By: Carol
Beta: Jú Mattos.

- Bom dia, . - gritou a amiga assim que a viu sentada na entrada da escola.
- ! - a menina se levantou para abraçá-la. - Você não vinha com o Poynter?
- Sim, ele só foi estacionar o carro. - explicou . - Seu amor já ta vindo. - ela piscou pra , que estirou a língua sorrindo, e exclamou um “Boba!” baixinho.
Enquanto a amiga ia guardar o material na sala de aula, Dougie apareceu com os cabelos bagunçados, e uma cara de sono super visível, mas sorriu ao ver . Chegou a abraçando, e tentando dar um beijo na boca dela.
- Sai pra lá, Dougie. Hahaha Bom dia, honey! - ela o abraçou forte.
- Quando é que você vai me deixar te beijar aqui? - perguntou ele, caminhando de mãos dadas com ela para a sala, e se aproximando dos amigos.
- Todo mundo sabe que a gente fica, Dougie, não precisa me agarrar na frente do colégio inteiro. Até porque, não temos nada sério, e os gatinhos vão pensar que estamos namorando, ok? - ela explicou rindo, e o fez rir de volta com olhar malicioso em sua direção.
- To ficando com ciúmes. - ele comentou, a puxando para dar uma mordidinha na orelha.
- Que que é isso? Não pode ficar se agarrando no corredor! Vou denunciar vocês. - Danny gritou de longe, aparecendo ao lado de .
- Ah claro, e vocês se agarrarem pode? - Dougie arqueou a sobrancelha pros amigos.
- É diferente, ok? Nós ASSUMIMOS que somos namorados. - deu ênfase ao falar.
- Mas nós não assumimos porque não somos, oras! - pôs as mãos na cintura. - E parem com isso, que senão rola fofoca nessa escola. Chega logo nos ouvidos da Eu-sou-loira-burra-e-me-acho-fodona, aka Rebeca.
- E você se importa com isso? - Dougie perguntou.
- Não me importo com ela, mas... pensei que você se importasse. Você quer pegar ela, que já me disse.
- Ew Dougie, que mal gosto. - deu pedala nele. - Loira azeda! Só porque tem peitões? Hunf
- Pois é, dude. - Danny concordou. - Peitão por peitão, a também tem, hein? - Dougie gargalhou, e deu um beliscão nos dois amigos.
O sinal tocou para que eles entrassem na sala de aula. e Danny teriam aula de matemática, enquanto e Dougie iriam acompanhar seus outros amigos, Tom e Harry, na aula de história.
O professor de história os liberou para o intervalo um pouco mais tarde, e ao se juntarem aos amigos, estava conversando em um canto no chão com duas meninas.
- Fala gatinhas. - Dougie sentou-se ao lado de , e a puxou para que a menina ficasse encostada entre as pernas dele. - Sobre o que estão falando?
- E aí, Poynter? - disse Ashley.
- Estávamos conversando sobre assuntos particulares. - respondeu Katie.
- Nossa, desculpa. Não ta mais aqui quem perguntou. - ele fez bico. deu um beijo na bochecha dele, para consolá-lo, e riu.
- Ah, estávamos falando de sexo. - explicou ela, e se voltou para as meninas. - Mas sabe, eu acho que se você tiver afim, o cara for legal e de confiança, não precisa também ser namoraaaado, ter compromisso sério e tal.
- Ah , peloamordedeus! Nada como você estar totalmente apaixonada por um cara, se entregar a ele e tudo mais. Ser aquela coisa romântica de primeira vez, sabe? - Ashley disse meio constrangida por Dougie estar ouvindo.
- Eu concordo com a Ash. Pros homens não tem tanta importância, mas eu acho que se tornaria mais especial. Senão você seria só mais uma, cara. - Katie apoiou.
- Que engraçado ouvir as mulheres falando assim. - Dougie comentou. - Parece até que pros homens é algo completamente diferente. Haha
- DOUGIE. - Tom o gritou de uma mesa um pouco longe. - Vamos combinar da festa, chega mais.
- Tô indo. - ele gritou de volta. - Divirtam-se com seus assuntos particulares. - deu um beijo na bochecha de , e saiu.
A menina passou o resto da manhã pensando no que Ashley e Katie haviam dito pra ela. Ela perdera a virgindade com Dougie faziam uns 6 meses. Eles estavam voltando de uma festa, e acabou rolando na casa dele. Na verdade, eles eram como amigos coloridos. Se davam super bem, mas insistiam que era só curtição, e não tinha nada demais. Porém, depois de um ano assim, as coisas estavam um pouco mais complicadas.

