Verão, Champanhes e Ano Novo.


Escrita por: Lola
Betada por: Laura Malik




Sempre amei o Ano Novo, quero dizer, não a data em si, mas a ideia que ela passa. É como se você pudesse começar de novo, recomeçar. Ter outra vida quem sabe, traçar novos objetivos. Como se tivesse cheiro, cheiro da comida que a sua avó faz saindo do forno, ou de uma folha de papel sendo xerocado, cheiro de chuva caindo na terra quente. Mas a verdade é que meu ano novo sempre foi a mesma coisa, não que eu esteja reclamando, mas sempre foi com as mesmas pessoas, na mesma cidade, na mesma casa. Nunca foi diferente. Sabe Salton Sea Beach na Califórnia, casa de praia dos meus avós. Era lá onde se reunia toda a minha família e os amigos mais íntimos. Verão, champanhes e ano novo. Nada mudou naquele ano, digo, tirando pelo fato que de a família Stuart estaria conosco, o que é totalmente estranho e horripilante. Pensar naquilo me dava calafrios. Quero dizer, não sei se sentia vontade de fugir ou ficava ansiosa pra que logo chegasse. Os Stuarts eram uma família grande como a nossa, com avós, pais, filhos, tios primos de 1º a 10° grau se fosse possível, até onde eu sabia.

Quando éramos mais novos, costumávamos sair pra brincar na praia, nós quatro, os Stuarts, Dan, Rachel e e eu. Com certeza era a melhor parte de estar em Sea Beach. Mas as coisas mudaram de rumo na adolescência quando eu me tornei próxima demais de e Rachel parecia não gostar muito daquilo. Eu podia entender, ela queria seus irmãos por perto nas férias, e sem querer passava mais tempo comigo do que com ela.
Em uma tarde ensolarada, e eu estávamos sentados na grama do jardim da casa da minha avó folheando uma revista teen que Vic havia deixado jogada pela casa. Eu, como não era nada chegada a essas coisas, e muito menos ele, a pegamos só pra ver o quão o conteúdo era idiota e rirmos um pouco. Folhando as páginas achamos um artigo sobre primeiro beijo. Eu, 15 anos, nunca nem havia abraçado um rapaz com segundas intensões. , com 16 e bom, eu não sabia sobre sua vida amorosa, mas na época podia apostar que ele não era mais bv com certeza. Comecei a perceber que estava ficando nervosa ao ler aquilo ao lado dele, e ele começou a ficar um pouco... Inquieto.
“Muitas pessoas beijam alguém pela primeira vez quando se sentem atraídas uma pela outra, mas não pelo simples fato de ser uma atração física, e sim mental. Porém outros simplesmente preferem ter sua primeira vez com alguém aleatório só pelo simples fato de experimentar ou adquirir experiência, cabe a você escolher”.

- Você ainda é bv? - me perguntou ainda com os olhos grudados na revista, mas eu podia apostar que ele nem estava lendo mais nada, apenas com vergonha de me encarar e seus cabelos caídos quase se encostando aos olhos. Então eu murmurei um simples “humrum”.
Engoli seco.
- Você ainda é?
balançou a cabeça negativamente.
Houve um silêncio constrangedor que nunca houvera antes entre nós dois.
- Sabe... - ele respirou fundo - Se você quiser... É... Tentar, pode ser comigo.
Outra coisa que eu podia apostar: minhas bochechas naquela hora já deviam estar de todas as cores. Eu queria, eu queria que fosse com , mas não pelo simples fato de adquirir experiência, mas sim porque meu coração batia forte toda vez que eu o via. Pelo simples fato de que minhas mãos suarem até eu ter a impressão de que estavam derretendo, e o meu estômago parecer uma montanha russa.
- Pode ser - fechei os olhos com força com medo de me arrepender por ter dito aquilo.
Então foi se aproximando devagar e encostou nossos lábios com leveza. Eu parecia estar nas nuvens e nunca mais queria sair de lá, mas as coisas não foram bem assim.
- ! - alguém gritou nos dispersando do momento mágico.
Era Rachel.
Ela estava parada na nossa frente com os braços cruzados e com a cara mais fechada que eu já havia visto. Logo depois saiu correndo de volta pra sua casa e foi logo atrás sem dizer uma palavra se quer. Mas eu nem me importei. Quero dizer, havia ganhado o meu primeiro com o primeiro garoto que eu fui apaixonada, talvez único, ele só não sabia disso. Mais tarde naquele mesmo dia, estava parado na frente de sua casa e parecia estranho.



