A SECOND CHANCE, by Carol Ahmed.

estava pensativa enquanto tomava banho, quando de repente o telefone começou a tocar. Ela morava sozinha em um pequeno apartamento no centro de Londres, para onde tinha se mudado havia pouco mais de dois anos, portanto não teria ninguém para atender por ela. Acabou por desligar o chuveiro, se enrolar na toalha e ir correndo antes que o telefone parasse de tocar. Ela só o fez porque pensou que a ligação deveria ser algo urgente. Afinal, quem ligaria pra alguém quase meia-noite?

- Alô?
- ! Quanto tempo! - a pessoa dizia animadamente.
- OH MY GOD! ? É você? Não acredito, dude! Que saudade!
- Aham, a própria! Saudade também, vadia! Parece que depois que foi pra Londres nem quis mais saber das amigas deste humilde país ao qual você morou a vida inteira. - adorava fazer drama.
- Ai, não diz isso, sua doceira! Você sabe que eu morro de saudades de todos aí do Brasil. Mas estou trabalhando muito aqui, ainda mais agora que consegui um estágio na revista "World's". Não paro em casa nem um minuto, ta uma loucura! Nem na Internet eu tenho entrado.
- Que chique! Não sabia que você estava estagiando, amor! Mas percebi que realmente anda muito sumida, pelo menos por um bom motivo, né?
- Nem me fala, dude! E como você está? Tem notícias dos Flyers? Nunca mais falei com eles (Flyers era um grupo de fãs do McFLY do qual as duas faziam parte).
- Estamos todos bem! O Tony mandou beijo, eu disse que ia ligar pra você.
- Manda outro beijão pra ele e diz que tô com saudade.
- Sim senhora! Hey, mas eu tô ligando por um motivo especial. Anda, me pergunta logo qual é! - e riu.
- Motivo especial? O que seria? Tá, odeio adivinhações e você sabe! Então DIZ LOGO, PORRA!
- Ok, ok! Haha. Tô partindo pra Londres depois de amanhã, dude.
- O QUÊ? COMO ASSIM? Tá brincando?? - gritou.
- Hahahaha, não! O que significa: se vira e vai me pegar no aeroporto às 15:30, depois de amanhã, pela Tam. 
- MY FUCKIN' GOD! Como você só me avisa AGORA? Quer me matar do coração com uma notícia dessas?? Você vem fazer o que aqui? 
- Vou fazer intercâmbio por conta própria! Ficar seis meses morando aí com você. Não perguntei antes se podia porque já sei da resposta, e quis contar só hoje porque tive pena de você. A intenção mesmo era que você soubesse só quando eu já tivesse chegado. Eu ligaria e mandaria você ir lá me pegar, mas imaginei que você estivesse trabalhando e resolvi deixar a surpresa de lado.
- DUDE, mas ainda é surpresa! E QUE surpresa! Você não imagina como eu tô feliz de saber que você vem! Preciso mesmo de amigos de verdade perto de mim. Já estou ansiosa pra o dia amanhã passar rapidinho.
- Pois então a gente se fala depois de amanhã, e pessoalmente! - deu ênfase na última palavra. 
- IEEEEEEI! - celebrava. 
- Vou desligar agora, . Eu ainda não ganho em libras e não to podendo ficar prolongando conversa em ligação pra Inglaterra, ok? - as duas riram.
- Ok, ! Até depois de amanhã. Beijão. 

desligou, trocou de roupa e foi dormir com um sorriso no rosto depois de saber que sua melhor amiga estava indo morar com ela. Tudo o que ela mais queria era amigos que realmente gostavam dela depois do que tinha passado. 
O dia seguinte realmente passou rápido demais, e quando ela percebeu já estava no desembarque da Tam, esperando a amiga. E vestia uma blusa do Brasil para entrar no clima. Como era bom ver brasileiros, falar sua língua mãe, e principalmente, com a amiga que sempre esteve ao lado dela. 
- ! - se levantou ligeiramente, abriu um sorriso e foi correndo de braços abertos para abraçar a amiga após ouvi-la gritar seu nome. 
- ! - a menina também usava uma blusa do Brasil. - Você ainda resolve me imitar, sua safada? - ela disse, rindo ao interromper o abraço das duas. 
- Eu que to vindo do Brasil, ta sua enrustida?! - nem pôde colocar os braços na cintura em forma de indignação, porque logo voltou a abraçá-la forte e ela retribuiu.
- Vem, vamos! Meu carrinho é simples, mas ele anda e isso que importa. Tá logo ali. - disse ajudando com as malas e guiando-a até o carro. 
- MEU DEUS! Eu tô em Londres! Ainda não acredito! Me belisca pra ver se eu tô sonhando. - a amiga atendeu o pedido. - AI, PORRA! Não precisava ser tão forte!
- Você que pediu! Haha - fez cara de inocente ao guardar as malas e entrar no carro. - , sinto que vamos nos divertir demais esses meses. Fico feliz que esteja aqui. 
- Claro que vamos! Ah, ! Preciso fazer uma coisa que sempre sonhei em fazer. - ela foi mexer na bolsa como se tivesse procurando alguma coisa. - Ahá! Achei! - fez cara de vitoriosa e puxou um cd. - Motion in the ocean! Lembra? McFLY! Tínhamos um sonho de ouvir McFLY juntas em Londres, ne? Vamos começar por Transylvania e a voz tcholinha do . - ela pôs o cd e colocou a música no volume máximo.
deu um sorriso meio forçado e fingiu estar bastante concentrada no trânsito para ignorar a música que estavam ouvindo. Ultimamente a coisa que ela menos queria era ter que lembrar de McFLY. 
Ao chegarem no apartamento de , ficaram vendo fotos atuais dos amigos do Brasil, lendo cartas que todos mandaram, e recordando as coisas do passado. Após o jantar, foi tomar banho e foi ver tv.
- É muito diferente a sensação de ver tv em Londres, sabia ? - gritava para que a amiga a ouvisse do banheiro.
- Você é muito besta, ! Mas se te consola, eu também pensei o mesmo assim que cheguei aqui. - gritava de volta respondendo. 
- Vamos ver o que tá passando de bom. - disse baixinho dessa vez, analisando canal por canal. Até que viu um comercial onde o McFLY aparecia e parou neste, curiosa pra saber do que se tratava.
Era o anúncio de um show que os meninos fariam no Hard Rock Café de Londres, no próximo sábado, às 22 horas. correu para a agenda e anotou o telefone para contato bem na hora em que a amiga saía do banho e vinha para a sala ainda de roupão. 
- Tá anotando o quê? - perguntou curiosa.
- O telefone do Hard Rock Café. Adivinha? Vai ter show de quem? Quem?? - ela dizia com um baita sorriso no rosto.
- McFLY? - respondeu sem muita empolgação.
- EXATO! E claro que nós vamos! Falamos tanto em ir a um show deles, e aqui ainda por cima! Eu vou ver o gostoso do na minha frente. Não posso perder isso. - nesse momento ela já estava pulando no sofá.
- Hey, meu sofá não tem culpa do McFLY fazer um show, coitado. 
- Ih, o que você tem, hein? Deixou de gostar deles do nada? A gente era tão viciada! Você não parava de ler fics e salvar fotos deles no computador. 
- Não deixei de gostar deles do nada. Só estou muito ocupada esses dias para pensar em uma bandinha. Digamos que eu tenho coisas mais importantes pra pensar, estou mais responsável e não tenho mais tempo pra ficar lendo fics idiotas ou colecionar fotos igual a uma retardada. - disparou.
- Nossa, . Desculpa, né? - sentou normal de novo no sofá e olhou sério para a amiga que penteava os cabelos. - Eu pensei que você ficaria feliz de ir a um show deles, só isso, dude. 
- Desculpa, ! Eu ando estressada com essas contas pra pagar, e resolvi descontar em você. Se te deixa feliz, tudo bem, nós iremos no show deles sim. - e sorriu.
- Ebaaaa! - pulou na amiga e ficou dando um monte de beijinhos nela. - Te amo, vadia! Se anima porque sábado já é amanhã. E veste alguma coisa pra irmos logo comprar os ingressos.