“TRIIIIIIM”

- Até mais, meninas! - acenou para e as outras meninas, e saiu correndo para o ponto de ônibus.
- , espera. - ela se virou, e viu Dougie correndo em sua direção. - Você não vai lá pra casa hoje?
- Vou?
- Ué, não lembra do trabalho de inglês pra amanhã? Você disse que dormiria lá em casa hoje, sua monga.
- Nossa, é mesmo!! Vou ter que ligar pra avisar minha mãe quando chegar na sua casa. Ainda tem pijama meu lá? - ela bateu com a mão na testa.
- Dá até pra se mudar. - ele rolou os olhos.
- Okay então. Vamos!

Após algumas horas de tentativas de estudo de inglês, e Dougie estavam atirados na cama de casal dele, onde o menino tentava em vão ensiná-la a tocar baixo.
- Você não treina. - ele reclamou.
- Você não me empresta o baixo pra treinar, nem vem. - ela replicou emburrada.
- É meu filho ele, você sabe. Mas quem sabe se um dia você for muito boazinha, talvez eu possa deixar contigo por algumas horas. - ele disse, mordendo os lábios.
- É? Eu posso ser má também. - ela se aproximou dele como se fosse beijá-lo. Era fim de tarde, Dougie estava deitado na cama e ela estava por cima dele. Ambos ficavam acariciando os cabelos um do outro, e ficaram se olhando por uns instantes antes de partirem para o beijo. O beijo começou tranqüilo, até que Dougie se virou, e ficou deitada na cama, e, ele meio de lado, a beijando carinhosamente, e dando umas mordidas nos lábios de vez em quando.
Eles ficaram abraçados na cama por um tempo, olhando para o teto e conversando besteiras, até que o telefone de Dougie tocou mais próximo à . Ela correu para atender, fugindo do garoto, que tentava pegar seu celular.
- Devolve, . - gritava ele, enquanto ela ria e atendia.
- Oi querida! O que você quer? AI. - ela o empurrou com os pés, e continuou ao tel. - O Dougie está MUITO ocupado no momento, ok? Eu dou o seu recado. BYE. - desligou o cel, e o jogou de volta na cama.
- Quem era? - ele pegou pra ver. - A Rebeca! Duuuude, porque você não me deixou atender? - ele estava se preparando para ligar de volta, quando notou que havia se calado, e o olhava séria. - Que foi, dude? Que cara é essa?
- Não liga pra ela, Poynter, por favor. - ela estava com uma voz triste.
- Por que não? O que houve? - ele acariciou o rosto dela. - Não faz essa cara.
- Posso te pedir uma coisa? Não fica com ela, Poynter.
- Que? Mas... como assim, ? Por que isso?
- Por favor. - ela o abraçou forte. - Eu não gosto dela. Eu tenho... - ela respirou fundo. - Eu não queria que você ficasse com ela. Só com ela, sabe?
- Bom... tudo bem, mas com uma condição. - ela o encarou esperando. - Que você também não fique com o Jake.
- Jake? Mas por que o.. - ele a interrompeu.
- Eu também não gosto dele. E não gosto do jeito que ele dá em cima de você. E então? Combinados?
- Okay, nada de Rebeca e nada de Jake. - os dois sorriram um para o outro. - Vamos então fechar o trabalho de inglês pra poder dormir.
- Vamos nada. Você faz a conclusão, enquanto eu preparo a pizza da janta! Hahaha
- Esperto você. - ela arqueou a sobrancelha.
- Não se esqueça que eu sou o homem aqui, baby. - ele a puxou pelos cabelos para dar um beijo de tirar o fôlego, e foi em direção a cozinha. se ajeitou, e foi sentar no pc.
- Não me esqueço disso MESMO. - ela gritou pra ele.
No dia seguinte eles foram juntos para a escola, e apresentaram o trabalho que haviam feito. Os dias que se passaram foram normais, apesar de parecer um pouco mais afastada dele do que de costume. Coisa que até seus amigos notaram.
- ... aconteceu alguma coisa entre você e o Poynter? - perguntou enquanto caminhavam à lanchonete da escola.
- Não.. por quê? - respondeu ela.
- Não sei, vocês estavam tão grudados, e do nada você nem anda mais de mãos dadas com ele.
