All Together Now
por: Mila Fletcha



Cap. 01

- Ai, mas que saco! – resmungava , uma garota de cabelos curtos castanhos, que saía da biblioteca em direção à cantina da escola onde estudava.
- , aqui, amiga. Aqui! – gritou uma garota bastante parecida com ela, porém mais baixa, que estava junto a mais duas meninas. Eram gêmeas.
- Ah, já vai. – respondeu ao avistar as garotas.
- E então, onde você esteve todo esse tempo? – perguntou uma menina de longos cabelos cacheados quando se sentou à mesa onde estavam.
- Infelizmente na biblioteca, . – respondeu , abrindo o livro que havia pegado por lá.
- Infelizmente? – repetiu a quarta menina, que era a mais alta das quatro e possuía belos olhos azuis.
- É, . - confirmou .
- Bem, me deixa adivinhar. – começou a garota que se parecia com ; eram irmãs gêmeas. – O Poynter estava atrás de você outra vez!
- Bingo, . – respondeu ela sem entusiasmo.
- Nossa, ele não cansa não? - perguntou rindo.
- Ah gente, coitado. Ele realmente gosta dela. – falou , que comia um grande sanduíche natural. – Ele só está tentando ser legal.
- Não está conseguindo. – disse , que agora ria com as amigas.
- Oi. – disse uma voz no ouvido de , o que a fez corar.
- Harry! – exclamou ela, abraçando o garoto. Ele era lindo: alto, possuía cabelos bagunçados, olhos azuis penetrantes e um estilo único.
- Parabéns, amor! – exclamou ele, pegando-a pela cintura e dando vários beijinhos em seu pescoço.
- Nem acredito! Cinco meses! – disse ela feliz a Harry. – Então, vamos sair hoje?
- Claro que sim! Quero te levar a um lugar especial. Surpresa. – sussurrou a última palavra no ouvido da namorada. – Te pego às sete?
- Combinado!
- Oi para você também, Harold! – saudaram , e em coro.
- Ah, foi mal, gente. Oi. – falou ele meio sem graça.
- Cadê os garotos? – perguntou , estranhando não ver Harry junto a seus amigos, Tom, Dougie e Danny; nunca andavam separados.
- Humm... Dougie estava na biblioteca, Danny levando um carão do professor de história porque não fez o trabalho. O Tom deve estar azarando alguma garota... E eu estou aqui!
- Ainda bem. – falou , dando vários selinhos seguidos no namorado.
- Ah, vão se babar em outro lugar! – disse jogando os guardanapos que estavam em cima da mesa nos dois.
- Ai, está bem! Eu e meu Harry vamos comemorar nosso dia a sós. – começou levantando as sobrancelhas. – Vocês três aí já fizeram os papéis de vela e castiçal por muito tempo hoje!
- Há, há, há! Engraçada, você! – riu ironicamente à medida que eles se distanciavam.
- Bem, pelo menos o que ela disse é verdade, não é?
- O quê, ?
- Que estamos na seca, encalhadas. – admitiu a garota olhando para suas amigas.
- Ai, nem me fale. – bufou . – aí se dando bem, e a gente aqui, sem ninguém!
- Se você realmente quisesse sair da seca, já tinha agarrado o Douglas. – disse calmamente. Ela realmente achava que Dougie e tinham algo em comum.
- Corta essa, . Imagina só: Se o Poynter já vive no meu pé sem sermos namorados, imagina se eu aceitar a proposta dele... Ele não vai me deixar em paz! – completou , que não parecia ter muita certeza do que falava.
- É, ele exagera um pouquinho. – concordou risonha. – Ah, mas olhe pelo lado bom, ele é legal, divertido, inteligente, tem uma banda que todos gostam, é lindo e... Olha, chegaram!
- Quem? – perguntaram e se virando para ver quem entrara na cantina.
Eram eles, Tom Fletcher, Danny Jones e Dougie Poynter, que acabavam de chegar brincalhões como sempre. Não paravam de dar uns nos outros tapas e murros enquanto pediam o lanche. As meninas os conheciam há dois anos e eles já eram bastante amigos; porém, neste ano, as garotas passaram a observá-los com outros olhos.
Tom era loiro, tinha cabelos bagunçados que batiam em suas sobrancelhas grossas e possuía um pequeno detalhe que deixava quase todas as garotas do colégio caídas aos seus pés: Uma covinha na bochecha esquerda. Danny tinha lindos olhos azuis redondos e cabelos que cobriam, parcialmente, um de seus olhos. Já Dougie, tinha os cabelos sobre um único olho, era o mais novo dos quatro e também tinha um belo piercing em seus lábios. Eles e Harry tinham algo em comum: sempre andavam com o samba-canção por fora da calça, dando um diferente charme a cada um.
- Aqui para nós. – começou meio desconcertada. – Eles mudaram muito, não foi? Sei lá, tinham cara de bebês, pareciam crianças, e agora...
- Estão muito gatos. – continuou sorrindo.
- Eu sempre achei o Thomas o mais lindo, vocês sabem. Tem algo nele que me chama a atenção. – falou fitando o garoto de longe.
- Eu acho Danny o mais charmoso, muito fofo. – deixou escapar, ficando envergonhada. – E você, ?
- Está legal, - bufou como se tomasse coragem para dizer aquilo. - Mesmo que não goste do jeito pegajoso dele, acho sim o Douglas o mais lindo.
- Está vendo? Aproveita! – disseram as outras duas tirando sarro da amiga, que balançou a cabeça rindo.
- Ai, gente, disfarça. Eles estão vindo pra cá. – disse pelo canto dos lábios, enquanto arrumava os cabelos e voltava seus olhos para a leitura.
- E aí, meninas? – Jones cumprimentou-as, sentando-se ao lado de .
- Olá. – falaram Dougie e Tom juntos.
- Oi. – responderam docemente.
- O Harry e a estão escondidos em algum armário por aí? – brincou Tom, fazendo com que todos rissem.
- Quem sabe. – disse Dougie trocando olhares maliciosos com os amigos.
- Meninos! - bufou balançando a cabeça negativamente, apesar de estar segurando o riso.
- Erm, então... Vão fazer o próximo show quando? – adiantou-se mudando o rumo da conversa.
- Depende do diretor. – respondeu Danny balançando os ombros. – Mas acho que antes das próximas provas rola alguma coisa. - concluiu levantando as sobrancelhas.
De repente ele parou por uns instantes e olhou fixamente para , deixando-a bastante nervosa.
- Ai, meu Deus. O que foi? Um bicho?! – perguntou a garota desesperada.
- É sim, uma barata bem grande e gorda aí do seu lado! – exclamou Dougie apontando para um lugar vazio.
, e começaram a gritar sem parar, chamando a atenção de todos que estavam ao redor.
- Calma meninas. Era apenas uma brincadeirinha! – exclamou Dougie, que rolava de tanto rir ao lado de Fletcher e de Jones.
- Essa foi boa! Virei seu fã, Poynter. – brincou Tom espalmando uma de suas mãos com a do amigo.
- Foi boa? BOA?! – perguntou uma ofegante voltando ao seu lugar. – Nunca mais, nunca mesmo, façam isso de novo!
- Ai, que nojo! Só de pensar numa barata gorda e... - começou a dizer fazendo milhões de caretas. - Vocês estão loucos? – perguntou quando se sentou, tentando se livrar dos olhares e risos que vinham de outros alunos da cantina.
- Vocês que são muito frescas! Ah, qual é? Era só uma baratinha! – exclamou Danny ainda rindo muito delas. – Mas não foi por isso que eu levei um susto, .
- Ainda bem que não! – exclamou ela, fuzilando Dougie. – Mas o que era, então?
- Esse é o seu trabalho de história? Você tirou dez? – perguntou boquiaberto.
- Sim, por quê?
- Você vai me ajudar. – respondeu Danny decidido. – O professor de história me deu mais dois dias de prazo até eu entregar a droga desse trabalho, mas não estou entendendo nada!
- Ah, mas ela vai ter o prazer de te ajudar, não é amiga? – disse apertando discretamente a perna da garota, que gaguejava nervosa. não podia acreditar no que ouvira.
- É, você vai entender tudo rapidinho, Jones. – concordou rindo.
- Ótimo. – falou ele dando socos no ar. – Posso passar na sua casa depois do almoço?
- Ah, erm, claro! – respondeu ela corando. realmente achava Danny tudo de bom. – Mas vê se não se atrasa, tenho muito o que fazer, Jones!
- Ele não pode se atrasar, até porque temos ensaio hoje. – lembrou-o Thomas rapidamente.
- Mas acho que dá tempo sim. – falou Dougie indiferente, que não havia tirado os olhos de desde que haviam chegado àquela mesa. – Erm, então, , – continuou trêmulo – será que você não quer fazer algo hoje?
- Desculpe, Douglas. – começou sem ao menos olhar para o garoto. – Estou atrasada em algumas matérias e... AI!
havia pisado no pé da amiga a fim de que ela aceitasse o convite de Dougie pelo menos uma vez. Mas não foi isso que aconteceu.
- Mais uma bola fora da rede, cara. – comentou Thomas batendo no ombro de Dougie, consolando-o.

Cap. 02

Na mesma hora em que e Harry voltaram para a cantina, o sinal que informava mais dois tempos de física para as garotas tocou. Os oito seguiram em direção ao corredor principal e depois , , e entraram em uma sala e Dougie, Tom, Harry e Danny subiram para o outro andar. Eles estudavam na mesma série, porém, em salas diferentes.
- Ei, galera. Espera aí. – chamou Danny aos amigos antes que entrassem na sala. – as garotas estão gatas, fala sério.
- Eu pensava que só eu que tinha percebido, mas logo quando a gente voltou de férias eu também percebi algo de diferente nelas. – concordou Dougie. – A é a mais linda, sempre foi...
- A , ela sim. Cara, eu ainda fico com ela. - disse Fletcher puxando a gola de sua blusa.
- Tom, a não é uma dessas garotas que você pega por aí. – falou Harry sorrindo. – Ela é muita areia para o seu... Pinicozinho!
Danny e Dougie riram abertamente e deram vários tapinhas na cabeça de Tom, que apenas riu ironicamente.
- Vocês duvidam, não é? – perguntou um Tom irritado, à medida que um grupo de meninas entrava na sala. – Eu aposto dez libras que pego a !
- Há, há, há! Está apostado! – falaram os outros três em uníssono.
- Amanda, você ouviu isso? – perguntou uma das garotas puxando outra colega para o lado.
- O que, Beth? – perguntou uma menina sardenta.
- O Tom acabou de fazer uma aposta! Ele disse que apostava com Danny, Dougie e com o Harry que ficava com a !
- Ai, não acredito! – falou Amanda abaixando a cabeça. Ela já gostava de Thomas fazia alguns meses, mas ele nunca olhara para ela. – Aquela idiota! O que ela tem que eu não tenho?
- Você não percebe? Você pode tirar algum proveito disso. – disse sua amiga sorrindo. – Espere até o momento certo, eu vou te ajudar, amiga! Um dia você ainda fica com o Thomas!

Cap. 03

As aulas tinham se passado mais lentamente do que as garotas previam. Todas as quatro detestavam física e a professora que ensinava essa matéria, Sra. Emma, era muito chata e exigente. Não permitia a entrada de alunos em sua aula quando eles se atrasavam, passava pilhas e mais pilhas de deveres e trabalhos todos os dias.
- Não acredito que aquela cobra da professora de física fez isso! – exclamou conferindo sua agenda ao saírem da escola. – Quatro páginas de tarefa!
- Fora que esse assunto é bastante complicado. – reclamou indignada.
- E eu? Ainda vou ajudar o Danny com o trabalho!
- Ah, ! Vai me dizer que você não gostou disso? Ele é um gato, sei que você está de olho nele. – disse dando um empurrãozinho na amiga, que abriu um sorriso.
- Eu não gosto dele... Ele é lindo, só.
- Humm, a gente acredita! – exclamou rindo, batendo uma de suas mãos na testa.
, , e moravam juntas há algum tempo. Eram muito unidas, melhores amigas. Danny, Tom, Harry e Dougie também moravam juntos desde que formaram o McFLY, a banda da qual faziam parte. Danny e Tom cantavam e tocavam guitarra, Harry ficava na bateria e Douglas tocava baixo e cantava o backing vocal.
Para aquela tarde, havia preparado macarronada para o almoço e já havia feito uma deliciosa sobremesa: brigadeiro. Elas se fartaram e logo depois foram pegando nos livros e cadernos para dar uma revisada nas matérias e fazer as tarefas de casa. Estavam estudando bastante para as provas que se aproximavam e sabiam que deveriam estudar desde cedo, pois o colégio apertava cada dia mais.
mal se sentara quando a campainha tocou.
- Será que é o Jones? – perguntou nervosa.
- Acho que sim, vai lá atender! – encorajou-a animada. As meninas estavam querendo juntá-la ao garoto.
- Oi, . – Jones saudou-a quando a garota atendeu a porta. – Oi meninas! - completou acenando educadamente para as outras três.
- Oi, Danny. – disseram elas. – Entra aí!
- Então, vamos começar? – perguntou pegando um livro de história e mostrando-o a Danny, que fez uma engraçada cara de nojo. Ele simplesmente odiava essa matéria.
- Fazer o quê? – respondeu desanimado, escondendo a alegria por ver novamente.
e Danny entraram num cômodo da casa que tinha uma pequena escrivaninha onde ela costumava fazer os trabalhos. Tinha alguns livros empilhados ao lado da mesa, que serviriam de base para o estudo que fariam.
- Vamos olhar isso tudo antes de começarmos? – perguntou Danny coçando a nuca, assustado pela quantidade de livros que havia ali.
- Claro que sim! Quer tirar nota alta ou não? – perguntou dando um pequeno sorriso. Ela gravava cada movimento que Jones fazia.
- Então vamos lá!
Passaram trinta minutos grifando coisas importantes nos livros, discutindo e mais uns dez minutos rindo juntos das coisas que o Danny dizia ou fazia. Ele parecia estar muito empolgado com a idéia de estar ali, junto à . E mesmo que odiasse história, ele poderia ficar ali ouvindo ela falar sobre a revolução industrial quantas vezes quisesse.
- Entendeu? – perguntou risonha, fechando o último livro.
- Cara, não sabia que você era tão inteligente, . – disse ele sorrindo; seus cabelos sob a testa, quase cobrindo seus grandes olhos azuis.
- Ah, obrigada. – agradeceu ela sem jeito. – Espero que você tenha conseguido entender algo.
- É claro que consegui! Com você como professora era a única coisa que poderia ter acontecido, não é?
O silêncio encontrou morada entre os dois naquele momento.
- Danny, ? – gritava da sala.
- Ah, oi. Já vai! – berrou rapidamente, depois de uma longa troca de olhares entre ela e Danny.
- Ainda não acabaram? – perguntou aparecendo na sala onde os dois estudavam.
- Oh, sim. Acabamos agora. – respondeu ele, levantando da cadeira segurando vários papéis cheios de anotações. – Então... Já vou indo! - disse virando-se para , ainda vermelho.
- Está certo. – falou dando um leve sorriso. – Qualquer dúvida, fala comigo amanhã!
- Certo. Bem, adeus garotas. – despediu-se Jones, andando até a porta.
- Tchau! – despediu-se acenando. – Pede pro Harry me ligar quando vier me pegar hoje!
- E manda um beijo para os meninos! – falaram , e juntas. - Pode deixar. – respondeu ele fazendo um sinal com a mão.

- Como é que foi lá, hein, cara? – perguntou Judd quando avistou Danny entrando em casa.
- Muito bom, muito aproveitador. - disse o menino se jogando no sofá da sala.
- Como assim? Rolou alguma coisa? – perguntou Tom, que vinha da cozinha segurando um copo d'água.
- Não, cara. Mas ainda rola, tenho certeza. - disse suspirando. A imagem de escrevendo milhões de coisas no papel não saía de sua cabeça. - Não sei como não notei o jeito especial dela. Sempre fiquei com garotas tão idiotas! - completou pensativo.
- E gostosas. – continuou Dougie, que aparecera repentinamente na sala.
- Ai, vocês dois estão apaixonados, humm, que lindo! – exclamou Tom dando saltinhos pela casa, enquanto Harry fazia corações no ar.
- E a sua aposta ainda está de pé, Sr. Pegador? – brincou Danny, fazendo o amigo parar de saltitar.
- É claro que está. – respondeu ele sentando no sofá ao lado do amigo. – Eu me garanto! - completou gabando-se.
- Quero só ver. – bufou Dougie, mascando chiclete, fazendo com que o piercing no lábio esquerdo se movesse lentamente.
- E esse ensaio, sai hoje mesmo? – perguntou Judd, conferindo seu relógio de pulso. – Vou sair com minha garota às sete hoje. Vamos comemorar muito esse dia. – continuou com um olhar maldoso.
- Esse é o Harry que eu conheço. – disse um Danny risonho. Eles desceram para o porão e começaram animadamente o ensaio logo após ouvirem o grito dos guitarristas: - Vamos lá! 1, 2, 1, 2, 3, 4!
O som que o McFly fazia era bastante agitado e suas letras falavam principalmente sobre garotas.
Duas horas depois eles decidiram parar. Harry logo subiu para o banheiro a fim de se arrumar, pois logo mais pegaria para comemorarem os cinco meses de namoro que eles faziam naquele dia. Tom, Dougie e Danny pegaram, contra a própria vontade, as tarefas de casa que os professores haviam passado no dia.

Cap. 04

- , seu celular! É o Harry, amiga! – chamou-a , procurando a amiga pela sala.
- Aqui, ! Vem cá! – pediu colocando a cabeça para fora da porta do banheiro.
- Você está linda. – elogiou-a , quando viu o vestido que a garota usava. Era um vestido preto curtinho, que tinha um lindo e grosso cinto prateado preso na cintura. Ela estava com seus cabelos soltos e calçava um sapato da cor do cinto.
- Obrigada. – agradeceu ela sorrindo. – Harry? Já está chegando, certo. Estou indo, ok? Te amo muito, muito, muito!
- Ele já está aí fora buzinando, . – avisou-a depois de dez minutos. – Nossa, como você está linda! Vai arrasar o coração dele, amiga. Quero dizer... Já arrasou! - completou desejando ter um namorado também. O Fletcher, quem sabe.
- Vocês acham mesmo, garotas? - perguntou sorrindo abobada.
- Claro que sim! Agora vai logo que ele tá te esperando. - falou , empurrando a amiga até a porta da sala.
- Se divirta, ! – disse animada dando um longo beijinho na bochecha dela.
- E vê se não volta tão tarde ou vamos ficar preocupadas!
- Está certo, mamãe . Fique calma! Eu volto antes das cinco da manhã! – riu batendo a porta de casa e foi ao encontro do namorado, que estava com o carro estacionado na rua.
Harold estava em pé, ao lado de seu carro, esperando a namorada. Quando a viu quase caiu para trás; realmente havia caprichado no visual daquela noite.
- Uma gata. – falou Harry, abrindo os braços em direção à garota. – Linda, linda, linda!
- Obrigada, Judd. Você também está lindo, como sempre. – falou ela num tom mais suave, abraçando-o com força. – Aonde vamos, amor?
- Você vai ver, entra aí. – disse ele apontando para o carro.
O carro seguiu pela estrada da praia, mas não parou ali. Foi mais adiante, até chegarem numa rua deserta, onde havia uma casa que lembrava estranhamente uma casa de campo.
- De quem é a casa? – perguntou curiosa, quando o carro estacionou.
- Por hoje é nossa. – disse o Harry sorrindo para ela. A menina fez uma cara de quem pede para repetir a pergunta e ele continuou a falar. – Está bem, Está bem. É do meu avô! Ele me emprestou por hoje.
- Humm... – resmungou ela desconfiando de alguma coisa. ainda não entendera o porquê de comemorarem o aniversário de cinco meses de namoro naquela casa. – Mas a vista daqui é linda, Harry!
- Reservei essa paisagem só para você. – disse ele abraçando a menina por trás. – E também reservei isso...
Ele estava pegando alguma coisa dentro do bolso de sua calça. olhou para trás com um sorriso curioso para o menino e soltou um grito quando viu o que ele acabara de lhe entregar.
- Simplesmente uma reserva de uma blusa na nova loja do shopping! Harry, aquela loja é caríssima! As meninas da escola estavam me contando que nem a Letícia conseguira comprar nada por lá e olhe que ela é podre de rica. – comentou ainda abobada com o presente que o Judd lhe dera. – Como conseguiu?
- Tenho meus truques. – brincou ele, apertando a cintura da garota, que se virou e deu um beijo de tirar o fôlego no garoto.
- Ah, quase ia me esquecendo. – falou quando pararam de se beijar. – Tenho uma coisa pra você também...
foi até o carro buscar o presente que havia deixado no banco em que sentara.
- Uh, o que será? – perguntou curioso levantando a duas sobrancelhas.
- Sabe aquela coletânea de vinis dos Beatles que você sempre quis? - a garota perguntou um pouco envergonhada. - Bem, está aqui. Parabéns, meu bebê! – disse por fim entregando um pacote bem grandinho ao garoto, que arregalou os olhos para o presente.
- Amor, eu não acredito! – agradeceu com um sorriso de ponta a ponta do rosto. Há muito tempo ele procurava por essa raridade, mas parecia impossível de conseguir a tal coletânea. – Mas como você sabia que eu queria tanto? Só os...
- Garotos sabiam. – completou rapidamente. – Pedi uma ajudinha a eles!
- Obrigado, . – Harry agradeceu mais uma vez sorrindo. – Então... Vamos entrar? - indagou convidativo.
- Claro. – concordou ela e os dois entraram de mãos dadas.
A casa realmente parecia ser do avô de Harry; tinha uma aparência bastante antiga, além de estar mal cuidada.
- Nossa, Harry. A cozinha definitivamente fede. – falou com as mãos tapando o nariz.
- Não importa. Não vamos usar a cozinha mesmo. – disse ele andando lentamente até a garota, que estranhara o comentário insinuante dele.
- Como assim? – perguntou ela retribuindo o beijo que o namorado acabara de lhe dar.
Mas Harold não respondeu nada, apenas continuou a beijá-la mais forte, fazendo com que ela andasse para trás até tocar na parede. Para surpresa de , Judd estava descendo cada vez mais a mão e a apertava com mais força.
- Harry? Harry... – começou a falar tentando se desviar de seus beijos.
- Hm? – perguntou ele baixinho dando um beijo no ombro da menina.
- Harry, pára... Pára, amor... – continuou ela se afastando dele.
- Ah, o que foi?
- O que foi pergunto eu! – exclamou ela, levantando a alça do vestido que ele acabara de descer. – O que você quer, afinal?
- Pára de enrolar, amor. Vem cá, vem. – disse o menino ignorando o que a garota estava dizendo, indo a seu encontro novamente.
- Harry, me larga! – exclamou uma irritada. – O que você acha que eu sou? Você está querendo... Querendo...
- E o que é que tem? – perguntou Harold levantando as mãos. – Estamos fazendo cinco meses de namoro hoje, . Já está na hora de...
- Eu não acredito. – disse , virando-se decepcionada. – Quer dizer que você só estava namorando comigo até que o dia de hoje, planejado por você, acontecesse, não é?
Ela ia em direção à porta quando o Judd a puxou pelo braço.
- Qual é, ? Você sabe que não é nada isso! – exclamou ele olhando nos olhos da garota, que chorava. – É só que, você sabe... A gente se ama, é uma coisa natural! E, como eu disse, já estamos juntos há cinco meses. Não tem problema.
- Então é assim? Se nos amamos, temos que fazer?
- É. – confirmou ele sorrindo; um sorriso que deixou ainda mais triste e furiosa.
- Então se pra você amar é isso, você não sabe o que é amar. – disse ela calmamente, agora as lágrimas corriam pelo seu rosto. – Estou decepcionada com você, Harold... Agora me deixe ir...
tirou o braço do garoto que a prendia a ele e saiu daquela casa sem olhar para trás. Harry deu um estrondoso murro na parede e em seguida ela pode ouvir a voz do garoto ecoar de longe.
- EU TE AMO, ! EU TE AMO! – gritava Harry sem parar, sentando-se no chão com os olhos cheios de lágrimas. – Não era pra ser assim...
Depois de trinta minutos de caminhada, finalmente a garota havia chegado em casa. , e estavam assistindo a um filme de romance e comendo pipoca quando abriu a porta.
- Já, amiga? – perguntou estranhando o pouco tempo que a garota passara com o namorado.
- ? O que foi, aconteceu alguma coisa? – perguntou deixando a pipoca de lado e indo de encontro à amiga, que se sentara em uma cadeira da sala com as mãos sobre o rosto.
- O Harry... – começou ela enquanto a abraçava. – Ele... Ele me levou em uma casa do avô dele para comemorar nosso aniversário...
- E o que tem de mais nisso? – interrompeu-a , parecendo intrigada.
- Ah, gente. – resmungou vermelha de tanto chorar. – Ele queria transar comigo! Me levou naquela casa só para isso!
- Não acredito nisso, ! Como ele pôde fazer isso com você? Que sem coração, sem... – ia dizendo batendo na mesa quando viu os olhares de e que a pediam para parar. chorava mais agora.
- Não fica assim, amiga. – consolou-a , levantando o rosto da garota. – Acho que só fez isso porque, sei lá, ele é homem! E nós sabemos como eles são, pensam mais nisso do que tudo. - continuou bufando.
- Eu sei. – disse enxugando os olhos. – Mas não consigo entender!
- Não liga, ! – exclamou sorrindo para ela. – Você vai ver, amanhã ele vai te pedir desculpas e vai ficar tudo bem, tá?
- É. – concordaram as outras consolando a amiga.
Depois de conversarem bastante sobre o fato, não havia mais clima para terminarem o filme, então elas desligaram a televisão, arrumaram-se e foram para a cama.
O dia seguinte não estava sendo bom para nenhuma das meninas. Começava com uma longa e lenta aula de geografia, seguida de dois tempos de matemática. Além disso, continuava chateada com Harry e , e passaram quase o tempo todo a consolando. A única coisa que tinha deixado as quatro amigas mais felizes, ou pelo menos , foi o que aconteceu após o fim da última aula do dia.