No dia seguinte, as duas resolveram sair cedo de casa para não enfrentarem fila muito grande. Os meninos tinham começado a nova turnê fazia apenas um mês, e provavelmente estaria lotado de fãs histéricas e fanáticas pela banda por lá. "O que não as excluía da lista!", pensou. 
Ao entrarem no Hard Rock Café, foram pedir dois chopes para se animarem, se é que era possível se animar mais do que já estavam. 
- Eca, esqueci que aqui na Inglaterra eles tomam cerveja quente. - fez cara de nojo após o primeiro gole. E riu da cara dela.
- Sim, mas você logo se acostuma. E é muito bom, na verdade. - ela tomou um gole do chope dela. - Vamos dar uma voltinha pra você conhecer isso aqui? É enorme, ! Você vai amar os quadros, e fotos que são expostos. Tem de tudo quanto é artista, principalmente dos Beatles. - ela dizia se levantando e caminhando com a amiga, enquanto olhavam admiradas para todas as fotos.
- , olha ali! - arregalou os olhos e apontou na direção de um cara que vinha pra perto delas. - Ele está com uma blusa escrito "Produção McFLY". - disse baixinho.
Quando o cara passou por perto delas, pôde reconhecer Fletch. 
- Olá, tudo bem? - ele sorriu para as meninas. 
- Tudo sim. - respondeu e seguiu seu caminho sem dar muita atenção para ele.
- , você o conhece? 
- Ele é o empresário do McFLY, ! Que cabecinha, hein? - ela respondeu dando um pedala na amiga.
- Ah, claro! Oi "empresário do McFLY", sou a , prazer! Agora pode sair me cumprimentando por aí. - caçoava estendendo a mão para o ar, como se falasse com alguém, o que fez soltar uma gargalhada.
- Só você mesmo, !
- Vocês vão ficar por aqui mesmo? - elas se viraram e depararam com Fletch novamente. 
- Vamos! - respondeu secamente. 
- Ah, gostariam de ir lá pra área da imprensa? Ou pra cima do palco? A visão do show ficaria melhor. - ele disse sorridente.
- PRA CIMA DO PALCO? - deu um grito com as mãos na cabeça. - COMO ASSIM? 
- Shiu, ! Nós não vamos a lugar algum! Estamos bem aqui e só queremos curtir o show em paz. - ela respondeu encarando Fletch.
- QUÊ? Você ta maluca? Fica sozinha! - ela zoou e olhou para ele. - Eu quero subir no palco!
- Tá bem, ! Vamos, mas nada de dar uma de tiete, hein? - retrucou. 
- Venham comigo, o show já vai começar. - ele disse andando, e elas o seguiram.
- Me dá a mão, eu sou pequena, não consigo subir esse degrau. - pedia por socorro para a amiga.
- Ah, tampinha! Vem! - ela ajudou a amiga a subir. Mas fez tanta força, que quando subiu de uma vez só, elas quase caíram e derrubaram alguém que passava por trás delas.
- Me desculpe. - disse sem olhar direito quem era ainda.
- Tudo bem. - ele também não tinha olhado para elas.
- OH MY GOD! ? - dizia quase sem voz.
- Esse é meu nome. - ele disse e deu um sorriso, quando finalmente viu quem estava falando com ele, e abaixou a cabeça. - O que vocês estão fazendo aqui? 
- Nada que te interesse, . - disse grosseiramente, pegou na mão da amiga e saiu de perto, puxando-a para outro lado do palco. 
- ! Você fumou o que? O que tinha naquele seu chope? ! O SEU ! Ele estava bem ali e você gritou com ele daquele jeito. - estava incrédula e tentando entender o que havia acontecido.
- Pára de dizer que ele é meu ! Ele não é nada meu. - gritou lacrimejando para a amiga.
- CAROOOOOL. Você por aqui, dude? - alguém chegou abraçando a menina e a pegando no colo. - Não pensei que te veria tão cedo, você sumiu! - só então quando ele largou a menina que pôde reconhecer. Era mesmo
- Que saudades!!! - dizia abraçando forte o menino. 
- Saudades?? ! Dá pra fazer o favor de me explicar porque está abraçando você e porque você disse estar com SAUDADES? - ainda olhava com uma cara de espanto para os dois.
- Oi, amiga da . - ele tentou ser simpático, mas ela continuava estática e com cara de quem viu um fantasma. - . - ele comentou ficando ao lado da menina - Tô com medo da sua amiga. 
- , pelo amor de deus! Tira essa cara! Não é nenhum monstro, é o
- Ah, ? Bonito nome! - tentou novamente ser simpático, foi dar dois beijinhos na menina para cumprimentá-la e ela finalmente saiu do transe.
- Ah... oi... ! - dizia gaguejando. - Desculpa... Er... Que essa minha amiga aqui não tinha me dito que te conhecia.
ia responder, mas foi interrompido por que chegava se jogando no menino.
- Tá conversando com duas gatas e nem me chama, né seu garanhão? - ele sorriu para elas. - Veja só! É você mesma, dona . Como está? - ele também a abraçou forte. - Vejo que continua com amigas gatas, né? - e piscou o olho para .
- Depois eu que sou o garanhão! - comentou.
- Tá com ciúme, amor? Fica não! Você é oficial. - deu um beijo na bochecha dele.
- QUE LINDO! - disse. - Você deu um beijo na bochecha dele, dude.
- Ah, pensei que lindo era eu! - fez bico.
- Você também, principalmente quando tem alguma atitude gay com seus amigos. - tinha brilho nos olhos. 
- Ai, , não provoca que eles continuam. - disse rindo e foi explicar para eles. - Sabe o que é? Essa minha amiga maluca chegou do Brasil ontem, e adora gays. Não que vocês sejam, mas ela gosta de ver cenas gays. Vai entender, né? 
- Sendo assim, não precisamos esconder nossa relação aqui, dude. Vem cá! - disse se agarrando com e arrancando risadas das meninas.
- Ok, não precisam exagerar. - disse agora sem muito nervosismo. 
- Tá, agora sai de perto de mim, traste. O tá te chamando lá, ó. - apontou e foi ver o que o amigo queria. - Então, , né?! Tudo bom, ? - ele deu dois beijinhos nela também. - Já disse isso pra e vou repetir: realmente o que dizem sobre só existir mulheres lindas no Brasil nem é só boato, né? - ela corou. "MEU DEUS! DISSE ISSO PRA MIM? Tô sonhando!", ela pensou. 
- , ! - alguém gritava chegando em direção a elas.
- Não precisa gritar, ! Eu tô aqui! - disse ao ver o desespero do amigo.
- Vamos começar o show em 15 minutos! Ainda preciso passar "Bubble Wrap" e "Sorry's not good enough" com você. Tava te procurando feito louco. - ele dizia rápido e ofegante. Até que viu ali do lado. - Nossa, dude! Desculpa! Tava preocupado com as músicas e nem te vi aqui, querida. Saudades. - e assim como os outros, ele abraçou a menina.
"Pronto, sonho completo! Só faltava !", pensou de novo enquanto observada cada detalhe dos meninos ali na frente dela. 
- Meu fofo da covinha linda! - respondeu quanto se afastou de . - Saudades demais de você. De ficar falando besteira na sua casa até o dia amanhecer. - os três riram.
- Na sua casa? - perguntou mais surpresa ainda. -Ah, desculpa interromper. 
- Que nada, ! Nós que fomos mal educados mesmo. - disse - , essa é uma amiga brasileira da que chegou ontem. - foi cumprimentá-la.
- Tudo bem, ? Prazer. - ele sorriu e se virou para . - Não seja por isso! Hoje vamos sair daqui e ir lá pra casa também. Vocês estão mais do que convidadas, aliás, você não precisa de convite pra ir lá em casa, né ?
- Vai ser mais uma daquelas festas que vai a cidade inteira e todo mundo da imprensa e que vocês têm que ficar agradando a todos e sorrindo o tempo todo? - cruzou os braços e fechou a cara enquanto perguntava.
- , pára com isso, dude. - respondeu.
- Deixa ela, ! Não se mete. - o repreendeu e se virou para responder a amiga - Não, querida. Vai ser uma festa só da gente mesmo! Aquelas reuniões básicas pra conversar sobre a turnê, beber um pouco e assistir uns filmes. 
- Mesmo assim não sei se vou! Nem era pra ter vindo aqui hoje, meninos. Eu amo vocês, mas vocês me entendem. Eu vim por causa da , quero vê-la feliz o tempo todo aqui. - disse meio triste.
- Vamos, ! Por nós, dude. - insistiu.
- , por nós! - ficou ao lado dele para pedir, arrancando um sorriso do menino.
- Ai, tudo bem! A gente vai, mas vão logo passar as músicas senão vocês se atrasam mais. - ela disse empurrando eles, que deram um beijo na bochecha de cada uma delas e foram correndo encontrar e , que já passavam as músicas.
- Agora você poderia me explicar o que significa tudo isso? - arqueava as sobrancelhas para a amiga. - Nós sempre fomos as maiores fãs do mundo desses caras, e quando eu chego aqui, você diz que nem quer vir ao show, e quando vem ainda vejo que você os conhece?? Dude, que surreal. 
- Desculpa, . Eu sei que devia ter te contado, mas é porque aconteceram tantas coisas... - ela abaixou a cabeça e se afundou em pensamentos.