- Ele não é meu namorado, ué. Só isso. - desconversou a garota, enquanto escolhia sua comida.
- Ele nunca foi, e nem por isso vocês paravam de se agarrar por aí todos os dias. - replicou.
- Ai . Pára com isso! - se irritou.
- Eu tô falando porque imagino o que houve. Foi aquele papo que você me contou com as meninas, não é? Sobre o lance da primeira vez e tal.
- Não... - virou o rosto para que a amiga não visse suas bochechas vermelhas. - Não é isso. E eu não quero falar sobre ele, pode ser?
- Ok então. Você venceu. - deu de ombros, e elas voltaram à mesa dos meninos. Dougie havia guardado um lugar ao seu lado para , como sempre fazia, mas a menina foi se sentar ao lado de Tom sob o olhar estranho de todos. Dougie olhou para como quem perguntasse “O que significa isso?”, mas a menina estava tão surpresa quanto ele.
- Você tá bem, ? - Harry perguntou à amiga ao seu lado.
- Ótima, Judd. E você? UGH DANNY! Venci a aposta, o Manchester ganhou! Quero minha caixa de bombons. - ela disse rindo.
- Mas que droga! Só porque eu ia gastar dinheiro pra comprar roupa nova pra festa da Rebeca. Pode ser depois da festa? Vaaai, deixaaa. - ele implorou.
- Você vai nessa tal festa, é? Não estava sabendo disso, Jones. - cruzou os braços.
- Amoor, nós iremos! É pra ajudar nosso amigo Judd. Ele tá afim de uma garota que vai estar lá, e a Rebeca disse que você e a estavam convidadas. - ele se explicou, dando um beijo na bochecha dela, que virou o rosto, ainda irritada.
- Sei. - ela disse.
- Quando será a festa mesmo? - Tom perguntou.
- Daqui três dias. - Dougie respondeu, olhando para o seu sanduíche na mesa, e do nada erguendo o olhar para ver a reação de . Esta continuou comendo como se nada tivesse acontecido.
Com o dia da festa se aproximando, esse era o assunto mais comentado entre seus amigos, inclusive entre , que já tinha aceitado ir à festa para ajudar o amigo. Já não queria saber sobre isso, e evitava sentar-se com eles, preferindo ficar na sala de aula lendo algum livro.
- Hey, linda. - Dougie tirou sua concentração ao entrar na sala vazia.
- Oi, Poynter. - ela sorriu.
- Tudo bem? - ele sentou-se ao lado dela, e a puxou para um abraço.
- Aham!
- Não parece. Você vai à festa da Rebeca amanhã? - perguntou, acariciando os cabelos dela, que agora estava com a cabeça encostada no peito dele.
- Não vai dar, Dougie. Meus pais marcaram um jantar com uns amigos amanhã à noite, e eu preciso comparecer. Blé! Um saco, né?
- Você jura... olha pra mim. - ele ergueu o rosto dela para que seus olhos se encontrassem. - Jura que não tem nada a ver comigo? - virou o rosto para o lado, e ficou calada. - Dude, o que tá havendo?
- Dougie, não quero falar sobre isso, ok? Eu adoro você, eu adoro estar com você, eu adoro tudo o que você faz. - ela disse.
- Então qual é o problema? Por que você não senta mais ao meu lado aqui? Por que você nunca mais me ligou? Por que você não vai a festa amanhã? - dessa vez foi ele quem virou o rosto para o lado, bufando. - Eu não entendo.
- Não tem nenhum problema, Dougie. O problema está em mim, não em você, ok?
- Mas isso me envolve também. Então você poderia, por favor, me explicar o que está acontecendo? - ele segurou nas mãos dela.
- Não está acontecendo nada. Ok? - ela disse olhando nos olhos dele. - Eu voltarei a ser como era. Prometo! É só tpm! Coisa de mulher, sabe como é...
- Hum... - ele resmungou. Ela riu da reação do menino, e foi dar-lhe um selinho, para depois o abraçar apertado. - Owww, vamos na festa comigo, por favor! Não me deixa sozinho lá! - ele fez bico.
- Eu não menti sobre o jantar! Infelizmente não vai dar, mas eu gostaria muito! - ela disse.