Cap. 05

- Ei, ! ! – uma voz a chamava ao longe.
- Meu Deus! É ele, ! – exclamou quando avistou quem a chamava. Todas as garotas que estavam no corredor pararam de fazer o que estavam fazendo para olhar o menino. Algumas até diziam um "oi" quando ele passava, tentando chamar sua atenção.
- Quem? O Poynter? - perguntou irônica, empinando o nariz. - Novidade...
- Não, abestalhada! – irritou-se . – Olha logo!
- É o Justin! – falou discretamente, surpresa demais para falar qualquer outra coisa.
- Justin? – a expressão de nojo no rosto de havia sumido e agora se transformara em uma pura expressão de manteiga derretida.
O tal do Justin vinha correndo em direção à garota, que agora estava paralisada, presa ao chão. Ele era simplesmente um dos garotos mais lindos da escola, fora que era rico e jogador de cricket; um dos melhores. Possuía cabelos negros que brincavam com o vento em sua testa, fazendo uma perfeita combinação com seus pequenos olhos azuis e seu grande nariz afilado.
- . – chamou-a novamente. – Eu queria falar um instante com você. - disse tocando-lhe um dos braços.
- Comigo? – perguntou a menina surpresa. – Mas você nunca falou comigo, quero dizer, a gente nem se conhece. - continuou trêmula.
- Bem, por isso mesmo. Eu andei te olhando aqui pela escola, sabe, nunca tinha reparado em como você é linda e, bem, parece ser legal. - falou mostrando um discreto sorriso. - Acho que podíamos nos conhecer melhor.
- Ah, bem, eu... – começava nervosa olhando para suas amigas, que estavam com o queixo no chão.
- Ela aceita sim. – disse quebrando o silêncio. – Não é, garotas?
- Óbvio! – confirmou com a cabeça, que parecia congelada assim como . O menino definitivamente era uma visão.
- Então, poderia ser hoje?
- Sim, hoje mesmo! – exclamou . – Agora, se você quiser. Ela não tem nada pra fazer mesmo. - completou dando um leve empurrãozinho na amiga.
- Ótimo. – disse ele dando uma piscadela para , que sorria abobada. – Vamos?
- Vamos. – aceitou . As garotas nunca tinham visto a amiga tão feliz. Ela e Justin seguiram e as meninas apenas observaram os dois conversarem com muita animação.
- é a garota mais sortuda que eu já conheci, meninas! – exclamou de repente. – Como pode? O Justin nem falava com ela e assim, de uma hora para outra, a chama para sair! - completou animadíssima.
- Coitada dela. – resmungou balançando a cabeça negativamente. e olharam boquiabertas para .
- Coitada?! Você está passando bem, ? – perguntou colocando uma de suas mãos na testa da menina.
- É que agora ela deve estar na lista negra de todas as meninas da escola. – comentou ainda olhando para o corredor por onde os dois desapareceram.
Nesse momento Tom, Harry, Danny e Dougie estavam descendo a escada da escola onde as meninas estavam paradas ainda conversando alguma coisa sobre Justin e .
- Justin? – perguntou Dougie para elas, que se viraram depressa.
- Ah, oi, meninos. – disseram as três em uníssono.
- Oi. – responderam sorrindo.
- Justin e ? – Douglas perguntou novamente. Parecia bastante irritado.
- Ah, é sim, eles saíram juntos. – disse mordendo os lábios.
- Ih, cara. Agora não tem mais volta. – falou Danny batendo no ombro do garoto. – Duvido que ela o largue!
- Obrigado, Jones. Grande ajuda! – exclamou com um misto de tristeza e ironia em sua voz. - Mas eles já se conheciam? Eu nunca os vi juntos... - continuou pensativo.
- É, para nós também foi um choque. – falou rindo. – E que choque!
- O quê? Você o acha lindo também? – perguntou Jones olhando diretamente para a garota.
- Todas acham. – respondeu sorrindo. – Assim como todos vocês acham a Letícia linda.
, e colocaram o dedo indicador na boca em um sinal de nojo. Odiavam aquela garota porque quase todos os meninos da escola eram apaixonados por ela e não viam o porquê disso.
- Letícia. – falou um Fletcher suspirante num tom que pudesse escutá-lo. Ela lançou-lhe um olhar furioso e ele parecia estar gostando do ciúme, afinal, aquele poderia ser mais um sinal de que ela sentia algo por ele e assim o garoto não perderia a aposta.
- Sabe de que horas vão voltar? – perguntou Dougie perplexo.
- Bem, a tem que voltar antes das seis porque vamos ao shopping. – falou . Ela estava meio incomodada de falar sobre e Justin na frente de Poynter. Sabia que ele gostava muito dela.
- Vocês vão ao shopping hoje? – perguntou Tom interessado.
- A gente também vai, cara. – afirmou Danny, dando alguns tapinhas nos amigos. – Por que não vamos juntos?
- É claro! – respondeu olhando fixamente para o garoto.
- Yeah! – exclamou Thomas sorrindo.
- Você também vai, ? – perguntou Harry a garota; ele estivera tentando falar com a menina o dia inteiro, mas ela apenas fingia que não ouvia e o ignorava. - ! – chamou-a Harry novamente. Ela estava se virando para ir embora. – Eu preciso falar com você, espera!
- Calma, Judd! Nós falaremos com ela hoje à tarde. Aí lá no shopping você conversa com ela, está bem? – disse quando passou pelo portão da escola com outra amiga.
Harold esmurrou o ar e sabiam que não adiantaria falar nada naquele momento. O baterista parecia estar inconsolável, assim como Dougie.
- Eu vou indo. – falou Dougie, dando adeus ao grupo.
- Vamos com você, Dougie. Espera aí. – falou Jones se despedindo. – A gente liga mais tarde para combinar o horário, ok?
- Certo. – disseram as meninas. – Tchau!
- Tchau, até mais. – responderam Tom, Danny, Harry e Dougie se dirigindo ao portão da escola.
Tanto na casa das meninas quanto na dos meninos havia certa ansiedade pelo o passeio que fariam, afinal, era uma maneira de esquecer os problemas que algumas pessoas estavam tendo; como por exemplo, Harry e .
- Cara, ela tem que falar comigo! – exclamou Harold nervoso, andando de um lado para o outro da casa. – Fingiu que eu não existia o dia todo!
- Ela ficou bastante chateada, Judd. – comentou Danny objetivo. - Você exagerou um pouquinho no seu presente.
- Ela é uma menina, não pensa como nós!
- Eu sei, Tom. Eu sei. Mas ela me ignorar desse jeito já é demais! Eu a quero de volta! – disse Harry batendo na mesa, quando Dougie chegou de pijama na sala.
- Ei, cara. Você não vai? – perguntou Fletcher olhando o amigo dos pés à cabeça.
- O que você acha? Para ficar ouvindo a falar como o Justin é lindo, perfeito, fofo, gostoso e blá, blá, blá? – perguntou desanimado imitando a voz da menina.
- Parte para outra, cara, é um conselho. – falou Thomas sorrindo maleficamente. – Se você não consegue pegar todas que quer como eu...
- Cala a boca, cara. – começou Dougie vermelho; sentia como se um vulcão estivesse prestes a explodir dentro de si. Até já se aproximara de Tom prestes a começar uma briga. – Eu amo a , não fico me divertindo com todas!
Ele subiu para o quarto, de onde os meninos puderam escutar o estrondo da porta ao bater. Nesse mesmo momento o celular de Jones tocou. Eram as meninas avisando que dali a meia hora passariam por lá para seguirem juntos ao shopping.
- Gente, o Justin é tudo de bom. – falava animada com , e enquanto se arrumavam no quarto. – Inteligente, jogador, charmoso, extrovertido e ...
- E você tem muita sorte. – completou calçando uma bota preta que ficaria por cima de sua calça jeans. – Você e o Justin... O garoto mais cobiçado da escola! Nem acredito!
- E rolou alguma coisa a mais? Você ainda não nos contou, não é?
- É, . Ela está nos enrolando. – brincou , apertando as bochechas de , que sorria envergonhada. – Anda, fala!
- Está bem, está bem! A gente ficou. – falou pulando em sua cama de tanta felicidade.
- Não acredito. – disseram as outras três com a mão na boca.
- Foi muito bom. - suspirou a garota. – Ele beija muito bem. Aliás, faz tudo muito bem!
- Imaginamos. – disseram as outras pulando na cama com a amiga, que estava se sentindo literalmente nas nuvens.
- Ai, que tudo! Espero que vocês fiquem mais vezes! – exclamou abraçando a menina. – Mas fala sério, meninas. Falando em beijo, - continuou misteriosa - o Tom que deve beijar bem, gente. Ele já ficou com metade da escola!
- E pelo o que eu ouvi das garotas... – continuou baixando o tom de voz. – Ele é bom no que faz!
Todas riram.
- Eu acho que estou... Sei lá, mexida com ele. – admitiu pensativa.
- Ai, que lindo! – exclamaram suas amigas entre risinhos.
– Mas acho que ele nunca iria querer alguma coisa comigo. – continuou ela desanimada.
- Por que não? – perguntou . – Tenho notado que ele fica olhando direto pra você. - completou, deitando-se na cama.
- Bem, isso é verdade. – admitiu sorrindo, olhando para cima como se o estivesse vendo no teto. – Ai, gente... Eu fico tão nervosa quando ele chega perto de mim, mas... Ele só quer saber de ficar, sabe? Imagina se eu me apaixono por ele! Vou ser só mais uma para a lista do Fletcher! - exclamou, batendo na madeira da cabeceira que ficava ao lado da cama.
- Ah, amiga. Vai dizer que você não ficaria? – perguntou olhando para a garota. – Eu ficaria com o Danny se ele quisesse. Na verdade, eu acho... Acho que estou...
- Gostando do Danny? Já tínhamos percebido! – completaram , e rindo. – Vocês formam um lindo casal!
- Ai! – exclamou com a mão no coração. – Eu gosto do Jones! - disse como se tivesse acabado de descobrir a América.
- Parece que estão todas se arrumando. – disse se virando para a janela do quarto. Agora sua voz estava falha. – Não eram vocês que reclamavam que estavam sozinhas e eu namorando? Pois bem, o jogo virou: eu sem o Harry, e Tom, e o Justin, e você, , com o Danny!
- Oh, . – começou a dizer abraçando a amiga, que chorava baixinho. Seus cabelos longos e cacheados colados em seu rosto. – Nós sabemos que ele fez errado, mas ele bem que tentou falar com você. O Judd só queria conversar.
- Você não devia ter ignorado o Harry. – continuou enxugando as lágrimas da amiga. – Mas hoje lá no shopping vê se fala com ele, ok?
- Eu... Vou sim... Estou morrendo de... De... Saudades... – soluçou a garota.
- Vai ficar tudo bem, . - falou sorrindo. - Agora vai lavar o rosto, . Logo Temos que ir.
- É, estamos atrasadas. – concordou por fim, conferindo seu relógio de pulso. – Os garotos devem estar nos esperando!
- Vamos nessa! – disseram animadamente em conjunto tempos depois.

Cap. 06

Como a casa dos garotos do McFly era perto da delas, não demorou muito até que chegassem por lá.
- Boa tarde. – saudaram-as Danny, Tom e Harry.
- Oi, meninos. – responderam elas olhando ao redor à procura de uma quarta pessoa. Haviam estranhado que Dougie não estivesse por lá.
- Cadê o Poynter? – perguntou .
- Ele não vai. – Thomas os informou balançando a cabeça. – Está lá no quarto. - apontou em direção à escada.
- Mas... Ele está doente, ou algo parecido? – perguntou preocupada.
- É, está sim. – falou Harry batendo no peito esquerdo. – Por causa de uma doença chamada Justin. - completou fazendo com que sentisse um leve aperto no coração.
As garotas se entreolharam. Mesmo que não gostasse do garoto, elas sabiam que Dougie a amava muito.
- Eu... Eu não queria deixá-lo triste. – disse de repente. – Será que eu posso falar com ele um minuto?
- Claro, sobe aí. – falou Danny abrindo mais a porta para que ela passasse.
- A gente espera aqui em baixo. – falou quando a garota entrou na casa.
ficara realmente preocupada quando soube que Douglas não iria ao shopping por sua causa, mesmo que não sentisse por ele o que ele sentia por ela. Tinha que falar com o menino.
Já no último degrau da escada ela pôde escutar um barulho que vinha do quarto dos meninos, como se algo estivesse quebrando. Nervosa, ela abriu a porta lentamente e viu Dougie em pé segurando uma foto para qual olhava chorando.
- Com licença, Dougie. – falou ela baixinho. – Sou eu...
- ? – assustou-se o garoto. Ele escondeu o que estava em suas mãos quando viu quem entrara. – O que está fazendo aqui? Pensei que estivesse com o seu Justin. - completou nervoso.
- Pára com isso, ele não é meu. – retrucou ela fechando a porta. – Eu e ele... Bem, eu não gosto dele. A gente só ficou!
- Hum, sei. – falou um Poynter irônico, sentando-se em uma das camas. – Não se preocupe comigo, gata. Nem sei por que ainda gosto de você depois de tantos foras que eu já levei.
- Dougie, me desculpe. Eu... – começou , sentando-se perto dele. Ela estava se sentindo mal. Parecia que depois do que o garoto acabara de lhe dizer, as cenas da menina lhe dando um belo e sonoro "não" toda vez que ele a chamava para sair haviam passado por sua mente. – Às vezes eu falo coisas sem pensar em você, entende? Se você vai se machucar ou não.
- Tudo bem, . Prometo que você não vai mais se irritar por minha causa. – disse seco, no momento em que o celular da garota tocou.
Era o Justin, talvez quisesse marcar outro encontro com ela ou qualquer coisa do tipo. Por um momento a garota pensou que fosse atender, mas quando viu Dougie abaixando a cabeça, sentiu um remorso estranho dentro de si e desligou o celular.
- Mas... – continuou , guardando o aparelho. – Você não me irrita. - naquele momento ela sentiu que na verdade gostava um pouco do fato de ter um garoto que a amasse de verdade.
- Não precisa mentir pra me deixar feliz. – o menino a interrompeu. – Olha, prometo não te perguntar mais se você quer sair comigo, ficar te olhando ou andar atrás de você pela escola, certo?
- Eu... – a garota não sabia o que dizer e, mesmo que soubesse, não conseguiria. Sua alma parecia apertar seu coração a cada palavra que Douglas pronunciava.
- Ah, e isso é seu. – falou ele, pegando a foto que havia escondido na estante quando entrou no quarto. – Se lembra de uma vez quando você perdeu uma foto sua ano passado? Bem, ela estava no seu caderno. Eu a peguei para mim. Não aguentava ficar um minuto sem olhar para você. - confessou sério. - Mas não importa mais. É sua de volta.
- Dougie, eu não sabia. Quero dizer... – gaguejou segurando o choro. – Me desculpe. Eu fui tão grossa com você!
- Não tem problema, gata. – disse ele por fim.
sentiu que ele terminara a conversa por ali, então se levantou e saiu pela porta do quarto chorando silenciosamente.
- ? – perguntaram todos quando viram algumas lágrimas descendo pelo rosto da garota.
- Eu... Eu acho que não vou. Se divirtam. – falou escondendo o rosto, despedindo-se.
Ao dizer isso , saiu correndo pela rua por onde chegaria à sua casa. , e ainda chamaram por seu nome algumas vezes, mas ela não atendeu a nenhum dos pedidos.
- Ah, gente. Acho que furou. – disse entristecida. – Acho que vamos ter que sair outro dia. - bufou preocupada com a amiga.
- Ah, não. – resmungou Tom com uma cara de cachorro carente. – Vamos para o shopping, por favor? Talvez eles precisem de um tempo só para eles.
- Acho que você está certo, Thomas. – disse observando a irmã sumir cada vez mais pela rua. – Precisam pensar um pouco...
- Então vamos nessa? – perguntou Harry olhando para .
- Vamos. – respondeu ela sorrindo levemente. Estavam começando a se entender outra vez. Era sempre assim. Por mais que brigassem, e Judd não conseguiam ficar muito tempo longe um do outro.

Cap. 07

O shopping da cidade era bastante grande, ou seja, tinha muita coisa para se fazer por lá. O grupo ficara um tanto indeciso sobre o que fariam, porém entre as opções cinema e boliche, ficaram com a segunda.
- Adoro boliche! – falou quando se sentaram à mesa do local. – Quem começa?
- O nosso velho campeonato de duplas. – interrompeu-a Thomas. – Eu e , contra Danny e , Harry e .
- Ah, e você acha que eu e Harry vamos perder? – perguntou sorridente. – Sempre que viemos juntos nossos oponentes perdem, não é?
- É, amor. Somos imbatíveis juntos. – concordou Harry, roubando um beijo da garota.
- É, somos sim, Judd. – confirmou feliz, dando um longo abraço no garoto. – Estava com saudades, amor. - desabafou. - Prometa que nunca mais vamos brigar...
- Nunca mais. – disse Harold no ouvido dela. – Me desculpe...
- Finalmente! – exclamou batendo palmas, acompanhada de Tom, Danny e . – Mas parem de se beijar aí e vamos começar o desafio!
- Primeira dupla? – perguntou Harry ao grupo quando soltou a namorada.
- Nós. – disse Jones se exibindo para , que definitivamente corou. – Vocês estão ferrados!
- É o que veremos. – brincou Tom rindo, colocando seu braço sobre o ombro de . A aposta ainda continuava.
A tarde estava muito divertida para todos; ficaram jogando boliche até a hora do jantar e depois resolveram dar uma andada pelo shopping.
- Eu não disse que não perderíamos? – perguntou Danny quando chegavam perto da praça de alimentação. – Pelo menos em segundo lugar ficamos, não é, ?
- É isso aí. – disse ela batendo uma de suas mãos com a do garoto.
- Ahá! E eu e Harry ganhamos, pra variar! – exclamou fazendo cara de superior.
- E pra variar o Sr. Pegador e a perderam, assim como todas as outras vezes em que viemos. – debochou Harry, fazendo com que todos rissem.
- Eu sou ruim nisso. – defendeu-se . – Mas vamos apostar uma partida de damas comigo, Sr. Bom No Boliche Judd! Quero ver quem vence!
- Ih, amor. Você ia perder! A é muito boa nisso.
- É boa em quase tudo. – sussurrou Thomas a ela, balançando seus lindos cabelos loiros. Estava conseguindo deixar a garota cada vez mais louca por ele.
- Bem, eu e minha namorada vamos passear por aí. – falou Judd, puxando a menina para mais perto de si. – Depois a gente se encontra, galera.
- Beleza. – falou Jones, dando um cascudo no amigo. – Vai lá, cara.
- Vamos tomar um sorvete? – perguntou quando o casal se afastou.
- Claro! - respondeu , quando Danny apertou o braço do amigo com cara de Vaza, Fletcher! – Ai! Quero dizer, podem ir. Eu estou resfriado mesmo, não posso tomar sorvete. - mentiu amarelo.
- Ah, que pena. – falou entortando a boca. – Então vamos fazer outra coisa, afinal...
- Vai lá, . Vai com ele, amiga. – insistiu quando percebeu que o Danny queria ficar sozinho com ela. – Eu e o Thomas fazemos outra coisa. A gente se encontra mais tarde.
- Certo. – confirmou a menina nervosa, quando Jones e ela foram se afastando de Tom e , que seguiram por outra direção.
A praça de alimentação estava muito cheia, mas, mesmo assim, e Danny decidiram entrar na fila para pegar dois sorvetes.
- Hum, tenho quase certeza de que vou querer um de chocolate. – dizia tentando fugir dos olhares do garoto em sua direção.
- Por que não tomamos um Milkshake de chocolate? – perguntou Jones apontando para um painel que estava pendurado. – Parece gostoso.
- Por mim está ótimo. – concordou ela. – Eu nunca tomaria um desses sozinha. É muito grande! - completou rindo. Seu sorriso deixou um Daniel cada vez mais apaixonado.
- Ainda bem que estamos juntos, então. – disse Danny pegando em sua mão, que gelou.
- É. – falou ela, entrelaçando mais sua mão na dele. Nunca pensara que poderia se sentir tão feliz com aquele toque. Minutos depois, o lanche chegou.
- Hum, está uma delícia. – disse tomando um pouco do Milkshake com Danny. Estavam em canudos separados, mas sentiam como se estivessem em apenas um.
- Está sim. - ele concordou fazendo charme ao balançar seus cabelos negros.
- Mas quer saber? – perguntou a garota sorrindo. – Pode ficar ainda melhor...
tomou coragem e colocou uma de suas mãos na nuca do garoto, aproximando-se dele para um beijo. Eles ficaram próximos e cada um deles pôde ver o sorriso que o outro deixou escapar quando suas respirações se encontraram. Danny pegou-a pela cintura e seus corpos se aproximaram, até que se beijaram. Certamente aquele beijo não foi qualquer um, tinha sentimento.
- . – Jones chamou-a quando se afastaram. - Eu me sinto tão bem ao seu lado. Não sei como não percebi antes. - confessou, tocando os cabelos da garota.
- Ah, eu que sou a besta, Danny. – disse colocando sua mão na boca dele. – Estudando na mesma escola que você o tempo todo e nunca tinha percebido como você é diferente de todos os garotos que eu já conheci.
- Você me faz ser diferente. – sussurrou Danny numa das orelhas da garota, deixando-a arrepiada. - Quero mais um beijo! - exclamou fazendo voz de criança.
- Um só? - riu, colocando os braços ao redor do pescoço do garoto. - Quantos você quiser!
Os dois ficaram ali se beijando até que todo o Milkshake acabasse, o que não aconteceu tão rápido. Enquanto isso, Tom e se divertiam no Game Station do shopping.
- Há, ganhei! – comemorou a garota dando animados pulinhos na frente de Fletcher.
- Nesse jogo você é boa! Vamos jogar aquele arremesso de bolas de basquete ali. Você vai ver, sou craque nesse. – gabou-se o garoto, puxando pelo braço.
- Quero só ver. – riu a menina.
- Uma, duas, três, quatro, cinco, seis. – ia contando Tom enquanto fazia várias cestas seguidas.
- É, Thomas. Você é realmente bom nisso. – admitiu a menina impressionada.
- Mas não é só nisso que eu sou bom, não. – falou ele, deixando o jogo de lado e se aproximando da garota, que ficara paralisada com o que ele dissera.
- É, eu sei. – disse sorrindo quando ele passou uma de suas mãos pelo rosto dela.
- . – começou ele com um tom de voz mais suave. – Eu já disse que você é a menina mais linda que eu já beijei?
- Mas você ainda nem me beijou. – falou ela desconcertada; suas bochechas rosadas não a deixavam esconder o nervosismo.
- Ainda não...
Ele se aproximou da menina e pôde sentir seu coração bater mais depressa. Era como se o shopping desaparecesse de repente e a única imagem que surgisse na cabeça de fosse os dois juntos, unidos pelo beijo que deram.
Mais ou menos uma hora depois, ligou para e para que as três se encontrassem na saída do shopping. Talvez estivessem demorando muito para chegar em casa e estava sozinha há muito tempo.
- Novos casais! – exclamou rindo ao ver e Danny de mãos dadas, assim como Thomas e .
- Filho da mãe! – exclamou Harold quando Tom piscou de longe para ele.
- O que, amor? – perguntou , que não entendera muito bem o que o namorado dissera.
- Ah, nada, amor. Nada, não. - bufou Judd já sentindo a carteira ficar mais leve.
- Vamos andando então? – perguntou quando todos estavam próximos.
- É melhor. – confirmou , dando um selinho de despedida em Tom. – deve estar precisando de nós.
- É mesmo, temos que ir ver o Dougie também. - falou Harry entortando a boca.
- Tchau, meninas, nos vemos amanhã então. – despediu-se Danny. – Tchau, !
- Tchau, Danny. – ela despediu-se dando um último abraço no garoto.
- Eu te amo, !
- Também, meu fofo!
- Adeus. – disseram uns aos outros.

