Escrita Por: Lih e Dani | Revisada Por: Thai Barcella


Capítulo 1


Esta história já começa estranha, depois só vai piorar...
Para nós era um dia comum, uma manhã comum, mas estávamos enganadas.
Tudo começou quando eu e minha amiga estávamos na Internet e ela viu uma reportagem sobre duas mulheres que tinham cometido um assassinato.
A notícia era pequena e sem muitos detalhes, mas quem precisa de letras quando o mais importante está na imagem?
Fui à cozinha pegar um copo de água para mim e para , estava um calor do inferno lá no Brasil, tudo culpa do aquecimento global. De repente eu ouvi um grito muito alto, me assustei e deixei o copo cair no chão, derramando água por todos os lados. Sem prestar muita atenção, corri, depois de dois passos dados parei, eu acabara de pisar em vários cacos de vidros, sentei no chão e gritei pela , que veio correndo, e antes que ela pisasse no vidro eu segurei suas pernas, dando o resultado de uma pessoa sentada no chão com o pé sangrando e outra com a cara no chão e o nariz sangrando.
se apressou e começou a falar sobre o que estava acontecendo, mas o sangue de seu nariz foi mais rápido e parou na sua boca, e para a surpresa da , e somente dela, descobrira agora que seu nariz sangrava, e foi correndo ao banheiro. Chegou lá e, graças a Deus, lembrou-se que havia esquecido alguma coisa, eu já sabia sobre a sua lerdeza, mas não sabia que estava tão avançada, e lá voltava a para me pegar, ela me segurou no colo e me levou ao banheiro, ela tinha que agradecer por eu ser tão leve.
Depois de curativos feitos e uma explicação bem lenta para a sobre como eu tinha cortado o pé, nós fomos ver o porquê de tudo aquilo começar.
Eu não respirava, a também não, estávamos estáticas. Como aquilo era possível? Não dava para acreditar e por mais que eu e quiséssemos que aquilo fosse um sonho, não dava, pois era a mais pura realidade. A notícia falava o seguinte:


Assassinato em Londres

De acordo com as investigações, as responsáveis pelo assassinato do Jed Keyes, 28, na Oxford Street, seriam Julie Stroverg e Hetty Notan. Não se sabe como elas conseguiram cometer um crime na principal rua de Londres sem terem sido notadas na hora. Elas estão sumidas e o mais provável é que elas estejam indo para o Brasil. Se as virem em algum lugar, disque: 5475–8366 ou procure a autoridade mais próxima. Abaixo o foto das criminosas.



Eu olhei para ... E depois?
Não lembro, só sei que acordei e a vi sentada ao meu lado. Chamei-a e ela quase me matou com seu abraço.
- Cara, eu achei que você tivesse morrido!
- Para sua sorte, eu estou viva! – eu dei meu super sorriso Colgate Tripla Ação.
- Está mais para azar do que sorte! – me olhou com um sorriso malandro e saiu correndo.
- Eu te pego, sua jujuba sem perna! – eu me assusto com o meu poder de falar merdas! É sério!
- Você nunca vai me pegar, joaninha do quintal! – Ahm, okay, esqueçam o que eu disse, eu me assusto com o poder da de falar merdas!

Alguns trinta minutos depois...
- Ok, , pode parar, eu já cansei, tia! – eu sempre venço!
- Ok, mas, afinal, por que eu estava correndo atrás de você?
- Porque eu disse que era azar você ter sobrevivido.
- Sobrevivido a que?
- Ah, pois é, na hora em que você leu a notícia do assassinato e viu as duas assassinas, você desmaiou.
- Por que eu desmaiei?
- Talvez porque...
E essa foi a última coisa que eu ouvi e depois desmaiei de novo.

Capítulo 2


Nós ficamos horas pensando no que fazer, e tivemos várias idéias geniais, como por exemplo... Ahm, só nos restava ficar em casa e morrer comidas pelos restos de queijos mofados da geladeira! Sim, era um fim muito trágico para duas garotas de dezessete anos.
Tínhamos que arranjar uma forma de mudar isso, e só assim estaríamos livres para vivermos felizes e alegres pelo campo.
Mas como? Como? Como? Como?
Pensando nisso, nós caímos em um sono profundo e calmo, talvez não tão calmo quando se trata de macacos tomando conta do planeta, mas isso era só um pesar dos pesares. Queríamos esquecer aquilo o mais rápido possível.

