Do you know Banbury Cross?




Tudo começa assim: Eu vivia em uma pequena cidade da Inglaterra onde tudo era perfeito. Aliás, tudo sempre começa bem e perfeito. Esse era o tipo de lugar onde as casas eram todas grandes e bem cuidadas, com jardins lindos, impecáveis e cheios de flores de todas as cores que se pode imaginar. Além disso, todas as pessoas se conheciam. Desde o prefeito ao vendedor de carnes do açougue da esquina.

Eu morava na casa número 98 da George Cross Street. Havia me mudado para lá quando tinha seis anos e sentia como se esse fosse o lugar onde deveria ter morado a minha vida inteira. Agora eu estou com 17, quase 18, e ultimamente tenho começado a sentir como se alguma coisa estivesse me empurrando pra longe daqui. Eu não sei o que, nem como, eu só sei que tinha que fazer o meu coração mandava.

Mas, havia um “porém” nessa história toda. Se eu fosse atrás do que sentia, eu teria que deixar tudo pra trás: minha família, minha cidade, meus amigos, e o pior de tudo, teria quer deixar...

- Hey, menina! Tá pensando no que, hein?

- Nada, . Estava aqui viajando um pouco. E você? Como está aproveitando os dias de folga?

- Fazendo absolutamente droga nenhuma.

Eu estava sentada no jardim da minha casa, quando meu vizinho da frente e melhor amigo, , surgiu do nada. Era feriado, e nós iríamos ficar sem aula por bons e longos seis dias. Tudo bem... Eram bons e longos dias se a gente fizesse alguma coisa da vida, mas fazer o que naquele fim de mundo? Até que o meu querido amigo leu a minha mente e disse:

- Vamos fazer alguma coisa? - Disse com uma cara de tédio de dar dó.

- Tipo o que? Nessa cidade não tem nada pra fazer. Já fui tantas vezes andar no parque que já sei onde todas as árvores estão. Já posso até virar guia turística.

- Uau! Que carreira promissora!

Eu ri. Eu sempre ria das coisas que falava e ele também sempre ria das coisas que eu falava, era como se a gente sempre se entendesse só de olhar um para o outro. Às vezes eu achava estranho, sempre sentia um apertinho no peito toda vez que ele estava perto de mim e sabia muito bem o que era isso, só não queria admitir. Eu e nos conhecíamos desde pequenos e essas malditas borboletas no estômago começaram no dia 12 de agosto de 1996, quando nós fomos passar um fim de semana na cabana perto do lago e começou a chover forte, nossos pais tinham saído para dar uma volta e estávamos sozinhos, quando a tempestade começou e senti muito medo e o segurou a minha mão até ela acabar, desde então isso acontece. Como me conhece a tempo demais, logo percebeu que eu não estava pensando em “nada” como havia dito.

- Vai! Pode começar a falar! No que é que você estava pensando quando eu cheguei?

- É que... É difícil de explicar.

- Tenta.

- Ok. É que ultimamente eu tenho sentido uma vontade gigante de sair daqui. Lembra do nosso sonho besta de conhecer Banbury Cross? Então, eu estava pensando em ir pra lá e passar uns dias. Talvez até ir pra Londres, fazer uma faculdade lá, ter minha própria casa e tal. O que você acha?

- Você tá pensando em ir e me deixar aqui, né?

- Ah, eu não queria te deixar... É MESMO! Você pode ir comigo!

- , você sabe que eu não posso. E a banda? Como fica? Se os meninos não forem eu não posso ir.

tinha uma banda, como ele mesmo acabou de falar, chamada McFly. Era formada por ele e mais três garotos: , e . A banda ia muito bem, eles faziam pequenos shows nas cidades da redondeza e quando terminassem o colégio eles iriam para Londres tentar conseguir uma gravadora. Mas ainda faltava o essencial: dinheiro. Então eles teriam que esperar mais um ano até juntarem o necessário. Eu e sempre tivemos esse sonho “besta” de conhecer Banbury Cross, uma pequena cidade que era mencionada no nosso poema favorito de quando nós éramos crianças.