Cap. 08

- Eu não acredito. – disse um Danny pasmo, dando um leve murro nas costas de Tom, quando as meninas estavam longe o bastante. – Você pegou a garota e ainda enriqueceu trinta libras!
- Eu não disse que conseguia? Mais uma. – riu Fletcher, dando uma tapinha na cabeça dos amigos.
- Mas isso não é nada se comparado com minha sorte hoje, cara. Eu voltei com a ! Ainda bem, não sei o que faria sem ela. – disse Harry levantando as mãos para o alto. – E você e a ? Fala aí, Danny.
- Cara, eu acho que eu estou gostando mesmo dela. – comentou ele quando começaram a andar em direção ao carro de Judd, com o qual tinham ido para o shopping. As meninas tinham ido no carro das gêmeas, afinal, não caberia todo mundo em um só. – Não foi apenas uma ficada, sabe? Foi diferente de todas que eu já tive...
- Você está mesmo apaixonado. – disse Fletcher rindo. – Agora só vai poder ficar com a mesmo. – continuou como se aquilo fosse o fim do mundo.
- A questão não é de poder, é de querer. – respondeu cínico. – E eu quero ficar apenas com a !
- Você está sentindo exatamente o que eu sinto pela , meu caro. – terminou Judd ao entrarem no carro.

- ? Amiga, chegamos. – disse chamando a garota pela casa.
- Estou no quarto. – respondeu ela com uma voz fraca.
- Oh, . O que aconteceu? – perguntaram e juntamente quando viram a garota com o travesseiro sobre o rosto, sentada na cama.
- O Dougie. – disse quando levantou o rosto. Estava inchado, como se ela estivesse chorando há horas.
- O que ele te disse? – perguntou curiosa. – Para você estar chorando assim, não deve ter sido coisa boa. – completou pensando alto.
- , não piora as coisas. – falou , fazendo sinal para ela ficar calada quando caiu no choro mais uma vez.
- Eu não... Não sei... Porque estou chorando tanto por... Culpa daquele... Garoto. – resmungou batendo na cama. – Eu nem gosto dele, mas... Não sei...
- O que foi que ele te disse afinal? – a amiga repetiu a pergunta.
- Que não ia mais me perseguir, que prometia não me irritar mais, como se me esquecesse, não sei. Algo assim. – disse tão depressa que as meninas quase atropelaram algumas palavras.
- Mas você devia estar feliz então. – rosnou estranhando a reação da amiga, afinal, ela resmungava toda vez que Douglas chegava perto dela.
- Para mim você ia dizer que um peso saiu das suas costas ao invés de ficar chorando desse jeito, . – falou enxugando as lágrimas da irmã.
- Eu também não sei por que estou assim, meninas. É só que... Ele gostava mesmo de mim e agora...
- Você está sentindo falta. – completou sorrindo de leve. – Talvez você não soubesse que gostava de ficar perto dele e agora que ele se afastou está sentindo que...
- Não é isso, ! Esquece, tá? Na verdade, é menos um peso na minha vida sim! Ele me esqueceu e não vai ficar mais no meu pé, pronto. Ótimo! – disse , jogando o travesseiro de lado, não parecendo muito certa do que falava.

As semanas que se seguiram foram um tanto agitadas, pois os professores começaram as revisões gerais para a penúltima rodada de provas do ano. Por isso todos estavam estudando muito, bastante preocupados com os resultados finais.

- Que raiva! – exclamou deitada no sofá da sala, enquanto as meninas arrumavam a casa.
- O que foi? – perguntou da cozinha; estava lavando a louça.
- Esse horário de provas. Está muito pesado. – respondeu a garota desanimada. – Prova de matemática em um dia e no dia seguinte de física!
- Eu achei um absurdo. – concordou , que vinha do quarto e se sentava no sofá ao lado de . – Vamos acabar enlouquecendo!
- Eu não aguento mais estudar. – reclamou cruzando os braços.
- Quer saber? Eu também não! – exclamou olhando de longe para as outras garotas. – Vou chamar os meninos aqui, o que acham? Talvez eles possam fazer alguma coisa com a gente...
- Até que seria uma boa idéia. Já terminei os deveres de casa! – disse uma feliz. – Além do mais, estou morrendo de saudades do meu Thomas!
- Humm, está mesmo gostando dele, não é? – perguntou rindo.
- Estou, e acho que ele também está gostando de mim! Nunca ficou tanto tempo com uma garota na escola, não é? – exclamou dando pulinhos ao se levantar do sofá em um salto.
- É sim. Espero que vocês namorem logo! – concordou , abraçando uma amiga sorridente.
– Bem, eu vou dormir. – falou depois de alguns minutos. Não falava com Dougie há uma semana e não queria vê-lo tão cedo.
- Ai, , nada disso! Você não pode ficar se escondendo do Dougie desse jeito, amiga. – falou cruzando os braços. – A gente sabe que você...
- Eu não gosto do Poynter. – interrompeu-a soletrando cada sílaba. – Só não quero ficar ouvindo ele falar como foi a ficada dele com a Jéssica! Aliás, não quero ficar perto dele. Aquele menino me irrita.
É claro que mentira. Ela estava sentindo uma falta imensa do jeito de falar, de andar, de sorrir, do jeito de ser de Dougie. Quando o menino a convidava para sair, uma voz que vinha de dentro de si a pedia para aceitar. simplesmente não o fazia e nem sabia o porquê disso. Além do mais, a menina amava o McFly, mas nunca mais tinha ido a um ensaio que eles faziam junto a , e porque não queria se encontrar com o belo baixista da banda.
- Pára com isso, ! Eu vou convidá-los e você vai ficar aqui! – exclamou com força e a garota não pôde recusar.

- Eu não vou. – disse Dougie balançando a cabeça negativamente.
- Vai tomar naquele canto, Douglas! – exclamou Harry irritado com o garoto. – Você gosta da , cara. Não adianta tentar ficar com algumas meninas na escola ou tentar fugir dela! Comigo e a já foi assim, lembra? No nosso terceiro mês de namoro...
- Eu já disse que não gosto mais dela. – falou Poynter seguro. Quero dizer, nem tão seguro assim. – Não vou à casa das meninas porque não quero ficar ouvindo ela falar do Justin!
- Ela não ficou mais com ele. – disse Tom rapidamente, como se aquela desculpa de Poynter não servisse. – A minha namo... Quero dizer, a me contou...
- Você ia dizer namorada? – perguntou Danny rindo. – Quer dizer que o Sr. Pegador vai colocar as algemas? - brincou em gargalhando abertamente.
- A não significa algemas para mim. – respondeu o garoto, ignorando Jones. – Me sinto bem ao lado dela. - falou tímido. Nunca se imaginara dizendo aquilo de uma garota.
- Ah, finalmente o último integrante do McFly descobriu o amor! – brincou Harold apertando as bochechas de Thomas, enquanto os outros rolavam de rir no chão.
- Cala a boca. – pediu ele vermelho se aproximando do baixista. – Continuando, Dougie: ela parou de ficar com o Justin faz tempo. Parece que depois daquele dia do shopping só ficaram mais uma vez.
- Foi? – perguntou Dougie com cara de interessado, mas logo mudou sua expressão quando seus amigos começaram a rir de sua cara.
- Vamos logo, Dougie. Anda. – falou Jones. – Eu sei que você quer ir.
- Eu não quero, mas vou só pra vocês largarem do meu pé!
- Sei. – disseram os outros três entre cochichos.
Mais ou menos uma hora depois Harry, Dougie, Tom e Danny se encontravam na casa das meninas e estavam todos espalhados pela sala para assistirem a um filme.

Cap. 09

- Sabe, foi muito bom vocês terem chamado a gente, cara. Estava o maior tédio lá em casa. – comentou Jones quebrando o silêncio que se mantivera por alguns instantes.
- Aqui também estava. – concordou , deitando-se no colo do namorado, que alisava seu cabelo. – Ainda bem que vocês vieram!
- É mesmo. – concordou olhando de relance para Dougie, que também a estava observando. Os dois desviraram os olhares quando os mesmos se encontraram. Ainda não haviam trocado uma palavra entre si.
- , o filme já vai começar! – gritou da sala para a menina, que estava no banheiro.
- Estou indo! – exclamou ela correndo em disparada até a sala.
- Senta aqui, . – ofereceu Danny um lugar ao seu lado. – Saudades suas, amor. – completou dando um selinho na menina.
- Também estava morrendo de saudades, Jones. – disse ela, agarrando-se com o garoto antes mesmo que o filme começasse.
- Dá pra fazer menos barulho aí, por favor? – perguntou Harry, fazendo com que todos à volta rissem.
Aquela tarde havia sido uma das mais animadas que eles tiveram naqueles últimos dias, afinal, o medo das provas estava tomando conta de todos, e eles quase não paravam de estudar o dia inteiro. No dia seguinte, o estresse aumentou mais do que devia na escola.

- Oi, Tom. – falou , que chegava junto às meninas.
- Oi, . E aí? – respondeu ele sorrindo, mostrando sua cova, como de costume. – Oi, garotas. – saudou as outras três, virando-se para elas.
- Oi. – responderam elas sorrindo.
- Onde estão os meninos? – perguntou olhando ao redor.
- Nem sei, cara. – disse Tom levantando suas sobrancelhas. – Devem estar na diretoria...
- NA DIRETORIA?! – gritou nervosa apertando . – Ai, meu Deus. O que o Danny fez?
- Calma, . – riu Fletcher. – Estão conversando sobre o show que queremos fazer!
- Ah, ainda bem! – disseram as duas juntas, suspirando. – A gente vai até lá!
- Bem, eu vou falar com a professora de química antes que as aulas comecem. Tenho que pedir uma nova ficha de exercícios. Perdi a minha. – bufou quando e se viraram para ir embora. – Tchau!
- Tchau. – disse , que se aproximava de Thomas, sentando-se entre suas pernas. – Tom... Eu já te falei que te amo? Nunca gostei de um garoto como gosto de você, Fletcher. - continuou com a maior cara de apaixonada já vista.
- Eu também nunca tinha gostado tanto de uma garota com quem eu fiquei. - sorriu abobado. - Também te amo, muito. – disse ele sorridente mexendo nos cabelos da menina e dando-lhe um longo beijo suave.

- Eles estão ali. – falou Amanda, que assistia aquela cena ao lado de Beth e outra garota borbulhando de raiva. Esta terceira era descendente de chineses, por isso tinha olhos puxados e longos cabelos negros que batiam em sua cintura. Seu nome era Sabrina.
- Então, Sá. Está lembrada do nosso plano? – perguntou Beth fitando a garota.
- Claro que sim. – respondeu ela com convicção. – Vocês vão fazer com que o Fletcher se irrite a um ponto que ele admita que apostou a . Daí eu vou estar com meu lindo celular pra gravar essa declaração dele! - revisou rapidamente.
- Tudo certo. Agora vá logo para trás daquela árvore. – mandou Amanda apontando para uma das últimas árvores do jardim da escola. E ela foi.

- Vocês estão namorando. Que lindo. – disse Amanda risonha ao passar em frente a onde Thomas e estavam.
- Não estamos namo...
- Estamos sim. – interrompeu-a Thomas de repente, dando um susto até em . Fletcher a segurara mais forte agora. – Por que o interesse, Amanda?
- Por nada, não. – respondeu Beth fuzilando a garota com quem Fletcher estava. sorria olhando para o chão, ainda não havia caído a ficha sobre o que o guitarrista dissera.
Mas de repente Amanda fez um gesto com a mão, sem que pudesse ver, dizendo que sabia que primeiramente Tom ficara com a garota por causa de uma aposta. Beth e Amanda fizeram um sinal para que ele fosse até o jardim da escola.
- Amor, é... – começou um Tom nervoso. – Eu vou até a diretoria resolver o assunto do show, certo?
- Claro! – respondeu sem ainda caber em si de tanta felicidade. – Mas volta logo!
As duas garotas foram na frente e logo atrás foi Thomas; mas só quando chegaram à árvore marcada, a mais distante de todas, foi que começaram a conversar.
- Como vocês sabem disso? Eu vou matar quem disse isso pra vocês. - bufou irritado. - Só pode ter sido um dos meninos e... – ia dizendo Tom quando Amanda o interrompeu.
- Fica calmo, benzinho. Sem estresse. – disse Amanda, deixando-o mais irritado ainda. – Não foram eles. Nós descobrimos sozinhas. - continuou risonha apontando para ela e Beth.
- Como?
- Fletcher, você devia tomar mais cuidado quando quiser fazer apostas com garotas em pleno corredor escolar, querido. – falou Beth maliciosamente.
- Vocês escutaram. – falou em um tom de voz mais baixo. – Mas vocês não contariam isso à , não é?
- Claro que não. Ou você acha que queremos desmanchar um amor tão lindo? – perguntou Amanda fazendo caretas. – Não, não. Não faz o nosso tipo. Eu só queria mesmo era ficar com você...
- Eu não fico mais, Amanda. Eu amo a e não troco ela por nada! – exclamou Tom explodindo por dentro. A vontade que ele tinha era de dar um soco no rosto daquelas duas. – E mesmo se eu ainda ficasse você seria a última garota do colégio com quem eu ficaria!
- Ou você fica comigo, Tom, ou a sua vai ficar sabendo o valor que ela tem. Hum... Dez libras, não é? - perguntou Amanda levantando uma das sobrancelhas, enquanto Beth sorria amargamente ao seu lado.
- Não vou ficar com uma... Sardenta! – exclamou Tom estressado, batendo o pé no chão sem parar. – Além disso, vocês não têm como provar que eu a apostei!
- Você apostou para ficar com , Tom? – perguntou Beth em um tom de voz mais alto. Agora o garoto não estava entendendo mais nada; talvez ela estivesse o provocando com seu cinismo.
- APOSTEI SIM! APOSTEI DEZ LIBRAS! – gritou ele sem perceber que se exaltara demais. – SATISFEITA?
- Nossa! – exclamou Sabrina, fingindo surpresa. Ela segurava um celular na mão e havia gravado toda a conversa.
- Obrigada, Thomas. Foi de muita utilidade. – falou Amanda batendo palmas. – Tchau, benzinho!
- Já temos o que queríamos, cara. – e as três saíram em direção à sala de aula.
- O QUE VOCÊS VÃO FAZER? – gritou sem saber como reagir. Não poderia sair correndo atrás delas; poderia ver a cena e lhe perguntar o que estava acontecendo. Também não podia tomar o celular da Sabrina a pulso, com certeza ela armaria um escândalo e ele entraria numa fria.
- É SÓ ESPERAR! – responderam as três em coro, mandando beijinhos cínicos para Tom.
- FILHAS DA PUTA!
- Tom, qual é, cara? O que foi? – perguntou Danny, que acabara de chegar da diretoria junto de Dougie e Harry.
- A Amanda, a Beth e a Sabrina, cara. – respondeu ele com o rosto vermelho e tomado pelo suor. – Elas vão contar para a que eu a apostei!
- Mas como elas sabiam? – perguntou um Harold surpreso.
- Ouviram nossa conversa e agora me irritaram tanto que eu admiti que apostei a . – falou Fletcher num tom de voz falho. Parecia desesperado. – Não sei o que vão fazer, galera. Se elas mostrarem isso para a minha garota... Eu a amo!
Dougie disse algo que lembrava um palavrão. Os meninos nem sabiam o que dizer ao amigo. Realmente, se descobrisse que ele só ficou com ela porque a apostou, tudo poderia estar acabado entre os dois.
- Vamos para a aula, cara. Vamos ver no que dá. – disse Douglas ao amigo. – Acho que elas não terão coragem. - continuou, mordendo o piercing.
- É. – concordaram Danny e Harry com expressões de dúvida em seus rostos.

Cap. 10

Os garotos ainda tinham esperança de que nada fosse acontecer até o toque que informava o início da terceira aula.
- Bom dia, alunos. Aqui quem fala é o diretor Williams. – ouviu-se uma voz rouca através das caixas de som que existiam espalhadas pela escola. - Estou interrompendo este intervalo para lhes informar que a professora de educação física do segundo ano não poderá comparecer hoje, então vocês serão dispensados mais cedo, logo depois do recreio.
Ouviram-se gritos de alegria vindos de algumas salas da escola.
- Além disso, – continuou ele fazendo com que todos ficassem quietos. – depois da penúltima rodada de prova de vocês, a escola organizou uma viagem de três dias para o segundo ano. O objetivo é relaxar um pouco vocês antes das provas finais e estamos analisando a possibilidade da mais adorada banda aqui da escola, o McFly, fazer uma pequena...
O Sr. Williams mal terminara de falar e a maioria dos alunos já havia entendido que o McFly poderia fazer um show naquele passeio. Agora o barulho vindo das salas de aula era maior ainda. Harry, Tom, Dougie e Danny festejavam com os seus colegas de classe, enquanto na sala abaixo, , , e quase explodiam de tanta emoção.
- Acalmem-se, ainda é só uma idéia. – avisou o diretor rapidamente. – O passeio será para um hotel fazenda. Bem, quem quiser saber mais informações, a nossa querida educadora Dona Emily terá prazer em ajudá-los. Agora, por fim, três alunas darão um aviso aos alunos do segundo ano. Até mais!
- Bom dia, alunos do segundo ano. – ouviu-se a voz irritante de Amanda. – Eu venho aqui dar um aviso que não é tão bom quanto aqueles que o Sr. Williams nos deu...
Thomas congelara na cadeira onde estava sentado.
- O que fazer quando você descobre que o seu amor é uma farsa? – agora era Beth que tomara o microfone. – Vocês acham certo deixar que essa pobre pessoa se iluda com um falso amor?
Ninguém estava entendendo nada e foi justamente por isso que o colégio parou para apurar os ouvidos.
- Infelizmente alguém aqui nessa escola é inocente demais para perceber que está sendo enganada. – continuou Beth com um tom de vitória na voz. – , eu sinto muito, essa pessoa é você, querida.
- Como é? Do que essa louca está falando? – perguntou-se enquanto todos da sala olhavam para ela.
- Isso só pode ser uma brincadeira. – disseram , e perplexas. – E de muito mau gosto!
- É difícil de acreditar, não é? – outra garota começara a falar. Era Sabrina desta vez. – Mas o pior, o pior de tudo, é que temos a prova!
- CALEM A BOCA, SUAS FILHAS DA MÃE! – gritava Thomas em sua sala, como se aquilo fosse quebrar o som de repente. Seus amigos o seguravam pelo braço para impedi-lo de piorar a situação.
Em menos de alguns minutos a gravação começou a rodar, e logo toda a escola escutava o que Tom dissera para Beth, Amanda e Sabrina.
- "Você apostou para ficar com , Tom?"
- "APOSTEI SIM! APOSTEI DEZ LIBRAS!"
O diálogo ecoara por todas as partes, mas antes que a gravação terminasse, Fletcher saiu apressado de sua sala e já estava descendo as escadas quando viu correndo em direção ao portão principal da escola seguida de suas amigas.
- ! – gritou o garoto correndo também atrás dela.
- TOM, DEIXE-A EM PAZ! DEIXE ELA SOZINHA! – gritaram , e , tentando impedir o garoto de ir atrás de . Estavam irritadíssimas com o guitarrista. Não conseguiam acreditar que ele poderia ter feito aquilo com sua amiga.
- Onde está o Tom? – perguntou Danny, que vinha correndo escada abaixo.
- Onde está a ? – perguntou Harry na mesma hora que o amigo havia falado.
- Onde estão os dois? – perguntou Dougie finalmente.
- Não sei. – responderam elas preocupadas, olhando para a porta por onde os dois haviam passado.

- EU TE ODEIO, FLETCHER! TE ODEIO! SOME DA MINHA VIDA! – gritava aos prantos quando percebeu que ele estava correndo próximo a ela.
- Espera, ! Não é o que você está pensando! – exclamava ele sem parar, quando já se aproximavam da casa das meninas.
- Me deixe em paz! – exclamou ela, batendo a porta de casa na cara do garoto.
- , abre a porta. A gente precisa conversar... - dizia ofegante.
- Ah, é mesmo, Sr. Pegador?! – perguntou com sarcasmo, abrindo a porta rudemente; mas ela não o deixou entrar. – Temos mesmo! Quero até saber o preço de outras meninas com quem você ficou, sabe? Como a Sabrina, a Letícia, a Flávia, a Anne, a Rachel... Será que elas custaram mais caro que eu, ou não?
- Olha, eu sei que fiz errado no começo, está bem? Eu sempre fiquei com todas e Dougie, Harry, e Danny duvidavam que eu conseguisse ficar com você, então... – Thomas mal começara a explicar quando o interrompeu.
- Então eu fiz parte de uma competição idiota sua, é isso? – perguntou ela olhando tão fundo nos olhos de Tom que lhe doeu na alma. – É... Eu devia ter imaginado. Dez libras, Fletcher? Dez libras? Pensava que eu valia mais para você...
E ela bateu a porta, mas dessa vez não tornou a abri-la.
- Eu te amo, . Me perdoa... – sussurrou ele, enquanto do outro lado da porta sufocava seu choro.
Não demorou muito tempo até que , e chegassem à procura da garota.
- Amiga, ! – exclamou olhando ao redor quando as quatro passaram pela porta de casa.
- Chegamos! – gritou . – Cadê você, amiga?
- Oi, me-me... Meninas. – soluçou ; sua voz parecia vir do banheiro.
- , abre a porta. – falou dando leves tapinhas na mesma. - Vamos conversar, talvez...
- NÃO TEM O QUE CONVERSAR! – gritou dando um soco tão forte na porta que suas amigas pensaram que a mesma fosse partir ao meio. – Como é... Como é que... Ele, o Fletcher... Teve co-coragem...
- Oh, amiga, não fica assim... – falaram as meninas se entreolhando preocupadas.
- Nunca, nunca mais, eu quero vê-lo na minha vi-vida! – disse a menina quando abriu a porta.
- Olha, , os meninos falaram com a gente. O Tom só...
- ! O Thomas me apostou! – exclamou a menina, jogando-se no braço da irmã. – Não me importa o que vocês falem para defendê-lo!
- Não estamos defendendo ninguém, . – disse , enxugando as lágrimas da garota. – Só queremos contar o que os meninos nos disseram!
- Está... Está bem... – concordou a menina, dirigindo-se até o sofá da sala com as outras.
- Você estava certa, . O Thomas te apostou mesmo! – falou mexendo nos cabelos da menina. – No começo ele só queria ficar com você...
- Mas, como até você tinha dito, – continuou sorrindo para ela. – ele ficou com você mais do que com qualquer outra garota e, com o tempo, sabe, começou a gostar mesmo de você e aí...
- Ele não gosta de mim... Não teria feito isso comigo se gostasse. – interrompeu-a , fitando o chão. – E mesmo assim, meninas. Ele devia ter me contado a história antes que eu descobrisse por outro alguém. - completou quando mais lágrimas molharam seu rosto.
- É... Isso também foi um erro dele. – concordou mordendo os lábios. – Mas ele não está nem um pouco feliz, sabe? Voltou para casa com Dougie, Harry e o Danny chorando como um bebê.
- Verdade? – começou a dizer parecendo preocupada. – Mas... - sua feição mudou rapidamente. - O que ele fez não tem perdão!
- , você gosta do Fletcher ou não?! – exclamou . – O amor perdoa.
- Bem, eu sei, ! Mas se ele acha que vou perdoá-lo assim tão fácil, que tire a guitarra da chuva! – disse a garota cruzando os braços.
- E você espera que ele faça o quê, afinal? – perguntou passando a mão nos cabelos da irmã.
- Quero que ele me prove que eu sou mais que dez libras para ele! – exclamou , dirigindo-se até o quarto. As meninas acharam melhor não continuar aquele papo.

- Eu perdi a , cara. Tenho certeza que ela nunca vai me perdoar, nunca... – falou Tom estirado no sofá de casa; seus amigos o rodeavam.
- Não, cara. Ela gosta de você. – disse Danny, dando um empurrãozinho no pé do amigo. – Está triste com o choque, afinal toda a escola sabe... Sabe... Sabe da história. - completou rolando os olhos.
- Ela só precisa esfriar a cabeça, só isso. – disse Douglas tentando levantar o astral do colega. – Vamos ensaiar, cara. Você sempre ficar melhor quando fazemos isso!
- É, vocês podem ter razão. – concordou o menino. – Mas já sei o que vou fazer para mostrar o quanto a amo. Vou me declarar! Eu nunca fiz isso pra uma garota antes, cara. Ela tem que entender o que eu sinto por ela.
- Ah, ela vai adorar, cara. Meninas são assim! Você fala um monte de elogios e pronto. – disse o Judd rindo. – Agora vamos lá. Temos muito o que ensaiar até o show!