Flashback

- Você não vai! Não adianta, . - berrava sem se importar com o que os vizinhos pensariam. 
- Quem é você pra querer mandar em mim? - ele berrava mais ainda do sofá. Ela estava por cima dele.
- , eu não agüento mais essas festinhas medíocres que vocês vão! Você sempre volta bêbado e tarde. E sempre têm aquelas mulheres gostosonas dando em cima de você. Não vai e acabou! Eu não deixo. - ela dizia dando tapas nele, que se defendia cruzando os braços na frente do rosto.
- Pára de ser neurótica! - ele gritou e se levantou. - Você só não vai junto porque não quer! Eu sempre te chamo!
- ... - ela disse chorando e abraçou o menino. - Não vai hoje! Por favor, fica aqui comigo. - ela começou a beijá-lo. Que poder era aquele ela tinha sobre ele! Parecia que ela conseguia tudo o que quisesse só de tocá-lo, só de chorar, só de fazer um carinho ou de dar um beijo. Ninguém mais no mundo surtia aquele efeito em
Eles se deitaram no sofá novamente ainda se beijando. 
- Fica aqui hoje! Fica? - ela implorava ainda dando beijos agora no rosto todo dele. 
- Amor, me entende. É meu trabalho. Eu fico lá dando uma de simpático para aquelas pessoas, preciso de patrocinadores, preciso de repórter babando o ovo, preciso de empresários interessados em nos contratar. Você sabe que só tem gente importante nessas festas que o dá. 
- Blá, blá, blá. - ela dizia com nojo e revirando os olhos - Já conheço esse discurso, . Eu sei muito bem que vocês se divertem demais até nestas festas, já cansei de ir nelas. Sei também que TEM muitas mulheres bonitas lá, que elas DÃO em cima de você, e que você bêbado se diverte até demais com isso, mesmo que não chegue a fazer nada no fim das contas. - ela se levantou de novo e limpou as lágrimas.
- Ah, ... Não vou mais ficar suplicando pra que você me entenda. Você é só uma garotinha mimada que quer toda a atenção pra você, que faz drama de tudo e acha que sempre tá certa. - ele começou a elevar a voz novamente. - Você tem me estressado mais do que meu trabalho com esses ataques de ciúme, dude!
- O que você disse pra mim, ? Que eu sou mimada? EU que sou a mimada? EU que quero a atenção toda pra mim? Você não tá trocando as bolas aí nessa história não? - ela também voltou a se exaltar. - Quer saber, ? Eu que já tô cheia das suas desculpas esfarrapadas. Onde eu tava com a cabeça pra acreditar que logo você estaria querendo um relacionamento sério e maduro? - ela agora ria alto pra provocar. - Eu que sempre estou do seu lado, que sempre procuro te entender e dar apoio, que sempre fico me controlando mesmo quando aquelas descaradas dão em cima do meu namorado na minha frente, e ainda ia a festinhas junto contigo para causar boa impressão pra aquela gente fútil, que você insiste em dizer que PRECISA delas! Eu? Eu que sou a que sempre quer atenção? 
- Quer jogar a culpa dos seus ataques neuróticos pra cima de mim agora? - ele gritou mais uma vez, e agora já chorando também, mas dessa vez ambos choravam mais de raiva.
- Vai embora da minha casa, ! Vai embora da minha vida! Some, desaparece! Vai pro seu mundinho de famoso, de empresários, imprensa e gostosas interesseiras! Eu não preciso me submeter a isso tudo. - ela disse empurrando-o pra fora de casa.
- É isso que você quer? Por mim tudo bem! Ao menos vou ter um pouco de paz! 
- Vai pra sua festinha medíocre, vai! - ela fechou a porta na cara dele, que nem se deu ao trabalho de dizer tchau e foi embora.

Fim do Flashback

Agora ela estava ali novamente, depois de dois meses sem ter nenhum tipo de contato com os meninos. Estava assistindo show do palco e além de ter que agüentar ver de perto, ainda teria que agüentá-lo sabe-se lá por quantas horas na casa de . Bom, pelo menos estava com sua melhor amiga ao lado, isso parecia confortá-la um pouco. 
- , eles vão cantar Transylvania! Que lindo! - gritava, pulava e cantava junto com eles. - Se eu estivesse lá no meio, definitivamente pularia ao lado do , ele se empolga demais nessa música.
- Não duvido. - forçou o sorriso ao ouvir o nome do garoto. 
- Dude, o que você tem, hein? Você é amiga dos meninos, minha amiga, sempre gostou deles, estamos em um show, vendo do palco e você não parece estar feliz. - conhecia muito bem! Era capaz de saber que ela estava mal só de olhar.
- Desculpe de novo, ! Algum dia você irá entender. - e deu um suspiro. - Eles já vão cantar Broccoli, que você tanto ama. Presta atenção no show e não deixa esse momento ser estragado porque eu tô de TPM, ok? - e sorriu.
- Você não tá bem, isso eu sei. Mas vou obedecer você porque espero por este momento há muitos anos. Depois nós conversamos sobre isso, . - ela piscou o olho e começou a cantarolar Broccoli que estava começando.

"I should have known much better
But it's so hard I can't forget her
She keeps playing me around
But I'm trying so hard to impress her
She puts me under so much pressure
And I just wanted her to let me know she cares..."

