estar de brincadeira!
— Me desculpe. O que? - perguntei indignada.
— Pegue a caneta - disse impassível sem nenhum rastro de humor.
— Você tá falando sério? - perguntei ainda sem acreditar.
— Senhorita , pegue a caneta! - ainda indignada, mas ainda lembrando que ele era meu chefe, me abaixei de frente pra ele para apanhar a caneta.
— Não assim, senhorita . Vire-se! - ele disse agora com os olhos brilhando maliciosos. Me virei de costas para ele e me abaixei devagar para pegar a caneta.
Minha saia social justa me ajudou a provocá-lo. Empinei minha bunda mais do que deveria e me levantei rapidamente. Mas quando me levantei, Dimitri colou seu corpo no meu abraçando minha cintura.
— Meu morango, já chega dessa frescura! Eu preciso te ter novamente! - disse acariciando meus seios.
— O senhor Rachmininov! - gemi e ele ofegou - Está na hora do seu almoço com o senhor Montenegro! - desfiz de seu abraço e caminhei até a porta - O senhor não pode se atrasar!
— Isso ainda vai ter volta, senhorita ! - disse baixo quando estava passando pela porta.
— Essa noite, talvez? - respondi no mesmo tom baixo não aguentando mais resistir a esse Zeus todo.
— Não me prometa aquilo que não irá cumprir!
— Oh senhor, eu irei cumprir! Definitivamente eu irei! - ele sorriu e se aproximou de mim.
— Hoje, o jantar é por minha conta!
— Eu prefiro jantar no hotel! Só eu e você. Com a cama perto o suficiente!
— Sim senhora! Vá para o Hotel, descanse e se prepare pra mim! Passarei o resto do dia com o Montenegro, então você pode tirar o resto do dia! - disse saindo da sala e andando pelo corredor.
— Okay. Senhor Rachmininov! - o chamei e ele se virou sorrindo - Prefere as pretas ou as vermelhas? - disse acariciando meu soutien por cima da regata de seda que eu usava junto à saia.
— Definitivamente as pretas, senhorita ! - me deu una piscadela e saiu em direção à Micael e ambos entraram no elevador.

Peguei as minhas coisas, tranquei sua sala e segui para o hotel. Peguei um taxi, já que Micael estava com Dimitri. No meio do caminho me ligou.
— Hey linda! Estou no Rio e na frente do seu quarto de hotel. Onde diabos você tá? - disse rapidamente.
— Eu tava na R&R. Já to chegando aí!
— Me encontra lá embaixo. Vamos sair pra almoçar. To varada de fome!
— Isso que a gorda sou eu! - no despedimos e logo eu estava na frente do hotel.
— O que você tá fazendo no Rio, mesmo? - perguntei a em meio a um abraço.
— Cliente novo! E como vai o seu?
— Trabalhado na gostosura divina! do céu, o que é aquilo!
—Imagino! Isso que só o vi por segundos e por webcam! Mas como vocês estão? - e então contei pra ela que ficamos juntos, que estou tentando resistir, mas que hoje eu diria foda-se e pegaria aquele Zeus!

Isso durou a viagem a pé até o restaurante que escolheu. Quando chegamos à porta do restaurante, lá no fundo, sentado numa mesa quase escondida, estava Dimitri com uma vadia praticamente no seu colo e com a boca colada em sua orelha, provavelmente dizendo algo sujo. E eu reconheço essa vadia. É a secretária vadia do Montenegro do jantar beneficente! Aquela mesma que deu em cima dele. Vagabunda! E ele está rindo pra ela! Isso é nojento, completamente nojento!
— Eu não vou entrar aí, ! Eu não posso ver isso de perto! - sai praticamente correndo de volta ao hotel.
Não acredito que pensei em voltar a ter algo com ele! E se ele se encontrou com ela nos dias que estávamos juntos? E se eles fizeram coisas horríveis enquanto estávamos tendo algo juntos? Oh Deus! Eu vou matar aquele desgraçado! Ah eu vou!