- Ah, . Me desculpa. Eu sei que a gente prometeu um pro outro que iríamos visitar Banbury Cross juntos. Mas é que eu preciso de alguma desculpa pra sair daqui e essa foi a única que eu encontrei.

- Tudo bem. A gente visita Banbury juntos ano que vem. Mas a gente já está quase no fim do ano. Vai esperar até janeiro?

- Não sei. Acho que sim, por causa do Natal e Ano Novo. Mas preciso ir e ficar por minha conta um pouco. Conhecer gente nova também.

Eu não sei como eu disse tudo isso... O meu coração estava tão apertado só de explicar essa situação! Eu não queria nem ver no dia que eu fosse realmente embora... Eu estava desesperada por dentro, só pensava naquilo, quando interrompeu o silêncio dos meus pensamentos:

- Olha lá! Os meninos tão vindo. Vamos ver se eles tem alguma coisa pra fazer.

deu um beijo na minha testa e foi ao encontro de , e . A banda e eu sempre saíamos juntos, pois eu odiava as meninas da cidade, sempre tão fúteis, sem planos, todas querendo a mesma coisa, casar, ter filhos... Mas eu e os meninos pensávamos grande, nossos sonhos eram bem maiores do que a nossa pequena cidade pudesse suportar.

Depois de conversarmos um pouco, resolvemos ir a uma lanchonete na cidade vizinha (pois, como já foi dito, não havia nada na nossa amada cidade. Uma droga!), onde ficamos jogando conversa fora, até que eu contei sobre a viagem. logo disse:

- Se não fosse nosso querido aqui, nós iríamos junto com você.

- Hey! Não vem por a culpa em mim não. Não é minha culpa que minha mãe “me fez” depois da de vocês - disse com uma cara de ofendido e logo respondeu:

- Oh, dude! Olha a imagem que você me deixou na cabeça!

- Que imagem?

- Da sua mãe “te fazendo”. Me desculpe Sra. Poynter, mas que horror!

E foi assim até uma hora da manhã, quando nós decidimos que era hora de ir pra casa. Isso já era quase uma rotina, sempre ficávamos acordados até tarde falando besteiras, pensando no futuro ou até mesmo em silêncio, porque para gente, só a presença um do outro já bastava. Nossa, como eu vou sentir falta desses retardados e melhores amigos do mundo todo...

Depois que o feriado acabou, vieram as aulas e a mesma rotina de sempre. me acompanhava até em casa e a banda e ele iam fazer alguma coisa bem inútil durante a tarde. Por causa desses passeios é que eles acabaram tendo que se matar de estudar pras provas finais. Depois de todos passarem raspando e ter feito algumas recuperações, chegaram as férias e todos voltaram a não fazer merda nenhuma o dia inteiro.

Passaram o Natal e Ano Novo e, quando veio Janeiro, eu já estava de malas prontas e decidida sobre qual faculdade cursar em Londres.

Mas uma coisa que eu não estava esperando aconteceu uma semana antes de partir para minha viagem a Banbury Cross. Uma coisa que já havia passado pela minha cabeça, mas que ela nunca pensei que fosse acontecer de verdade.

Era noite de uma terça-feira e, como sempre, eu estava deitada na grama do jardim da minha casa olhando as estrelas e pensando em como o céu era lindo naquela cidade e se em algum lugar lá em cima existe gente como a gente... Enfim, coisa de gente maluca! chegou e se deitou ao meu lado. Olhou pra mim e disse:

- Olha, eu sei que você vai achar estranho, mas eu tenho que falar antes que você vá embora. Existe aquela frase que a gente só dá valor para as coisas quando elas se vão, eu nunca fui muito fã de frases feitas, mas agora eu realmente sei o significado disso. Até alguns dias eu não tinha percebido o quanto você é linda e o quanto você é importante na minha vida.