Assim que acabou o show, todos passaram em um supermercado para comprar bebida antes de se dirigirem para a casa de . Só estavam os quatro meninos, e
- Gente, eu nunca pensei que entraria na casa do ! Calma, preciso ver se não to sonhando. - parava antes de entrar na casa, e todos riram.
- Não tem nada demais, . O parece ser organizadinho, mas é o maior bagunceiro. - disse incentivando a menina a entrar. 
- Talvez seja porque vocês vivem aqui e bagunçam tudo. - se defendeu. 
- Eu adoro este sofá, dude. - disse se atirando no sofá bege da sala.
- Principalmente quando tem festonas, né ? - disse caçoando e todos ficaram em silêncio, apenas ele e riram do comentário. corou e nem respondeu.
- Vou pegar água, gente. Tô com sede de água depois daquele calor lá do Hard Rock Café. Já volto. - disse em uma voz meio falha e foi em direção à cozinha.
- Você é idiota, ? - parecia bravo. - Olha o que você fala na frente dela, seu imbecil! 
- Calma, dude! Foi mal! Eu esqueci. - e recebeu um pedala de e .
- É! Mas eu duvido muito que ela tenha esquecido. - disse colocando as mãos no rosto. 
- Oi, eu tô aqui e tô boiando. - deu um tchauzinho sem graça. 
- Não liga não, ! Esses meus amigos são palermas assim mesmo. E aí, gostou do show? - se sentou ao lado dela.
- Aham, muito! Vocês passam uma energia fora do comum quando estão no palco. - ela disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Bom saber disso! - sorriu e agradeceu. - Acho que vou lá ver a , ela ainda não voltou. - ele disse se retirando da sala também. 
- Você vai ficar quantos meses aqui, ? - perguntou interessado.
- Acho que seis. Espero conseguir um emprego bom, se eu conseguir, pode ser que fique mais tempo.
- Tomara que fique, então! Gostei de ter te conhecido. Fala com a , ela consegue dar um jeitinho de te colocar na revista onde ela trabalha. Foi por causa da revista que ela nos conheceu. 
- Verdade? Faz quanto tempo? Ela nem me contou que conhecia vocês, aquela vadia! Ela me paga. - ela deu um soco na mesa em sinal de indignação e o fez rir novamente.
- Tem um ano e pouco, nem lembro. Ela tinha acabado de entrar no estágio, e teve que fazer uma matéria com a gente. Aí você sabe, sempre estamos em um pub da vida, ou fazendo festas. A gente zoa muito, ela entra no clima, e acabamos convidando-a pra ir junto pra alguma balada dessas. 
- Que legal, será que ela ainda tem a matéria que fez com vocês? 
- Nem sei dizer, você sabe, ? - ele despertou o amigo que estava pensativo desde que chegaram em casa. 
- O quê? - perguntou meio perdido.
- Se a tem aquela primeira matéria que fez com a gente?
- Ao menos ela tinha há dois meses atrás. E guardava numa pasta dela com todas as outras matérias que já fez. Deve ter ainda, é trabalho, né dude? Tem que guardar pro currículo. 
- Vou procurar saber! Ela nunca me mostrou nenhuma matéria dela. Fico feliz que esteja se dando bem! Logo que se formar será contratada. - disse orgulhosa.
- Assim espero. - concordou. - Mas me fala mais de você... Tem família aqui ou só conhece a ? Namorado?
- " garanhão - O retorno" - comentou, e ganhou um pedala de . corou.
- Ah, eu só conheço a mesmo, e agora vocês. E nem tenho namorado. Os homens devem me achar meio esquisita. - ela fez uma cara de pensativa.
- Esquisita? Só porque você é pequenininha, tem um senso de humor bizarro e gosta de ver homens se agarrando? Que isso, impressão deles! - ela deu um tapa no menino.
- Mas é lindo, poxa. Faz de novo? - ela respondeu rindo.
- Ah, dude! Não se agarrem se não eu fico com ciúme. - advertiu fazendo voz de gay ao ver que já sentava no colo de
- Que sem graça você é, . Poderia muito bem se juntar aos dois. Seria um ménage! - ela fez cara de feliz. 
- Meu deus, ! Agora entendo porque os homens te achariam esquisita. - riu.
- Hey, não a chama de esquisita, seu mostrengo. - deu um pedala nele. - Ela pode até ser, mas é a esquisita mais linda que eu já vi. - ele a defendeu e ela corou.

Na cozinha...

"Até os meninos ficam caçoando com isso agora! Merda, eu não devia ter vindo pra cá!" estava concentrada em seus pensamentos, procurando em vão algum copo pra beber água. "O tapado do mudou os copos de lugar? Onde estão estes benditos copos?"
- ? - chamou a menina. 
- AI! - ela disse topando a cabeça no armário ao se levantar. - Merda! Merda! Merda! - ela repetia esfregando a cabeça. - CADÊ ESSES COPOS DO INFERNO? - ela gritou.
- Estão na parte de cima do armário, ! Se fosse um bicho já tinha te mordido. - riu e pegou água para a menina. - Que cara é essa, lerdinha? 
- É a única que eu tenho, ué! Paciência. - ela respondeu rindo. 
- Agora sim, um sorriso! - ele disse passando a mão no rosto dela. - Você tá bem, ?
- Não, ! Mas prometo pra mim mesma que vou ficar... Assim que eu for embora daqui! - ela abaixou a cabeça. - Obrigada pela preocupação.
- Só queria dizer que nós três somos seus amigos ainda, aconteça o que acontecer. Não sei onde estava com a cabeça quando fui chamar vocês pra virem aqui hoje. Devia chamar em um dia que estivesse sozinho ou só com o e o
- Não liga não, ! Não é culpa sua, além do mais, parece que o sr. tá se dando bem com a ! - eles riram. - Aliás, eu tô perdendo isso! Vamos voltar pra sala? - ela lavou o copo, guardou e voltou abraçada com .
- O que estão conversando, hein? - perguntou se jogando propositalmente no meio dos dois. 
- Estávamos falando de como você é estraga prazer. - disse emburrado.
- Justamente. - concordou cruzando os braços.
- Ih, cadê o senso de humor que vocês dizem ter? Patetas! - ela deu um beijo na bochecha de cada um e foi sentar com ao lado de , que estava jogando vídeo game com .
- Dude, você joga muito mal, ! - gargalhava muito, de colocar as mãos na barriga. - Até eu consigo te passar nesse kart. 
- Ah, é? Toma! - ele entregou o controle pra menina - Joga com o então pra ver se você é tão fodona assim. - ele provocou, e ela, obviamente, pegou o controle já se achando vencedora. 
- Wow, eu sou O cara nesse jogo mesmo, né? Tem que me vencer pra se achar fodão! - deu um sorriso triunfante. 
- Odeio ter que admitir, mas você é bom nesse jogo, seu peste. - bufou.
- Lembra que eu venci quase todos vocês na primeira vez que fizemos uma reuniãozinha aqui? Acho que até a Becka e a Anne estavam junto, as meninas lá do trabalho. - disse sem desviar a atenção do jogo.
- Não tem como esquecer... - comentou pensando alto e a menina o encarou olhando nos olhos pela primeira vez naquela noite. Eles não precisavam dizer mais nada. Bastava apenas um olhar e já sabiam exatamente o que o outro estava pensando. 
- É. - ela voltou a olhar para a tela de tv. - Não tem como esquecer... 



