Fic por: Minhoca & Tamy*Lokinha
Revisão: Abby


Capítulo 1

Saiu da sala de provas como se desfilasse pelo corredor, balançando os cabelos loiros. As unhas combinando com a camiseta do uniforme, a bolsa da mesma cor que as sandálias de salto. Parou em frente à máquina de refrigerantes. Obviamente, para tomar coca-light. Não queria engordar.

Antes que pudesse abrir a bolsa, um dos jogadores de futebol que estava no pátio colocou a moeda na máquina e sorriu para ela, quase desmaiando ao receber outro sorriso como resposta. Pegou acoca-light e desceu a rampa, acenando para todos que encontrou pelo caminho. Na verdade, eles faziam questão de cumprimentá-la, todos na esperança de se tornarem tão populares quanto ela.

Viu uma roda de garotos do terceiro ano e imaginou que a amiga estaria no meio. Ao se aproximar, todos lhe deram passagem e ela caminhou calmamente até a fonte de todos aqueles olhares.

- ! – disse a loira.
A baixinha virou a cabeça e sorriu para a amiga.
- – disse , afastando-se de todos os garotos e indo em direção a ela.
- Como foi na prova?
- Suponho que muito bem – disse, passando a mão entre os fios dos cabelos castanhos e ajeitando a franja impecável. – Kevin fez questão de fazer a prova para mim.

As duas caminharam até o refeitório. Avistaram e sentadas na mesa de melhor localização. lia uma revista sobre moda, enquanto passava lápis no olho com o auxílio de um pequeno espelho. e cruzaram o refeitório em direção às duas amigas.

Ao passarem por uma mesa ao lado do lixo, não pôde evitar sorrir. Quatro garotos estavam sentados à mesa, e ninguém parecia ter notado a presença deles ali, ao contrário do que sempre acontecia com as quatro garotas. Douglas, Daniel, Thomas e Harold. Elas, principalmente , tinham motivos de sobra para odiá-los.

Foi por eles que elas se tornaram daquele jeito.

***

Numa sexta-feira comum, no fim do ano passado, tudo mudou.

havia acabado de levar, mais uma vez, uma advertência por usar uma camiseta do blink em vez do uniforme escolar. A garota saiu da sala do diretor encarando o all star detonado e pisando na barra de sua calça, dois números maiores.

Danny pulou em suas costas, mordendo sua bochecha, e ela segurou as pernas do garoto.

- Hey! – a garota gritou – Pode ir parando, Jones! Eu sou uma garota comprometida. – ela disse, soltando as pernas dele e o fazendo escorregar até o chão.
- Garota? Eu sempre achei que você fosse o garoto da turma.
deu um pedala em sua cabeça e ele mostrou a língua.

- Advertência? – Danny perguntou.
- Sim.
- Ah, não, ! Você jurou que nós dois íamos tingir o uniforme do time de basquete de rosa juntos!
- Não foi por isso, besta. É por causa da camiseta.
- Você nunca usa uniforme – ele riu.
- Não mesmo.

Os dois entraram na sala de aula e avistaram seis pessoas sentadas no fundo.

- Hey – disse, colocando a mala em uma das carteiras.
Não se surpreendeu por ninguém tê-la respondido. Harry e estavam na maior gritaria. havia “roubado” uma das pulseiras de Harry, que queria de volta.

- Você tem trezentas pulseiras no seu pulso, Harold! – gritava.
- Mas essa é especial! Devolve, porra!

Tom e assistiam à cena comendo pipoca e fazendo comentários, como se estivessem vendo Star Wars. estava com o fone do iPod no ouvido, balançando a cabeleira loira para frente e para trás. Danny tirou pegou um dos fones e colocou em seu ouvido, começando a cantarolar a música.

Dougie estava sentado na mesa atrás da carteira de , lendo uma revista sobre répteis. puxou a revista, sentando-se entre as pernas do garoto e encostando cabeça em seu ombro. Dougie sorriu e beijou a namorada.

- Vocês vão para a festa de formatura hoje? – perguntou Dougie, passando os braços em volta de e entrelaçando seus dedos com os da menina.
- Nós vamos juntas – disse – E provavelmente vamos chegar atrasadas, porque quem vai levar a gente vai ser o pai da . – sussurrou, para que a amiga não ouvisse. Mesmo que ela falasse em alto e bom som, não tomaria conhecimento. Estava numa discussão interminável com Harry.

Os garotos voltaram às atenções para abriga de e Harry. Os dois estavam caídos no chão. Ele tentava tirar a pulseira do braço dela enquanto ela o afastava com o pé direito em sua bochecha.

“Amigos para sempre”, é o que prometeram um ao outro. Mas mal sabiam que tudo mudaria naquela festa.

Capítulo 2

Depois de seis aulas cansativas e bem aproveitadas para dormir, falar mal de uma boa parte da escola, desenhar no caderno e colocar o papo em dia, o sinal bateu. Saíram mais que depressa, não viam a hora de se livrar da escola.

- Hey, que tal a gente ir tomar um sorvete? – perguntou feliz – Tô morrendo de vontade de tomar aquele sunday de chocolate com baunilha e um monte de nozes em cima.
- Ai, eu te acompanho, ... – respondeu com água na boca – ... mas eu prefiro aquele sorvete triplo lá, com cobertura de morango e caramelo. Aquilo é uma delícia.
- Desse jeito vocês vão engordar, hein! – falou rindo.
- E eu me preocupo com isso?! – respondeu rindo mais ainda.
- É verdade, . Você tá parecendo aquelas patys fúteis do colégio. – falou segurando oriso.
- Eu? Como assim? Eu, paty? Vão sonhando. – falou derrubando no chão e dando soquinhos na garota .
- Andem logo! – Gritaram os quatro garotos que só riam com a cena.

Eles foram pra sorveteria, lá era o “point” dos jovens daquela idade. Tomaram seus sorvetes, satisfizeram suas vontades e foram pra suas casas, menos , que havia ido para casa da .

Quando faltava uma hora para a festa, resolveram se arrumar. Elas não eram garotas que precisavam de um dia todo pra ficar bonitas. Ambas colocaram bermudas jeans com bordados (só pra ser uma coisa mais social, já que elas não ousariam colocar vestido de jeito nenhum) e deram uma “caprichada” com as blusas.

vestia uma preta um pouco decotada, frente única e os cabelos soltos e uma azul turquesa cruzada nas costas e na cabeça um rabo de cavalo. Ambas colocaram seu melhor all star. Não, o all star elas não deixavam de usar em hipótese nenhuma. A maquiagem era básica: um lápis preto bem reforçado no olho, uma sombra preta e um gloss pra dar um toque especial na boca.

Como já era esperado, ficaram uma hora esperando o pai de chegar, e depois se dirigiram ao baile mais esperado do ano e o que seria mais lembrado por elas, principalmente por .

Chegaram lá, estava tudo lindo, a musica já estava tocando e animando a galera, as luzes e a decoração davam um ar de magia na festa. Quando entraram, sentiram vários olhares de reprovação cair sobre elas. Nenhuma das garotas da escola se conformava em ver garotas usando jeans (bordado e social, mas jeans) e all star numa festa de formatura.

Encontraram logo que entraram e ela estava com uma cara, digamos, estranha.
- , que houve? – perguntou.
- Ah... É que, tipo... – tentava explicar.

estava nervosa, não sabia por quê, mas seu coração batia forte. Alguma coisa estava errada. Começou a se embrenhar no meio da multidão, seguida por , até que parou. Ela não estava acreditando no que ela estava vendo. Como aquilo era possível? Sentiu vontade de chorar, e isso não era comum pra ela.

Dougie levantou a cabeça ofegante após terminar de beijar Lucy, mas seu sorriso murchou assim que sentiu alguém cutucar seu ombro e se virou. Viu com uma cara de ódio e dor.

- , não é o que você tá pensando... Eu... Tipo... Sabe... – Tentou se explicar.
Não teve tempo de concluir. Viu o punho fechado de aproximando-se de seu rosto e logo estava caído ao chão, com o nariz sangrando e humilhado por ter levado um murro de uma garota que devia ter metade de seu tamanho.
- Você é um falso, e você... – apontou pra garota – ... você é uma piranha, biscate e...e... Ah... Por que eu tô falando com você? Que bosta, Dougie, você vivia falando que odiava essa bruaca e agora tá aí, engolindo ela? – estava vermelha – ACABOU! Se acaso você não tenha sacado isso! – se virou pra amiga que havia a seguido – Vamos embora, ? Essa festa já deu!
- Vamos! – falou a amiga, imaginando como devia ser pegar o namorado com outra. – Ainda bem que não tenho namorado – sussurrou pra si mesma.

e também abandonaram o baile e foram todas pra casa de para apoiá-la nesse momento.

Capítulo 3

Harry ouviu a gritaria e um amontoado. Barraqueiro de plantão, correu para ver o que acontecia. Danny e Tom o seguiram, e os três encontraram Dougie saindo do amontoado de pessoas, com o nariz e a camisa ensanguentados.

- Caralho! – gritou Harry – O que aconteceu?
- Aquela nanica – Dougie disse, tentando limpar, inutilmente, o sangue na manga da camisa – Me deu um murro na cara.
- A Lucy? – perguntou Tom.
- ÓBVIO que não, Tom! A !
- Seu nariz está sangrando muito, dude – disse Danny – Será que você não quebrou?
- Não duvido – Dougie murmurou, jogando-se em uma cadeira ao lado.
- Vamos para o hospital. Eu peço para o meu irmão levar a gente – disse Danny. Dougie assentiu com a cabeça e os quatro saíram da festa.

- O POYNTER ME PAGA!
estava sentada no chão de seu quarto, rasgando em milhares de pedacinhos todas as fotos que tinha com Dougie. Uma por uma.
, e assistiam a cena, sentadas na cama da garota, sem saber o que fazer, sem saber o que falar, quando o celular de vibrou.

- Tom – ela murmurou para e , de modo que não pudesse ouvir. As três se dirigiram para fora do quarto, deixando ter seu ataque de nervos em paz.

- Alô? – atendeu .
- Porra, ! – gritou Harry – A quebrou o nariz do Dougie!
- Fico feliz que ele não tenha saído ileso dessa – disse, sarcasticamente.
- Você é doida? Ela o machucou!
- E ele a traiu! Foi merecido, Harold.
não aguentava mais ouvir. Passou o telefone para e, do outro lado da linha, Harry passou o telefone para Danny.

- Meu – disse Danny – , vocês tem que entender que a Lucy é gata. Nenhum garoto em plena sanidade mental diria “não” para ela.
- Não é questão de ela ser bonita! O Douglas ficou com ela porque ela é popular.
- Você acha que é nisso que a gente pensa? Em ficar popular?
- Só pode ser!

A gritaria no telefone começou. SEMPRE que eles tocavam no assunto “popularidade”, eles brigavam. Os quatro garotos eram realmente bonitos, talvez os mais bonitos da escola. Mas as garotas não olhavam para eles, simplesmente por não serem populares.
As garotas também não deixavam a desejar. Eram muito bonitas, mas não achavam isso importante e não se preocupavam se eram atraentes o suficiente para os demais meninos.

O telefone de passava demão em mão entre as meninas, e o de Tom entre os meninos. Até que uma mão, que não estava na briga pelo telefone, pegou o telefone de e o desligou na cara de Harry. Era .

A mão trêmula segurava o celular ainda no ar e os olhos inchados de quem segurava o choro encarava cada uma das amigas.

- Eles gostam de garotas populares, certo? – ela disse, com a voz rouca – Então é isso que eles vão ter. Cada um deles vai se arrepender amargamente do que fizeram para nós hoje, meninas. Vai ser algo que eles jamais se esquecerão.

E as palavras de não foram em vão.

Capítulo 4

Logo que acordaram, as garotas já estavam com o plano armado e ninguém, absolutamente ninguém ia conseguir detê-las, porque quando elas colocavam uma coisa na cabeça, coitado de quem pensasse em tirar.

- Garotas, o que nós vamos fazer hoje? – perguntou com um sorriso maroto e uma cara engraçada.
- Shopping! – berraram as quatro juntas balançando e tocando as pontinhas dos dedos uma das outras.
- Ahahaha, se a gente continuar assim, vamos chegar ao nosso objetivo antes do esperado! – falou morrendo de rir com as amigas.
- Bem isso, garota... – concordou.

Saíram e foram para o principal shopping da cidade. Andaram um pouco e resolveram entrar numa loja que parecia ter o que elas queriam. Começaram a procurar nos cabides. Pegaram de tudo: saias, vestidos, blusinhas, calças (que não eram jeans) e foram para os provadores.

- Ahahaha. – as outras três riram vendo sair do provador com uma saia jeans na metade da perna e uma blusinha rosa bebê cheia de babadinhos. Quando a garota se viu no espelho, começou a rir também.
- Nossa! Como aquelas garotas têm coragem de usar isso? – perguntou vestindo um vestido pink com umas borboletinhas na barra.
- Sei lá, mas a gente vai ter que aprender a ter coragem pra isso. – respondeu , que usava uma saia de seda azul bebê e uma blusa rosa pink.
- Tudo por minha causa, né? – perguntou vendo as amigas abrirem a boca pra culpar ela.
- É – respondeu. – Só porque a gente te ama! – falou, fazendo careta ao se olhar no espelho.

Passaram a manhã e a tarde inteiras no shopping. Compraram coisas que elas nunca sonharam que iam usar, entre elas, salto alto e revistas de moda!

Voltaram pra casa. Dessa vez a de , porque os pais da garota haviam ido viajar e elas teriam mais “liberdade”.

- Bom, a gente só vai precisar fazer isso na escola e na frente da turma, né? – Perguntou com medo que a resposta fosse “não”.
- Sim! – respondeu , deixando aliviada – , mas a gente precisa entrar de cabeça nesse plano. Aqueles $@%¬&!&*&?%# (não apropriado para certas idades) vão ver com quem eles mexeram.
- Bem isso – concordou .
- Yeap! – foi só o que falou, antes das quatro começarem a abrir as sacolas e pegar os saltos, para elas treinarem para não fazer feio.

Capítulo 5

Finalmente chegara a hora de por em prática todo o treinamento das férias. As garotas estavam dentro do carro do pai de . Assim que viram Harry, Dougie, Danny e Tom entrarem no prédio, todas saíram do carro. Queriam que eles fossem os últimos a verem a mudança.

Desejo dos meninos e inveja das meninas. Foi o que as quatro amigas atraíram ao entrar na escola. Andavam perfeitamente com o salto alto e balançavam os cabelos atraindo o olhar de todos à sua volta.
- Bonita sua blusa, – disse Claire, uma das garotas do cursinho.
As garotas sorriam e acenavam para todos que as olhavam. O plano estava dando certo.

- Eu levo seu material – Jason disse para , que colocou o material cuidadosamente nos braços do garoto. Aquilo era realmente novo para ela, que nunca ligava dos livros estarem amassados. Mas tinha que confessar que estava gostando de ser bem tratada.

dava dicas de como combinar as roupas para as garotas do primeiro ano. Elas ficaram surpresas em como azul bebê e pink estavam em perfeita harmonia na roupa da garota.

passou pela diretora e se surpreendeu com o olhar de aprovação dela. Pela primeira vez, não levaria uma advertência por não usar uniforme. E também não precisaria aguentar o peso de Danny sobre suas costas.

Na sala, as meninas avistaram os quatro garotos. e que estavam à frente de e , olharam para trás e sorriram. Sabiam o que fazer, e tudo estava perfeito.

foi à frente. Jason empurrou Dougie e Harry para abrir passagem para a garota. passou pelos quatro garotos, parando em seguida na frente de Jason, sorrindo encantadoramente enquanto pegava seu material.

- Mas que diabos...! – ela ouviu Harry murmurar.
sentia o olhar dos quatro nela. Jason empurrou um garoto que estava sentando no lugar em que as meninas costumavam sentar, e acenou para que a garota fosse até a carteira, agora vaga.

entrou na sala rodeada de garotas, que elogiavam suas roupas e seu cabelo. A atenção de Danny, Tom, Harry e Dougie voltou-se para ela. Ela deu seu melhor sorriso ao passar por eles e agradeceu a todas pelo elogio, prometendo dar o número de seu cabeleireiro.

O olhar dos meninos voltou-se para , que junto com Claire, lamentava o fim das Spice Girls e comentava sobre o novo penteado de Victoria. Desde quando Claire, uma garota conhecida por esnobar os considerados “losers”, acompanhava alguém até a sala? E desde quando Claire acompanhava até a sala? Até onde os garotos sabiam, eles e as quatro meninas eram considerados “losers”. Pelo menos até o fim do ano passado.

respirou fundo antes de entrar na sala. Não quis a presença de nenhum dos garotos que a perseguiram até ali. Entrou sem ninguém. Parou entre Tom e Dougie e levantou a perna para arrumar a tira da sandália de salto, balançando os cabelos, que foram a centímetros do rosto de Dougie. Depois, desviou dos garotos da sala que tentavam chamar sua atenção e sentou no lugar de sempre: ao lado de e atrás de .

Os quatro garotos se encararam por alguns segundos, buscando respostas, quando o professor entrou na sala e eles foram obrigados a sentar. Como de costume, estavam atrás das garotas.

- Elas estão usando saia! – sussurrou Tom, incrédulo.
- E salto alto – disse Danny, olhando para os pés de .
- Elas não estão normais – murmurou Dougie, fazendo pouco caso.
- Não estão mesmo – disse Harry, enquanto prestava atenção na conversa das garotas, arqueando a sobrancelha – Desde quando a acha o Kevin “um amor”?
Harry deu um salto quando o professor bateu com a régua emsua carteira e todos ficaram em silêncio o restante da aula. O sinal bateu e suspiros de alivio invadiram a sala.
A noticia de que Dougie havia traído com Lucy jáhavia se espalhado pela escola. Mas ao contrário do que se imaginava, os garotos continuavam “losers” no fim da semana. A diferença é que eles passaram do grau de “ignorados” para “odiados”, e as quatro garotas, que antes eram suas amigas, eram as mais populares da escola.

Capítulo 6

O sinal bateu anunciando o fim da 6ª e última aula. As garotas foram as primeiras a sair, sendo seguidas por pelo menos metade dos jogadores de futebol da escola, mais os nerds e o resto dos garotos. Eles queriam de todo jeito a atenção delas.
- Hey, ! – Jason chamou.
- Hey, honey. Eu estou um pouco atrasada, sabe. – falou olhando para seu relógio. - A gente podia se falar mais tarde? – respondeu do jeito mais “fofo” possível.
- C-claro! Hm, você não quer uma carona? – perguntou nervoso.
-Não, obrigada, a gente já tinha combinado com o Peter de ir embora com ele. Fica pra uma outra hora, tá, chuchu?!
-T-tudo bem! – falou desanimado.
- Ok, então. Beijos – respondeu mandando beijinhos no ar e jogando os cabelos longe do rosto, deixando o garoto com um sorriso idiota na cara.

- ? – gritou uma garota do 1º ano chamada Anne.
- Fala querida – e sorriu.
- é, tipo, eu vou dar uma festa sabe... e... eu queria que você e suas amigas fossem, pode ser? – entregou quatro convites.
- Claro. Eu só tenho que ver minha agenda sabe, se eu não tenho nada marcado e também preciso falar comas meninas, mas farei o possível pra ir.
- Obrigada. – Anne disse tímida – Ah, você é demais! – falou antes de a garota acenar um tchauzinho e dar as costas.
- Que tá acontecendo, dudes? – falou Harry depois de ver a reação de e no corredor.
- Sei lá meu, elas não são assim – respondeu Tom.
- Será que elas foram abduzidas? – perguntou Danny.
- Devem ter feito lavagem cerebral nelas! – Dougie concluiu elevou um pedala dos três amigos – Hey, por que vocês bateram em mim? Quem apanha é o Jones! – falou indignado, mas ninguém respondeu.

- Garotas. Estou completamente satisfeita com vocês. Começaram o ano com o pé direito, estão de parabéns! – a diretora falou.
- Obrigada. Nós não temos idéia de por que éramos tão estranhas antes. Péssimo! – falou passando as mãos em seus cabelos.
- Pois é, mas vocês mudaram, por isso vou lhes dar esses convites para um show do Green Day naquele pub lá, o “área VIP” – a diretora sorriu – era pra eu fazer um sorteio, sabe, mas eu prefiro dar pra vocês de presente.
- Obrigada mais uma vez, mas precisamos realmente ir, o Peter ficou de nos dar uma carona e já deve estar nos esperando. – falou virando as de costas e andando.
- Tudo bem, eu... – a diretora tentou, mas acabou falando sozinha – Adolescentes! – pensou.

Pegaram carona com o Peter. foi sentada no banco da frente se olhando constantemente no espelhinho que tinha na bolsa enquanto o garoto a cantava descaradamente e tentava “arranjar” as outras para seus amigos. Atrás foram as outras três. e dividiam o iPod e escutavam Spice Girls e folheava uma revista de adolescentes. Não demorou 10 minutos e já estavam todas na casa de . Agora eram seus pais que haviam ido viajar. Desceram do carro e acenaram para Peter que arrancou com o carro as fazendo soltarem gritinhos. Quando ele já estava longe...

- Credo meu, vamos entrar logo que eu quero me livrar dessa saia e desses saltos – falou correndo pra dentro.
- é verdade. Meus pezinhos estão acabados. – falou indo atrás de .
- Affe, não aguento mais sorrir pra todos. Popularidade cansa. – falou e sorriu apenas concordando com a cabeça.

Elas tiraram as roupas das suas “segundas personalidades” e vestiram suas camisetas de bandas, largas e confortáveis, com suas bermudas dois números maiores com suas havaianas coloridas. Ligaram o som no último volume e começaram a escutar Simple Plan. Foram até a cozinha e pegaram todo tipo de porcaria pra comer: bolacha recheada, bolo, sorvete e é claro pipoca, já que elas iam assistir “De volta para o futuro” mais uma vez, como nos velhos tempos.

Ao mesmo tempo, na casa do Harry os meninos faziam a mesma coisa, tirando escutar Simple Plan.
- Hey, eu tô chocado. – Dougie falou.
- é, cara, tem alguma coisa errada aí! – Danny falou.
- Concluiu isso sozinho, dude? – Tom perguntou pro Danny, que mostrou o dedo do meio.
- Putz, depois dessa, minhas chances com a que já eram QUASE nulas passaram a SER NULAS – Harry disse cabisbaixo acabando com a “briga” de Tom e Danny.

O dia passou tranquilo, nas duas casas. Os meninos inconformados e as meninas só curtindo o tempo que elas podiam ser elas mesmas e não as patys super máster blaster queridas e bajuladas por todos os garotos e odiadas por todas as garotas, principalmente por Lucy que havia perdido seu posto para a .

Capítulo 7

- Vamos chegar todas juntas na festa, então? – cochichou para as meninas, no meio da inútil aula de redação no dia seguinte.
- Vamos – disse – Mas deixa que o pai da leva a gente.
- A gente vai chegar atrasada – resmungou .
- Meu pai nem demora tanto assim, tá? – disse .
- Mas essa é a intenção – disse, rindo da cara que havia feito.
- é? – perguntou , sem entender nada.
- Eu li naquelas revistas idiotas que somos obrigadas a ler na hora do intervalo. Diziam que é chique chegar uma hora atrasado – riu.

O sinal bateu e antes que os garotos corressem para as carteiras das meninas, quatro meninos se aproximaram.

- Oi, meninas – disse Danny.
As garotas apenas ignoraram.
- A gente também foi convidado – disse Tom, balançando o convite da festa de Anne bem no nariz de .
- Vocês vão ignorar a gente, é? – perguntou Harry.
- Vocês estão bravas? – Danny perguntou e bufou.
- Ou só querem provocar a gente? – Dougie disse, encarando , que lixava as unhas.
- Ai meu Deus! – disse, colocando uma das mãos no rosto – Será que vocês DES-CO-BRI-RAM?

Os quatro sentiram como se um raio caísse bem em suas cabeças.

- Eles estão atrapalhando vocês, meninas? – perguntou Kevin, aproximando-se com o restante do time de futebol.
- Não se preocupem – disse – Eles já estão de saída, né?
- Claro! – disse Danny, se afastando e sendo detido por Dougie.

- A gente fica onde a gente quiser – Dougie disse, encarando Kevin – A escola não é delas.
- O que você pensa que está fazendo? – sussurrou Tom.
- Eles vão espancar a gente, dude – Harry sussurrou, preocupado com a cara de irritado que Jason fazia.
- A , que tem metade da sua altura e que nos últimos tempos tivemos a certeza de ser uma garota, quebrou seu nariz – Danny sussurrou, tentando desvencilhar seu braço de Dougie – Imagina o que esses caras podem fazer.
- Eu sei que posso quebrar esse Kevin no meio – Dougie disse, decidido.
- Ah é? – Harry sussurrou – Quem te falou isso? Vozes do além?
- Eu vou fazer isso – Dougie disse, avançando.

levantou-se da carteira e ficou entre Dougie e Kevin.

- Kevin, chuchuzinho – ela disse, sorrindo – Não perca seu tempo com bobagens, não. Ele só quer bater em você – encarou Dougie e arqueou uma das sobrancelhas – Para ficar popular.- Você tem razão – disse Kevin, perdido no sorriso da garota – é um loser mesmo – ele riu. Dougie fuzilou com os olhos e o fatodela não parar de sorrir o irritava mais ainda.
- Você me paga! – ele murmurou, com os dentes cerrados.
- Você já está me pagando, Douglas – disse, calmamente, como sorriso ainda no rosto – Não pense que eu esqueci a festa de fim de ano.

Dougie virou-se bufando, o rosto vermelho de raiva, e os outros três o seguiram. Finalmente livres dos garotos e triunfantes com a vitória, as meninas saíram da sala, seguidas pelo time de futebol, que não se cansavam de fazer elogios.

- Esse Douglas é infantil mesmo, hein – murmurou Kevin.
As garotas olhavam na direção em que o capitão do time olhava. Dougie beijava Claire, praticamente engolindo a garota, sem se importar onde estava ou quem estivesse olhando. respirou fundo e fechou os olhos, abrindo logo em seguida para verificar quenão era fruto de sua imaginação. Respirou fundo mais uma vez e fez algo que ninguém, talvez nem mesmo ela, imaginava. Beijou Kevin.

Capítulo 8

- Uau, garota. Nunca pensei que você fosse fazer isso – falou com cara de espanto.
- Nem eu. Beijar o Kevin? – arqueou a sobrancelha – Você deve ter ficado muuuuuuuito irritada mesmo!
- Sim, eu fiquei muuuuuuuito irritada, mas sabe que até foi bom? – sorriu – Ele beija super bem!
- Hahaha – não se controlava – Deve beijar mesmo. E nesse exato momento ele deve estar contando que conseguiu te beijar pra o resto da escola que não viu a cena.

pensou bem, era isso mesmo. Sabia que Kevin queria ficar com ela ou com qualquer uma de suas amigas, assim como os amigos dele e o resto do time, só pra ganhar ibope.
Também pensou que Dougie queria a mesma coisa com Claire.

