Fic por Nath Cardozo | Revisão por Patrícia


Quatro dias antes do Natal.

Era por volta das três da tarde e a neve caia na cidade de Londres, não tão forte como na noite passada, mas ainda assim dava para sentir um friozinho. A menina andava calmamente com a intenção de achar um presente para a amiga. era exigente e tinha certeza que qualquer coisa não a agradaria. Passou em frente a uma loja de roupas, mas sabia que a amiga tinha tantas que mais uma não caberia em seu guarda-roupa. A riu dos seus próprios pensamentos, com certeza ganhar um vestido rosa agradaria muito , mas queria inovar, dar algo diferente. Quem olhasse para , com certeza pensaria que ela era uma daquelas patricinhas que ninguém suporta. Por um lado a pessoa estaria certa, realmente era patricinha, mas era uma boa pessoa, simpática e com um humor que às vezes até enjoava. A continuou a caminhar, pensando no que dar para a amiga, mas nada lhe veio à cabeça, decidiu então voltar para o pequeno apartamento que morava com a amiga e, no dia seguinte, voltaria a procurar o tal presente.
Moravam em Londres por volta de quase um ano por causa do curso que estavam fazendo. Elas amavam fotografia e, quando surgiu a oportunidade de estudar em uma das maiores universidades de fotografia, não perderam tempo em se mudar para a cidade dos sonhos. O aluguel do apartamento era pago pelos pais das meninas, assim como todas as outras despesas que elas tinham, assim e se dedicavam totalmente em o que sempre sonharam. Eram amigas desde pequenas e a vontade de ir para Londres sempre foi muito grande, sabiam que tinham condições, mas as meninas não queriam apenas passar férias de meses, elas queriam morar naquela cidade, e foi isso que conseguiram.
Faltavam apenas quatro dias para o natal e isso deixava ansiosa, a menina adorava aquela época. Encava-se com as luzes que enfeitavam a cidade, e a capacidade de ainda existir crianças que acreditavam em Papai Noel era incrível para ela. A menina sempre acreditou, e deixava até leite com biscoito para que o velhinho comesse e caprichasse em seu presente. Quando a menina completou doze anos, descobriu que aquilo era mentira, mas a magia de acreditar que aquele bom velhinho ajudava as pessoas nunca foi embora, estava sempre ali na época no natal.
era o tipo de garota meiga e de bom coração, assim como acreditava em Papai Noel, a garota acreditou no amor, e quando se apaixonou pela primeira vez, se decepcionou seis meses depois, ao confiar no garoto com quem perdeu sua virgindade. A decidiu se entregar para ele e, na manhã seguinte, não o encontrou do seu lado, assim como nunca mais. Mas, mesmo assim, nunca deixou de acreditar naquele sentimento que todos diziam ser o melhor já sentido, só nunca mais se entregou a qualquer menino como uma garota ingênua e inocente.
A menina, hoje com seus 18 anos, tinha tido somente dois namorados na vida e sua experiência sexual não era lá grande coisa. sonhava com o príncipe encantado, mas sabendo que não o acharia assim tão fácil, decidiu parar de procurar depois da segunda desilusão amorosa.
— Amiga, onde você estava até agora? — perguntou assim que viu a entrar, jogando a bolsa em cima do sofá. A sala e a cozinha eram divididas por um balcão de mármore, deixando assim ter a visibilidade de ver a amiga preparando um sanduíche.
— Estava atrás de algumas coisas para mim. — Mentiu e viu a amiga apenas assentir, voltando a atenção para o que estava fazendo. — Convidou seu namorado para passar o natal com a gente?
— Chamei, e ele disse que vai trazer um amigo. Tudo bem pra você? — Perguntou e assentiu, logo em seguida entrando corredor adentro.
A menina entrou em seu quarto, vendo que tudo estava da devida forma que havia deixado, tirou a roupa e a jogou em cima da cama. Seguiu para o banheiro, colocando a banheira para encher e, enquanto esperava, voltou para o quarto vestindo seu roupão. Minutos depois, o banho da menina já estava pronto com os devidos produtos. entrou naquela água quente, sentindo o corpo relaxar e sorriu com o efeito que a água fazia, a estava precisando disso. Ela ficou ali por volta de meia hora e já sentia os dedos enrugados, saiu enrolando uma toalha na cabeça e voltando a vestir o mesmo roupão.
Já estava quase escurecendo e, pela janela de seu quarto, conseguia ver a cidade iluminada pelos pisca-piscas e os devidos enfeites natalinos. A menina vestiu uma camisola qualquer e penteou os cabelos, deixando-os soltos caídos sobre os ombros e costas. Voltou para a sala e agora vendo a amiga assistindo um programa qualquer que passava na TV.
— Fiz um sanduíche pra você, está no microondas. — disse, e sorriu em agradecimento.
— O que você comprou para o de natal? — perguntou assim que se sentou ao lado da amiga, colocando o copo de suco na mesinha de centro. — Se é que já comprou, né? Do jeito que é esquecida. — riu e acompanhou.
— Já comprei sim, sua bobona. — A mostrou a língua em deboche. — E eu não vou te dizer o que é, só para você largar de ser linguaruda.
deu de ombros, voltando a atenção para o delicioso sanduíche de bacon.
— Sabe, , acho que você devia arrumar um namorado, anda tão estranha ultimamente. — disse de repente, depois de alguns minutos de silêncio.
— Tá maluca, ?! Não preciso de um namorado. — disse, tentando finalizar aquele assunto que tanto detestava. Sabendo que a amiga não se contentaria com aquela resposta, decidiu voltar para o quarto.
— Isso, foge mesmo, tento ajudar, mas você nunca facilita. — A gritou em um tom suficiente para que a amiga escutasse, e sabendo que ela havia ouvido, voltou a sua atenção para aquele programa sem importância que passava na TV.
A noite ia passando e, junto com ela, vinha o sono de , as horas agora pareciam ser mais rápidas e isso com certeza lhe assuntava. Deu graças a Deus que o dia seguinte não teria que ir para o curso, afinal era a época de natal e todos estavam de férias, mas mesmo assim levantaria cedo para resolver suas coisas, e não poderia sequer esquecer-se do presente da amiga. Ou a terceira guerra mundial aconteceria. E isso com certeza não era uma coisa boa de ver.