Eram seis horas da tarde quando ele entrou em nosso quarto junto com o serviço de quarto trazendo nosso jantar. Dimitri veio me cumprimentar, mas eu fugi de seu contato e fui dar uma gorjeta ao entregador. Depois, ainda o ignorando, eu peguei meu jantar e fui até a mesa. Me sentei e comecei a comer, nem o esperei, nem olhei em seu rosto.
— Está tudo bem, meu morango? - ele perguntou beijando meu pescoço, logo desviei e continuei a comer sem respondê-lo.
? O que aconteceu? - perguntou sentando na cadeira a meu lado e eu continuei a comer. Nem sabia o que estava comendo, mas eu não dava a mínima!
, eu to ficando preocupado. O quê houve? - eu estava a ponto de matá-lo.
— Eu não sei, por que você não pergunta pra vadia que você comeu hoje? - levantei com tudo e fui colocar o prato de volta na bandeja.
— Vadia? Do que você está falando, meu morango?
— Não me chama de morango agora! Eu vi você no Dumma's hoje com a secretária do Montenegro sarrando em você! Não adianta se fazer de tonto! - minha respiração estava começando a falhar.
— Sarrando? Você estava vendo coisas, !
— Cala a boca! Não fui só eu que vi! Você saiu com aquela piranha enquanto estávamos ficando juntos? - ele nada respondeu e minha respiração estava ficando pior- Responde!
— Mas é claro que não, meu morango!
— Não me chama de morango! - minha visão estava ficando turva e eu quase não respirava. Ai Deus, será?
— Dimitri, o que tinha na comida?
— Era risotto de camarão com ervilhas. Por quê? - oh não, camarão não!
— Chama uma ambulância agora! - conseguir dizer antes das minhas pernas cederem e eu cair.
? ! Fica comigo! - foi a última coisa que eu ouvi antes de desmaiar.


CHAPTER FIVE


Dimitri Yure Rachmininov

Nenhum trabalho, curso, faculdade poderia me preparar para isso. Sabe o que é ver sua mulher cair roxa no chão sem conseguir respirar? E pior, você não saber prestar o socorro necessário? Te adianto, é inexplicavelmente ruim. Após o susto inicial do pânico, peguei o telefone do hotel e berrei por ajuda. Em pouco tempo os paramédicos chegaram e a colocaram na maca e saíram em disparada para fora do hotel. Nunca vi o tempo passar tão devagar na minha vida! Chegamos ao hospital mais próximo e ela foi levada para a emergência, onde não pude acompanhá-la. E essa foi a pior parte da minha noite.
Ficar 2 horas sem notícias é, de longe, a pior coisa que existe! Vi outros pacientes chegando, alguns em estados bem graves, e nada de notícias. Andei pelo andar inteiro, conversei com as enfermeiras que tentavam me acalmar, e nada. Foi quando uma enfermeira, que devia ter seus 50 anos, chamou.
- ? - me levantei num pulo e fui em sua direção.
- Aqui! Como ela está? - disse em inglês e a enfermeira me olhou estranhando.
- Deixa comigo, Maria. Boa Noite sou o Dr. Hugo Guimarães, médico e amigo de - disse em inglês.
- E como ela está, doutor? - perguntei aflito.
- Já foi medicada e passa bem, está acordada. O senhor pode ir vê-la agora!
- Muito Obrigada! - e seguimos pelo corredor com várias cortinas e macas. E meu morango estava na ultima delas, ainda pálida e com os olhos sonolentos, mas estava bem.
- Ai meu morango, quase me matou do coração! - beijei seus lábios intensamente, porém, rapidamente - Por que não me disse que era alérgica a camarões?
- Na verdade, ela é alérgica a frutos do mar em geral. E a bananas. Já passei pelo mesmo choque! - disse Dr. Hugo em meio a risadas.
- São amigos há muito tempo?
- A gente namorava. - se pronunciou - Ele foi o melhor namorado que eu já tive. Muito grudento, mas o mais divertido! - e começou a rir.
- Ei, eu sou carinhoso tá legal?
- Ele era mais bonito - sussurrou pra mim - Tinha cabelos compridos, iguais aos seus! Ainda mais loiros! E eu to vendo dois de você! - começou a rir.
- Eu fui pro exército, se lembra? Sinto falta do meu cabelo! - passou as mãos no cabelo curto.
- Eu também sinto! Tinha tesão por eles! - Meu Deus, ela estava louca!
- Ela está bem, doutor? - perguntei mudando de assunto.
- É só o efeito do forte antialérgico que ela tomou. Vocês namoram? - perguntou nos olhando.
- Sim!
- Não! - respondeu ao mesmo tempo - Hugo, sabia que o Dimitri é rrrrrrrrrrusso? - puxou muito o "R" e começou a rir novamente- Uau estou tão grogue!
- Estou vendo! Tá com alguma dor?
- Não! Dimitri! - me chamou - Sabia que ele já se vestiu de Madonna pra conseguir ganhar dinheiro pra ir viajar? - e disparou a rir de novo!
- Ai Jesus! ! Não precisa falar isso pra todo mundo! Bom está na minha hora! Daqui a alguns minutos a enfermeira vem te dar alta, okay? - ele foi até ela e a abraçou - se cuida, bebê!
- Eu te amo, meu amor! - que porra é essa?
- Obrigado por tudo, doutor! - apertei sua mão um pouco mais forte que o normal.
- Hm, imagina! Cuida bem dessa princesa! - olhou-a com carinho.
- Eu vou! - filho da puta, já chega de olhá-la assim!
- Senhor Rachmininov? - chamou meu morango, ainda grogue, depois que acompanhei o doutor Hugo inimigo pra fora da cortina.
- Sim, senhorita ?
- Percebi que não gostou muito do Hugo - disse sorrindo.
- Ele não agradou muito a minha pessoa. Por que, senhorita?
- Está com ciúmes, Dimitri? - perguntou com um sorriso gigantesco no rosto.
- Mas é claro que não! Não sou homem de ter ciuminhos! - meu negócio é CIUMÃO mesmo, mas ela não precisava saber!
- Você tem ciúmes de mim. Dimitri tem ciúmes de mim! - cantarolou ainda com aquele sorriso no rosto.
- Senhorita ? - interrompeu a enfermeira que me chamou logo cedo - A senhorita já pode ir para casa!
- Me ajuda a levantar, menino ciumento? - me pediu ainda sorrindo.
- Quero ver se vai continuar sorrindo quando eu te fizer gritar dentro do quarto do hotel! - sussurrei em seu ouvido.
- Isso é uma promessa, grandão? - sussurrou, também, em meu ouvido. Essa mulher vai me matar!
- , não me tente!
- Eu? Nunca, senhor Rachmininov! Nunca! - e gargalhou enquanto eu a carregava em cadeiras de rodas até o carro.