O sinal tocou anunciando o início da aula de Química e elas se dirigiram ao laboratório. Sentaram juntas, em duplas, em duas bancadas bem ao centro do laboratório. Um local onde TODOS podiam vê-las, mas isso não adiantou muito.

- Bom, hoje teremos uma aula diferente. – começou a Srta. Lindalva, professora de química - Como estou percebendo pelas notas do ano passado, os grupos estão divididos de uma maneira péssima, então resolvi separa-los em duplas onde haja alguém que saiba a matéria e alguém que precise de ajuda.

Os alunos ficaram desesperados. Ninguém queria se separar dos amigos, mas oito pessoas em especial estavam com um péssimo pressentimento.

- Não to gostando dessa idéia. – sussurrou enquanto a professora anotava os nomes das duplas no caderno.
- Nem eu. – falou com cara de medo no mesmo volume.
- Affe, tomara que eu não caia com os retardados da sala – falou.
- é, aquele Malcom é um idiota e burro. Ninguém, NINGUEM merece. – concluiu .

Em um canto da sala, ao mesmo tempo...

- Nem tô curtindo isso que a professora vai fazer. – falou Tom.
- é verdade! – Harry concordou.
- Ninguém merece cair com algum nerd – falou Danny apavorado.
- é. Aquela ali é a pior! – Dougie terminou apontando pra Jane. A garota mais chata, feia e obcecada por estudos.

- Bom queridos, vou falar os nomes e vocês se mobilizem para a bancada do (a) colega. – começou a professora – Srta. Jane com o Sr. Malcom... Srta. Stephanie com o Sr.Kevin... – a professora prosseguiu até sobrarem somente oito nomes. – Srta. com o Sr. Douglas, Srta. com o Sr. Harold, Srta. com o Sr.Daniel e Srta. com o Sr. Thomas. – disparou tão rápido que ninguém teve tempo de argumentar nada - Espero que vocês – apontou para as garotas – dêem algum jeito na nota deles – apontou os garotos.

As meninas se olharam com raiva, mas ao contrário delas os meninos apenas sorriram. Aquele ano seria realmente o pior de todos os anos já passados naquela escola. E também seria o mais longo.

- Caramba, garoto, você quer que isso vire uma bomba caseira, é? – berrava pra Harry que tentava misturar todos os “ingredientes” da experiência de uma só vez.
- Hey, tira a mão daí, seu maluco. Você quer ficar sem seus dedos? – se mostrava bem irritada.
- Alô? Danny, você precisa misturar bem antes de trocar de béquer. – falou tomando a experiência da mão do garoto e fazendo sozinha.
- Porra, , isso épra se fazem em dupla sabia? DUPLA! – berrou Dougie vendo que a garota não o deixava fazer nada e simplesmente o ignorava a todo o momento.

O sinal bateu. Naquele dia iria haver uma reunião, então os alunos foram liberados na 3ª aula. As meninas se levantaram de suas respectivas bancadas, deixando seus pares com caras de idiotas, e foram ao corredor onde uma legião de fãs as esperava, principalmente Kevin, que logo que viu , a abraçou. Seus amigos mesmo não tendo nada com as outras “rainhas” fizeram o mesmo.

- Hmm... ? – Harry chegou perto.
- O que você quer com ela? – perguntou Jason fazendo uma careta.
- Eu preciso falar com você – Harry continuou como se nem ouvisse o que o outro garoto havia falado.
- Qual é? Você é um loser, não deveria nem pensar em falar com ela. – Jason aumentava o tom de voz.
- Jason? Tá tudo bem, querido – falou – vou falar com o Harry e depois te procuro, ok?
- Certo. Qualquer coisa grita! – respondeu recebendo um sorriso da garota e depois saindo.
- O que você quer? Seja rápido porque eu tenho quem e encontrar com as meninas, tenho que pegar carona com o Brian e depois... – foi interrompida por Harry.
- Meu, dá pra você falar menos? O que está acontecendo?
- Não tá acontecendo nada.
- Tá, beleza. Eu não vim pra falar sobre isso mesmo.
- E veio pra falar o que?
- Tipo, você sabe que eu sempre te achei linda e tudo o mais...
- Harry? Dá pra chegar logo na parte principal? – consultou o relógio – Eu preciso ir.
- É... então...eusempregosteidevocêvocêquerficarcomigo?
- Han?!
- Eu falei que eu sempre gostei de você e perguntei se você quer ficar comigo.
- Ahahaha. Que piada, Harry, nunca imaginei que você fosse tão engraçado. Ahahaha.
- Não é piada! – Harry disse abaixando a cabeça – eu gosto muito de você.
- Certo. E você percebeu isso agora? Eu tô sacando a sua, Harry. Você tem o mesmo problema que os seus amigos. VOCÊ SÓ QUER POPULARIDADE! – aumentou o tom de voz na ultima frase.
- MENTIRA. EU NÃO QUERO POPULARIDADE. EU SEMPRE GOSTEI DE VOCÊ. – agora ele berrava. Como assim ela estava duvidando dele? Ela que sempre fora sua melhor amiga, aquela que junto com todos os outros havia jurado amizade eterna, aquela que o apoiava em tudo.
- SIM, VOCÊ QUER. – ela berrou de volta e saiu andando rápido, já que o salto não a deixava correr. Queria chorar e gritar. Porque ele nunca havia falado que gostava dela antes? Quando ela era uma garota comum?
- EU NÃO VOU DESISTIR ASSIM FÁCIL. EU VOU PROVAR QUE EU GOSTO DE VOCÊ. – Harry berrou. Lágrimas involuntárias queriam sair de seus olhos, mas ele não iria deixar isso acontecer.

Capítulo 9

aproximou-se das meninas, as mãos visivelmente tremendo.

- Tá tudo bem? – perguntou .
- Tá, tá tudo ok. Em casa a gente conversa.

saiu andando e sentiu a mão de em seu ombro.
- Você tá precisando conversar, né? – disse a amiga.
confirmou com a cabeça.
- Vamos para o banheiro – puxou pelo braço e fez um sinal para que e as seguissem.

Ao entrarem no banheiro, bastou um olhar de para as garotas que lá estavam e todas entenderam que deveriam sair. Ao passarem por , a garota deu seumelhor sorriso e as meninas saíram comentando algo do tipo “A olhou para agente” e “Ninguém vai acreditar que a sorriu para nós”.

- O que está acontecendo? – perguntou , assim que as vozes sumiram.
- Agora é certeza, meninas – murmurou – Eles querem ser populares.
- Quem são “eles”? – perguntou , recebendo um pedala de .
- Quem você acha? – disse , ironicamente.
- Quatro garotos estúpidos, mas que, cá entrenós, tem uma bunda... – disse .
As garotas riram.
- A gente tem que agir como patty – explicou-se – E pattys falam de bundas.
As garotas concordaram, rindo mais ainda.

- Mas o que aconteceu? – quis saber .
- Harry – disse , revirando os olhos. – Veio com uma história de que gostava de mimdesde sempre. Mas se ele gostava de mim antes, por que só me falou agora que eu sou popular?
As garotas realmente não sabiam o que falar. Nunca pensaram que Harry fosse ter esse tipo de atitude com . Imaginavam que talvez ele tentasse ficar com outra garota popular, mas nunca com uma delas.

- Eu falei! – disse Harry, enquanto todos comiam pipoca e assistiam “Star Wars” na sala de Danny – Minhas chances com ela são nulas, agora. Ela não acredita que eu goste de verdade dela!
- Não me surpreendo – murmurou Tom.
- Sinceramente? – disse Danny – Nem eu.
- Mudando de assunto, o Dougster se fudeu legal, hoje – disse Tom, rindo.
- Quem diria – disse Harry – A beijar o Kevin.
Dougie cruzou os braços e bufou.

- A Claire não é nada mal, Dougie – disse Danny, pensativo – Mas sei lá... A é mais gostosa – o garoto colocou a mão em frente ao peito, como se tivesse “volume”.
- Não enche – Dougie murmurou, voltando a atenção para o filme.
- Não tem graça – Tom disse, triste – Assistir “Star Wars” sem elas.
- é – concordou Danny – Era legal lutar com elas com a salsicha do cachorro quente.
- E depois comer miojo – Harry disse.
- E a competição para ver quem colocava mais batata-frita na boca – Tom riu.
- Isso me lembra o churrasco do aniversário do primo da – Danny murmurou – Que a se afogou na piscininha de trinta centímetros.

- GENTE! – gritou Dougie – A gente pode MUITO bem viver sem elas – ele encarou os três amigos.
Eles concordaram com Dougie, apesar de não estarem certos sobre aquilo.
Passaram alguns minutos em silêncio, até que...
- A GENTE NÃO PODE VIVER SEM ELAS! – disse Harry, abraçando Dougie.
- EU QUERO ELAS DE VOLTA! – disse Tom, abraçando os dois.
- EU NÃO SEI O QUE FALAR, PORQUE EU NÃO TENHO CRIATIVIDADE! – disse Danny, abraçando o grupo.
Os outros três cortaram o abraço e encararam Danny.

-Er... – Danny murmurou, envergonhado – Eu sinto a falta delas? – disse, procurando a aprovação dos amigos.
Tom e Harry fizeram cara de choro e eles, junto com Danny, abraçaram Dougie.

Dougie empurrou os três, que encararam o amigo. Sem dizer nada, subiu para o quarto de Danny e jogou-se na cama, encarando o teto, pensativo.

Capítulo 10

Um mês se passou. As garotas já estavam até acostumadas em ter duas personalidades. Elas já sabiam tudo que deviam fazer a todo o momento, em qualquer situação.
Sexta-feira chegou. Seria o dia da festa de Anne, que tinha começado a entregar os convites muito tempo atrás e no sábado seria o dia do Show.
- Então – começou – a gente vai mesmo comprar mais um vestido só pra ir à festa daquela menininha lá?
- Pois é né. Se nós repetirmos roupa vai ferrar geral. – disse tristonha.
- Nós estaríamos completamente acabadas se alguém percebesse isso! – foi a vez de se manifestar.
- é, a única coisa que podemos fazer agora é ir ao shopping – falou fazendo uma careta – DE NOVO!

Passaram a tarde toda lá. Encontraram muitas pessoas da escola passeando e tomando sorvete. Todos estavam felizes. É claro que elas também estariam se pudessem ser elas mesmas.

- Vou levar esse mesmo! – falou para uma vendedora entregando um lindo vestido azul marinho, frente única, longo (já que a festa seria social) com uma fenda que ia até a metade das suas coxas.
- Eu vou levar aquele. – mostrou para a vendedora um vestido que estava na vitrine. Ele era tomara que caia com uma estampa de zebra. Também era longo só que, diferente do da , ele possuía duas fendas. Uma de cada lado.

Saíram dessa loja. e ainda não tinham escolhido seus vestidos.

- Eu quero esse – disse apontando para a vitrine que continha um vestido vermelho de alça e bem decotado.
- Eu gostei do que está do lado esquerdo – concluiu vendo um vestido prateado bordado sem muitos detalhes.
- Pronto. Vocês compram esses e nós podemos ir embora. – falou agradecendo pelas amigas já terem encontrado os vestidos.

Faltavam três horas para a festa. Elas já haviam voltado do shopping e começaram a se arrumar.

Maquiagem combinando com o vestido, que combinava com os sapatos, que combinavam com a bolsa, que combinava com as jóias. estava com o cabelo preso com as pontas enroladas, estava com os cabelos soltos e lisos com uma coroa de strass em sua cabeça, estava com um coque que estava ornamentado por pequenas presilhinhas em forma de borboletinhas e estava com os cabelos metade presos e metade soltos decorados com uma tiara de brilhantes. Dessa vez foi o pai de que as levou, mas já estava combinado de ele chegar atrasado.

Chegaram à festa. Como sempre fizeram a típica entrada delas: as portas se abriam e as quatro entravam sob a atenção de todos, sorriram, acenaram e se dirigiram a mesa mais ao centro, que já estava “reservada” para elas.
- Uau, elas estão lindas! – Tom falou – principalmente a !
- Ah, eu sou mais a – Danny corou ao dizer isso.
- Preciso dizer quem eu prefiro? – Harry disse desanimado.
- Affe, vocês são tontos. Tão pensando o quê? Elas nem olham mais pra nossa cara! – Dougie falou. Ele tinha razão, mas a culpa toda era dele.
- Hey, a culpa é sua se elas não olham mais pra nossa cara – Danny falou e os outros dois concordaram.
- EU NÃO PEDI PRA VOCÊS FICAREM DO MEU LADO!
- Calma, dude. Nós somos seus amigos. Sempre ficaríamos do seu lado! – Tom afirmou.

- Aff. Essa festa tá um saco – falou batendo a cabeça na mesa.
- Bem isso, mas pensem positivo. Amanhã tem o show do Green Day! – se empolgou. Green Day era uma das suas bandas favoritas.
- Yeah. GREEN DAY ROCKS! – saiu dando pulinhos até tropeçar num dos fios do equipamento do DJ, que por sinal passava por baixo da mesa delas, caindo.

Silencio total no salão, absolutamente ninguém tinha coragem de dar risada da cena. Eles sabiam que se contrariassem elas estariam acabados na escola, socialmente.

- Hahaha. Que sem noção, ela levou um tombo. Hahaha. – Dougie começou e levou um pedala dos três amigos – Qual é, meu? Vocês tão pirados?
- Dougie, cala boca se você não quiser apanhar – Harry disse entre dentes ao ver as caras dos garotos do time de futebol.

Tudo ficou por isso mesmo. A festa voltou ao normal. Parecia que ninguém mais se lembrava do tombo de .

- Preciso ir ao banheiro. – falou.
- Ok, honey. Eu vou com você. Preciso retocar a maquiagem – falou indo atrás da amiga.
-A gente fica né, ? – perguntou e a amiga apenas concordou com a cabeça.

entrou no banheiro, mas ficou pra trás porque alguém a segurou.

- O que você quer, Danny? – virou os olhos.
- , eu preciso realmente falar com você.
- Você já está falando!
- É, eu sei. Tipo, não entendo porque vocês não querem mais olhar nas nossas caras.
- Ah, Danny, qual é? Você é idiota ou o quê? – ela disse nervosa. Não sabia por que o garoto mexia tanto com ela. – Como ele tá lindo... – pensou.
- Hmm... ? Você tá legal? – Danny perguntou estranhando a cara de pensativa da garota e a tirando do transe.
- Ah, tô sim. Tô ÓTIMA! Mais alguma coisa pra falar?
- Meu, eu não sei mais o que fazer... – foi se aproximando, fazendo a garota ir para trás - ... pra você... – parou ao ver que a menina já tinha se encostado à parede - ... perceber... – colocou os braços apoiados na parede pra ela não fugir, fazendo-a corar - ...que eu gosto de você! – terminou aproximando sua boca a da garota que não tinha ação.
- , tá tudo bem aí? – Peter chegou, fazendo Danny se afastar um pouco da garota o suficiente pra ela conseguir escapar dele.
- Tá sim. Vamos dançar? – falou ao ver sair do banheiro e olhar como se pedisse uma resposta.
- Claro. – Peter respondeu dando um olhar de “eu te pego na saída” pra Danny.
- , eu falo com você mais tarde – sussurrou no ouvido da amiga, recebendo um aceno positivo com a cabeça.

Capítulo 11

- Dia de ser nós meesmas! – gritou , pulando em cima de .
Todas as meninas haviam dormido na casa de , para se prepararem para o show.

Vendo que a garota não mexera um músculo sequer, pegou o fone de ouvido e conectou ao rádio da garota. Colocou-o cautelosamente nos ouvidos de e ligou o rádio, tocando em alto e bom som “Nice Guys Finish Last” do Green Day.

- Ahhhh! Show do Green Day hoje – murmurou sorrindo, ainda de olhos fechados, virando-se de barriga para baixo.
- Acorda, dorminhoca – disse , dando um tapinha na bunda da garota – E encolhe essa bunda empinada ai!
entrou no quarto correndo e se jogou em cima de .
- Já acordei, porra! – disse a garota, sendo esmagada.
- Gente, não é ótimo? Vamos poder ser normais hoje! – disse , toda animada – Sem ter perigo de ninguém ver a gente. Afinal, não vai ter ninguém que a gente conheça lá, certo?

- VOCÊ CONSEGUIU VIP PRO SHOW DO GREEN DAY E NÃO VAI LEVAR A GENTE? – berrou Danny, indignado.
- Não precisa cuspir na minha cara – disse Tom, limpando a gotinha de cuspe do lado de sua covinha.
- Por que você não leva a gente? – perguntou Harry.
- Eu já disse – Tom falou, revirando os olhos – Meu tio conhece um cara que está patrocinando e só conseguiu um convite.
- A gente pode tentar entrar comprando ingressos normais – disse Dougie.
- Esquece. é show só para convidados. Ninguém que não esteja na lista vai entrar. – explicou Tom.

- Saudades de você, amiguinha – disse, colocando sua camisetona do Green Day.
- Você parece uma retardada, sabia? – disse , colocando seu cinto de rebites para que a calça não caísse.
- Vai dizer que você não está feliz? – perguntou .
- Meninas – disse – Vamos logo! O pai da já está esperando a gente lá em baixo.

- Eu fui, gente – disse Tom, saindo da casa de Harry.
- Que inveja, cara – Harry murmurou.
- Concordo. Também queria ir para o show do Green Day – disse Dougie, cruzando os braços e olhando para Tom, que entrava no carro de seu tio.
- Não é só pelo Green Day – disse Danny.
- Não? – perguntou Dougie.
- As meninas vão estar lá. – Danny falou, encarando os pés. Dougie sabia de quais meninas o amigo falava.

- Aff, mano! Vocês não esquecem elas, é? – Dougie disse, indignado.
- Então me responde uma coisa – disse Harry, olhando para Dougie – Você esquece a ?
- Eu... – Dougie murmurou – Eu consigo viver sem ela.
- Tô vendo – Danny deu um risinho irônico e um pedala robinho em Dougie, entrando na casa, seguido de Harry.

- Hey, meninas! – disse , sorrindo – Eu vou pegar alguma coisa para beber no bar.
A área VIP do show era bem em frente ao palco. Ao canto direito, havia um bar.
- Vocês querem alguma coisa? – ela continuou.
- Não, obrigada. – disse .
balançou a cabeça.
- Nem – disse .

se afastou e foi até o bar.
- Ela é a mais bêbada – murmurou , fazendo e rirem.

- Uma Skol, por favor – pediu ao barman.
- Dose dupla de vodca – ouviu uma voz familiar ao seu lado ordenar.
Virou o rosto e os olhares se encontraram.

- AI, MEU DEUS! – ela gritou – Billie Joe!
- Hey – o roqueiro sorriu.
- Ai, meu Deus do céu! – ouviu outra voz familiar – Billie Joe Armstr... ?
- THOMAS?
- Que roupas são essas? – perguntou Tom, olhando para dos pés a cabeça.

A garota havia se metido em uma grande encrenca.

Capítulo 12

- ? – agarota se fez de sonsa – Quem é ?
- Como assim quem é ? Você é ! – respondeu Tom com a cara vermelha. Ele estava ficando realmente irritado.
- Não, paixão. Meu nome é . – tentou desconversar.
- Han?! Impossível.
- Eu tô interrompendo? – Billie perguntou se metendo na conversa.
- Não, que isso... Você nunca... NUNCA interrompe nada! – ficou desesperada.
- Ahn, certo. Então, a gente tá procurando algumas garotas que toquem algum tipo de instrumento musical porque queremos, tipo, chamar pra tocar com a gente no palco e...
- Eu toco. E minhas irmãs também! – respondeu sorrindo de felicidade, interrompendo Billie. Ela tinha falado que suas amigas eram suas irmãs, e olha que elas nem eram parecidas.
- Legal. Toma esse cartão aqui. Depois que a gente tocar “Boulevard of broken dreams” vocês se dirigem à porta na esquerda do palco, ok?
- Uhum. Certo!
- Até mais então! – o roqueiro sorriu fazendo a garota suspirar.

pegou sua Skol e foi saindo do bar, mas Tom a puxou de volta e ficou encarando a garota. Era impossível aquilo. Ele sabia que era filha única, então começou a pensar seriamente na possibilidade de ser alguém realmente parecida com ela, mas não, ele conhecia aquele sorriso, aqueles cabelos. Ele nunca ia confundi-la com ninguém!

- Você pode me soltar? – perguntou com medo do olhar do garoto.
- Han?! – Tom “acordou”.
- Você pode me soltar, por favor? Você tá me machucando!
- Ah, desculpa. Qual é seu nome mesmo?
- Hm... ! – sorriu de uma maneira que Tom acabou se convencendo.
- Ah, prazer! – ele sorriu – espera aí... – Tom chacoalhou a cabeça - ...como você sabe meu nome?
- Você é um dos “losers” daquela escola lá, né? Esqueci o nome, mas não importa. – respondeu ofegante. Aqueles olhos a deixavam sem ar – Minha prima estuda lá. Tá na 8ª série.
- Ah, é, sou!
- Então. Tô vazando! Tenho que avisar minhas irmãs que a gente vai tocar. Beijos! A gente se vê!

saiu andando. Apertou o passo e quando percebeu já estava correndo até que esbarrou em alguém e caiu em cima da pessoa.

- Porra, , toma mais cuidado. – disse tentando tirar a amiga de cima dela.
- Não me chama de . Me chama de até agente sair daqui!
- Han? Por quê?
- Hey, garotas, o que vocês estão fazendo aí no chão? – apareceu com em seus calcanhares rindo da cena.
- Ela tá louca! – apontou pra garota que tinha rolado no chão e coberto o rosto com as mãos.
- Como assim? Que aconteceu, ? – foi a vez de perguntar.

Elas foram ao banheiro e explicou tudo, nos mínimos detalhes. Apesar de elas estarem completamente felizes porque iam tocar com o Green Day, elas estavam em pânico em saber que o Tom estava no show. Saíram do banheiro com um plano armado. Deram um jeito de arrumar o cabelo deum jeito que as deixassem diferentes e pediram emprestados bonés de quatro garotos e eles emprestaram, pois tinham gostado delas.

- Então meu nome vai ser ? – perguntou.
- Yeap. O da vai ser , o da vai ser e o meu vai ser concluiu.
- Bom, seja o que Deus quiser. – falaram as quatro juntas e quando perceberam caíram na gargalhada.

A banda terminou “Boulevard of broken dreams” e logo elas entraram em tocaram “Basket case” com eles. O show foi uma maravilha, elas não encontraram mais o Tom por lá e foram embora super felizes, pra casa de .

Domingo passou tranquilo. Elas passaram o dia todo na piscina(que tinha aquecedor) e depois foram assistir “E.T.”, já que não tinha mais nada de interessante pra fazer. Após acabar o filme ficaram falando bobagens e foram dormir cedo, pois no outro dia teria aula.

Tom havia contado toda a história do show para os amigos e todos acharam realmente estranho.
- Então, dudes, quando elas entraram no palco o Billie as apresentou como: , , e .
- Então não eram elas, seu tonto. Você falou que nem conseguiu ver o rosto das outras três. – Harry começou.
- Você deve estar com “crise de aguda”. Quer ver ela em todos os lugares – Danny continuou recebendo o dedo de Tom.
- Dessa vez eu tenho que concordar com o Danny, dude. Acho melhor você procurar um especialista. – Dougie terminou e foi “amassado” por Tom que pulou em cima dele começando um montinho e logo depois os quatro foram dormir.

Segunda chegou, a primeira aula seria de biologia. As meninas chegaram como sempre super adiantadas, arrasando e seguidas por dezenas de fãs que não se cansavam de elogiá-las.

- Hey, – Jason chegou perto.
- Oi, querido. – sorriu.
- Então, eu preciso falar contigo!
- Acho que você já está falando!
- A sós! Pode ser?
- Claro!

- ? A gente pode conversar? – Kevin chegou.
- Sim, vamos lá no canto. – a garota respondeu sorrindo.

- Hmm. ?
- Quer falar a sós comigo também?
- é – o garoto corou.
- Ok, Brian, vem – ela puxou o garoto pra outro canto da sala.

- ?
- Fala logo, Thiago, a gente já está a sós! – respondeu jogando os cabelos pra trás.

- Então, , desde aquele dia que nós nos beijamos você não fala direito comigo. – Kevin continuou a conversa deles.
- Ai, eu falei que não tava dando certo.
- Não, tudo bem você ter terminado comigo uma semana depois, mas não queria que nossa amizade acabasse! – ele fez uma cara triste – Porque eu não quero perder meu ibope por ser seu “amigo” – pensou consigo mesmo e deu um sorrisinho.
- Claro, vamos ser amigos então! – a garota deu um abraço em Kevin e se dirigiu para sua carteira.

- Então, , tipo, você é muito HOT, cara, e eu tava pensando se você, tipo, não queria sair comigo. Sei lá, um cine, filme chato, escurinho e talz – Thiago falou na maior cara de pau.
- Pode ser, mas... – arqueou uma de suas sobrancelhas – ... não estou te dando nenhuma esperança! – Tom, que ouviu isso, sorriu, mas seu sorriso desapareceu com a cena seguinte.
- Tudo bem! – o garoto deu um beijinho no canto da boca da menina e saiu. Ela fez o mesmo e se juntou a .

- ... então é isso! Eu venho reparando muito em você! – Jason fez uma carinha inocente.
- Ai que bonitinho você! – apertou as bochechas do garoto fazendo Harry olhar naquela direção – Você é um fofo sabia? – ele era realmente um fofo e, bom, tava demonstrando que gostava dela (ou da sua popularidade) – tá, vou pensar no seu caso! – saiu deixando o garoto com um sorriso bobo e Harry com uma cara de ódio (sim, ele tinha escutado tudo).

- ...sabe... – Brian estava se aproximando de - ...você podia me dar uma chance... – suas bocas estavam a centímetros de distancia - ... pra te mostrar... – ele beijou a garota antes mesmo de terminar a frase. Ela resistiu um pouco no início, mas depois cedeu. Brian era realmente um gato.

Danny se levantou da carteira. Pela sua cara ele ia avançar no “concorrente” mesmo tendo a metade do seu tamanho, mas foi impedido pelos amigos, que também estavam vermelhos de raiva.
e Brian se separaram e o professor entrou na sala um minuto depois. Ela foi se sentar com as amigas que a olharam com cara de “como assim?!”, e Brian se sentou com os amigos, que apenas deram tapinhas em suas costas em sinal de aprovação.