Flashback #2

- AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! - gritava em pé e fazia movimentos junto com o carro do vídeo game. - VAI, VAI! ANDA! SO FALTA UMA VOLTA! 
- VAI PERDER! - também gritou em pé ao lado da menina. - TÔ TE ALCANÇANDO! 
- , nos honre, por favor! Todos nós perdemos pra ela! Só nos resta você como esperança, dude. - incentivava o amigo dando tapinhas de força nas costas dele. pausou o jogo.
- AH, cacete! Porque você pausou? - se fez de bravo. - Tá com medo, tá? - ele provocava.
- Não, mas quero fazer uma aposta! Se eu vencer, quero que vocês façam strip-tease pra mim, pra Becka e pra Anne, mas obviamente sem tirarem as boxers. 
- Hey, deixa a gente fora disso! Aposta com o , ele que tá jogando agora. - se defendeu.
- É, aposta com ele. - e disseram em coro.
- Safados, na hora de quererem que eu vença vocês estão do meu lado, né? - lançou um olhar maligno pra cima deles. - Pois eu me garanto! Aposto mesmo, mas com uma condição!
- Fala a sua, vai! - dizia rindo e com os braços na cintura.
- Você vai ter que me dar um beijo. - ele sorria.
- Ui! - todos disseram, fazendo a menina ficar vermelha.
- Você se garante? Pois eu me garanto mais ainda. Apostado! Preparado? 
- Sim senhor! Quando quiser! - ele bateu continência e ela deu play no jogo. Estavam na última volta, estava em segundo se aproximando dela. - Vou ganha-ar, vou ganha-ar. Lero lero... - ela provocava mais ainda.
- Quem ri por último ri melhor, bonitinha! - ele respondeu dando logo um sorriso triunfante. Tinha conseguido passar da menina e chegar em primeiro no final. 
Os amigos vibraram.
- Isso aí, ! Sempre acreditei em você, dude! - foi abraçar o amigo.
- Grande pequeno ! Merecido, hein? - fez o mesmo.
- Calma, calma! Deixa eu ajeitar a câmera. - dizia mexendo na câmera digital. - Vou até filmar, o que acham?
- Filmar o quê? - perguntou.
- O beijo que você tem que me dar! Acha que eu não vou cobrar? Aposta é aposta, baby. - ele deu um sorriso malicioso se aproximando da menina. 
- ESPEREM! Não se beijem! - gritou ainda fuçando na desgraça da máquina que não queria pegar. - AH! Agora sim, pronto! Vai, podem se beijar.
riu do amigo, mas logo pegou a menina com firmeza, envolvendo-a pela cintura, e dando um longo beijo nela, que colocou as mãos por trás do pescoço dele enquanto o beijava. 

Fim do Flashback #2

- Só que dessa vez eu que ganhei! - devolvia o controle para em um sorriso de lado. Ela se sentou no sofá, cortou limão, pegou sal e abriu a garrafa de tequila que tinham comprado. - Quem vai querer também? - perguntou.
- Eu vou! - se levantou e pegou um copo pra ele. A menina o serviu. 
- Eu também quero, . - agora foi a vez de se levantar e pegar um copo. - Você quer, ? - ele perguntou olhando para a menina que ainda estava meio tímida. - Não precisa ter vergonha, estamos entre amigos. - completou.
- Tudo bem, eu quero. - ela decidiu, e pegou um copo para ela também.
e voltaram para o outro sofá que estavam sentados, e foram se sentar ao lado deles e já tomavam as cervejas que compraram, e e continuavam virando doses de tequila no outro sofá. 
Depois de alguns minutos, começou a analisar a menina. Observava cada detalhe, os cabelos que ela tanto insistia em colocar atrás da orelha, os olhos, a boca, o nariz. Ele sentiu seu corpo estremecer e o coração acelerar. Sua vontade era de dar um beijo nela naquele instante, mas como poderia depois de tudo o que aconteceu? 
Ela percebeu o olhar de e também o encarou, olhando principalmente os olhos do menino. Aqueles olhar a fazia perder o fôlego. Eles não se viam há dois meses, desde a última discussão, e agora tudo o que ela mais queria era estar nos braços dele de novo. Mas abaixou a cabeça para desviar o olhar. Ela não poderia fazer isto, não poderia. "Preciso de mais tequila!", pensou. Tomou mais duas doses e voltou a encarar
Ele foi se aproximando lentamente até encostar seus lábios nos dela. Eles se abraçaram e permitiram que o beijo acontecesse. Não paravam de se beijar mais. Eram beijos demorados e carinhosos, e ambos sentiam o coração disparar a cada toque. 
- Oh my God, olha isso! - comentou baixinho para os amigos, apontando para o casal no sofá ao lado. Ela foi a primeira a notar os dois. Os meninos estavam com os olhos arregalados. 
- Dude, eles tão loucos! - comentou.
- Vamos sair daqui, vem! Deixa eles sozinhos! - se levantou, seguido pelos três amigos em direção à cozinha. - Tô com fome! O que você tem aí pra comer, ? - perguntou abrindo a geladeira.
- Sei lá, procura aí! Deve ter um pavê de chocolate que minha mãe fez pra mim! - deu de ombros enquanto se sentava. - Dude, to preocupado. - ele olhava sério pros amigos. - Esses dois estão bêbados e agindo por impulso! Isso é mau. - concluiu.
- Achei! - vibrou ao colocar um pouco de pavê no seu copo. - Pronto, agora to feliz! - e se sentou também.
- Eu acho que vou lá, vou interromper! Chamar o pra alguma coisa, sei lá. - dizia pensativo.
- Deixa eles se curtirem, ! Sentem falta um do outro. - o repreendeu. 
- É, pô! Eles se amam. - completou.
- Sentem falta? Se amam? - cada vez entendia menos. 
- Sim e sim. - respondeu sorrindo para a menina. - Eu sei disso, dudes! Mas eles nem conversaram sobre o que aconteceu, imagina como vão ficar pior amanhã? Ainda mais se eles transarem. 
- Ai gente, desculpa , mas posso dar minha opinião? - disparou antes que pudesse comentar alguma coisa. 
- Vá em frente, claro que pode, ! - ele finalmente disse.
- Eu acho que ninguém aqui é criança! Ainda não entendi patavinas dessa história e creio que a vai me explicar melhor amanhã, mas sei de uma coisa: ninguém aqui devia se meter em nada! Se eles estão agindo por impulso e estão fazendo merda, então amanhã eles têm que sofrer com a conseqüência e consertar os erros. Se eles estão agindo por impulso e tudo terminar bem amanhã, então todos ficam felizes. Mas isto cabe a eles decidir. São adultos o suficiente pra isso. 
- Wow, dude! Falou tudo, ! Exatamente isso que eu penso. - parabenizou a menina cumprimentando com a mão. 
- Acho que nós devíamos nos preocupar com a gente. Por exemplo, eu to louca pra comer este pavê também! Porque diabos tenho que ficar pensando na e no ? - ela disse rindo.
- Cada vez que você fala alguma coisa, mais eu viro seu fã. - disse pegando pavê pra menina, mas totalmente desajeitado. 
- Se você deixar cair pavê, você que lava! - avisou. 
Eles ficaram conversando mais um pouquinho, até que o sono bateu.
bocejava. - Será que a ainda vai demorar? Tô ficando com sono.
- Você acha mesmo que vocês ainda vão pra casa? - sentou ao lado dela e a abraçou. 
- Não podemos ficar aqui! Vou dormir aonde? E com essa calça jeans apertada? Não senhor! - ela disse.
- Ah, o que não falta aqui é roupa. Vai ficar linda em uma blusa do , vai ser um vestido pra você. - olhou-a de cima a baixo.
- Vem, ! Vamos lá em cima. A gente se troca e dorme. Tem quarto pra todo mundo, isto é... Se você não se importar em dividir a cama de casal com algum de nós. - chamou a todos na porta da cozinha. 
- Mas e a e o ? - perguntou apreensiva.
- Aquele lá é sofá-cama, eles se viram. - disse se levantando e indo atrás de . - Com algum de nós não, dude. Você dorme comigo. - ele abraçou a menina quando os dois foram andando para o andar de cima.