~*~

Sobre a nova versão de com os efeitos do antialérgico: só consigo rir! Estamos caminhando, ou melhor, estou carregando uma cantando Elvis Presley "Pretty Woman" em plenos pulmões e ainda rindo até o elevador. E todos que assistem a cena começam a rir e a comentar. Nem quero ver quando ela se lembrar de tudo isso pela manhã.
— Pretty womaaaaan, walking down the street! - berrou esperando o elevador - Ooooh, pretty woman! Obrigado Los Angeles! Vocês foram uma ótima plateia!
Algumas pessoas até chegaram a aplaudi-la para deixá-la feliz! E com muito sufoco consegui abrir a porta do quarto de hotel. Levei até o quarto e a coloquei na cama. Tirei minha jaqueta na qual a embalei para não ir ao hospital de pijamas, tirei seus sapatos e a cobri. Retirei minha roupa, ficando de boxes, prendi meu cabelo e deitei ao seu lado. , ainda sobre o efeito do remédio, deitou sobre mim.
— Adoro seu cheiro - murmurou de olhos fechados.
— Me perdoe por quase te matar hoje, meu morango. Foi a cena mais aterrorizante que presenciei na vida! - beijei seus cabelos e a apertei contra mim.
— Não foi culpa sua! Não tinha como você adivinhar! Mas eu ainda quero te bater! - disse olhando pra mim fingindo estar muito brava.
— Mas por quê? - perguntei entrando no teatro.
— Por deixar aquela lambisgóia oxigenada sarrar em você! Pensa que eu esqueci, senhor Rachmininov?
— Nunca, senhorita . Nunca! - utilizei de suas palavras e ela riu.
— Boa noite, grandão! - disse sonolenta.
— Boa noite, meu morango! - beijei seus cabelos e cai num sono profundo.


CHAPTER FIVE - BÔNUS


— Eu não quero saber, Jonathan! Não me interessa de quem é a porcaria da culpa! Esse pequeno erro de digitação me custou meio milhão de dólares! Meio milhão, Jonathan! - berrou Dimitri passando a mão desocupada pelos cabelos. Ele estava furioso!