Três dias antes do Natal.

— Vamos, amiga, levanta! São quase nove da manhã e você ainda está nessa cama. — sacolejava a menina de modo com que ela acordasse. resmungou, colocando o travesseiro no rosto por causa da claridade que entrava pela janela.
— Ahh ... Estamos de férias. Ou a senhorita já se esqueceu disso? — perguntou com a voz arrastada por causa no sono. Detestava esse humor da amiga logo de manhã cedo. Tudo bem que pessoa mal humorada é o cúmulo. Mas porque não poderia ser como pessoas normais que acordam tarde quando estão de férias? realmente não entendia isso, e pretendia não entender nunca.
A levantou mesmo não querendo. Sabia que tinha compromissos hoje, mas sua cama com certeza era bem melhor do que andar nas ruas de Londres atrás de presentes de natal para os amigos. Não se importou em tomar banho, estava sem paciência para isso, então fez apenas sua higiene matinal e vestiu uma saia preta junto a uma blusa de seda perfeitamente branca. Colocou um sobretudo na cor nude em cima do look e, por fim, seus óculos escuros. Nos pés, calçava um salto preto e fino, e seus cabelos estavam caídos sobre os ombros em perfeito estava. estava se sentindo realmente linda.
Assim que chegou à sala, viu a amiga já também vestida com o famoso sobretudo rosa bebê. não pode ver o que a menina vestia por baixo, mas não se importou. Sabia que a amiga estava linda. Afinal, nunca saia desarrumada. As duas logo desceram o elevador e, como moravam no centro da cidade, não precisariam sair de carro. Na rua havia muitas pessoas e isso era comum naquela cidade, ainda mas na época do natal. Todos queriam comprar presentes e as crianças adoravam brincar nas praças perfeitamente decoradas. sabia disso porque, na infância, sempre sonhou em brincar naqueles locais.
As meninas andavam atrás de presentes e já tinha achado um perfeito para a amiga. havia insistido tanto para que a lira lhe contasse que acabou levando uma bofetada na cabeça da amiga. O presente de , também havia comprado, e era uma linda coleção de óculos escuros já que sabia que o moreno amava usar. Para ela tinha comprado algumas coisinhas simples, não queria gastar o dinheiro que seus pais haviam enviado esse mês com bobeiras. Era por volta das três da tarde quando as duas entraram em uma lanchonete qualquer cheia de sacolas, sentaram em uma das mesas e suspiraram pelo cansaço que estavam sentindo.
— Não vai à casa de hoje? — perguntou simplesmente, vendo a lhe olhar estranhamente.
— Não sei, amiga, mas porque o interesse, hein? — brincou e lhe deu língua. — Já está sabendo que o está hospedando um amigo durante alguns meses, é? — riu e recebeu em troca um tapa no braço da amiga.
— Você comentou comigo alguns dias atrás, esqueceu?! - Respondeu. — E não, eu não estou interessada no amigo do , .
— Porque não, amiga? Você devia curtir mais essa vida. Fique sabendo que ela é uma só. E pare de tentar encontrar um príncipe encantado, porque a princesa aqui sou eu. — A disse e as duas gargalharam.
— E você já encontrou seu príncipe. — completou, e viu a amiga assentir enquanto chamava um dos garçons.