- ! - disse descendo as escadas de casa que dava pra frente do jardim e logo era areia e mar.
Mal conseguia conter minha felicidade.
Algo estava errado.
Ele nem olhou na minha cara.
- ? - fui me aproximando e então ele se virou para mim e tinha uma feição triste, parecia chateado, parecia prestes a chorar.
- O que houve?
- , - ele começou, - por favor, me prometa uma coisa - engoliu seco.
- Claro! Qualquer coisa!
- Por favor, nunca mais fale comigo.
Foi como se um carro tivesse passado por cima de mim no momento em que ele disse aquelas palavras. Foi como uma bala perdida pega de surpresa. Foi como queda livre e uma pancada só no chão.
Então ele saiu correndo de volta pra sua casa que ficava exatamente do lado da minha como várias outras, sem ter me dado tempo ao menos de pensar se foi algo que eu fiz ou disse. Então passei o resto daquele feriado trancada no meu quarto, pensando onde eu havia errado. Desde então eu nunca mais havia os visto. Quero dizer, na mesma época depois desses cincos anos eu sempre via seus pais e os avós, mas nunca mais , Dan e Rachel.

***


Abri minha mala no chão e coloquei algumas mechas de cabelo que teimavam cair pelo meu rosto para trás das orelhas. Eu precisava colocar as minhas coisas no guarda-roupa antes de tudo virar uma bagunça durante as semanas que eu passaria por ali. Mas então eu olhei pra janela que estava exatamente na minha frente e ocupava quase a parede toda, do teto ao chão. Porém o que me atraiu não foi o simples fato de haver uma janela enorme no meu quarto, e sim a vista. O mar que parecia infinito. A areia branca. O vento que balançava algumas plantas verdes espeças no chão. O céu azul compoucas nuvens brancas que mais pareciam algodão. O sol radiando ea ponte. A ponte que eu costumava sentar todos os anos pra ver o sol se encontrar com mar a cada pôr-do-sol. Não resisti e sai correndo ao encontro do mar.

Andei entre a areia clara e a água salgada, até a ponta do meu vestido se encharcar, foi então que uma garotinha me chamou a atenção, quero dizer, ela veio até mim, perguntando por que eu estava de vestido na praia, não pude resistir aos risos. Ela tinha cabelos loiros muito claros e usava franjinha. Tinha também algumas sardas entre as bochechas e o nariz e olhos azuis como o céu.
- Mas eu gostei do seu vestido - a garotinha continuou até que alguém a chamou pelo seu nome “Sophia”. Eu olhei na curiosidade de saber de onde vinha a tal voz que me parecia tão familiar.
- Sophia, eu disse pra você não se afastar de mim! - era um rapaz alto, de cabelos negros que balançavam com o vento e olhos azuis como o da menina. Tudo em seu rosto parecia se encaixar perfeitamente, sabe? Nariz, boca, o formato do queixo. Parecia que tudo foi minuciosamente planejado e me fez lembrar ele, mas não podia ser. Ou podia ser? Ele se ajoelhou na água e abraçou a tal Sophia.
- Desculpe, tio .
.
Meu corpo congelou.
Meus Deus, foram apenas cinco anos. Cinco anos pra que ele se transformasse naquele rapaz que eu acabara de ver.
- Ah – ele pareceu levar um susto quando me viu - desculpe, eu não havia notado... – pausa – Você.
Foi se levantado devagar sem tirar os olhos de mim como se quisesse acreditar que era eu mesma que estava ali na sua frente.
- ? – ele piscou rapidamente.
- ?
Eu não sabia o que fazer, eu não sabia o que falar ou como agir. Tinha até desaprendido como se respirava. E tudo o que vinha na minha menta era apenas “Por favor, nunca mais fale comigo”, em seguida ele correndo com pressa pra dentro de sua casa. E depois o beijo. E Rachel parada na nossa frente. E meu coração apertado que parecia que podia sair voando pela minha boca a qualquer momento.
- Nossa, você... - ele estava sem graça e parecia muito surpreso como eu - mudou bastante.
- Você também.
Queria cavar um buraco na areia e enfiar minha cabeça lá dentro.
Queria abraçá-lo.
Queria batê-lo.
Queria beijá-lo.
Silêncio constrangedor.
- É... eu tenho que ir agora.
- Ah, eu também. – sorri amarelo.
- A gente se vê... mais tarde.
Mais tarde?
- Ah sim, mais tarde. Até mais tarde, porque mais tarde vamos... é, nos ver!
Por que diabos eu repeti tanto às palavras? Por que eu estava tão nervosa? Quer dizer, era só Stuart! Muitos já se passaram depois dele e porque eu estava tão atônita?

