Agora, pra sempre
História por: Werydiane
Betada por: Gabriella

caminhava sem rumo, apenas andava, gostava de fazer isso nos fins de tarde de Londres, tinha um friozinho gostoso, ideal pra se distrair e pensar na vida. Com as mãos nos bolsos, falava consigo mesmo. Era como se fosse mais fácil pra se compreender.
'Eu não sei o que eu to fazendo, mas eu tenho que fazer'. - suspirou, novamente vinham à tona aquelas imagens que não saiam de sua mente um dia sequer. Seriam essas imagens, essas lembranças, o que julgava nunca mais esquecer. - 'Um momento quase perfeito, inocente em seus defeitos.' - não cansava de repetir isso para si mesmo, é como dizem: tudo que é bom dura pouco, e não acaba cedo.

Agora, pra sempre, foi embora, mas eu nunca disse Adeus.

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estava lá, naquela festa, de quem era aquela festa mesmo? Ele não sabia. Sabia somente que queria beber até não se agüentar mais, quem ligaria? Ninguém.
Ninguém ligava pra ele fazia tempo, não sabia o porquê do rumo que sua vida 'tava levando, mas sabia que esse 'rumo' era pra baixo, bem baixo.
Havia terminado com sua noiva, 'quem liga? ela era uma idiota mesmo', e brigado sério com seus amigos.
Estava apoiado em um banco perto de um mini bar de uma enorme sala iluminada. Fedia a vodka, estava todo amassado, e sozinho, no meio de mil pessoas, mas sozinho.

- Oi, você 'ta bem? - Escutou uma voz estranha, ao mesmo tempo em que sentiu um cheiro doce e agradável, levantou o rosto, viu o que mais parecia ser um anjo em sua frente.
Era a face mais bela que ele já tinha visto de frente a sua. Não conseguiu falar nada, parecia estar hipnotizado por aquele sorriso. Um anjo, seu anjo.
- Erm.. tô..quer dizer.. não num tô não, eu acho que vou vomitar..- seu estômago embrulhava.
- Ai meu Deus, deixa eu te ajudar, vem cá..- o ajudou a se levantar - você quer alguma coisa? algo doce pra aliviar o efeito do alcool, sei lá..
- Não, não quero nada.. 'To meio tonto, preciso respirar lá fora - pôs as mãos na cabeça.
- Tá, eu te levo, vamos - passou um dos braços dele pelo seu ombro, e o guiou até a saída. - Me fala, você 'tá sozinho? Você precisa ir pra casa.
- Me leve para a sua casa, eu quero dormir onde você mora - foi a única coisa que disse, olhando a menina profundamente. Ela riu, quem não riria dessa situação? O cara que conheceu a poucos minutos a olhava como se ela fosse a mulher da vida dele. Ora vamos, era bem cômico.
- Eu não vou te levar pra minha casa, mocinho, eu nem conheço você! - ainda ria.

Ele passando mal e ela rindo, tanto barulho ele não entendia direito, mas concordava sem saber com tudo que ela dizia. A única coisa que ele pensava no momento, era que se ela pedisse pra ele pular de um prédio, ele diria sim, 'QUALQUER coisa pra você gostar de mim'.
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Agora, pra sempre, foi embora mas eu nunca disse Adeus.

perdeu o rumo, parou no parapeito de uma ponte que tinha uma vista maravilhosa. E mais uma vez, as benditas imagens. Sorriu quando lembrou que começou a delirar..

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- Olha, eu prometo que vou parar de beber e de fumar - ele falava como se implorasse pra ela levar a sério o que ele dizia.
Estavam sentados na grama de frente a rua, ela apenas ria daquele garoto de olhos lindos, bêbado e falando coisas engraçadas pra ela. Até que parou um carro na frente deles de onde desceram dois garotos muito bem arrumados, e bonitos também.
- cara, a gente te procurou demais, seu idiota. - disse o mais alto deles.
- Vocês o conhecem? - a garota.
- Claro, ele mora com a gente. Vem, vamos te levar embora - puxando pelo braço.
- Ele precisa ir pra casa mesmo - disse ajudando o garoto a se levantar, e reparando seu estado, tinha certeza de que ele já não estava mais consciente no momento.
- Então é isso, obrigada por ficar com ele aqui - Ela esboçou um pequeno sorriso, ele deu a partida no carro e desapareceu no horizonte da enorme rua escura.

'Der repente a noite acaba, e todo mundo some, me lembrei que eu esqueci de perguntar o seu nome'

que estava caído no banco de trás, levantou de sobressalto, e deu um grito..
- Não! Esperem, cadê ela?
- Ela quem, ? - perguntou seu amigo que havia tomado um susto com o desespero do menino.
- o Anjo que 'tava comigo. Eu não perguntei o nome dela..VOLTA ESSE CARRO AGORA - olhava desesperado pelo vidro traseiro do carro.
- E cara, esquece, valeu? Você já aprontou demais hoje, e depois ela nem deve estar lá - Disse o outro. , já bastante irritado por toda situação
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'Sem endereço nem direção, por onde começar, qualquer coisa pra poder te encontrar..' abaixou a cabeça encarando a "grande água" que havia abaixo de si, que se juntaria as suas lágrimas silenciosas que não paravam de cair.

Agora, pra sempre, foi embora mas eu nunca disse Adeus.
Agora, pra sempre, foi embora mas eu nunca disse Adeus.
Agora, pra sempre, foi embora mas eu nunca disse Adeus.

'Eu não como, eu não rio, eu não sei mais o que é adormecer, minha ex-noiva eu não sei quem é, meus amigos quase não os vejo' suspirou 'meu anjo, me desculpe se eu fechar os olhos e desaparecer'

Agora, pra sempre, foi embora mais eu nunca disse Adeus.

...
- HEY! - olhou pra trás, num ato de surpresa pela voz ouvida a poucos segundos, abriu um pouco os olhos e sussurrou 'meu anjo'.


# FIM

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Gabee