Capítulo 13

- Me explica essa, – disse , se jogando na camada garota, depois de chegarem na casa da menina.
- Explicar o quê?
- Não se faz de besta... – disse , entrando no quarto – Que a besta da turma é a !
- Ei! Eu não sou besta – cruzou os braços. – Tá, talvez um pouquinho.
- Enfim, o que te deu para beijar aquele garoto? – perguntou .
- Sei lá – respondeu . – É que eu fiquei chocada.
- Com o quê?
- Os meninos. – disse abaixando a cabeça.
- Que meninos? – perguntou , recebendo um pedala de .
- Eu acho que eles estão realmente interessados na popularidade.
- Jones? – perguntou e assentiu com a cabeça – Sabia!
- Ué... Como você sabe que é o Danny? – perguntou .
- O Harry está atrás de você. O Dougie, se chegar perto de qualquer uma de nós, sabe que a quebra o nariz dele de novo...
- Isso é verdade – riu.
- E o Tom? – perguntou .
- Bom, o Tom... – murmurou – Tem namorada.
- Sério? – riu – Dessa eu não sabia.
- Eu descobri no show do Green Day. Ele estava com uma garota...

sentiu-se aliviada por ter acertado seu palpite. Ela definitivamente não queria que Tom tentasse algo com .

- Bora assistir algum filme? – mudou de assunto e agradeceu a amiga mentalmente. - é uma boa – sorriu – Qual?
Uma olhou para a cara da outra.
- De volta para o futuro II! – gritaram ao mesmo tempo.

Todas desceram correndo até a sala e se jogaram no sofá, enquanto ia para a cozinha pegar batata Rufles.

- Henrique, seu viado! – ela disse com os dentes cerrados, entrando na sala – Ele comeu toda a batata.
- E agora? – perguntou – Eu não vivo sem batata!
, e se entreolharam e sorriram.

- Você podia ir comprar, né, ? – disse .
- Ah não! Nem vem! – protestou .
- Tudo bem. Eu não me importo de ficar sem batata – mentiu .
- Mas eu me importo! – gritou .
- Então você compra – disse , dando dinheiro a .
- Ok, ok! Vocês venceram.

E lá foi , com sua camiseta do Three Days Grace até o joelho, para o supermercado mais próximo.

- A gosta da de churrasco... – ela murmurava, enquanto pegava as batatas – A prefere a original. A gosta das que vem naqueles sacões maiores que ela... é... – ela parou, olhando para o carrinho, que estava cheio de batatas – Acho que eu peguei tudo! – sorriu.

Sentiu uma mão tocar seu ombro e se virou.
- Eu estava gritando que nem louco o seu nome e você nem me ouviu – sorriu Tom.
- Ah, oi! – a garota sorriu.

Na verdade, ela ouvira alguém gritar “ ”, mas tinha esquecido completamente que para Tom esse era o nome dela. Pelo menos enquanto ela usava calças e blusas largas.

- Nossa como você come! – ele riu – Você é muito parecida com uma amiga minha! Com oque ela costumava ser, na verdade.
forçou um sorriso, mas quando Tom sorriu também, a sorriso da garota já não era mais forçado.
- Você também não come pouco – ela disse, olhando o carrinho do garoto, cheio de pipoca de microondas.
- é! Meus amigos me obrigaram a vir aqui – ele disse.
- Minhas amigas também – ela riu.

Os dois foram conversando até terminarem de pagar as compras e pararam em frente à porta do supermercado.

- A gente se vê, então? – disse Tom, comum sorriso triste.
- Sim. A gente vai acabar trombando uma hora ou outra mesmo – a garota riu.
- Verdade – ele riu também.

Tom abraçou , fazendo com que o coração da garota quisesse sair pela boca.
Depois, cortou o abraço e selou os lábios dela com um beijo. A mão dele envolvia a cintura dela e a mão direita da menina estava apoiada no peito dele, enquanto a esquerda estava em sua nuca.
Os dois finalmente se separaram e sorriram um para o outro.

Tom deu um selinho na garota. estava feliz demais. Thomas gostava dela!- Até mais, – Tom sorriu, se afastando.

ótimo! Ele não gostava de , ele gostava de . Mas era a verdadeira , e o que mostrava ser não era ela.
Será que isso significava que ele gostava de ?

Capítulo 14

- Caramba, meu! Se eu soubesse que você ia demorar duas horas pra ir ao supermercado comprar batatas eu mesma tinha ido! – gritava com a amiga que parecia não estar escutando nada.
- Tem coisa aí! – apontou pra cara da menina que continuava “sonhando”.
- ALÔOOOOOOO! – berrou no ouvido de fazendo ela finalmente “acordar”.
- QUAL É, MEU? VOCÊS TÃO LOUCAS OU O QUÊ?
- Desembucha! – fez a garota sentar no sofá.
explicou tudo o que aconteceu no supermercado e as amigas continuavam chocadas. Como aquiloe ra possível?

- Então, dudes, eu beijei a . Ela é incrível! Simplesmente!
- Xi! O Tom tá apaixonado! – Harry caçoou do amigo.
- Por HUeh Voyfd nuHUd iahd? – Danny falou com a boca cheia de pipoca.
- O quê? – Dougie olhou de canto de olho.
- Eu perguntei se ela, essa aí, não tem amigas, porque tipo, se ela é do jeito que você falou deve ser perfeita! – Danny explicou.
- Amigas? Não sei! Mas ela tem três irmãs, lembram? Que tocaram no show! – Tom sorriu orgulhoso.

O resto da semana passou normal. Aulas chatas, incluindo as de laboratório nas quais as “pops” eram pares dos “losers” eram as piores. Eles sempre conseguiam brigar. O fim de semana chegou e como na terça-feira seria feriado e a segunda havia emendado as garotas resolveram viajar.

- Praia? – perguntava.
- Campo! – sorria.
- Montanha! – berrava.
- Hm... nenhuma das opções acima? – se intrometeu – Vamos morgar. Sair, sei lá. Viajar só três dias e meio é dose! – continuou ao ver a cara de reprovação das amigas.

- Praia! - Danny exclamava!
- Campo? Ah não, Harry, campo não. Quero montanha! – Dougie pulava.
- Nah... Eu quero campo. – Harry falou emburrado.
- Que tal nenhuma das opções acima? A gente podia, sei lá, ficar por aqui mesmo! – Tom terminou e o resto concordou.

- Vamos no cinema hoje? – falou sorridente.
-Yeah... mas vamos normais, né? Do jeito que somos! – olhou para as amigas.
- Pode ser. Todo mundo do colégio ia acampar lembra? Não vai ter ninguém por aqui! – falou.
- Uhum. Quatro dias como nos velhos tempos. Tem coisa melhor? – pulou em que saiu carregando a amiga pro andar de cima sendo seguidas por e . Logo em seguida desceram “arrumadas” e foram em direção ao Shopping.

- O que vamos fazer hojeee? – Dougie acordava os amigos. Eram duas da tarde e eles ainda dormiam.
- Que tal cine? – Harry falou sonolento.
- Bouaaaaaaaaaa, Judd! – Tom berrava – ah se eu tivesse o telefone da ! – sussurrou pra ele mesmo.
- Vou tomar banho. – Danny correu pro banheiro.

No shopping estava tranquilo, bem vazio por sinal, já que a “escola toda” tinha resolvido ir acampar. Compraram os ingressos e ficaram andando até ahora do filme, mas mal sabia que quem elas menos esperavam iam entram no MESMO filme, na MESMA sessão.

- ? – Tom gritou pra , que olhou pras amigas e sussurou algo.
- Thomas? – a menina se virou.
- Tudo bem?
- Normal. Que você faz aqui?
- Cine. Com os amigos – apontou pros outros três que berravam na fila pra comprar pipoca – e você?
- Idem. Só que com minhas irmãs. – apontou pra três amigas que cochichavam algo com as cabeças juntas.

- Hey... Judd? Poynter? Jones? – Tom chamou os amigos que vieram correndo – Essa é a !
- Oi! – os três falaram juntos e a menina apenas acenou.
- Eu sou Harry!
- Eu sou Dougie!
- E eu sou o Danny.
- Realmente, dude, ela parece a – Harry disse e os outros concordaram.
- Maninhas! – (ou ) chamou as amigas, que olharam pra ela com a cara mais assustada possível – venham aqui!
- Que foi, ? – perguntou.
- Bom, esse é o Tom, Harry, Danny e Dougie.
- Oi! – as três olharam pro chão.
- Sou apertou a mão dos outros.
- Eu sou fez o mesmo, ainda olhando pro chão.
- Eu sou... hmm... ! – se atrapalhou com o nome.
Entraram todos juntos no cinema. Harry tinha achado elas realmente parecidas com as ex-amigas, mas mesmo assim ficou de boa. Danny e Dougie, como sempre, nem se tocaram das semelhanças. Despediram-se ao fim do filme e não se viram mais durante o feriado, até porque Tom esqueceu, de novo, de pegar o telefone de !

Os outros dias passaram normais, com as meninas nadando, zoando, ouvindo musica e assistindo dvds na casa de . E os meninos fazendo quase a mesma coisa, embora incluindo falar sobre as meninas que eram “tudo de bom” e trocando o nadando por ensaiando, já que eles tinham uma banda. De garagem, mas era uma banda! E também que eles estavam na casa do Dougie em vez de na da .

Capítulo 15

- O que é isso? – perguntou , ao ver uma caixa cheia de furinhos em cima da mesa onde sempre sentava.
- Sei lá – disse , aproximando-se da mesa e vendo a caixa – Está com o seu nome – apontou para um papel verde-limão que estava pendurado na caixa.
- E eu conheço muito bem essa letra – disse . – é do Judd.
- Hey girls! – disse , aproximando-se, logo que conseguiu se livrar de Kevin, que a perseguia – O que é isso?
- É do Harry... Será que eu abro? – perguntou .
- Abre, ué! – disse , levantando os ombros.

tirou a fitinha da caixa e deu um grito histérico.
- Uma rã Albina! – sorriu a garota, tirando o aquário de dentro da caixa – Eu sempre quis uma!

e se entreolharam.
- Que bonitinha! – disse .
- Sim! Ela não é toda delicadinha? – disse com os olhos brilhando, enquanto ela e aproximavam seus rostos do aquário para observar o animalzinho melhor.
- Olha, isso daí é tudo, MENOS “delicadinha” – disse .
- Só acho melhor vocês guardarem isso – disse , olhando para os lados. – Vai ser estranho alguém vir a gente com ela.
- Qual é? Todo mundo sabe que a adora sapos – defendeu – Por causa disso, aliás, todo mundo tem alguma coisa de sapo nessa escola.
- Eu sei – sussurrou para , de um modo que não pudesse ouvir – Acontece que eu não quero esse treco perto de mim, saca?
- Ih! – disse , ironicamente – Incorporou a patty, é?
- Tá louca, menina!
- Ela não vai incorporar a patty nunca mais, – disse , que ouvira aquele pedaço da conversa – Ainda mais agora que o Tom gosta da , que é a não-fresca.

O professor de biologia entrou na sala e pediu para deixar a sua nova mascote junto dos outros sapos que a escola cuidava no laboratório. O professor não pode dizer “não” ao sorriso de e, sem pensar duas vezes, deixou.

Harry entrou na sala seguida dos três amigos, que comentavam animadamente a balada da noite anterior. O garoto avistou colocando delicadamente a rã junto aos outros sapos e não pode esconder o sorriso. Passou a aula de biologia inteira pensando na expressão de felicidade de junto ao bichinho.

Quando a aula finalmente acabou, Brian correu para onde as meninas estavam, louco para contar a novidade que descobrira, na esperança de que o recompensasse.

- Meninas! – disse, aproximando – Gatas, vocês não sabem o que está todo mundo comentando!
encarou o garoto, pensando que ele parecia aquelas garotinhas fofoqueiras da oitava série.
- O quê? – tentou parecer interessada.
- Os losers foram para a balada ontem – riu – E o Poynter desafiou o Jones. Os dois competiram para ver quem beijava mais meninas. Não é ridículo?
estava em estado de choque. Instintivamente, olhou para a . A garota não parecia estar surpresa com a atitude do ex-namorado.

- O Jones aceitou? – perguntou .
- Só depois que ficou bêbado – Brian riu. – E ainda catou dezoito!
- Ele ganhou? – perguntou .
- Ganhou! Mas também, o Poynter se empolgou com uma ruivinha de sardinhas, lá! Não ia me impressionar se eles fossem parar no motel.
- Nem eu – murmurou , num sussurro quase inaudível.

- E então, gatinha – disse Brian, dirigindo-se para – Eu mereço um prêmio, não?
- Brian, me desculpa. Não rola – disse, levantando-se e saindo da sala, seguida por , e .

atravessou o pátio e entrou no banheiro. As meninas foram atrás da amiga, mas uma mão fechou no braço de .

- Harold? – disse , vendo e entrarem no banheiro atrás de .
- Hey – o garoto sorriu, tímido – Viu o presente?
- Vi.
- Gostou?
- Gostei.
- Que bom – o garoto sorriu, levantando a mão livre em direção ao rosto de .
- Mas qualquer idiota poderia ter comprado – a mão de Harry parou no ar, o sorriso desaparecendo lentamente – Não pense que é só porque você me deu que vai ganhar pontos comigo, Judd.
- Eu disse para você que provaria que te amo! E estou tentando! – disse o garoto, desesperado.
- Não vai ser comprando presentes que você vai me conquistar, Harry. Eu quero uma pessoa especial, alguém que eu possa chamar de herói.
Aproveitando o estado de choque do garoto, desvencilhou seu braço da mão de Harry, o sinal bateu e a garota seguiu com as meninas, que haviam saído do banheiro, para a sala.

- FILHO DE UMA ÉGUA ARROMBADA COM UM VIADO CORNO! – gritava , esmurrando a parede de seu quarto.
- Calma, ! – dizia , sentando na cama.
- Já sei, gente! – disse – Vamos comer batatas!
- Batatas...? – murmuraram as três ao mesmo tempo.
- Batatas sempre animam a gente! – sorriu .
As três se entreolharam e sorriram.
- Só se você comprar – disse .
- EU? – protestou – Por que EU?
- Porque eu estou tendo crises – respondeu .
- E eu estou cuidando da minha rã – respondeu .
- E eu... – respondeu – Bem, você sabe! A não vive sem mim!
- Sai para lá, – disse .
- Acho que precisamos discutir a relação. – disse pensativa.
- Ok, eu vou! – respondeu, saindo do quarto de .

- Ela sempre cai nessa – riu, esquecendo-se por um momento do stress.
- Depois eu é que sou a retardada – .
- Na verdade, você é a retardada – riu.
- Ah, é... – murmurou, processando os dados em sua cabeça.

- Churrasco... Churrasco... Churrasco... Onde está a porra da batatinha de churrasco! – murmurava , em frente à prateleira.
- Pelo visto suas amigas mandaram você vir comprar batatas de novo, certo? – ouviu uma voz dizer.
- Tom! – sorriu, recebendo um selinho do garoto. – Veio comprar batatas, também?
- Aham! O bando de folgados me obrigou a vir.
riu.

- Minha prima falou... – murmurou , o sorriso desmanchando do rosto – Que dois colegas seus cataram todas numa balada.
- Um deles porque estava bêbado – disse Tom, enquanto pegava as batatas – O outro porque é lesado mesmo.
forçou o riso. Naquele momento, passou pela cabeça da garota que talvez Tom tivesse beijado alguém.

- Relaxa – disse Tom, enquanto os dois se dirigiam ao caixa – Eu não beijei ninguém.
- Você lê pensamentos, é? – riu.
- Só os seus – ele sorriu, e a garota babou pela covinha na bochecha esquerda dele.
Os dois pagaram a caixa e pararam em frente à loja.

- Nós estamos só ficando – disse , respirando fundo – Eu não tenho o direito de pedir que você não fique com ninguém.
- Esse é o problema? – perguntou Tom, arqueando a sobrancelha.
- Como assim? – perguntou , confusa.
- Se o problema é a gente estar ficando, a gente começa a namorar agora, – Tomsorriu.
ficou em estado de choque, a boca entreaberta e o coração acelerado.
- O que me diz, ? – perguntou Tom – Namora comigo?
A garota ficou sem sentidos. Ela era Fernanda, porra! Tom deveria ter pedido a em namoro, e não a !

Mesmo pensando assim, ela não conseguiu recusar. Apenas acenou positivamente com a cabeça.
O garoto sorriu mais uma vez e selou os lábios dos dois comum beijo intenso, fazendo com que o pescoço de movesse-se violentamente. O beijo com o qual a garota sempre sonhou.

Ao se separarem, Tom mordeu de leve a bochecha de , pegando sua mão direita.

- Agora você vai poder me achar e a gente não vai precisar mais da ajuda do destino – ele disse, com a testa encostada na testa de , e os olhos fechados – Vou indo, . Não esquece de ligar!
Ele deu um beijo curto na garota e soltou sua mão, se afastando.
observou o garoto virar a esquina com a típica cara de “boba apaixonada”.
Quando recobrou os sentidos, percebeu que Tom havia deixado algo em sua mão. Um pequeno pedaço de papel dobrado.

abriu o papel e leu o telefone que ela já sabia de cor. O número do celular de Tom.

Capítulo 16

- Aff meu, não acham que a tá demorando demais? – falou.
- Pois é! Será que aconteceu alguma coisa? – falou com uma cara de preocupada.
- Com certeza que aconteceu! – respondeu após ver entrar na casa com um sorriso maior que qualquer coisa.
- Eu...e..eu... ai, genteeee!! – estava quase chorando de felicidade.
- Acho que isso tem nome e sobrenome! – falou entortando a boca.
- THOMAS FLETCHER – as três berraram deixando mais vermelha que um tomate.
- Ah, é né! – sorriu timidamente – ele me pediu em namoro... – fez uma pausa, mas continuou ao ver a cara de espanto das amigas - ...mas como . Gente, sinto lhes dizer, mas eu acho que o Tom tá pouco se ferrando pra popularidade. Se ele ligasse pra isso teria pedido a em namoro e não a .

Ficaram discutindo isso a noite inteira. Elas estavam achando realmente estranho isso, mas elas também sabiam que o Tom era o menos anormal do grupo, então resolveram encerrar o assunto. Ficaram acordadas até tarde e no dia seguinte, na escola, estavam completamente acabadas.

- Ai meu deus, que sono! – reclamava.
- Eu devia ter ficado em casa. Tenho certeza que os professores nem iam ficar bravos de a gente ter faltado, já que somos tão queridas – bocejou – Hey ! Acorda! O professor já entrou na sala.

- Han? O quê? – levantou a cabeça – eu acho que cochilei!
- Eu tenho certeza! – falou e as quatro começaram a rir desesperadamente chamando atenção da sala toda.

- Algum problema, meninas? – Nicolau, o mesmo professor de biologia falou.
- Não, professor, tá tudo bem. – respondeu envergonhada.
- Não se preocupa, paixão, mas da próxima não interrompam mais! Vamo que vamo, galera!

O sinal tocou anunciando o intervalo. Todos estavam eufóricos, fora as meninas que estavam com sono. Tom parecia muito feliz e cochichava pelos cantos com seus amigos, sorrindo que nem um bobo apaixonado. tentava disfarçar, mas cada vez se complicava mais. Ficava vermelha e irritada quando via outras garotas falarem com Tom.

O resto das aulas foi tranquilo, até a aula de química. Aquela que as garotas mais odiavam pois eram obrigadas a sentar com os ‘losers’.

- Queridos alunos – a professora começou – TESTE SURPRESA!
- Ah, não p’sora, ninguém merece! – Dougie começou a argumentar.
- É mesmo, a gente tá no meio da semana. – Danny continuou.
- Você não vai fazer isso com a gente né? – Harry olhou com uma cara suplicante. Tom apenas balançou os ombros num gesto de ‘tanto faz’. Ele, apesar de ser um ‘loser’ até que era bem inteligente!
- Não se preocupem. Vocês farão com as suas duplas.
- Aff – as quatro falaram em coro.

- Ow, , faz aí! – Harry passou a folha em branco pra garota e se ajeitou confortavelmente na carteira.
- Você tá achando que eu tenho cara DE QUÊ?
- Hm... De patricinha nerd, com um sorriso encantador, olhos hipnotizantes,...!
-Cala boca Judd!

- Então, . – Dougie começou – pode fazer tudo, eu não sei nada!
- Era de se esperar. SERÁ QUE EXISTE ALGUEM MAIS BURRO QUE DOUGIE POYNTER?
- EXISTE DANNY JONES, ! – berrava do outro canto da sala fazendo todos rirem e Danny ficar com cara de bosta. Tom e nem se encaravam. Eles dividiram os exercícios. Cada um fazia 10 e pronto.

A última aula acabou. As meninas pegaram carona com um dos garotos do time de futebol e resolveram cada uma ir pra sua própria casa, já que elas ficavam ‘acampando’ na casa da outras e nem se lembravam direito das próprias. Elas se sentiam vazias separadas, mas elas precisavam desse tempinho pra estudar e pra curtir um pouco a vida.

- tu.... tu....tu... alô? – uma voz masculina atendeu.
- Tom? – falou empolgada – aqui é a .
- Oi, linda, como vai você?
- Bem, obrigada, e por aí?
- Suussa, só que o Jones tá aqui em casa me torrando a paciência e o Poynter provavelmente estudando na casa do Judd. Só não me pergunte estudando o quê!
- UHAUHUHAUHA, ai, meu deus, nem vou falar nada.
- Esquece eles. Vamos dar uma volta?
- Mas o Jones não tá aí?
- Tá, mas leva a tua irmã junto. A .
- Ok, a gente se encontra na frente do shopping daqui uma hora, ok?
- Certo. Beijo, linda!
- Beijo, lindo!

- ... Me faz um favor?
- Ai, , quando você vem com essa eu fico até com medo!
- Vamos pro shopping daqui uma hora, tá? Eu passo pra te buscar.
- Pra?
- Vou encontrar o Tom! – ela diminuiu a voz.
- VAI ENCONTRAR O TOM? E EU VOU SER A VELA? NEM PEN...
- O Jones vai. Por mim, ! – fez uma voz suplicante.
- Tá certo. Se ele tentar algo, ele vai ver meu lado mau. Muahahaha! – deu uma risada malvada que fez rir histericamente. – Pera aí. Como você falou com o Tom?
- Telefone.
- Mas ele tem o seu número, como ele não sacou?
- Eu usei o celular velho. Eu tenho ele desde antes de conhecer vocês.
- Ok. Te vejo mais tarde, então. Tô vendo que isso vai ser uma grande cagada! - desligou o telefone e foi pro seu quarto pensar na roupa que usaria.

Capítulo 17

- Eu não acredito que eu vou sair com o Daniel – murmurou , encostando a cabeça no vidro do carro.
- Pára de reclamar – disse – Vai ser até divertido!
- Para você, só se for. Porque para mim, vai ser um saco.
O pai de parou o carro em frente à entrada do shopping e as duas garotas saltaram, agradecendo.

- Olha – disse – Aquela blusa lilás combina com a minha saia branca!
- , não é o momento ideal para você ter ‘surtos patty’ agora – disse . As duas pararam em frente ao cinema e olhou para seu velho relógio de pulso.
- Estamos cinco minutos adiantadas... – murmurou. – Daqui a pouco eles estão chegando.
- Dá tempo de ir ao banheiro? – perguntou , cruzando as pernas. – Acho que o purê da minha avó no almoço não caiu muito bem...
- Vai lá, então. Mas não demora.

correu o mais rápido que pode e entrou no corredorzinho ao lado da bilheteria do cinema, onde ficavam os banheiros. Ao aproximar-se da porta, ouviu duas vozes familiares vindas da porta do banheiro masculino.
- Se a não quer nada comigo, eu vou investir na – disse Danny.
- É mancada você fazer isso... – murmurou Tom – Você vai ficar com ela só porque ela parece com a garota que você gosta. A não tem culpa da não gostar de você.
- Você não pode falar nada, Fletcher – disse Danny – Você pensa que eu não sei que você está com a porque ela parece a ?
- Na verdade, não é porque ela se parece... Ah, esquece isso! Você é burro demais para entender!
- Vamos fazer o seguinte então... Se a me der o fora, eu nunca mais volto a procurá-la.
não pode deixar de sorrir ao ouvir o que Jones dissera. Esqueceu completamente a dor-de-barriga e correu para onde estava.

- Tá sorrindo por quê? – quis saber.
- Nada não.

- Hey, meninas – disse Tom, aproximando-se com Danny.
- Oi – sorriu , dando um selinho em Tom.
deu seu melhor sorriso e aproximou-se de Danny, dando um beijo quase que no canto da boca do garoto.
- O que vamos fazer? – perguntou .
- Vamos ao cinema? – disse Danny – Depois a gente podia ir ao McDonald’s comer alguma coisa...
- Para mim, está ótimo – Tom disse.
Os meninos pagaram as entradas do cinema para as duas garotas.

- “Mamãe, nasceu uma espinha amarela no meu queixo” – murmurou , lendo o nome do filme na entrada – Parece encantador.
- A moça disse que era de terror – disse Tom.
- Terror das patricinhas, só se for – riu .

Os dois casais se dirigiram a sala 4, onde passaria o filme. Tom pegou a mão de , entrelaçando seus dedos com os dela, e a levou até a cadeira dupla. Para a surpresa de Danny, também pegou a mão do garoto e o puxou para a cadeira dupla ao lado de Tom e .
O olhar dos dois se encontrou e Danny sorriu. Logo, as luzes se apagaram, mas eles não desviaram os olhos. Continuavam se encarando, as mãos pequenas de brincando com as grandes mãos de Danny. Um sorrindo para o outro, enquanto ouviam as falas do trailer e o barulho de Tom e se agarrando ao lado.

- Danny... Você consegue sentir? – perguntou , os olhos brilhando.
- Sim, . Consigo sentir, e é muito forte – o garoto levou a mão em direção a garota.
- Verdade... A pessoa que soltou esse peido deve ter comido repolho no almoço – a garota riu.
A mão de Danny congelou do ar. Ele forçou um riso e levou a mão novamente ao próprio joelho, encarando a tela.

Danny passou os trinta minutos seguintes com os olhos grudados na tela. Na verdade, olhando apenas por olhar, já que seus pensamentos estavam longe.
- Gente – sussurrou Tom. – Vocês fazem mesmo questão de assistir esse filme?
- Não – disse , sincera.

Sem dizer mais nada, Tom e se levantaram, de mãos dadas, e saíram do cinema. e Danny os seguiram, ele com as mãos no bolso e ainda pensando no mico do peido.