O resto do dia passou devagar, mas eu não conseguia tirar o que havia acontecido mais cedo da minha mente. Ajeitei minhas roupas no guarda-roupa, que por sinal ainda sobrava espaço pra mais um batalhão de roupas. Tomei banho, lavei o cabelo, sequei, passei o meu vestido pra festa que estava pronta lá embaixo só no ponto de todos chegarem e tudo começar e não saía da minha cabeça. Já dava pra escutar a música a alta e o volume de vozes que só aumentavaà medida que os minutos se passavam. Enrolei mais alguns minutos para descer e criar coragem pra me socializar com pessoas que eu nem tinha muita intimidade e outras que eu já havia tido demais. Por que a minha avó convidou os Stuarts, sério?! Eu tive que passar a noite me esquivando do Dan, da Rachel e do que não tirava os olhos de mim e nem disfarçava.

- Você está encantadora esta noite.
Vovó sussurrou no meu ouvido enquanto colocava uma de suas mãos na minha costa e a outra com uma taça de champanhe, também havia alguns anéis de ouro nos seus dedos já um pouco calejados pela idade. Vovó estava muito elegante, como sempre. Mantinha seus cabelos grisalhos por puro charme, na verdade, ela sempre os pintava dessa cor. Ela costumava dizer “cabelos brancos são sinais de experiência, não de velhice, minha querida.”
- Está pronta para encantar os rapazes solteiros da família dos Stuarts, minha netinha?
- Vovó!- eu disse em tom de repreensão, se ela soubesse... Mas depois rimos.
- Faça que nem a sua prima Vic, - Vovó apontou para ela que estava do outro lado da sala conversando com um rapaz aparentemente bonito que parecia o... Dan - não perca tempo.

Vic, ao contrário de mim, nunca perdeu tempo mesmo. Sabe aquele tipo de pessoa carismática que eu sempre quis ser? Ela era tudo isso e um pouco mais. Mais alta, cabelos longos e ondulados cheios de vida e meio ruivos, às vezes castanhos dependendo da claridade. Olhos negros e superexpressivos. Lábios carnudos e nariz afilado. Ela era linda aos meus e aos olhos de todos. Ela e eu sempre fomos muito ligadas, afinal nascemos no mesmo ano, crescemos juntas, estudamos juntas na mesma sala até o ensino médio e agora tínhamos planos de morarmos juntas. Melhores amigas, irmãs e primas. Vic era meu porto seguro. Sempre esteve por mim nas melhores e piores horas, mas mesmo assim, nunca me senti confortável o suficiente pra falar com ela sobre e tudo que havia. Não que ela não me passasse segurança, mas porque eu não sentia segurança em mim mesma pra falar sobre ele, e também o tempo passou, a história acabou perdendo a validade.