Eu fiquei meio assustada e surpresa ao mesmo tempo e não acreditei naquilo que tinha acabado de ouvir.

- O que foi que você disse, ?

- Aiii, por favor, não me faça repetir o que eu treinei durante 5 horas!

Eu ainda estava meio surpresa e perguntei com cara de confusa:

- Por que você tá me dizendo isso?

- Porque só agora caiu a minha ficha de que você vai mesmo embora e só agora é que eu tive coragem de te dizer o que eu já tava querendo dizer há muito tempo.

Eu sempre pensava em como minha amizade com era perfeita e como seria se um dia a gente começasse a ser mais do que amigo. De certa forma, eu sabia que eu sentia algo a mais por ele fazia tempos, mas eu nunca “incentivei” esse sentimento com medo de que estragasse tudo com . Eu sempre mantive esse sentimento bem guardado só para mim, e já havia me acostumado com isso, pois nós dois tivemos vários namorados e namoradas durante esses anos e eu nunca pensei que ele poderia sentir o mesmo por mim, ou seja, eu não fazia a mínima idéia do que fazer.

Mas, de repente, caiu a minha ficha. “É por isso que eu quero ir embora! Pra não ter mais que viver com isso guardado...”, eu pensei. Ainda estava olhando para o , e finalmente disse com a voz mais serena e calma do mundo:

- Eu não posso, .

- Por que? Você não sente o mesmo que eu?

- Depende do que é que você está sentindo.

- Você sabe! Não se faça de besta! Eu sei que eu não preciso dizer o que eu sinto pra você descobrir o que é.

Nós ficamos quietos e olhando um para o outro. A minha cabeça estava a mil e eu sabia que a de também estava. Mas , num impulso, me beijou. Foi como se nós tivéssemos esperado por isso a vida inteira, como se nós tivéssemos vivido até hoje à espera desse momento. Mas não, eu não podia. Eu ia embora em uma semana e ia deixar ele para trás por um ano inteiro. Então, como um raio, a única reação que eu tive foi:

- Não, . - Eu quebrei o beijo e olhei pro céu de novo - Eu não posso começar uma coisa que eu sei que vou ter que terminar em tão pouco tempo. Isso é o tipo de coisa que tem que ser vivido por semanas, meses ou até anos. E é o tipo de coisa que a gente não pode por em espera por um ano inteiro.

- É claro que pode! Olha, eu já planejei tudo. Você vai viajar e depois se ajeita em Londres. Quando o terminar o colégio, vamos todos para lá também e aí a gente pode ficar junto. É perfeito.

- Não é perfeito, . E se você encontrar alguém durante esse tempo? E se eu não conseguir ficar um ano em Londres e decidir voltar? Como a gente faz quando você e a banda forem embora?

- Eu te levo junto, . Eu te arrasto se for preciso.

“Ai, meu Deus! O que eu faço?”. Era exatamente isso que eu estava pensando. Mas num ato de... Sei lá... Desespero, eu levantei e entrei correndo em casa. Fui direto para o meu quarto e fiquei olhando ainda deitado na grama com as mãos no rosto. Como a vida é injusta, não? QUE MERDA! Ele teve 18 anos para fazer alguma coisa e resolve fazer uma semana antes da donzela aqui começar uma vida nova! ÓTIMO! Será que tem como piorar?

- Droga! Por que só agora, ? Você não podia ter feito tudo isso antes?

Depois de um tempo tentando descobrir o que fazer, eu cai no sono.

Na manhã seguinte a última coisa que eu queria era encontrar , para não ter que pensar naquilo tudo de novo. Mas, infelizmente, isso se torna impossível quando a pessoa que você não quer ver é seu vizinho da frente. Abri a porta para pegar o jornal pro meu pai e advinha quem eu vi na janela de um dos quartos da casa da frente? É, você acertou... .

Eu tomei coragem e resolvi ir falar com ele. Isso não podia ficar assim, mal resolvido.