Cap. 11

Uma semana depois, as tão esperadas provas haviam começado. O corre-corre havia duplicado na escola e todos pareciam bastante preocupados com os resultados; apenas as pessoas que sabiam que haviam repetido de ano se entregavam ao lazer. Foi também por causa dos testes, fora os desentendimentos de e Tom e e Dougie, que as meninas diziam um "não" bem sonoro para todos os pedidos de saída que eles faziam.
- Ah, amor. Assim não dá. Eu estou carente. – falou Jones à namorada, quando saiu da sala onde havia feito a penúltima prova daquela semana. – Não aguento mais ficar longe de você!
- Danny, eu também estou com saudades! Olha: hoje é o último dia de estudos, depois a gente vai ter um tempão juntos, certo? – disse , dando alguns beijinhos no menino.
- Por falar em estudo hoje à tarde... Você vai estudar comigo, não é? – perguntou Jones, balançando seus cabelos. Ele sabia que quando fazia aquilo olhando com seus grandes olhos azuis para a namorada, ela faria tudo que ele pedisse.
- É claro que sim! Quero que o meu amorzinho passe de ano, não fique pendente em história. – respondeu com a voz manhosa, enquanto caminhavam até a cantina. - Olha ali a e a sentadas!
- Oi, Jones! Oi, ! – disseram as meninas quando eles se aproximaram.
- E aí? Como foi a prova de química? – perguntou a elas.
- A minha foi ótima! – exclamou feliz. – Conferi os resultados com aquele cdf, o Mário! Segundo ele, acho que tirei oito! - festejou dando pulinhos.
- A minha não foi tão boa, sabe? Vou precisar tirar uma nota mais alta na próxima. – disse bufando, enquanto olhava para as respostas que estavam copiadas em sua mão.
- Sabe, , não é querendo dizer nada, mas o Dougie é muito bom em química... Talvez ele possa te ajudar.
- Ah... Não, Danny, obrigada. – falou ela tornando sua expressão mais triste que a de antes. – Ele está muito ocupado azarando a Francy...
- Oi, gente. – havia acabado de chegar ao local. Parecia feliz como em muito tempo não estivera. – A professora de química corrigiu a minha prova, gente! EU TIREI DEZ, EU FECHEI A PROVA! - gritou animada. Não é todo dia que alguém fecha uma prova de química, não é?
- , parabéns! – disseram todos.
- Que bom, ! Você está passada? – perguntou um Thomas nervoso, que chegara atrás da menina junto de Harry.
- Tchau, gente. Vou ali falar com a professora. - falou ignorando o menino e se retirando dali.
- O Sr. Pegador virou fantasma, búh! – brincou Harry, mas desta vez ninguém riu.
- Cala a boca, amor! – pediu ao menino, colocando sua mão na boca do garoto, que levantou os ombros. – Vamos para casa. A prova de história não deverá ser muito fácil amanhã!
- É verdade, amiga. - começou a dizer , irritada só de pensar no tempo que ia ter de passar estudando aquela tarde. - Se não formos logo, vou acabar esquecendo essa prova!
- Ok. – concordou rindo juntamente com o Fletcher. - Até logo, amor. - completou dando um longo selinho em Jones.
- Até amanhã! - exclamou quando já estavam um pouco distantes dali. - E estudem!
- Até amanhã! – responderam eles, assim que Dougie chegou com um sorriso de orelha a orelha.
- Você ficou com a Francy, cara? – perguntou Danny abobado.
- Fiquei. - confirmou sorrindo maleficamente. - Estava precisando de uma gata dessas. – respondeu Poynter rindo. – Ela é gostosa!
- Realmente é... Você se deu bem! – falou Thomas balançando os cabelos do menino. – Mas a foi quem não ficou nada bem, hein, Jones?
- Estava arrasada. – respondeu Danny fazendo caras e bocas tristes.
- Eu vi o rosto dela... Deprimido, sabe? – comentou Harry imitando, um tanto exageradamente, a expressão de . - Vocês estão tirando onda com a minha cara. – disse Poynter os ignorando. – A não é a fim de mim!
- Falando sério, cara. Ela é sim! Você viu no dia que você falou com ela, dizendo que ia esquecer ela e tudo o mais? Ela chorou muito, as meninas nos contaram que ela, bem... Sente falta da sua perseguição. – falou Fletcher, segurando sua risada quando viu Dougie dar um sorrisinho pelo canto da boca.
- Ontem, quando você ainda azarava a Francy pra ficar com ela, me disse que ela ficou xingando a menina de todos os nomes possíveis. Tá na cara que ela está se mordendo de ciúmes! – exclamou Harry. – Na moral, acho que ela está muito chateada. Você devia conversar com...
- Eu não estou nem aí para ela! – exclamou o Poynter balançando os ombros. – Eu quero é aproveitar as meninas que estão dando em cima de mim, não quero levar mais foras, obrigado!
- Humm, está certo então. – disse Danny rindo. Ele sabia que o garoto ainda era louco por ; aliás, todo mundo sabia. – Você quem sabe...
- Ei, cara. – Tom começou a dizer mudando rapidamente de assunto. – Você não ia estudar na casa das meninas?
- Vou sim. A vai me ajudar para a prova de amanhã, vou aprender tudinho! – disse ele rindo e fazendo biquinhos. – Por falar nisso, está na hora! Vou nessa!
- Se eu for pra lá, só vou querer saber de namorar minha linda. – comentou Harry deprimido quando Jones saiu da cantina. – E preciso de sete pontos amanhã. - completou fazendo cara de assustado. - É, vou ficar por aqui mesmo...
- Pior eu! Se eu for para lá, levo um tapa da na cara! – exclamou Thomas irritado e preocupado. – Mas vamos estudar logo, antes que eu desista...

A prova de história havia sido a mais fácil do ano. A maioria dos alunos saía das salas de aula comemorando o ótimo resultado.
- Fechei! – gabou-se Harry, que andava junto a Tom, Danny e Dougie pelo corredor principal da escola.
- Todos nós fechamos. Que prova fácil, cara! – gabou-se Dougie feliz.
- E eu ainda consegui dar uma conferida nas minhas respostas com a Suzanne. – falou Tom quase sussurrando porque a Dona Emma passava por eles no mesmo instante. – Com certeza foi dez!
- E aí, meninos? – saudaram-os , , e , que chegavam juntas da biblioteca.
- Olá, lindas. – responderam eles.
- Como foi a prova? – perguntou Harold à namorada, que lhe deu um suave beijinho na bochecha.
- Sem querer me gabar, amor, foi perfeita! Eu nem precisava ter estudado tanto ontem... - Ah, nem eu! – disse parecendo aliviada. – Mas finalmente essas provas acabaram... Não aguentava mais ficar sentada estudando!
- Nem me fale. – concordou Thomas tentando puxar assunto com ela, mas a garota ainda fingia não escutar nada.
- Vocês vão para a excursão? Parece que são até amanhã as inscrições. – perguntou Jones mudando de assunto.
- Vamos sim! – disse fazendo um OK com a mão. – Vai ser muito bom esse passeio, sério. Estou muito ansiosa! E vocês?
- Vamos também. – respondeu Douglas. – E por falar nesse passeio... Vamos fazer mesmo um show por lá, o diretor confirmou com a gente logo hoje de manhã! - informou-as animado.
- Nossa, que máximo! – exclamou alegre, olhando diretamente para o menino. – Bem... É... Parabéns!
- Obrigado. – respondeu ele meio sem jeito. – É... Vão fazer alguma coisa hoje?
- Ih, vamos sim. – respondeu batendo em sua testa. – Eu tinha até esquecido!
- Do quê, amiga? – perguntou tentando se lembrar do que fariam à tarde.
- A Bárbara nos chamou pra uma festa do pijama e eu já confirmei com ela, meninas!
- Festa do pijama? Festa do pijama? – repetiu Dougie rindo cinicamente. – Meninas não têm jeito...
- Nem me lembrava disso. – comentou ignorando completamente o comentário de Poynter.
- Ai, vai ser muito bom! – exclamou batendo palminhas. – Nunca mais fomos a uma festa dessas, não é?
- E a gente não pode ir, não? – perguntou Danny com um olhar malicioso.
- É claro que não, Jones! - respondeu apagando o fogo do garoto.
- E como é que a gente fica então? - Harold perguntou cruzando os braços. - Vocês mesmas que disseram que depois da prova íamos ficar juntos!
- É mesmo, não podem fazer isso conosco. - Danny apoiou fazendo biquinho.
- Ah, amor. - começou a dizer, indo em direção ao namorado. Colocou os braços em volta do pescoço dele e continuou. - Não é que a gente não queira ficar com vocês hoje, Danny... É só que não podemos adiar a festa da Babi, entende?
- Festas do pijama não são tão frequentes assim. - disse com brilho nos olhos. – Tem que esperar um tempo para os babados acumularem! – completou, fazendo com que as outras garotas rissem. parecia feliz, mas no fundo, no fundo, estava querendo ir à tal festa apenas para poder tirar Fletcher de seus pensamentos.
- Bem, nos vemos depois, ok? - disse por fim, dando um longo beijo no baterista.
- Tchau! – as meninas despediram-se de Tom, Dougie, Danny e Harry.
- Tchau... – responderam desanimados.

Cap. 12

Aquela festa do pijama era o que realmente as garotas estavam precisando depois de uma longa semana de provas. Bárbara era uma das garotas mais ricas da escola e, portanto, tinha uma mansão onde cabiam todas as garotas que ela convidara para a festa. Assim, , , e só voltaram para casa no dia seguinte; haviam dormido na mansão da amiga.
- Ai, estou tão cansada. – disse bocejando ao entrarem em casa. - Dormimos pouco...
- Pior eu, que não dormi nada. – falou , jogando-se em sua cama. – Fiquei horas conversando com a Francy de madrugada, ela...
- Eu não acredito, ! – exclamou , fechando a expressão para a amiga. – Com a Francy?
- Qual é o problema? – perguntou a menina.
- Ela ficou com o Douglas. – explicou irritada.
- Ai, , por favor! – falou indignada. – Tudo bem que você ama o Poynter e está com ciúmes dele, mas nos proibir de falar com as garotas com que ele ficou só porque...
- Não é isso, tá, ? – negou tentando achar alguma desculpa. – Eu só a acho muito... Muito... Ah, esquece!
- Espera aí. – começou a dizer , que não estava participando daquela conversa. – O que é isso?
- O quê? – perguntaram as amigas curiosas.
- Uma carta. - respondeu misteriosa. - Ah, é do Fletcher. – disse ela fazendo pouco caso do envelope que havia pegado debaixo da porta quando viu o nome do menino escrito no mesmo.
- , não joga isso no chão! – repreendeu-a , correndo para pegar a carta.
- Anda, , o que tem aí? – perguntou curiosa.
- Apenas um aviso do Fletcher... – respondeu ela entregando à a tal carta.
- Um aviso? – perguntou a menina mal olhando para o papel. - Deve ser um informativo do valor das garotas lá da escola, não é? Eu pedi a ele quando brigamos. - riu ironicamente.
- , deixa de ser cínica! Você não vê? O Thomas está arrependido! – defendeu-o apontando para a carta e mandando a amiga lê-la.
- Ai, está bem, tá bem. – resmungou se irritando e lendo a carta em voz alta. – Está escrito: "Te ligo às oito".
- Só isso? – perguntou desapontada.
- Ah, ele vai me ligar. Grande coisa. – falou andando de um lado para o outro do quarto. – Eu não vou atender se ele ligar mesmo, pode dizer que eu fui comprada por um garoto que me ofereceu mais que dez libras!
- Amiga! – exclamou , puxando de leve a orelha da menina. – Pára com isso! Você vai atender a merda do telefone e resolver esse problema de uma vez por todas!
- É isso aí, , firmeza! – disseram e surpresas com a objetividade da garota.
- Ai, que saco! Está certo, eu atendo o Thomas. Pronto!
- Se você usasse essa firmeza com o seu namorado, ... O Harry iria adorar! – brincou , fazendo todas rirem.
Nem mais, nem menos. Às oito horas em ponto o telefone tocou. , e estavam ao redor de segurando-a para que ela não fugisse do menino caso fosse ele telefonando.
- Anda logo, atende essa porcaria. – mandou de uma vez, fazendo com que a irmã atendesse o telefone fazendo caretas.
- Alô? – disse a garota com uma voz desanimada.
- Eu sabia que você atenderia. – respondeu uma voz pelo outro lado da linha. Era Fletcher.
- Eu... Eu não queria, foram as...
- Não adianta, . Você estava com tantas saudades de mim como eu estou de você. – falou Tom com uma voz mais suave. – Eu só estou ligando para te dizer que mesmo que nossa história tenha começado em uma... Uma droga de uma aposta, o que eu sinto por você agora não tem preço. – continuou ele dando risinhos tímidos, enquanto ouvia do outro lado da linha o choro abafado de . - É a primeira vez que sinto isso, garota. Eu te amo. - disse calmamente, sentindo seu coração apertar por ter medo da reação de .
- Thomas... Eu...
- Vem aqui para casa e me mostra sua resposta. – interrompeu-a rapidamente, convencendo a menina de uma vez que precisava vê-lo. E agora.
- O que foi que ele disse? – perguntaram as outras curiosas.
- Tchau, garotas! – exclamou como se não tivesse ouvido o que suas amigas haviam perguntado.
- Hã?!
Foi a última coisa que as meninas puderam dizer antes que batesse a porta de casa ao encontro de Tom.
- ! – gritou mais alto ainda.
- Ah, , deixa a ser feliz. – falou rindo, já imaginando que ela faria uma visitinha a Fletcher.

- TOM! TOM! – berrava a garota em frente à casa de Dougie, Danny, Harry e Tom.
- Ei, Tom, a está aqui! – informou Douglas ao amigo, olhando pela janela.
- Cara, se deu bem! – exclamou Jones, balançando os cabelos (naturalmente desarrumados) de Thomas.
- ! – gritou ele saindo do quarto rapidamente e descendo as escadas de sua casa como um louco ao fugir de um hospício.
Finalmente Fletcher abriu a porta de casa e deparou-se com ainda olhando para a janela de seu quarto, na esperança de que o garoto fosse aparecer por ali.
- , meu amor! – exclamou ele sorrindo, indo em direção à garota. Não acreditava que a menina que ele tanto amava estava ali, à sua procura.
sentia muita falta de Fletcher. Ela saiu correndo o mais rápido que pôde e saltou em cima do menino, que estava de braços abertos para ela.
- Ai, nem lembrava como você era pesadinha. – brincou ele quando os dois caíram juntos na grama.
- Engraçadinho. – brincou , dando um longo beijo no garoto ali mesmo, enquanto da janela podiam ouvir as expressões de viva dos meninos.
- ... – chamou-a Tom quando os dois se levantavam do chão, ainda rindo. – Nunca senti tantas saudades de ninguém em toda a minha vida...
- Eu nunca senti tanta falta dessa covinha perfeita em toda a minha vida! – falou colocando seu dedo na bochecha de Tom, que corou levemente.
- Então... Vamos aproveitar nosso dia de reconciliação onde, amor? – perguntou o menino aproximando seu corpo do da garota.
- Qualquer lugar que eu fique bem perto de você. – respondeu ela rindo, com um olhar malicioso.

Cap. 13

Quando o relógio avisou três horas da manhã, a porta da casa das meninas se escancarou num estrondo e por ela entraram e Tom, este se pendurando nos ombros da garota.
- ! – exclamaram , e juntamente.
- , onde você esteve? – perguntou se levantando do sofá. Parou por uns instantes e viu que a amiga ainda estava acompanhada e refez a pergunta. – Onde vocês estiveram?
- Oi, meninas. – respondeu , ignorando de início as perguntas que foram feitas a ela.
- Olá. – Thomas saudou-as, estava visivelmente bêbado.
- ! – repetiu uma nervosa porque ela não prestava atenção no que as garotas falavam. – Ficamos super, hiper, mega, ultra preocupadas!
- Ai, calma, gente! Eu estou viva, certo? Ajudem-me aqui antes de qualquer coisa. – pediu a garota apontando para o namorado.
- Onde vocês estavam? – repetiu a pergunta cruzando os braços.
- A gente estava num barzinho aqui perto. – respondeu indiferente, passando as mãos no cabelo de Tom, que dormia no sofá da sala.
- Quer dizer que...
- É, , nós voltamos!
- Oba! Sabíamos que você não conseguiria ficar sem o seu guitarrista por muito tempo! – festejaram as outras.
- Vocês não imaginam as coisas lindas que ele me disse. – suspirou como se pudesse ver toda a cena novamente.
- Ou as coisas lindas que ele fez! – brincou , fazendo todas rirem.
- Você e o Harry se merecem mesmo, amiga. – comentou , deixando a amiga corada.
- Enfim, gente... Já está tarde e não vamos sair uma hora dessas de casa! – falou pensativa.
- Ah, ele dorme aqui. – disse numa simplicidade tamanha, que aquilo parecia a coisa mais óbvia a se fazer.
- COMO É? – perguntaram , e em coro.
- Você está louca, irmã? – perguntou girando seu dedo indicador ao redor de um de seus ouvidos.
- Alô, . Não tem mais espaço aqui, para você, que não sabe, não temos mais camas...
- ! Não precisa de cama, ele dorme aqui no sofá!
- Está certo, ! – concordaram ao verem a menina fazer a maior cara de pidona.
- Mesmo assim, vou mandar uma mensagem pro Danny. – disse sorrindo involuntariamente ao pronunciar o nome do garoto. Sempre que pensava nele o mundo parecia um paraíso.
- Ai, amiga. Sai do transe aí e fala logo que o Fletcher dorme aqui. - pediu estalando os dedos na cara da menina.
- Está bem, está bem!
- Bem, boa noite para todos. – disse rumando para o seu quarto. – Tchau, bebinho!
- Ei, não chame o meu bebê de bebinho! – protestou defendendo o "belo adormecido".
- Também vou dormir. – seguia com dando acenos com uma de suas mãos e abafando risinhos.
- Pronto, mandei. – suspirou . – Boa noite, amiga!
- Boa, ! E obrigada. - agradeceu, fazendo de uma almofada o travesseiro de Tom.
- De nada, . Disponha. – respondeu ela quando bateu a porta do quarto.
- Amor, amanhã venho ver você, está bem? – sussurrou no ouvido de Thomas, seguido de um suave beijo em sua testa. – Te amo.

- Danny... Danny. – Harry o chamava em um tom de voz baixo. – Seu celular, cara. Acorda!
- Hã? – perguntou Jones tonto, acabara de acordar.
- Mensagem da ...
- Da minha ? Essa hora? – perguntou ele, levantando-se e pegando o celular da mão de Judd.
- Ei, o que é que está acontecendo? – perguntou Dougie, que acordara com o barulho.
- Nada, mensagem da para o nosso amigo aqui. - falou sonolento. - Deve ser mais uma declaração de amor. – sugeriu Harold, metendo seu rosto novamente no travesseiro, assim como Poynter havia feito.
- Cara, é sobre o Tom! – exclamou Jones fazendo seus colegas se levantarem em um salto.
- O que tem escrito aí, cara? – perguntou Dougie, aproximando-se do menino.
- Fala logo, Jones. – pediu Harry ao ver a expressão maliciosa no rosto do amigo.
- Ele vai dormir na casa das meninas. – disse rindo.
- O Fletcher não perde nenhuma chance mesmo. – continuou Harry, dando risadas de seu próprio comentário.

- Ai, minha cabeça, como dói...
- Finalmente, Tom! – disse , que, junto a , e , rodeavam o garoto.
- Bom dia. – falou uma sorridente, ajudando-o a se sentar no sofá.
- ? Meninas? – Tom parecia bastante confuso. – O que eu estou fazendo aqui?
- Você bebeu bastante ontem, chegou tarde aqui em casa com a sua namorada, então ficou por aqui mesmo. – resumiu .
- Mas já estamos atrasadas, gente. – falou , que olhava ansiosa para o seu relógio de pulso. Estava mais arrumada que normalmente, para Douglas, talvez. – Temos que ir para a escola agora, se não nós não entramos na sala de aula!
- TOM! – exclamou quando ele caiu. Tentara se levantar, mas como estava bastante tonto se estatelou no chão da sala.
- Ai, gente. Ele não está bem. – comentou com um olhar preocupado para o garoto.
- Não vai conseguir ir pra aula desse jeito! – disse balançando negativamente a cabeça.
- Ai, eu quero vomitar... Quero vomitar. – repetia Fletcher com uma de suas mãos em sua testa, assim que as meninas o ajudaram a se deitar novamente no sofá.
- Eu não vou à escola. – disse de repente. Parecia decidida. – Vou ficar aqui e cuidar dele. - explicou quando viu as expressões de interrogação das amigas.
- Que fofo! Você deu sorte, hein, Thomas? – perguntou tirando sarro da inconsciência do menino. – Arranjou uma namorada atenciosa!
- Cala a boca. – reclamou , parecendo envergonhada. – Vejo vocês depois da aula, meninas!
- Ok, gêmula! - concordou , pegando seu material.
- Vamos avisar aos garotos do imprevisto. - avisou-a quando já saíam de casa. - Tchau! - Adeus. - despediu-se acenando para as outras três.

- Anda, dirige isso mais rápido, ! – pediu apressada. As garotas estavam realmente atrasadas. Felizmente, apesar de alguns minutos passados da aula, o professor de filosofia as deixou entrar; como ele mesmo disse, , e nunca se atrasavam.
A aula até que tinha sido bem interessante, ao contrário das outras duas (dois tempos de física) que se seguiram. Quando o sinal tocou, as três saíram da sala em disparada. Estavam cansadas de tantos problemas e cálculos.
- Minha bunda está quadrada. – reclamava , massageando o local.
- E a minha? Ai, graças a Deus tocou o sinal para o recreio, viu?
- É mesmo. – disse Harry no ouvido de , que levou um susto com o aparecimento repentino do garoto. Ele adorava fazer isso.
- Oi, amor. Olá, meninas. – disse ele carinhoso. – E aí? Cadê o Thomas?
- Está lá em casa. A está cuidando dele. – falou enquanto se dirigiam até a cantina.
- Cuidando dele? – repetiu Harold rindo. – Aposto como ele está adorando...
- Harry! – exclamou rindo, dando uma tapinha no ombro do namorado.
- Oi, Dougie. Oi, Danny. – falaram todos quando se encontraram com os dois sentados em uma mesa da cantina.
- O Tom ainda está na casa de vocês? – perguntou Dougie rindo baixinho. – O cara é bom no que faz...
- Está sim, mas não está fazendo nada do que vocês estão pensando. – disse , sentando-se ao lado do namorado, que lhe deu um beijo de tirar o fôlego na frente de todos.
- Ai, parece até que nunca se viram! – falou , puxando uma cadeira para perto de Poynter. Ela não sabia o porquê, mas sentia necessidade de estar perto daquele garoto.
- Mas o que foi que aconteceu afinal? – perguntou Danny curioso. Enquanto as meninas explicavam tudo, Dougie se levantou ao ver uma garota chamá-lo.
- Vai onde, cara?
- Ali, Judd. A Brenda está me esperando. – respondeu ele apressado, dando uma piscadela para o amigo. borbulhava de raiva. Nunca sentira aquilo por ninguém. Não queria que o Douglas fosse embora, queria que ele ficasse ali, ao lado dela.
- Eu... Eu vou ali. – falou depois de alguns minutos, quando viu que o menino e Brenda se dirigiam à quadra da escola. Mal se despediu dos amigos e já saiu correndo.
Ela não sabia o que estava fazendo, mas, por algum motivo estranho, não queria ver aquele garoto que gostara dela por tanto tempo ficar com mais uma. Perseguiu os dois silenciosamente. Ao dobrarem o corredor, já pôde ver Brenda e Poynter se agarrando desesperadamente. Eu não vou deixar... Não vou! Alguma coisa na mente de a mandava impedir aquilo. E foi o que ela fez.

Cap. 14

- Dá licencinha aqui. – pediu interrompendo o beijo intenso dos dois.
- O que é isso, garota? – perguntou Brenda assustada. – Você é louca?
- ? O que você está fazendo aqui? – perguntou Dougie, que não estava entendendo nada.
- Você não pode ficar com ela. – falou a garota nervosa.
- Ah, é? E porque não? – perguntou Poynter num tom desafiador, puxando sua ficante para mais perto.
- Eu... Bem, eu acho errado. – respondeu a menina não achando uma desculpa melhor.
- Olha aqui, garota. – começou Brenda levantando uma de suas sobrancelhas. – Ele fica com quem ele quiser. O problema não é seu!
- Cala a boca! O meu assunto é com o Dougie. – mandou metendo o dedo na cara da garota. Nunca sentira tanto ciúmes de alguém como sentia agora. Ou será que era mesmo ciúme? "Não pode ser... Eu nem gosto do Poynter" pensou naquele momento, até ser interrompida pelo garoto.
- Eu não tenho nada pra falar com você, . – falou ele secamente. – Já não bastam dois anos levando foras e agora você está me perseguindo? – continuou ele fazendo gestos com as mãos.
- Dougie, eu só não...
- Não tente explicar. – disse Poynter grosseiramente. – Você não quis se meter na minha vida quando eu quis que você fizesse isso. Então, agora que eu não quero, por favor, não se meta. E me deixe em paz com a Brenda. - concluiu com uma certeza duvidosa em sua voz.
- Você não ouviu? – perguntou Brenda rindo abafadamente. – Vai embora. - disse dando vários beijinhos na bochecha de Poynter.
estava congelada no mesmo lugar. Não conseguia dizer nada. Ficara ali, olhando para Dougie, sem acreditar no que ele dissera. Apenas quando sentiu algumas lágrimas rolarem por sobre o rosto, correu em direção à porta da quadra.
- Merda! – resmungou Dougie colocando suas mãos sobre a cabeça.

- Ai, cadê a ? – perguntou quando a primeira aula depois do recreio havia acabado. – Vai começar a aula de ciências agora. Ela não pode perder...
- O que será que aconteceu? – perguntou preocupada.
- Eu não sei, mas não deve ter sido nada de bom. – respondeu rolando os olhos. – Vamos procurá-la, anda!