Comi, bebi, depois Vic me puxou pra pista de dança e sim, me fez dançar com ela. Se eu não estivesse um pouco “alegre” por causa da quantidade de champanhe que ingeri, com certeza tinha caído fora.
Meia noite já estava se aproximando, foi então que eu decidi descer logo para o jardim onde eu costumava fazer a contagem regressiva para o ano novo. Peguei mais uma taça de champanhe tirando meus sapatos e deixando por lá mesmo. Desci os poucos degraus que estavam na minha frente e pisei na grama fria e molhada. O vento batia frio por conta do mar que estava logo à frente. A lua estava linda e dava pra ver as estrelas nitidamente, ao contrario de Manhattan que sempre teve o céu escuro e feio, porém recompensado pelas luzes dos prédios que sempre me encantavam muito. Fui me aproximando do chafariz até que percebi certo movimento, parecia um rapaz sentado olhando para o céu.
Que maravilha, pensei eu.
Alguém estava sentado na minha válvula de escape.
Se não fosse pelo efeito do álcool que corria por minhas veias, eu daria meia volta e subiria para o meu quarto, muito chateada. Mas graças a isso, o álcool deixava que a minha curiosidade o meu corpopara onde eu quisesse ir.
- Com licença. - disse.
O rapaz levou um susto ao ver-me... Mais uma vez.
Só podia ser brincadeira.
- ?
- ?
- O que você está fazendo aqui? - eu perguntei.
- Bom, acho que eu preciso da mesma resposta. - Ele cruzou os braços.
- Eu sou dona da casa, quero dizer, a casa é dos meus avós e você sabe muito bem disso. - respondi meio ríspida, mas juro, não era a minha intenção.
Ele parecia se divertir da situação por que estava rindo, um riso debochado. Mas que inferno era o problema dele?
- Eu fui convidado assim como toda a minha família pra passar o ano novo com vocês, mas você também já sabe muito bem disso.
- Não, não. Eu me refiro a esse lugar, - disse apontando para o jardim onde estávamos - exatamente aqui no chafariz.
- Me pareceu um bom lugar pra se ficar. Não me leve a mal, mas não estava sentindo muito confortável lá dentro com todas aquelas pessoas bebendo e gargalhando alto.
Sentei ao seu lado jogando minhas pernas por cima do banco onde estávamos.
- Sabe... - comecei a falar como se minha boca não obedecesse às ordens do meu cérebro que dizia “cale a boca agora, levante-se, dê meia volta, suba para o seu quarto e fique por lá até tudo acabar. O que você está pensando, ? Que vocês podem simplesmente voltar a ser amigos de novo e às vezes darem uns beijinhos só pra acrescentar experiência? Olhe só pra você com esses cabelos lisos e curtos, esses olhos esbugalhados e essa roupa de vovó que você insiste em dizer que é vintage. Acha mesmo que Stuart vai te dar bola? Ele mudou, não é mais aquele garoto bobo que costumava correr atrás de você por onde fosse.”, mas eu simplesmente ignorei e continuei - Eu costumo vir aqui sempre...
- É... você mora aqui - ele disse como se fosse óbvio.
- Não! - eu ri - Digo, eu costumo vir aqui nesse chafariz alguns minutos antes da contagem regressiva pro ano novo. - beberiquei - Gosto de passar esse momento sozinha, sabe? Pra refletir ou seja lá o que for.
- Me desculpe, eu não sab... - ele foi logo se levantandopara ir embora, mas eu o interrompi antes que ele terminasse a frase.
- Não! - ele parou e se virou para mim. Os olhos de agora estavam cinza cintilante como a lua que era tudo que nos iluminava naquele momento. - Eu quero que você fique.
Ele esboçou um sorriso tímido, porém sincero. Senti algo brotar em meu estômago e não era o champanhe, mas eu também não podia ter me apaixonado mais uma vez, ou talvez eu nunca houvesse deixado de ser, o sentimento só estava ali, guardado no fundo, mas eu decidi por unanimidade de votos que seria por causa do champanhe. - Quero dizer, você pode ficar se quiser.
Qual era o meu problema mesmo? Ainda bem que estava escuro porque naquele momento eu devia estar de todas as tonalidades, menos a minha normal.
- Por que você me fez prometer que eu nunca mais poderia falar com você? - minha boca mais uma vez não obedecera meu cérebro. Muito obrigada, álcool. - Quero dizer, você me deixou louca, sabia? Sem entender o que havia acontecido, se tinha sido algo que eu disse ou havia dito que te magoou.
respirava fundo olhando pra sua taça de champanhe.
- Naquele mesmo dia, Rachel nos viu nos beijando. Você se lembra, não lembra? - ele perguntou e eu apenas balancei a cabeça. Como iria esquecer?