- Oi Sra. . O está? - Eu perguntei com a voz mais delicada e calma que conseguiu fazer.

- Ah, está sim! Só um minuto. ! A está aqui! Ele já vai descer, querida.

- Obrigada, Sra. .

Acho que ele deve ter demorado uns 10 minutos pra descer. Juro! Mas eu não sabia se era porque ele estava bravo ou chateado. Quando ele finalmente desceu, a única coisa que ele disse foi:

- O que é?

Eu me assustei porque por mais que a gente tivesse brigado, ele nunca tinha falado comigo assim... É, ele realmente devia estar bravo comigo.

- Você deve estar bravo comigo, né?

- Não, . Eu ainda tô tentando entender você. Tentando entender o que é que te impede de ficar comigo.

- Eu já te expliquei. Eu sei que não faz nenhum sentido, que a gente pode resolver depois. Mas a gente tem que pensar em todas as possibilidades.

- Será que você não podia, só por um minutinho, viver a vida? Você sempre foi assim. Sempre se preocupou demais com as conseqüências. Chega disso. , eu acho que pela primeira vez na minha vida eu descobri que amo alguém. E esse alguém é você.

Essa foi a coisa mais linda que eu já tinha ouvido na minha vida. Eu tinha que deixar de ter medo e viver aquilo, pois eu sabia que nunca mais iria achar alguém tão perfeito assim como ele é pra mim.

Então, sem medo e sem me importar com nada, eu o beijei. Eu juro que eu não sei da onde eu tirei coragem, porque nunca fui do tipo de garota que toma a iniciativa. Depois, ele me abraçou e eu finalmente me senti a pessoa mais feliz e realizada do mundo.

Aquela semana passou mais rápido do que nós esperávamos. Eu e tínhamos aproveitado cada minuto que podíamos para ficar juntos e a hora da despedida foi pior do que eu imaginei.

- Eu nem acredito que vou ficar um ano inteiro te vendo só nos finais de semana. - Disse com uma expressão triste no rosto.

- Eu venho te visitar. Eu prometo. - Eu disse com a mesma expressão.

Nós nos abraçamos e eu entrei no táxi que me levaria até a rodoviária da cidade vizinha tentando não olhar os acenos de e as minhas lágrimas que ficavam junto com a cidade em que eu vivi a vida toda e que passei os melhores momentos da minha vida.

A visita a Banbury Cross sem seu melhor amigo e namorado foi completamente sem graça, assim como tudo era desde o momento em que eu o deixei, nada mais tinha o mesmo gosto, o mesmo cheiro, parecia que as cores do mundo haviam se apagado. A cidade era linda, claro que era, mas era como se tudo estivesse pela metade. Quando a viagem acabou e havia chegado a hora de ir para Londres, eu senti aquele aperto no peito, sabe? Um misto de tristeza e alegria de estar chegando perto dos meus planos.

Eu ia dividir o apartamento com uma amiga que havia se mudado para Londres há um ano e meio. Eram mais ou menos duas horas da tarde quando eu finalmente cheguei à minha nova “casa”.

- Só se passaram 3 dias e eu já sinto saudades de tudo.

- Já até sei do que é que você sente saudades. - Disse Kate, enquanto me ajudava a desfazer as malas.

- É claro que eu sinto saudades dele. Mas é bom estar aqui. Fazia tanto tempo que eu não via minha melhor amiga e agora eu vou poder cuidar da minha própria vida. - É, era assim que eu tinha que pensar se eu realmente queria começar uma vida nova.

O tempo foi passando e parecia que a cada dia a saudade ficava 10 vezes maior. Eu tinha ido visitar minha família e, claro, todo final de semana que ficava livre e a cada vez que ia ficava mais difícil de partir novamente. Até que na última visita me parecia um pouco estranho e frio e me surpreendeu:

- Não dá mais, . Não agüento mais te ver só de vez em quando.

- O que é que você quer que eu faça, ?

- Volta pra cá.