- Dougie, dessa vez você pegou pesado, cara. – disse o Jones, dando um pedala no amigo.
- Eu peguei pesado? Ela não devia ter feito o que fez. Isso sim! – disse ele indignado. – Quem ela pensa que é?!
- Algum problema por aí, Sr. Poynter? – perguntou o professor quando Dougie se exaltou sem perceber.
- Não, me desculpe. – respondeu ele irritado.
- Ela é a garota que você ama. – sussurrou Harry quando o professor voltou a escrever anotações no quadro negro.
- O quê? Eu não amo aquela... Destruidora de casais! – disse ele cruzando os braços.
- Gosta sim, você não nos engana, cara. – falaram Danny e Harry rindo juntos. Douglas preferiu não responder nada.

- , o que foi? – perguntou se aproximando da amiga que estava no banheiro feminino, chorando feito uma criança. Seu rosto estava vermelho e seus olhos inchados, o que fez suas amigas se preocuparem ainda mais.
- Foi... Foi o... O...
- Fala logo! – exclamaram e nervosas.
- O Dougie. – suspirou a garota caindo mais uma vez no choro.
- O que foi que ele fez dessa vez? – perguntou levando uma de suas mãos à boca.
- Ele brigou comigo, eu... Eu nem sei por que fiz aquilo...
- Ai, , desembucha! – implorou roendo as unhas. – O que foi que você fez?
- Bem, naquela hora que eu saí da cantina, sabe... Eu... Eu segui o Dougie!
- Como é, amiga?
- Calma, meninas... Eu vi a Brenda o chamando e, não sei, segui os dois. Eles iam ficar na quadra da escola... – continuou entre longos soluços. – Quando começaram a se beijar, senti algo estranho. Eu não gostei de ver aquilo e...
- E?
- Separei os dois, ! Eu os separei na maior cara de pau! – finalizou abaixando sua cabeça.
- O quê? Você perdeu a noção do normal? – perguntou . Estava muito surpresa com a ação de . Nunca pensara que a menina poderia fazer uma coisa daquelas. – E o que foi que o casal fez?
- Não chame o Poynter e a Brenda de casal! – exclamou irritada.
- Tudo bem. Me desculpe. - pediu, alisando os cabelos da amiga.
- Ele me disse coisas terríveis... Do tipo: não se mete na minha vida, me deixe em paz e... Ah...
- Oh, . Não fica assim! – falou tentando acalmá-la quando a menina se jogou em seus braços chorando ainda mais. – Eu sei que ele pegou pesado, mas você não tinha o direito de, bem, acabar com a ficada dele, não é?
- Eu... Se-sei. – soluçou assoando o nariz. – Mas ele não pode ficar com essas ridículas. - bufou, fazendo caretas.
- Nisso você não tem razão, amiga. Ele fica com quem ele quiser. – continuou . – E se você está com ciúmes dele, porque não vai lá e...
- Eu não estou com ciúmes do Poynter. – grifou cada palavra secamente.
- Olha, vamos voltar para a sala, certo? Daqui a pouco é aula de Ed. Física, você vai se animar rapidinho! – falou sorrindo para a amiga. – Agora lave o rosto, senão todos vão querer saber por que você está assim. - avisou-a dando apoio para que a garota se levantasse.
- Está bem. – concordou triste, dirigindo-se à pia do banheiro.

Cap. 15

Aquela confusão havia sido tão grande que as garotas quase se esqueceram de pagar a excursão que fariam em torno de quatro dias. Logo depois que pegaram seus comprovantes, as três foram direto para casa. não queria rever Dougie tão cedo.
- Ah não, se ele morrer o filme vai ficar péssimo! – exclamou indignada; estava junto ao seu namorado assistindo a um DVD.
- Ele merece isso! – discordou Tom, que parecia bem melhor.
- E ela vai ficar sozinha. - falou uma garota nervosa. - Coitada, Thomas. – continuou olhando vidradamente para a TV.
- Coitado de mim que estou sozinho aqui. – falou o garoto fazendo biquinho. – Você prefere esse atorzinho fedido ao seu namorado lindo aqui! - exclamou com voz de criança.
- Humm... É verdade. – disse afim de irritá-lo.
- Ah é, né? – perguntou num tom desafiador. – Duvido que ele faça isso melhor que eu! - Fletcher puxou-a para um longo beijo com a maior força que pôde reunir naquele momento.
Toc, Toc, Toc.
- Ham, ham... Desculpem-nos, casal. – brincou entrando em casa quando viu o beijo intenso dos dois no sofá.
- Ah, oi, meninas. – saudou-as sem jeito e sem folêgo.
- Olá para vocês. – Thomas acenou em seguida.
- Oi. – responderam.
- Está se sentindo melhor, Tom? – perguntou indiferente. Estava se mordendo por dentro, mas tentava parecer natural.
- Ah, estou sim! Com uma enfermeira dessas quem não fica bom logo?
- Ai, que fofo! – exclamou abraçando o namorado. – Mas então... Como foi o dia?
- Legal... Bem... Quero dizer, normal. – falou fazendo sinal de que depois conversariam.
- E os garotos? – perguntou o Fletcher de repente. – Eles disseram se era pra eu ir para casa agora?
- Não, na verdade... – ia começando a dizer quando a campainha tocou.
- Danny! – exclamou se jogando nos braços do namorado, que vinha acompanhado de Dougie e Harry.
- Vou tomar banho. – falou , saindo rapidamente dali quando avistou quem chegara.
- Oi, amor! – disse ele dando um selinho na menina. – E aí, galera!
- Olá. – responderam todos.
- O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou surpresa, segurando uma das mãos de Harold.
- Não nos avisaram que viriam. - falou dando vários selinhos em seu guitarrista.
- Vínhamos pegar o bêbado com vocês, mas, logo depois que o sinal tocou, vocês já tinham sumido. - explicou Jones.
- Corremos até aqui para tirar o Thomas da vida mansa. - disse o baterista fazendo biquinhos. - Agora vamos trabalhar. - completou tocando uma bateria imaginária.
- Cara! Temos que ensaiar! - exclamou Tom como se caísse em si. - Temos apenas três dias. - analisou assustado.
- Por isso mesmo. - concordou o Dougie, mais bufando do que falando. Estava se sentindo mal ali. Não queria ver . Quanto mais rápido fosse para casa, melhor.
- Ah, pensava que vocês fossem ficar. - resmungou fazendo cara de pidona.
- Eu também. - concordou uma entristecida. - Nós nunca mais saímos juntos. - completou apontando para todos. - Estou com saudades de um cinema.
- Com certeza. - falou , que se pendurava nos ombros de Judd dando-lhe beijinhos para tentar convencê-lo a ficar.
- Não podemos. - negou Douglas já irritado pela demora. - Vamos embora, caras.
- O Poynter está certo. - disse Fletcher notando algo de diferente em seu amigo. Queria conversar com ele. - Vamos nessa. - disse dando um selinho de despedida em , que conduzia os quatro até a porta, junto a e .
- A gente se vê, linda. - disse Jones apertando as bochechas de uma inconsolada .
- Tchau, gatas! - exclamaram em uníssono.
- Adeus! - responderam quando a porta da casa bateu.
- Mas o que foi que deu na ? – perguntou quando a garota saiu do banheiro enrolada numa toalha. – Parece bastante triste...
- É, . Ela não está nada bem, sabe? Teve uma briga feia com o Dougie hoje...
- Meu Deus! Mais uma, ?
- É, mas essa foi a pior. - falou baixinho.
As garotas passaram pouco tempo explicando toda a história para , que simplesmente não conseguiu acreditar em um terço da reza.
- Eu estou chocada. – disse a menina boquiaberta.
- Todas nós estamos. Mas, gente, é melhor não tocarmos mais nesse assunto com a . – começou , abaixando o tom de voz. - Eu sei que eles se gostam, só não admitem. - disse pensativa.
- É isso, ! Tive uma idéia! - berrou animada. - Cheguem mais perto, meninas. - pediu misteriosamente. – Nós sabemos que esses dois se amam, certo? Está na cara. Mas se eles vivem brigando...
- No que você está pensando?
- Calma, . É em favor do futuro romântico da minha irmã. – brincou , fazendo com que suas amigas rissem. – Continuando... Mas se eles vivem brigando... Nós temos o dever de arrumar um jeito deles se entenderem, seja por bem ou por mal!
- Mas que jeito seria esse? – perguntou aceitando a idéia de fazer um plano.
- A excursão será um ótimo lugar. – continuou a menina pensativa. – Bem, explico tudo depois. A vem aí, disfarcem...
- Então, meninas, hoje o shopping está com promoções ótimas em várias lojas. – disse mudando de assunto novamente quando apareceu na sala. – Que tal irmos ao shopping hoje?
- É, nunca mais fizemos isso! – confirmou . – O que você acha, ?
- Eu? Não sei, acho que prefiro dormir...
- Ah, vamos, ! Sei que você nunca recusa umas comprinhas. – insistiu a irmã.
- Só vocês para me animarem mesmo. – concordou a menina sorrindo para as amigas. – Ok, eu topo sim!
- Oba! – festejaram todas.
- E o que estamos esperando? Vamos almoçar rapidinho e nos arrumar mais depressa ainda, senão só sobram restos pra nós! – exclamou feliz adiantando-se em fazer o almoço.

Cap. 16

Os dias que se seguiram não foram tão ruins; todos estavam mais animados com o passeio que teriam e até haviam se esquecido um pouco das preocupações da escola.
- É amanhã! – exclamou um Danny feliz à . Eles, Tom, Dougie, Harry, , e estavam numa sorveteria. Era domingo e, como eles não tinham mais nada para fazer, decidiram passar o dia juntos. – Estou louco pra irmos logo para esse passeio, gata. Vamos ficar bem juntinhos!
- Com certeza. – concordou sua namorada puxando o garoto pela gravata e lhe dando um beijo muito demorado. Muito mesmo.
- Bem, o banheiro daqui da sorveteria pode ser usado para isso. – brincou Harry, arrancando gargalhadas dos amigos.
- Muito sem graça. – riu bastante tímida. – Pior você e a , que quase decidiram fazer isso aqui mesmo!
- ! – exclamou num gritinho histérico.
- É brincadeirinha, amiga. – falou sorrindo.
- E o que nós vamos fazer à noite, pessoal? – perguntou Tom mudando de assunto.
- Humm... A Jéssica me contou que abriu um Pub perto da casa dela. – começou pensativa. – Pelo que me disseram é muito bom.
- Eu estou precisando mesmo de uma festinha. – falou Dougie maliciosamente. – Conhecer novas pe...
- Vou torcer por você. – interrompeu-o batendo palminhas. O clima entre os dois só parecia piorar a cada dia.
- Não precisa montar uma torcida organizada para o Poynter aqui. – retrucou o garoto voltando os olhos para , que estremeceu de raiva. – Como você mesma viu, não preciso de muita coisa pra pegar alguma gata.
- Percebi sim. – retrucou, quase subindo em cima do baixista. – Tanto é que na gata que você tanto queria, não encostou um dedo!
- Gente, nós estamos num lugar público e... – ia dizendo quando e Dougie gritaram no pé do seu ouvido.
- CALA A BOCA, !
- Mas isso não importa agora! – exclamou o menino perdendo a paciência. – Essa gata de quem você está falando era pouca coisa. - riu com ar de vencedor.
- Pouca coisa? Pouca coisa?! Eu era muita coisa para você, Poynter! Aliás, eu sou! – disse nervosa. "Ele vai ver só quem é a pouca coisa aqui", pensou por um instante.
- Eu tenho coisa muito melhor pra pegar do que...
Antes que Dougie fizesse a menção de continuar a falar, fez o que ninguém imaginaria que a garota fizesse. Levantou-se da cadeira onde estava sentada e foi para a outra ponta da mesa, onde um Douglas paralisado se encontrava. Sem saber o que ela iria fazer, Poynter também se levantou e os dois ficaram se encarando por algum tempo.
Ela não sabia ao certo por que quis fazer aquilo, mas puxou bruscamente a nuca de Dougie com uma de suas mãos, deixando-o mais perto de si. Seus rostos estavam muito próximos e eles se fitavam sem piscar, como que esperando o próximo passo. olhou mais de perto cada detalhe do rosto do menino. "Como era perfeito..." sua mente insistia em lhe dizer, enquanto o Poynter punha suas mãos sobre a cintura da menina.
- Você tem certeza que tem coisa melhor para pegar, Poynter? – perguntou ela quebrando o silêncio e se aproximando mais ainda do menino, que congelara. – Depois disso daqui, vamos ver o que você me responde...
Então ela pulou nos braços do menino, bem ali, na frente de todos. Ninguém conseguia acreditar que tivesse saltado em cima de Dougie, mas decidiram não interromper o momento e ficaram calados.
Mesmo que no começo estivesse fazendo aquilo para provar de que não era pouca coisa, admitiu dentro de si que aquele beijo foi o que ela sempre sonhara. Dougie não cabia de felicidade dentro de si, queria fazer daquele momento eterno, até que a garota o soltou repentinamente.
- Pense duas vezes antes de dizer alguma coisa da boca para fora. – disse-lhe como num aviso, pegando sua bolsa e se retirando da sorveteria com o nariz empinado.
- Um a zero pra ela, Douglas. – suspirou Judd ainda boquiaberto. - Aliás, dez a zero!
- Como ela fez isso? – perguntou surpresa. – Hoje eu conheci a verdadeira !
- Com certeza. – confirmaram todos quando um Dougie ainda em transe voltou para o seu lugar, calado.
- Dude, você está bem? - Jones passava uma de suas mãos na frente do rosto do baixista, quase tocando-lhe o nariz, mas o menino parecia hipnotizado.
- Erm... Bem, já está um pouco tarde. – começou desconcertada. – A gente se vê daqui a algumas horas lá no pub, certo?
- Beleza, até mais, gente. – despediram-se os garotos concordando em ir embora.
- Até. – responderam as três objetivamente, abismadas demais para formular palavras com mais de uma sílaba.
- , você ficou louca?
- Não, , o Dougie ficou! Onde já se viu? Dizer que eu era pouca coisa pra ele! – respondeu imitando grosseiramente a voz do garoto.
- Foi a coisa mais... Mais... Mais louca que eu já vi alguém fazer. – falou achando graça daquela situação. – Tenho orgulho de ser sua irmã, !
- Ele ficou congelado com o seu beijo, amiga! – brincou rindo. – Você tinha que ver a cara dele depois! - riu abertamente.
- Eu já sei decorada a cara de idiota que ele tem. – retrucou a garota dando um sorrisinho pelo canto da boca. Parecia feliz por saber que Dougie ficou com uma cara de "quero mais" quando ela o largou e também porque havia gostado do beijo, não poderia negar.
- E aí? – perguntou curiosa.
- E aí o que?
- Ah, . Não se faça de desentendida. – falou apertando as bochechas da amiga, que corou levemente. – Como é que ele beija?
- O Poynter? – perguntou sorrindo lesada. "Ele beija muito, muito bem... " ela pensou. Mas não poderia dizer isso para suas amigas, com certeza contariam tudo para os meninos e o Dougie ia ficar se achando. Não, eu odiei o beijo, teve gosto de amora estragada... - Eu? Simplesmente detestei! – mentiu ela fazendo cara de nojo. – Tinha gosto de amora estragada, isso sim!
- Ah, , nem vem com essa! A gente viu o sorrisinho que você deu quando você terminou o serviço. – brincou dando um empurrãozinho de leve na irmã.
- Até parece... - guinchou empinando o nariz enquanto cruzava os braços.
- Bem, vamos nos arrumar. Já são seis horas e marcamos com os meninos lá no Pub às oito! – exclamou fazendo com que saísse correndo até seu guarda-roupa para escolher a roupa mais perfeita que tivesse. Queria deixar Poynter ainda mais caidinho.
- Perfeita desculpa, ! – agradeceu batendo uma de suas mãos com a da amiga.
- Mas então, . Qual é o plano?
- É o seguinte, meninas... Nós vamos prendê-los em um dos quartos do hotel e eles só saem de lá quando realmente se resolverem. – explicou rapidamente. Tinha medo que a irmã voltasse de repente e escutasse a armação que elas estavam aprontando.
- Isso é genial! – exclamou baixinho. – Mas e se esse plano piorar a situação entre eles?
- Não vai piorar! Confie em mim. Além do mais, isso que aconteceu hoje lá na sorveteria já ajudou muito no nosso plano. – afirmou sorrindo. – Eles estão mais próximos, sabe? Bem mais próximos! - riu animada.
- Acho que ela tem razão, . – concordou . – Os dois se amarraram no beijo, isso é óbvio. Fora que se amam e não admitem. - bufou. - Não vai ter problema nenhum. Eles irão se resolver. Tenho certeza!
- Se vocês acham... Estou aqui pra ajudar. – disse apostando naquela idéia. – Uma por todas, e todas por uma!
- Yeah! – riram as outras.
- O que vocês estão festejando aí sem mim? – perguntou saindo do quarto com um curto e lindo vestidinho rosa nas mãos.
- Erm, bem...
- A saída de hoje à noite. – desenrolou rapidamente. – Vai com esse vestido hoje à noite é, ?
- Comprei naquele dia que fomos ao shopping e já quero estreá-lo. – comentou feliz. – E vocês? Não vem se arrumar, não?
- Ah, vamos, claro. – falou , levantando-se junto a e , que pareciam aliviadas por não ter desconfiado de nada.

Cap. 17

- Onde será que estão? Que demora. – resmungou Harold ansioso para encontrar a namorada. Eles mal tinham ficado juntos com a confusão que ocorreu entre Poynter e .
- Já estamos esperando faz vinte minutos aqui. - concordou um Danny bastante entendiado. - Estamos completamente carentes. – continuou Jones fazendo biquinho.
- Eu posso curar essa sua carência. – Danny ouviu uma voz já conhecida em seu ouvido; sim, era a . Estava mais arrumada do que de costume: usava uma saia curtinha que deixava suas pernas à vista, uma bela blusa vermelha que combinava com seu salto alto também vermelho. O queixo de Jones quase caiu quando viu a menina daquele jeito.
- Oi, meu amor! Oi, meninos!
- Oi... – respondeu Danny perplexo. Até os outros garotos haviam notado como ela estava bonita naquela noite.
- Oi, . – responderam eles sem jeito.
- O que foi? Estou feia? – perguntou a garota se analisando quando se sentou ao lado do namorado.
- Não, muito pelo contrário. – sussurrou ele no ouvido dela, que estremeceu ao ouvir aquela voz tão perfeita. – Eu te amo, .
- Eu também. – falou com um bobo ar de apaixonada. - Você é tudo que eu sempre quis e sempre vou querer. - completou dando um beijo no Jones em resposta.
- Ham, Ham... Com licença. – interrompeu Thomas meio sem jeito de quebrar o clima do casal. – Cadê as meninas?
- Ah... Desculpem, esqueci de dizer. – disse timidamente. – Estavam no banheiro retocando a maquiagem antes de virem pra cá...
Mal começara a explicar quando , e vieram em direção à mesa. Estavam praticamente chamando a atenção de todos os homens do Pub e os deixando abobados, assim como Tom, Dougie e Harry ficaram quando as viram.
- Só pode ser uma visão. – suspirou um Tom surpreso.
- É... É uma miragem... – continuou Poynter nervoso.
vestira aquele mesmo vestido rosa que mostrara para as meninas em casa; estava com uma maquiagem clarinha que dava um belo realce em seus olhos castanhos. estava com uma calça jeans que fora colocada por dentro de uma bota preta. As botas combinavam perfeitamente com a blusinha preta básica que usava. Já estava com um vestidinho roxo e possuía seus cabelos presos em um coque, deixando seus cachos bem definidos.
- Nossa, . Você está... Está... – Harold perdera as palavras olhando para a namorada dos pés à cabeça.
- Um espetáculo. – completou Fletcher observando , que lhe deu um leve selinho de saudação.
- Obrigada. – agradeceram as meninas.
- Olá pra todos. – disse acenando para os amigos.
- Oi. – respondeu Dougie rapidamente. Parecia hipnotizado pela menina, mas ela ainda fingia que não o via. O garoto estava um caco. Não parou de pensar naquele beijo um minuto sequer e, sem dúvidas, queria mais.
- Então, vamos dançar ou vamos ficar criando raízes aí nessa mesa? – perguntou animada, tentando não olhar para Poynter. "Ele está lindo... Ah, o que eu estou dizendo? Esquece! Esquece esse idiota!" pensou balançando sua cabeça na tentativa de afastá-lo de seus pensamentos.
- Com certeza eu prefiro a primeira opção. – falou Danny puxando para a pista de dança.
- Me concede a honra desta dança? – perguntou Judd fazendo à namorada gestos de cavalheiro.
- A honra é toda minha. – respondeu a garota, pegando na mão estendida de Judd e seguindo com ele para a pista, assim como já havia feito.
- E você, Thomas? Não vai me chamar para dançar, não? – perguntou louca para balançar o esqueleto.
- Pretendo fazer uma coisa melhor com você. – respondeu sorrindo maleficamente enquanto fitava a menina.
- Tipo o quê? - fingiu inocência.
- Tipo isso. – falou ele por fim, pegando a garota rapidamente e a puxando para um beijo forte e longo.
- Eu... Eu acho que vou dançar. – disse Dougie, levantando-se da mesa sem pensar duas vezes.
"Como a está linda... Mais linda que nunca!" pensou o baixista enquanto se reunia ao grupo para dançar. "A vontade que eu tenho é de chegar perto dela e beijá-la de novo! Puts, esquece isso, Poynter..." pensou, tentando substituir pela música My Nigth, da Mariah Carey, que tocava no pub.
Já era quase meia noite e , , e ainda não haviam se cansado.
- Ai, eu amo essa música! – disse num tom mais alto para que suas amigas a escutassem.
- Eu também! – concordou dançando loucamente.
- Pena que os meninos pararam, não é?
- É, . Acho que foram beber um pouco. - falou olhando para a mesa onde estavam. Pareciam estar se divertindo, porque riam abertamente.
- Do que será que eles riem tanto, hein, amigas? – perguntou curiosa.
- Bem, deve ser alguma piada safada, pra variar. – respondeu , fazendo com que todas caíssem na gargalhada.
- Olá, gatinhas. – saudou-as um garoto que havia acabado de chegar perto delas e olhava para indiscretamente. – Tudo bem?
- Estava tudo ótimo até você chegar. – respondeu secamente.
- Calma, lindinha. - pediu com uma típica voz de quem quer alguma coisa. - Está bravinha é?
- Ah, cai fora. – falou , dando as costas para o garoto. Ele era alto, possuía cabelos cor de mel da mesma cor que seus olhos e um sorriso matador.
- Eu só queria saber o nome dessa princesa aí. – falou ele se aproximando de . – O meu é Fred.
- Pouco me importa. – disse , empurrando o garoto com uma das mãos. Fred andava para mais perto dela, mesmo que a garota tentasse afastá-lo.
- Um, dois, três! – contou Dougie, preparando-se, junto a Danny e Tom, para dar uns bons pedalas em Harry.
- Está bem, cara. está bem! – exclamou um Judd tonto, protegendo sua cabeça. – Agora é sua vez, Jones!
- Beleza. Eu me garanto. – disse o guitarrista, pegando um copo do tamanho de um caminhão que estava em cima da mesa e se preparando para bebê-lo de uma só vez quando Thomas o interrompeu.
- Ei, cara. Olha lá. – falou ele apontando para o local onde as meninas estavam.
- Quem é aquele ali? – perguntou Danny furioso quando avistou uma das mãos de Fred prendendo a cintura de .
- Não sei. – respondeu o Poynter tentando reconhecer aquele rosto.
- Quem quer seja está dando em cima da minha garota e isso eu não vou deixar barato!
- Calma lá, cara. – disse Harold tentando acalmar o amigo, que já se levantara e saíra correndo em direção à pista.
- Larga a minha amiga! – exclamou , puxando o braço do garoto. Ele tentava incessantemente puxar a garota para mais perto de si.
- Me solta, seu idiota! – disse ela nervosa, desviando-se do beijo que Fred tentara lhe dar.
- Ei, cara, dá licença aí! – falou Danny, puxando o garoto pelas costas e o tirando de cima de sua namorada. – Se afaste da minha namorada!
- Calma, amor. Está tudo bem, deixa isso pra...
- Eu não tenho culpa se você é um imbecil e deixa uma gata dessas solta numa festa. – respondeu Fred num tom de voz desafiador.
- Não chame a minha de gata! – berrou Danny, aproximando-se do garoto. Já tinha um de seus de punhos levantado.
- Então o nome dessa linda aí é ? – continuou sorrindo para a menina, que agora abraçava o Jones por trás, tentando impedi-lo de começar uma briga.
- REPETE ISSO! – gritou Danny; estava explodindo de raiva. Ao verem que a situação piorara, Thomas, Dougie e Harry se aproximaram do grupo para desfazer aquela confusão.
- Cai fora daqui. – disse Poynter a Fred, fuzilando-o com os olhos.
- Ah, então quer dizer que o bebezinho aí tem três babás! Que lindo!
- Cala essa boca! – exclamou Tom empurrando o menino. – E cai fora antes que a gente acabe com você!
- Está legal, está legal. – concordou o menino com cinismo, levantando os braços. – Nos vemos por aí, !
- Ah, esse cara não sabe com quem se meteu. – disse um Harold louco para dar uma surra no garoto.
- Calma, Harry! – falou , segurando uma das mãos do namorado.
- É melhor irmos embora... Estão todos olhando pra nós. – disse de repente, quebrando o silêncio e se aproximando de Fletcher.
- Concordo. – falou mordendo os lábios.
- Esse cara me paga, . Me paga. – sussurrava Danny, abraçando a namorada enquanto todos saíam do pub.