- Então, eu sai atrás dela pra tentar explicar porque ela tinha um ciúme doido de você que eu nunca consegui entender por que. Já dentro de casa ela disse pra mim em alto e bom tom que você era uma falsa, que falava mal de nós três para Sea Beach inteira e que havia te visto beijando outro garoto no dia anterior. Disse também que eu devia parar de ser um tonto por correr tanto atrás de você porque você mesma não estava nem aí.
Mas o que?
- Eu não pude controlar a raiva que eu senti por você na hora, por isso me tranquei no quarto e fiquei pensando em algum jeito rápido e indolor de acabar com isso ao invés de ir atrás de você e esclarecer toda aquela história. - agora mantinha os olhos em mim. - , você não tem noção do quanto aquilo doeu em mim porque eu era... - pausa - Eu era simplesmente apaixonado por você.
Meu coração estava saindo pela boca.
- E só depois quando eu voltei pra Chicago, me dei conta de que você nunca faria isso comigo ou com ninguém por mais que odiasse essa pessoa. Mas sempre tive a dúvida se você realmente tinha beijado um garoto no dia anterior. E ai eu senti vergonha de mim mesmo e resolvi nunca mais voltar aqui. Mas se passaram cinco anos desde então...
- Eu não vim na intenção de te pedir perdão, mas eu precisava te ver, nem que fosse longe, sabe? Perguntar para outra pessoa se você estava bem, o que estava fazendo da vida... Enfim! - ele riu sem graça - Eu simplesmente precisava saber de você.
- Bom... Como você já viu, eu estou ótima e agora faço faculdade de medicina na Columbia, nunca quis deixar Nova York.
- Agora eu posso dormir em paz.
Rimos.
- Eu não vou te dizer “poxa , você deveria ter me contado, você deveria ter voltado pra cá, você deveria ter me explicado” porque o passado já não importa mais. E sim, eu aceito suas desculpas - rimos.
Silêncio.
- A verdade, , é que eu nunca consegui tirar você da cabeça.
Era oficial, meu coração havia saído pela boca e agora estava jogado no chão sem pulsação nenhuma.
- Muito menos eu.
As pessoas lá dentro começaram a contagem regressiva a partir do 10. Então eu me toquei que 2015 estava prestes a dar o seu início no universo e eu estava com Stuart exatamente do meu lado.
“10” ouvimos lá dentro.
- Acho que devíamos contar também - ele disse com um sorriso nos lábios.
- 9. - dissemos juntos entre olhares curiosos e receosos, cheios de calor e desejos.
- 8.
- 7. - rimos.
- 6.
- 5.
Eu queria como nunca quis mais ninguém na terra.
A verdade era que meu coração sempre fora dele.
- 4.
- 3.
foi se aproximando e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
- Eu nunca mais quero te perder, Duham.
- 2.
- Eu nunca mais quero te perder, Stuart.
- 1.
Então um turbilhão de coisas aconteceu naquele segundo.
As pessoas começaram a gritar, chorar, rir, se abraçarem, se amarem.
Soltaram os fogos de artificio que passaram a iluminar nossas cabeças.
encostou seus lábios nos meus sem pressa como na primeira vez.
Os lábios dele tinham gosto de champanhe.
Na ânsia por seu corpo, eu me aproximei mais envolvendo os meus braços na sua nuca e suas mãos apertaram minha cintura com tanta precisão que eu nunca mais queria sair dali.
Meu estômago se afundava a cada segundo, como se estivesse em queda livre mais sem uma queda brusca no chão, ou como se eu estivesseem uma montanha russa prestes a fazer sua descida triunfal.
Depois separou nossos lábios devagar, mas continuamos próximos, ainda conseguia sentir sua respiração bater nos meus lábios enquanto ele acariciava meu rosto.

- Obrigada, tempo - olhei para o céu cheio de fogos de artificio.
Nós nos beijamos mais uma vez.
- Obrigado, vovó Duham. 0 disse, não pude deixar de rir.
Mais uma vez.
- Obrigada, universo.
E mais uma vez.








FIM.



Nota da autora (29/03/2015): Oi meninas e meninos (quem sabe). Bom, essa foi a minha segunda fanfic publicada aqui no FFOBS, mas a primeira não deu muito certo e acabou saindo do ar. Mas eu espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado assim como eu. E não, eu ainda não superei o ano novo, juro, uma das minhas datas favoritas. Sempre que escrevo faço uma playlist com o tanto de paginas que a fic vai ter, aqui não dá pra ver, mais ao todo foram 10, então aqui está o link da playlist que eu fiz que mais me inspirou na hora de escrever, se vocês tiverem curiosidade em escutar, aqui está (https://www.youtube.com/playlist?list=PLrm7cKBvF0pbSz9b1yAj1Rb_0B95TTq09 ). Se quiserem entrar em contato comigo, aqui está o meu twitter (@zerololita é o mesmo do instagram) ou o meu email: zerotchubaluba@hotmail.com . Mil beijooooos e até próxima quem sabe.


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