A Tal Garota Com 5 Cores no Cabelo 2
Por Jani Brown
Betada por Little Lis

Quando eu nasci, me rogaram uma praga enorme sabiam? Uma macumbeira fez a maior das macumbas, só pra eu não ter sorte no amor (n/a: essa não foi intencional. Juro!). Vocês devem estar pensando: “Meu Deus! Ele vai passar o resto da vida lamentando por ter perdido a !”. Não. Só que quando eu contei a minha história com ela, tinha jurado a mim mesmo esquecer de tudo. Eu ia cumprir! Mas vocês lembram que disse que o show ia ser divulgado por estudantes de publicidade e a crítica feita por estudantes de jornalismo? Pois é, acreditem se quiser, a faz jornalismo, e ela é uma das que fez a crítica. É rapaz, chupa essa manga! Eram alunos da faculdade de . Meu queixo quase chegou à China quando nós, eu e o McFly, estávamos tocando 5 Colors in Her Hair e eu a vi... Ali, parada na 1ª fila, me olhando com um olhar tão triste, com o cabelo ainda castanho, naquele momento eu só queria descer do palco e dar um beijo nela, mas se eu fizesse isso o Fletch ia ficar “puto da cara” comigo! Então eu esperei até o fim do show.
Quando finalizamos a última música, nem fui para o camarim, só queria encontrá-la. Meus amigos entenderam meu comportamento, eles também a tinham visto. Estava correndo pelos corredores na parte de trás do palco, quando a avistei, cheia de amigos em volta. De “loser” ela passou para pop. Um grande progresso. Diminui o passo. Hey! Eu sou , ninguém pode me ver assim, desesperado, ok? Me aproximei.
- , posso falar com você? - Os amiguinhos dela deram um “uuuuhhh”, povinho inconveniente não?
- Tô ocupada .
? Desde quando ela me chama pelo sobrenome?
- Mas é que é sério!
- Vai lá !
Palmas para a amiga dela! Não. Não a , a ou a . Outra. Porque as outras três ficaram em Londres, com seus namorados.
- Ok, - De novo! – Mas vê se não demora muito, porque tenho mais o que fazer!
- Vamos então para a sala dos instrumentos.
Até chegarmos à sala nenhum dos dois pronunciou uma única palavra, não havia clima. Entramos na sala, fechei a porta com a chave e tirei-a da fechadura, caso ela tentasse fugir.
- O que é isso? Vás me manter prisioneira aqui?
- Não. É só para assegurar que você me ouça.
- Ouvir o que? Que você é um egoísta da pior espécie? Que peninha, isso eu já sei !
- Não. É pra que você ouça as minhas desculpas - Vi que ela estremeceu, sabe, daquele jeito de quando ficamos nervosos. Ou seja, ela ainda sente algo por mim.
- Fala rápido , o mundo não gira ao redor de seu umbigo sabia? Eu ainda tenho uma crítica para elaborar!
- , eu juro que você foi a pessoa que mais amei! Nunca te esqueci, e se não fui te ver, foi porque fui um covarde, e como você mesma disse: um egoísta. Só me preocupei comigo, sem nem pensar pelo que você devia estar passando. Mas toda a vez que subo naquele palco, quando canto 5 Colors, eu só penso em você!
- , chega de melodrama. Quando eu fui embora, eu o fiz com a esperança de que você fosse ir me ver e dizer que nada te importava mais do que eu. Mas eu tinha 19 anos. Agora, tô prestes a completar 21, e pode crer, esses quase dois anos fizeram muita diferença! Eu não me importo mais com isso, tô mais preocupada com a faculdade, e por falar em faculdade, essa crítica que eu tenho que elaborar, vale a maior nota do semestre, e você está me impedindo de fazê-la.
- , por favor me perdoa. Não tô pedindo pra você voltar pra mim, apenas pra me perdoar, juro que depois te deixo sair - Tirei a chave do bolso, e a arrancou da minha mão. Ela se dirigiu a porta e já ia abrindo-a, quando a segurei e lhe dei um beijo.
Bom, fazia dois anos que nós não nos beijávamos, e esse beijo foi muito bom, acho que ela andou treinando, mas vamos mudar de assunto, né? Tipo, não quero ficar pensando quantos garotos já enfiaram a língua dentro da boca dela, e sabe-se lá mais o que!
O que acontece, é que depois disso, começamos a nos entender. Não vou contar em detalhes, porque isso não é o ponto chave da história. Foi assim, depois de eu beijá-la, ela ficou toda balançada e tals... Daí nós conversamos mais um pouco, um amasso daqui, um beijo de lá, e a gente já estava ficando, e depois namorando, e depois ela passava as noites na minha casa, e tinha mais uns depois, mas não interessa.
Meu, eu estava mais feliz do que da primeira vez, era o gosto de ter aquilo que você sempre desejou de volta, era viver tudo de bom que um dia eu tinha vivido. A tava mais fria, mas vocês me conhecem, eu e meu egoísmo. Do que me importava a frieza dela? Eu estava ficando com ela de novo!
Claro que pouco a pouco aquilo ia me deixando meio que triste, ela não dizia que me amava como antes, nem sempre tava comigo, junto a mim, mesmo quando estávamos numa festa juntos.
Ah! Festas! A virou uma festeira, sempre dançando, parecia que essas festas eram o único lugar que ela se animava.
Mas eu sei, é completamente chato eu ficar aqui falando de como ela não ME amava como antes, de como EU não recebia o carinho que queria. Vocês perceberam que sempre vem o “ME” e o “EU” primeiro em 90% das frases que falo? Pois é, acho que eu tenho que ser um pouco mais humilde pra chegar a ser egoísta! Então vamos direto ao ponto “chave”, que eu tô a fim de contar desde que resolvi falar essa história.
Eu tinha acabado de acordar, com a ao meu lado, deixei ela na cama e fui tomar café. Comi meu cereal de chocolate e fui até a porta pegar o jornal, depois que o McFly ficou tão famoso eu leio muito sabia? Principalmente as revistas sensacionalistas e os cadernos diários, afinal, eu sou sempre “comentado” neles. Fazer o que, né? As fãs me amam, e os jornalistas também! Pulei as páginas de economia e as policiais, fui direto às variedades, não me surpreendi quando vi uma grande foto minha ali, comecei a ler a matéria.