Estamos do 10º dia de reuniões e conferências e Dimitri já mostrava sinais de cansaço. Como não poderia? O homem trabalha 24/7! Ontem mesmo, acordei de madrugada com sede e o encontrei na sala analisando contratos e aquisições, deveria ser três e meia da manhã de uma segunda-feira que teria de acordar ás 7 horas. Ele não para! Daqui a pouco me aparece doente por aí.
Mas não é nada disso que me preocupa ou deixa triste. Eu só o teria por mais quatro dias. Se alguém me perguntar vou negar até a morte, mas ele vai me fazer uma falta surreal! E eu possa estar, levemente- só uma hipótese- me apaixonando pelo Zeus logo ali! E eu só o teria por mais quatro dias, quatro dias! Sem tristeza e arrependimentos ! Faça esses quatro dias memoráveis na vida desse grandão!
Dimitri andava de um lado pro outro na sala de conferências, agora eu poderia denominá-la como "Sala de Dimitri" porque ele vivia aqui! Dei a volta em sua cadeira principal e esperei ele terminar a chamada com seu secretário pessoal, Jonathan.
— Eu não aguento mais pessoas incompetentes trabalhando pra mim! - disse ainda andando pela sala.
— Grandão? - o chamei carinhosamente.
—Tem horas que penso que logo terei um ataque cardíaco! - continuou andando e me ignorou.
— Grandão? - chamei um pouco mais alto, mas ele continuava a andar.
—Eu não aguento mais isso, ! Vou sair demitindo todo mundo!
— Dimitri! - gritei e ele parou e olhou para mim - Vem aqui! - o chamei com o dedo e indiquei a cadeira e ele se sentou.
— Juro que to a ponto de matar alguém! - coloquei sua cabeça encostada em meus seios.
— Respira fundo. Fecha os olhos. Isso, muito bom. Agora respire fundo de novo - e ele foi me obedecendo e se acalmando - Melhor?
— Bem melhor! - sorriu ainda de olhos fechados.
— Tem mais alguma reunião ou conferência hoje? - perguntei calmamente alisando seus cabelos.
— Não, essa foi a ultima!
— Que ótimo, porque vamos sair! - desencostei da cadeira e peguei minha bolsa.
— E pra onde vamos, senhorita?
— Não pergunte, apenas me siga, senhor Rachmininov! - sai pela porta com Dimitri em meu encalço sorrindo.
Dimitri estranhou quando eu o mandei me esperar do lado de fora do hotel e apareci com uma caminhonete, a mesma era de Mica que me emprestou. Entrou no carro e não fez nenhuma pergunta. O levei a um pequeno parque escondido da cidade, onde tinha um cinema ao ar livre. Fazia anos que eu não ia até lá. Estacionei o carro, descemos e eu fui até o porta malas para pegar dois colchonetes e uma mochila com comida. Estendemos os colchonetes e nos ajeitamos.
— Okay, você realmente me surpreendeu com essa! - disse abrindo uma lata de refrigerante.
— Eu adoro esse lugar! Vinha aqui quase todo dia depois da faculdade. Sentia saudades da minha mãe e vinha aqui pra arranjar algum outro motivo pra chorar. Teve uma vez que assisti Titanic 6 vezes em um dia, e chorei nas 6!
— Seis vezes? Titanic? Isso sim é querer chorar! Teve uma vez que eu queria chorar assim, mas em vez de assistir Titanic eu dei um murro na parede e quebrei minha mão. Acredite, eu chorei! - deu uma risada baixa.
— Você quebrou a mão pra poder chorar? - perguntei chocada e ele riu - Deus! Por que queria chorar?
— Meu pai, ele morreu num acidente de avião quando eu tinha 18 anos.
— Eu sinto muito, Dimitri!
— Tá tudo bem. Eu estava triste, muito triste, mas algo em mim não me deixava chorar. Não consegui chorar nem quando eu recebi a notícia, nem no enterro, em nenhum lugar! E eu senti essa necessidade de expressar toda aquela mágoa, dor, dentro de mim.
— E então você teve a brilhante ideia de esmurrar concreto? - perguntei numa tentativa de quebrar o clima tenso.
—Quase isso. Nunca contei isso a ninguém. - me puxou para seu lado e me abraçou.
— Nunca trouxe ninguém aqui. - me aconcheguei em seu enorme abraço.
—O que você está fazendo comigo, morangão? - beijou meus cabelos.
— Possuindo sua mente aos poucos? - ele riu abafando o som com meu cabelo.
— Quase isso. Mas te garanto que não é só a cabeça de cima! - ele pegou minha mão e levou até sua ereção. Oh Lord!
— Não no meio de tanta gente!
— Então vamos! - me levantou e me arrastou até o carro - Não vou aguentar esperar até o hotel!
— Você leu minha mente!