Um mês depois...

e eu estamos incluídas entre os mortais de férias e quem sabe também na parte dos corpos sarados.
Nós iríamos viajar para uma fazenda numa cidade do interior de São Paulo e lá passaríamos um mês. Mas ela só foi mesmo porque descobriu que para onde a gente ia, existiam extraterrestres, pelos menos nas lendas existiam. A odeia fazendas, mas fazer o que, né?! Ela disse que eu podia escolher onde iríamos passar as nossas férias, então, let’s go to Califórnia! Pf, quem me dera que fosse Califórnia, nós vamos é para Varginha, o lugar onde os extraterrestres te pegam e levam para análises, onde o mundo científico é descoberto, onde tudo é possível e blá, blá, blá, aquela mesma história de sempre.

Quando chegamos lá, vimos muitas vacas, er... Estranhas... E, ao fundo, estava o hotel fazenda. Sério, que coisa horrível!
A começou a correr de um lado para o outro falando que tinha visto uma nave enquanto eu ia carregando as malas para o hotel. Adivinhem o nome! Eu dou um doce para quem acertar.
Hotel Fazenda. Que povo mais sem criatividade, mas pelo menos por dentro não era feio como era por fora.
Para chegar em nossos quartos, pegamos um carrinho, tipo bugre, e, por um mero acaso, ele parecia uma espaçonave, que coincidência, a cidade dos extraterrestres e o carrinho parece uma espaçonave... Difícil imaginar. Ele era meio redondo e pintado de prata com uns troços verdes, bonitinho até.
Quando cheguei ao meu quarto, abri a porta e dei de cara com uma parede azul e o teto pintado de azul escuro. Era bem bonito, já o da tinha uma parede bem verde e o teto era preto.
Nós fomos conhecer o lugar, era muito grande, tinha uma piscina aquecida, uma quadra gigante, um parquinho, um restaurante, uma cachoeira, uma gruta e um lugar que a amou, era um campo enorme só com mato e uma árvore grande bem no meio, eu não sei onde ela tinha achado tanta graça, mas tudo bem, a acha graça em tudo e incrível, uma vez ela... Ai, calma, onde eu parei?! Acho que me perdi... Ah, já me lembrei, estava falando do hotel estranho, bom, continuando...
Estou eu, lá parada, vendo a correndo, quando, de repente, uma coisa cai em cima dela, eu vou correndo em sua direção e quando eu chego lá, ela está deitada na grama e tem um garoto por cima dela, eu dei uns passos para trás e me escondi atrás da árvore para ver a cena.

- Ah, desculpa? – disse o menino com e olhos , que ainda estava em cima da .
- Ok, mas se você saísse de cima de mim, eu ia agradecer muito mesmo! – ela disse, com o rosto bem vermelho.
Ele se levantou e estendeu a mão para ajudá-la.
- ! – ele disse e sorriu.
- ! – ela disse e apertou a mão dele.
Não sei exatamente o que aconteceu naquele momento, só a poderia dizer o que aconteceu, o que eu sei é que eu estava me empolgando vendo aquela cena linda, sabe, eu sou bem romântica e a também, uma vez a gente foi ao shopping... Calma, eu estou mudando de assunto, onde eu estava?! Ai, hoje estou muito perdida! Ah, eu estava falando do menino e da , continuando, eles ficaram se encarando por uns dois minutos, eu fui me virando para trás da árvore e encostei em alguma coisa.
- AHHHHHHHH! – saí correndo e ao mesmo tempo ouvi e vi alguém fazendo a mesma coisa que eu, só que para a direção contrária.
Os dois se afastaram rapidamente e ficaram nos observando correr de um lado para o outro, quando a gente parou de correr, olhamos para eles, que já estavam na grama rolando, literalmente, de tanto rir.
Foram feitas as devidas apresentações, , o menino que saiu correndo junto comigo, e de olhos bem claros, e , que foi o que caiu em cima de , que descobrimos que enquanto corria estava olhando para trás, por isso a queda.
Os dois, mais ou menos da nossa altura e apenas um ano mais velhos, e por obra do destino eram amigos de infância, como eu e a .
Já havia passado uma semana que o nosso encontro repentino acontecera, e sempre andávamos juntos. No dia seguinte acordamos e fomos para a piscina com eles, tínhamos que aproveitar ao máximo àquelas férias. Passamos o dia inteiro lá, apenas nos divertindo e conversando, iríamos ao nosso quarto tomar um banho, e depois nos encontraríamos lá na árvore em que nos conhecemos.

