I can’t take a day without you here

by: Leti
betada por: Japeka




era uma garota de 16 anos que havia acabado de se mudar para New Jersey. Seus pais se separaram, sua mãe foi transferida e ela teve que mudar de cidade e de país.

Em um passeio pelo parque, começou a chorar, ela se sentia só, triste, abandonada. Por causa da separação, sua mãe estava ausente, ligada em outro mundo, o mundo se deu ex-marido. Como era inteligente, na escola era rejeitada, almoçava sozinha, era vítima de gozações e apelidos bobos. Andava de cabeça baixa, chutando as pedrinhas soltas, sem reparar no dia lindo nem nas pessoas que passavam.

De repente, bateu em alguém, essa pessoa era muito mais alta que ela, mas isso não dizia muita coisa, pois era baixinha para uma garota de 16 anos. Logo percebeu que era um menino, mas não um simples garoto, seu cabelo brilhava, era escuro e estava ajeitado de um jeito meio bagunçado.

analisou cada detalhe do resto daquele garoto que parecia ter caído do céu. Seus olhos eram castanhos e possuíam um brilho especial, assim que ele viu ela, abriu um sorriso que fez estremecer, ela quase perdeu o equilíbrio, suas palavras se dissiparam como em um sopro de vento. Aquele garoto mexeu com ela. Aquele sorriso iluminou todo seu dia, como se aquele olhar fosse capaz de apagar todas as suas tristezas.

- Desculpa, foi sem querer, estava distraído e não vi você.

Bastaram essas palavras para ela se arrepiar toda, mas foi uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo boa, nenhum garoto tinha causado isso nela antes.

Depois do choque, finalmente se deu conta que aquele lindo garoto era nada mais, nada menos que . . Jonas.

- Vo-você é o , não é?
- Na verdade, acho que sou sim – E mais uma vez ele sorriu, mas a maneira dele fazer isso era tão espontânea que ele conseguia sorrir até com os olhos.
- Eu sou a .
- Legal, posso te chamar de ?
- Claro, não gosto muito do meu nome mesmo.
- Por que? É um nome tão lindo, assim como a garota que tem ele.

Isso aí! começou a perceber o motivo dos irmãos Jonas serem tão famosos. Eles não eram apenas ótimos cantores e nem garotos com rostos bonitinhos (comentário da autora: OK! Não é só o rosto! Haha), se o e o fossem como o , ela podia ter certeza que eles eram meigos, carinhosos e faziam qualquer garota perder a cabeça com apenas um sorriso.

- Mas a dona deste nome lindo não deu um sorriso até agora. Será que eu terei que trabalhar muito para conseguir um?

Depois disso, finalmente sorriu, depois de muuuuuuito tempo. Realmente, Jonas conseguia milagres! Ele a pegou por uma mão e ela deixou-se ser levada até um banco próximo.

Assim que sentaram, percebeu que estava meio nervoso, algo que ela não havia reparado antes, mas não perguntou nada, por mais que ela soubesse da vida dele, afinal ele era um cara famoso e o ídolo de toda a garota, ela não conhecia ele e nem tinha coragem de fazer uma pergunta tão íntima.

O nervosismo que ele aparentou ter, logo desapareceu e aquele sorriso doce voltou aos lábios do menino, que na opinião de e da maioria das garotas do planeta, era o mais perfeito da face da Terra. O que sentiu naquele momento não foi o simples fato de ser levada até um banco por um cara famoso, mas ela sentiu como se conhecesse há muito tempo e como se tudo que ela tivesse passado valesse a pena só para poder estar ali com ele.

tinha vontade de enchê-lo de perguntas, mas não queria quebrar aquele clima mágico e o silêncio que reinava entre eles.

De repente, olhou para ela, sério.
- Quantos anos você tem?
- 16.

Assim passaram meia hora falando sobre nada de especial, coisas como música preferida, filmes... Até que deu um pulo.

- O que foi?
- Preciso ir, tenho ensaio. Me da seu telefone?

Nessa hora, quase morreu de vez, tinha sido tão bom conversar com ele, o tempo parecia ter voado, uma coisa que ela não sentia a muito tempo. Ultimamente, as horas para ela se arrastavam e o dia parecia uma eternidade, quando ela acordava não tinha vontade de se levantar da cama, queria ficar ali para sempre, mas agora sentia que isso não seria mais assim, pois tinha pedido seu telefone. Sim, um Jonas tinha gostado dela, finalmente alguém em New Jersey tinha notado sua existência e esse alguém era o cara com quem ela havia sonhado a vida inteira.

- – ele repetiu, tirando ela de seus devaneios.
- Ah, sim! Claro.

