Uma Tarde de Outono
Autora: Miih A. | Beta: xGabs Andriani




Era o terceiro ano que eu á visitava semanalmente naquele lugar horrível. Às vezes tinha vontade de pegar pelo braço e sair correndo daquela clínica, mas eu também sabia que ela precisava daquilo. Há 4 anos atrás os pais de sofreram um grave acidente e mesmo morando com a tia e os primos, a tristeza foi dominando-a. Imagina perder seus pais aos 12 anos de idade e ainda por cima quando se é filha única e estava com eles dentro do carro? A tia dela a botou em uma clinica na época e nunca mais apareceu. Como ela até hoje apresenta quadros de depressão, continua internada. Conheci assim, logo que ela entrou na clínica...

Flashback 4 anos antes.
Eu caminhava em direção a casa de . Passei em frente a clínica que havia alguns quarteirões antes da casa de minha amiga e ao parar em baixo de uma árvore ouvi um choro baixinho, olhei para cima e vi uma menina bem miúda, que devia ter uns 11, 12 anos em cima da árvore:

- Hey princesa, está tudo bem? - ela se assustou com minha voz.
- Não, e quem é você? - ela tremia enquanto falava e tentava engolir o choro.
- Me chamo e você? - ela me analisava de baixo a cima.
- . Você é bonita! - dei um sorriso que pareceu fazer a menina relaxar.
- Obrigada, você também é linda! Posso te chamar de ? - os olhos dela brilharam.
- Pode, eu posso te chamar de ? - ela já respirava normalmente e me olhava com curiosidade.
- Mas é claro que pode! Você tem quantos anos? - a menina pensou.
- 12 anos e você? - dei uma risadinha.
- Tenho 20! Mas me conta princesa, o que você está fazendo aí? - os olhos dela ficaram tristes novamente.
- Eu... Eu estava lembrando dos meus pais! - uma lágrima escorreu pelo rosto da menina.
- Eles... Eles estão no céu? - ela me olhou meio indecisa.
- Acho que sim. , me leva embora? - a menina me perguntou cheia de esperança.
- Eu não posso meu amor, mas me conta, porque você está aí? - ela fez uma careta.
- Minha tia disse que estou depressiva, então me internou aqui! - fiquei sem resposta. Como uma menina de apenas 12 anos pode estar depressiva?
- E desde quando você está aqui? - ela pareceu contar mentalmente.
- Quase um mês!
Flashback Off


Nosso papo continuou e a partir daquele dia, todas as terças-feiras eu parava em baixo daquela mesma árvore e conversava com aquela menina que hoje estava fazendo 16 anos. Eu não fazia ideia do que levar de presente para ela. Pensei em milhares de coisas, mas nada parecia que seria o bastante. Fui andando devagar até a clínica para tentar pensar no que eu poderia dar a ela e nada me vinha a mente. Quando cheguei a clínica, ainda não estava na árvore e eu ia aproveitar aquilo.