Fizeram seus devidos pedidos e lancharam em silêncio. pensava em como o garoto que estava morando com devia ser, se ele era mais velho ou mais novo que ela, e qual era a cor de seus olhos. Era a primeira coisa que observava em um garoto, os olhos. Pensava no que havia lhe dito, e se ela devia mesmo parar de procurar um príncipe encantado, afinal eles não existem. Ou existem? se achava tão idiota por acreditar que caras perfeitos eram possíveis existir no mundo onde vivia, ou que garotos cavalheiros, aqueles que puxavam a cadeira para a menina sentar, um gesto simples, poderia ainda acontecer. A menina, mesmo depois de desilusões amorosas, não conseguia para de imaginar coisa que ela sabia ser impossível de ainda existir. Tinha que se contentar com garotos que adoram sair e ver um filminho no cinema é coisa rara, garotos que só pensavam em sexo e achava que um namoro servia para isso. Tinha que parar de sonhar com essas coisas. A tinha que parar de tentar encontrar alguém que nunca acharia. Parar de tentar encontrar um príncipe encantado, porque eles não existiam!! E agora a menina tinha certeza disso.
agora voltava tranqüilamente para casa, estava sozinha porque a amiga havia ido para a casa do namorado. Namorado, uma palavra tão bonita e que tinha vontade de usar todos os dias. Não que precisasse de um para se sentir bem, ou feliz. Mas fazia tanto tempo que não se relacionava com um garoto, que ela já até devia ter esquecido o que é beijar na boca ou ter uma boa noite de prazer. Não sentia falta disso, mas sabia que, se tivesse alguém para dormir toda noite ao seu lado, seria maravilhoso. Ter alguém para chamar de "amor" ou alguém que lhe chamasse de "princesa" fazia bem até para o auto-estima da garota.
No caminho para casa, a menina viu uma loja de cd’s, ela adora música. Então decidiu entrar apenas para ver as novidades. Ou ver se encontraria algo que ela ainda não tinha em sua estante, coisa que realmente era difícil. Andando entre os corredores da loja, a menina estava distraída passando a mão pelos cd’s incrivelmente alinhados. Sorriu com aquilo como uma idiota, a menina tinha a mania de manter tudo arrumado.
— Também está procurando Beatles? — ouviu uma voz atrás de si e levou um pequeno susto, se virando. Encarou um garoto com belos par de olhos e sua boca era perfeitamente desenhada. O cabelo era em um tom escuro e estava bagunçado, deixando o menino com o ar de moleque. sorriu.
— Ohh, não. Eu estou apenas vendo. Não quero nada. — A menina respondeu nervosa. As bochechas estavam levemente coradas e isso fez o garoto sorrir simpático.
— Não gosta de Beatles? — Ele perguntou simplesmente, e desviou os olhos, tentando fazer com que aquela vermelhidão em seu rosto sumisse. Sentia-se completamente constrangida com aquilo.
— Claro que gosto. — Olhou para ele sorrindo. — Sou apaixonada por eles.
— Desculpa a indelicadeza, me chamo . . — O menino de belos olhos respondeu, abriu um sorriso ainda maior. Agora ela sabia o nome dele. — Não vai me dizer o seu nome? — Perguntou, vendo que ela continuava quieta.
— Ah, me desculpe. Me chamo . — Respondeu, corando novamente.