Capítulo 3


Estávamos naquele lugar, deitados na grama nessa posição, , , eu e o . Eles nos contaram que também moravam em .
De repente, um ponto verde brilhou no céu.
se levantara há pouco tempo e ficara em pé observando as estrelas com ao seu lado. E se encontrava deitado ao meu lado ainda. Fechei os olhos e fiquei lá, só sentindo uma brisa leve, abri os olhos e a e o estavam dançando um tipo de valsa enquanto ele cantava uma música em seu ouvido:

“Hey, I'm looking up for my star girl
I guess I'm stuck in this mad world
The things that I wanna say”


olhou para mim, olhou para o céu, e cantou:

“But your a million miles away
And I was afraid when you kissed me
On your intergalactical Frisbee”


A e o ficaram dançando sob o luar, enquanto cantava e eu apenas os observava. Comecei a perceber que o negócio verde estava ficando maior cada vez, chamei a e mostrei a luz. Nós falamos aos meninos que íamos até nossos quartos e já íamos voltar, mas, em vez disso, como já era esperado, fomos ver o que era aquele negócio verde que tinha descido do céu. A estava toda empolgada achando que poderia ser uma espaçonave alienígena! Pf, aquilo era ridículo, mas como eu não sou de criticar, fazer o que, né?!
Chegamos bem perto e bem na hora de ver duas imagens saindo do lugar, pareciam duas meninas com a mesma idade que nós. Eu sou alérgica a alguns tipos de plantas, e, para o nosso azar, lá estava cheio delas, então comecei a espirrar, as imagens olharam para nossa direção, saímos correndo e voltamos para onde os meninos estavam. Nós achamos melhor ir para os quartos, era perigoso ficar ali, então inventamos um motivo para os meninos.

- Então, vocês voltaram... – disse rindo.
- É obvio, a gente disse que ia voltar! – disse olhando para ele.
- Mas a gente vai voltar para o quarto, está tarde já e amanhã eu estava querendo ir à piscina cedo, então é melhor ir dormir agora... – eu disse e os dois olharam com uma cara triste.
- Fica só mais um pouco, por favor! – disse com uma cara de cachorro perdido e eu não resisti.
- Ok, só mais cinco minutos.
Ficamos lá mais uns dez minutos, porque eles ficaram me enchendo, até a entrou na onda (e convencê-la de algo que ela não quer é quase impossível). E na hora de irmos embora, fui surpreendida por um beijo de , pude ouvir que enquanto nós nos beijávamos, e ficaram rindo e aplaudindo.
Voltamos para os quartos, e eu me deitei na cama sem nem colocar o pijama, fiquei pensando no beijo de e caí no sono.

“The world would be a lonely place
Without the one that puts a smile on your face
So hold me ‘til the sun burns out
I won't be lonely when I'm down

‘Cause I've got you to make me feel stronger
When the days are rough and an hour feels much longer
I never doubted you at all
The stars collide, will you stand by and watch them
fall? [by and watch them fall]
So hold me ‘til the sky is clear
And whisper words of love right into my ear
‘Cause I've got you to make me feel stronger
When the days are rough and an hour seems much longer

Yeah when I got you
Oh! to make me feel better
When the nights are long they'll be easier together

Looking in your eyes
Hoping they won't cry
And even if you do
I'll be in bed so close to you
Hold you through the night
And you'll be unaware
But if you need me I'll be there

Yeah I got you
Oh to make me feel stronger
When the days are rough and an hour seems much longer

Yeah when I got you to make me feel better
When the nights are long they'll be easier together
Oh when I got you”


Acordei com alguém cantando essa música e gritei:
- , abaixa essa merda, eu quero dormir!
- Não sou eu, , acho que é alguém lá fora! - ela gritou de volta.
Saímos e demos de cara com ninguém mais, ninguém menos do que e com seus violões, rindo da nossa cara, que ótimo! Fizemos papel de bobas mais uma vez, isso me faz lembrar daquela vez que a gente... Ah, de novo não! Esquece, essa história me faz lembrar várias coisas... Tenho que me concentrar! A sempre me diz isso. Voltando...