Cap. 18

Como no outro dia teriam de acordar muito cedo por causa da excursão, todos foram direto para casa dormir.
- Se afogou na privada, ? – perguntou batendo freneticamente na porta do banheiro.
- Anda, amiga! Só temos quinze minutos, hein? – apressou-a olhando para o relógio que ficava em cima da escrivaninha.
- Já estou saindo! – ouviu-se a voz de em resposta.
- E cadê a ? – perguntou , fechando a mala que estava sobre uma das camas.
- Deve estar lá em baixo arrumando um lanchinho pra nós. – respondeu guardando a máquina fotográfica em sua bolsa.
- Pronto! – exclamou finalmente saindo do banheiro.
- Graças a Deus, ! - exclamou . Parecia que a amiga estava fazendo um acampamento lá dentro. - Vamos, meninas! – disse, saindo do quarto junto às suas amigas.
- Já está na hora. – informou-as , entregando a cada uma das meninas uma espécie de sacolinha com doces. A garota era simplesmente vidrada por qualquer coisa que lembrasse chocolate e fazia questão de viajar comendo besteira.
- Ah, que fofo! Obrigada, que o deixou assim. - deixou escapar por entre risos. Thomas e Daniel riram discretamente.
- Cala a boca, Judd. Não tem nada a ver. – retrucou, cruzando os braços.
- E aquela cara de carente que você fez ontem no pub olhando pra a era o quê, então? – perguntou Thomas cutucando o baixista.
- Só espero que nessa viagem vocês se arrumem de vez. – comentou Harold quando viu que Poynter ignorara o comentário de Thomas.
- Eu nem vou olhar pra cara dela. – falou ele firmemente.
- Cai na real, cara! Você vai estar do lado dela no ônibus a viagem inteira. – disse Jones apontando para o lugar vazio ao lado do Douglas.
- Isso não importa. – começou tristemente. – Se ela finge que eu não existo, também tenho esse direito.
- Olha lá! Chegaram! – exclamou um Tom feliz quando as quatro entraram no ônibus. Estava morrendo saudades de . A vontade que tinha era de sair correndo para dar-lhe um beijo mais que apaixonado.
Os McGuys, que haviam chegado mais cedo, já tinham reservado lugares próximos aos deles nas últimas cadeiras do ônibus.
- Oi, amor! – disse , jogando-se no colo do namorado.
- Oi, linda. – respondeu ele, beijando-a carinhosamente. Ficava completamente bobo ao lado de .
- Oba! Adoro ficar no fundo do ônibus! – festejou , sentando-se ao lado de Thomas, que segurou em uma de suas mãos.
- Senta aqui, . – pediu Harry logo depois que a menina pôs sua bolsa no bagageiro.
- Com certeza. – ela sorriu, bagunçando os cabelos do namorado.
- E eu vou sentar onde? – perguntou fazendo biquinho.
- Ao lado do Dougie. – respondeu Danny calmamente.
- Era o único lugar que tinha. – explicou Fletcher à garota, que parecia indignada.
- A viagem já começou bem. – suspirou ironicamente, virando-se para onde Poynter estava.
- Bom dia. – ele saudou sem entusiasmo.
- Eu quero me sentar ao lado da janela. – ela disse rispidamente, ignorando a saudação do menino.
- E por que você acha que eu vou sair daqui? – perguntou ele, tentando se controlar para não brigar mais uma vez com .
- Porque já estou sendo obrigada a passar as cinco horas de viagem ao seu lado. Não posso, ao menos, me sentar onde quero?
- Senta logo aí e vê se fica quieta. – retrucou Dougie, trocando de lugar rapidamente.
- Essa viagem vai dar o que falar. – disse a Harry enquanto olhava e apontava indiscretamente para e Dougie.
- Eles não param com essa frescura. – concordou Judd rindo. – O Dougie devia pegá-la de jeito e levá-la pra um quarto, sabe? Aí...
- Harry! – interrompeu-a dando um tapinha no ombro do garoto.
- Ah, desculpe, amor. Esqueci que você não era um menino. – brincou ele passando uma de suas mãos pelos cabelos da namorada.
- Então eu vou lhe lembrar. – disse decidida, pulando em cima de Harry e dando-lhe um beijo de tirar o fôlego. - Eu amo você. - ela sussurrou em um de seus ouvidos quando o beijo de desfez. Naquele momento a menina pôde se lembrar de quantas brigas já tivera com o baterista e como elas haviam ajudado a unir mais o casal. Com certeza, ela o amava. E sabia que não sentiria isso por mais ninguém. Harold apenas riu e a encheu de beijos.
- Alunos, sentem-se, por favor. – pediu o Sr. Williams, diretor da escola, fazendo gestos com as mãos. – O nosso ônibus sairá em mais ou menos dez minutos, então vamos fazer a contagem e peço para que fiquem sentados enquanto a fazemos, obrigado. - e sentou-se ao lado de um dos professores enquanto a coordenadora passeava pelo ônibus com uma prancheta.
A contagem de alunos foi bastante rápida e logo o ônibus seguia para o seu destino.
- Já vamos sair! – festejou , pegando algo em sua bolsa. – O hotel deve ser lindo. Olha só esse folheto de lá, amor.
- É lindo mesmo. – concordou sorrindo maleficamente.
- O que foi, Thomas? – perguntou quando viu que seu namorado estava pensando em algo.
- Parece grande. - começou fazendo cara de inocente. - Dá pra brincar direitinho de esconde-esconde, pega-pega... – riu, pegando na cintura da namorada, com um sorriso matador e sua cova em clara exposição.
- Hum... Gostei. - ela falou risonha e corada. - Vou torcer por você, então.
- Como assim? Você é quem vai brincar comigo. - Fletcher fez biquinho. sentiu seu coração entalar na garganta; o menino sabia que ela era louca por umas carinhas de bebê carente.
- Eu sei, Tom, eu sei. É que você sempre vai ser o pega ou o contador. - a garota mordeu os lábios do namorado e ele com certeza não estava achando aquilo nada ruim.
Enquanto a viagem seguia em frente, o guia da excursão fazia brincadeiras e dava explicações sobre os lugares pelos quais passavam. Já com mais de duas horas dentro do ônibus, o lanche começou a ser distribuído.
- Humm, beijinho! – exclamou animada, pegando seu docinho preferido da caixinha.
- Cara, eu já estava degradando de tanta fome. – comentou Dougie abocanhando a coxinha que vinha no kit.
- Ai, deixa de ser ogro. – reclamou ao ver o menino comer de boca aberta.
- Ah, qual é! Nem comer em paz eu posso! – resmungou fitando a menina, que o olhava com uma expressão de nojo.
- Pode sim. Contanto que mantenha sua educação. – retrucou a garota ainda com o beijinho na mão. – Se é que você tem, não é? Porque... Ai, não! Não, não, não!
- O que foi? – perguntou Poynter ao escutar aqueles gritinhos.
- Meu beijinho caiu no chão. – explicou tristemente. – Eu gosto tanto desse doce e só vem um... Droga! - bufou irritada. Estava realmente com desejo de comer um. Na sacolinha de não vinha beijinho. Uma pena.
- Bem... Fique com o meu. – falou Douglas entregando à garota seu doce. Ele amava beijinho, mas queria ver se conseguia ficar de bem com a menina e isso já poderia ser um grande começo.
- Ah... Mas você não vai querer, não? – perguntou sorrindo para ele, que retribuiu o sorriso, deixando a menina desconcertada.
- Não, pode ficar. – disse ele gentilmente.
- Ah, bem... Erm, obrigada. – agradeceu sem jeito. "Isso foi super fofo da parte dele..." pensou ela enquanto dava uma pequena mordida no doce.

- I love the way you please me, I can't believe I found the girl who turned my life around... – cantava Danny para sua namorada, que o acompanhava alegremente.
- Ai, amor. Essa música é ótima! – exclamou dando beijinhos na bochecha rosada do menino.
- Penso em você quando canto ela. – disse Jones carinhosamente; adorava mimar . E, logicamente, a menina adorava quando ele fazia isso.
- Você está me deixando sem jeito, Danny. – falou corando levemente.
- E você fica linda assim. – continuou ele, deixando a menina com mais vergonha ainda.
- Danny! Danny! – ouviu-se uma voz que vinha do começo do ônibus.
- Tem alguém te chamando, amor. – informou procurando a tal pessoa.
- Vem cá, Danny! – pediu novamente a voz.
- Ah, é o Charles. – disse Jones reconhecendo alguém que acenava para ele das primeiras cadeiras. – Vou lá ver o que ele quer...
- Tá, mas vê se volta logo, hein?
- Pode deixar. Não vou aguentar ficar muito tempo longe de você. – respondeu o garoto, por fim se dirigindo ao início do ônibus após dar um selinho em .
- Será que dá pra vocês pararem de me chutar aí atrás? – brincou olhando para o casal que se sentara nos dois bancos anteriores aos dela e de Danny. Eram Harry e . Não haviam parado de se agarrar desde que a viagem começara.
- Ah, estamos aproveitando aqui. – falou um Harry sem ar. – Agora vê se pára de nos interromper!
- É, amiga. Deixa de ser estraga-prazeres! – concordou sorrindo e voltando rapidamente a beijar Judd. Parecia que nunca tinham se visto.
A viagem estava correndo bem até que ocorreu um pequeno problema dentro do ônibus. O ar condicionado quebrara já fazia meia hora, mas parecia que não ia ser consertado tão cedo. Apesar das reclamações constantes dos alunos não se tinha muito o que fazer, a não ser abrir as janelas e esperar que o ar condicionado voltasse a funcionar.
- Ai, cara. Está muito calor! – reclamou Dougie, balançando sua blusa.
- Nem me fale. – concordou , ajeitando seus cabelos em um pequeno coque. Dougie a ficara observando abobalhadamente, enquanto ela passava suas mãos pela nuca, tentando limpar o suor.
- O que foi? - perguntou ela sem jeito. Sabia que o garoto a estivera fitando e isso havia deixado-a mais feliz.
- O quê? Ah, nada não. - respondeu ele voltando os olhares para uma revista sobre répteis que estivera lendo há pouco.
- Você gosta desses animais? - perguntou curiosa.
- Sim, tenho dois desses como bichos de estimação. – respondeu ele apontando para um grande lagarto que estava na revista. Sentia-se orgulhoso em dizer isso.
- Ai, que nojo!
- Ei, não vêm falar mal desses bichinhos, não. – reclamou Dougie fechando a revista rapidamente.
- Não sei como você gosta disso. São nojentos. – continuou sem dar ouvidos aos comentários dele.
- Dá para parar? - perguntou Dougie raivoso. Já haviam começado mais uma briga, para variar.

- Eu não estou aguentando de tanto calor. – disse Tom nervoso. Estava bastante suado, parecendo que ia derreter a qualquer momento.
- Eu também, amor. – falou bebendo água para se refrescar. – Será que não tem jeito nenhum de fazer essa joça funcionar?
- Eu não sei. - bufou indiferente. - Só sei que vou tirar essa blusa porque está me matando. – respondeu Fletcher tirando rapidamente o que vestia.
- Não faz isso, não faz isso... – repetia desviando os olhares do namorado.
- Eu sou tão feio assim? - perguntou ele, analisando-se dos pés à cabeça.
- Feio estão meus pensamentos aqui. – respondeu a garota, fechando os olhos e rindo baixinho. Ele tinha um corpo que podemos chamar de algodão: era fofinho e gostoso, assim como dizia. Ela não estava conseguindo olhar para aquele corpo e para aquela tatuagem perfeita de estrela que ele tinha no peitoral sem poder tocá-lo.
- Bom saber disso. – suspirou o menino, mordendo os lábios para uma garota tímida e envergonhada. Sim, tímida e envergonhada. Mas também maliciosa.
- Pára com isso, Thomas, por favor! – pediu tentando se controlar. – Vão pensar que eu sou uma tarada louca ou qualquer coisa do tipo. - pensou alto.
- Deixa eles pensarem. – disse Tom se aproximando da menina, que logo se entregou aos beijos do namorado.

- Asked a girl what she wanted to be, she said, baby, cant you see? – cantarolava ouvindo seu MP4 enquanto o Jones ainda conversava com Charles sobre qualquer besteira.
- Você gosta dos Beatles, gata? – perguntou uma voz masculina em seu ouvido, que com certeza não era a de Jones. No susto ela tirou os fones do ouvido e já ia berrar quando viu quem era aquele garoto.
- Fred? – perguntou com desgosto. – O que você está fazendo nessa excursão? Quero dizer, você nem é da escola e...
- Não sou da escola, mas trabalho no hotel. – respondeu sorrindo para ela. – No hotel em que você vai ficar, gata.
- Não me chame de gata e cai fora daqui. – falou ela abanando as mãos para o menino, estava completamente nervosa e surpresa. Só podia ser azar. Fred na excursão? Era o fim.

- Olha, ! ! – chamou , dirigindo-se logo atrás de Harry para as poltronas onde a menina e Dougie estavam.
- Que foi, amiga? – perguntou curiosa.
- Olha lá, aquele mamão da festa está aqui no ônibus. – explicou Judd nervoso. A vontade que ele tinha era de dar uma lição naquele cara de uma vez por todas.
- Quem, o Fred? – perguntou surpresa.
- É. – confirmou enrugando a testa.
- Ah, não, aquele cara vai ver só o que é...
- Não, Dougie. – alertou Harry. - Deixa isso pro Danny, cara. Ele merece dar uma boa surra naquele palhaço...
- Ai, meu Deus... Se o Jones vir isso... – comentou apreensiva, balançando a cabeça negativamente.
- Se afasta de mim. Me larga. – dizia inutilmente. Fred estava se aproximando cada vez mais da menina, ainda não havia desistido tão fácil. Apenas algumas pessoas tinham percebido que estava acontecendo algo de estranho, mas como não estava fazendo escândalo nenhum, preferiram não fazer nada. A garota não queria confusão e por isso tentava afastar o tal de Fred apenas na conversa.
- E cadê seu namoradinho agora, hein, gata? Pelo jeito ele não gosta muito de cuidar do que é dele...
- Ele está conversando com um amigo. – explicou a menina com raiva.
- Pelo que eu vi você já está sozinha há meia hora ou mais...
- Isso não é da sua conta! A gente se ama, é o que importa. Agora se você quiser levar uma surra do Danny, pode ficar aqui do meu lado, queridinho. – falou fuzilando Fred com os olhos. Tinha vontade de cuspir na cara daquele atrevido.
- A gente se vê no hotel. – disse ele ignorando o comentário da menina e se dirigindo ao começo do ônibus. Quando passou ao lado de Danny, o garoto reconheceu Fred no mesmo instante e se despediu rapidamente de Charles para ir falar com . Sua expressão estava bastante séria e enigmática.
- O que é que aquele filho da mãe está fazendo na merda desse ônibus?! - perguntou olhando fixamente para a namorada.
- Ele trabalha no hotel. – explicou mal acreditando no que falava.
- O quê? Só pode ser brincadeira, cara! Ele veio aqui pra te irritar, ele tentou te beijar ou então...
- Calma Danny! Ele veio me azarar sim, mas o mandei embora, é claro. – falou passando as mãos pelo rosto do menino, que borbulhava de raiva.
- Se ele fizer qualquer coisa com você, amor... Ele vai implorar para não ter nascido. – continuou imaginando mil e uma formas de torturar o sujeito.
- O Danny está se mordendo. – comentou , que havia se reunido a , Harry, e Dougie.
- Não é pra menos, não é?
- É verdade, . – confirmou olhando Jones falar mal de Fred para a namorada. – Pelo menos eles não se pegaram aqui no ônibus!
- Imagina só a baixaria. – riu quase que vendo a cena. – Mas isso ainda vai dar o que falar. - opinou enrugando a testa como que num aviso. - Enfim, eu acho que vou dormir um pouquinho, gente. Tô com sono.
- Ah, não, amor. Já quer dormir? – reclamou um Thomas, que só pensava em se agarrar com a menina.
- Uhum. – confirmou já desabando em sua poltrona. O guitarrista sentou-se desapontado ao lado da garota, mas não demorou muito para arrepender-se de ter desejado que não dormisse. A visão da namorada dormindo arrancou-lhe vários sorrisos.
- E eu vou ali com o Harry, não é, amor? – disse rindo maliciosamente.
- Com certeza. – falou ele pegando a menina por trás e se dirigindo com ela até suas respectivas cadeiras.
- Ainda bem que o idiota saiu de perto da . – disse aliviada. – Além do mais, se ele tivesse conti... Conti... - uma cena fez a menina perder as palavras.
- O que foi? - perguntou Dougie quando percebeu que o olhava quando ele começou a tirar sua camisa. O calor estava realmente insuportável agora.
- Eu? Eu... Nada... – ela mentiu olhando através da janela. "Meu Deus, ele é lindo demais! Não tinha outro lugar pra esse idiota tirar a merda dessa camisa?" Ficou com mais raiva ainda do baixista porque não teve dúvidas que não havia conseguido disfarçar a cara de apaixonada. E ele estava adorando aquilo.

Cap. 19

Já estava quase na hora do jantar quando finalmente a viagem até o tão esperado hotel fazenda acabou. O lugar era espetacular: o hotel cinco estrelas era enorme e rodeado de verde por todos os lados. Além disso, logo à frente do hotel, tinha um grande lago que deixava a paisagem vista inesquecível.
- Ai, que lindo! – exclamou assim que desceu do ônibus.
- Nossa! Olha só o nosso hotel, deve ser um luxo. – comentou feliz.
- É mesmo. - concordou . - Mal posso esperar para entrar lá!
- Eu mal posso esperar para tomar um banho, isso sim. – disse indo com suas amigas pegar a bagagem.
- Nem me fale. – concordou ainda suada por causa daquele bendito ar condicionado que havia quebrado dentro do ônibus.
- Será que nós ficamos com os quartos de cima ou com os de baixo? – perguntou pensativa. Adorava hotéis.
- Espero que tenha sido os de cima, sabe? A paisagem deve ser bem mais linda lá do alto. – falou já seguindo para o lugar onde ficariam.
- As meninas vão para o terceiro andar. Já nas portas dos quartos tem os nomes de vocês, certo? – explicou o guia ao grupo de alunos que estava ao redor dele. – E os meninos me sigam, por favor...
- Vamos ver nosso quarto. – disse ansiosa, apressando-se em subir para o terceiro andar com , e .
- É esse aqui. – informou-as , chamando as garotas para o quarto de número 302.
- Ai, olhem só essas camas! E esse banheiro enorme, e essa televisão e... – ia dizendo feliz correndo de um lado para o outro no quarto, olhando tudo de uma só vez.
- Esse quarto é simplesmente tudo de bom! – comentou , jogando-se em uma das quatro camas.
- Pena que não vamos poder ficar aqui por muito tempo. – disse consultando a hora.
- Por quê? – perguntaram , e juntamente. Já estavam pensando em comentar sobre as roupas das amigas da escola.
- Já está na hora do jantar, temos que descer agora. – explicou a menina entrouxando a boca e assim as quatro tiveram que deixar as fofocas para um outro momento.
Aquele dia se passara como num estalo e logo os alunos já estavam acordando bem cedo no dia seguinte para uma caminhada pela reserva florestal do hotel.
- Tem que ir agora, cara? – perguntou Danny irritado. – Eu estou com sono...
- O coordenador já bateu aqui no quarto umas duas vezes. Estamos atrasados. – disse Dougie calçando um lindo all star para a caminhada.
- Esse passeio vai ser demais. – suspirou um Harry sonhador.
- Por quê, cara?
- Caro Thomas, Thomas... A gente vai fazer uma caminhada com um monte de gatinhas de shortinho ao nosso redor e depois vamos tomar um banho de cachoeira com elas. – explicou Judd maliciosamente.
- Mal posso esperar pra ver a minha de biquíni. – falou Jones, levantando-se da cama em um salto.
- Esse é o Danny que eu conheço. – brincou Fletcher rindo, já quando os quatro saíam do quarto.

- Alunos, aqui! Cheguem aqui! – chamou-os o guia para mais perto e, quando todos puderam escutá-lo, continuou a falar. – O que vamos fazer hoje de manhã é uma rápida caminhada de dez quilômetros e...
- Como é? Dez? – perguntou um garoto que estava no aglomerado.
- É muito. – reclamou outra menina olhando para o sol que pelava aquela manhã.
- Não é tanto assim. – falou o guia rindo. – Tenho certeza que vocês vão gostar. Vou mostrar-lhes espécies de plantas e animais pelo caminho que vocês puderam estudar este ano na escola. Assim, quem quiser fazer anotações enquanto faço as devidas explicações...
- Eu não quero estudar plantas. – bufou às amigas.
- Nem eu, mas temos que ao menos prestar atenção no que ele fala, não é? Vai ver que o assunto cai na prova. – comentou tristemente.
- Olhem os meninos chegando. – informou-as acenando para que Harry, Danny, Dougie e Thomas pudessem vê-las.
- Bom dia. – disseram as meninas em coro.
- Bom dia. – responderam sorrindo.
- E então, prontos pra essa longa caminhada? – perguntou , dando um forte abraço em Danny.
- Nem me lembre disso. Minha cama estava uma delícia. – comentou Fletcher fazendo caras e bocas.
- Ah, amor, que besteira. – disse pegando na mão do menino. – De que adianta ter uma cama gostosa, se depois você não pode ir à cachoeira?
- A água vai estar geladinha. – falou quando o grupo começou a andar, já sonhando com o final da caminhada.
- Com certeza. – concordou Harold sorridente.
- E o show de vocês, hein, meninos? – perguntou de repente. Nunca mais tinha tocado no assunto.
- É, gente. Nunca mais vocês deram notícias do McFly pra gente. – concordou com cara de pidona.
- O show já está marcado. Vai ser amanhã à noite. – respondeu Dougie feliz. – Vamos arrasar!
- Tenho certeza disso. A banda de vocês é tudo de bom! – exclamaram e batendo palminhas.
- Yeah! – concordou rindo.
- E vai ser que horas?
- Acho que depois do jantar, . – respondeu Tom quase explodindo de tanta felicidade só de lembrar que fariam um show no dia seguinte. Aquela era a maior paixão dos meninos, o McFly. Então qualquer coisa relacionada à banda os deixava bastante excitados.
- E hoje também vai ter uma festa, não é? – perguntou tentando se lembrar da programação. – Vocês sabem qual banda vai tocar?
- Não vai ter banda nenhuma. É uma festa eletrônica, eu acho. - falou Judd sem muita certeza do que falava.
- Eu não aguento mais esse tipo de música. – reclamou Douglas levantando suas mãos para o alto. – Já basta aquela festa de antes de ontem...
- Nem me lembre. – concluiu Jones tornando sua expressão de calma em uma de puro estresse.
Quando todos já estavam bastante suados e cansados, chegaram à tão desejada cachoeira. Era um lugar lindo, rodeado de grandes rochas por onde a água descia e de árvores enormes formando uma ótima sombra no local.
- Graças a Deus. – festejaram , , e em coro.
- Estou suando feito um porco. – resmungou Tom quando chegou à pedra onde as meninas estavam em pé observando a paisagem.
- Estou sentindo isso. – brincou , fazendo todos rirem.
- Estamos todos suando feitos porcos. – disse tentando defender o namorado, mas, ainda assim, rindo muito.
- Então, vamos pra água? – perguntou Danny na mesma hora que um grupo de adolescentes pulava dentro da piscina natural.
- É pra já. – responderam todos.
- Nossa... A água... Está... Um gelo. – falou entrando cuidadosamente para se acostumar com a temperatura.
- Está... Mesmo. – concordou balançando as mãos, enquanto os meninos já mergulhavam dentro d'água.
- Entrem logo, amigas. Aqui dentro está ótimo. - apressou-as molhando seus cabelos suavemente.
- Ai, cara. – suspirou o Dougie observando tomar banho, enquanto esta começava uma guerra de água com , e .
- Elas são muito lindas. – comentou Thomas mordendo os lábios.
- Somos sortudos, cara. Tenho certeza que metade da escola queria estar em nossos lugares. – disse Harry se gabando.
- É, a gente se deu bem. – falou Jones passando as mãos sobre seus cabelos molhados.
- Olha o biquíni da minha , cara. – comentou Harry a olhando incessantemente.
- Eu estou mais preocupado com o da . – falou Danny rindo. – Eu espero que caia!
- Claro que sim! – exclamou Fletcher brincando com os garotos.
- Eu acho melhor irmos lá tomar conta do que é nosso, senão daqui a pouco aparecem três Freds e as roubam de nós. – falou Harry por fim, convencendo os garotos a ficar mais perto de suas namoradas. Como Dougie não era nada de , apesar de querer isso, ficou parado onde estava, apenas observando a menina se banhar.