Ela deu o número e ele saiu caminhando, deu alguns passos e virou, acenando e dando mais um daqueles sorrisos que acalmavam o coração dela.
Depois que ele foi embora, ela ficou mais uns 10 minutos ali, sentada, não acreditava no que estava acontecendo. Se levantou e foi caminhando para casa ainda sem prestar atenção em quem passava ao seu lado, mas dessa vez estava de cabeça erguida e em seus pensamentos repassou cada instante da última hora.

No dia seguinte, o telefone na casa de tocou e o coração dela acelerou, era convidando-a para dar uma volta naquele mesmo parque. Claro que ela aceitou.

Eles passaram a semana toda juntos, às vezes iam caminhar no parque e quando não podia, por causa dos ensaios e shows, ele conseguia um tempo e ligava para ela. Eles se falavam todos os dias, às vezes mais do que isso. Duas vezes naquela semana eles tinham ido caminhar no parque, chegava em casa, tomava banho e logo depois o telefone tocava, era de novo. Às vezes eles passavam horas ao telefone, sem nenhum querer desligar.

No fim da semana, percebeu que não era mais a mesma, agora ela sorria, tinha até amigos na escola, mas nenhum comparado a ... Aliás, esse garoto não saia de sua cabeça, ela pensava nele toda hora. Se tirava uma nota alta, ela pensava em ligar para e contar tudo e se ia mal em uma prova, queria logo ver ele para poder se reconfortar em seu abraço.

Pensando nisso, se deu conta que não havia sentido ainda a proteção dos braços dele, que não haviam se tocado ainda, a não ser no dia do primeiro encontro, quando ele a puxou pela mão. Ao notar isso, ficou triste e percebeu que estava sentindo umas coisas diferentes, fortes, que ela não sentia antes, estava se apaixonando por ... Ela não iria dizer nada, sabia que ele não sentia o mesmo, se sentisse teria encostado nela pelo menos alguma vez.

O que ela não sabia era que o nervosismo rápido que aparentou no primeiro encontro era real, ele havia gostado dela desde o primeiro olhar, desde que ele sentiu aquele cheiro que veio de uma garota linda, porém triste e ele sabia que ele era, talvez, o único garoto que pudesse fazer aparecer um sorriso naqueles lindos lábios que ele sentia tanta vontade de beijar a cada palavra ou gesto que ela fazia.

tinha medo de falar o que sentia, não por medo dela não sentir o mesmo, apesar de estar um pouco inseguro quanto a isso, mas ele não queria falar, pois eles só se conheciam a uma semana e também porque ele sabia que ela não estava totalmente livre de suas preocupações, por mais que ela tivesse conseguido amigos, ainda havia o problema da mãe dela.

Sábado a noite, depois de conversar durante mais de uma hora com pelo telefone, ela estava se sentindo tão bem que decidiu conversar e resolver tudo com sua mãe. subiu as escadas em direção ao quarto e bateu na porta, ela estava nervosa, pois, desde que chegaram em New Jersey, ela mal havia falado com sua mãe, a não ser por conversas superficiais. A mãe da mandou ela entrar e quando a garota a viu sentada na cama, com os olhos inchados de tanto chorar, sentiu uma imensa vontade de envolvê-la em seus braços e de tirar a tristeza dela. se sentiu como uma mãe que precisava acalmar a pequena filha.

- Mãe, eu sei que desde que chegamos aqui a gente mal se falou, mas agora acho que chegou a hora, eu quero saber o que realmente está acontecendo.
- Filha – ela disse entre soluços -, a verdade é que eu não agüento tudo isso. Eu não queria que você soubesse, por isso fugi de você desde que descobri e também não quero que você fique chateada com seu pai, mas não me sinto no direito de lhe esconder isso.
ficou espantada. O que era tão grave assim? Pensando bem, ela nunca havia pensado no motivo da separação dos pais, achava isso normal, pois os pais de suas amigas também haviam se separado. Para , o amor eterno e verdadeiro não existia.- O que aconteceu de tão grave assim mãe?
- Há mais ou menos um mês atrás eu descobri a coisa mais triste de toda minha vida. Eu me senti traída e enganada. Seu pai estava cada dia mais distante, isso me preocupava, resolvi descobrir o que estava acontecendo. Seu pai tinha outra mulher.

ficou parada como se tivesse sido atingida por alguma coisa que a tivesse ferido muito, mas foi pior que isso, seu ferimento não era externo. Depois do choque, ela saiu correndo em direção ao telefone, sabia que precisava falar com alguém e esse alguém era ... discou os números com as mãos tremulas, quando atendeu, ela falou para se encontrarem no parque, não deu detalhes e desligou.

ficou preocupado. Ele nunca havia visto daquele jeito, sabia que ela precisava dele mais do que nunca e ele estava sempre pronto para ajudar a única garota que ele amava e que havia amado em toda sua vida.
Quando ela chegou no parque, ele já estava lá, sentado no banco onde eles haviam se visto pela primeira vez. Quando a viu, levantou-se e abriu os braços para ela. o abraçou, chorando. s abia que ela não estava bem, mas não pode evitar de aproveitar aquele momento, sentindo o perfume dos cabelos ainda molhados dela, sentindo que ela confiava nele mais do que em qualquer pessoa do mundo. De repente, percebeu que já não chorava, sentindo o calor do corpo de contra o seu, o cheiro da pele misturada com seu perfume, a segurança que ela sentia quando estava perto dele, mais ainda quando estava em seus braços.