Os quatro entraram no McDonald’s e foi com Tom comprar o lanche, enquanto e Danny guardavam a mesa.
- A sorte é que o Danny come sempre a mesma coisa – riu Tom.
- A também. – disse .
- ... Preciso te falar uma coisa...
- O que foi?
- Eu tenho chulé e tenho a mania infernal de coçar a bunda.
- Hã? – perguntou , confusa e rindo ao mesmo tempo.
- Eu acho que se a gente está junto, não podemos esconder nada um do outro. Temos que ser totalmente sinceros.
Aquilo fez o estômago de revirar. Sentiu como se estivesse traindo Tom o tempo todo.

O sorriso desapareceu do rosto da garota.

- Eles estão demorando – disse .
- Por que você não senta? – perguntou Danny.
estava de pé ao lado do sofá do McDonald’s onde Danny estava sentado.
- Ah, sei lá... – murmurou a garota.
aproximou-se dos dois para pegar a carteira de Tom, que estava do lado oposto ao de Danny.
- – disse Danny – Sua irmã não quer sentar.
- Deixa de frescura, – disse , colocando as mãos nos ombros da amiga – Senta logo.
forçou os ombros de , fazendo com que a garota sentasse ao lado de Danny, e voltou à fila.

Danny aproximou-se da menina. Era agora ou nunca. Ela olhava para ele. Era o momento certo de o garoto a abordar.
Danny aproximou o rosto de , que o virou, fazendo com que o garoto beijasse sua bochecha. Danny mordeu sua bochecha de leve e se afastou, ainda muito próximo de .
- Por que está virando o rosto? – perguntou.

- Sabe, Danny... Seus olhos são tão lindos. Eu me perco totalmente olhando para eles... - a garota o encarou.
Danny sorriu a aproximou o rosto novamente de , que colocou o dedo indicador sobre os seus lábios.
-... Mas você não faz o meu tipo.
Danny sentiu o rosto queimar de raiva. Endireitou-se na cadeira e cruzou os braços, xingando a mãe das quatro garotas e o maldito dia em que eles haviam conhecido elas. tentava controlar o riso, enquanto fingia observar crianças correndo em volta de uma mesa.

- Você tinha que lembrar da porra do trabalho de história, né, ? – resmungava , enquanto as duas subiam as escadas em direção a biblioteca do colégio.
- Você queria o quê? Que a gente tirasse zero? – disse , deixando o celular no silencioso e colocando-o de volta na bolsa tira-colo.

- Hey – as meninas ouviram, ao entrar no corredor – O que fazem aqui na escola esse horário?
- O mesmo que você, Harold – disse , ao ver o livro sobre os reis ingleses embaixo do braço do garoto.
- Não precisavam ter vindo – disse Dougie, aproximando-se dos três – Os professores não iam deixar vocês ficarem com zero, mesmo.
Ele sorriu ao ver o rosto de contraído pela raiva.
- Pelo menos nós tiramos dez, Poynter – disse , tentando acalmar-se.
- Só assim também – ele riu.
- O que está querendo insinuar? – perguntou , a raiva subindo a cabeça novamente.
- Que a única coisa que você serve é para dar uns pegas. Ah, e depois descartar, lógico. Porque ninguém te aguenta.
Antes que Dougie pudesse despejar mais insultos, com um forte estalo, deu um tapa no rosto de Dougie.
O garoto levou a mão a bochecha vermelha e encarou a ex-namorada, boquiaberto.

- Não esquenta, – disse Harry, de modo que Dougie não pudesse ouvir – Ele só fala isso porque sente sua falta.
- Quem se importa? – disse , sentindo a veia em sua testa latejar de raiva.

- Hey – disse Dougie, agora já recuperado do choque – Sabia que seu soco doía mais?
- Jura? – disse , calmamente, arqueando a sobrancelha.
- Juro – Dougie riu, ironicamente.
Quando se deu conta, o garoto estava caído ao chão, o nariz sangrando e doendo insuportavelmente. Mais uma vez, havia apanhado da garota que chamava de ‘anã de jardim’.

- Cara! De novo! – disse Harry, abaixando para ajudar Dougie a se levantar.
Enquanto puxava Dougie, Harry observou encarar o garoto ensanguentado e se afastar. Teve a impressão de ter notado um ar de preocupação no olhar da garota.

Capítulo 18

- INFERNOOOOOOOOO! – berrava pelos corredores da escola chamando atenção de todos.
- , se acalma. Senta aí! – apontou para um banco – e espera eu pegar os livros porque a gente não teve a oportunidade de pegar graças ao Senhorzinho Douglas Poynter.

saiu andando em direção a biblioteca e viu um grande aglomerado e um garoto saindo do meio acompanhado de uma senhora, a enfermeira da escola. Voltou seus pensamentos para o trabalho de história. Pegou os livros e se dirigiu ao balcão para registrar a ‘locação’, mas antes que pudesse chegar lá...

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! HAROLD JUDD, SAI DE CIMA DE MIM!
- Malz aí, ! Nem tinha te visto!
- SAI... SAI... SAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! – a garota estava irada e chutava o garoto que ainda estava em cima dela – VÊ SE OLHA POR ONDE ANDA!
- DÁ PRA VOCÊ PARAR DE GRITAR? A GENTE TÁ NUMA BIBLIOTECA!
- Sr. Harold Judd. Acho que a diretora iria adorar ter uma conversinha com você sobre ficar fazendo tumulto no meio da biblioteca. - Mel, a bibliotecária falou de um jeito autoritário. – e antes de você ir, ajude a a recolher os livros que você derrubou!
-Toma. – Harry praticamente jogou os livros em cima da garota e saiu batendo o pé em direção a diretoria.
- Brigada! – respondeu num sussurro e rindo.

- Demorou, hein, honey! – falou quando voltou.
- É, digamos que houve um pequeno incidente no qual Harold Judd foi direto para a diretoria.
- Han?! – perguntou. explicou tudo, desde o momento que Dougie saiu acompanhado pela enfermeira até o momento que Harry foi para a diretoria. – Como você é má!
- Má? Eu? – perguntou indignada – Sou mesmo! UAUHUHAUHA

Na diretoria...

- Então, Sr. Judd. Achei que não iria encontrá-lo mais por aqui, já que as meninas que você andava e que causavam os maiores problemas, na verdade, resolveram virar gente!
- A CULPA NÃO FOI MINHA, FOI A...
- Sr. Judd, o senhor poderia se acalmar, por favor? – a diretora falou de um jeito maternal.
- QUE DROGA, TUDO É MINHA CULPA! SÓ MINHA NÃO, MINHA E DOS MEUS AMIGOS, TUDO QUE ACONTECE NESSE BOS...
- Vamos ver, o que você acha de uma mistura de DETENÇÃO hoje e mais SUSPENSÃO amanhã? Sorte sua hoje ser quinta-feira. O Senhor só precisa voltar aqui na segunda. Tenha uma boa tarde. – a diretora levantou-se e abriu a porta, num sinal pra o garoto se retirar.

- Hey, Judd! Cadê o Dougie, cara? – Danny apareceu correndo.
- Não enche, Jones!
- Qual é, dude?
- O Dougie provavelmente está na enfermaria, já que a conseguiu quebrar o nariz dele, de novo! E eu estou indo em direção à sala de detenção e para a alegria de todos e tristeza de vocês só volto aqui na segunda feira.
- Como assim, só na segunda?
- Suspensão, por causa da . Se bem que a culpa também foi minha! – a última frase falou mais para si mesmo do que para o amigo.
- Ai, que seja! Ow, tou precisando duma ajudinha! – Danny corou.
- Pode ser depois da detenção? – Harry falou desanimado.
- Ok!
O resto da manhã foi sossegado. Dougie foi para um hospital cuidar do nariz e acabou nem voltando para a escola. Tom estava muito pensativo e quieto, ninguém sabia o que estava acontecendo. Harry passou seu tempo livre todo na detenção e Danny estava eufórico. As meninas estavam na mesma. desfilava com um sorriso bobo e apaixonado pelos cantos. ainda estava com raiva, embora um ar de preocupação passasse por seu rosto constantemente. estava meio sonhadora, mas atenta a tudo que acontecia e não largava os livros de história e fazia anotações em seus cadernos.

- Hey, Danny – Harry chegou pulando em cima do amigo, como não fazia há tempos. – Qual o esquema da ‘ajudinha’? Tou liberado da detenção.
- Então é o seguinte... – Danny explicou tudo e repetiu de novo quando Tom se juntou a eles. – ... Entenderam?
- Yeah! (y) – Tom e Harry falaram juntos e olharam direto para onde estava rindo com suas amigas. – Vamos começar logo!

- Gente, vocês vão colocar imagem no trabalho? – perguntava digitando desesperadamente suas anotações no notebook.
- Acho melhor colocar, não? Vai ficar mais bonito além de dar um... – respondia sorrindo até... - AHHHHHHH! FLETCHER, SEU FILHO DA MÃE! – Levantou-se e olhou direto para sua blusa – ISSO É SUCO DE UVA? VAI MANCHAR! – saiu correndo para o banheiro.
- Tô indo lá com ela – Harry, que estava junto com Tom, cuidadosamente colocou seus pezinhos delicados em cima do banco de e quando ela levantou, sua saia ficou presa, rasgando um bom pedaço – JUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDD! AHHHHHHHHH... – puxou a jaquetinha de que estava em cima da bolsa e se cobriu. Sai correndo em direção aos portões da escola.
- Que é que esse botão faz? – Tom pegou o notebook e apertou o botão, fazendo todo o trabalho sumir.
- VOCÊ ME PAGA, SEU LESO! VOU TER QUE DIGITAR DE NOVO! , te vejo em casa mais tarde! – pegou suas coisas e foi saindo.
- ESPEEEEEEERA, eu vou embora com você, lembra? Ah , desculpa, mas minha carona é importante! – saiu correndo atrás de .
- Fase um, completada! – Tom e Harry juntaram as mãos e fizeram uma dancinha engraçada.

Ao mesmo tempo, no banheiro feminino...

- Ai que saco, justo a minha blusa preferida? Ai, o Fletcher vai me pagar, e pagar beeeeeeeeem caro por isso ou eu não me chamo .
- Você não se chama . Na verdade, você se chama ! – Uma voz masculina saiu de dentro de um dos boxes.
- Jones. Que você tá fazendo aqui? – a garota olhou para ele com um olhar ameaçador, fazendo o garoto vacilar por um momento.
- E-eu precisava falar com você, mas já que você tá sempre grudada com aquelas garotas e...
- PEEEEEEEEEEERA aí. Rebobina e para! Você está dizendo que o Fletcher fez isso com a minha blusa preferida pra VOCÊ poder falar COMIGO? Jones, você tá pensando o quê? Você tem noção de quanto eu paguei... – Foi interrompida por um beijo. Ela resistiu no começo, tentava de qualquer jeito estapear o garoto, mas quando viu que era impossível, ele era mais forte e maior, acabou cedendo. – Por que raios todo mundo vem querendo me beijar assim, do nada?
- Porque você é irresistível e EU TE AMO, PORRA! – Danny se exaltou fazendo a garota recuar – Meu, faz anos que eu gosto de você, mas você sempre pareceu nunca se importar comigo. Sempre estava brincando com meus amigos, abraçada, pendurada neles e comigo era diferente, parecia que você não queria que eu chegasse tão perto. Você sempre dava um jeito de sair quando estávamos nós dois a sós e... – Ele não podia acreditar, a garota o estava beijando. – Uau!
- Eu também te amo, seu tonto! – fez uma cara inocente – Mas que isso fique só entre nós e FORA DA ESCOLA, ouviu?
- Sim, senhorita! – bateu continência e beijou a garota mais uma vez. – E eu que um dia pensei em te trocar pela !
- Falou alguma coisa, Jones? – olhou de canto de olho. - Não, não falei NADA!

Capítulo 19

- Merda – murmurava , se jogando na cama de sua casa – Tenho que confessar que não ligaria muito em tempos antigos... Mas pagar mico na frente do Thomas me incomoda um pouco.
O celular velho tocou e ela já sabia quem era.

- Alô? – atendeu, mais animada dessa vez.
- Lindinha! – berrou Tom.
O sorriso de desapareceu. Ela lembrou do que Tom falara na fila do McDonald’s e resolveu tomar uma decisão.

- Eu preciso ver você – ela disse, séria.
- Eu também! – a garota percebeu através da voz dele que ele sorria – Que tal nesse fim de semana?
- Não, Thomas – ela respirou fundo – AGORA.
- A saudade é tanta assim, é?
- Tom, vai agora para o mercado, em frente à prateleira de batatas. Por favor.
- Agora? É que meu amigo está aqui em casa. A ex dele quebrou o nariz dele e ago... Ai, Poynter! Enfia essa almofada no teu cu inflamado!
- Eu uso Hipoglós, porra! – a garota ouviu Dougie responder.
- Ele ainda gosta da ex? – perguntou, esperançosa. Se Dougie e voltassem, tudo finalmente se acertaria.
- Ah, a gente conversa direito no supermercado. Não é uma boa falar essas coisas perto dele...
- Vocês vão fazer sexo por telefone? – Dougie disse, na outra linha agora, com a voz fanha por causa no nariz quebrado.
- Douglas, VA-ZA! – Tom disse, irritando-se. – A gente conversa lá, então . Te amo!
- Até – a garota desligou o telefone. Nunca mais iria falar ‘eu te amo’ para Tom como .

- O Dougie é o único que não estava sabendo de nada – disse por fim.
- Se ele soubesse, provavelmente iria melar com tudo – disse , a orelha vermelha de ficar tanto tempo no telefone ouvindo contar e recontar, com o máximo de detalhes possíveis, o que acontecera depois que ela e haviam saído. estava com o ouvido encostado no lado oposto ao de no telefone, também ouvindo a conversa.
- Eu ajudei ao final – falou alto, para que ouvisse do outro lado da linha – Quebrando o nariz de Dougie.
- Para alguma coisa útil serviu – riu.
- Certo – disse , pensativa – Então os únicos que sabem que vocês dois estão juntos somos nós e os losers, enquanto você não liga para a Nanda.
- Os losers menos o Dougie, né – completou .
- Será que vai ser fácil esconder isso dele? – perguntou , preocupada.
- Vai ser baba! - riu – Acho que ele não se toca nem se você agarrar o Danny a um palmo do nariz quebrado dele!

- Lindinha – sorriu Tom, ao ver a garota olhando para os pacotes de batata sabor churrasco, para variar.
- Tom – murmurou , impedindo que ele a beijasse. – Preciso te falar uma coisa...
- Fala – ele sorriu.
- Você lembra que você falou que deveríamos ser sinceros um com o outro?
- Sim.
- Eu não fui sincera com você. Eu menti, Thomas. – a garota tomou fôlego antes de continuar. – Não existe , Thomas. Não existe , nem . É tudo falso, Tom.
A garota esperou que ele falasse algo, mas como o garoto não disse nada, continuou.
- Eu sou a , a . Antiga amiga de vocês – engoliu seco. – Nós nunca fomos pattys, não de verdade. Fizemos isso para irritar você e os garotos, principalmente o Poynter. A foi a maneira que encontrei de ser eu mesma.

encarou os olhos castanhos de Tom. Sem expressão de surpresa, sem raiva no olhar, absolutamente NADA! Tom não expressava nada! Que diabos estava acontecendo? Ao notar a expressão incrédula de , Tom não pode conter o riso.
- Eu já sabia! – ele disse – Estava esperando você me contar e forcei um pouco a barra ontem.

ficou boquiaberta.
- Ah sim, eu não tenho a mania infernal de coçar a bunda. Falei aquilo para você confirmar a verdade mais rápido. Já o chulé...
riu, mais de alivio do que da brincadeira de Tom.
Tom envolveu a cintura da garota com os braços e a beijou como jamais a beijara. Havia guardado aquele beijo para . O garoto não escondia a felicidade de descobrir que estivera certo sobre .

- Hey – ele disse, quando finalmente se separaram, puxando para mais perto de si, mas de maneira que mantivessem contato visual – Eu te amo, !
sorriu de orelha a orelha. Era muito bom ouvir aquilo! Melhor do que ela imaginava. Os dois se envolveram em um beijo novamente.
- Só uma coisa – disse, enquanto Tom andava abraçado com ela, a caminho da casa da garota – Não conta isso da gente não ser patty de verdade para os meninos, por favor.
- Eu não vou contar – Tom disse, beijando a testa da garota.

No dia seguinte, Dougie resolveu aparecer na escola, na esperança de ter a oportunidade perfeita para dar uma rasteira em e quebrar-lhe as pernas. Ao aproximar-se do grande portão, viu um tumulto entre as meninas.
- Eu fui convidada! – berrava Hayley, a um canto.
- Eu não – dizia Claire, desgostosa. – Tenho certeza que é porque eu beijei o ex da amiga dela...
- Não mandei ser traíra! Olha o ex de quem você vai beijar, Claire! – disse Sally – Eu fui convidada também! – comemorou a garota.

Dougie não pode conter a curiosidade. Lançou seu irresistível olhar 43 para Lucy, que não hesitou em ir ao seu encontro. Ele era um loser e tinha conhecimento disso. Mas sabia que, apesar de não ser considerado um dos garotos mais legais da escola, era considerado um dos mais bonitos. contara a ele, pouco antes de começarem a namorar, que as meninas tinham uma lista dos mais gostosos do colégio pregada na porta do último box do banheiro feminino e que ele e os três amigos estavam na lista, que continha pouquíssimos nomes, se comparada a quantidade de homens naquela escola. Merda! Lembrar de era o que ele menos queria. Sentia o nariz latejar, só de pensar em algo que ela costumava gostar. Dougie jurou aposentar seu baixo amarelo quando chegasse em casa. Lembrava-se muito bem de como gostava mais do baixo do que de Dougie mesmo, talvez.

- O que está acontecendo? – perguntou a garota, que sorria abobada.
- A ... Parece que está organizando uma festa na casa dela só para meninas. E parece que as meninas vão dormir por lá, mesmo.
- E quando vai ser?
- Sei lá. Obviamente a não iria convidar a pivô da separação de Douglas Poynter e , né?
Dougie deixou a garota falando sozinha. Por que diabos tinham que falar dela? Estava louco para achatar e deixá-la mais baixa do que já era.

A festa de espalhou-se por toda a escola. Um convite para a tal festa valia mais que ouro.

Capítulo 20

- , eu não aguento mais essas menininhas frescurentas correndo atrás de mim! Elas querem que eu arranje convite pra sua festa de todo jeito! – chegou correndo.
- Ai senhor. Sinto muito, mas... isso vai ser uma festa particular, além do mais que já vai ser AMANHÃ! – falou sorrindo.
- Quantas pessoas mais ou menos? – perguntou curiosa – Criança feliz quebrou o nariz, foi pro hospital, tá passando mal... – cantou ao ver Dougie passar.
- Voltando ao assunto... Ela mandou entregar 20 convites, , mas acho que vai ter umas 30 pessoas – virou os olhos e riu ao ver a cara de Dougie.

O resto do dia foi a mesma coisa. Garotas correndo atrás das meninas, tentando conseguir convite e elas falando sempre a mesma coisa: os convites acabaram. O sinal bateu e os alunos foram correndo para casa, não aguentavam mais ver escola. Harry estava suspenso, por isso seus amigos resolveram lhe fazer uma visitinha e as meninas foram direto para a casa de , para começar a organizar tudo.

- AMOR! – Harry abraçou Dougie com uma cara maliciosa.
- Hey Harry, aqui não poxa! – respondeu se afastando.
- Ow! Assim eu fico com ciúmes. – Danny se juntou ao abraço.
- Aff, onde será que eu consegui tantos amigos gays? – Tom falou pra si mesmo rindo dos amigos.

- Os colchões na sala de TV, os DVDs alugados, muito sorvete, pipoca, batatas, refrigerante, suco... – falava pras amigas enquanto as outras corriam pela casa pra ver se estava tudo certo. – será que eu esqueci de alguma coisa?
- Bebida alcoólica! – berrou.
- BÊBADA! – as três berraram e ficou vermelha.
- Hey... – começou – o que vai tocar de música nessa festa?
- Poutz! – deu um tapa na cabeça – bem lembrado! (y)
- Os CD’s já estão na sala de TV também, honeys. – sorriu de lado. – Vamos ter que aguentar PCD, Spice, Hilary Duff, ... – a cada nome dito elas faziam uma careta pior que a outra – mas vai ser divertido. Espero!

As quatro resolveram descansar depois de ver e rever se tudo estava certo para a festa. Estavam completamente entediadas então resolveram ir dar uma volta no parque. Pegaram suas bikes e foram pedalar. Voltaram já era noite, tomaram um banho, pediram uma pizza e ficaram conversando. Quando viram já passava da meia noite, então resolveram ir deitar.

Os meninos passaram a tarde toda jogando vídeo-game e resolveram tentar adiantar o trabalho de história. Não preciso dizer que a única coisa que saiu foi bobagem né? Eles deram uma pausa pra comer e tentaram voltar ao trabalho.

- Desisto, meus quatro neurônios não colaboram. Tenho saudades da época que as meninas faziam isso com a gente. Elas pelo menos estimulavam nosso cérebro a pensar. – Danny comentou coçando a cabeça e jogando o lápis que segurava, longe.
- Chega, to fora, vou dormir. Assunto garotas, ex-amigas me dá sono. Fui! – Dougie saiu correndo da sala.
- Ele sente falta da – Tom falou.
- Ele tem de quem sentir falta. Vocês dois também! – Harry falou desanimado e subiu para seu quarto. – BOA NOITE! – berrou lá de cima.

Não demorou muito e Tom e Danny acabaram dormindo, no sofá mesmo. Eles estavam muito cansados, apesar de muito felizes. Eles tinham motivos para estarem felizes, já que estavam namorando as garotas que eles amavam.

O dia seguinte chegou. As meninas acordaram já era meio dia e meia. Tomaram um banho e foram almoçar. Elas escolheram seus melhores pijamas para poderem arrasar na festinha e resolveram entrar na internet.

- Olha, olha... – apontava para a tela do computador.
- Que foi? – as quatro juntaram a cabeça para tentar ver o porquê da agitação da amiga.
- Vai ter festival de bandas na cidade. Ah, eu vou ter que falar pro Tom!
- O Danny vai ficar tão feliz! – suspirou. não parava de rir, mas no fundo sentia uma pontinha de ciúmes das amigas. simplesmente ignorou, não queria o fato de Dougie ficar animado com essa notícia.
O dia passou depressa. Quando chegaram sete e meia elas se trocaram. Estavam lindas e completamente sexys com seus baby dolls, que mais pareciam roupas intimas, mas ignorem, só iria ter meninas na festa. Oito horas as convidadas começaram a chegar.
Umas vinham acompanhadas de seus ursinhos de pelúcia, outras de seus travesseiros. Usavam todo o tipo de pijama, calça, blusas curtas, compridas, camisolas,...

Assistiram todo tipo de filme. Ia desde terror até o romance mais água com açúcar, que fez todas as meninas, exceto as quatro, chorarem.

- Duuuuuuuudes... É hoje a festa da ? – Harry se levantou do nada, fazendo Danny se engasgar com a água que estava bebendo, Tom dar um pulo no sofá e Dougie perder para o vídeo-game.
- É sim cara, por quê? – Danny perguntou ainda ofegante.
- Anda... Vem... Tom, Danny peguem o violão que eu tive uma idéia. Dougie, levanta essa sua bunda sexy daí. – Harry pegou as chaves do carro e já foi saindo.
- Vai zoando que eu vou ao mesmo lugar em que aquela anãzinha da vai estar!
- Vai ficar mesmo? – Tom estava com o violão dele e de Danny na mão e saiu.
- VOU! – Dougie berrou ao ver o amigo do lado de fora da casa.
- Então tchau! – Danny fechou a porta sem nem dar tempo do outro responder.
- IDIOTAS!

, , e não se conformavam com as atitudes das meninas. Elas viram umas formigas e fizeram o maior escândalo. Esse estava sendo o dia mais engraçado da vida delas. Estavam fazendo guerrinha de almofadas e conversando. Falavam de tudo, principalmente garotos quando...

- Vamos dançar? – Sally pulou animada.
- Yeah! – todas berraram. levantou e colocou um CD das PCD e todas levantaram. As outras patys tentavam imitar exatamente todos os movimentos das quatro que, por incrível que pareça dançavam incrivelmente bem.

- Que isso? PCD? – Danny perguntou pros dois amigos ao ouvirem a música ‘Buttons’ que tocava e ver a sombra de e dançando perto da janela.
- Nossa, será que elas na tinham uma roupa mais curta? – Tom zoou e recebeu um pedala de Harry e um olhar fulminante de Danny – Tá, não tá mais aqui quem falou! Vamos acabar logo com isso!
- Acho que eu to sem coragem! – Harry abaixou a cabeça.
- NEM VEM! Você que teve a idéia brilhante, agora faz! – Danny falou e começou a tocar no violão. Harry respirou e começou.

Would you dance
If I asked you to dance?
Would you run
And never look back?
Would you cry
If you saw me cryin'
Would you save my soul tonight?


- Que é isso? – correu pra janela e viu Tom e Danny no violão enquanto Harry cantava.
- Hm... ? Acho melhor você dar uma olhadinha nisso aqui! – falou contendo a gargalhada. simplesmente virou, já que ela estava do lado da janela. Ficou vermelha e abriu o vidro pra ver se escutava melhor.
Would you tremble
If I touched your lips?
Would you laugh?
Oh please tell me this.
Now would you die
For the one you love?
Hold me in your arms tonight.


- Imbecil! – falou e viu que TODAS as outras meninas se espremiam na janela para ver o que estava acontecendo. Saiu correndo tropeçando na escada e abriu a porta da frente. Tentou esconder o sorriso que se formava, mas não obteve muito sucesso, tentou mais uma vez e o máximo que conseguiu fingir foi uma cara de ‘brava’. – Cala a boca, garoto! – Harry olhou pra ela. Passou os olhos por todo o seu corpo, a deixando vermelha. Ela fez o mesmo, mas ele nem reparou, apenas continuou cantando.

I can be your HERO, baby.
I can kiss away the pain.
I will stand by you forever
You can take my breath...
.