Capítulo 4


No dia seguinte, nós fomos naquele lugar em que a coisa tinha caído do céu, mas, antes disso, contamos toda a história da notícia para os meninos e o que a gente viu naquele dia. De primeira, eles não acreditaram, mas depois de mostrarmos a foto das assassinas, eles mudaram de opinião, se não mudassem, seriam loucos.
Eles não sabiam como aquilo era possível, mas disseram que iriam nos ajudar a descobrir o que estava acontecendo. Depois de andarmos um bom tempo, o encontramos. Ele era enorme, era verde e feio. Não tínhamos idéia do que era. Mas, como vocês sabem, a adora coisas verdes, grandes, que caem do céu. Então ela começou a gritar:
- Uma nave de alienígenas! Uma nave de alienígenas!
E ficou correndo de um lado para o outro feito uma doida. Nós ficamos um bom tempo rindo da cara dela, acho que uns dez minutos exatos, como aquilo era possível?! Extraterrestres não existiam, só nos filmes, claro.
Não podia ser uma espaçonave alienígena, era impossível!
Depois que conseguimos parar de rir, resolvemos levar aquele negócio, que era como o chamávamos, para algum lugar, ou quem sabe para as autoridades. Mas a e o foram opostos à idéia. Eles achavam que nós tínhamos que entrar lá e fazer análises. Coisa de povo doido, mas, como estava empatado, nós tiramos par ou ímpar, e a , como uma boa garota sortuda, ganhou, e, para o nosso azar, tivemos que entrar lá.
Ok, eu sabia que o que tinha acontecido com a gente era estranho, mas era uma idéia muito arriscada entrar no negócio.
Depois de um tempo discutindo, entramos lá a força, claro! Quando estávamos prestes a entrar no negócio, ouvimos vozes e ficamos atônitos, se alguém visse aquilo, iria querer mostrar para as autoridades e, é claro, iria sobrar tudo para a gente. Saímos correndo de lá e vimos dois homens se aproximando, um alto e com a barba por fazer e o outro mais baixo e muito feio, ele era realmente feio. e ficaram para distrai-los, enquanto eu e voltamos para a fazenda. Chegando lá, não demorou para que a e o chegassem. Para piorar, o destino tinha que envolver mais um inocente na história, a recebeu uma ligação da , outra amiga nossa, e ela disse que iria nos visitar lá.
Que ótimo, estava tudo perfeito, estávamos com uma coisa grande e verde escondida numa caverna e a estava indo para lá, acho que não podia ser pior!

No dia seguinte, acordamos com a gritando feito uma louca de felicidade, já que não a víamos há um bom tempo. Ela não parava de pular e de gritar “E aí, mulheres, está tudo bem? Que saudade! Me apresentam eles?!”, é claro que ela sabia do e do , sobre isso ela sabe mais que a gente.
Ela veio acompanhada de seu namorado, , e eles ficaram em um quarto ao lado do meu.
Com o barulho da , todos nós acordamos. Eu e a abraçamos e apresentamos e à ela e a . Contamos tudo o que estava acontecendo e eles começaram a rir, pois acharam tudo aquilo um absurdo. Mesmo insistindo muito eles não acreditaram. Foi aí que decidimos mostrar a eles a prova de tudo, que estava na caverna. Chegamos lá e mostramos aos dois a coisa grande e verde que tínhamos visto na noite passada. Os dois ficaram boquiabertos, pensando: “Como isso pode ser possível?”. e ainda estavam com a idéia de entrar naquilo, e eu e estávamos totalmente contra essa idéia maluca. ficou muito curioso para ver o que tinha lá dentro, mas a , ouvindo isso, ficou com vontade de bater nos três por serem tão patéticos e quererem entrar numa coisa nada segura. Outra vez fomos decidir aquilo no par ou ímpar. Desta vez foi entre e . era uma menina de muita sorte, mas desta vez falhou, e se ferrou! ganhou o par ou ímpar e a gente saiu de lá. Mas a é muito persistente.