- Er... com licença! - a recepcionista me olhou de cima a baixo.
- Bom dia, no que posso ajudar? - ela tinha uma voz enjoada que fazia meu estomago revirar.
- Quero fazer uma visita! - ela me olhou novamente agora sem nenhum interesse.
- Hum... Qual o nome todo do paciente?
- Er, Teixeira Lunet! - os olhos da mulher se esbugalharam.
- E quem seria você? - eu teria que me passar por alguém da família para poder entrar.
- Sou a prima dela! - ela me olhou curiosa.
- Preciso conferir se você está liberada para visitá-la. Qual seu nome? - vasculhei minha mente até achar o nome da prima que sempre falava.
- Luíza, Luíza Lunet! - ela digitou o nome e me olhou novamente.
- Pode ir senhorita Lunet, quarto 12.
- Obrigada.
Passei da recepção e fui para um corredor, lá me deixei suspirar, eu nem estava acreditando que tinha conseguido entrar para vê-la. Fui em direção ao quarto que a recepcionista me mandou, a porta estava entreaberta e lá dentro eu consegui enxergar se olhando no espelho com um lindo vestido, entrei no quarto e ela ficou surpresa ao ver meu reflexo no espelho:
- . O quê? Como você conseguiu entrar? - dei uma risada que fez a menina sorrir.
- Ora, não sou a , sou a Luíza! - e pisquei para ela, que entendeu o recado e caiu numa risada.
- Nem estou acreditando que você está aqui! - ela correu e me abraçou, era a primeira vez que eu via ela em pé, na minha frente.
- Você é baixinha pirralha! - ela me deu um tapa fraco.
- Não sou pirralha! - dei um beijo em sua cabeça.
- Eu sei minha princesa! - olhei em volta e na parede de seu quarto vi a imagem de 4 garotos que eu nunca pensei que fosse ver na parede de , soltei uma risada e ela me olhou curiosa, viu para onde eu olhava e corou instantaneamente.
- Eu... Quando eu tinha 12 anos era apaixonada por eles, na verdade sou até hoje! - ela abaixou a cabeça e tive uma grande ideia.
- Vem comigo. - puxei pela mão e fomos em direção a recepção.
Eu não conseguia acreditar que a era fã do McFly! Ela nunca havia comentado sobre isso comigo e naquele momento, eu agradecia por ela não ter acesso a internet.

- Com licença, eu queria saber se posso levar a para dar uma volta pela cidade! - a mulher me olhou novamente espantada, acho que não estavam acostumados a receber visitas.
- Infelizmente não posso liberar, senhorita. - vi os olhos de que antes estavam cheios de esperança, começarem a transbordar lágrimas.
- Por favor, é só essa tarde. Hoje é aniversário dela e eu queria que ela passasse pelo menos uma tarde no parque. - a mulher me olhou novamente e olhou para que agora chegava a quase soluçar.
- Tudo bem, tudo bem! Mas a senhorita terá de preencher esse formulário. - deu pulos ao meu lado e chegou até a abraçar a recepcionista que ficou sem graça, tive de me concentrar no formulário, pois ali eu era Luiza Lunet.
- Prontinho. Vamos ? - ela pulou e me abraçou.
- Siiiiim! - Segurei sua mão e saímos da clínica, senti que ela suava e que suspirou ao pisar fora da clínica. Fomos andando até minha casa e quando fomos entrar no prédio ela me olhou com uma cara interrogativa.
- Vamos dar uma passada na minha casa, tenho que pegar algumas coisas.
Subimos de elevador e olhava tudo encantada, fazia 4 anos que ela não saia daquela clínica, para ela era surreal rever aquilo tudo. O elevador parou no meu andar e me lembrei que se eu queria que a surpresa desse certo não poderia deixar que ela passasse da sala, lá já tinha informações demais. Entramos em minha casa e corri para meu quarto para pegar minha câmera, quando voltei pra sala ela olhava abismada para uma foto minha abraçada a , se ela visse o resto...
- , o... O que é isso? - dei um riso nervoso.
- Eu e , quer dizer, eu e o . - ela me olhou de boca aberta.
- Você conhece eles? Quer dizer, é fã deles? - quando ela olhou para mim pude perceber que tinha parado logo do lado da foto onde estava segurando minha cintura e eu estava com a cabeça jogada para trás graças a minha risada escandalosa. - Meu Deus! Você é tipo, presidente de todos os fã clubes?
- Vamos se dizer que sim, sou uma super fã deles! - os olhos dela brilhavam.
- Eu, , conheço a presidente de fã clube da banda McFly. Meu Jesus! - fiquei com medo dela querer avançar pelo corredor, então a puxei pela mão e fomos para o elevador.
Eu queria chegar logo ao parque e fazer várias fotos do pôr-do-sol, na verdade eu tinha uma sessão de fotos no parque dali a 15 minutos, mas não teria nenhum problema eu me atrasar um pouquinho...
- , me conta! O é muito gato pessoalmente? - dei uma risada e ela corou.
- Me conta você, quem é o seu preferido? - os olhos da garota brilharam.
- Eu gosto de todos eles, amo eles demais! Mas tenho uma paixão platônica pelo ! - sorri.
- Eu amo todos eles, mas meu preferido é o . - ela sorriu e me olhou alegre.
- Você já conheceu todos eles? - assenti e ela me olhou com um olhar descrente.
- Jura? Ai meu Deus! O é legal? E o é tão fofo quanto falam? - dei uma risada e assenti.