Nem teve tempo de terminar a frase. simplesmente o puxou pelo pescoço e lhe tascou um beijo.
- Away! - Harry terminou de cantar num sussurro quando a garota cortou o beijo - Te Amo! E eu sabia que você me amava e queria me beijar!
- Na verdade foi só pra calar a sua boca, Harold! – falou séria.
- M-mas... – Harry perdeu o sorriso e começou a gaguejar.
- To brincando, seu tonto! – falou séria – eu queria te beijar e eu também te amo. Mas longe da vista daqueles seres que estão pendurados na minha janela tentando saber o que nós estamos falando.
- Aceita ser minha namorada?
- Sim – respondeu ainda séria. Ele se aproximou na tentativa de um beijo, mas acabou tomando um tapa na cara.
- HEY! – ele berrou – QUE FOI ISSO?
- HAROLD, VAZA DA FRENTE DA MINHA CASA! – ela olhou suplicante e apontou pra janela com a cabeça – E VÊ SE VOCÊ E SEUS AMIGOS CRIAM VERGONHA NA CARA E NÃO SAEM SÓ DE BOXERS NA RUA! – ela entrou na casa e bateu a porta. Começou a ter um ataque de riso silencioso ao lembrar da cara de Harry ao levar um tapa e ao perceber que eles realmente estavam SÓ de boxers.

- Nossa, quem aquele loser pensa que é? – Hayley entortou a boca.
- É, um idiota mesmo! – respondeu – Mas um idiota fofo – sussurrou só pras suas amigas.

Elas ficaram curtindo a festa até altas horas e quando realmente cansaram foram dormir. foi obrigada por , e a contar tudo o que aconteceu no andar debaixo e elas foram dormir já eram quase oito da manhã, ou seja, umas três horas depois que as outras.

- Agora sim eu sou uma pessoa feliz! – Harry abraçou Danny e Tom – valeu pela ajuda... E por terem pagado o mico das boxers comigo!
- De nada cara! Considere isso o pagamento pela ajuda que você me deu com a ! – Danny sorriu.
- Mas pra eu tu tá devendo ainda! – Tom falou sério e gargalhou ao ver a cara do amigo – Zuera duuuuude!
- Nossa, que estardalhaço é esse? Não posso nem dormir direito! – Dougie apareceu com a cara amassada – qual o motivo da alegria? – bocejou e falou antes dos três abrirem a boca – ! Tá, não quero saber! – saiu pra cozinha.

As garotas (todas as garotas) acordaram já eram duas da tarde e foram embora assim que se trocaram.
- A festa foi demais! – Jully falou sorrindo e dando um beijinho em .
- Com certeza, me diverti muito – Sunny disse.
- Tchau, girls! – as quatro berraram e entraram. Por incrível que pareça a casa estava limpa. As patys tinham senso de higiene.
- Vou dormir! – as quatro falaram e sorriram. Subiram correndo e se jogaram na cama adormecendo instantaneamente. Precisavam estar inteiras para o dia seguinte na escola.

Capítulo 21

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Dougie, entrando na sala de aula e aproximando-se dos amigos – Vocês estão estranhos...
- Não é nada – disse Harry.

*FLASHBACK*

- Nossa, que estardalhaço é esse? Não posso nem dormir direito! – Dougie apareceu com a cara amassada – qual o motivo da alegria? – bocejou e falou antes dos três abrirem a boca – ! Tá, não quero saber! – saiu pra cozinha.
- Dude... – murmurou Tom – É melhor ele não saber de nada.
- Por quê? – perguntou Danny.
- Simples: ele não pode saber que estamos com elas – disse Tom, abaixando o tom de voz. – O Dougie pode melar tudo! E eu não quero que a fique brava!
- Peraí! – gritou Harry, despertando de seus pensamentos – Você não estava com a... a ? Explica direito essa história.

Tom olhou para os lados, com cara de ‘fiz caquinha’.
- Bom... – tentou pensar numa desculpa. Sabia que Danny com certeza a engoliria, mas Harry era esperto demais. Tom chegara até a pensar que Harry sabia que e suas irmãs eram na verdade as quatro garotas mais populares da escola.

- Está bem... – Tom respirou fundo – Vocês lembram das irmãs da , certo?
- Não me lembre! – Danny quase berrou. Tinha traumas por causa de .
- Fala baixo, porra! – Harry disse, olhando para a cozinha – O que têm elas?
- Bom... – Tom abaixou mais ainda a voz, num sussurro quase inaudível. Harry e Danny tiveram que ficar a centímetros do rosto do amigo para ouvir. – São elas.
- Eu sabia! – Harry sussurrou, dando um soco no ar.
- Elas quem? – perguntou Danny, confuso.
- Anta! – disse Tom, ameaçando soca-lo da cara. – , , e . , , e !
- É? Mas elas não são nem parecidas... – disse Danny, colocando a mão no queixo, como quem quisesse achar alguma semelhança entre a maldita e sua namorada. Realmente, o traumatizou.

Tom e Harry se encararam.
- Elas não são parecidas... – disse Harry. – Elas são a mesma pessoa...
Tom olhou para Harry confuso. Aquilo não fazia sentido nenhum.
- É, isso faz sentido! – disse Danny, o rosto se iluminando – Elas não são parecidas porque são a mesma pessoa! Eu falei!
- Hã? – Tom murmurou, confuso.
- Então... – Harry interrompeu, antes que Danny tivesse outro momento pouco inteligente. – Por que duas personalidades?
Tom resumiu a história que havia contado a ele.

- É... Faz sentido! – disse Danny.
- Finalmente alguma coisa com sentido faz sentido para o Danny! – disse Harry, erguendo as mãos para o céu.
- O que faz sentido para quem? – disse Dougie, entrando na sala.

- Nada não, tampinha – disse Tom, colocando a mão sobre a cabeça de Dougie, como se o achatasse.
Ele realmente sabia como irritar o amigo.
- TAMPINHA? – berrou Dougie. Tom saiu correndo em volta do sofá, Dougie logo atrás dele.

*FIM DO FLASHBACK*

- Tudo bem então – disse Dougie, erguendo os ombros e sentando-se atrás de Danny.
A sorte dos meninos é que Dougie era fácil de enganar.

Os olhos de Danny voltaram-se para a porta: estava entrando na classe, acompanhada de . A garota passou ao seu lado, dirigindo-se às carteiras mais ao fundo, onde e estavam sentadas, deixando um papel em cima de sua mesa e piscando.
Danny olhou para trás, verificando se Dougie não havia visto nada. O garoto estava entretido demais com sua revista sobre répteis, como sempre.
Danny abriu o papel dobrado.

- FESTIVAL DE BANDAS NA CIDADE! – gritou.
- Hã? – Dougie levantou os olhos, encarando o amigo por cima da revista.
- Er... Achei no chão. – mostrou o panfleto que o entregara.
- PUTA QUE PARIU! – Dougie largou a revista na mesa.
Harry tomou o panfleto da mão de Danny e começou a ler.
- A gente podia participar... O que vocês acham? – disse Tom, olhando o papel por cima do ombro de Harry.
- A gente podia? – disse Dougie, sorrindo – A gente VAI participar, dude!
- É a nossa grande chance – disse Harry, batendo com as costas da mão no papel.

Aulas, aulas e mais aulas. Os meninos não conseguiam mais aguentar ficar longe de suas namoradas. As namoradas não conseguiam aguentar ficar longe dos meninos. E e Dougie não suportavam mais ficar perto de seus melosos amigos apaixonados.

- Marquem um encontro com eles, oras – disse , apoiada sobre o cotovelo da mesa do refeitório, a mão comprimindo a bochecha e o tédio tomando-lhe conta. Nunca mais iria querer ouvir falar sobre os beijos do Danny, a covinha do Tom e a voz do Harry. NUNCA!

- Mas e você? – perguntou .
- Eu é que não vou ficar de vela, né? - respondeu.
- A gente podia chamar o Dougie... Ai você não ficava de vela – sugeriu .
- Prefiro passar o resto de minha vida como patty, obrigada.
- Não tem problema MESMO? – perguntou .
- Não – bufou.
- Sério mesmo? – perguntou .
- Sério. Não tem problema.
- Mas... – ameaçou falar.
- JÁ DISSE QUE NÃO TEM PROBLEMA, PORRA! – a interrompeu.

As meninas escreveram um recadinho em um dos guardanapos para os meninos. levantou-se da mesa, fingindo que ia jogar sua latinha de chá diet e seu pacote de bolachas diet sem gordura trans no lixo. Enquanto jogava a latinha, arremessou o guardanapo na mesa ao lado do lixo.
Danny pegou um guardanapo que acabara de voar para seu colo e olhou para a direção de onde ele veio, apenas sorriu para ele, e Danny entendeu o recado. Olhou para Dougie e certificou-se de que ele voltava toda a sua atenção para o sanduíche de mortadela que comia e abriu o guardanapo discretamente.
Às 4 horas na casa da . Não faltem!

OBS: Se o Dougie aparecer, digam adeus aos seus futuros descendentes.

Amamos vocês <3


Capítulo 22

- Tô com medo! Imagina o que essas loucas podem fazer com os nossos... hm... futuros descendentes?! – Danny sussurrou meio incerto de estar falando algo útil.
- Que descendentes você tava falando, dude? – Dougie perguntou.
- Ah, sobre o trabalho de história... – Tom começou.
- Isso! Ele tava falando que os reis passam os títulos para os descendentes! – Harry sorriu nervoso, isso foi a primeira coisa que veio na cabeça dele.

Tiveram aula de química naquele dia. Dougie estava achando estranha a falta de discussão dos amigos com as ‘divas’, mas mesmo assim resolveu ficar quieto. Na aula de literatura tudo estava tranquilo. De vez em sempre, , e comentavam baixinho sobre os namorados, fazendo ficar mais entediada ainda. Ela virou o rosto procurando algo interessante pela sala e seu olhar se encontrou com o de Dougie. Ficaram se encarando por alguns segundos até o professor mandar o garoto ler o texto do livro para a sala, o que fez os dois ‘acordarem’ para a vida.
O sinal bateu e saiu correndo da sala. Ela tinha que devolver os livros na biblioteca e sabia que as amigas iam enrolar o máximo para sair da sala, pois iam ficar discutindo qual era o melhor namorado.
- Hey garotas, semana que vem é o aniversário da , né? – falou sorrindo.
- Verdade! A gente podia fazer alguma coisa! – fez uma cara pensativa.
- Ah, pensem aí, porque eu não sou boa em pensar! – entortou a boca e as três riram.

Encontraram já as esperando na saída e foram embora. Almoçaram numa lanchonete porque nenhuma delas estava a fim de cozinhar, deram umas voltas e foram pra casa de , menos , pois ela não queria ficar de vela. Morgaram o dia todo. Aliás, quase o dia todo, pois elas resolveram fazer algumas das tarefas da escola. Quando foi 3 horas elas subiram, tomaram um banho e se trocaram. 4 horas da tarde...

Din don...

- Oi linda! – Tom abraçou e deu um selinho na garota – a casa é da e você que abre a porta?
- Bom, na verdade ela iria abrir a porta... – parou - ...se a não tivesse conseguido bater o joelho na quina na parede e feito um corte e ela não tivesse que ajudar a menina com os ‘primeiros socorros’!
- O que aconteceu com a ? – Danny entrou correndo empurrando Tom e – AMOOOOOOOOOOOOOOR?
- Hey gatinho! – entrou na sala - Eu to bem, foi só um arranhão!
- Achei que fosse te perder!
- Danny... acorda, meu! Eu só bati o joelho! – a garota deu um pedala no namorado.
- Ah, é verdade, né? – ele falou fazendo a garota sorrir e lhe dar um beijo bem carinhoso.
- Podem parar com isso! – Harry falou sério – Tá faltando uma!
- Na verdade faltavam duas, mas já que eu cheguei, só falta uma, que não vai chegar porque não queria ficar de vela! – disse.
- Na verdade, a uma que eu tava falando era a ! – Harry falou bem sério. fechou a cara!
- Sério? Tá bom, então. SAI... DA... MINHA... CASA!
- Hey... Amorzinho da minha vida, eu tô brincando! – a garota nem respondeu, apenas virou as costas e subiu as escadas calmamente.

Os amigos se entreolharam. Acharam estranha a reação da garota e fizeram sinal para o Harry ir atrás dela. Ele subiu correndo as escadas. A casa era muito grande e ele nunca tinha ido ao 2º andar, nenhum dos meninos haviam ido ao segundo andar. Ele viu uma porta entreaberta e foi na direção. estava lá, procurando algo em uma prateleira que continha apenas DVD’s.

- Hey, aconteceu alguma coisa? – ele perguntou apreensivo.
- Nem! Só tava com vontade de fazer ceninha! – ela riu marotamente, deu beijo nele e ele fez uma cara de alívio – cCdê os outros?
- Ficaram lá embaixo, ué! É pra chamar?
- Uhum, e manda a trazer as batatas! – ela voltou a atenção para os DVD’s.
- Ô CAMBADA? – ele berrou – A TÁ MANDANDO VOCÊS SUBIREM! AH, , É PRA VOCÊ TRAZER AS BATATAS!
- Nossa, se fosse assim, eu mesma teria chamado! – os dois riram.

e Tom estavam numa melação só, abraçadinhos e discutindo quem amava mais quem. estava na cozinha abrindo todos os armários em busca das malditas batatas.

- Cadê a porra das batatas? – sussurrava.
- Hey, não tá achando? – Danny a abraçou.
- Nem, acho que acabou. – ela fez uma cara triste – Já sei! Danny, vai pro andar de cima que eu já vou - o garoto obedeceu. Ela saiu da cozinha, pegou a carteira, chegou do lado de , abriu a mão da menina e... – Para com essa melação e vai comprar batatas! – subiu correndo antes da outra reclamar.
- SUA VACA! – berrou e em seguida virou pro namorado – Quer ir ao supermercado?
- Nem é bom a gente sair junto. Tipo, você vestida de patty e eu! Fica aí, que em 10 minutos, no máximo, eu volto. Até decorei as malditas batatas que você compra.
- Ok. – ela beijou o namorado e subiu as escadas.

Ficaram conversando sobre o festival de bandas e tudo mais. Tom chegou exatamente 10 minutos depois de ter saído e se juntou aos amigos que o estavam esperando para assistir ‘Star Wars’.

- Como eu sentia falta disso! – Harry estava sentado no chão e a namorada estava encostada em suas pernas.
- Pois é dude, ‘Star Wars’ sem elas não tem graça! – Danny fez sinal de positivo com as mãos sem se mexer muito, pois estava com a cabeça em seu colo e deitada no sofá.
- É, mas ainda tá faltando duas pessoas, pra ficar tudo perfeito. Na verdade, são dois idiotas, mas... relevamos! – Tom estava abraçado a .
- Tive uma idéia... – começou.
- O aniversário da tá chegando... – continuou.
- ISSO! – os meninos berraram.
- Ótima oportunidade! – sorriu e recebeu um beijo do namorado. Ah, como ele amava esse sorriso. – Vamos fazer o seguinte...

Enquanto as amigas se divertiam, havia duas pessoas, em lugares diferentes, com uma coisa em comum: o tédio!

- Não tô mais aguentando isso! – reclamava sozinha, mudando os canais desesperadamente até que o controle falhou. – PORRA, agora não! – vira ele de um lado, vira do outro e vai virando o corpo junto em todas as direções. Até deitou no sofá, ficou de ponta cabeça, mas o maldito controle continuava a falhar. – DE-SIS-TO! – jogou o controle longe, pegou um casaco e saiu sem rumo de casa.

Em outra casa...

- BOSTA! Sem os caras aqui jogar vídeo-game não tem graça! – Dougie falou jogando o controle no sofá – Tô com fome! – levantou e foi em direção à cozinha. Abriu a geladeira, mas não tinha nada; abriu o armário e adivinha? Nada; abriu as gavetas, forno e nada. – Sabe de uma coisa? Vou comer na lanchonete!

- Tô com fome! – falava sozinha sentada num banco – Acho que vou ao McDonald’s comer um lanche – virou uma esquina, andou umas três quadras e chegou à lanchonete. Fez os pedidos, esperou e quando sua bandeja estava ‘pronta’ foi procurar uma mesa.

- Nossa, agora só falta uma mesa. Nunca achei que aqui no McDonald’s fosse estar tão cheio uma hora dessas! – Dougie saiu andando e no meio do caminho encontrou alguém familiar.

- Que você tá fazendo aqui, Poynter? – perguntou com voz de desdém.
- Acho que o mesmo que você, ! – respondeu seco.
- Que seja! – cada um continuou sua busca pela mesa, um de cada lado da lanchonete.

Os meninos foram embora da casa de já era noite. Depois desse dia tudo voltou ao ‘normal’. estava empolgada organizando sua festa, as meninas a estavam ajudando, por isso Harry, Danny e Tom ficaram de segundo plano. Uma semana depois...
- , parabéns, flor do meu jardim! – abraçou a amiga.
- Honey! Muitas felicidades pra ti! – Foi a vez de .
- Lalalá, minha idosa favorita! – pulou em cima da garota quase a derrubando.
- Brigada! – estava emocionada.
A escola inteira sabia que era aniversário dela, então todos iam falar parabéns, pois queriam pelo menos um pouco de sua atenção. Ao entrar na sala, seguida dos admiradores, viu em sua carteira e em volta dela muitas flores, mas entre as milhares de rosas, margaridas, cravos, girassóis e lírios que recebera, algo chamou a atenção da garota.

Capítulo 23

- Um...Um... – balbuciou , pegando aquilo que chamara sua atenção e o encarando – Um... – encarou as amigas – Brócolis?
virou o rosto para o lado. Não conseguia conter o riso perante a cara da amiga. e mostravam-se totalmente inalteradas, como se receber um brócolis de aniversário fosse completamente normal.
- Olha – disse . – Tem um bilhetinho preso nele.
E realmente, tinha um bilhete espetado no brócolis. tirou o papel roxo, sua cor preferida:

Me encontre às oito horas de hoje na casa de Thomas Fletcher.

- Só se for... – pensou – Coisas da – sorriu.
Aquilo explicaria o porquê de não estar contendo o riso.
- O que diz? – perguntou .
- Para eu ir à casa do Tom – disse – Uma hora antes da minha festa começar!
- E você vai? – perguntou .
- Não sei... – fingiu não saber de nada – Não sei quem me mandou isso... E se forem os meninos querendo zoar com a minha cara?
- Você sabe que eu não deixaria o Tom fazer isso – disse .
- Sem falar que eles conhecem os carinhas gatinhos do cursinho... – piscou – E você é a única solteira, sabe?
Sim! Aquilo fazia sentido para ! As amigas e seus namorados haviam arrumado um encontro dela com um dos meninos mais gatos da escola. Um menino lindo e que não fosse tão imbecil quanto o Kevin, só podia ser aquilo.
- Vocês acham que é de um deles? – perguntou , os olhos percorrendo as amigas – De um garoto do cursinho?
- Só pode ser – disse .
- Bem... Acho que já vou ter par para a minha festa! – a menina sorriu e as amigas sorriram também.

TRRRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!
O sinal tocou a uma multidão de alunos entraram na sala. Os olhares de todos paravam no colo de , onde repousava um brócolis. Os meninos pareciam decepcionados, já que a garota passara o dia inteiro comentando sobre o tal brócolis e não falara nada sobre as flores caríssimas, algumas até raras, que eles haviam mandado para presenteá-la.

- Hey, gente – murmurou Dougie, lá pela terceira aula do dia – Alguém mais reparou que a está com um brócolis no colo?
- Não, Dougie – disse Tom, copiando o que o professor escrevia na lousa – Só você e a escola inteira.
- De que inferno ela tirou aquele brócolis? – perguntou Dougie.
- Não sei – disse Harry, também tomando nota do que o professor escrevia – Só sei que amanhã todo mundo na escola vai estar com um brócolis no colo.
- Eu ouvi que ela ganhou de aniversário – disse Danny.
- Que idiota iria mandar um brócolis de aniversário para uma patricinha fresca que nem ela? – perguntou Dougie, incrédulo, e curvando-se interessado para mais perto de Danny.
- Falaram por ai... – disse Danny, sussurrando. – Que foi o Bob do cursinho?
- Bob do cursinho? – perguntou Dougie.
- É, Bob do cursinho – confirmou Harry – Eu ouvi isso também. E parece que ele mandou um bilhete junto.
- E ele vai ser par dela na festa hoje – completou Tom.
- Que loser faz festa de aniversário em plena quinta-feira? – Dougie franziu a testa – E que loser vai com Bob na festa?
- Hum, deixa eu ver... – disse Tom – Membro do clube de literatura, capitão do time de football e de baseball, bombado, surfa bem para caralho, alto – o estômago de Dougie revirou com a palavra ‘alto’ – Alguma duvida de que qualquer garota na face da terra?
- Erm... – murmurou Dougie – Vocês vão nessa festa?
Harry deu uma risadinha irônica e encarou o amigo.
- Somos tão losers quanto você, Poynter – ele disse – Você acha que seriamos convidados?
- Eu sei que nós quatro nunca seriamos convidados. Principalmente depois daquele episódio em que eu... Ah, vocês lembram, quando tudo isso começou. Mas sei lá... A gente podia ir de penetra só para... Irritar ela?
- Prefiro assistir filme na casa do Tom – disse Danny. – Aliás, é o que a gente vai fazer, não?
Harry e Tom concordaram.
- Você vai? – perguntou Danny.
- Vou – murmurou Dougie, encarando o brócolis no colo de .

(...)
- Star Wars ou De Volta Para o Futuro? – perguntou Tom, rasgando um pedaço do seu pão.
- Nenhum dos dois – Harry sorriu – Vai passar maratona Jornada nas Estrelas!
- Demais! É isso mesmo o que a gente vai fazer, então! – Danny respondeu, tomando um gole do suco de uva.
- Cara, que oferecida! – disse Dougie.
- O quê? – perguntou Danny.
- A na porta do refeitório... Toda, toda com aquele Bob – respondeu Dougie, fazendo uma careta.
- Acho melhor você se acostumar, dude – disse Harry. – Vai saber se eles não vão começar a namorar depois da festa.
- Aliás, eu não vejo problema nenhum nisso – disse Tom – Você vê, Dougie?
- Eu... Erm... Não, problema nenhum – ele respondeu, sem tirar os olhos dos dois.
Danny aproveitou a distração de Dougie, que havia se desligado completamente do mundo ao seu redor e voltado a atenção somente para e Bob, e olhou para .
O olhar dos dois se encontrou e ela sorriu.

- A vai – sussurrou Danny, de maneira que apenas só Harry e Tom pudessem ouvir.
- Como você sabe? – perguntou Tom.
- Por causa da cara da . Está tudo dando certo.
Harry e Tom olharam para as meninas. Realmente, elas estavam sorridentes, parecendo que tudo iria dar certo. Assim esperavam.

(...)

- Eu não tenho certeza, gente... – disse , sentando na cama, os pés doendo por causa do salto.
- , faltam quinze para as oito! Você não pode amarelar agora, criatura! – disse , sentando-se ao lado da amiga, os pés também doendo.
- Mas eu não sei se eu quero ir!
- Deixa de cú doce! – disse , sentando-se no chão ao lado de – Você tem que ir!
- Mas... Ah, gente. Eu não posso!
- Por que não? – perguntou – Tem algo a ver com o Douglas?
- Por que teria? – perguntou , na defensiva.
- Sei lá... Você beijou o Kevin, que é super gato e não quis mais saber dele... – disse .
- Vocês estão querendo dizer que eu ainda não esqueci o Poynter?
As meninas se entreolharam.
- Pois bem! – levantou-se – Eu vou provar que a criança feliz é um mero saco de pancadas para mim! Eu vou na porra desse encontro e vou tentar ganhar um novo namorado!
- É isso ai, amiga! – disse .
- Vamos nessa! – disse .
- Perai... Como assim vocês vão comigo? – perguntou .
- É óbvio que a gente vai, dude. Nossos namorados vão estar lá, né.
- Não – acrescentou , vendo a cara de – O Douglas não vai ficar com a gente.

- As meninas estão demorando – sussurrou Tom para Harry, enquanto Dougie e Danny jogavam uma partida de vídeo-game, esperando a maratona começar.
- Você acha que a desistiu de vir?
- Sei lá, dude. É bem capaz, do jeito que ela é louca...
- Mas ai fodeu tudo.
- Eu sei. Ela precisa chegar! Já são oito horas e a casa dela é aqui perto – disse Tom.
DIM-DOM

Os três meninos pularam com o barulho e encararam um ao outro, o coração batendo forte.
- Você já sabe o que falar – Tom sussurrou para Harry, enquanto passava por ele em direção a porta.
O garoto saiu da sala de TV e entrou na sala de recepção, parando em frente à porta para ajeitar o cabelo.
- Hey, meninas – sorriu, ao abrir a porta e ver quatro rostos familiares – Ele achou que você não vinha, .
- Hum... – murmurou a garota, apertando o brócolis contra o peito.
- Onde ele está? – perguntou .
- Na cozinha – Tom sorriu.
Antes que Tom pudesse dizer qualquer coisa, atravessou a sala e entrou na sala de TV. Viu que havia pessoas jogando vídeo-game ali, mas não parou para ver quem era. Sabia que se parasse para pensar, sairia correndo de volta para a segurança de sua casa.

Abriu a porta da cozinha e deu alguns passos. Parou no momento em que viu uma bunda para fora da geladeira.
- Poynter? – perguntou confusa.
- ? – o garoto saiu de trás da geladeira. – O que você faz aqui?
Os dois se encararam.
- Ué... – Dougie pensou – Ela não deveria estar com o Bob agora?

Os dois ouviram o barulho de uma porta fechando, e sendo trancada logo em seguida.
- Merda – murmurou Dougie.
- Não me diga que...
- Sim, eles trancaram a gente aqui.
virou para a porta fechada e começou a esmurrá-la.
- TOOOOOOOM! – gritou o mais forte que pode – ABRE A PORTA!
Parou em frente à porta e não obteve resposta.
- THOOOOMAS! ABRE A PORRA DA PORTA OU EU VOU TE CASTRAR, SEU TRAVECO DE FILME PÔRNÔ!
A garota ficou em silêncio e ouviu algo. Merda, era o som do inicio da maratona de Jornada nas Estrelas.
- ABRE ESSA PORTA, SEUS FODEDORES DE VACA! – ela berrou.
- Esquece – disse Dougie, as mãos na cintura. – Eles não vão te escutar.
A garota tentou não encarar os pelos escuros em volta do umbigo de Dougie. Tentou também ignorar o fato do garoto estar sem camisa.
Dougie estava se sentindo um lixo. estava na frente dele, toda produzida, com um vestido preto de um ombro só que ia até os joelhos, sandálias de salto e maquiagem, enquanto ele estava com a sua bermuda mais velha e mais estourada, descalço e sem camisa.

- Parece que você se lembra bem da minha bunda, não? – disse Dougie.
- Hã?
- Suponho que seja a única coisa que dava para ver enquanto eu fuçava na geladeira vazia do Tom...
- Sim, eu me lembro muito bem da sua bunda – sorriu – Impossível esquecer. Você foi o cara mais sem-bunda que eu já peguei na minha vida!