Dois dias antes do Natal.

O dia 23 amanheceu nublado, e acordou com o garoto da loja de cd’s na cabeça. Ele era encantador, e os dois ficaram conversando por um longo tempo na tarde do dia anterior. Descobriu que ele tinha vinte anos e trabalhava naquela loja para ajudar um amigo com quem estava morando. Não era de Londres, como havia pensado no primeiro estante em que olhou aqueles olhos. Era brasileiro, assim como ela, e estava ali por conta de um curso que ele não pode perder a oportunidade de fazer. havia lhe chamado para sair, mas ficou com receio e decidiu negar, afinal tinha acabado de conhecer um garoto qualquer que trabalhava em uma loja de cd’s. Era muita pouca informação para a menina. Mas agora, ali, sentada na mesa e tomando seu café da manhã, sentia um pequeno arrependimento de ter negado. A não tinha nada para fazer naquela tarde, e ficar enfurnada dentro de casa vendo filmes chatos não era uma boa escolha.
— Bom dia, amiga! Acordou cedo hoje, o que houve? Deu formiga na cama? — chegou toda bem humorada como sempre, seus cabelos estavam bagunçados e isso afirmava que ela com certeza não havia passado em frente a um espelho.
— Acordei cedo porque quis, bobona. — respondeu, lhe dando língua, em seguida tomando um gole de seu suco. — Tenho que te contar uma coisa, ontem eu...
— BOM DIA, MENINAS! — , como sempre, chegou à cozinha ainda mais animado do que . Interrompeu , o que fez ela sentir um pouco de raiva do moreno. "Talvez não fosse o momento certo para contar." Pensou.
terminou de tomar o café e logo se retirou do local, aquele clima de romance na cozinha estava lhe dando açúcar no sangue e qualquer hora ela podia morrer de diabetes. Entrou no quarto e trocou a camisola por um short e blusa qualquer, já que ficaria em casa naquela tarde. Deitou-se em sua cama e colocou em um canal de filmes, não estava nem um pouco a fim de assistir nem fazer nada, decidiu então tentar voltar a dormir.
Acordou já estava quase dando seis horas da tarde e não entendeu por que dormiu tanto assim. Devia ter sido por que na noite passada a não havia conseguido parar de pensar em , o garoto que havia conhecido na loja de cd’s. Levantou e seguiu para o banheiro, tomando uma ducha rápida sem molhar os cabelos. Assim que saiu e vestiu-se em um sobretudo num tom de rosa fechado, estava de meia calça preta e o salto fino nos pés era da mesma cor. A casa estava vazia, com certeza estaria na casa do namorado, então era pra lá que a menina iria. Não perderia a oportunidade de conhecer o garoto que estava morando com o na desculpa de estar procurando a amiga.
Chamou um taxi, já que o carro que as duas dividiam não estava na garagem. A menina não demorou mais do que meia hora para chegar em frente a casa do amigo. Pagou o taxista e desceu encarando o belo jardim que tinha ali. A casa era grande e já havia ido ali umas cinco vezes, nada mais que isso. Eles não namoravam há tanto tempo para que tivesse a intimidade de chegar a hora que queria. O portão estava aberto, então a menina seguiu aquele caminhozinho pedras que dava a porta com uma ansiedade maior do que quando viera antes. Apertou a campainha, esperando que não demorassem a lhe atender, uma coisa que detestava era ter que esperar.
Minutos depois, encostado no batente da porta estava um garoto, vestindo apenas uma bermuda e ele tinha os cabelos bagunçados como o do garoto que havia conhecido.