Estávamos andando calmamente em direção ao parque, aquele outono estava sendo muito especial pra mim, eu finalmente consegui tirar daquele lugar, mesmo que seja apenas por uma tarde, pra mim já valia e muito. Eu sabia que ela queria me perguntar mais coisas, mas ao mesmo tempo ela tentava raciocinar tudo que eu já havia dito, conforme nos aproximávamos do parque, mais nervosa eu ficava...
- Eu nunca vim aqui! - ouvi murmurar assim que passamos pelos portões.
- Eu amo esse lugar!
soltou minha mão e saiu correndo pelo parque fazendo com que as folhas laranjas caídas no chão graças ao outono, voassem ou amassassem. Ela corria e ria alto, eu dei uma risada alta assim que ela berrou para o parque inteiro:
- EU AMO O MCFLY!

Ela correu novamente em minha direção e me abraçou forte, quando percebi ela chorava:

- Muito, muito obrigada mesmo . Só você pra me fazer sentir um pouquinho de alegria, só você pra me dar motivos pra sorrir. - Lágrimas escapavam de meus olhos. - Eu te amo, .
- Eu também te amo, minha princesa. - fechei e abri meus olhos com força, foi quando percebi que minha surpresa vinha em nossa direção. - me promete uma coisa?
- Prometo! - e me abraçou mais forte.
- Promete que aconteça o que acontecer daqui pra frente, você vai sempre sorrir quando lembrar dessa tarde?
- Prometo! - eu a abracei bem forte e me aproximei de seu ouvido.
- Agora vire para trás e dê o sorriso mais verdadeiro de sua vida.
Ela se virou e eu não soube distinguir o que ela estava sentindo, meus guys vinham em nossa direção e ela estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo, aproveitei esse momento e peguei rapidamente a minha câmera, com um milagre, consegui um ângulo que pegasse meus guys vindo e a expressão no rosto de e eu sabia quem faria questão daquela foto no álbum oficial do McFly. Ela correu em direção a eles e foi recebida de braços abertos por todos, me olhava e olhava pra ela, eu deixava algumas lágrimas escaparem, estava extremamente feliz em ver minha princesa realizando o sonho dela, eles vieram conversando com ela em minha direção:
- Hey meu amor! - me puxou pela cintura e me deu um selinho, a cara que fez ao ver isso foi hilária, mas me deixou sem graça, fazendo com que eu escondesse meu rosto na blusa de .
- Eu... Eu... Eu não acredito! Vo... Você é a na... namo... namo... - ela não conseguia completar e todos soltamos risinhos, me abraçou por trás e encostou seu queixo em meu ombro.
- Ela é minha noiva! - nesse momento eu não sabia dizer quem estava mais chocada, eu ou .
- Co... Como assim noi... noiva? - ele me abraçou forte e me soltou.
- , aceita se casar comigo? - ele se ajoelhou e tirou do bolso da calça uma caixinha azul marinho de veludo, dentro da caixa havia duas lindas alianças, uma com uma pedra em cima e a outra não.
- Sim, sim! - me joguei em seus braços e não sabia mais o que falar, eu não poderia imaginar que ele fosse me pedir em casamento e no meio do parque.
Fomos andando até um pedaço onde tivesse menos folhas e nos sentamos, suspirei, aquele dia estava sendo perfeito...