Não puderam conversar mais, porque o sinal logo tocou para que voltassem às aulas, e como seria prova, eles estavam liberados para ir para casa assim que terminassem. logo terminou a sua, e foi embora antes de todo mundo.
No dia seguinte, a menina esteve ajudando a mãe a preparar a comida do jantar, ao mesmo tempo em que fazia as unhas, e hidratava o cabelo. Quando os amigos de seus pais chegaram, ficaram batendo papo na sala, enquanto ela estava de bobeira e entediada na cozinha.
Até que a campainha tocou.
- Mãe, estão esperando mais alguém? - gritou.
- Eu não, querida, mas a visita é pra você, pelo visto. - sua mãe gritou de volta.
- O que quer dizer com.. - ela parou de falar ao notar que estava entrando na cozinha, arrumada para a festa.
- O que você faz aqui? - perguntou curiosa.
- Viemos te buscar pra festa. - explicou.
- Como? Você e mais quem? Eu não vou à festa.
- Vai sim! - Danny entrou em seguida. - Acabei de pedir pra sua mãe, e ela deixou. Você não tem desculpas.
- Jura? - abriu um sorriso. - AMO VOCÊS! - ela pulou nos dois amigos.
- Por nada. Agora vamos. Haha
correu para pegar sua bolsa, e seguiu os amigos até o carro, para irem à casa de Rebeca.
Assim que chegaram já puderam notar alguns bêbados caídos no quintal. O som podia ser ouvido de longe, e algumas pessoas estavam bebendo e conversando na calçada.
- Chegamos! - e Danny cumprimentaram Tom e Harry, que estavam ao lado de fora.
- Hey! - Tom sorriu e acenou aos amigos.
- Tooooom! - sorriu também. Notou que a expressão do menino mudou ao vê-la.
- ?
- Eu! Hahaha surpreso? Danny e pediram, e meus pais me liberaram daquele jantar chaaaato! - ela se explicou. – Hey, Harry!
- Hey, ! - ele disse.
- Cadê o Dougie? - ela disse, olhando para os lados à procura do menino.
- Ahm... o Dougie? - Tom coçou a cabeça.
- Lá dentro dançando. - a menina que estava de mãos dadas com Harry respondeu.
- Aw... obrigada. - sorriu, e foi correndo para dentro da casa procurar o menino. foi com ela. Tinham tantas pessoas dançando no meio da sala, que estava difícil achá-lo. Foi quando, de repente, ela sentiu uma pontada em seu coração, que nunca havia sentido antes na vida. Sua reação ao ver Dougie beijando uma amiguinha de Rebeca foi, por um momento, ficar paralisada, e, em seguida, sair correndo para fora da casa novamente.
- DOUGIE. - gritou, o que fez o menino parar o beijo e olhar em sua direção. já havia saído. - A .
- A ? O que tem ela? - ele gritou de volta.
- Estava aqui há 5 segundos.
- O que??
O menino saiu correndo junto com para alcançar , mas ela já estava ao lado de fora da casa, abraçando Danny.
- Por favooor, me leva de volta, Danny! Peloamordedeus, não quero ficar aqui. - ela chorava no colo do amigo.
- Mas o que houve, dude? - Danny estava sem entender, e apenas a abraçava de volta.
- ME LEVA, DANNY! ANDA! Por favor, eu te peço! - ela soluçava.
Dougie chegou ofegando.
- , dude.... me escuta. Vamos conversar... não chora... - ele tentava soltá-la de Danny.
- SAI DAQUI, DOUGIE! - ela gritou, chorando.
- Dude, sai. - Danny disse sério ao amigo.
- Mas Jones, eu preciso me explicar. Eu tenho que conversar com ela. - disse o garoto em desespero.
- Não me importa, Dougie. - Danny retrucou. - Não vê que ela não está em condições de conversar contigo agora? Não piora as coisas. Eu vou levá-la em casa, e você pára de fazer merda.
No caminho de volta pra casa, só chorava em silêncio, olhando pela janela.
- Chegamos. – Danny disse com a voz falha, assim que parou o carro.
- Obrigada, Jones. – ela ia saindo, quando o menino a parou.
- Se cuida, ok? – ela deu um sorriso amarelo, e o abraçou.
- Obrigada. Diz pra não se preocupar... eu tentarei ficar bem. Prometo.