Era uma proposta tentadora, mas eu não podia voltar de vez. Nesse pouco tempo eu tinha construído coisas que eu simplesmente não poderia largar de uma hora para outra.

- Eu não posso, . E acho que é melhor a gente dar um tempo. - Pronto. Eu tinha tomado essa decisão. Talvez porque eu achava que seria mais fácil, mas não porque eu realmente queria isso.

- Como é que é? Dar um tempo? Para mim dar um tempo é a mesma coisa que terminar, . - estava com uma cara de “não acredito”.

- Então... Acho melhor a gente terminar.

Eu tinha que fazer isso. Eu sabia que ia chorar feito um bebê quando chegasse em “casa”, mas era o certo, eu acho.

- Tudo bem então! Você vai embora e não me procura mais! E fique sabendo que se um dia você voltar, eu não vou te aceitar de volta.

E foi embora sem nem ao menos olhar para trás. Ouvir tudo aquilo para mim não foi fácil e precisei de alguns minutos para voltar ao estado normal, e quando eu voltei, a única coisa que consegui fazer foi arrumar as malas o mais rápido possível e voltar para casa, como sempre a minha solução para tudo era fugir, então foi isso que eu fiz, fui o caminho todo sem derramar uma lágrima.

Quando eu cheguei a Londres eu chorei, exatamente como eu tinha previsto, e percebi o tamanho da burrada que eu tinha feito, que eu tinha agido apenas por medo de enfrentar a situação.

Eu fiquei meses sem ir para minha cidade, com medo de como seria e com vergonha do que eu tinha feito. Mas aquele sentimento já estava insuportável. Parecia que estava vindo tudo de uma vez: a saudade da família, a saudade de , a saudade de , e , a saudade do lugar onde eu vivi quase minha vida toda e que agora parecia tão distante. Eu saí correndo, peguei um avião e fui atrás de . Agora eu tinha certeza de que eu não queria nada mais na vida do que passar cada segundo dela ao lado de quem eu amava, não importava se os meus outros sonhos tivessem que esperar, eu teria que realizar o maior deles primeiro.

Quando eu cheguei, estava mexendo no carro que a banda havia comprado para ir até os lugares dos shows. Uma porcaria, diga-se de passagem.

Eu parei e fiquei observando até que me viu. Ele nem se mexeu. Nessa hora eu achei que o meu coração fosse saltar pela boca. Eu estava com medo, mas ao mesmo tempo com coragem e não conseguia controlar os meus sentimentos. Ele tentou ir até a minha direção, mas parecia que seus pés estavam colados no asfalto, como se ele não acreditasse que pela primeira vez na vida eu não fugi das coisas, como se ele não acreditasse que eu estava lá e para ser sincera. Para falar a verdade, nem eu estava acreditando.

Eu andei até ele e o abracei. Ah, como eu sentia falta desse abraço. Ele continuou parado sem saber o que fazer até que eu respirei fundo e disse:

- , eu te amo. Eu sou uma anta e o que eu fiz foi uma burrada gigantesca. Eu nunca devia ter ido embora em primeiro lugar, eu deveria ter ficado aqui, com você, e ter esperado para gente ir embora juntos. Por favor, me aceita de volta. Eu não quero mais ficar sem você.

Mil coisas devem ter passado pela cabeça de naquela hora. Mas só uma importava: ele não me rejeitou como disse que faria. Nós nos beijamos como se aquilo fosse a última coisa que faríamos na vida e disse:

- É claro que eu te aceito de volta. Eu disse aquilo da boca para fora. Se você voltasse só daqui a 10 anos, eu ainda iria te aceitar de volta.

E foi assim, eu e nunca mais nos separamos. Eu voltei para minha cidade e esperei até que os meninos pudessem se mudar. Hoje, eu e ainda moramos em Banbury Cross onde, depois do nosso casamento, as nossas vidas se encheram com mais cores e onde a noite era mais bonita do que na minha antiga cidade.


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