- , o falou que eu posso ir no próximo show do McFly! - os olhos dela brilhavam e deu uma risada.
- É , leva a menina, ela vai gostar! - foi a vez de .
- , leva ela vai amor... - sussurrou em meu ouvido.
- Eu levo! - arregalou os olhos, meio atrapalhada conseguiu se levantar e correu até mim, se jogou no meu colo.
- Eu não consigo acreditar que eu, euzinha, vou ao show da McFly. Na verdade eu não to conseguindo acreditar que eu estou com vocês, muito obrigada por tudo meninos. - ela se virou e me abraçou. - muito obrigada por tudo, mãe.
Meu coração parou e o choque me dominava. Ela tinha me chamado de... mãe! Para mim, sempre fora como uma filha e ouvir isso dela me fez maravilhosamente bem. Assim que o choque passou um sorriso maior que eu brotou em meus lábios, a abracei forte e lágrimas caíam de meus olhos, ela havia me chamado de mãe, de mãe! Os meninos nos olhavam sem entender, mas logo assim que eu e acabamos virando de lado todos soltaram risadas... Eu não percebia mais a hora voava...
- Daqui a pouco vou ter que ir embora. - vi a tristeza tomar conta de seus olhos, ela estava sentada entre e e os dois a abraçaram quando ela disse isso, eu não sabia o que fazer.
se levantou de trás de mim e foi em direção a .
- Nós juramos que vamos sempre te visitar e assim que conseguirmos vamos lhe tirar de lá! - ela sorriu e vi a felicidade estampada em seu rosto.
- Vocês? Todos? - ela olhou de mim até . - Todos mesmo?
- Nós todos princesinha!
e começaram a fazer cócegas em e me levantou pela mão, trançou nossas mãos e ao encostar na árvore me puxou junto, encostei nele e fiquei observando os três jogados na grama e rindo horrores, suspirei. Eu só queria que aquele momento durasse por muito tempo, que eu sempre estivesse com aqueles 6 que me faziam tão feliz!
- O que você acha de... - sussurrou em meu ouvido, mas fomos atrapalhados por uma gargalhada de .
- , ... Venham! - ela correu em nossa direção e nos puxou pela mão, acabamos todos no chão rindo horrores.
Estávamos sentados vendo o pôr-do-sol, e estavam cantando alguma música, eu estava entre as pernas de e entre as minhas. O celular de tocou mas ele não atendeu, logo em seguida ele me mostrou com um ar triste as horas e percebi que teria de levar embora e isso doesse meu coração, senti um enjoô só de pensar nela presa naquele lugar novamente e escondi meu rosto no pescoço de , que me abraçou pela cintura. script>document.write(Mika) e chamaram que foi rapidamente. Percebi que tinha ido embora um pouco depois que chegamos lá, iria encontrar com a namorada, eu nunca tinha visto tão feliz, eu sabia que seria complicado, ainda mais com o detalhe que ninguém sabia, mas eu daria um jeito...
- . - sussurrei em seu ouvido.
- Fala minha Princesa! - me arrepiei com ele sussurrando em meu ouvido.
- Hum... O que acha de tentarmos ficar com a guarda da ? - ele me afastou e olhou em meus olhos, eu estava com medo da reação dele, então abaixei a cabeça.
- Você está falando sério? - foi quando percebi que a voz dele estava animada, levantei meu rosto e dei um sorriso ao ver o que estampava o rosto dele, felicidade.
- Sim! - ele me abraçou forte.
Eu estava tão feliz, estava tudo completo, eu meus guys e minha menina, eu não queria que aquele dia não acabasse nunca, queria para sempre poder estar com todos eles...
- Ah, eu to tão feliz de estar com vocês cinco! - ela sentou do meu lado e me abraçou.
- Seis. - eu murmurei baixinho.
- Hã? Vocês são cinco . - ela fez cara de confusa e todos olharam em nossa direção com o mesmo olhar.
- Nós somos sete então! Você, os guys, eu e hum... - todos riram da minha careta como se tivesse feito a conta errada, mas eu sabia que não estava fazendo nenhuma conta errada.
- Está ficando ruinzinha em matemática, amor? - me abraçou pelo outro lado e deu um sorriso discreto ao pensar a mesma coisa que eu.
- Parecemos uma família. - foi a vez dela murmurar.
- Parecemos! - e dei um sorriso bobo ao falar isso.
- Mas eu continuo achando a burra! - olhei pra e dei língua.
- Eu não sou burra, vocês que não sabem contar poxa. - todos ficaram refazendo a conta na cabeça e isso já estava me tirando do sério.