Na semana que se seguiu, Poynter tentou inutilmente falar com para se explicar. Se antes ela estava afastada dele, agora nem mais dirigia a palavra. Foram cinco dias assim, até que o menino resolveu prendê-la literalmente contra a parede, para tentar conversar.
- Sai da minha frente. – ela disse.
- Só depois que você me ouvir.
- Dougie, não piora as coisas, ok?
- Eu só queria poder me explicar... eu não entendo nem porque você ficou assim. Você adorava dizer que não éramos namorados. Não era a Rebeca... – ela sentiu que as lágrimas iam começar a cair, e o interrompeu.
- PÁRA DOUGIE! – ela gritou. – Temos que voltar pra aula. Daqui a pouco o fiscal chega aqui.
- Nunca vem fiscal no corredor dos banheiros das meninas. – replicou ele. – Não sei por que você não me deixa falar. Uma hora estávamos tão bem, e depois você resolveu me ignorar. Aí fala que ia voltar a ser o que era, e...
- DOUGIE... CHEGA! Eu não quero mais nada com você. Eu não posso lidar com isso. – ela começou a chorar, enquanto ele a ouvia com atenção. – Não era pra nada disso acontecer, ok? Nós éramos apenas bons amigos, que nunca quiseram compromisso sério com ninguém tão cedo. E aí... aí a gente decide que é legal ficar por diversão, MERA DIVERSÃO... não passava disso, não é?
- O que você quer dizer?
- Quero dizer que a gente não deveria ter chegado nesse ponto! O combinado era não se envolver... e olha onde nós estamos? Discutindo uma relação idiota que não deveria existir! Eu não quero perder sua amizade, Dougie! E não quero sofrer por você. Não quero sentir ciúmes quando te vejo com alguém, porque nunca senti isso antes. Não quero isso, não era pra ter acontecido isso... e eu preciso de tempo pra deixar essa parte no passado, tá bom?
- ... você... – ele gaguejava. – A gente precisa conversar direito...
- Não tem conversa. – ela limpou as lágrimas. – Você acha que é fácil, né? Porque afinal... o que eu sou pra você? Hahaha “olha, eu tenho sexo sempre que eu quiser”. – disse debochada. – Enquanto que querendo eu ou não, você já é inesquecível na minha vida.
- Você não sabe do que tá falando... nossa... não acredito que to ouvindo esse monte de bobeira. – ele pôs as mãos na testa.
- Chega. A conversa já acabou. – ela se desviou dele, e saiu correndo em direção a sala.
Para sua surpresa, Dougie não tentou falar novamente com ela naquela manhã. passou o dia pensando em todas as coisas que estava sentindo, e no que queria de fato fazer sobre sua relação com o amigo.
Ela estava em seu quarto ouvindo Green Day, quando sua mãe bateu na porta.
- Fala, mãe. – disse sem ânimo.
- Visita pra você lá na porta. Põe o casaco, porque tá frio lá fora. – a mãe dela anunciou e saiu.
se levantou sem vontade, colocou um casaco que Dougie havia lhe dado no último aniversário, e desceu em direção à porta. Ficou vermelha quando viu o rapaz parado do lado de fora.
- O que você veio fazer aqui?
- Vim te convidar pra tomar um cappuccino na Starbucks. Vamos?
- Ok... Mãe, vou com o Poynter na Starbucks aqui da rua.
“Leve seu guarda-chuva”, gritou sua mãe de volta.
- Ok.
Os dois foram a pé, calados na maior parte do tempo. Estavam pensativos, mas confortáveis na presença um do outro. O silêncio parecia falar por eles.
- Então... – Dougie foi o primeiro a falar. – Quero conversar com você.
- Hm...
- Podemos sentar no parque por um instante? – pediu ele.
- Tudo bem, mas pode chover a qualquer minuto.
- Por isso você trouxe o guarda-chuva. – ele piscou pra ela, que o acompanhou até um banquinho próximo.
- Dougie, eu... – ele a interrompeu.
- Espera... deixa eu falar antes. Hoje você falou um monte de coisas já, e eu te conheço suficientemente bem pra saber o que tá se passando com você. – sentiu seu coração disparar com o comentário, e apenas ficou o encarando e aguardando. – ... em primeiro lugar não existe essa de primeira vez e diversão. Não existe isso de um ser inesquecível ou esquecível. Não importa se você não foi a minha primeira vez, mas você foi e é bem mais especial do que qualquer outra mulher que eu já conheci. Poxa, você me conhece... quando é que eu ao menos fiquei com uma garota por mais de hm... 5 vezes?
- Eu... – ele a interrompeu de novo.
- Não se sinta sozinha nisso, minha linda. Você não é a única que ficou na dúvida sobre o que estava sentindo. Você não é a única que se envolveu demais. Nós havíamos combinado de não nos apaixonar, nem nos envolver sentimentalmente... mas pelo visto não tem regras nesse jogo de amor, né?
- Dougie... você...
- Shhh! Por favor, me deixa falar. Eu preciso desabafar... – ele pediu, a olhando nos olhos. – Eu realmente queria que você fosse àquela festa, mas ao mesmo tempo estava pensando no que sentia por você, e sobre nossa relação, e aonde isso iria chegar. E se sua reação foi se afastar, a minha foi ficar com outra pessoa. Eu precisei disso pra ter certeza do que queria, entende? Eu sei que é a justificativa mais patética e covarde que existe, mas é a verdade. E minha intenção nunca foi te magoar, e eu peço desculpas por isso.
- Dougie, o que houve com a gente? – começou a chorar, e foi abraçá-lo.
- A gente só se apaixonou, eu acho! – ele riu sozinho do comentário. – Me escuta... Olha pra mim... – ela o fez – Eu sei o quanto nós temos medo de compromissos sérios, mas eu estou disposto a tentar.
- O que você quer dizer?
- Quero dizer que o que sinto por você é mais forte do que o meu medo de relacionamentos. E que não quero que você fique com o Jake, e com nenhum outro que não seja comigo.
- Calma... deixa eu processar isso. – ele riu de novo – Você quer dizer que...
- Sim, que quero finalmente ser seu namorado oficial, e te beijar na frente da escola inteira. – agora foi a vez dela de sorrir.
- Não sei o que dizer! Eu... nunca pensei que isso fosse acontecer. Eu e você... nós...
- Eu sei... nem eu... – ele piscou pra ela.
- Dougie, eu.... eu...
- Você...? – ele incentivou.
- EU AMO VOCÊ! – ela se jogou nos braços dele.
- Também amo você, minha linda. E nossa, dá um alívio tão grande dizer isso em voz alta. Hahaha
- Dá até vontade de dizer de novo. – ela concordou.
- Fique a vontade... ouvir de novo deve ser legal também! – os dois riram.
- Eu te amo, eu te amo, eu te amo...
- Então você aceita ser minha namorada oficial?
- E desfilar de mãos dadas na frente da Rebeca e tudo mais. – ela disse.
- hahahaha mulheres! Eu poderia ajudar com um beijo também, se quiser.
- WOW isso seria demais!
- Então... cappuccino pra comemorar? – ele deu um selinho nela.
- Só se for com bastaaaante chantilly!