Dougie fechou a cara e sentou-se no chão, apoiando as costas na parede. Não demorou muito para que fizesse o mesmo, encostando-se à parede oposta a de Dougie e escorregando até o chão. Sentada, tirou suas sandálias.
- Sua calcinha está aparecendo – murmurou Dougie.
- Foda-se.

Os dois ficaram em silêncio por bastante tempo. Tempo suficiente para que contasse os azulejos da cozinha de Tom sete vezes. Oitenta e seis azulejos de aproximadamente quinze centímetros quadrados espalhados por toda a cozinha.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou o garoto.
- Eu recebi esse brócolis com um bilhetinho – ela respondeu – Falando para eu estar na casa do Tom às oito horas.
- Deixa eu ver...
Dougie estendeu o braço e entregou o pedaço de papel roxo para ele.
- PUTA QUE PARIU! – berrou Dougie – Você continua lerda, garota!
- O quê?
- Não reconheceu a letra? É a letra da , !
pegou o bilhete da mão de Dougie e o examinou. Realmente, era a letra de . Como fora burra!

- Eles armaram tudo isso... – ela murmurou, vermelha – E agora a gente está nessa porra de situação constrangedora por minha causa!
- Situação mais constrangedora foi você se oferecendo para o Bob, achando que ia se encontrar com ele – Dougie bufou.
- O quê? Me oferecendo? – parecia ofendida.
- Na porta do refeitório... Vocês dois super felizinhos. Vocês sorrindo que nem idiota para ele.
- Douglas, pessoas educadas dão parabéns para a aniversariante. E aniversariantes educados agradecem com um sorriso para quem deu os parabéns. Boas maneiras, dude. Coisa que você nunca ouviu falar, pelo visto.

Dougie parou para pensar. Realmente, fazia sentido. O clima ficou mais pesado do que já estava.
- PUTA MERDA! – gritou .
- O que foi? – perguntou Dougie.
- Minha festa!
- O que é que tem?
- São nove horas, já! Ela acabou de começar! – a garota roía a unha, enquanto encarava o relógio da cozinha.
- Hey, pára de roer unha.
- Por quê? – perguntou , afastando a mão da boca.
- Definitivamente, você é a pior patty que eu vi na minha vida.
encarou os pés... Por que continuar escondendo aquilo?
- Talvez porque eu não seja patty – murmurou.
- Como? – Dougie endireitou a postura para escutar melhor.
- Nem eu, nem a , nem a e nem a – a garota respirou fundo – Nenhuma de nós é patty, Dougie.
O quê? Ele ouvira direito? Ela o chamara pelo apelido? O garoto esqueceu por um breve momento de todo o resto.
- Então por que agem como patty?
- Não agimos como patty sempre. Só na frente dos outros... Álias, prazer, .
Dougie demorou para ligar os fatos.
- Perai! Você está querendo me dizer que...
- Sim, nós quatro somos as garotas que tocaram com o Green Day. E o único que sabia disso era o Tom.
- Então a ...
- Era a . E todas as irmãs dela éramos nós.
- Tipo... Uma dupla-personalidade?
- É... Elas são a gente de verdade.
- Então por que vocês fingem ser patty?
- Você nem imagina, não é?
Dougie balançou a cabeça. Pela primeira vez, percebeu que alguém era culpado naquela história. E que dessa vez, não era Danny.
A garota desviou o olhar e encarou a geladeira.
- Você me traiu com uma patty, Douglas. Para se tornar popular...
Dougie abaixou a cabeça e encarou os pés.
- E vocês se tornaram patricinhas... – ele respirou fundo – Para se vingarem da gente?
- É... Depois da conversa pelo telefone, percebemos que vocês quatro não se arrependiam de nada, simplesmente porque a garota vivia exibindo as pernas por ai e era popular. Eu sabia que depois que a noticia se espalhasse pela escola vocês iam ficar populares. A amizade de nós oito não ia continuar, porque eu e as meninas continuaríamos como pessoas comuns na escola. A única coisa que eu fiz foi mudar as posições, mostrar para você como nós estaríamos se vocês tivessem se tornado populares. E não é nada legal, não é?
O estômago de roncou estrondosamente e ela ficou vermelha.

A garota levantou-se e foi até a geladeira.
- Não tem nada nessa porra?
- Quem vê pensa que você nunca veio aqui na casa do Tom. Nunca tem comida na geladeira.
- Merda. – a garota voltou a sentar no chão, pegando o brócolis novamente e apertando-o contra o peito.
- Ei – disse Dougie – Você vai fazer alguma coisa com esse brócolis?
- Não... – murmurou a garota.
- Você pode me dar?
Ela estendeu a mão e entregou o brócolis a Dougie, que se levantou e foi até o fogão.
- O que você vai fazer? – perguntou , pressionando os joelhos contra o peito.
- Cozinhar o brócolis, ué? Você não estava com fome?
- Desde quando você sabe cozinhar?
- Eu não sei.
- Ah...
- Pode parar, que eu lembro muito bem da vez que você e o Tom conseguiram queimar o miojo.
- Aquela vez não conta!
- Enfim... Não custa tentar cozinhar, não?
A garota apoiou a cabeça no braço e voltou a contar os azulejos.

- Ótimo – murmurou Dougie – Está dando certo!
- Sério? – perguntou , erguendo a cabeça.
- Aham. Está quase pronto!
A garota olhou para o relógio enquanto se levantava para pegar os pratos. Onze horas e meia. Não havia mais como usar a desculpa de que estava se maquiando para justificar o atraso na própria festa. Chegar atrasada era chique na festa dos outros, e não na própria.
Colocou os dois pratos do mesmo lado da mesa. Logo, Dougie chegou com os brócolis e dividiu a quantidade da panela igualmente entre os dois pratos, sentando-se ao lado de e comendo.
- Não está tão ruim, está?
- Não. Está bom.
Ele terminou de comer seus brócolis e olhou para a garota. Ela cutucava um brócolis com o garfo, enquanto mastigava. Era a hora. Havia algo que Dougie sempre quis perguntar para ela. E talvez aquela fosse a oportunidade certa.

- Você fez tudo isso para que eu me arrependesse de ter pego uma patty nojentinha, certo?
- É...
- Ainda mais a Lucy...
- Não me fala nessa vaca, por favor.
- Então você se importa, não é? De eu ter beijado as meninas depois da Lucy?
- É ÓBVIO QUE ME IMPORTO, PORRA! – gritou, os olhos voltados para Dougie, largando o garfo no prato – PORQUE VOCÊ ESTAVA COMIGO, PORQUE A LUCY ODIAVA A GENTE! E DEPOIS QUE EU FIQUEI POPULAR, VOCÊ AINDA CONSEGUIU USAR O FATO DE EU TER TE NAMORADO PARA CHEGAR A POPULARIDADE, NÃO FOI? ESSA FOI MINHA UTILIDADE PARA VOCÊ, POYNTER!
- , eu...
- Não precisa e justificar – ela disse, a voz trêmula – Você me namorou para isso, Douglas. Só não entendo por que diabos me escolheu, em vez de escolher as outras três. Talvez porque eu seja a mais idiota.
A garota levantou e Dougie segurou seu braço, levantando-se também.
- Você quer saber a verdade? – ele olhou para a garota, a centímetros do rosto dela.
Colocou a mão desocupada em seu queixo e fez com que a garota o encarasse também.
- Me desculpa, merda! – ele disse. – Eu estraguei tudo, eu sei. Você gostava de mim de verdade, como ninguém nunca gostou e eu fui incompetente o suficiente para desprezar isso. Sinceramente, eu não sabia o porquê de eu ter escolhido você. Eu sei que você tinha o dom de me fazer mais feliz, o dom que você ainda tem. E eu precisei ficar afastado de você e ver você com o viado do Kevin para perceber que eu não tinha escolhido você por acaso, que eu tinha um motivo.
tentou desviar o olhar, mas Dougie não permitiu.
Ele estava muito próximo dela, ao ponto dela sentir sua respiração em seu rosto.

- Danny, pára de falar as falas junto com os personagens! – disse Harry.
- É que eu sei de cor... – Danny murmurou, acariciando os cabelos de .
- Isso a gente já percebeu, Jones – disse , deitando no colo de Harry.
- Qual é o mal nisso, gente? Deixa ele – disse .
- É que irrita, cara! – disse Tom.
- Gente! – encarando os amigos – Acabei de pensar em uma coisa.
- O quê? – perguntou Tom.
- Tom... Me diz que você lembrou de tirar as facas da cozinha! – disse.
- ... – murmurou, a voz rouca – Você não acha que eles seriam capazes de...
- Sei lá... – disse Danny – Do jeito que eles são psicopatas...
- O Dougie não tem capacidade mental para isso – assegurou Harry.
- Já a ... – completou.
Encararam uns aos outros por alguns segundos. E todos levantaram de um salto e correram para a porta da cozinha.

Dougie colocou a mão que antes estava no queixo de em sua cintura e a puxou para mais perto de si. Ficou um tempo ali, apenas sentindo a presença dela, o queixo apoiado em seu ombro, cheirando os cabelos dela. Finalmente admitira para si mesmo a falta que ela vazia.
Beijou-lhe a bochecha e encostou a boca no ouvido da garota, que sentiu um arrepio na espinha.
- Eu te amo – sussurrou, dando-lhe um leve beijo na orelha em seguida.
livrou-se da mão de Dougie que segurava seu braço e o abraçou o mais forte que pode. Dougie retribuiu o abraço, acariciando as costas da garota.
- Eu também – ela balbuciou e Dougie sorriu.
Ouviram o barulho da porta destrancando e se afastaram imediatamente.
- Ah! Graças a Deus os dois ainda estão vivos! – disse Tom, abrindo a porta.
- Está tudo bem? – perguntou , colocando a cabeça entre o braço de Tom e o batente da porta.
- disse, a cabeça surgindo por cima do ombro de Tom – É melhor você dar uma olhadinha na festa, antes que sua mãe te enforque.
- Tem razão! – disse , sentando-se no chão e colocando as sandálias. Levantou-se rapidamente, assim que terminou, e saiu da cozinha.
- A festa já deve estar no fim – disse para e , que estavam logo atrás dela – Vocês não precisam ir.
- Não? – perguntou .
- Não – sorriu. – Aproveitem a noite – piscou para as amigas.
- Bom... Não tem ninguém em casa – disse Tom – E a e o Danny já foram para o quarto de hóspedes.
- Ok, então – disse – Qualquer coisa a gente está no quarto no Tom! – riu.
- Hey, Tom! – disse Harry – Tudo bem da gente usar a sala?
- Desde que mantenha tudo limpo... – Tom disse, subindo as escadas com .
- Espera ai, Harold! Quem disse que eu vou querer fazer alguma coisa com você? – disse, colocando as mãos na cintura.
- Você não quer? – perguntou Harry, fazendo beicinho.
- Seu besta – disse, arrastando Harry pela gravata até a sala – Se alguém além de nós oito souber disso, considere-se fodido, Judd – ouviu dizer, a voz já distante.
Voltou sua atenção pra Dougie, que estava parado na porta.
- Vocês vão voltar ao normal amanhã? – ele perguntou.
- Não sei... Acho melhor a gente ir voltando devagar, para não causar choque na galera.
- Verdade – Dougie sorriu, aliviado. Finalmente tudo iria voltar ao normal. – Sobre a gente, resolvemos melhor amanhã, certo?
- É... Antes que minha mãe resolva testar minha virgindade com uma tesoura só porque eu sumi por quatro horas – ela riu e Dougie riu também.
Os dois se abraçaram por um longo tempo.
- Te vejo amanhã – Dougie sorriu.
- Sim! – disse, se afastando.
Ela saiu da casa de Tom e caminhou pela rua, o sorriso estampado no rosto. Estava próxima a esquina quando ouviu alguém gritar seu nome. Dougie correu até ela e parou, as mãos apoiadas no joelho, ofegante.
- Eu só... – seu rosto ficou púrpura, fazendo sorrir – Só queria saber se eu podia... Er... Cumprimentar você amanhã.
- Claro! Mas... Era só isso mesmo que você queria?
- Honestamente? – os dois riram.
Os braços de Dougie envolveram a cintura de e ele a puxou para si, beijando apaixonadamente a garota. colocou os braços em volta do pescoço de Dougie. Foi um beijo rápido, mas ambos saíram de lá com a sensação de que fora o melhor beijo da vida deles.

Capítulo 24

Hello... Hello... pipipi...

- Alô? – abriu os olhos e olhou no visor do celular – ?
- Tá dormindo ainda, é? – riu. – a noite foi boa?
- Cala a boca! Que ho-horas são? – a garota bocejou.
- 05h30min! – falou como se fosse a coisa mais normal do mundo ligar para alguém as 05h30minh da manhã.
- Vai se fuder! Pera, deixa eu ir na cozinha senão eu acordo o Harry! – levantou – fala!
- Olha, vou passar aí pra ir à escola com vocês, valeu?
- Ok, Ok. Faz um favor? Traz roupas pra mim?
- Certo, vou levar roupa pras outras também. Acho que vocês não estão a fim de ir pra escola de vestido social, né?!
- Não mesmo. Muito menos depois de... er... tudo! Brigada. Vou fazer, ou tentar fazer, o café aqui.
- Não vai por fogo na casa! – berrou fazendo afastar o telefone do ouvido.
- Só ia ter graça se você estivesse aqui pra torrar junto!
- Nossa, obrigada pela parte que me toca! Vou desligar pra você cozinhar aí! Lerê lerê...
- TCHAU, . Beijo! – desligou o telefone e começou uma busca por comida. Encontrou um pacote de torradas pela metade, uma garrafa de leite, frutas, catchup, maionese, manteiga e uns 10 pães amanhecidos. – ah, vai ser pão na frigideira mesmo e eles que inventem o que comer com os outros ‘ingredientes’! – começou a preparar o café.

Uns 30 min depois...

- Hey Jooones! – Tom falou ao encontrá-lo no corredor.
- Hey Flet...cher... ahhh! – bocejou. Tom vestia apenas boxers e Danny, além disso, vestia suas inseparáveis meias.
- Tom? – chamou do quarto.
-Fala, amor?
- Vou pegar uma camiseta sua pra mim e a vai pegar uma do Danny!
- Tá!
- Hey, olha só! – Danny falou e Tom gargalhou silenciosamente andando até o sofá onde Harry dormia esparramado e completamente nu!
- PÁ! – Tom deu um tapa na bunda branca do outro.
- Hey, que vocês acham que tão fazendo, duuuudes?
- Se veste aí, cara! Tem outras pessoas na casa! – Danny falou no meio das gargalhadas. Harry ficou instantaneamente vermelho e se cobriu com uma almofada enquanto procurava suas boxers no chão e indo atrás dos amigos pra cozinha.
- Hmm, que cheiro bom! – entrou na cozinha uns 10 min depois.
- Olha, já pode casar! – zoou e a outra mostrou a língua.
- Só se for comigo! – Harry abraçou a namorada e deu um beijo carinhoso.
- Hey, a vai trazer roupa pra gente, girls... – sorriu – ... e... não vai ser 100% patty, ouviram?
- Yeah! Pattys completas nunca mais! – falou de boca cheia e levou um pedala de Danny. Quase cuspiu toda a comida – Hey! Tá pensando que é o quê?
-Seu namorado! – o garoto sorriu e mostrou a língua. Ela fez o mesmo só que como estava com a boca cheia deu a linda visão de uma gororoba misturada dentro da sua boca à todos.
- QUE NOJO! – berrou e jogou um pedaço de pão na menina.
- Guerra de comida?! Oh yeah! – Tom, o mais ‘civilizado’, berrou jogando torrada em , que jogou alguma coisa não identificada em Danny, mas errou e acertou Harry, que no desespero derrubou um copo de leite em , que se assustou e apertou a bisnaga de catchup que ‘vazou’ e pegou em cheio.
-UHauhUHAUHAuha – geral.
- Argh! – que descascava uma banana se levantou e foi pegar um guardanapo.
Quando ela voltou a guerra começou novamente. estava em pé em cima da cadeira, estava escondida atrás do balcão, Tom e Harry corriam atrás de Danny, que tropeçou levando os outros dois junto!
- CHEEEEEEEEEEEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAA! – berrou – que tal a gente voltar para o café?!
- Ok! – Tom concordou e sentou na cadeira – BANANA?! Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiira!!
- Hahaha, aê Tom, deu pra sentar na banana agora, é?! – Danny não se controlava na risada, até caiu no chão.
- Ow cara, não conhecia esse teu lado não, hein! – Harry cutucou mais deixando Tom mais vermelho que um tomate + catchup + qualquer coisa vermelha que você possa imaginar!

Ding Don!

- Eu atendoooooooooooo! – correu pra sala - ! Trouxe as roupas? – praticamente pulou na amiga, mas se lembrou que estava completamente suja e deixou quieto.
- Que aconteceu aqui?
- Guerra de comida! E o Tom sentou na banana! – sorriu e caiu na gargalhada – mas e aí? Trouxe?

- Tom sentou na banana? Desde quando você se revelou? – berrou pra cozinha ouvindo em seguida gargalhadas de todos, menos do garoto – Sim, garota, trouxe a roupa de todas vocês. É melhor se arrumarem ou vamos todos chegar atrasados na escola. – consultou o relógio – Meu! Por que EU sempre perco as partes mais legais?
- Porque você é lerda! – berrou da cozinha.
- Olha quem fala! – respondeu seca – Anda, vai se trocar!
- Sim Sra.! – bateu continência, chamou e , subiram, tomaram um banho e se arrumaram.

- Uou! – Harry arregalou os olhos ao ver a namorada e os meninos fizeram o mesmo ao ver as outras. Eles tinham se arrumado enquanto elas se arrumavam. vestia uma saia jeans com strass, uma blusa preta e um all star também preto com strass. usava uma saia de pregas preta, com uma blusa rosa pink escrito ‘princess’ e uma correntinhas delicadas penduradas. não estava muito diferente. Usava uma saia soltinha, um all star de cano alto com uma blusa azul. usava uma blusa de zebrinhas, também all star e uma saia jeans básica e a tira colo uma bolsa preta.

Foram em direção a escola, a pé mesmo, pois não era muito longe. Quando chegaram chamaram mais atenção do que o normal. Dougie se juntou ao grupo o que causou olhares de ódio e repugnância.

- ? O que você tá fazendo com esses idiotas e vestida assim? – Kevin falou a olhando dos pés a cabeça e acompanhado pelos capangas – Você é lesada?
- Dobra a língua antes de falar com ela desse jeito, seu verme! – Dougie respondeu com os dentes cerrados.
- Ow nanico, cala a boquinha aí! A conversa não chegou na sarjeta!
Ninguém sabe como, pois tudo ocorreu muito rápido, mas quando viram Dougie já rolava pelo pátio do colégio junto com Kevin, que por ser mais forte estava acabando com o garoto. Os dois estenderam a briga pelo corredor.
- Dougie! Kevin! PAREM COM ISSO! – estava desesperada, não sabia o que fazer. Harry tentou entrar no meio, mas acabou levando um soco no estômago. Tom e Danny também tentaram, mas foram empurrados longe pelos amigos de Kevin.
- SEU FILHO DA PUTA, VOCÊ VAI VER! – Kevin estava completamente louco – VOCÊ TEM QUE APRENDER A NUNCA MAIS TENTAR MEXER COM QUEM VOCÊ NÃO DÁ CONTA!
- ISSO É O QUE VOCÊ PENSA! – Dougie chutou bem aquele lugar que você está pensando de Kevin, o que fez o garoto ‘sossegar’ e ele tomar vantagem. Kevin tentou inverter a posição, mas isso fez os dois descerem dois lances de escadas rolando. Dougie estava praticamente em cima do outro esmurrando estômago, rosto, tudo até que a diretora chegou.
- DOUGLAS POYNTER, JÁ PRA MINHA SALA! KEVIN ALBERT, VOCÊ TAMBÉM!

O sinal tocou e os inspetores fizeram todos os alunos irem para a sala, não conseguia prestar atenção em nada das aulas, nem , nem , nem , nem Danny, nem Tom e nem Harry. Estavam todos preocupados.

- O que vocês pensam que estão fazendo? Isso é uma escola. – a diretora estava furiosa – Quem começou isso?
- Foi o Poynter! Só porque eu estava falando com a .
- MENTIRA, SEU... – Dougie tentou, mas foi interrompido pela diretora.
- Foi o que eu imaginei. Kevin, deixe-nos a sós! – o garoto saiu da sala com um olhar triunfante, mesmo todo vermelho e ensanguentado.
- Sr. Poynter, não é a primeira vez que confusões acontecem nessa escola, e por incrível que pareça você sempre está metido no meio! – a diretora estava com um tom calmo, mas sua expressão era de uma pessoa furiosa. - Sinto lhe dizer, mas você está convidado a se retirar da escola. Sinto muito, mas não há mais nada que eu possa fazer!
- Diretora, o ano já está acabando e eu... – Dougie olhava suplicante.
- Isso não me comove! O Senhor Deveria ter pensado antes de fazer!
- MAS EU NÃO FIZ NADA! – ele se levantou. A diretora deu dois passos para trás e esbarrou na mesa.
- Desculpe! Acho melhor você procurar uma nova escola para não perder o ano. Tenha um bom dia! – ela se afastou, pegou uns papéis, entregou para ele, foi em direção à porta e a abriu em sinal para o garoto se retirar.
Dougie vagou pela escola a manhã inteira. Não estava a fim de ser alvo de olhares nas aulas e ficava o mais longe possível do pátio nos intervalos. O sinal que anunciava o fim das aulas tocou. andava de cabeça baixa ignorando qualquer um que fosse falar com ela. As amigas também estavam em situação parecida, mas elas tinham seus namorados como ‘guarda-costas’, o que ajudava bastante. Após saírem da escola, andaram uns dois quarteirões e encontraram Dougie sentado num banco numa praça.

- Hey! – chegou perto – Tá tudo bem? – ‘ta, que pergunta inútil pra se fazer, é LÓGICO que ele não tá bem’, pensou.
- Nem! – Dougie não levantava a cabeça – Eu fui expulso!
- O QUÊ? – os outros seis berraram juntos e ficou boquiaberta.
- Mas como... – Harry começou.
- Não pode acontecer... – Danny gesticulava desesperado.
- Aquele filho da mãe vai ver... – Tom fechava os punhos.
- Maldito! – queria chorar.
- Eles não podem, o ano tá acabando! – arregalou os olhos.
- A gente tem que fazer alguma... – começou.
- PAREM! – Dougie levantou – Eu já tô mal o suficiente. – os amigos se encararam e balançaram os ombros – Deixe quieto. Só sei que nós precisamos ensaiar. O festival tá chegando!

Dougie saiu andando e o abraçou. Ficaram um tempo assim até os outros os acompanharem. Eles estavam todos desanimados, mas não sabiam o que fazer. Chegaram na casa de Harry, já que os instrumentos estavam lá. Ensaiaram um pouco e logo perceberam que isso não ia dar em nada, resolveram parar e as meninas foram embora deixando os garotos lá, tentando achar alguma coisa pra animá-los, mas nada funcionava.

Bip...bip...bip...

- Oi, ! – Harry atendeu.
- Hey mor, dá pra você e os meninos virem em casa, tipo assim... AGORA?
- Tá, deixa só a gente trocar de roupa e estamos indo! – Harry fez sinal para os meninos – Te Amo. Beijo!
- Beijo. Amo você também!

-Eles vêm! – falou para as amigas.
- A gente tem que pensar em alguma coisa! – estava desesperada, ninguém a tinha visto daquele jeito, nem no dia em que Dougie a traiu.
Din...Don!!
- Oi, totoso! – abriu a porta e deu de cara com Danny que a beijou – Hey! – se dirigiu aos outros - entrem, as meninas estão na sala!
- Valeu! – Tom saiu correndo e se atirou em cima de que estava no sofá – Oi, linda!
- T-Tom? S-Sai... De... Ci-cima! – não conseguia nem falar direito – V-você é p-pesado!
- Ops! Malz! – sorriu sem graça e se ajeitou. só levantou e deu um beijo apaixonado em Dougie que foi empurrando ela até a parede. Parecia que fazia séculos que eles não se viam tal era a intensidade do beijo. Parecia que eles simplesmente esqueceram a presença dos amigos!
- Ow, vocês não tão aqui pra isso não! – falou cortando o barato dos dois e fazendo-os ficar vermelhos.
- É, procurem um quarto! – e falaram juntas.
- Rosa! – berrou e segurou sua pulseira verde.
- Azul! – falou animada segurando uma almofada verde mas acabou ‘perdendo’ a brincadeira – Ah, sem graça! – mostrou a língua.
- Ok, pra quê vocês chamaram a gente com tanta urgência? – Tom se manifestou.
- É o seguinte... – começou.

Ficaram mais de horas falando sobre o assunto até que a mãe de Dougie ligou e ele teve que sair.

- Poutz, se conseguirem pensar em algo me avisem! Preciso ir! – deu um abraço nos amigos e um beijo em e foi embora. Os outros voltaram ao assunto, discutiram, fizeram planos, mas nada parecia que ia dar certo.
- JÁ SEI... – se levantou.
- FALA! – os outros falaram juntos com os olhinhos brilhando.
- Vai ser assim...

Capítulo 25

Dougie chutava pedras pela rua, caminhando em direção à nova escola, a mão direita segurando firmemente a alça da mochila.

- Merda – pensou – Eu não deveria ter evitado eles o fim de semana inteiro.

Tirou do bolso o celular. Dez chamadas não atendidas, todas de , na sexta. Quinze de e Harry na sábado. Doze da casa de no domingo. Agora, haviam duas mais recentes da namorada.
Quando percebeu, já estava em frente a um portão branco. Sua escola nova era bem maior que a antiga.

- Ligo para você depois, – disse para o celular.
Cruzou a portaria e entrou na escola. Por onde passava, as pessoas sorriam amigavelmente para o garoto, que retribuía com um sorriso triste.
Terceiro A. É, é aqui. Dougie respirou fundo e abriu a porta da sala.

Nas carteiras da frente, encontrou o grupo dos nerds, discutindo algo que Dougie não entendia e que duvidava de que um dia fosse capaz de compreender. Ao canto, os jogadores de futebol, com seus agasalhos do time da escola. Nos lugares mais privilegiados, perto da tomada, garotas com saia rosa choque e babadinhos faziam babyliss.