— Mas não é a linda menina apaixonada pelos Beatles?! — O garoto disse brincalhão, com um sorriso sapeca nos lábios. rapidamente corou. — Como descobriu onde eu moro?
— Não sabia que você morava aqui. Vim atrás da minha amiga. — Tentou nervosa se explicar, as bochechas estavam quase ficando roxas de tanta vergonha. — Acho que o mudou de casa. — Falou para si mesma, desviando os olhos do rosto do menino. — Me desculpa pelo incômodo.
— Você conhece o ? — Perguntou surpreso. assentiu e abriu um sorriso ainda maior. — !! — O garoto gritou e deu um pulo de susto. , minutos depois, apareceu ali junto com ao seu lado.
— Amiga, o que faz aqui? — Quem disse foi , um tanto surpresa. sorriu um tanto aliviada por não ter errado de casa. — Pensei que estivesse dormindo. — A ria, abraçando de lado a puxando para dentro da casa.
Aquela confusão toda foi entendida quando resolveu contar que ela era a garota apaixonada por Beatles. , por um momento, ficou assustava com esse encontro, mas agiu naturalmente e ainda brincou com , dizendo que ela tinha sorte. A noite foi passando e os quatro pareciam se divertir muito bebendo algumas cervejas, assistindo filmes idiotas, ou conversando sobre coisas que não importavam. estava feliz, o menino da loja de cd’s era ele. O tal amigo que estava morando com o .
Já eram por volta das duas da manhã, os quatro estavam bem alterados por causa da bebida, o que os atores falavam nos filmes já não era mais entendidos por aqueles jovens que estavam jogados no sofá. e era o casal mais meloso que podia existir na vida. E claro que carinhos e beijos é bom, mas, puta que pariu, eles estavam grudados o tempo todo.
— Vou pegar outra cerveja. — disse com a voz enrolada e quase caindo em cima de . O menino riu e , mesmo bêbada, sentiu que ficou levemente corada. Andou entre tropeços até a cozinha. Abriu a geladeira e, assim que se virou com a intenção de voltar pra sala, deu de cara com parado a sua frente.
O menino tinha um sorriso sapeca nos lábios, e sabia que aquilo não daria em boa coisa. A menina sorriu de volta, mas foi um sorriso inocente. Não queria demonstrar que queria aquilo tanto quanto ele. O garoto passou levemente a mãe pelo rosto da menina, tirando uma mecha do cabelo que estava ali, ele colocou a mão na nuca da garota e fez um carinho gostoso. se arrepiou com aquele toque. O menino sorriu. A já estava ofegante por causa daquela proximidade, tinha vontade de se afastar, mas a vontade de beija-ló era muito maior. A garota colou a garrafa que estava em mãos em cima da mesa e olhou para , esperando uma atitude.
E ele tomou a atitude certa. Ele a beijou.
beijou levemente seus lábios, sentindo a menina sorrir, beijou sua bochecha em seguida e logo após mordeu seu lábio inferior com delicadeza. O menino ficou nessa brincadeira por poucos minutos, logo pediu passagem para que sua língua explorasse aquela boca. E a menina cedeu sem hesitar. O beijo começou calmo e carinhoso, mas a vontade de era muita para ficar só nisso. O garoto a pegou pela cintura, colocando-a sentada em um armário que tinha ali. Ouviu algumas coisas caírem no chão e quebrarem, mas não se importou. O moreno agora explorava o pescoço da menina enquanto ele arranhava levemente a nuca dele, fazendo-o se arrepiar.
... — chamou baixinho, e o garoto não respondeu. As mordidinhas no pescoço já eram sentidas pela . — ... Acho melhor a gente parar...

Um dia antes do Natal.