: O Sucesso lhe Subiu a Cabeça?
Por

Eu, uma simples estudante de jornalismo fui incumbida pela redação
desse jornal de falar sobre um dos tão queridos McFlys. E por
conhecê-lo melhor do que aos outros McGuys, resolvi falar sobre .
Quando o McFly era ainda uma simples (porém muito boa)
banda de garagem, era facilmente um dos mais simpáticos
de todos, sempre brincando e fazendo festa. Porém conforme a banda
foi adquirindo sucesso, ele pareceu esquecer-se dos seu amigos
e freqüentar lugares onde só iam os “IN’s”, os famosos (e na minha
opinião, nada humildes) artistas do ramo da música e do cinema.
Na época, namorava com uma garota, que apesar de não gostar
desse meio, sempre o acompanhava, e ele, a cada dia se importava
mais com os novos “amigos” e nem sequer percebeu o quanto todas
aquelas festas desagradavam a garota. Chegou-se ao ponto de a própria imprensa
criticá-la, por ter 5 cores no cabelo, algo que só importava a ela e a mais ninguém!
Ela então, fez com que seus cabelos voltassem a cor original, apenas
para afastar as críticas da imprensa, para que nada afetasse o
iminente sucesso do então namorado. E ele uma vez mais, não se importou.
Mas como nada dura pra sempre, a garota se cansou. Ela voltou para
sua cidade natal, mas segundo fontes próximas à garota, a mesma parece
ter deixado o espírito alegre, no cabeleireiro, quando se livrou das 5 cores.
Segundo a fonte, toda a alegria que hoje se vê nela, é apenas fingimento.
Por isso ela freqüenta festas badaladas, pois tudo que ela tem a fazer, é fingir.
Antes de terminar a minha matéria, queria deixar um recado à e à todos os leitores:
Nem Todas as História são Perfeitas!
Cabe à vocês, o público, decidir se a fama realmente subiu à cabeça de .
Eu já tenho minha opinião.

Cara! Fiquei “fulo” da vida quando li. A primeira coisa que fiz foi subir ao quarto, a tava se vestindo.
- Pode me dizer o que isso significa? – mostrei o jornal à ela.
- Ah, isso! Já estava mesmo na hora deles publicarem, assim me livro disso tudo.
- Disso tudo o quê?
- De toda essa farsa. , eu não te amo!
- Mas e todo esse tempo que eu fiquei contigo?
- Ai, ai . Pensei que você já estivesse grandinho. Como eu disse na matéria “nem todas as histórias são perfeitas”, e a nossa nunca foi, não é, e não vai ser. Quando cheguei à Londres pra fazer a crítica do show, uma jornalista, a mesma que me chamou de a “tal garota”, me procurou para que eu fizesse uma matéria sobre você, e que de preferência não fosse sobre suas qualidades. Segundo ela, já estava ficando cansativo te retratar como o “bom garoto”. E como eu fui sua namorada, ela achou que talvez eu soubesse de algum “podre” seu. Eu recusei a proposta. Então eu te reencontrei, e você veio me pedir perdão. Confesso que fiquei surpresa, afinal, não esperava que o que por tanto tempo sequer falou comigo, viria algum dia me pedir perdão. Então eu fiz um trato comigo mesma: sairia algum tempo com você, se você realmente tivesse mudado, eu te perdoaria de verdade, mas terminaria o namoro. Porém, se você não tivesse mudado, não custaria nada escrever a tal matéria, o dinheiro oferecido era bom. Pois é , sinto em lhe dizer que você continua a ser o mesmo egoísta, mesquinho e idiota, que me deixou ir embora há quase dois anos. Eu te dei uma lição, espero que agora você aprenda! Ah! Se me permite, eu tenho que ir embora, e gostaria de levar essa página comigo. Você sabe, uma recordação. Adeus , até nunca.
Ela pegou a folha de jornal da minha mão e se foi. Eu não consegui dizer e nem fazer nada. Enquanto falava, ela se tornava mais fria, sem uma mísera expressão de arrependimento. Juro que teve uma hora que ela quase sorriu!
Ok, resumindo, a matéria no jornal é culpa minha. Sou culpado por ser um egoísta. Tenho que admitir, ela tem toda a razão. Mas mesmo assim, nada justifica o que ela fez! Meu, isso foi ato de imprensa marrom! Bela jornalista ela vai ser! Antes eu me odiava, mas agora acho que odeio mais ela!

Pov (N/a: Pra quem não souber, “Pov” é quem conta a história XD)
Peguei o jornal da mão dele, me despedi e fui embora. Só isso. Eu não tinha a mínima idéia do que fazer. Andei, andei e andei mais um pouco. Nem sei por quanto tempo, já tava “mó” cansada, quando me sentei em uma calçada e chorei, pela primeira vez, desde que decidi tirar o da minha vida. Chorei com a página do jornal apertada em minhas mãos.

FIM

Nota da Autora: Muito obrigada a vocês que leram; às minhas amigas, que são as primeiras a saber das histórias (Rah, não falei que essa era mais melodramática?) e ao McFly, que é nossa inspiração!
Comenta povo!

comments powered by Disqus