Cap. 20

Depois do banho de cachoeira que, infelizmente, não durou muito tempo, o guia chamou o grupo para voltarem ao hotel. Já estava em cima da hora do almoço e, logo depois deste, eles iriam conhecer as espécies de animais que ficavam alojadas atrás do hotel.
Aquela tarde se passara rápido e logo os alunos estavam se arrumando para a festa da noite.
- Essa festa parece que vai ser boa. Olha só a decoração. – disse olhando ao redor do salão de festas do local.
- Não quero saber da decoração, amiga. Quero ver o meu Harryzinho lindo que eu nem beijei direito na cachoeira. – falou dando de ombros.
- Amiga! Você está num fogo só, hein? – riu balançando a cabeça. – Não era você que não queria... Bem... Erm, você sabe!
- Eu não disse que ia fazer isso, mas ele me deixa assim. – disse a menina dando um pedala na amiga.
- Ah, olhem eles ali sentados. – informou-as apontando para uma das últimas mesas do salão.
- Amor! – exclamou feliz quando viu o namorado, que acenou de leve para ela em resposta.
- Olá, gente. Oi, Danny. – disse , sentando-se ao lado do garoto.
- Oi para todas. – responderam.
- Tudo bom, linda?
- Tudo sim, amor. – respondeu puxando os cabelos de Harry carinhosamente.
- Ai, eu estou com sede. – falou para quebrar aquele papo meloso de "Oi, amor", já que ela estava sem namorado. – Vamos pedir algo para beber?
- Vamos. - concordou Dougie como se a pergunta tivesse sido feita diretamente a ele. O garoto chamou um garçom, que logo chegou ao local.
- Boa noite. – disse o homem.
- Boa. – responderam todos no mesmo instante.
- O que vão querer?
- Oito doses de whisky, por favor. – pediu Tom por todos.
- Ok. – falou o garçom anotando tudo em um pequeno papel. – Mais alguma coisa, senhores?
- Não, obrigada. – respondeu delicadamente.
- Que tal se fizéssemos uma partida de viradas? – perguntou Danny logo depois que o garçom entregou-os as bebidas.
- Eu topo, cara. – disse Harold com firmeza.
- Yeah! – confirmaram Thomas e Douglas sorrindo.
- Eu não quero fazer isso. É muito para homem. – falou entrouxando a boca.
- Eu também não, prefiro dançar. – concordou batendo uma de suas mãos com a da amiga.
- Ih, mulheres. – resmungou Thomas olhando para a namorada como se pedisse para que ela brincasse.
- Está bem, Tom. Eu vou participar. Faz muito tempo que eu não faço isso mesmo. – disse animada, analisando um copinho de whisky.
- Quer dizer que vão ficar quatro garotos contra uma menina só?
- Não me subestime, Poynter. – brincou dando um pedala no garoto.
- Ah, nada disso! Não vou deixar minha irmã a sós com esses vândalos da bebida. Eu também quero participar. – confirmou com firmeza. – Vocês duas aí vão dançar e eu e a desafiamos os garotos! - exclamou parecendo uma vitoriosa.
- Até mais, então. – disseram as duas, levantando-se das cadeiras em que estavam sentadas.
- Desafio aceito. – falou Harry enquanto e se dirigiram à pista.
- Ai, amiga, essa música do Black Eyed Peas é muito boa! – exclamou dançando loucamente ao som de Don’t Funk With My Heart.
- Com certeza. – afirmou rindo, inventando passos de dança jamais vistos.
- Você está parecendo uma garça bêbada. – brincou rindo das loucuras da garota.
- Ah, amiga. Deixa eu ser feliz. – retrucou, balançando os ombros e rindo ainda mais.
- Ai, . – resmungou de repente. O sorriso que estava no rosto da garota arrumou as malas e fugiu dali em questão de segundos.
- O que foi, ? – perguntou ao ver a expressão de "não olha para trás" da amiga.
- O Fred já te localizou e está vindo para cá. – informou-a entre os dentes quando avistou o menino.
- Ah, não acredito! – reclamou ela em uma voz bastante audível. - Ele ainda não se tocou, não?
- Não, gata. Eu não desisto assim tão fácil, sabe? Já te disse isso? - perguntou mexendo em seus cabelos. O que Fred tinha de chato, tinha de charmoso. - Estava com saudades, ...
- Cai fora, Fred. Larga do meu pé!
- Olha, ela já tá te expulsando pela milésima vez! Ela tem namorado e não está nem aí para você, ok? Deixa de ser pentelho de sabonete! – exclamou se metendo na conversa dos dois quando percebeu que a amiga precisava de sua ajuda. Mais uma vez ele tinha se posto na frente de , querendo beijá-la.
- Se afaste, Fred! Se afaste de mim. – dizia cada vez que ele aproximava seu rosto do dela.
- Não tente disfarçar, garota. Eu sei que você quer. – disse ele, puxando-a com força para mais perto, colando seus lábios de leve nos dela. No mesmo instante cuspiu no chão olhando com cara de nojo para o garoto.
- Meu Deus! – exclamou sem saber o que fazer. "Se eu chamar o Danny ele perde a cabeça e arma um escândalo por aqui... E se eu não o chamar, Fred vai ficar beijando a como se ela não tivesse namorado e o Jones ficaria com fama de corno na escola! Pior: talvez acabasse o relacionamento com a porque poderia pensar que a culpa foi dela! Com toda a certeza, a primeira opção é bem melhor!" pensou decidida quando viu o beijo forçado que ocorria entre e Fred na pista. saiu em disparada dali, seguindo até a mesa onde os meninos ainda brincavam com as bebidas.
- ME LARGA! – gritou nervosa quando Fred partiu o beijo. A música estava mais que alta e ninguém parecia perceber o desespero de .
- Hum... – resmungou suspirando, ainda segurando as duas mãos da menina para que ela não tivesse nenhuma chance de fugir. – Eu quero outro...
- Ah, perdeu, perdeu! – ria Harry dando pedalas em Dougie, que parecia esmagado por um caminhão. – Pode dizer que eu sou o melhor nisso. Sempre ganho!
- Há, há, há... Você ainda não competiu comigo, Judd, por isso ainda não perdeu. – falou Jones se gabando.
- Ai, eu não aguento mais. – resmungava com uma singela dor de cabeça.
- De quem é a vez agora? – perguntou ansiosa para brincar mais.
- Ei, te desafio. – disse Thomas sorrindo maliciosamente.
- Hum, essa vai ser fácil. – retrucou rindo, lançando-lhe um olhar superior.
- Atenção para a contagem, cara. – informaram Harry, Dougie e Danny numa só voz. – Um, dois, três e...
- Danny! – exclamou uma ofegante. Parecia que o mundo estava acabando, tamanho era o nervosismo da menina.
- O que foi, amor? – perguntou um Judd preocupado, aproximando-se dela.
- Erm... Bem, a ...
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Jones, largando seu copo de whisky em cima da mesa.
- Ela está bêbada? – perguntou tentando chutar alguma coisa, já que não saía palavra nenhuma da boca de .
- Não, na verdade... O Fred chegou lá outra vez e dessa vez ele não quer soltá-la. - explicou rapidamente. - Tentei falar alguma coisa, mas ele simplesmente está tentando agarrá-la no meio da pista. – concluiu mordendo os lábios.
- Ah, o cara vai pagar caro agora! – exclamou Dougie irritado; suas bochechas mancharam de vermelho.
- Ele vai pagar caro. Muito caro. – disse Jones frisando cada palavra que saía de sua boca, enquanto se dirigia até a pista na velocidade da luz.
- Fred... Você está me machucando... Me solte, agora! Seu nojento! – pedia tentando inutilmente bater no sujeito.
- Nojento? Tenho certeza que você não está achando isso dos meus beijos, gata. - riu arrancando mais um beijo da menina, que lutava para que ele a soltasse.
- SEU MERDA, LARGA A ! – berrou Danny chamando a atenção de todos à volta. A festa parecia ter parado ao redor deles. – EU DISSE PARA VOCÊ SE AFASTAR DELA, CARA! - gritou mais alto ainda quando percebeu que Fred nem havia se movido.
- AH! – gritou quando o namorado deu um forte soco no nariz de Fred, derrubando-o no chão.
- Isso é pra você aprender a não se meter comigo, cara! – falou ele ainda de punho armado, segurando a namorada com a outra mão.
- Vamos embora daqui, Danny. – pediu rapidamente quando Fred se levantou com um olhar desafiador em seu rosto.
- Isso não acabou aqui! – exclamou Fred, aproximando-se de Jones lentamente, ainda segurando o nariz ensanguentado.
- Sai daqui, cara! – Douglas gritou ameaçador quando viu que Fred ainda insinuava uma briga.
- Não se mete ou vai apanhar também. – retrucou Fred fuzilando Poynter com os olhos.
- Apanhar? De você? – riu o menino cinicamente, devolvendo o olhar.
- Não, Dougie! – exclamaram , , e juntamente. Mas pelo visto não era só Dougie que queria brigar. Tom e Harry também tinham se aproximado de Fred, loucos para dar uma boa lição no menino.
- Ai, meu Deus! Isso não vai dar certo. – suspirou apertando uma mão contra a outra.
- AI! – resmungou Dougie, que acabara de levar um soco de Fred bem no abdômen. - Ai, seu filho da... - bufou sentindo uma grande falta de ar. , e correram para ajudá-lo. Ele ainda se levantou para tentar dar uns murros em Fred, mas segurou seus braços, impedindo o menino de fazer qualquer coisa.
- Dougie, fica aqui. - ela pediu apreensiva. - Se você voltar lá só pode piorar as coisas! Deixa isso pro Jones. - ela completou ajudando um Poynter raivoso a se sentar. O garoto só ficou ali porque era a quem estava pedindo.
Todos que estavam na festa agora se reuniram para assistir à briga.
- VAI EMBORA OU...
- OU O QUÊ, BARBIE?! – gritou Fred interrompendo Thomas, que tentava expulsá-lo dali.
- VAI EMBORA! – insistiu Harry puxando a camisa de Tom para que ele não partisse para cima do garoto. correra para mais perto de onde os McGuys e Fred discutiam. Entraria na briga caso Fred tentasse machucar seu guitarrista.
- Eu só saio quando a gata aí me der mais um beijinho. - disse suspirando. - É porque estava tão bom... – completou risonho. Um sorriso que fez Jones ter a certeza de que acabaria com Fred. E seria agora.
- DANNY! NÃO, DANNY! – gritava , que tentou segurar o namorado, mas não conseguiu. Ao ouvir o cínico comentário de Fred, Jones voou totalmente descontrolado para cima do menino. Fred caíra no chão e Danny subira em cima dele, dando-lhe três socos consecutivos no rosto.
- Danny! - exclamaram as meninas nervosas. Seus gritos se perderam no barulho da multidão. Todos os alunos gritaram e riam perplexos ao redor dos garotos.
- QUER MAIS? QUER MAIS, SEU BOSTA?
- Ai... Ai... – resmungava um Fred desacordado.
- Perdedor. - Jones disse antes de dar um último soco no menino.
- Calma, cara. Tá bom! – falou Harry, puxando o amigo.
- Espero que fique uma bela cicatriz nessa sua cara de merda pra você aprender a nunca mais se aproximar da MINHA ! – exclamou ele por fim, saindo em cima do menino; ele gemia mais alto agora.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou Dona Emma nervosa, surgindo no meio da multidão reunida ali. – FRED! Meu Deus, o que fizeram com você? – exclamou, tentando levantar o menino do chão.
Ninguém ousara abrir a boca para falar naquele momento, não sabiam por onde começar aquela história. Assim, esperaram que a coordenadora falasse mais alguma coisa para quebrar o silêncio.
- Vocês não vão me explicar o que aconteceu aqui, não é? – perguntou ela num tom de voz ameaçador. – Pois vão explicar ao diretor e vai ser agora!
- Eles me bateram... – resmungou Fred passando as mãos pelo seu rosto todo melado de sangue. O menino provavelmente perdera um dente e quebrara o nariz com os socos de Jones.
- Vocês quatro. – disse Dona Emma apontando para Tom, Harry, Dougie e Danny. – Por aqui, por favor. - continuou com um ar nada delicado.
- Ah, Danny. – resmungou , abraçando chorosa o menino.
- Daqui a pouco a gente conversa, amor. – disse ele dando um beijinho na testa dela e seguindo com os meninos logo atrás da coordenadora.

Cap. 21

- Comecem, por favor. – pediu Sr. Williams. Não estava com uma feição nada amigável.
Os quatro meninos estavam sentados em quatro cadeiras de frente ao diretor, que por sua vez se sentava em uma mesa da sala de recepções do hotel.
- Aquele cara estava azarando a minha namorada. – explicou Jones em poucas palavras.
- Algum de vocês poderia falar alguma coisa a ser adicionada à explicação do Sr. Jones? – perguntou ele nada satisfeito com o que Danny havia dito. Briga por ciúmes não era nada justificável na opinião do diretor.
- Não. – negou Douglas de cabeça baixa, ainda abraçando sua barriga, que latejava sem parar.
- Hum, muito bom. Muito bom. – começou o diretor seriamente. – Então, já que nenhum de vocês tem uma explicação sensata para o que aconteceu hoje à noite, eu sinto lhes dizer que o show do McFly foi cancelado. - falou rispidamente.
- Como é?! – exclamou Thomas surpreso. É claro que ele esperava um castigo, mas esse já era demais. – O senhor não pode fazer isso conosco, Sr. Williams. Nós ensaiamos tanto e...
- Já fiz. – interrompeu-o o diretor. – E espero que tenham aprendido alguma coisa com isso.
- Mas, Sr. Williams, talvez se nós...
- Não adianta, Sr. Judd. Já tomei minha decisão. – terminou se retirando da sala, resmungando alguma coisa em voz baixa.
- Eu não acredito, cara! – exclamou Dougie, socando o ar. Naquele momento ele xingou o diretor de todos os nomes possíveis.
- Tudo por causa daquele Fred, filho da puta! - Harry estava se segurando para não bater até no diretor.
- Não vamos fazer o show e aquele pamonha ainda saiu ganhando. – reclamou Danny incrédulo, colocando as duas mãos sobre o rosto. Só podia ser muito azar. Sentiu uma raiva invadir seu corpo; se aquele Fred estivesse ali, bateria mais uma vez nele. E para valer.
- Tenho certeza que não, Jones. Você partiu ele ao meio. – falou Fletcher tentando ver o lado bom da situação. – Agora vamos procurar as meninas e contar a grande novidade pra elas. - resmungou chutando fortemente uma cadeira.
Danny, Harry, Dougie e Tom se retiraram dali logo em direção ao salão de festas.
- Meu Deus, o que aconteceu?
- O diretor disse o quê?
- Vocês levaram algum...
- Castigo? – perguntou Dougie interrompendo , que como , e estava ansiosa esperando uma resposta. – Não foi só um castigo, cara. Foi praticamente uma tortura chinesa!
- Nos proibiram de fazer o show amanhã, cara. – falou Judd de uma vez, fazendo as meninas levarem as mãos à boca.
- Ele não fez isso. – negou pra si mesma, olhando fixamente o namorado com lágrimas nos olhos. – Que injustiça! O Fred que armou isso tudo e ainda brigaram com vocês!
- Sem o show do McFly a viagem parece não ter sentido. – suspirou balançando a cabeça negativamente.
- Nem me fale! Fora você, amor, eu só vinha por causa do nosso show! – reclamou Thomas cruzando os braços. Fletcher estava se segurando para não procurar Fred e quebrar o que lhe restara dos dentes.
- E o que vai substituir vocês, então? – perguntou lançando olhares de consolo sobre os meninos.
- Não sei. – respondeu Harry indiferente enquanto mexia em seus cabelos.
- Não vai ter nada mesmo à altura do McFly!
- É verdade, . – concordou , mordendo os lábios tristemente.
- Bem... Eu ainda vou ficar um pouco por aqui... Com a . – disse Danny segurando a mão da namorada. Precisavam conversar.
- Eu quero é dormir e esquecer esse pesadelo. – disse Dougie colocando uma de suas mãos na região onde Fred o atingira.
- Está doendo muito? – perguntou tentando não parecer tão preocupada.
- Não, não... Só um pouquinho, acho que é porque eu bebi demais também. - falou já virando de costas.
- Eu vou dormir... Boa noite, . – disse Fletcher por fim, dando um último beijo na namorada, assim como Harry havia feito com .
- Boa. – responderam entristecidas. Doía muito ver os meninos naquele estado e saber que não podiam fazer nada para ajudar.
- Adeus, até amanhã. – despediram-se todos, dirigindo-se a seus respectivos quartos, enquanto Danny e se sentavam em uma das mesas do salão.
- Danny... Me desculpe por hoje. – suspirou quando finalmente estavam quase a sós no lugar.
- Não se preocupe. A culpa foi daquele idiota, filho da...
- Calma, amor. – pediu quando viu a excitação de raiva tomar conta do namorado. – Deixa ele para lá, o que importa é que...
- É que? – repetiu Jones sorrindo, pois já sabia as palavras que sairiam da boca da garota.
- Que a gente se ama. – ela respondeu rindo, dando um forte abraço em Danny. – Mas... E o seu show? Eu estraguei tudo. - resmungou com lágrimas nos olhos. - não devia ter te chamado ou então isso não estaria aconte...
- Escuta. – Jones a interrompeu, pegando levemente em seu rosto. – Você é a coisa mais importante para mim. Aquele show não significa nada se não posso ter você ao meu lado, . - continuou num tom de voz decidido.
- Eu amo você. – soluçou a menina quando interrompeu o beijo que havia dado em Danny. - Me desculpe...
- Vocês dois, já para a cama! Agora, ouviram? Ou será que vou ter que chamar o diretor pra resolver mais um problema por aqui? - era a voz estridente da coordenadora.
- Não será necessário. – respondeu Daniel num tom irônico, imitando o modo formal como ela falava.
- Desculpe-nos, Dona Emma. Já estávamos de saída. – completou pegando na mão do namorado, que ainda encarava a coordenadora com maus olhares.
- Boa noite, alunos. – disse Dona Emma, retirando-se do local, logo depois que os dois se separaram e seguiram em direções opostas.
- Eu não queria dizer isso, mas até que foi boa essa confusão de hoje à noite, sabe?
- ! Que horror! A noite de hoje acabou com o show que o McFly faria e você está feliz? – perguntou surpresa e indignada.
- Bem, pelo menos agora temos tempo de discutirmos sobre aquele plano. – falou como num pequeno consolo.
- Plano?
- Ai, , deixa de ser devagar! O plano de juntar o Dougie e a . – falou ela olhando ao redor para ver se estava ouvindo alguma coisa no quarto.
- Pode falar, ela está no banheiro. – informou-a quando ouviu o barulho do chuveiro através da porta.
- Escuta, esse cancelamento do show veio em boa hora. Amanhã na hora em que o show do McFly ia acontecer, podemos realizar o plano. – começou , sentando-se na cama de frente para a menina, que a escutava com cautela. – Vamos dizer à minha irmã que daremos a ela um presente, como se fosse uma surpresa. - disse rindo.
- Tem que ser um presente bem fresco. Ela gosta desse tipo de coisas. – suspirou pensativa.
- Com certeza! O nosso objetivo é fazê-la ficar bastante curiosa. Porque só com muita curiosidade é que vamos conseguir levá-la até o quarto andar desse hotel...
- Mas não tem nada lá em cima, ... Você não se lembra do que o funcionário nos disse? Lá será feita uma reforma, não é permitida a entrada de alunos! – exclamou achando aquela idéia um completo absurdo.
- Melhor ainda! Não vai ter ninguém pra atrapalhar o que vamos fazer. – retrucou depressa.
- Certo. Recapitulando: vamos dizer para que teremos uma surpresa pra ela e a levamos até o quarto andar. Quando ela chegar lá, não vai ter nada e a coitada volta de mãos abanando sem o Poynter. – falou o mais cinicamente possível.
- Não, ! É nessa parte que você entra: você e a vão ter que arrumar um jeito de levar o querido Douglas até aquele quarto, antes que eu chegue com a por lá. Depois trancamos os dois lá dentro e só os soltamos no dia seguinte!
- Ai, amiga, plano perfeito! – exclamou rindo, espalmando uma de suas mãos com a da amiga.
- Plano? Que plano?
- ! Ainda bem que você chegou, amiga. – saudaram-na as meninas quando adentrou o quarto.
- Por quê? – estranhou a garota.
- Eu e a estávamos conversando sobre o... – começou , dando mais uma espiadinha pelo cômodo para se certificar que não estaria ouvindo a conversa. - O plano para juntar o Dougie e a . Tá lembrada?
- Lembro, lembro sim. – confirmou , sentando-se ao lado das amigas, parecendo empolgada.
- Então, vamos colocá-lo em ação amanhã à noite. – disse diretamente. Ela explicou para tudo o que haviam combinado e quando abriu a porta do banheiro elas começaram a conversar sobre a confusão daquela noite, mudando rapidamente o assunto da conversa.
O dia seguinte foi um dos mais calmos da viagem. Como era o último dia do passeio, quase toda a programação já havia sido encerrada e só o que restava aos alunos era atividades mais leves.
Quando o sol já ia se pondo, todos os alunos começaram a se arrumar em seus quartos para a festa de despedida da viagem, que com certeza não seria tão boa sem o show do McFly.
- Ai, cara, nem acredito! Aqueles babacas se preparando para o palco e nós aqui, nos arrumando pra ir numa festa que era para ser nossa!
- Calma, Dougie. Agora já era. – bufou Harold tristemente. – Pelo menos temos nossas namoradas, não é? - completou pensando em ser consolado por .
- Vocês podem dizer isso. – retrucou o garoto com raiva apontando para Judd, Fletcher e Jones.
- Ah, desculpe... Esqueci que você não tinha uma...
- Mas veja o lado bom da coisa, meu caro Poynter: você pode pegar quantas quiser. – falou Thomas tentando animar o amigo, que tinha uma expressão de "todos os meus amigos namoram e eu não".
- Bem... Se elas o quiserem. – brincou Danny, fazendo com que seus amigos rissem, menos Dougie, obviamente.
Toc, toc, toc. Ouviu-se o barulho de algumas batidas na porta.
- Quem é? – perguntou Harry.
- Harry? Sou eu, amor!
- E eu. – completou depressa.
- ! Já vai, já vai. – respondeu Jones, correndo para abrir a porta ao escutar a voz da namorada.
- Oi, meninos. – acenaram as duas.
- Olá. – responderam sorrindo.
- Então... Veio me ver? – perguntou Judd carinhoso, passando as mãos pelos cabelos de .
- Hm, na verdade não. – respondeu a menina rapidamente.
- Como é? – perguntou Harry, surpreso com a resposta da namorada.
- É que nós viemos falar com o Dougzinho aí. – explicou apontando para o menino.
- Comigo? – perguntou ele estranhando a visita repentina.
- Podem falar o que é. – disse um Fletcher curioso, como quem não quer nada.
- Ah, nada disso, Thomas. Pode esquecer. O nosso assunto é com o Poynter. – negou , entrando no quarto e puxando pelo braço o garoto, que não estava entendendo nada daquela situação.
- Ah, como assim, cara? Vocês têm segredos pra nós? – perguntou Danny indignado.
- Não é isso, amor. – falou apertando as bochechas do namorado, que havia feito a maior cara de cachorro abandonado. – Ele vai contar pra vocês depois, eu garanto.
- Ah, não! Conta, conta, conta, conta! – implorou Thomas como se fosse uma menina querendo saber do babado do dia.
- Hã, hã. A gente se vê na festa, então. Adeus! – disseram por fim, saindo o mais rápido possível do quarto com o Dougie.
- É o seguinte, Douglas. – começou quando ela, e Dougie pararam num canto do corredor. – Essa aqui é uma cartinha da para você.
- Para mim? – repetiu o menino pegando a carta que havia lhe entregado.
- É. – confirmou com medo de que ele não caísse na conversa. – Ela... Bem, está triste. Não queria ter brigado com você esse tempo todo, sabe? Na verdade ela queria se desculpar. Queria conversar com você. - mentiu sorrindo amarelo. definitivamente não era uma boa atriz.
- Ela pediu pra que eu e a viéssemos te entregar esse recadinho dizendo onde é o local do encontro. Aí vocês conversam melhor lá do que na festa. – concluiu fazendo uma expressão convicta.
- Isso está muito estranho. – começou a dizer um Poynter pensativo. – não parecia nada arrependida a viagem toda e agora, do nada, resolveu conversar comigo...
- Ah, vai ver ela... Ela admitiu que estava errada, sei lá!
- Isso mesmo, ! Então não falte ao encontro, ok, Dougie? A gente sabe que você ainda a ama, não adianta negar. Seria uma ótima chance de uma reconciliação, o que acha? – completou fazendo o menino aceitar o pedido. Ele queria muito namorar com , mesmo que negasse isso para Deus e o mundo.
- Tá bom, tá bom. Eu vou. – concordou sonhador. Um leve sorriso estampava seu rosto.
- Ótimo. – festejaram as duas. – Boa sorte e até mais!
- Até. – despediu-se o baixista, seguindo para o quarto andar tempos depois, assim como estava escrito no bilhete.