Véspera de Natal, acordou empolgada fazendo sua higiene matinal como todos os dias. Vestiu uma roupa qualquer, mesmo nevando, o dia não estava frio. Saiu do quarto e viu que também já estava acordada. A menina estava sentada no sofá da sala e parecia não ser a , a cara de morta era evidente. Com certeza ela teria passado a noite na casa do , deviam ter feito coisas indecentes a noite toda e agora a menina estava ali cansada e não ia ter vontade de fazer nada direito. bufou e viu a amiga se recompor rapidamente. sabia o quanto era importante aquela data para a . Era a primeira vez que passavam o natal em Londres e queriam comemorar de um jeito inesquecível. Voltariam para o Brasil no ano seguinte e queriam ter momentos guardados na memória impossíveis de esquecer.
As duas limparam a casa todo ao som de Beatles, e, quando deu cinco horas da tarde, decidiram que deveriam começar a preparar as comidas. O peru não demorou muito a ficar pronto, assim como o resto das guloseimas. A mesa ficou pronta em algumas horas, assim como todo o resto da casa. Os meninos disseram que trariam os vinhos e os champanhes. A árvore, agora com muitos mais presentes, estava perfeitamente decorada com pisca-picas e bolinhas vermelhas. Assim como nas janelas, que também tinha uma decoração natalina. Tudo estava perfeito. Do jeitinho que as amigas queriam.
Faltava pouco para os meninos chegarem e e já estavam arrumadas. A usava um belo vestido vermelho, de frente única e o decote era evidente, já a usava um dourado o decote era nas costas, deixando a pele branca da menina exposta. Elas estavam perfeitamente lindas.
Os meninos chegaram alguns minutos depois, e os dois estavam devidamente arrumados para a ocasião. Diferente do que pensava, não a ignorou e nem a tratou mal. O moreno beijou seus lábios de forma delicada e lhe desejou um feliz natal. , assustada, não teve reação nenhuma. Olhou para a amiga, que estava distante com o namorado, e lhe mandou língua, vendo a cara que ela estava fazendo.
A noite passou rápido e, com ela, muita alegria e felicidade, brincadeiras e risadas, beijos e abraços. e estavam agindo como namorados, e a garota gostava disso. Ele a tratava bem e lhe chamava de princesa, como nenhum outro garoto havia feito antes. sempre soltava uma piadinha, fazendo corar e moreno sempre beijava sua bochecha dizendo que ela ficava linda com vergonha. , pela primeira vez na vida, estava se sentindo amada.
— Hora de abrir os presentes. — disse empolgada, fazendo os amigos que estavam ali presente rirem. A menina andou até a árvore de natal já trocando as pernas por causa da quantidade de vinho que havia tomado até agora. — Primeiro, vou dar o presente da minha amiga. — Andou até lhe entregando uma caixa na cor amarela.
— Hum, vamos ver o que temos aqui... — Então a desfez o grande laço na cor vermelha e dentro da caixa havia um porta retrato, e a foto que estava ali fez a menina sorrir boba, foi quando elas haviam chegado a Londres. Olhou para a caixinha, agora encontrando uma pulseira. Franziu o cenho, não entendendo.
— Ela é assim, a cada ano que a nossa amizade for crescendo você tem que comprar um pingente diferente. — explicou. sorriu levantando-se e dando um abraço na amiga. — Bom, agora vamos ao presente do . — A andou até a árvore novamente, agora trazendo junto a ela, uma embalagem azul.