Quando começamos a andar, ela saiu correndo em direção ao negócio, não esperou um segundo e saiu correndo atrás dela.
Ele é louco como a , mas sabia que aquilo era muito perigoso, então, antes que ela conseguisse entrar, ele a puxou pela cintura e a prendeu em seus braços, depois colocou por cima de seu ombro, enquanto ela se debatia como uma louca e pedia para ele voltar com ela para lá.
sabia fazer uma cara de cachorro sem dono que ninguém resistia, mas dessa vez foi diferente, , de primeira, quase cedeu, mas depois se recuperou e voltou a caminhar. Ela ficou impressionada com sua atitude e parou de se debater, pediu para que ele a colocasse no chão.
sabia que podia confiar nela, mas de jeito algum perderia a oportunidade de levar no colo, então segurou-a e foi com ela assim até o restaurante da fazenda.
Estávamos todos varados de fome. Durante toda a refeição, , e conversaram sobre o que poderia estar lá dentro. E eu, e sobre um jeito de fazer os três desistirem dessa idéia maluca.

Depois do almoço fomos para a piscina, onde passamos o dia. Quando começou a escurecer, voltamos para os quartos, e, para a nossa surpresa, todo mundo estava com sono.
Fomos todos para a cama, mas não conseguiu dormir, estava achando tudo aquilo muito estranho. Como pode todos estarem com sono as nove e meia da noite? Ok, eu era uma exceção, eu não era burra de ficar dormido tarde e não aproveitar o dia seguinte, sempre dormia cedo, mas isso a gente releva. Mas para ela estava tudo muito suspeito. Quando eu e já estávamos dormindo, e saíram de seus quartos e chamaram . Eles estavam armando um plano para irem até a caverna enquanto todos os outros, opostos à idéia, estivessem dormindo.
se levantou da cama e olhou para , para ver se ela já estava dormindo, viu que ela estava e saiu de fininho, sem fazer barulho. Mas , na verdade, estava fingindo dormir e logo que saiu do quarto, ela se levantou e foi atrás deles sem ser notada. Quando os três chegaram à caverna, apareceu e os pegou no flagra. Os três levaram um susto e explicaram à ela que eles não iam sossegar se não vissem o que tinha dentro daquilo. então concordou com eles e decidiu aceitar a idéia maluca de entrar na coisa grande e verde.
Adivinhem só! Sobrou para as pessoas corretas da história salvar todo mundo. Eu e acordamos, graças a , ela tem mania de acordar as três da manhã para fazer umas análises, coisas assim, e, sendo assim, ela colocou o despertador para tocar. Eu e fomos até a caverna e pegamos todos os quatro com um pé dentro da coisa verde. Começamos a brigar uns com os outros, ficamos gritando, já que eu e estávamos indignados com aquela atitude estúpida e precipitada deles. Por obra do destino, os certos sempre vencem. Mesmo quando quatro retardados começam a correr de um lado para o outro só para não terem que ir para os quartos, nós achamos uma saída, os enganando, falando que iríamos lá amanhã de manhã.