Cap. 22

- Ai, anda, ! Qual é o presente? – perguntava uma de olhos vedados, enquanto sua irmã a levava até o local combinado.
- Calma, calma. Você vai ver. – respondeu sorrindo maliciosamente.
- É que eu tô tão curiosa! É o quê? Uma agenda da Hello Kitty? - perguntou inocentemente. A menina adorava esse tipo de frescuras. - Aquela que eu tanto queria e que vocês viram aqui na livraria do hotel?
- Fica quieta, . Já estamos chegando. – falava tentando deixar a menina mais curiosa o possível. Enfim chegaram até o corredor que levava ao único quarto mal acabado do quarto andar.
- Aqui tem um cheiro ruim. – reclamou , tampando o nariz com as mãos.
- Isso não importa. O que realmente importa é que chegamos. – retrucou com vontade de rir. e já estavam esperando que ela chegasse com lá em cima.
- Bem... Aqui está a sua surpresa, . – começou a dizer , soltando devagarzinho uma de suas mãos dos olhos da garota.
- Entra aí! – exclamaram as três em uníssono, empurrando a menina para dentro do quarto.
- Ai, o que é isso?! – perguntou se assustando ao não entender nada do que estava acontecendo. Quando olhou ao redor, percebeu que estava num quarto e que quem estava sentado na cama era ninguém mais, ninguém menos que... Dougie Poynter.
- ? – perguntou o menino surpreso.
- Dougie? O que você está fazendo aqui?
- Conseguimos! – festejaram , e do outro lado da porta que haviam acabado de trancar.
- Conseguiram? - o baixista repetiu colocando a cabeça para funcionar. - Ah, cara! Não acredito! – berrou Poynter dando socos de raiva no ar. Como ele poderia ter sido tão burro a ponto de ter caído numa conversa daquelas?
- Meninas! O que vocês pensam que estão fazendo?! – perguntava batendo na porta enquanto ouvia as risadas das amigas comemorando o plano bem sucedido. – ABRAM A PORTA, AGORA!
- Eu não acredito, eu não acredito, não acre...
- Já entendi, Dougie! Pára de repetir isso e vê se levanta essa bunda da cama pra tentar nos tirar daqui! MENINAS, EU ESTOU MANDANDO! ABRAM ISSO! - gritava sem parar.
- Cala a boca. Você sabe que elas não vão abrir essa merda. – retrucou o garoto se largando ainda mais na cama.
- É isso aí, Dougie! Não vamos abrir. – concordou convicta.
- Vocês vão ficar aí até se resolverem. – continuou . – Até amanhã, queridinhos!
- Adeus. – falou por fim, retirando-se rapidamente e deixando os gritos de ecoarem sozinhos pelo corredor.
- NÃO! NÃO! ABRAM ISSO DAQUI! ABRAM AGORA! – berrava ela batendo mais forte na porta, enquanto Dougie passava as mãos sobre os cabelos, martirizando-se por ter acreditado no suposto bilhete.
- Ah, que droga... Que droga... – resmungou desistindo de gritar para o vento. – E agora, o que eu vou fazer? Estou sozinha nesse quarto que fede a mijo, perdendo a última festa da viagem e...
- Ei, eu existo, ok? Se você ainda não percebeu, eu sou alguém e não ninguém. – retrucou ele nervoso, fuzilando a menina com os olhos.
- Fica calado, Douglas. Essa história já está péssima com você calado, imagina se você abre a boca. – falou ela grosseiramente.
- Ah, então você acha que eu estou me divertindo? Suas amigas me trancam com você nesse quarto e eu ainda perdi o show da minha banda! – exclamou, amassando a suposta carta de , jogando-a no chão.
- O que é isso? – perguntou curiosa, pegando o papel do chão e o lendo depressa. – Ah, não acredito que você caiu nessa! Só um completo paspalho cairia numa história dessas!
- Não venha me culpar, tá legal? Como você mesma disse essa história já está péssima! – resmungou indignado.
- Não estaria se você não tivesse sido idiota o bastante pra pensar que eu marcaria um encontro com você...
- E eu sou o idiota? Eu pensava que você queria conversar comigo como gente, pelo menos uma vez! Mas não, claro que não. – começou o baixista cinicamente. – Eu realmente perdi meu tempo vindo aqui, sabe? Poderia estar com a Brenda agora, ela sim merece minha atenção!
- Como é, garoto? Olha aqui, não venha falar de seus romances comigo, ok? Muito menos em relação àquela ridícula! – exclamou saindo de si ao escutar aquele nome.
- Ela é a ridícula agora? Ela não fez nada pra você, . A Brenda ficou comigo e muito bem ficado, se você quer saber!
- Não, não quero obrigada. E se for por isso, eu bem que poderia ter ficado trancada com o Justin, não é? Muito mais proveitoso, não acha? – perguntou ironicamente, deixando Dougie vermelho de ódio. Eles sentiam muito ciúme um do outro, mas não queriam admitir.
- Aquele Justin é um panaca, isso sim. – começou o menino levantando suas mãos de tanto nervosismo. – Só porque ele é o desejo de todas as meninas... Tá, grande coisa!
- E você acha que isso é pouco? Ele é simplesmente educado, lindo, inteligente, atencioso... Enfim, reúne todas as qualidades necessárias para...
- Para o quê? O quê? – berrou Poynter olhando com os olhos mais cerrados possível para , que se assustou com a reação do garoto e preferiu não continuar o que iria dizer.
- Para... Bem, manter uma conversa interessante. – respondeu rapidamente, retirando seu olhar de cima de Poynter.
- Sei, sei... Até parece que foi por isso que você quis sair com ele: para manter uma conversa interessante! Eu acho que as suas conversas com ele foram sobre beijinhos e abracinhos, não é?
- Pelo menos EU saí com o Justin antes de ficar com ele! Não foi como você que mal conhecia a Brenda e só porque ela arrastou as asas pra cima de você, começou a se amassar com a idiota na quadra da escola! - se defendeu depressa.
- Aquele dia estava perfeito, até você aparecer e acabar com a nossa ficada!
- Eu não podia deixar você fazer isso, ok?
- Ah, é? E só porque você achou que eu não devia ficar com a Brenda, foi lá e se meteu a estraga-prazeres! – exclamou Dougie balançando a cabeça.
- Você vai mentir pra mim, Poynter? Tenho certeza que se você me visse daquele jeito com o Justin na quadra, faria o mesmo! – gritou aumentando cada vez mais o tom de sua voz.
- E por quê, Srta. Justin, você acha que eu não iria querer que você ficasse com aquele metido a merda? – perguntou Dougie fixando os olhos ainda mais em .
"Talvez porque você ainda goste de mim... " pensou no mesmo instante. Mas ela não poderia responder aquilo, se não estaria afirmando que gostava do garoto. Assim, preferiu ficar calada e o silêncio tomou conta do lugar.
- Saco... – bufou Poynter quando se deitou na cama, fixando o teto por alguns instantes enquanto se sentava no chão do quarto.
- Já vai começar a reclamar de novo, garoto? – perguntou se irritando. – Fica calado que é melhor, tá bem?
- Se você fingir que não existo, tudo vai ficar melhor. – respondeu ele secamente, deixando a garota mais nervosa ainda.
- E por que você não sai dessa cama e tenta nos tirar daqui?
- Não tem como sair...
- Ah, ótimo! Eu estou trancada há vinte minutos com um garoto fresco que não serve nem pra tentar fugir de um quarto! – reclamou , levantando-se do chão e indo em direção a um guarda-roupa velho e sujo que ficava ao lado da cama.
- Ei, o que você está fazendo aí? – perguntou o menino curioso, quando abriu a porta do guarda-roupa.
- Oh, isso fede. – disse tampando seu nariz. – Que nojo...
- O que você está fazendo? – repetiu num tom mais alto.
- Ao contrário de você, arrumando um jeito de abrir aquela maldita porta. – respondeu ela, abrindo algumas gavetas encardidas.
- É... ...
- Hã?
- É melhor você sair daí. – começou Dougie olhando para alguma coisa que descia do guarda roupa em direção à menina.
- Me deixa, Dougie. Eu quero sair daqui, ok? Se você não quer, o problema é seu. – respondeu ela dando de ombros ao menino.
- É sério! Tem alguma coisa aí dentro que você não gosta muito. - tentou avisá-la.
- Ah, tipo o quê? O bicho papão? – perguntou cinicamente, rindo de sua própria piada.
- Não... É uma barata bem grande e gorda bem ali, olha. – falou o baixista apontando para o bicho, que agora estava muito próximo à menina.
- Sei, sei. Como naquele dia lá na escola, não é? – perguntou , recordando-se do dia em que Poynter mentira sobre uma tal barata. – Eu não caio mais nessa. - balançou os ombros.
- Eu juro que é verdade, . É melhor você se afastar porque... Ih, merda!
Já era tarde demais. Antes que Dougie pudesse dizer mais alguma coisa, ele viu a barata entrar pela parte de trás da blusa de .
- Tem... Alguma coisa... Nas... Minhas costas... – foi dizendo paralisada.
- Eu acho que é... Bem... A barata. – respondeu Dougie mordendo os lábios; ele sabia que a menina faria um escândalo agora. E foi o que aconteceu.
- AH! SOCORRO, AH!
- Calma, ! Fica quieta que eu tento tirar ela da sua blusa! - gritava na tentativa de acalmar a garota, mas ela parecia não ouvir nada.
- AH, QUE NOJO! SOCORRO! SAI DE MIM, SAI DE MIM! – gritava sem parar. Ela estava desesperada e nem prestava atenção no que Dougie lhe dizia. A única coisa em que pensava era se livrar de sua blusa. Correu até o banheiro o mais depressa que pôde, a fim de se livrar daquele bicho nojento. – ECA, ECA! AH!
Ela ficou gritando e berrando até conseguir tirar a blusa. Poynter ficara onde estava só esperando que a menina saísse do banheiro. Mas ela não saiu. Ele viu a blusa e a calça de saírem voando pela porta do banheiro e, em seguida, o barulho do chuveiro tomou conta do lugar.
- ? Você está bem? – perguntou um Dougie preocupado. Ela não tinha falado nada até agora. Ele foi andando em direção ao banheiro para ver o que estava acontecendo. – Eu tentei te dizer que...
Não conseguiu terminar o que ia dizer. A visão com a qual se deparou o fez calar a boca, perdendo todas as palavras existentes em língua. estava parada, debaixo do chuveiro ligado, apenas de sutiã e calcinha. Esfregava freneticamente as mãos pelo corpo e parecia bastante nervosa.
- Eca, eca... Era uma barata grande e gorda... Sebosa... – resmungava ela baixinho. Ainda não tinha percebido que Poynter estava ali, parado, apenas a observando. Quando percebeu sua presença, calou-se.
O menino começou a andar em direção a ela com um leve sorriso no rosto. Parecia que estava vendo uma miragem; estava hipnotizado. era linda demais. Muito mais do que ele pensava. Vestia um conjuntinho rosa bebê bem simples, mas com detalhes que davam um charme às peças.
O garoto continuou a andar e só parou quando estava bem próximo a , que estremeceu por um instante, encolhendo-se de vergonha por não estar vestida.
- Está melhor? – perguntou ele, dando um leve e demorado abraço na menina, que se mostrava surpresa com a ação de Douglas. Como não sabia o que responder, apenas confirmou com a cabeça e fitou a água descendo lentamente pelo rosto do garoto.
"Perfeito..." dizia sua mente. Agora ela não poderia mentir. Sentiu seu coração bater mais forte e queria mostrar aquilo de uma vez por todas. Quando Poynter a soltou e fez menção de se afastar, ela segurou na mão dele, puxando-o para mais perto. O menino sorriu ao ver a reação dela e segurou em sua cintura, enquanto ela passava calmamente as mãos pela nuca molhada do menino. Dougie pôde sentir o calafrio que percorreu seu estômago naquele momento. Seu desejo sempre fora estar perto assim de ; ele a amava. Foi inclinando sua cabeça até que seus lábios tocassem os de .
- Eu te amo. – sussurrou ele antes de puxar a menina bruscamente e lhe dar um beijo com vontade. puxava o braço do garoto para mais perto, enquanto ele tentava fechar com uma de suas mãos a torneira do chuveiro.
não queria deixar que aquilo acabasse ali. Na verdade, nenhum dos dois queria. Foram intensificando o beijo cada vez mais como se aquele fosse o último de suas vidas, aproveitando cada segundo que se passava. Seus corpos molhados se encostavam mais fortemente, enquanto o casal andava aos grandes e demorados beijos até o quarto. Dougie beijava o pescoço da menina seguidamente, enquanto ela tentava tirar a blusa que estava colada em seu corpo por causa da água. Depois de algum tempo esbarrando pelos móveis do quarto, pararam em frente à cama. Rapidamente, empurrou Poynter em cima da cama com toda a força que tinha, seguindo em cima dele logo depois. Ela puxava a calça do garoto para baixo e ele mexia em seus cabelos freneticamente, acariciando sua nuca e deixando-a completamente arrepiada.
- Olha o que você vai fazer. – falou Douglas ofegante, depois de um beijo desentupidor de pia que havia lhe dado.
- O que eu vou fazer? O que nós vamos fazer. – ela retrucou maleficamente quando, finalmente, deixou Dougie apenas de samba-canção.
Douglas apertava a barriga da garota levemente e apenas dava vários beijinhos na altura do queixo dele, fazendo-o sorrir com timidez. Já estavam naquele quarto há mais ou menos uma hora, mas não queriam que aquele momento acabasse tão rápido.

- Bom dia, pompom! – exclamou Dougie feliz ao ver a menina acordar lentamente.
- Pompom? – ela perguntou rindo, estranhando o novo apelido. Era super brega, convenhamos.
- É, era o nome de uma cachorra que minha irmã tinha. – explicou segurando o riso ao ver a cara de indignada da garota.
- O quê? Você está me chamando de cadela, Poynter? – perguntou dando vários tapinhas no ombro do menino, que ria abertamente.
- E não é que você estava mesmo parecendo com uma cachorrinha ontem com aquele conjunto de sutiã e calcinha rosa bebê? – brincou, apertando as bochechas da garota. – Parecendo uma poodle patricinha!
- Ah é, Dougie? Pois você estava parecendo meu irmão de seis anos com aquele samba-canção do frajola! – debochou , vendo que as bochechas de Poynter ficaram vermelhas.
- Pelo menos eu ainda sou humano e não um animal irracional. – retrucou Dougie, tentando deixá-la irritada.
- Eu não parecia com uma... Cachorra. – disse fazendo biquinho.
- Parecia sim! – insistiu ele dando um selinho no bico de .
- Ok, então vamos combinar uma coisa: você pode me chamar de poodle, se eu puder te chamar de irmãozinho, certo? - sabia que o menino não aceitaria aquele acordo e ela não seria mais comparada a uma cachorrinha.
- Você não pode me chamar de irmãozinho. – discordou Dougie balançando a cabeça negativamente.
- E por que não?
- Porque ele não faz com você o que eu faço. – ele respondeu se gabando.
- Hum... – começou , aproximando-se do menino, que a olhava abobado. Ela estava apenas coberta pelo lençol, assim como ele. A garota apertou seu corpo contra o de Dougie e continuou. – Não faz mesmo. - riu timidamente.
O casal começou a se beijar como se nunca tivessem se visto na vida. Mas alguma coisa os fez quebrar o beijo naquele momento.
- Ih, merda! – exclamou Dougie, soltando a menina descabelada. – Tem alguém na porta!
- Ai, meu Deus! O que vamos fazer? – perguntou nervosa.
- BOM DIA, POMBINHOS! – gritaram seis pessoas em conjunto, depois que abriram a porta o mais repentinamente possível. Eram , , , Danny, Harry e Thomas que haviam chegado. Eles mal acreditaram quando viram Dougie e deitados na cama. Todos se calaram repentinamente e observaram boquiabertos àquela cena.
- Cara! – exclamou surpresa. Não imaginava que os dois chegariam àquele ponto.
- Oi. – saudou-os Dougie para quebrar o silêncio.
- Erm... Bom dia. – falou vermelha como um pimentão.
- Yeah! Finalmente! – festejaram todos dançando loucamente pelo quarto, enquanto o casal se abraçava rindo.
- , queremos que você nos conte tudo, hein, amiga?
- ! – gritou envergonhada, escondendo-se debaixo do lençol.
- Ah, deixa de bobagens, ! A gente quer detalhe por detalhe, viu? – continuou rindo, batendo uma de suas mãos com a de .
- Cara, Dougie, você é bom. – Thomas disse olhando para as roupas jogadas por todo o lado. – Aprendeu direitinho com o papai aqui!
- É um dos meus! – disse Danny apontando para si mesmo, com ar de orgulho, dando uma piscadela para o amigo.
- Hum, metido. - Brincou , envolvendo seus braços no pescoço do namorado, dando-lhe um leve beijinho na bochecha.
- Enfim, vocês dois aí já estão bastante atrasados. – começou a dizer olhando para seu relógio de pulso.
- Já está na hora do café e depois voltamos pra casa. – completou Harry fazendo discretos gestos obscenos para Dougie. Harold levava todos os acontecimentos na brincadeira, por isso era tão divertido.
- A gente espera vocês lá no refeitório do hotel, certo? – falou Fletcher segurando na mão de e se direcionando à saída do quarto.
- Até mais, casalzinho. – disseram Harry, Danny e acenando alegremente.
- Ei, parem de se beijar e desçam logo, ouviram? – falou como se fosse a mãe de algum dos dois, só com a cabeça aparecendo na porta. – Acho que a noite passada já deu pra fazer tudo o que vocês queriam, não? Que fogo!
- ! – exclamou, batendo uma de suas mãos na testa por causa do comentário da amiga.
- Loucos. – Poynter resmungou ainda rindo quando a menina fechou a porta e desceu para tomar café da manhã junto aos outros.

Cap. 23

- Aqueles dois estavam mesmo precisando daquilo. – Judd comentou com uma voz maldosa.
- Ah, esse plano saiu bem melhor do que esperávamos, hein, meninas? – perguntou animada com a bem sucedida idéia.
- Com certeza! – concordou rindo.
- E olha lá os dois vindo. – comentou Danny apontando para a entrada do refeitório. vinha pendurada nas costas do namorado. Sentia-se alegre como nunca.
- AH, É O AMOR! – berravam os meninos fazendo corações no ar enquanto piscavam os olhos rapidamente. Todos que estavam no lugar começaram a olhar rindo para os dois, que chegavam envergonhados ao grupo.
- Que lindo! – exclamou feliz batendo palmas junto com .
- Ai, gente, pára com isso. – pediu quando se sentou à mesa do grupo. – Todos já estão sabendo que somos namorados agora com essa gritaria de vocês!
- E isso não é bom, amor? – perguntou Dougie, virando-se para ela.
- Bem, é claro que é, mas eu fico envergon...
Antes que a garota pudesse continuar o que ia dizer, Dougie se levantou da cadeira em que estava, subiu na mesa e, abrindo os braços, começou a gritar:
- EU NAMORO COM A ! EU AMO A ! – berrava ele, fazendo com que todos rissem à volta.
- Eu também quero, eu também quero. – disse Thomas animado, com voz de criança que acabara de ganhar um presente. Ele imitou Poynter, subindo na mesa para gritar: – EU AMO A , EU AMO A !
- E EU AMO A ! – Danny seguira os amigos, assim como Harry fez logo em seguida.
- EU AMO A , PRA SEMPRE!
As meninas não sabiam o que fazer. Se riam com aquela cena de seus namorados, ou se tiravam eles de cima da mesa, afinal, estavam parecendo quatro bêbados.
- Ei, o que é isso aqui? Não é permitido subir em cima da mesa, senhores. – disse um trabalhador do hotel, com olhares raivosos fuzilando os McGuys.
- Ai, moço, me desculpe. – disse , tentando puxar o namorado para fora da mesa.
- Eles são meio perturbados, não liga, não. – falou rindo e logo após abraçou seu namorado timidamente.
- Obrigado. – ele agradeceu secamente e foi embora.
- Vocês são loucos? Nós podíamos ter sido expulsos do hotel. – falou dando um pedala em Harold.
- Ah, amor, vai dizer que você não gostou? – perguntou o Judd levantando uma de suas sobrancelhas, deixando a menina mais derretida que nunca.
- Se eu gostei? Eu amei, baterista, amei! – ela disse feliz, dando um beijo apaixonado no garoto.
- Eu vou gritar de novo. Gostei disso. – Fletcher disse fazendo menção de subir em cima da mesa novamente.
- Nada disso, Fletcher. – retrucou , puxando o menino para mais perto. – Você não precisa repetir que me ama. Eu só quero um beijo. – ela pediu docemente.
- Por mim está ótimo. – ele disse, colocando uma de suas mãos na nuca da menina, dando-lhe um beijo sufocante.
- Depois que o casal aí parar de se beijar, a gente vai embora. – avisou quando viu que os coordenadores da escola já estavam chamando os alunos para a viagem de volta.
- Mas já? – perguntaram os outros desanimados.
- Eu não sei vocês, mas quero meu computador de volta! – brincou Dougie quando o grupo começou a andar para os seus respectivos quartos.
Em menos de duas horas, todo o pessoal já estava pronto para viajar. Dentro do ônibus havia muita bagunça; a música tocava alta, todos riam e aproveitavam os últimos momentos da excursão, afinal, estavam prestes a entrar em uma semana de provas: as provas decisivas do ano.

- Férias! – exclamaram , , e pulando feito sapinhas no corredor principal da escola depois que receberam seus boletins.
- Ai, amigas, finalmente estamos livres dessa bugiganga. – suspirou levantando as mãos para o alto. – Passamos de ano, e com notas altas!
- Agora é só shopping! – completou batendo uma de suas mãos com a da irmã.
- Yeah, é isso aí! A gente aproveita e chama os nossos lindinhos, não é, meninas?
- É, . Ótima idéia! – concordou . – Estou com saudades do Harold. - suspirou abobada.
- Nem me fale em saudades. – comentou entrouxando levemente a boca. – Esses últimos dias de estudo foram péssimos sem o meu Danny!
- Ah, estamos todas apaixonadas! Que lindo! – brincou balançando os cabelos da garota, que ria envergonhada.
- Por falar neles, onde será que eles estão? – perguntou olhando ao redor para ver se encontrava algum dos garotos.
- Ali! – exclamou de repente apontando para o fim do corredor onde estavam.
- Aqui, garotos! – berrou , chamando-o e acenando com uma de suas mãos.
- Oi, lindas. – Disseram os quatro.
- Oi, amor. – cada uma foi em direção ao seu namorado, dando-lhes vários beijinhos carinhosos.
- Então... Já que estamos de férias, a gente tava pensando em sair pra se divertir, o que acham? – perguntou quando Thomas a pegou no colo.
- Por mim está ótimo. – concordou Poynter animado. – Assim a gente fica mais juntinho, né, ?
- É claro, amor. – respondeu ela timidamente.
- Ai, que casal meloso! – brincou Judd imitando a voz de uma perua engasgada.
- Eles não são melosos, não, Harry. Você que é insensível. – disse olhando o namorado de esguelha a fim provocá-lo.
- Você não me conhece, amor. Eu sou bastante sensível. – disse Harold olhando a namorada com o olhar mais tarado possível. – Quer ver?
- Acho que ela não quer ver isso aqui, Harry! Lá no cinema, talvez. – riu Danny, levando vários tapinhas de no ombro e um pedala de Poynter.
- Então tá combinado? A gente vai pro shopping hoje à tarde? – perguntou Tom para confirmar o passeio.
- Por que não vamos ao shopping agora? – perguntou fazendo biquinho.
- É, amiga, apoiada! – falou animada.
- Aí a gente aproveita e dá uma olhadinha na última coleção de roupa da Armani antes de entrar no cinema! – continuou com os olhos brilhando.
- Agora ficou perfeito! – concordou piscando os olhos rapidamente.
- Eu ainda prefiro a nossa rotineira partida de boliche. – falou Jones cruzando os braços.
- E uma competição de arrotos. – completou Dougie mordendo seu piercing.
- Ah, a gente pode fazer de tudo um pouco. – disse animada. – Mas vamos logo ou então a gente não aproveita nosso dia, hein?
- E se não der pra aproveitar hoje... – Judd começou a dizer quando os oito começaram a se dirigir para a saída da escola. – A gente termina amanhã, ou depois de amanhã, ou depois de depois de amanhã, ou depois de depois de depois de amanhã, ou depois de depois de depois depois de amanhã, ou de...
- A gente já entendeu, Harry. – interrompeu-o rindo abertamente, dando um pedala no garoto. Adorava o jeito brincalhão do amigo. Todos adoravam, na verdade.
- Ei, por que você fez isso?
- Porque você merece. – respondeu rindo.
- Ah, eu também quero dar um. – disse uma animada.
- Todos nós queremos. – falou Fletcher fuzilando o amigo com os olhos, enquanto ele, Danny, Dougie, , , e andavam devagarinho em direção ao garoto.
- São sete contra um! Não vale, cara. – Judd tentava dizer andando para trás quando todos se olharam e...
- MONTINHO! – berraram os sete, pulando em cima de Harry, esmagando-o no meio do gramado da escola. Aquele seria apenas o começo de mais uma longa e divertida tarde que passariam juntos. Poderia até terminar com o passar do tempo, mas a lembrança de cada momento que viveriam ficaria guardada para sempre na mente de cada um.


Agradecimentos: Aê, minha primeira fic do addiction \o/ cara, eu tô muito feliz de ver ela aqui :D queria agradecer a minha irmã gêmea, a Gabix, que scriptou a fic pra mim, afinal eu sou ignorante demais pra conseguir fazer isso *-* aihaihauihauihua :) quero agradecer também a Luh, que betou minha fic, valeu, cara! E principalmente a minha inspiração, o McFly. Vocês são o que há, guys. Espero que todos tenham gostado :* N/a: Se quiserem mandar qualquer sugestão ou reclamação, mandem pro meu e-mail: milinhasv@hotmail.com :D e podem me add no msn!

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