Fomos para o banco de trás da caminhonete e começamos a nos beijar. Dimitri desabotoou minha camisa rapidamente e eu retirei sua camiseta. Ele abriu o lacre frontal do meu soutien e abocanhou meus seios me fazendo gemer baixo. Arranhei suas costas, bíceps, barriga, aonde minhas unhas conseguiam chegar! Desceu suas carícias até o limite da minha calça e, praticamente, a arrancou de mim junto com minha calcinha. Começou a estimular minha intimidade e eu me segurei muito pra não gritar!
— Dimitri! - arfei alto.
— Sim, meu morango!
— Eu te quero agora! Eu não vou mais aguentar! Agora, Dimitri! - implorei mais ofegante do que nunca.
Dimitri se levantou, retirou suas calças, mas antes pegou um preservativo e o vestiu. Me beijou profundamente e me penetrou fundo. Ele cobriu meu grito com um beijo e começou a investir forte e rápido. Arranhei seu pescoço enquanto arfava em sua boca. Senti o orgasmo vindo com força e tentei segurar mais um pouco.
— Deixe vir, meu amor. Venha pra mim, vem! - com um pedido desse ao pé do ouvido, como negar? Vim forte gritando seu nome e tremendo.
— Oh Dimitri! - logo depois senti seu corpo convulsionar e ele desabar em cima de mim. Eu nunca vou me cansar disso!


CHAPTER SIX


Décimo terceiro dia de reuniões. Dimitri vai embora na manhã do décimo quinto dia. Ou seja, tenho apenas um dia e meio pra ficarmos juntos. Isso tá doendo só em mim?
- Eu não tô preparada ! Não quero deixar ele ir! Mas eu, também, não posso pedir pra ele ficar nem pra me levar junto! - desabafei no colo de no quarto do hotel.
- Ai amiga, queria tanto poder te ajudar! Não gosto de te ver assim!
- Eu sei. Acho que eu não vou conseguir levar ele no aeroporto. Faz isso por mim?
- Claro! Pode deixar! Mas agora eu preciso ir, tenho um jantar de negócios com alguns chineses. - se levantou e beijou minha testa - Fica bem, okay? - balancei a cabeça concordando.
Fácil pra ela falar. Fácil pra você que lê. É fácil pra todo mundo, menos pra mim! Deus, por que ele tinha que morar lá do outro lado do mundo? Por que ele não podia morar aqui? Em qualquer um dos morros aqui no Rio, eu não ia ligar! Mas na porra da Rússia? Sacanagem demais! Por que me deixou apaixonar por ele? Tanta gente na rua, na praia, no metrô, no Brasil, mas tinha que ser ele?