Meus olhos marejaram, me levantei rapidamente e quis correr, mais senti uma mão segurando meu braço, me impedindo.
- Me solta, . - minha voz estavam embargada.
- Solto não! - ele me puxou e me abraçou por trás, suas mãos estavam em meus ombros, foram descendo pelo meu braço, escorregou par minhas costas para ir por trás em direção aonde eu estava esperando. - Minha mulher e meu filho não vão a lugar nenhum sem mim!
estava com a mão em minha barriga, rapidamente me virei e abracei ele forte, fui recompensada com um abraço mais forte ainda e com um beijo demorado...
- Eu te amo, . - ele sorriu bobo e eu aposto que eu também estava assim.
- E eu amo vocês dois, .

Ficamos todos conversando e parecia aos poucos ir entendendo a situação. Quando o sol estava se pondo decidimos ir embora. Eu estava a ponto de chorar junto com que estava abraçada comigo aos soluços. O parque parecia que era um quadro com cores vivas, as folhas laranjas refletiam a luz do sol e faziam com que o parque ficasse mais colorido ainda, fomos caminhando até a porta da clínica, claro que fomos parados á cada esquina graças ao sucesso do McFly, mas eu estava gostando disso, estava me dando mais tempo com , quando chegamos ao quarteirão da clínica, me abraçou mais forte e paramos embaixo da árvore que sempre conversávamos e choramos mais um pouco, eu não queria deixar ela ir e ela não queria ir também. Assim que entramos na clínica uma senhora veio em nossa direção, a expressão de era de choque.

- Aonde você pensa que estava ? Quem é essa mulher? - não respondia e eu também não conseguia falar nada.
- Prazer senhora, me chamo e sou noivo desta linda mulher. - e me abraçou por trás me arrancando um sorriso bobo - E esta é , uma amiga de .
- Amiga? não tem amigos! - eu senti uma raiva naquele momento e então sem esperarmos os guys se pronunciaram falando que eram amigos de , a mesma deixou um sorriso escapar.
- Eu sou amiga de há 3 anos, e a senhora nunca veio visitá-la. - a mulher me olhou de cima a baixo.
- Não tenho tempo para essa problemática! - aquilo atingiu e eu sabia disso.
- Ela não tem mais depressão, ela não tem mais nenhum problema. - a mulher olhou para com expressão de nojo.
- Mesmo assim, não tenho aonde enfiá-la.
- Estamos dispostos a adotá-la. - ao ouvir falar isso, virou rapidamente em nossa direção com os olhos arregalados.
- Como? Estão querendo essa problemática? - meu rosto esquentou, mas a expressão de surpresa no rosto de me trouxe de volta ao meu foco.
- Estou disposta a adotá-la, pedir a guarda dela legalmente! - veio correndo em minha direção e me abraçou forte, logo em seguida abraçou .
- Graças a Deus, não vou mais precisar gastar dinheiro com essa coisa. e , né? Meus advogados vão entrar em contato com vocês. Podem tomar conta dela a partir de hoje, afinal vim aqui para levá-la para um orfanato. - olhei perplexa para aquela mulher, como ela poderia fazer algo assim com a própria sobrinha.

A tia de estava me tirando do sério, fingi relaxar e num momento destraído de escapei de seus braços e acertei em cheio um tapa bem no rosto dela, minha vontade era de bater muito mais naquela mulher nojenta.
- Isso é para você aprender que criança tratamos com carinho e não com nojo, não como o nojo que sinto em relação a você. Espero que você realmente se esqueça da uma vez por todas, pois a minha filha nunca mais, está ouvindo? Nunca mais irá precisar de nada que venha de você, de nada!- me virei e saí andando da clínica.
Ao longe eu ouvia a mulher gritar comigo e me chamar, mas eu precisava correr, sentir o vento daquele outono quente bater contra meu rosto, dei uma rápida olhada para trás e andava abraçada a . Eu sabia que teríamos muitos problemas pela frente, mas se eu estivesse com eles, tudo daria um jeito.

FIM




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