Capítulo 5


Logo de manhã fomos a cidade, só eu e o , já que o resto do povo resolveu que queriam jogar sinuca. A vinda da e tudo o que estava acontecendo, não transformava o nosso dia no pior, mas aquilo era só o começo.
Nós ficamos na cidade por bastante tempo, até que o começou a gritar, meu Deus, fiquei com tanta vergonha. Eu pensei ‘é agora Jesus, o garoto pirou de vez’, todo mundo já estava olhando para mim, inclusive tinha uma menina que me lembrava alguém, oh meu Deus! E aí eu e viramos atração porque um olhava para a cara do outro e começávamos a gritar como uns retardados, ficamos desesperados e o ainda ficava tentando me cobrir com seu blusão, mas sabe, por algum acaso aquilo NÃO funcionou!
- Corre, , corre! – eu gritava, desesperada.
- Oh, gosh, para onde? – acho que ele estava mais desesperado que eu, não estava conseguindo nem pensar.
- Para o Hotel, ! E se não for dar muito trabalho… DÁ PARA VOCÊ TIRAR O BLUSÃO DA MINHA CABEÇA? – acho que ele ficou muito assustado porque ele saiu correndo bem rápido.
Chegando ao hotel, fomos direto para a área da sinuca que ficava ao lado da piscina aquecida.
- Yeah! Ganhamos! – a gritava enquanto fazia uma dancinha bizarra e a acompanhava.
- Yeah, yeah, yeah, yeah! – era mais engraçado ainda o tentando imitar a dancinha da .
- Vocês trapacearam! Isso não é justo! – falava, enquanto era abraçada pelo .
- Gente... – eu disse, tentando chamar atenção das crianças. ainda choramingava e e ainda dançavam. - GENTE! – fechei os olhos e gritei.
- Ué, cadê a e o ? – disse e agora que eu percebi que eles sumiram.
- Ai, eu quero espirrar! – disse bem baixo para não ser ouvida por nós.
- Sh, fica quieta, se não eles vão achar a gente! – sussurrou de volta.
- Eu sou alérgica a poeira, e imagina quanta poeira tem aqui em baixo dessa mesa de sinuca? Muita! Ah, ah, ah! – ela iria espirrar, mas apertou seu nariz e tampou sua boca. Eles começaram a rir baixinho e isso foi o suficiente para os acharmmos.
Levantamos a toalha que cobria à beirada da mesa até o chão e eles saíram correndo em direção à piscina aquecida e se jogaram, é, se jogaram com roupa e tudo dentro da piscina. Não tinha porque a gente não fazer o mesmo, então entramos na piscina e ficamos lá.
- Gente... - eu disse. –... A gente as viu! – e todos ficaram em silêncio.
- Elas quem? – disse, olhando para o .
- Elas... – falou.
- Oh Gosh! ELAS?! – foi “correndo” até onde estava e o abraçou, ela começou a choramingar com o rosto no peito dele e passou as mãos em seus cabelos, tentando acalmá-la.
Se você a olhasse com atenção, você poderia ver que ela era uma pequena garota indefesa e com medo, que estava desesperada por um abraço que pudesse acolhê-la.

Capítulo 6


Fomos para os nossos quartos e a pediu para que não saísse de perto dela. Nós não estávamos entendendo o porquê de ela ter ficado assim. Pedimos para ficar com ela enquanto nós quatro íamos dar uma volta. Eu, , e fomos até a gruta, queríamos respirar um pouco depois de tudo. Nós acabamos indo muito adentro da mata e eu e nos perdemos.

Quando percebemos, ficamos assustados e desesperados... O que poderia ter acontecido com a e o ? Ficamos gritando o nome deles por um bom tempo, acho que até ficarmos sem voz. Nós ficamos andando por uma hora ou mais, já estávamos esgotados, até que, calma, antes que continue, sinceramente, eu não sei como a gente se perdeu, era meio impossível e aquele lugar nem era tão grande, mas continuando onde eu estava... Nós chegamos perto de uma árvore, ela era meio morta, eu sei lá, só sei que ela era feia! Andamos mais um pouco e, de repente...
Eu abri os olhos e não fazia idéia de onde estava, eu só podia ouvir o gritar o meu nome várias vezes.
- ! ! Você está bem? – De onde estava vindo àquela voz? Olhei para um lado e para o outro, nada, olhei para cima e oh gosh!
- , por que eu estou aqui em baixo? – gritei.
- Você caiu em um buraco enquanto nós andávamos, você dormiu por uma hora e como não tinha jeito de descer aí, eu fui procurar ajuda, acabei achando o e a ! – os dois acenaram, perto da “saída” da mata, fazendo alguma coisa que eu não quero saber, e então nós três chamamos o instrutor que já estava indo para lá com ajuda! – explicou a situação.
- Jesus Cristo, deu tempo de eu dormir mais uma hora com essa sua pequena explicação, mas obrigada pela ajuda! – gritei sincera.
- Você está bem, ? – perguntou.
- Minhas costas estão doendo, mas só isso! – eu disse de volta.
Meia hora depois, sim, foram muito rápidos, né? Eu podia ter tido um filho ali pelo tempo que o cara demorou, mas enfim, né, a ajuda chegou, me tirou do buraco - que era realmente fundo - e nós voltamos felizes para os nossos quartos, depois de levarmos uma bronca por “brincar” na floresta.
Fala sério! Aquele cara acha mesmo que eu caíra no buraco porque eu estava brincando? Cada um que me aparece, viu!
Chegando lá, vimos que tinha uma rede estendida do lado de fora do quarto da , fomos caminhando até lá e quando chegamos bem perto vimos uma cena muito fofa.
e estavam dormindo na rede, ela estava com o rosto no peito dele e ele passava seu braço pelo ombro dela, nós não conseguíamos entender porque eles ainda não tinham ficado.
Eu conseguia imaginar os filhos deles, uma menina com o cabelo loiro escuro, que era a cor real do cabelo de , e com os olhos bem pretos, e um menino com o cabelo castanho claro e olhos azuis escuros, ele seriam tão lindos e... Jesus, agora eu me superei, fugi totalmente do assunto.