Hoje, Dimitri iria se encontrar com o seu pessoal da Rússia e não precisaria de tradutora. E eu fiquei no quarto me jogando em cada canto na ridícula tentativa de me consolar. Patético, , patético! Tomei um banho, fiz meu cabelo, me depilei, fiz as unhas, a sobrancelhas, fiz tudo o que eu tinha pra fazer! Mas aquele sentimento ruim ainda estava dentro de mim. Quando Dimitri voltou, já eram 18 horas. Me encontrou jogada na sala, vestindo um roupão e assistindo televisão.
- Tarde promissora? - perguntou rindo se desfazendo de seu paletó.
- Você não tem ideia! – resmunguei.
- Hey, o que foi minha linda? - se abaixou ao meu lado no sofá e acariciou meus cabelos.
- Nada não. Só tédio mesmo! - acariciei seu rosto e ele sorriu.
- Você está linda! Vamos sair pra jantar?
- Claro! Vou me trocar - me levantei ainda sentindo aquela dor. Nosso último jantar.
Coloquei um vestido vinho com mangas rendadas pretas, e claro, salto alto. Iria sentir falta de como ele me chamava de linda e como eu realmente me sentia linda. Saímos do hotel e Micael já esperava por nós. Dimitri me levou a um, se não o mais, caro restaurante do Rio de Janeiro. Ele estava lindo, como de praxe. Me fez rir a noite inteira, mas em um determinado momento do jantar seu semblante se escureceu.
- Morango? Eu preciso te contar uma coisa.
- Dimitri, você está me deixando preocupada!
- Na minha reunião de hoje, nós vimos o balanceamento de todas as decisões tomadas nesses dias.
- Deu algo errado? Tá tudo bem? - perguntei aflita segurando sua mão por cima da mesa.
- Deu tudo certo, certo até demais! E é por isso que eu vou ter que voltar antes.
- Oh, você volta amanhã?
- Não, meu amor. Eu estou voltando hoje! - oh não!
- Mas já? Você tem que arrumar todas as suas coisas ainda!
- Enquanto estamos aqui, tem uma equipe fazendo isso!
- Oh, entendi.
- Eu só queria que meus últimos momentos aqui fossem com você! - disse me olhando profundamente.
- Dimitri! - disse tentando segurar minhas lágrimas.
- Eu vou sentir muito sua falta, meu morango!
- Eu também vou! - deixei uma lágrima solitária cair, mas a sequei prontamente.
Dimitri pediu a conta e me acompanhou até a porta do restaurante, tentando ao máximo colar seu corpo ao meu. Chamou um taxi e segurou a porta para mim.
- Se cuida, okay? - disse passando a mão por seu rosto.
- Eu vou! Como eu vou sentir sua falta! - me abraçou fortemente, cheirou meus cabelos e me beijou.
- Eu também vou, muito! - me colocou sentada no taxi, me deu outro beijo, e fechou a porta ficando de pé na calçada. O taxi saiu andando e Dimitri estendeu a mão como uma despedida.
- Eu te amo - sussurrei, levantei minha mão e deixei minhas lágrimas caírem. E o táxi me levou para longe daquele que eu amo.

Dimitri Yure Rachmininov

"Eu te amo" li seus lábios enquanto o táxi a levava para longe. Levava da minha vida o morango mais doce que já provei. Levava para longe meus melhores dias, melhores beijos, melhores carinhos, meus melhores momentos.
Não esperei o taxi virar a esquina e entrei no carro com Micael ao comando. Deitei minha cabeça no apoio, fechei meus olhos e respirei fundo. Não voltei a abrir os olhos pelo resto do caminho. Foi quando eu senti algo cair no meu rosto.
— O que é isso? - resmunguei passando a mão no rosto e sentindo o líquido.
— É uma lágrima, senhor. Costuma aparecer quando estamos chorando - era uma lágrima. Eu estava chorando!
— Eu estou chorando! - disse feliz.
— Isso é motivo de alegria, senhor? - disse Micael abrindo minha porta, foi quando percebi que já estávamos no aeroporto.
— Eu não posso! Micael, eu não posso pegar aquele avião! - disse olhando sério em seus olhos ainda dentro do carro.
— Finalmente! - disse sorrindo e fechou minha porta - Achei que o senhor fosse se tocar antes de chegarmos aqui! - entrou no carro e deu partida.
Ao longo do caminho encontramos certo trânsito, mas foi até rápido. Estávamos chegando perto do hotel, quando a vi descendo as escadas para colocar suas malas no carro. Micael estacionou do outro lado da rua e eu desci do carro correndo. Tinham muitas pessoas correndo na minha direção e passando direto. Não liguei e fui ao seu encontro.
! - gritei - ! - ela virou o rosto para mim com uma expressão assustada.
! - berrei o mais alto que pude.
— Dimitri! Pare! Pare! - ela gritou quando eu vi alguns homens vestidos de preto saírem do hotel armados e corri ainda mais rápido e tentando ultrapassar a todos para chegar até ela.
— Dimitri, pare! - ela gritou de novo, um dos homens olhou para ela, ela o encarou de volta. Ele ergueu sua arma e apontou para ela.
— Não! - berrei no meu mais puro pavor. Cheguei até ela e a abracei!
— Dimitri! - me abraçou de volta - O que está fazendo aqui?
— Eu não poderia ir embora sem você - respondi ofegante.
— Seu doido! - me beijou e eu tossi - Você está bem? Dimitri? - não consegui responder por que de repente tudo ficou escuro.