— O que você comprou, ? — O garoto perguntou sorridente enquanto desfazia o pequeno laço cinza que tinha ali. — Oh, meu Deus, onde encontrou esse livro? Eu estava procurando ele há semanas. , muito obrigada!
— Bem, quem vai agora? O presente do eu vou dar depois. — A disse, então se manifestou, levantando-se e indo em direção a árvore. A pegou um grande embrulho na cor rosa e entregou na mãe da amiga.
— Pra você, best, mandei fazer esse, o outro só posso te entregar amanhã. — Explicou. O laço na cor branca já estava desfeito e uma grande almofada com a foto das duas estampada, era o presente encontrado.
— Obrigada, amiga! — abraçou a amiga com carinho, lhe dando um beijo na bochecha em seguida. — Estou doidinha para saber o de amanhã. — A menina sorriu.
— Irá saber só amanhã, nem adianta fazer essa carinha. — disse antes de voltar à árvore e pegar mais um embrulho, dando a . O menino abriu encontrando uma bela coleção de óculos escuros. Agradeceu a um abraço apertado.
Os presentes foram terminando de ser entregues e a ceia já havia sido saboreada. As horas iam passando rápido. estava deitada com no sofá, e , entediada, decidiu ir para o quarto. Entrou tranquilamente, encostando a porta de leve, andou até a janela, se debruçando ali, a cidade completamente iluminada encava a menina de todas as formas. Perdia-se em pensamentos observando o lugar.
se viu completamente sozinho na sala, agora dormia no peito do namorado quanto o mesmo fazia um carinho nos cabelos da menina. andou calmamente corredor adentro daquele apartamento, parou em frente a porta da quarto da menina e a abriu devagar para que não fizesse nenhum barulho, a encontrou em silêncio e completamente fissurada na imagem de Londres. Ele andou até a e a abraçou por trás, beijando seu pescoço. sorriu, sabia muito bem quem estava ali.
— O que faz aqui? — Ela perguntou.
— Vim dar o seu presente de Natal. — Ele respondeu malicioso antes de virar a a menina e lhe beijar nos lábios. — O que acha da minha idéia?
— E qual é a sua idéia? — perguntou, se fazendo de inocente, o garoto riu beijando sua bochecha. Depois seu queixo, seu nariz e, enfim, seus lábios.
O beijo era calmo, explorava a boca da menina com delicadeza, suas mãos passeavam vez ou outra pelas costas nuas da menina, e lhe arranhava a nuca de uma forma sutil. desceu os beijos para pescoço, fazendo a se arrepiar com os lábios molhados, mordidinhas e chupões eram sentidos ali, mas a menina não se importava se ficaria marca no dia seguinte. O garoto a deitou calmamente em sua cama, ele não estava com pressa de nada, queria que as coisas acontecessem de um jeitinho especial. O laço do vestido foi desfeito pelas mãos grossas do garoto e os seios fartos de ficaram a mostra. O garoto beijou o corpo da menina devagar, tentando gravar cada detalhe dele. Passou as mãos pelas costas tentando achar um botão que tinha ali, e quando achou desabotoando o vestido, o jogou pra longe, vendo a menina agora somente com uma calcinha na cor branca. voltou a atenção para a boca da menina, lhe beijado com fervura, como se fosse o último beijo que daria. Suas bocas já doíam e a falta de ar era sentida pelos dois.
— O que está achando do presente de natal? — Ele perguntou rouco, enquanto mordia o lóbulo da orelha da menina. Ouvia a garota suspirar pesadamente.
— Não poderia ser melhor. — Ela respondeu com a voz um tanto abafada. O garoto sorriu, voltando a beijá-la.