Já estava um silêncio total, e tudo escuro. e não tinham parado de se beijar, sem pronunciar uma só palavra. Estavam ali juntos há quase uma hora. Ela sentiu o menino passar a mão em sua barriga por baixo da blusa, e fez o mesmo passando a mão nas costas dele e tirando a blusa que ele usava. 
Eles sabiam o que estava para acontecer e desejavam aquilo. gemia no ouvido de a cada toque dele, o que deixava o menino mais louco de tesão. 
Após 'terminarem', ficaram se olhando um tempo. Um analisando o rosto do outro, mesmo na escuridão. Até que quebrou o silêncio. 
- Estou cansada e com sono, vou dormir! - e se virou de lado. - Pra esse lado, se não se importa.
- Tudo bem, eu também vou. - ele se virou para o lado oposto. 

No dia seguinte, foi a primeira a acordar. Ela se levantou e foi em direção a cozinha. 
Ficou lembrando do que tinha acontecido ontem e começou a chorar. Ela estava sentada quase afundada na cadeira, segurando seu copo de café, quando apareceu.
- Bom dia. - ela disse com um sorriso largo. E reparou na amiga que chorava. - Meu deus, ! O que foi? - se sentou nervosa ao lado da amiga.
- , acho que agora eu deveria contar a história pra você. Me desculpe não ter contado antes, mas eu tentei te dizer que ia conhecer os meninos e você estava acampando em Teresópolis e só ia voltar em um mês. E nesse mês aconteceram tantas coisas, que não tive tempo até hoje para falar com ninguém. 
Ela começou a contar tudo, falou sobre a primeira vez que viu os meninos em uma entrevista que foi fazer para a "World's", a primeira vez que ficou com , de quando começaram a namorar. Disse que a relação deles foi ficando cada vez mais séria, até que aquilo tudo aconteceu. E a partir daí, nunca mais teve contato com ninguém. 
ouvia a amiga com atenção, enquanto limpava as lágrimas que caíam do rosto dela.
- Nossa, dude. Quanta coisa aconteceu nesses anos em que você esteve aqui. - comentou após ouvir a história toda. 
- Bastante coisa mesmo! - concordou.
não pôde comentar nada com a amiga, pois e entraram na cozinha com as caras amassadas e interromperam a conversa.
- Você tá linda nessa blusa do ursinho Pooh do , ! - disse meio abobado.
- Agora que eu fui reparar nisso! - gargalhou e recebeu um pedala da amiga.
- Sua lerda. - e riu. - Ah, você já tinha comentado umas 10 vezes,
- Eu sei, mas é porque ficou MESMO, dude. - ele deu ênfase. - Dá vontade de apertar. 
- Pára que assim você me deixa sem graça. - ela disse corando. 
- Bom dia, guys. - apareceu na cozinha cumprimentando a todos e procurando alguma coisa no armário. 
- Bom dia. - todos responderam.
- , o leite tá na despensa, o achocolatado também, e os copos tão na parte de cima do armário. - avisou. Ela sabia exatamente o que gostava! Já tinha passado vários dias dormindo com o ex-namorado. Seja na casa dela, na dele ou em turnês que ela ia com os meninos, quando podia. 
- Ah, obrigado. - ele disse e foi pegar as coisas. 
- Já disse que tudo bem, Fletch. - todos se viraram e viram , que gritava ao falar no celular. - Você me acorda às... - ele olhou no relógio - ...às 10 da manhã, e ainda fica enchendo meu saco? Eu já disse que nós vamos pra esse show! NÓS VA-MOS PA-RA O SHOW! - gritou sílaba por sílaba. - Ok, tchau. - desligou, jogou o celular na mesa, e se sentou irritado.
- Oba, nós vamos a um show que nem sabemos qual. - fingiu estar contente.
- Show do "SOD". Não que seja ruim, são nossos amigos, mas precisava me acordar pra isso, dude? - ele disse ainda irritado.
- Show do SOD? Aonde? - quis saber.
- Hoje em um pub aqui perto. Querem ir? Vocês vão gostar. - sorriu.
- Vamos, ? - olhou com uma cara de quem suplicava alguma coisa.
- Não sei, amanhã de manhã eu trabalho cedo. - ela tentou mentir.
- Nas segundas-feiras você só trabalha a partir das 10 horas. - disse sem olhar para os amigos. Ainda estava fazendo seu copo de leite.
- Viu só? Vamos, ? - pediu dessa vez com as mãos cruzadas. 
- Ai, tá bom! - e lançou um olhar cortante para