Deixamos os dois lá e ficamos na frente do chalé tocando músicas e conversando. Eles acordaram e se juntaram a nós.
Depois de horas de conversa, , , e foram dormir e eu e ficamos lá sozinhos... Cara, que emoção! O céu estrelado e nós lá sozinhos. Nós ficamos abraçados à noite toda observando as estrelas e aí vocês já sabem, né?!

No dia seguinte nós resolvemos esquecer todos os nossos problemas e fomos tomar um banho de cachoeira, nós ficamos lá a tarde todinha rindo e nos divertindo. Realmente esquecemos tudo, estávamos mais felizes do que nunca e em algum momento se virou para nós e falou.
- Seria bom se essa felicidade pudesse durar para sempre.
Enquanto estávamos lá, a teve um pressentimento que devíamos levar o negócio para Roswell, uma cidade do estado americano. Eu não entendo porque sempre tudo acontece nos Estados Unidos! Então, como sempre os instintos da estão certos, nós resolvemos segui-lo, mas como iríamos levar? E nós ainda tínhamos mais duas semanas no Hotel!

Capítulo 7


Voltamos para o Hotel e, como estávamos com muito sono, fomos dormir, só que eram sete horas ainda! Nem eu fico com sono há essa hora. Agora sim estava ficando realmente estranho.
Eu e achamos que eles estavam tramando mais uma e ficamos acordados para vermos se eles iam tentar escapar de novo. Ficamos acordados até umas duas horas da manhã e nada. Bom, ficamos acordados à toa, pois não tinha plano algum, eles estavam mesmo com sono dessa vez. Como eu e estávamos cansados também, fomos dormir, mas logo acordamos com o despertador da . Quem agüenta isso? Bom, dessa vez só eu acordei e desliguei o despertador. Já eram três e meia da manhã e não estava com um pingo de sono. Decidi então ir até lá fora tomar um ar. Senti que estava sendo vigiada e comecei a ficar com medo. Olhei a minha volta, mas não vi ninguém. Depois de uns dez minutos senti uma mão em meu ombro, dei um pulo e gritei muito alto, quando me virei era apenas a , quase a matei. Ela não estava conseguindo dormir, eu a abracei, só eu sabia como ela estava se sentindo, e só ela sabia como eu estava me sentido. Resolvemos entrar, pois de uma hora para outra começou a esfriar.