CHAPTER SEVEN


Dimitri Yure Rachmininov

"Foi capturado o último e principal integrante da quadrilha responsável pelo roubo de 120 milhões de um famoso hotel na zona norte do Rio"

Consegui ouvir a mulher na televisão dizer. Eu mal conseguia abrir os olhos de tanto cansaço. Meu corpo inteiro estava dolorido. Pernas, braços, olhos, até respirar doía. Principalmente respirar! Consegui abrir os olhos e uma luz branca quase me cegou. O som de "bip" me indicava que eu estava num quarto de hospital. Já acostumado com a luz examinei o local. Como sempre, tudo branco e muito limpo. E ao meu lado, toda encolhida numa poltrona e segurando minha mão, estava . Com uma aparência cansada e preocupada. Estava usando um moletom vermelho, o que me fez ressaltar do porque a chamo de meu morango.
— Ela nunca sai daí! - disse Hugo entrando no quarto - Todos esses dias, ela não quis sair daí. E não foi por falta de tentativas de nós!
— Dias? Há quanto tempo estou aqui? - perguntei confuso.
— Hoje é seu quinto dia. Passou por duas cirurgias no pulmão, onde a bala se alojou. É um procedimento de muito cuidado e o mantemos sedado por esses dias. - disse enquanto me examinava.
— Ela se machucou? Algum ferimento? - tomara que não!
— Ela está completamente bem. Só tá insuportável por você. Fica me perguntando quando você vai acordar, quando você poderá ir para casa. Tem sido um inferno! - disse sorrindo.
— Mas ela é a mulher que eu amo, e tomaria todos os tiros por ela. - acariciei sua mão.
— Esta tudo okay. O senhor deve receber alta em alguns dias! Cuide bem dela, senhor Dimitri! - disse já na porta do quarto.
— Eu vou, doutor. Eu vou! - acariciei seus cabelos e depois seu rosto e ela despertou rapidamente.
— Hey linda! – eu disse calmamente.
— Dimitri! - ela se levantou rapidamente e se debruçou sobre minha cama - Você tá bem, meu amor? - perguntou acariciando meu rosto.
— Eu estou bem melhor agora! - me deu um selinho calmo - E o que a senhorita faz aqui?
— Porque você realmente achou que eu ia te deixar aqui sozinho! Por favor, Dimitri! Assim você me ofende! - rimos um pouco, mas logo meu pulmão deu algumas pontadas e eu tossi.
— Okay. Rir, nada bom! Eu fiquei tão preocupada com você! - disse com lágrimas nos olhos - Nunca me senti tão desesperada quando você desmaiou e eu vi o sangue. Nunca mais me faça passar por isso novamente, senhor Rachmininov! - disse fingindo estar brava.
— Eu tomaria todos os tiros por você, meu morango! Não conseguiria viver num mundo onde você não existisse!
— Oh, meu Edward! - rimos - Eu não quero te perder nunca mais!
— Então você vai embora comigo! Nem adianta pensar no assunto! Eu não vou te deixar aqui, você não quer me deixar ir. Fim de assunto! Você vai trabalhar comigo, minha secretária pessoal, ou qualquer coisa! Eu voltei naquele dia exatamente com esse propósito!
— Dimitri! Isso é uma loucura!
— Loucura é eu ter que vir de tão longe pra achar um só morango pra chamar de meu!
— Você sabe que "morango" é meio broxante, né? Mas você pode me chamar do que quiser! Eu sou sua desde o momento que você veio até mim no aeroporto!
— Minha! - acariciei seus lábios com meus dedos.
— Sua! - respondeu e nos beijamos profundamente. O beijo foi ficando mais intenso e os carinhos também. Gemi baixo quando ela beijou meu pescoço.
— Não! Na Na Não! - disse se afastando de mim.
— O que foi? - perguntei ofegante.
— Conheço esse gemido e conheço esse olhar! Estamos num hospital, você foi operado duas vezes! Nem pensar!
— Mas eu já estou quase de alta! - tentei puxá-la de volta nas não consegui - Vai ser rapidinho!
— Dimitri, hoje não!
— Tão injusto! - bufei frustrado.
— Ai Deus! Era só o que me faltava! - puxei de volta e a beijei.
— Eu te amo, meu morango!
— Eu também te amo, meu amor! - nos beijamos ainda mais apaixonados do que antes.