As duas não tiveram novamente um momento a sós, na verdade. e foram com elas até o apartamento de para esperá-las trocar de roupa, e pegar mais uma para dormirem na casa de de novo. Ao fazerem isso, resolveram mostrar um pouco mais da cidade para . Passearam de carro, depois desceram em um parque e andaram um pouco a pé. e estavam em casa com os amigos do Son of Dork, compondo algumas músicas. 
Apenas uma senhora que devia ter uns 40 anos os abordou com suas duas filhas gêmeas de 13 anos para tirar fotos com os meninos. e tiravam as fotos empolgadas, enquanto eles abraçavam as fãs e faziam caretas também. 
- É sempre assim? - perguntou toda serelepe quando a mulher e as filhas foram embora.
- Não, às vezes tem mais gente. - disse sorrindo.
- Deve ser um saco! - pensou alto.
- Só de vez em quando que é. Eu adoro quando são divertidas iguais à essas duas! A gente brinca e elas entram na brincadeira. - contou.
- É ruim quando tem aquelas tietes. Já foram até me abordar quando estava com eles em uma turnê. - disse dando um tapa na testa. 
- Não sei o que o tem que as gurias todas querem dar pra ele. - comentou.
- A sabe muito bem. - zoou.
- Cala a boca, ! - ela deu um pedala nele e gargalhou.
- Qual é, gente! Não é só pro que elas querem dar! É pra todos vocês. - a menina disse.
- É, digamos que a gente também consegue alguma coisa de vez em quando. - riu e continuou falando. - Mas as meninas sabiam que a estava com a gente, então era óbvio que quando a viam, iam encher o saco dela pra conseguir alguma coisa. 
- Quem manda ser namorada do mais gostosão do McFLY? - perguntou sem perceber o que acabara de dizer. 
- Vamos mudar de assunto? - ela disse com os olhos marejados.
- Claro, desculpa. - respondeu ao mesmo tempo em que levava um cutucão de
logo esqueceu o comentário do amigo, quando ele pegou no colo e saiu correndo com ela, que se debatia, gritava por socorro e ria ao mesmo tempo. ", me solta, seu filho da mãe!", era só o que podiam ouvir de longe. e apenas riam dos dois, e tiravam fotos. 
Assim, a tarde passou rapidamente, em meio a risos, piadas, pedalas, fotos e sorvetes. O show dos meninos estava marcado para começar às 23 horas, mas eles iam entrar antes no pub, abrir junto com a banda, e chegaram lá por volta das 21 horas. 
- Vou pedir bebida, alguém quer? - disse se levantando.
- Quero alguma coisa forte com vodka, escolhe lá. - respondeu.
- Eu também vou querer a mesma coisa que ela beber. - disse sorrindo.
- Ok, já volto. - e saiu. 
Ao se aproximar do balcão, pediu Martini para ele e batida de morango com vodka para as meninas. Estava esperando as bebidas quando alguém o abraçou por trás, fazendo-o se virar rápido por reflexo.
- Que susto você me deu! - ele fez cara de surpreso.
- Como vai você, ? - a voz feminina sussurrava em seu ouvido.
- Bem, e você Stacy? O que faz aqui? - ele respondeu se afastando dela.
- Vim com meu irmão. Você sabe que ele está trabalhando com seus amigos do SOD. Não está feliz em me ver? - ela sussurrou no ouvido dele novamente. 
- Sei. Stacy, não provoca. - ele a segurou firme pelo braço e a afastou. 
- Nossa, . Esqueceu tão rápido da noite que passamos juntos? - ela cruzou os braços indignada.
- Bem que eu queria, mas você não me deixa esquecer. - ele revirou os olhos. - Stacy, qual é? Isso faz quase um mês e eu estava muito bêbado. 
- Bêbado, mas bem que gostou. - ela provocou com um sorriso malicioso.
- Gostei, mas foi coisa de momento. Não me enche mais. 
- Caham - tossiu o barman, fazendo a atenção de voltar para o balcão. - aqui estão as bebidas, senhor. 
- Obrigado. -disse pegando a bandeja. - Agora preciso ir, Stacy. Até mais. - ele falou deixando a menina de cara no chão e voltando para a mesa com as bebidas. 
- OOOOOOI GENTE! - uma voz familiar gritava saltitante para eles. 
- Vejam só quem está aqui! Conseguiu folga no trabalho amanha? - perguntou se levantando e cumprimentando a menina. Os outros fizeram o mesmo.
- Sabe como é, ne? Funcionária exemplar tem direito a folgas extras. - eles riram. - , que bom que você tá aqui! Fazia tempo que não te via! 
- Pois é, ando meio sumida. Coisas da vida. Muito trabalho, Bru. - ela justificava enquanto abraçava a menina. - Esta é minha amiga , by the way. - e se virou para a amiga. - , esta é a Brunna, namorada do Dave, do SOD. 
- Prazer, Brunna. - disse dando dois beijinhos na garota.
- Prazer é meu! Você é namorada do ? - assim que Brunna perguntou, David chegou a abraçando por trás e dando oi para todos.
- Namorada? Er... não. - e coraram.
- Não? Então desculpa, é que vocês estão tão juntos aí que eu pensei que fosse. - ela explicou deixando os dois mais sem graça ainda e deu um beijo na bochecha do namorado. - O show vai começar, amor?
- Vai, vim dizer isto a vocês. Tomem conta dessa garota aqui enquanto eu estiver lá, hein? Tem um monte de homem sozinho aqui hoje! Humpf! - ele deu um beijo na menina, e depois ela deu um tapa nele.
- Namorado bobo! Vai lá e bom show. - ela disse e se sentou ao lado de .
- Bom show, dude. - , , e disseram ao mesmo tempo.
O show começou em meio a vários aplausos e gritos da galera. Os meninos estavam lançando um cd, e parecia que todos os que estavam lá dentro já tinham as letras decoradas. 
Depois de quarenta minutos de show, James fez uma pausa para falar com o público.
- Aê, galera. Gostaria de chamar agora um grande companheiro que me ajudou a compor algumas músicas para o novo cd. ! Sobe aqui, dude. 
foi sorridente para o palco e no meio do caminho as pessoas davam passagem a ele. Na mesa dos meninos, , e Brunna aplaudiam freneticamente.
- Dude, que surpresa! Não esperava que me chamassem aqui! - abraçou James. - Tudo bom, gente? - disse no microfone. A galera vibrou. - O que vamos cantar?
- Você escolhe, ! Só queríamos que fosse alguma do McFLY para homenagear os outros meninos que estão presentes. - Dave respondeu. 
- Ok. - se virou para eles e cochichou a música baixinho para que começassem a tocar. - Eu gostaria de oferecer essa música a alguém. - ele disse voltando-se ao microfone. - sentiu apertar firme sua mão. - E acho que essa pessoa vai saber quem é assim que ouvir a música. Não só ela como alguns amigos presentes. Espero que gostem. - e começou a cantar Met This Girl. 
"And when we're laughing joking with each other now, I'm glad I met this girl…
She didn't walk away, I think she was impressed and was having a good time,
And when we're laughing joking with each other,
Spending all our time together..."