Ao fundo, havia um grupo diferente dos demais. Um garoto e uma garota rolavam no chão, brigando por uma pulseira que estava no pulso dele. Sentados na mesa, um casal ouvia música. O garoto, cantarolando baixinho e a garota balançando a cabeça. Ao lado, outro casal assistia a briga do primeiro, comendo pipoca. O garoto olhou para Dougie e se levantou, deixando a pipoca de lado.
- Achei que você ia chegar atrasado – Tom riu, aproximando-se de Dougie.
- O que você tá fazendo aqui? – Dougie olhou de Tom para os outros amigos – O que VOCÊS estão fazendo aqui?
- A gente mudou de escola, dude. Não deu para sacar? – disse Harry, dando tapinhas na mão de , que estava com a mão em seu pulso, perto da pulseira.
- Tentamos avisar você – disse , afastando o fone do ouvido – Mas você não atende a porra do celular.
- HARRY, SEU VIADO! – berrou – Vai morder a mão da puta que pariu!

Dougie mirou os amigos. Tudo de volta ao normal, como antes daquele dia fatídico. Tudo bem, as roupas das meninas estavam justas, o que espantou um pouco o garoto. Mas nada de decotes, babadinhos, saias e saltos.
Jogou sua mochila na cadeira, tirando dela o último exemplar da revista ‘Répteis’. Sentou-se à mesa e leu ao som dos gritos de e Harry, como nos bons tempos.

Sentiu duas mãos afastarem seus joelhos e colocou a revista de lado para que pudesse acomodar-se no meio de suas pernas, apoiada em seu tronco.Dougie deu um beijo no rosto da namorada e sussurrou em seu ouvido:
- Só estava faltando você...

Os velhos tempos estavam de volta. Eles matavam aulas juntos, zoavam e faziam tudo para se divertir. Quando não estavam conversando durante as aulas (ou prestando atenção, quando os meninos se ferravam nas provas e suas mães ameaçavam deixá-los de castigo), estavam dormindo. Era como se nada daquilo houvesse acontecido.

Os meninos tiveram muita dificuldade com o novo método de ensino e coube às meninas ajudá-los nos estudos.

Na casa de Danny...

- Hello-o! – berrou – Eu estou aqui – apontou para o próprio rosto – Não aqui – apontou em seguida para o decote. Maldito dia em que sua mãe a havia obrigado a usar as roupas da época patty ‘para não desperdiçar dinheiro’.
- Merda! – murmurou Danny, tirando os óculos escuros e se endireitando na cadeira.
- Danny, eu não estou aqui tentando te ensinar álgebra à toa! – disse .
- Pô, ! Meus quatro neurônios já estão lotados de informação – Danny jogou-se no sofá.
- Certo, então! – levantou-se, irritada. – Meu trabalho aqui terminou. Eu estou indo para casa!
ameaçou ir em direção a porta, mas Danny a impediu, puxando-a e fazendo com que a garota caísse em cima dele. Encararam-se por alguns segundos, até que Danny beijou e ela esqueceu-se de tudo a sua volta.
- Fica mais um pouco – ele disse, mordendo a bochecha dela e fazendo uma cara de ‘vamos fazer coisinhas’.
- Danny! – gritou indignada. – Tudo bem – acrescentou, ao ver o biquinho do namorado – Mas só mais um pouquinho.
Danny sorriu e voltou a beijar .

O clima estava esquentando. Danny já havia deitado no sofá e agora estava em cima dela. A garota passava as mãos por baixo da camiseta dele, arranhando suas costas. Ele não estava aguentando, puxou a blusa da garota pra cima quando... 'I'm too sexy for my shirt, too sexy for my shirt, so sexy it hurts...'

- Que é isso, Danny? – perguntou segurando o riso.
- Hm... Meu celular. Espera, vou atender – respondeu sem graça – O QUE VOCÊ QUER, DOUGIE? – perguntou seco – Tá, ok! Até! – desligou, deu um beijo na testa de , berrou um tchau já da porta e saiu deixando a garota indignada.
- Hey! – ela berrou, mas foi completamente ignorada.

- ? – Harry perguntou entre beijos.
- Que foi?
- Os meninos tão vindo aqui em casa pra ensaiar...
- Hm...
- E... Você precisa ir antes que eles cheguem! – falou com medo da reação da garota.
- O QUÊ? Você fez eu sair de casa pra ficar 10 minutos aqui e ir embora? – a garota falava enquanto ele a empurrava pra fora da casa.
- Sorry, babe! Amo você!
- Seu filho da... – não conseguiu terminar porque só viu a porta fechando na cara dela.

- Oi, amor! – chegou na casa de Dougie.
- Hey... – ele deu um selinho na garota.
- Só isso? – ela fez biquinho.
- Tá, mas...
- Aff... tinha que ter um ‘mas’...
- Afina meu baixo?
- DOUGIE!
- Que foi? Não, ! Não ESSE baixo! – sorriu malicioso.
- Idiota! Cadê meu bebê? – foi subindo as escadas até o quarto de Dougie. Pegou o baixo e começou a afiná-lo – Porra, meu, há quanto tempo você não afina isso?
- O suficiente.

Ficaram em silencio até a garota terminar o ‘trabalho’.
- Prontinho! – ela sorriu – cadê o meu ‘pagamento’?
- Ah, , fica pra depois, tá? Tô atrasado! – foi saindo.
- Onde você vai?
- Ensaiar. Eu precisava do baixo afinado! Bye!
- EU TENHO CARA DE EMPREGADA? – berrou, mas ele nem a ouviu.

- Feliz Niver de seis meses, meu moranguinho! – chegou apertando as bochechas de Tom.
- ? Que você tá fazendo aqui?
- COMO ASSIM O QUÊ EU TO FAZENDO AQUI? VOCÊ ME LIGOU ONTEM PRA EU VIR AQUI! – começou a berrar.
- Calma, amor, eu só...
- VOCÊ ESQUECEU? NÃO ACREDITO! – levantou os braços – MEU DEUS, OLHA O NAMORADO QUE EU FUI ARRANJAR!
- É que o Dougie ligou e eu preciso ensa...
- ENSAIAR? DEPOIS QUE ESSA MERDA DE FESTIVAL APARECEU VOCÊS SÓ ENSAIAM! Você não dá mais atenção pra mim! – falou manhosa.
- , EU REALMENTE PRECISO ENSAIAR! – ele se irritou.
- Você gritou comigo! – uma lágrima escorreu.
- Sorry... eu...
- Tchau! – ela saiu correndo, sem nem olhar pra trás.
- Shit! – voltou pra dentro, pegou sua guitarra e se dirigiu pra casa de Harry.

Pipipi...
- Alô?
- ?
- Oi! – respondeu manhosa.
- Que aconteceu?
- Nada!
- Vem aqui pra casa! A e a também tão vindo.
- Ok, já vou!

10 minutos depois estavam todas reunidas na casa de .
- Ai que ódio, ele me expulsou da casa dele, literalmente! – falava indignada se jogando no seu pufe verde limão.
- E o Dougie então? Ele tá pensando que eu sou empregada dele, só pode! – fez uma careta de nojo.
- Há, e eu que foi pior ainda. A gente mó no clima e... – começou.
- Huuummm... – as outras falaram juntas.
- ‘Huuummm’ nada! O Dougie filho da mãe ligou pra ele e ele simplesmente saiu de casa me deixando lá, com cara de idiota!
- É, mas o Tom também me expulsou da casa dele. O TOM! – começou a chorar.
- Hey, sem dramas, ok? Nossas situações tão bem parecidas – respondeu seca e se virou pra janela para observar o céu escurecendo.

Na casa de Harry...

- It’s all about... – cantou Tom.
- … you – Danny e Tom cantaram juntos, no mesmo microfone.
Tom se afastou dos demais e tirou sua guitarra, largando-a no chão e saindo da garagem de Harry.
- O que deu nele? – perguntou Danny. – Ele nunca larga a guitarra dele assim...
Os três foram atrás de Tom e o encontraram largado no sofá, encarando o teto.
- Dude, você tá bem? – perguntou Harry, sentando-se no chão.
- Ah, cara. Eu dei mancada com a – Tom suspirou – Esqueci que tinha marcado com ela de nos encontrarmos para comemorar o nosso aniversário de seis meses. Bem, ela ficou bem chateada...
- Ah, o Dougie interrompeu meu momento com a , quando a gente tava quase chegando nos finalmentes. – Danny disse, dando um pedala no amigo, que estava de pé ao seu lado. – Falando nisso... – Danny colocou as mãos na cabeça – Eu larguei ela lá! Agora que eu percebi.
- Lerdo... – murmurou Tom.
- Bem, eu tive que expulsar a daqui de casa... – Harry disse, coçando a cabeça – Não foi nada legal.
- Vocês acham que uma menina ficaria brava se você chamasse ela na sua casa só para afinar seu baixo? – perguntou Dougie.
Os amigos olharam para ele como se a resposta fosse óbvia.
- Acho que fiz merda – Dougie se largou no sofá mais próximo.

Os garotos ficaram algum tempo em silêncio.
- Eu não quero ficar mal com a ... – disse Tom.
- E se a gente mostrasse pra elas aquela música? – sugeriu Harry.
- Verdade! – disse Danny – É uma boa!
- Vamos chamá-las para o nosso próximo ensaio e a gente toca pra elas – Dougie disse.
- Sim! Vamos cantar a música que resume a nossa história! – Tom levantou-se do sofá, decidido.

Capítulo 26

Harry foi atrás de Tom, parou na sala, pegou o telefone e discou o número da namorada.

- Alô?
- ?
- Harry? Que foi?
- Er… então, a gente tava aqui pensando...
- Uau... pensando? – perguntou irônica.
- ?
- A gente tá no viva voz. Voltando... Que foi? – respondeu desanimada.
- Então, a gente tava pensando se vocês não queriam vir aqui em casa amanhã à tarde. A gente tem uma surpresa pra vocês!
- Eu não vou ter que afinar o baixo do Dougie de novo, né? – perguntou.
- Não.
- O Tom não vai gritar comigo, né? – fez manha.
- Não – Harry respondeu e revirou os olhos.
- O Danny não... – começou, mas foi interrompida por Harry.
- NÃO, PORRA, É SÓ PRA VOCÊS VIREM VER A GENTE TOCAR!
- Ok, Ok! Até amanhã. Tchau! – desligou o telefone antes mesmo de o garoto responder.

- E aí? E aí? E AÍIIIIIII? – Danny chacoalhava Harry.
- PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARA, DUDE.
- E AÍ? – Dougie chegou correndo da cozinha, escorregando no tapete e quase indo de cara no chão.
- Se mais alguém perguntar ‘e a...’?
- E aí? – Tom chegou roendo as unhas com uma carinha de cachorro sem dono.
- Affe! Deixa eu falar logo antes que alguém pergunte...
- E AÍ, PORRA? – os três berraram.
- ELAS VÊM!
- Todo esse drama pra isso? – Danny perguntou.
- O drama foi de vocês. Eu tô desde o começo tentando falar e vocês não deixavam!

Aquele seria o último ensaio antes do festival. Os meninos estavam super empolgados e queriam que tudo fosse como planejado. Naquela noite repassaram as letras e ‘estudaram’ todas as melodias. Estavam tão ansiosos que o sono não vinha, portanto acabaram passando a noite toda jogando vídeo-game.

No final das aulas, as garotas esperaram os meninos saírem da aula de educação física no portão de saída. Nenhuma delas estava com vontade de jogar voleibol e decidiram matar a aula no parquinho das crianças.

- Eu ODEIO futebol – murmurou Dougie, aproximando-se das garotas seguido dos outros amigos, os quatro suados. – Principalmente quando Tom Fletcher está no outro time.
O garoto aproximou-se de , que o abraçou.
- Que nojo! – disse – Ele tá suado.
Danny aproximou-se de e a abraçou por trás. apenas sorriu e virou para beijar o namorado.
- ‘Que nojo! Ele ta suado’ – imitou a voz de , que apenas mostrou-lhe a língua.

- Então, por que tanto vocês fazem questão da nossa presença no ensaio de vocês? – perguntou , enquanto eles seguiam a pé para a casa de Harry.
- A gente quer mostrar uma coisa para vocês. – Harry respondeu.
- Ok, isso eu já percebi.

olhou para o lado. ia de cavalinho em Tom, sorrindo. A aliança que Tom comprou para a namorada fez com que ela o perdoasse sem pensar duas vezes.

Os amigos pararam em frente à garagem de Harry. Ele destravou a porta e todos entraram. Os instrumentos dos garotos já estavam organizados do lado esquerdo e do lado direito foram colocadas algumas almofadas gigantes para que as meninas se acomodassem. Harry travou a porta, os garotos pegaram seus instrumentos e as meninas largaram-se nas almofadas, de frente para os namorados.
Harry correu para a bateria, enquanto Tom começava a falar.
- É o seguinte, meninas... Durante todos esses anos que a gente se conhece vocês foram super especiais para a gente, agora mais que nunca. Sei que nós tivemos nossos altos e baixos, mas isso só serviu para fortalecer o que a gente sente um pelo outro. Vocês são mais que namoradas, são nossas melhores amigas. E nós resolvemos resumir o que passamos nos últimos tempos em nome desse sentimento. Essa música é pra vocês, e ela se chama Broccoli.

engasgou com a saliva e os outros não puderam deixar de rir. Assim que os meninos recuperaram o fôlego, começaram a tocar.

Everything was going just the way
I planned the broccoli was done
She doesn't know that I'm a virgin
In the kitchen 'cause it's normally my mum

But then she called me
And that's when she said to me
She wasn't coming 'round for tea

I should have known much better
But it's so hard, I can't forget her
And she keeps playin' me around
But I'm, trying so hard to impress her
She puts me under so much pressure
I just wanted her to let me know
She cares

Blowing out the candles now
If that's the way she treats me, I'm a fool
Everyone will tease me now
When rumours start to spread around the school

They say that I'm a loser
That girl's so cruel
But I keep feeding her the fuel

I should have known much better
But it's so hard, I can't forget her
And she keeps playin' me around
But I'm, trying so hard to impress her
She puts me under so much pressure
I just wanted her to let me know
She cares

She cares, she cares, she cares
(I know she cares)
She cares, she cares, she cares

I should have known much better
But it's so hard, I can't forget her
And she keeps playin' me around
But I'm, trying so hard to impress her
She puts me under so much pressure
I just wanted her to let me know
She cares

(n/a: se a letra tiver errada, sorry… xinguem o site do terra)


- Tá... isso não é uma coisa, digamos... – começou.
-...romântica! – completou.
- Mas até que... – disse.
-...Não ficou ruim! – terminou.

- Han... Só isso? Tipo, a gente se matou aqui pra fazer isso e... Nada?! – Harry disse, com o sentimento de que todo o esforço dele e dos amigos não fora recompensado.
- A gente tá brincando – riu, dando um selinho no garoto.
- Ficou linda, gente! – mordeu a covinha de Tom, que sorria aliviado.
tentou falar algo, mas Danny beijou a garota antes que soltasse qualquer palavra.
- Obrigada – foi tudo o que a menina conseguiu dizer, entre beijos.
- Então quer dizer que você nunca tinha cozinhado, é? – perguntou, andando lentamente até Dougie, os braços para trás.
- Mas não ficou ruim, ficou? – Dougie encostou seu tronco no de e deu um beijo no canto de sua boca.
- Não, mas você poderia ter me intoxicado – brincou.

- Olha, gente... Tá tudo muito bom, mas tipo... – Harry disse, receoso – A gente precisava ensaiar, sabe. O festival é amanhã, portanto esse é o nosso último ensaio.
encarou o garoto.
- Se vocês não ganharem essa merda depois de tanto ensaio, eu juro que mato você, Judd – disse séria, porém não conseguiu segurar o riso em seguida.
- Apoiada – disse.
- A gente precisa ensaiar melhor a Broccoli... – disse Danny – Para poder tocarmos no festival.
- É, precisamos ter certeza de que o Dougie vai acertar. Porque essa foi a primeira vez que ele não cagou na música – Tom riu.
- Ei! – protestou Dougie.

As meninas se despediram dos garotos e foram a pé para suas casas.

Mais uma noite em claro para os meninos. Ajustes e mais ajustes nas músicas. Precisavam repassar algumas e arrumar outras.
Depois de tudo pronto, todos foram para a cozinha de Harry tomar cerveja e relaxar um pouco.

- Gente... – disse Tom – Eu preciso falar algo com vocês. Desculpem não ter falado antes, mas achei que não era o momento certo.
- Deixa eu adivinhar! – disse Danny – Você e a vão casar, certo? Por isso a aliança!
- Mula, a aliança é de prata – disse Harry – Aliança de prata é aliança de compromisso, e não de noivado.
- Olha, o Harry tá manjando do assunto! Tá pensando em ficar noivo pra saber dessas coisas, é? – brincou Danny.
- Noivo? Só se for do Dougie... – Harry piscou para o baixinho.
- Opa! – Dougie levantou-se – Só se for agora! – ajoelhou-se em frente a Harry e pegou sua mão.
- Gente, é sério. Será que dá pra vocês pararem por alguns segundos? – Tom disse, apoiando a mão na mesa.

Dougie levantou-se e todos olharam para Tom.
- Meu tio, vocês sabem, ele patrocina shows... – Tom disse.
- É, e dá convite vip só pra você – disse Danny, cruzando os braços.
- E ele descobriu uma coisa sobre o festival de bandas da cidade... – Tom continuou – Ele disse que o dono de uma gravadora vai estar lá.
- Cara, isso é ótimo! – disse Harry – É a nossa grande chance.
- Sim. Tudo tem que sair perfeito. É agora ou nunca! – disse Tom – Mas...
- Mas o quê?
- Para conseguirmos chamar a atenção deles pro nosso som, eu acho que vamos ter que tomar uma decisão muito séria.

Capítulo 27

O dia seguinte amanheceu com sol. Estava um belo dia para um festival, apesar de não ser ao ar livre. Os meninos não paravam quietos um segundo. Corriam de um lado para o outro: Harry pegando as peças da bateria, Tom afinando as guitarras, Danny checando os cabos e Dougie sentado em um canto tentando ver se conseguia afinar seu baixo.

- Puta, dudes, será que alguém me ajuda aqui? – perguntou baixinho.
- Ah, eu não entendo de nada disso! – Harry respondeu carregando um dos bumbos pra levar para a caminhonete que haviam alugado para o transporte.
- Affe, Dougie, você ainda não aprendeu a afinar isso? – Danny revirou os olhos – e vê se não pede pra senão ela TE MATA!
- OMG! – Dougie falou.

- Ai, gente, é hoje! – saltitava pela casa de .
- É, , é hoje! – descia as escadas sonolenta.
- ACOOOOOOOOOOORDA! – pulou nas costas de fazendo as duas rolarem os últimos cinco degraus.
- VAI SE FUDER, !
- Crianças, se acalmem! – falou calmamente, embora séria.
- Ok, mamãe! – as três responderam e ela rolou os olhos.

As horas passavam devagar. A cidade tinha ‘parado’ por causa desse festival. No local do show, as bandas já estavam presentes e todos já sabiam que um suposto olheiro iria estar lá, isso fazia com que a ansiedade de todos aumentasse ainda mais.

O festival começou meio dia e meia, exatamente. A primeira banda a se apresentar foi a ‘110 Voltz’. O publico não aceitou muito bem. A segunda banda tocou, a terceira, a quarta, a quinta. A aceitação era melhor a cada banda, embora ainda não fosse total. Ninguém sabia se era porque a galera estava se animando ou se realmente a qualidade estava melhorando. Os meninos iriam ser a 8º banda a se apresentar.

- Ai, gente, eu tô com medo! – Tom sussurrou ao ver a platéia cheia.
- Todos estamos, dude, mas não deixa que isso te atrapalhe, hein? – Danny olhou de cantou de olho.
- É, senão a gente te mata, corta em pedacinhos e joga pros cachorros do vizinho comerem! – Dougie sorriu – Tô zuando! – consertou ao ver a cara de desespero de Tom.
- Tá tudo certo né? Dougie, você pediu pro cara da assistência de som afinar o baixo? – Harry perguntou enquanto tirava uma das baquetas do bolso e começava a girar.
- Yeah. Ele já fez isso pra mim!

- Nossa, isso tá muito cheio. Eu falei pra gente ter saído de casa mais cedo! – reclamava enquanto tentava inutilmente se aproximar do palco.
- É tudo culpa da ! – falou segurando o riso. Ela sabia que não tinha sido culpa da .
- Hey, pela primeira vez na minha vida eu não demorei mais que cinco minutos pra me maquiar! – respondeu indignada.
- Eu sei, tô zuando! A culpa foi da !
- Hey... Foi mesmo, ok? Eu precisava estar linda, já que a gente ganhou uma música, certo?
- É... Pode ser! – levantou os ombros.

- E agora, com vocês... McFLY! – o senhor que estava apresentando as bandas berrou.
Os meninos entraram sorridentes, sob o grito da platéia. As garotas haviam conseguido chegar na 3ª fileira, já que nas duas primeiras um grupinho de garotas histéricas berravam algo como ‘lindos’ ou ‘gostosos’ ou ‘casa comigo?’ fazendo-as ficar com muita raiva.

Eles começaram tocando Bubble Wrap, que era mais lenta. Passaram por Room On The 3rd Floor e foram pras mais agitadas como Five Colours In Her Hair e I’ve Got You.
A platéia delirava. Sim, eles estavam sendo a banda mais aceita até o momento, e iria ter só mais duas depois deles.

- Ai, que lindos eles. – falava.
- É né. Quero só ver quando eles tocarem a NOSSA música! – sorriu.
- Vai ser perfeito! – falou com os olhinhos brilhantes. nem falava nada, só ficava encarando as carinhas fofas que Harry fazia enquanto tocava bateria.

- Bom, essa vai ser a nossa última música, galera! – Dougie berrou no microfone.
- É, ela se chama... All About You! – concluiu Tom, começando os primeiros acordes.
- It’s all about you… – Danny começou cantando.

Capítulo 28

- COMO ASSIM ELES NÃO VÃO TOCAR A NOSSA MÚSICA? – berrou fazendo umas três garotinhas da fileira da frente olharem com raiva – QUE VOCÊS TÃO OLHANDO, HEIN, PIRRALHAS? NUNCA VIRAM, NÃO?
- QUE ELES ESTÃO PENSANDO QUE SÃO? EU NÃO ACREDITO NISSO! – também se ‘empolgou’.
- AH, THOMAS FLETCHER, VOCÊ ESTÁ SIMPLESMENTE F-E-R-R-A-D-O! E AINDA TOCA A MÚSICA QUE FEZ PRA SUA EX, SEU VIADO!? – fuzilou-o com o olhar enquanto ele tocava e cantava animado.
- HÃ?! – a ficha não havia caído pra – ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO. É SIMPLESMENTE UM PESADELO. EU ESTOU DORMINDO!
- CALA A BOCA, VOCÊS AÍ ATRÁS! – Uma das três garotinhas falou, mas ao receber um olhar MORTAL das quatro saiu correndo e foi pro outro lado do palco.

A música acabou. O DJ entrou tocando algumas músicas de balada pra dar tempo da banda desmontar a bateria e a outra montar os instrumentos.

- Hey, eles não podem ver que a gente ficou brava, ok? – perguntou e as meninas acenaram positivamente com a cabeça.

- Nossa, dudes, tô muito feliz! – Dougie falava saltitante.
- Você tá muito gay, Dougie! – Danny falou e levou um pedala.
- Eu também tô muito feliz, mas não é motivo pra ficar pulando que nem uma gazela! – Tom falou e recebeu o dedo do meio em troca.
- Não falem assim com o meu amorzinho! – Harry abraçou Dougie fazendo Tom e Danny entortarem a boca e sussurrarem algo como ‘Bixas’ ou ‘Gays’.

- Oi! – Tom encontrou no corredor e foi abraçá-la.
- Oi! – ela respondeu com um sorriso amarelo.
- Cadê as meninas?
- No banheiro, elas já vêm. E os outros?
- Tão vindo!

, e vinham sérias em direção ao resto do grupo que já estava reunido.

- Hey babe! – Dougie puxou , que apenas sorriu amarelo e deixou que o namorado a beijasse, mas não correspondeu muito.
- Gostaram da apresentação? – Harry sorriu.
- Uhum! – gesticulou e deu uma risadinha falsa.
- Sim! – respondeu sorrindo, embora bastante seca.
- Tem certeza disso? – Danny perguntou.
- NÃO! – as quatro berraram, fazendo-os até se afastarem.
- COMO ASSIM VOCÊS TEM A CARA DE PAU DE NÃO TOCAR A NOSSA MÚSICA? – começou a chorar.
- A NOSSA MÚSICA! – deu ênfase.
- VOCÊS FAZEM UMA COISA SUPER FOFA, FALAM QUE VÃO ARRUMAR A MÚSICA E CHEGAM AQUI E NÃO TOCAM? – também se alterou.
- AHH, EU TÔ LOUCA DA VIDA COM VOCÊS TODOS. VOCÊS FIZERAM A GENTE DE IDIOTAS, SABIAM DISSO? – estava com os olhos cerrados. – TEM UMA PLACA DE ‘IDIOTA’ NA MINHA TESTA, TÁ VENDO?

O silêncio tomou conta do corredor. As meninas apenas olhavam os garotos esperando alguma resposta, enquanto eles encaravam o chão, com medo do que falar. Dougie e Danny estavam prontos para culpar um ao outro, quando...
- A culpa foi de todos nós. – disse Harry – Tomamos essa decisão juntos.
Esperaram que as meninas falassem algo, mas tudo o que obtiveram foi um suspiro de .

- Tem um olheiro aqui, meninas – acrescentou Tom – Eu conversei com o meu tio e ele me contou... E tipo, digamos que Broccoli não é o tipo de música que chama muito a atenção de um cara assim.
bufou.
- Entende a gente... – murmurou Dougie, aproximando-se da garota. – Por favor.
- Tudo bem... – disse, com um sorriso triste. Não queria brigar com Harry.
- Mas na próxima, não enganem a gente – encostou a cabeça no ombro de Danny, que a abraçou – Não custava ter falado que não ia dar para tocar.
- A gente não vai fazer de novo – disse Harry.
A seriedade foi interrompida pelo ronco simultâneo do estômago de Dougie e , que fez com que todos rissem.
- A gente pode se reunir em casa pra comer depois, o que vocês acham? – perguntou Tom.
- Ótima idéia! – disse Dougie.

- Atenção – a voz do organizador do evento pelo microfone ecoou pelo corredor – Todas as bandas que participaram do festival, favor comparecerem ao palco dentro de cinco minutos para receber o resultado.