Os dois estavam se sentindo muito bem, nenhum queria que aquele momento acabasse. sabia que por mais difícil que isso fosse, ele tinha que quebrar o encanto antes que fizesse algo mais. Ele não havia desistido dela, só não queria que isso acontecesse com ela chorando. Ele queria ser alguém especial para ela, não mais um problema. Então ele se soltou, bem lentamente, sentando no banco. sentou ao seu lado, deitando a cabeça em seu ombro e olhando para um ponto fixo no chão. começou a mexer nos cabelos dela, acariciando sua cabeça e causando ondas de arrepio nela.

- O que aconteceu, ?
- Eu estava muito feliz quando desliguei o telefone, então decidi resolver tudo com a minha mãe. Descobri que ela chorava tanto porque meu pai a traiu.
- Que horrível! Você sente raiva dele?
- Por incrível que pareça, não, .. Eu tenho pena dela, mas mais ainda dele. Ele jogou o amor que ela sentia por ele fora, destruiu toda a família por causa de uma qualquer. Foi melhor assim do que continuar com uma farsa.
Ao dizer isso, finalmente levantou os olhos, levantou a cabeça, olhou bem no fundo dos olhos de e ficou em pé, puxando-o pela mão.
- Vem, , vamos caminhar.

Eles andaram em silêncio. nem percebeu, seus pensamentos estavam em outro lugar. Ele pensava que estava na hora de se declarar, eles estavam no parque que havia feito suas vidas se encontrarem, em uma noite com o céu azul, estrelado e com a lua iluminando tudo. Ele sabia que estava bem apesar da descoberta e não agüentava mais manter seus sentimentos em segredo.

De repente ele parou, ela parou também, sem dizer nada. a levou até o meio de umas flores e uma árvore e parou em frente a ela.

- ...
- , não precisa dizer nada, eu sei.
pegou as mãos de entre as suas, ela encostou-se à árvore. O coração dela estava acelerado, a garota não conseguia acreditar no que ia acontecer. O garoto que ela amava estava ali, bem a sua frente, foi a pessoa que a ajudou nesse tempo todo e esse garoto era Jonas, um cantor que ela sonhava, mas não acreditava que fosse tão perfeito na vida real como dizem pela TV, jornais, revistas... Ela sabia que havia se enganado. era doce, alegre, companheiro, sensível, ou seja, perfeito e gostava dela.

Ele estava cada vez mais perto, ela podia sentir sua respiração, mas seus lábios não se encontravam. Ela estava enlouquecendo com aquela pequena distância, sabia que ele estava provocando-a, mas não queria pular nenhuma parte, estava sendo tão bom!

A respiração dele estava ofegante, ele se aproximou até, finalmente, encostar nos lábios de . Ela sentiu uma sensação inexplicável, aqueles lábios eram doces, mas ao mesmo tempo quentes e suaves. Com uma das mãos, acariciou as costas de e com a outra, mexia em seus cabelos, bagunçando-os e causando arrepios nele. Na hora do encontro dos lábios, a puxou pela cintura e depois manteve uma mão e a outra fazendo carinho no braço dela.

Quando os lábios se separaram, eles se olharam nos olhos, o mundo parecia ter sumido, só existiam ele e ela. Os olhos de brilhavam e ele sorriu. se sentia nas nuvens, sua tristeza tinha dado lugar à felicidade e ao amor.

- , te amo. Desde a primeira vez que te vi, naquele dia, nesse mesmo parque, soube que você é especial e desde aquele momento queria que você fosse minha.
- Bom, , sinto te desapontar, mas eu não gosto de você.
O brilho no olhar de desapareceu.
- Calma, , não faz essa carinha. Até assim você fica lindo! Posso terminar a frase? Eu não gosto de você, eu te amo e isso já faz muito, muito tempo.
Ele deu aquele sorriso de novo e sorriu com os olhos também. deu um selinho em .- , vamos voltar, não quero ver a polícia atrás de mim por seqüestrar o famoso Jonas.
- Eu ia gostar desse seqüestro.
Ele fez uma cara de safadinho e o beijou novamente. Os dois saíram caminhando de mãos dadas, caminhavam bem devagar para prolongar o momento que estavam juntos, andando em silêncio até que...
- ?
- Eu.
- “When you look me in the eyes and tell me that you love me, everything alright”.
- , “I can’t take a day without you here.”

E mais uma vez eles pararam e se beijaram intensamente.




FIM


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