estava encantada ouvindo cantando. Nunca esqueceria daquele momento. Será que a música era pra ela? Pelo menos tinha tudo a ver. 
- Huum! Ganhou até música hoje! - dizia dando cotoveladas na amiga.
- Quem disse que é pra mim? - ela sorriu sem graça.
- Ah, sua doceira. Claro que é! - e revirou os olhos e tomou um gole da cerveja que tinha pedido há poucos minutos. 
- Você não tem certeza, oras. - retrucou, mas no fundo gostaria que fosse verdade. Será mesmo que queria dizer aquilo tudo pra ela?
Quando agradeceu aos meninos do SOD e voltou à mesa, nem sentou. Estendeu a mão para
- O que foi? - ela disse sem entender.
- Vem cá, quero conversar com você. - ele sussurrou no ouvido dela.
- Tudo bem. - ela disse pegando na mão dele e levantando-se. - Já voltamos, gente. - todos assentiram com a cabeça e eles saíram. Foram para um lugar mais para trás, longe de repórteres e de todo mundo.
Ficaram alguns minutos em silêncio, até criar coragem de falar.
- Você gostou da minha apresentação lá? - perguntou segurando as mãos dela.
- Foi muito lindo. E eu adoro aquela música. - ela disse encabulada.
- Você sabe pra quem foi? 
- Não faço idéia. - mentiu.
- Ah, foi pra uma menina que eu conheci tem pouco tempo e que me encantou de uma forma muito rápida e intensa. - ele disse com mais segurança.
- Nossa, você me deixou curiosa. 
- Posso dar umas dicas pra você adivinhar? 
- Odeio isso, mas vai em frente. - ela foi sincera e riu.
- Vamos lá, ela é esquisita, bem humorada, gosta de pingüins, e de mim. - ele riu convencido e ela deu um tapa no braço dele.
- Você é muito modesto. - ela arqueou as sobrancelhas. - Hey, como você sabe que eu gosto de pingüins? 
- E como você sabe que eu tô falando de você? - agora foi a vez dele de arquear as sobrancelhas. Ela ficou sem saber o que dizer; ele sorriu e fez carinho no rosto dela. - Sua boba, to brincando. Claro que eu tava falando de você. 
- O que me faz voltar à pergunta anterior. - ela sorriu.
- Ah, a é louca por pingüins. E eu vi uma foto de vocês duas vestidas de pingüins em uma festa quando fui esperar lá no apartamento vocês trocarem de roupa junto com o
- QUE VERGONHA, MEU DEUS! - ela gritou. - Você viu aquelas fotos? Estão muito toscas! - ela colocou as mãos na cabeça e teve uma crise de riso. - Me desculpe, estou rindo de mim mesma. Que patético. - e voltou a gargalhar. ria junto.
- Não é patético, é o que mais gosto em você. - ela parou de rir e o olhou. 
- Você enrola muito, . - ela disse provocando.
- Tem razão! - ele colocou as mãos em volta da cintura da menina, e deu-lhe um longo beijo. 
- Agora sim. - ela disse no intervalo de outro beijo. 
- ... ? - alguém interrompia os dois, e eles se afastaram. - Desculpe interromper, dudes, mas é que eu além de bêbado, tô muito mal. Todos foram pra pista de dança, e só ficamos eu e a sentados ali. - dizia rapidamente, parecia atordoado.
- Mas que idiota, . - falou como se desse uma bronca. - Porque você não aproveita a oportunidade pra conversar com ela? Eu não convivia com vocês pra saber como era a relação, mas o que eu sei é suficiente pra dizer que vocês se amam e querem ficar juntos. Então dá pra parar de pagar de beêe chorão e ir lá dar uma de homem? - quando terminou de falar, e a olhavam de boca aberta. 
- O que você ta babando aí, ? Fecha essa boca e vai logo falar com ela, dude. - disse dando um pedala nele. Ao ver que se afastava, voltou-se para . - Você é a melhor garota que eu já conheci, dude. - ela sorriu e eles continuaram se beijando.
- , vem aqui. - olhou sério para ela, e fazia o mesmo gesto que para chamá-la para outro lugar. 
- O que você quer, ? - ela estava desconfiada.
- Quero conversar igual gente. Vem logo. - ele pegou a mão dela e saiu puxando a menina para fora do pub. 
- Onde você está indo? Não vou deixar a sozinha aí. - ela gritou meio ignorante soltando a mão dele.
- Vai sim! Ela está em boas mãos e você sabe disso. - ele voltou a puxá-la, e abriu a porta do carro para que ela entrasse. - Não dificulta as coisas, . - ela fez o que ele pediu. 
Logo estavam chegando a um parque meio distante do pub onde estavam, mas perto do apartamento de . Ele desligou o carro e ligou o som. Estava tocando U2, "With or without you". 
- Agora fala. - ela disse secamente ainda sem olhar para o menino. 
- Assim que você olhar pra mim. - respondeu. Ela se virou encarando-o com dificuldade. Doía muito fazer isso. 
- , eu não sei como dizer isto, mas eu estive pensando muito nesses meses sobre aquele dia em que discutimos.
- Aquele dia que você foi pra sua festinha ridícula se divertir enquanto me deixava em casa aos prantos? Você pensou sobre isso, ? - ela alfinetou. 
- Você sabe se naquele dia eu realmente fui praquela festa? Porque você não pára de se fazer de vítima e tenta se colocar no meu lugar? 
- Porque você não faz o mesmo comigo. 
- E você faz? Meu Deus, , como estamos sendo idiotas. - ele disse se virando e olhando para o céu. - A intenção de vir aqui não era pra brigar mais com você, tá legal? 
- E era qual? Me chamar de mimada de novo? - ela não dava o braço a torcer.
- Porque você só arranja brigas? Eu também ouvi um monte de coisas ruins ao meu respeito aquele dia. E sinceramente, você quer mesmo falar daquele dia? Ok, então! Vamos falar! - ele se virou novamente para olhá-la nos olhos. - Aquele bendito dia eu saí do seu apartamento e fui direto para o meu. Desliguei o celular, não queria falar com ninguém. E comecei a chorar. É isso que eu fiz, se você quer saber! Eu não fui pra festa nenhuma! - ele estava quase chorando. - O problema é que você acha que eu não ligo pra você, mas eu ligo! E muito! - ele abaixou a cabeça. 
- , isso é novo pra mim. Eu nunca estive com uma pessoa que tivesse que fingir estar bem 24 horas do dia, que tivesse que sorrir pra todo mundo, mesmo que por dentro estivesse querendo gritar ou xingar. Eu não me adaptei a ter que dividir meu namorado com metade do mundo. E me desculpe, eu não sou segura a esse ponto. - agora foi a vez dela de chorar. 
- Eu sou um ser humano normal, . Eu sei que tenho que passar por esse tipo de coisa que você tanto reclama, e infelizmente tive que te colocar dentro desse mundo mesquinho e cheio de falsidade, mas eu tenho sentimentos. Se eu pedi pra que você agüentasse aquilo tudo é porque quero compartilhar minha vida com você! E agora eu que peço desculpas, mas esta é minha vida, você sabe, você me conheceu assim. 
- Eu sei, ! Só não sei se agüento mais... - ele levantou a cabeça dela.
- Eu amo você demais! Só trouxe você aqui porque foi exatamente neste lugar que te pedi em namoro, e é neste lugar que eu peço que você tente. Por nós! Eu prometo que será diferente! Eu prometo me colocar mais no seu lugar e dar mais atenção, só peço que tente fazer o mesmo. Coloca na sua cabeça de uma vez por todas que você é melhor do que todas as outras que eu vejo diariamente, pelo menos é melhor pra MIM e isso que importa. - ele disse abraçando-a.
- , me perdoa! - ela chorava abraçada com ele. - Me perdoa, meu amor! Eu fui muito imatura mesmo, eu não sabia se conseguiria lidar com tudo isso, mas sei que vale a pena tentar por você. 
- Por nós, não por mim. - ele a corrigiu, limpando as lágrimas da menina. 
- Isso, por nós. - ela sorriu e foi dar um beijo nele. 
- Eu já disse que te amo? - ele sorriu após o beijo.
- Eu te amo muito também. - ela disse abraçando. - Estava com saudade. - ela deu um pulo. - Que susto, acho que seu celular vibrou aí no bolso. - eles riram.
- Alô? Hey, dude! Eu tô meio longe daí, mas tô voltando. - ao dizer isto, ligou o carro. - Ela tá comigo aqui, chegamos aí em 10 minutos, não saiam sem a gente. - e desligou.
- Quem era? - ela perguntou ao colocar o cinto.
- O ! Eles ficaram preocupados porque a gente sumiu sem falar aonde íamos, e disseram que vão pra casa do Dave pra famosa after party. 
- Nós fazemos muita falta mesmo, não é? 
- Eles nos amam. - eles sorriram. - Só porque hoje eu queria ficar sozinho com você pra recuperar o tempo perdido. - ele fez bico.
- Ah! Não faz essa cara! A casa do Dave até que é bem grandinha, podemos ocupar um quarto. - ela deu um beijo na bochecha dele e piscou o olho.

Como havia calculado, e chegaram em frente ao pub em aproximadamente 10 minutos, e buzinaram chamando atenção dos amigos que estavam conversando lá em frente.
- Hey, quem vai no meu carro, entra aí! - gritou abrindo a janela.
- Alguém vai dirigindo o meu? Eu vou nesse aqui. - pediu sacudindo as chaves.
- Eu dirijo, me dá! - pegou as chaves, pegou na mão de e foram caminhando para onde o carro de estava estacionado.
- De mãos dadas? Ui! - ficou zoando os amigos até eles não poderem mais ouvir. - Que fofo a com o ! - ela disse voltando-se para
- Eu tinha visto os dois lá dentro já. Que bom que ficaram juntos, tomara que dê certo. - ele respondeu. - Hey, e ! Parem de tagarelar aí fora e entrem logo. - gritou para os amigos que conversavam com duas meninas.
- Tem tudo pra dar, eles combinam. 
- Quem combina? - perguntou entrando no banco de trás, seguido por .
- A e o . - respondeu.
- Ah sim! Alguém conseguiu conquistar ! What a surprise. - brincou.
- E ainda recebeu uma música hoje, hein? - completou. 
- E vocês pelo visto estão juntos de novo, ou é impressão? - arriscou.
- Estamos. - disse com um sorriso enorme, segurando na mão dela, após passar a marcha. 
- QUE CUUUUUUUUUUUUUUTE! - os dois brincavam e bagunçavam os cabelos dos amigos. 
- Ah, parem com isso, seus imbecis. - pedia rindo. foi dar um beijo na bochecha dela e de .
- Vamos logo, motorista. Além da fome, vai ter muita mulher hot nessa festa. - pediu.
olhou para , que ficou apreensivo. 
- Vamos logo, motorista. Já perdemos tempo demais, aposto que nem vão sentir nossa falta nessa festa, e que o e o vão pegar todas as mulheres hots por você e o . - ela disse sorrindo no ouvido dele. 
sorriu também um pouco mais tranqüilo. Ele disse para que queria um relacionamento sério assim que começaram a namorar, e sentia que estavam amadurecendo cada vez mais, e tendo cada vez mais certeza do que queriam: estar juntos! Cada um vivendo sua vida, mas compartilhando com o outro sempre que possível.




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