Natal.

A acordou com a claridade que entrava pela janela, se xingou mentalmente por não ter fechado as cortinas na noite passada. Suspirou, lembrando-se do que havia acontecido, fechou os olhos se acomodando na cama, mas quando os abriu de novo, deu de cara com . Ele estava com a boca levemente aberta em busca de ar e seus cabelos estavam ainda mais bagunçados de quando o conheceu. A garota passou levemente a mão pela sua bochecha e sorriu, lembrando-se do sorriso do garoto. Estava apaixonada e não entendia como isso pode ter acontecido em tão poucos dias. , além de lindo e carinhoso, atencioso e engraçado, tudo que um garoto precisava para conquistar . Ele havia puxado a cadeira para ela sentar na hora da ceia, o que fez a garota sorrir de um modo mais bobo existente. Ele havia sido tão encantador com as luzes do natal.
A menina deitou-se em seu peito, querendo voltar a dormir, fechou os olhos sentindo se mexer um pouco, mas não se importou. Beijou seu peito e ficou fazendo carinho ali até o sono a vencer novamente. acordou minutos depois vendo a menina deitada em seu peito, o garoto acariciou seus cabelos, lembrando-se da noite passada. Sorriu. era tão encantadora que ele conseguiu ficar apaixonado desde que a viu na loja de cd’s onde trabalhava. Ela havia ficado tão linda corada naquele dia que o garoto teve vontade de beijá-la sem ao menos conhece-lá. O sorriso dela era contagiante, assim como seus olhos em um castanho esverdeado. tinha tudo que um garoto precisava, além da beleza.
Ele levantou com todo cuidado para não acorda-lá. Deu uma olhada no espelho, lavando o rosto em seguida e logo se direcionou para fora o quarto. O garoto não encontrou nada fora a bagunça e o silêncio que estava naquele apartamento. Andou até a pequena cozinha, preparando um café da manhã e, assim que terminou, voltou para o quarto.
— Bom dia, princesa. — Ele disse baixinho enquanto beijava o pescoço de na intenção de acordá-la. A menina resmungou com sono, mas o garoto era insistente. — Preparei uma coisa pra você.
— O que? — perguntou com a voz sonolenta e com os olhos ainda fechados.
— Você tem que ver. — O garoto disse se afastando, andou até uma escrivaninha que tinha ali e pegou a bandeja, a colocando em cima da cama. A garota sentou-se no colchão esfregando os olhos com a intenção de deixá-los abertos. Ainda estava com muito sono.
— Hum, que delícia. Obrigada, ! — Disse manhosa, se inclinando e beijando o rosto do garoto. Logo voltou a atenção a badeja, onde tinha suco, frutas, biscoitos e pães.
Os dois tomaram café entre muitos carinhos. Em seguida, deitaram na cama, colocando um filme qualquer na TV. acabou dormindo e aproveitou para levar a bandeja de volta à cozinha. Encontrou na sala assistindo TV, a fez uma cara maliciosa para o garoto, e ele riu. Voltou para o quarto, dando um beijo nos lábios da garota que continuava sorrindo como um anjo.

Ϟ

acordou horas depois. Despertou com um vento batendo em seu rosto, abriu os olhos, não encontrando ali. Decidiu levantar, quando foi hora a hora no celular, viu que tinha um papelzinho de baixo dele.
"Princesa, tive que ir embora, não quis te acordar. Você estava dormindo feito um anjinho e me deu pena. Te ligo mais tarde, ou você pode me ligar quando acordar. Ainda quero meu presente de Natal. Um beijo, do seu príncipe"
A menina sorriu feito uma idiota apaixonada. Decidiu então tomar um banho, e em vez de ligar para o garoto, lhe fazer uma surpresa. Vestiu sua melhor lingerie, colocou um sobretudo preto e nos pés um salto da cor rosa. Arrumou os cabelos de forma que eles ficassem com leves cachos nas pontas. Passou o mesmo perfume da noite anterior e saiu do quarto.
— Como foi a noite, hein, safadinha? — perguntou com um sorriso sapeca assim que chegou à sala. A menina corou levemente.
— Ah, , ele foi tão carinhoso comigo. — A disse com um ar apaixonado, ficou feliz pela a amiga.
— Então quer dizer que encontrou um namorado? — perguntou brincalhona, mas a não riu de seu comentário.
— Acho que encontrei meu Príncipe Encantado!

FIM

Nota da autora: Isso ficou uma merda. Mais o que vale é a intenção. Me deu uma vontade louca de escrever uma Fic de Natal, então foi essa coisa ai que saiu. Eu até curti o começo dela, estava indo a mil maravilhas, mais o final ficou uma bosta. Eu tinha um prazo pra me entregar, e isso não ajudou muito. Escrevi isso tudo em um dia, imaginem só!! Quando chegou no final meu estoque de imaginação e criatividade já estava a zero. Mais mesmo assim espero que vocês gostem do que eu escrevi, e comentem o que acharam aí em baixo. Um beijo com amor pra todas vocês!! ☺

Nota da beta: Eu NÃO escrevo essa fic, apenas corrijo. Encontrou algum erro? Reclame no meu e-mail ou Twitter, não na caixinha de comentários, ok?


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