“De alguma forma sobrenatural, sempre será eu e você.”
“Almas gêmeas.”
“O que nós temos vai além de amizade, além de amantes. É para sempre.”
“Eu amo você.”
”Eu também te amo”.
(Dawson’s Creek – última temporada)

FIM



N/A: E aí, gente? Espero que tenham gostado da fic. Eu, apesar de ter meus momentos de atacar o nada-coitadinho do Poynter na comu das fãs de esquerda, sou uma Poynter com orgulho. *suspiro* E depois de alguns momentos groupies, resolvi escrever essa pequena e simples fic para minha cara amiga Júlia. Outra Poynter, por sinal! WTF? Só tem Poynters nesse mundo! hahahaha Gente esperta! (há controvérsias, mas enfim.. lol)
Espero que gostem! ;D
Ps: Posso fazer merchan aqui? Que tal lerem a coluna "Right to Write", feita por mim e pela Jú Mattos? Estamos preparando várias dicas pra vocês escreverem ótimas fics! ;)
bjs


Nota da Beta:
Já que a Carol fez a nota de autora dela, vou fazer a minha de beta. Nem pedi permissão porque eu sei que eu que mando nela, então ela não tem alternativa! =P Love you, Carol.
E sou Poynter com orgulho!! Sei que ultimamente estou enchendo o saco com minha crise Gerard Way (btw, tudo culpa da senhorita Viviane --')...
Ainda tenho fé que um dia você escreverá minha tão sonhada fic Poynter/Way *____*
Bom, leiam nossa coluna no site! We love you all!!
Beijos, Jú.

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