- AAAH! – gritou Danny. – Vozes do além!
- Cala a boca, Daniel – murmurou Tom.
- É agora! – Harry disse nervoso.
- Gente... – Dougie murmurou, os olhos brilhando, olhando de Tom para Harry, de Harry para Danny – Eu preciso cagar!
- Você caga em casa, Douglas! – Tom disse, nervoso, enquanto arrumava sua gravata.
mexia nos cabelos de Harry, que parecia um autista balançando para frente e para trás.
- Harry – murmurou – Para de suar! A parte da sua blusa debaixo das axilas está nojenta!
Harry apenas assentiu com a cabeça e continuou a balançar para frente e para trás, para frente e para trás.
Danny estava sentado em um banquinho logo ao canto, roendo as próprias unhas.
- Hey! Como você vai pegar o prêmio se estiver com as unhas todas roídas – disse, mesmo sabendo que aquele era um argumento imbecil, numa tentativa de acalmar o namorado.
- É, você tem razão – disse Danny, pegando a mão da namorada e começando a roer as unhas da própria.
- Ei! – , com a mão livre, deu um tapa no braço de Danny.
- Eu quero cagar, eu quero cagar, eu quero cagar! – dizia Dougie.
- Douglas, cala a boca! – irritava-se – Se não eu resolvo seu problema e coloco uma rolha bem no seu...

- Atenção bandas participantes do festival: um minuto para subirem ao palco – disse a voz, mais uma vez.
Danny olhou para os lados, desconfiado, procurando a fonte daquela misteriosa voz.
- Danny, para de drama! – disse Harry, pegando o braço do garoto e arrastando-o para a entrada do palco.
Os meninos despediram-se rapidamente das meninas, que voltaram correndo para a platéia, conseguindo um lugar bem à frente da onde os meninos estavam.

- Bom, como todos os anos nós organizamos este festival com o intuito de divertir as pessoas e poder apresentar músicos talentosos e não foi diferente esse ano. – o mesmo senhor que estava apresentando no início falou – eu gostaria de parabenizar todos, mas infelizmente temos que escolher apenas uma. – uma agitação surgiu entre as bandas e um murmúrio pela platéia. – e os vencedores são...

Capítulo 29

- E os vencedores são... - fez-se um grande silêncio – A banda Flyrt!!! ou Flart?... Flirt? Er... Como se fala isso? – murmurou para a banda.
- Eu não sei falar, só sei escrever! – respondeu Gui, o baixista da banda. (N/a: a banda Flyrt existe, é de uns amigos nossos e realmente eles não sabem falar, só sabem escrever!)
- Esquece, vai! A banda venha pegar o seu prêmio! – voltou a falar no tom normal.

- A gente perdeu, dude! – Danny dizia, incrédulo, enquanto ele e os amigos saíam do palco.
- Eu sei. Mas será que a gente pode ir embora? EU PRECISO CAGAR! – Dougie saiu correndo em direção ao carro.
- Aff... Melhor a gente ir mesmo! – Tom falou – Harry? – Tom olhou para os lados, tentando distinguir os garotos dos outros. As únicas luzes acesas eram as do palco. - Procura as meninas!
-Ok, tô indo! – Harry saiu correndo, desviando dos cabos que estavam ao chão.

As meninas esperavam os garotos no mesmo corredor que estavam da vez que falaram com eles, já que o segurança não as deixava passar daquele ponto. Dali, podiam ouvir o barulho da comemoração da banda ganhadora.

- Hey meninas, bora pra casa do Tom. O Dougie tá morrendo de vontade de cagar – Harry chegou correndo e puxando as meninas que o acompanharam.
- Calma, Harry! Se ele aguentou até agora ele aguenta mais um pouco – berrava enquanto ele puxava seu braço – e será que você pode me soltar?! TÁ MACHUCANDO!

Saíram do local e em 10 minutos estavam na casa de Tom.
- Caramba! Tinha que ser o Dougie – falava já deitada no sofá – ele devia ter ido no banheiro antes.
- Ah, não é minha culpa se meu nervosismo me afetou! – Dougie resmungou.
- Putz, dude, tu tá podre hein?! – Danny que estava pensando na possibilidade de entrar no banheiro desistiu ao sentir o aroma que exalava do mesmo – Tom, tô indo lá na suíte – falou antes de subir as escadas.

- Não creio que nós não ganhamos o festival! – Tom falou triste.
- Nem eu acredito que vocês não ganharam – falou brava – Vocês ‘ignoraram’ a gente pra ensaiar e ainda não ganham!
- Não foi culpa deles – se pronunciou pela primeira vez desde que chegara – aquela banda que ganhou tava muito boa também!

- É, eu tenho que concordar! – falou e recebeu um olhar estranho de Harry. apenas levantou dois dedos, o que significava que ela também.

- Aff! A gente se matou pra isso praticamente e adivinha? NADA! – Harry jogou uma das baquetas pra trás e acabou acertando Danny que descia as escadas.
- PORRA, HARRY! VOCÊ TÁ QUERENDO MATAR MAIS ALGUM DOS POUCOS NEURÔNIOS QUE EU TENHO? – reclamou e foi se sentar no chão, já que seus amigos já estavam jogados pelos pufes e e Dougie ocupavam cada um, um sofá.

O silêncio reinou na sala. Só se ouvia a respiração de cada um deles!
- Desculpa! – Tom quebrou o silêncio.
- É, a gente não devia ter ‘ignorado’ vocês desse jeito. Olha o que deu no fim! – Harry mostrou-se triste.
- É, desculpa mesmo! A gente fez tanto, pra nada! – Dougie olhou pro chão e cutucou Danny que estava totalmente perdido em pensamentos.
- Han?! – falou – Ah, é, malz aí, girls!
- Sussa gente! Não foi culpa de vocês de qualquer jeito! – respondeu sorrindo.
- Pois é. A gente não devia ter feito tanta pressão! – entortou a boca.
- Desculpem a gente também, tá?! – levantou e deu um beijinho no rosto de Harry que sorriu de lado.
- Gente, vamos animar, fala sério! O que passou, passou. – disse .
- Tom... – levantou-se – Posso dar uma fuçada na sua cozinha?
Tom assentiu com a cabeça e saiu da sala.

Algum tempo depois, ela voltou com um balde de gelo contendo garrafas de vodca em uma mão e um saco com copos pláticos na outra.
Colocou tudo na mesinha central, voltou pra a cozinha e trouxe os copos em que o pai de Tom servia whisky para as visitas.
- O que a gente vai fazer? – perguntou Danny.
- E qual é a dos copinhos de plástico? – Harry olhou para .
- A gente vai jogar o jogo da pirâmide! – sorriu.
- O é que isso? – perguntaram.
- Vocês nunca brincaram? – disse, acenando para os amigos sentarem em volta da mesa e colocando um copo de vidro na frente de cada um, servindo uma dose de vodca em cada copo. – Tipo, cada um toma um copo de vodca. A gente monta uma base, e depois, uma pessoa por vez, tem que ir colocando um copo em cima dela. Para formar uma pirâmide, saca?
- Hello-o! – disse Dougie – Você acha que o copo de vodca no começo não vai afetar em nada? A gente não vai conseguir montar uma pirâmide grogues!
- Mas ai que tá a graça da brincadeira, Dougie. Quem derrubar a pirâmide tem que virar um copo de vodca. – respondeu, terminando de arrumar a base.
- Tai! – disse Danny – Gostei!

Todos pegaram seus respectivos copos e beberam todo o conteúdo de uma vez.
Alguns minutos depois...- Uh! Eu vi duendes! – disse – Eles são verdes e tem toquinhas vermelhas!
- Mas esses não são os gnomos, ajudantes do papai Noel? – perguntou Tom.
- Ei, ! – silêncio – Se você vir o papai Noel, pede para ele fazer o amiguinho Danny crescer mais um pouco, please? – disse, com os olhinhos brilhando.
O.O todos.
- Geeente – disse rindo – Bora continuar a jogar!

TRIIIIIIIIIM!
- Merda – murmurou Tom, abrindo os olhos lentamente. Encontrou-se deitado no sofá da sala apenas de boxers, abraçado com , que estava apenas enrolada num lençol.
Esticou o braço e atendeu o telefone.

- Ai, que dor de cabeça – murmurou , acordando com o barulho do telefone, que parecia ecoar dentro de sua cabeça.
havia dormido no chão do quarto de hospedes. Sentou-se e avistou esparramada na cama, com os olhos abertos.
- Nunca mais brinco do jogo da pirâmide – murmurou – Ele deixa as pessoas com sensação de ressaca.
- Não é sensação, . É ressaca mesmo.

e Harry acordaram no corredor da casa, com abrindo a porta do quarto de hóspedes e fazendo com que Harry, que estava apoiado nela, caísse em seus pés.
- Bom dia – disse , pulando as pernas de – Alguém viu o Dougie e o Danny?
- Não – responderam e Harry secamente.
viu a porta do quarto de Tom entreaberta e acenou com cabeça para que entrasse com ela.
As duas entraram no quarto e encontraram dois garotos de boxer dormindo abraçados. A mão de Danny passava pela cintura de Dougie, enquanto a de Dougie estava nas costas de Danny, perto do ombro. Danny tinha sua perna no meio das de Dougie.
-Puta merda – Harry riu, ao entrar no quarto.
Thaty e apenas se entreolharam.
entrou no quarto, batendo a porta sem querer.

Dougie e Danny abriram os olhos lentamente e olharam-se sonolentamente.

Um, dois, três, quatro, cinco... Caiu a ficha.

- AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! – os dois berraram, empurrando um ao outro.
- Seu gay! – Danny, disse, escondendo-se atrás de . – O que você fez comigo?
- O que VOCÊ fez comigo? – Dougie disse, pulando no colo de , que entortou as pernas por causa do peso do garoto. – Se você me estuprou, eu vou prestar queixa!
- É isso ai, Dougie – Harry disse, com a mão na barriga de tanto rir e a outra apoiada no ombro de , que ria sem parar – Agora é fácil você dar queixa, já existe delegacia da mulher.

- GEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTE! – Tom entrou no quarto com o telefone móvel na mão e em seus calcanhares. – Eu tenho uma novidade para contar!

Capítulo 30

- Você vai fazer regime? – perguntou Danny.
- Er... Prossiga – Danny disse, ao receber o olhar de desaprovação de .
- A gravadora que mandou o olheiro para o festival quer contratar a gente!

Cri... cri... cri...

- AHHHHHHHHHHHHHHHH! – Dougie saiu do colo de e abraçou Danny que tinha saído de trás de .
- SAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – Danny berrou também fazendo os outros rirem e saírem do transe.
- EU NÃO ACREDITO! – abraçou o namorado que começou a girar a garota.
- Eu... eu... eu... – não sabia o que falar. Se jogou em cima de Dougie que caiu esparramado na cama com a garota por cima – VOCÊS SE SAIRAM MELHOR DO QUE NÓS IMAGINÁVAMOS! – beijou o namorado apaixonadamente.
- Tom? – sussurrou – fala que eu não tô sonhando!
- Vo-cê-não-tá-so-nhan-do! – falou pausadamente enquanto dava rápidos selinhos na garota. ainda não tinha se tocado. Danny chacoalhou a garota que no mesmo instante o beijou.

O dia se passou nessa comemoração. Sem bebidas alcoólicas, já que eles estavam numa ressaca daquelas por causa do dia anterior.

- Gente! A semana de provas tá aí já! – começou – o ano tá acabando!
- Pois é! Espero que nenhum dos senhores fique de recuperação esse bimestre hein! – completou.
- Er... Só se for em educação sexual! – Danny falou sorrindo maroto e levou uma almofadada bem no meio da cara – Hey, isso doeu!
- Era pra doer! – se levantou – preciso beber água!

Os outros só riam com a situação. Se alguém os visse acharia que ainda estavam bêbados, tamanha era a alegria! Era um domingo, portanto quando era à noite todos deixaram a casa de Tom e foram pras próprias.

Uma semana se passou depois da notícia. Os meninos já não tinham tempo pras namoradas. Elas já estavam se sentindo muito incomodadas com isso. Mais uma semana, a de provas! Piorou tudo. Ninguém se falava, todos estavam que nem loucos estudando.

Os poucos horários livres dos garotos que antes eram pras namoradas estava voltado para os estudos. Tudo que eles queriam era terminar logo o colegial para poderem se dedicar inteiramente a banda!

- Ufa! Até que enfim isso acabou! Só espero não ter ficado em nenhuma matéria! – falava com após terminarem a última prova.
- Pois é, nem eu! A e a não saíram ainda? – a garota perguntou.
- Não que eu me lembre. Harry, Tom, Danny e Dougie saíram uns cinco minutos antes que a gente e eu não duvido nada que foram ensaiar. – respondeu triste.
- Hey girls, alguém viu o Dougie? Ele esqueceu o livro dele na carteira! – saiu da prova seguida por .
- Er... Você precisa mesmo duma resposta? – perguntou balançando os ombros e saindo.
- Hum... Eu sinto falta de como eles eram antes! – falou – eles sempre arranjavam um tempinho pra gente, nem que fosse mínimo. E olha agora! A gente nem vê mais eles aqui na escola!
- E nem fora! – completou e elas saíram. Foram tomar um lanche como há tempos não faziam. O clima estava chato, elas estavam felizes pelos meninos terem conseguido, mas também estavam tristes por eles nem darem mais muita bola pra elas. Parecia que a ‘fama’ que eles nem tinham tinha subido a cabeça.

- Algum deles chamou vocês pro baile? – perguntou enquanto girava lentamente o canudinho no milk-shake.
- Não! – levantou a cabeça – eu nem tinha pensado nisso!
- Pra falar a verdade nem eu! Parece que eu tô solteira de novo! – se ajeitou na cadeira – a única diferença é que quando eu era solteira eu costumava ser menos... sei lá... desanimada!
- É verdade! – suspirou.

Na casa de Dougie...

- Não tá dando certo isso! – Dougie deixou o baixo de lado – vamos descansar um pouco, não aguento mais ensaiar!
- Nem eu, dude... meu pulso tá doendo já! – Harry levantou da bateria e guardou as baquetas no bolso.
- Tá, chega por hoje então! – Danny concluiu.
- Ow! – Tom virou pros amigos – vocês chamaram as meninas pro baile? – perguntou enquanto guardava sua guitarra.
- ESQUECI! – os outros três berraram juntos e foram correndo pegar seus celulares, e Tom fez o mesmo.

‘Hello...pipipi...hello!’
‘Don’t wanna be an American idiot...’
‘Move along, move along like I know you do...’
‘And she will be loved...’

Os quatro celulares tocaram juntos fazendo as quatro garotas levarem um susto. Elas atenderam, ficaram cinco minutos no máximo falando com os namorados e logo desligaram.

- Queriam chamar vocês pro baile também? – perguntou um pouquinho mais animada.
- É né! Não duvido que tenha sido o Tom a lembrar aqueles lesos que eles ainda não tinham nos convidado! – falou e as amigas riram.
- Melhor a gente ir. A gente tá aqui a mais ou menos... TRÊS HORAS! – falou e se assustou ao ver o tempo que elas tinham ficado por lá. – Vamos pra minha casa?
- Bora! – respondeu fazendo ‘joinha’.
- , posso entrar um pouco na net? – perguntou - Tô querendo ver aquele curso que eu estava querendo fazer, depois que acabasse a escola!
- Claro, , vai lá! – respondeu sorrindo. e estavam tendo ataques de riso enquanto viam as antigas fotos das quatro juntas, fazendo caretas e se ‘achando’ as mais ‘MAIS’!
- Como a gente teve coragem de fazer isso? – pegou uma das fotos e olhou.
- Não sei, mas essa época foi muito engraçada! – respondeu entre risos.
- Pois é. Aquela festa do pijama... – começou a relembrar.
- Formigas...! AHHHH, mata! Mata! – berrou levantando na cadeira do computador e imitando as outras pattys fazendo as amigas rirem.

Ficaram um tempo conversando, relembrando todos os momentos que já haviam passado juntas. Os micos, as encrencas, as risadas, as idiotices, as experiências, tudo! Lembravam-se de quando se conheceram e já viraram amigas de cara, lembraram como conheceram os garotos.

- Sabe, tô pensando aqui! – começou e continuou antes de ser zuada – Sim, eu penso! – arrancou mais risos das amigas – como vai ser depois de acabar o colégio?
- Não sei. Ainda não parei pra pensar sobre isso, sabe! – começou – vocês sabem o meu sonho.
- Todas nós sabemos o sonho das outras – sorriu – mas pra isso acontecer a gente vai acabar, sei lá, afastadas?!
- Gente! Vamos parar, vai! Não quero pensar nisso ainda! – falou e as amigas fizeram uma cara indignada porque ela mesma tinha pedido pra entrar na net pra ver o curso que queria fazer. – GUERRA DE TRAVESSEIRO! – berrou pra acabar com o ‘clima’ antes de pegar um dos que estavam em cima da cama e acertar em que quase caiu com o susto.
- Outch! – passou a mão pela cabeça – VOCÊ VAI VER!
- PAAAAAARA , TU É BAXINHA MAS É FORTE, PORRA! – berrava e ria ao mesmo tempo.
- Hey , aquelas duas vão sair ilesas? – se referiu a e que só riam.
- No way! – saíram correndo atrás das duas e meteram elas na brincadeira.
- Cansei! – se jogou na cama.
- Duas! – falou.
- Três! – disse.
- Quatrooooo! – berrou e se jogou em cima de que a empurrou pro lado.

Arrumaram as camas/colchões e se deitaram. Estavam muito cansadas!

- Vamos dormir, caras? Amanhã vai ser mais um dia cheio! E vão sair as notas lá na escola! – Tom falou se levantando.
- Verdade! Deus queira que a gente tenha passado direto! – Danny falou e tomou um pedala de Dougie – que eu fiz agora?
- Nasceu! – Dougie respondeu rindo e foi subindo as escadas pra um dos quartos de hospedes seguido por Harry, Tom e finalmente por Danny que ainda estava com cara de ‘han?!’.

Capítulo 31

Estava sendo só morgação as aulas, ou seja, entrega de notas. As patricinhas estavam que nem loucas querendo saber que roupa iriam usar no baile daquele final de semana ou quem iria com o mais popular ou mais bonito do time de futebol, nem se importando com as correções e revisões para a recuperação, que provavelmente elas tinham ficado.

- PASSEI EM TUDO! – Danny berrou vendo suas médias no site – raspando, mas passei!
- Se ele passou, todos nós passamos sobrando nota! – Dougie falou, mas calou a boca ao ver uns três 6 no boletim – merda, passei raspando em três matérias! oO
- Vai falando dele! – Harry riu do amigo ao ver sua menor média sendo 7 e arregalando os olhos ao ver que Tom só tinha médias de 8,5 pra cima – seu NERD!
- Não sou NERD, eu me esforço ok? – sorriu todo cheio de si.
- Uhum! Ok! NERD! – Danny falou e Dougie sorriu pra ele fazendo Tom olhar feio.

Saíram de lá e foram pra casa de Tom. O baile seria no dia seguinte, mas eles estavam completamente alheios a isso.

- PASSEI EM GEOGRAFIAAA! – pulava alegre pela sala de informática – PASSEI! PASSEI! Passei na outras matérias também!
- Tu é NERD! Era certeza que você ia passar! – falou e recebeu um olhar mortal de . – Mas é verdade!
- Ah, foda-se! Eu passei! – fazia uma dancinha estranha fazendo todos em volta rirem.
- Eu também passei em tudo! – falou – mas quase me ferrei em gramática.
- Eu quase me ferrei em matemática! – entortou a boca.
- Eu também passei! – respirou aliviada – fiquei na média em umas duas, mas sussa, passei!
- Eu também fiquei na média em algumas também! Mas não interessa! Adeus colegial! – levantou, queria jogar seus cadernos pro alto e berrar um big ‘foda-se’ pra escola agora. As meninas estavam quase na mesma situação.

Resolveram dar uma volta no shopping. Fazia tempo que elas não faziam isso. Ligaram pros meninos os chamando pra ir ao cinema, mas eles tinham que ensaiar. Elas ficaram putas da vida, mas tudo bem. Pelo menos no dia seguinte eles iam ficar com elas no baile. Voltaram pra casa de dessa vez. Tomaram banho, comeram e foram dormir cedo.

O dia seguinte foi monótono. Era um sábado de manhã, sem nada pra fazer num calor do cão. Entraram na piscina. Ficaram a manhã toda lá. Saíram pra almoçar, tomaram um banho e foram andar de bike. Cinco da tarde voltaram, tomara outro banho e começaram a se arrumar. Resolveram caprichar um pouco no visual. Elas não eram mais pattys, mas mesmo assim, era a formatura delas. O baile de formatura!

Estavam lindas de vestido, como não usavam há tempos, mas resolveram fazer esse sacrifício. Elas não iriam ter outro baile de formatura do 3º ano pra se arrumarem nunca mais.

- Nossa, que horas são? – perguntou pras amigas já no salão.
- 20h30min! – respondeu vendo no celular – já era pra eles estarem aqui a mais ou menos meia hora!
- Affe... Eu não estou gostando disso! – sorriu amarelo.
apenas balançou a cabeça negativamente.

21h00min. estava quase jogada na cadeira de tanto tédio, olhava para as unhas como se fossem muito interessantes, estava com o queixo apoiado em uma das mãos e estava com a cabeça deitada na mesa.

21h30min, 22h00min, 22h30min...

- Mas que porra! – se irritou.
ia falar quando... ‘Don’t wanna be an American idiot...’
- Alô? – atendeu a celular o mais secamente possível.
- ? – Dougie perguntou – vem aqui fora, a gente tá esperando vocês.
- Mas... – começou, mas quando viu o garoto já tinha desligado – Vamos! – chamou as amigas e se dirigiram pra fora do salão.

- Vocês têm noção de quanto tempo vocês estão atrasados? – perguntou apontando o dedo na cara de Danny.
- Que roupas são essas? – apontou pra eles que vestiam camiseta, tênis e bermudas – vocês tão em um baile!
- A gente não vai entrar, ! – Tom falou – na verdade... – ele parou de falar. Estava com medo de falar.
- Na verdade...? – perguntou fazendo gestos pra eles continuarem.
- Na verdade a gente tá indo pro aeroporto! – Harry continuou com a cabeça baixa e as mãos no bolso.
- A gente assinou contrato faz um tempinho e o empresário só estava esperando a gente terminar a escola pra já sairmos em turnê! – Danny respondeu coçando a nuca.
- A gente veio se despedir e terminar tudo com vocês. – Dougie respondeu desanimado.

- Ma... – balançava a cabeça negativamente.
- Vo... – olhava pra baixo.
- Na... não... eu... – encarava Tom que olhava pro seu all star azul turquesa.
- Eu tava sentindo que logo ia terminar assim! - suspirou e olhou no fundo dos olhos de Danny – vocês estavam muito estranhos!
- Descul... – eles começaram a falar juntos.
- Bom, boa viagem! – falou, os interrompendo. Harry foi em direção à garota que fez um gesto pra ele não tocar nela, virou as costas e entrou no salão. Harry se virou para a van, ele não queria ver ela se afastando assim, sem nem se despedir.
- É, sucesso pra vocês! – falou acenando e indo atrás da amiga. E deixando Tom a ponto de chorar.
- Tchau! – respondeu triste e seguiu as outras. Danny abriu a boca pra se despedir, mas a garota já tinha ido.
- , eu... – Dougie começou.
- Pára Dougie! Não precisa falar nada! Só espero que vocês não se esqueçam da gente! – falou e também foi em direção ao salão. Ao chegar à porta olhou pra trás e viu os garotos indo em direção à van que ia levá-los ao aeroporto. – Eu ODEIO bailes de escola!

FIM DA PARTE 1!

Agradecimentos:
É, a Broccoli acabou. E antes que vocês resolvam acender as tochas e correr para Sorocaba, lembrem-se que vai ter parte 2, por favor. E concluam que se as autoras não estiverem vivas, a parte 2 não será escrita.
Agora que já garanti que continuarei viva, vamos ao que interessa. Gostaria de agradecer a todas as leitoras fiéis que estão com a gente desde o começo, às que pegaram a fic no meio do caminho e às que começaram a ler já no finzinho. Vocês tiveram paciência com a gente esse tempo todo. Mesmo quando a gente demorava pra postar, vocês estavam lá esperando. Obrigada MESMO. E não menos importante, ao pessoal que leu depois de finalizada e que mesmo vendo que a fic era grande, continuou até o fim e agora está lendo os agradecimentos.
Obrigada a Tamy, por ter escrito a fic comigo, ter me ajudado a melhorar as partes que eu escrevia e achava que não tinham ficado boas e acima de tudo por estar sempre do meu lado (r)
E um obrigada máster especial pra Bel, nossa super beta! Sem ela, a Broccoli não seria Broccoli. E agradeço também por ela ter aceitado betar a segunda parte da fic.
Escrever uma fanfic é transcrever um sonho. Foi ótimo dividir nossos sonhos com vocês e principalmente sonhar junto com vocês! Valeu, galerinha!

Minhoca ;*

Oi gente, tudo bem?
enfim... ultimo capítulo da Broccoli UM, ok? VAI TER CONTINUAÇÃO! (antes que qualquer leitora psicopata venha querer matar eu e a Mih)
bom, se não acabasse assim nossas ideias iriam ser interrompidas e bom, não haveria Broccoli DOIS com muuuuuito mais confusão!
a gente volto de viagem dia 14. vocês devem estar se perguntando : 'pq elas não postaram antes? ¬¬'' bom, foi porque a gente não sabia o que escrever nos agradecimentos!
sim, parec uma coisa boba, mas não é!
deixa eu começar logo...

Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao *McFLY que estimula as nossas pequenas (?) mentes criativas a escrever as coisas mais absurdas ever. queria agradecer as nossas *leitoras, meu, vocês são F-O-D-A-S. sem vocês, podem ter certeza, a Broccoli não seria assim. é verdade, sem seus comentários a gente não seria tão empolgadas e felizes (?). queria agradecer a *Bel... duude, a beta é foda: é ela que aguenta minhas perguntas sem noção, é ela que tem q ficar arrumando nossas cagadas (que ela fala q quase não tem, mas vai saber), é ela que põe scripts nessa budega... enfim... é ela que me aguenta com reclamações/pedidos/tudo relacionado a fic. queria agradecer a *Minhoca, acima de tudo, pq a idéia de criar essa fic foi dela alem dela ser uma super amiga! =D claro, também ao resto das *McFG's (Thaty ~> Jones e Nanda ~> Fletcher) por 'doar' suas caracteristicas pessoais (?) aos personagens! a *banda Flyrt, o *Gui (baixista da Flyrt que toco 'Silence is a Scary Sound' pa eu e pa Mih), a alguns dos nossos *professores citados pela 'participação especial' e também ao *Fanfic Obsession que é onde ela (a fic) fica ‘hospedada’ pra vocês curtirem!
bom, acho que eu realmente me empolguei, então deixa eu ficar quietinha agora.
BeijãO e... vejo vocês na próxima? oO

Tamy*lokinha

Contato: (podem add, ngm aqui morde! Nós somos legais! (y))
Minhoca:
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Tamy:
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