~*~

E aqui estou eu, colocando as malas no carro em rumo ao aeroporto para me mudar par a Rússia. Quando eu ia pensar que isso ia acontecer? Se alguém me dissesse isso há algumas semanas eu ia rir muito da cara do indivíduo! Mas cá estou: me despedindo dos amigos na porta do hotel onde ficamos os tais 14 dias.
— Vê se não se esquece de mim, viu piranha? - disse me abraçando.
— Como me esquecer da mais vaca de todas? - olhei para seu rosto cheio de lágrimas e beijei sua testa - Vê se não mata o Hugo, tá? - apontei com a cabeça para o mesmo que estava por perto.
— Não posso prometer nada! - fui ao encontro de minha irmã, Ally, e a abracei fortemente.
— Se cuida, tá?
— Você também! - beijei sua bochecha.
— Vamos, meu amor? - disse Dimitri me esperando com a porta do carro aberta.
— Vamos sim! - acenei para todos e entrei no carro, com Micael dirigindo. Acho que não avisei, ele está indo conosco. Dimitri o contratou como motorista integral.
País novo, casa nova, emprego novo, um novo amor, vida nova. E eu espero que a sorte que caiu sobre mim, também caia sobre vocês!


EPÍLOGO


Rachmininov

Russia - 05/2020

- Dylan, eu preciso muito dessa conta. Você precisa me enviar esse contrato antes das 17 horas! - Quando eu entrei em sua sala, Dimitri falava ao telefone cuidando de mais algum negócio - Okay Dylan, obrigado! - desligou o telefone assim que me viu.
- Senhor Rachmininov, sua reunião das 2 foi remarcada para as 4 horas da tarde de amanhã. E sua esposa está faminta e o convoca para almoçar!
- Obrigado, senhora Rachmaninov! Diga a minha bela esposa que já iremos almoçar em alguns minutos. - Dimitri sorriu para mim e passou a mão por sua caneta dourada que continha suas iniciais. No momento seguinte, empurrou a caneta e essa caiu no chão perto das cadeiras de visitantes.
- Senhora Rachmaninov?
- Sim?
- Minha caneta caiu!
- Estou vendo senhor! - continuei de pé no meu lugar e sorrindo.
- Pegue-a!
- E o senhor achou, por algum momento, que o Igor vai deixar? - respondi passando a mão pela minha gigante barriga que carregava nosso primeiro filho, Igor Yure Rachmaninov. Me sentei na cadeira próxima a caneta ao som de sua risada.
- Senhor Rachmaninov? Pegue a caneta! - fiz todo um ar de Dominatrix e ele sorriu.
- Com todo o prazer, minha senhora! - andou até mim e se abaixou para pegar a caneta. Olhou em meus olhos, e começou a despejar beijos pela minha perna. Foi subindo bem devagar até chegar a minha barriga.
- Você tem a mãe mais linda do mundo, meu filho!
- E o pai mais babão de todos! - o beijei profundamente. E depois levantei.
- Posso não ser a mais bonita, mas com certeza a mais faminta! Vamos, grandão! Me alimente! - disse indo em direção à porta.
- A mais difícil, com certeza! - se levantou e pegou seus pertences sobre a mesa.
- Hey, foi você que pulou na frente de uma bala por mim e me carregou até aqui, se lembra? - ele veio até mim e me abraçou.
- E eu não me arrependo de maneira alguma, meu morango! - disse beijando meu pescoço.
- Mas eu ainda estou faminta e agora com dores, vamos! - dei um selinho nele e saímos abraçados para almoçar.
Descemos pelo elevador e estávamos atravessando o hall quando senti algo molhar minhas pernas.
- Amor? - o chamei calmamente.
- Sim? O que foi? - se virou para mim.
- Quero que você respire fundo agora. - tenho mais medo da reação dele do que das dores que estão por vir!
- Amor você tá me assustando! - disse já desesperado.
- Dimitri, acho que minha bolsa estourou! - ele arregalou os olhos e depois deu o sorriso mais lindo que já vi!
- Meu filho vai nascer. Nosso Igor vai nascer! Meu filho vai nascer! - berrou a última parte para que todos pudessem ouvir.
- Eu te amo, meu amor!
- Eu também, meu amor! Mas me leva pra um hospital!


FIM!



Nota da autora: (17/03/15) - Sem Nota.

Nota da Beta: Primeiramente: A trilha sonora dessa fic é um arraso! Mas eu betei toda a fic ouvindo The Weeknd. Foi uma delícia! Esse russo que é uma delícia na verdade. E deixa eu confessar : toda vez que ele chamava ela de ''morango'' eu morria de rir. Desculpa Naat hahaha Ai, mas essa short é uma delicinha. Eu amei betar, espero que tenham amado lê-la. E não se esqueçam de comentar. Parabéns pela fic Naat meu amor. See u soon strawberries. xoxo-Anny

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