Sabe, a Senhorita é uma menina muito rica e seu pai é gente fina, então conseguimos com ele um jatinho, sim um jatinho! Particular e um tipo bagageiro para a nave.
Depois de umas quatro horas de viagem, no jatinho super extra luxo, começou a chover muito forte e tivemos que dar uma parada em um aeroporto da cidade em que estávamos. Como o jatinho era muito confortável, nós resolvemos ficar lá dentro e todos dormiram.
Eu acordei e vi a cena que todos esperavam ver.
- , eu vou lá fora pegar um ar, ok? – ela disse se levantando, mas antes que ela se levantasse ele segurou seu braço.
- O que foi? – ela perguntou, não entendendo a atitude. a puxou para si e a beijou.
Parecia estar tudo perfeito, mesmo com os nossos problemas não resolvidos. Eles pararam de se beijar e se olharam, sorriram de lado, cochichou em seu ouvido e ele cochichou de volta, como eu queria saber o que eles tinham falado, e depois ela se dirigiu à saída do jato.
Voltei a dormir, mas depois acordei com o barulho da porta do banheiro batendo. Vi a sair do banheiro e fui falar com ela.
- ! - Ela não respondeu e ficou olhando pra trás como se não fosse com ela. - , eu estou falando com você!
- ? Ah, sim, sou eu! – nossa, ela estava estranha.
- Você está estranha, o que aconteceu?
- Nada, vamos sentar! – disse grossamente e foi andando e se sentou ao lado de . Ahn? Começou a abraçar ele e... Meu Deus, como eu fui tão trouxa?
- Essa não é a ! – Gritei e todos me olharam, a falsa começava a tentar fugir.
- O que você fez com a ? Sua... Sua, sua coisa! – sim, era , ele tinha a jogado no chão e prendido suas mãos contra o piso.
Ela começou a rir, rir, o que ela tinha feito com a ?
Os olhos de ficaram cheios de lágrimas e ele começou a socá-la, mas parecia que isso não a afetava.
- Eu a matei. Eu entrei aqui enquanto vocês dormiam e a carreguei para fora do avião, ela ameaçou gritar e eu apenas disse que se ela gritasse eu mataria você, ! Engraçado, né? A morte quase sempre é superada com o amor, mas, em alguns casos, o amor é o principal motivo da morte.
- Você não fez isso! Não fez! – gritava, ninguém conseguia conter as lágrimas, não conseguíamos acreditar que a estava morta.
- Eu tive uma idéia! , pega cinco máscaras de oxigênio! – disse e começou a correr de um lado para o outro, pegando as máscaras. Nós só queríamos que ela contasse toda a verdade para poder me salvar e fazer justiça à morte da . - Se você não disser como salvá-la... – disse e apontou para mim. –... Nós mataremos você.
- Por mim tanto faz, ela não vai conseguir viver por muito tempo, mesmo! – me abraçou e ouvimos o que ela tinha a dizer. - “Eles” iriam substituir todas as pessoas do planeta por cópias que matariam as reais, que é o caso da . – deu uma risada e continuou. - Esse processo já está sendo usado há uns cinco meses, desses meses para cá, todas as mortes causadas são por causa deles. – olhou para nós e ficou rindo e rindo.
Ela acabou de falar e nós acionamos o sistema de incêndio. Ele soltava gás carbônico, que queimava o oxigênio e acabava com o incêndio, mas como não existia incêndio, ele apenas tirou o oxigênio, matando a extraterrestre por falta de ar.
Nós não poderíamos salvar o planeta e nem me salvar, isso era fato, mas pelo menos tínhamos feito justiça pela morte da .
Descobrimos depois que a tinha morrido do mesmo jeito que sua cópia. Em seu enterro, disse que tinha uma “surpresa”.
- Eu fiz uma música para a e queria cantar para ela agora. – lágrimas escorreram de seus olhos.
Todos o olharam com dó. Ele realmente a amava.

Na janela do meu quarto
Com um papel e uma caneta
E milhares de idéias
que não saem da minha cabeça

Tentando passar meus sentimentos pro papel
Tentando me encontrar em você
Olhando pro nada procurando te esquecer
Com palavras borradas
Rabiscos e garranchos
Escrevo essa canção nessa folha de papel
E fica um pedaço do meu coração

Não conheço as cifras
Não sei tocar violão
Mas a chuva que cai lá fora
Me ajuda a criar o refrão

Leio mil vezes os versos prontos
Apago as palavras repetidas
Seu nome me vem a cabeça
E eu tento criar uma ultima rima

Lá se foi, não consigo pensar em mais nada
Não encontro se quer uma ultima palavra
Só preciso dizer mais uma coisa
Não sei como e nem quando
Só quero que você saiba o quanto eu te amo
Saiba o quanto eu te amo...

Não conheço as cifras
Não sei tocar violão
Mas a chuva que cai lá fora
Me ajuda a criar o refrão


Eu não sei se você, que está lendo isso agora, é um ser humano ou qualquer outro tipo de vida.
Eu posso estar morta ou viva, mas isso não importa, isso foi feito apenas para nunca sair de nossas memórias e objetivo, que pelo o que estou vendo, foi alcançado.
Apenas tome muito cuidado.
Fim!


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