Brincadeiras De Ódio 3 - Algumas Tréguas
Escrito e Scriptado por: Rita
Betado por: Bia

A fiction Brincadeiras de ódio está pensada para ser uma série de episódios, ligados cronologicamente. No entanto, as situações não tem necessariamente ser umas aseguir às outras, podendo ocorrer horas, dias ou até semanas depois. Mas cada episódio conta com o que aconteceu no interior.


“Obrigada por essa noite, xuxu.” e abraçou Michelle.
“De nada! Qualquer coisa, é só ligar. Boa viagem!” e se meteu dentro do carro. Acenou a Michelle e a viu desaparecer.
estava indo com seus pais para uma pequena cidade a 100 km da sua. Na noite anterior, Michelle ficou a dormir na casa de , por ela estar perturbada com o que aconteceu na noite anterior, no pub Brown’s. Chegou ao hotel. A recepção linda e bem decorada. já podia sentir o cheiro do cloro da piscina.

“Mãe, posso ir andando para a piscina?”
“Claro, depois eu te mando uma mensagem dizendo o número do quarto.” respondeu docemente.
“Tá. Até já.” beijou a bochecha da mãe e do pai.
Deu um mergulho. Aquilo a refrescou por dentro. Ali sim, iria ter alguma paz durante uma semana, sem pensar em sentimentos, ódios e outros. Chegou ao quarto e uma fresca brisa dizia-lhe que as férias iriam correr bem... Mal sabia ela o que estava para acontecer!

A semana de férias de passou refresca e tranquilamente. Ia à piscina, dava uns mergulhos no mar, provava alguns dos melhores batidos do bar do hotel, jantava e ria com os seus pais, comprava novos top e shorts com a sua mãe e, por vezes, fazia viagens sozinha com o carro dos pais, indo até à falésia.

Era o último dia de férias, as malas estavam prontas e passava pouco das nove da noite. Quando a mãe de falou para ela no bar:
“Querida, ouvi dizer que o hotel tem uma festa hoje para adolescentes, uma espécie de club disco, sabe? Não quer ir dar uma espreitadela, não?”
“Para quê, mãe? Isso não é festa de adolescente, é festa de crianças do KidsClub” disse com algum desprezo.
“Ah, não acho isso não. Aliás eu vi bastante gente da sua idade entrando para lá.”
“Sério?” e a mulher assentiu. fez uma cara de "posso ir?"
“Vai, mas te quero no quarto à meia-noite, precisa de descansar para amanhã.”

Beijou a mãe e foi para uma sala com luz negra, que mais parecia um ginásio de liceu. Estavam cerca de 40 pessoas lá, entre eles vários garotos e garotas que pareciam ter a mesma idade que ela. Dirigiu-se à mesa de bebidas e se serviu. Um vulto apareceu ao seu lado e ela reconheceu a risada. Cuspiu a sua bebida e o garoto a olhou surpreendido.
?”
?” ela só queria desmaiar! Não podia estar acontecendo isso com ela! O cara que mais odiava e que queria tirar da sua cabeça por razões desconhecidas estava há um metro dela!
“Que você tá fazendo aqui?” perguntou ele, ainda surpreendido.
“Passando férias e você?”
“Passando férias também... Você por acaso tá-me seguindo?” e lançou um olhar reprovador “É que já não era a primeira vez, visto o que aconteceu à uma semana atrás...” algo invadiu ele e ela. Como se tivessem voltado aquela noite no pub e uma onda de confusão os perseguia
“Ah, , cala a boca!”
“Ei! Você não me manda calar, entendeu?”
, pára com isso e vamos falar!” e ela o puxou para a entrada da sala longe do barulho. Não sabia o que ia dizer mas algo tinha de dizer

“Tá, vamos resolver isso então... O que você sugere?”
A reação de era, sem dúvida, tentar perceber algum sentimento por ele, mas a confusão era tanta que preferiu esperar.
“Eu sugiro que façamos umas tréguas.” disse confiante.
“Tréguas?” não estava entendendo nem acreditando. Um dos seus ‘queima-tempos’ diários era discutir com a garota à sua frente e agora ela estava propondo as pazes?
“Sim, até as aulas começarem. Eu quero aproveitar as minhas férias decentemente, nem que seja no último dia e não é você que vai estraga-las!”
“Tréguas, hein?” e coçou o queixo, pensando. “Tá. Eu concordo. Nada de insultos.” e estendeu a mão para ela, que a apertou, cumprimentando-a.
“Ou discussões.” completou . Ficaram abanando suas mãos por algum tempo mas depois pararam.
“Vamos entrar?” perguntou ele, para a sala.
“Claro.” e foi buscar sua bebida. Bebeu-a até ao fim, sorriu e se meteu por entre a multidão, dançando, mexendo as ancas e a cintura, colocando as mãos no ar, abanando a cabeça, e sorrindo.

“Não sabia que você se mexia tão bem.” ouviu alguém dizer no seu ouvido e viu com seu sorriso safadão e reprovou-o com o olhar.
“Não se esqueça que estamos de tréguas.” disse ele espertamente. Ela riu e continuou dançando, enquanto ficou ao lado dela.
A música parou e uma mais calma foi tocada. começou olhando para os lados até que viu à sua frente, curvado e com a mão estendida. Teve um forte ataque de riso.
“Quer dançar, ?” pediu ele, sorrindo, esperançoso.
“Você sabe dançar, ?” perguntou entre risos.
“Há muita coisa que você não sabe sobre mim, garotinha” ela continuou rindo, mas depois ficou congelada e hipnotizada com o olhar dele. Era sincero, pela primeira vez.
“Uma dança...de tréguas” completou e ela aceitou a sua mão.
a envolveu pela cintura e enrolou os seus braços no pescoço dele. Ela descansou a cabeça no ombro dele. podia sentir o perfume do seu cabelo. As pernas de ambos fraquejavam. Aquela atração física que sentiam estava aumentando e eles estavam tão juntos. não percebia como ele não sentia o coração acelerado dela e receava que ela descobrisse que a sua respiração estava falhando. A música acabou e algo os atrapalhou, separaram-se.
mexia o cabelo, alisando-o e olhava para todos os lados.
“Eu já vou...”
“Ah, claro.” respondeu ela e beijou o rosto dele “Boa noite” e saiu da sala. ficou estático. Algo dentro dele dizia Faz logo isso, dude! Tá esperando o quê? Vai em frente

Determinado ele saiu da sala, viu ainda perto da porta, puxou o seu braço, pegou no rosto dela e deu-lhe um selinho demorado e doce. Ela olhava para ele sem reação, esperando uma explicação com o olhar.
“Boa noite” disse ele calmamente e viu-a subir para o seu quarto

“Bem, já podemos ir.”
e os pais estavam na entrada do hotel, colocando as malas dentro do carro. Ela olhou para trás mais uma vez: algo na noite anterior a tinha feito mudar de idéias em relação a . Abriu a porta do carro e colocou uma perna no banco, mas ouviu alguns passos na escadaria. Olhou para , que respirava freneticamente, chegando cansado da correria. Ela entrou e abriu a janela. E tudo o que viu foi o aceno e o sorriso de se desvanecendo pela estrada.



Notas


GENTEEEE! Eu nunca pensei que minha fic tivesse pessoas suficientes para continuar escrevendo! Obrigada pelo vosso apoio.
Essa 3ª parte foi mais comprida! eu gostei de a escrever, como também estou adorando escrever as outras partes.
Obrigada a todas as que comentaram.

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