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Capítulo 10


“Você tem um bom coração. Entregue-o para alguém que se importe. – Gossip Girl”


Harry’s POV
Toquei a campainha pela segunda vez, quando vi a porta se abrir revelando uma garota, com os olhos avermelhados, assim como seu nariz. Ela tinha o rosto inchado de tanto chorar e a sua face ainda tinha traços de lágrimas.
Sem nenhuma palavra pronunciada, eu a abracei fortemente. retribuiu.
– Vamos para meu quarto. – me chamou.
Só assenti. a seguindo até o local. Assim que entramos. trancou a porta e se jogou em meus braços. Eu a abracei o mais forte e confortante que pude. Seu choro era silencioso, como se precisasse colocar para fora, mas não tivesse muito o que colocar. Me recusei a falar qualquer coisa. Eu estava ali para confortá-la, mesmo não sendo o melhor para fazer isso.
– Ele é um idiota, Harry...
– Seu namorado?
– Ex... – me corrigiu.
– O que foi que o imbecil do seu ex fez? – questionei. – Ele terminou com você?
– Acho que os dois terminaram. – enxugou as lágrimas.
– Como ele é burro! – ela me encarou sem entender nada. – Deixa uma gata dessa, por aí, solteira!? Pegava fácil.
Revirou os olhos e bateu em meu braço.
– Deixa de ser lesado, Harry.
– O quê? Só porque disse a verdade? Se ele é otário... Não posso fazer nada. – dei de ombros.
Ela riu.
– Eu, com você... Fazia um estrago...
– Styles! – me repreendeu, batendo em meu braço.
– Como se você não soubesse que tento te pegar desde o primeiro dia... Agora não tem mais Zack para me impedir. – a deitei na cama, ficando por cima.
– Sai de cima, Hazza! Há dois segundos estava sendo o maior gay e agora quer me beijar? Quantas personalidades...
Já era possível perceber que eu tinha conseguido fazer o que queria. A fazer esquecer daquele babaca.
– Quer conhecer as outras? – dei meu melhor sorriso malicioso.
– Não! Eu quero é que você converse comigo, como um bom amigo gay, sobre meu fim de relacionamento.
– Nessa posição? Porque, assim... Você, com esse short curto, está fazendo meu amigo se excitar.
Ela arregalou os olhos e começou a rir.
– Sai, seu tarado! – me empurrou, me fazendo cair ao seu lado da cama.
Foi minha vez de rir.
– Agora pode seguir seu papel, por favor?
– Claro, amor... – fiz minha melhor voz de gay.
– Bem... – ela abaixou o olhar. – Ele é um infeliz, que iria me trair e me trocar por uma puta. Mas o pior é que entendo... Então... acabar com ele foi... o melhor. Nunca daria certo. Nunca deu. No começo, eu tentei, sabe? Mas se você for comparar com há algum tempo, não era mais a mesma coisa, Harry. Se brincasse, eu e você seríamos mais namorados que nós dois. – suspirou. – Não que eu não esteja sofrendo com isso. Eu estou, mas, ainda assim, compreendo.
Analisei-a. Por alguma razão, meus punhos coçaram desejando bater no rosto daquele cara.
– Não que isso signifique que gosto de você, Styles. Eu não gosto! – ela me olhou.
Não. Eu, definitivamente, não tinha levado para esse lado.
– Quer apostar? Você me ama! – sorri.
– Apostar o quê? Meu amor por você? É claro que te amo. Você é meu gay favorito!
Revirei meus olhos.
– Acho que você só vai parar de dizer que sou gay, quando te provar, então... – subi novamente nela, que continuava na mesma posição. – Vou lhe dar um motivo pra nunca mais duvidar.
– Isso não vai mudar nada, né!? Você sabe... Porque, assim, um beijo não mostra a masculinidade de ninguém.
Ri.
– Você sabia que fala muita bosta?
– Ei! – ela deu um tapinha em meu braço. – Olha quem fala... Sai de cima de mim!
– Você está gostando. – sorri, malicioso.
– Até parece...
Me aproximei de sua orelha.
– Não parece. É. – mordisquei seu lóbulo.
se arrepiou. Eu sorri.
– Harry... Isso está estranho. Dá pra sair de cima de mim?
– Mas está tão bom assim... – sussurrei, chegando perto de seu pescoço.
Comecei a depositar beijos e chupões no mesmo. fechou os olhos, aproveitando aquela situação. Eu nunca tinha notado o quanto sua pele era macia... Minhas mãos passaram para sua cintura, a apertando, o que a fez arfar. Suas mãos foram até meu cabelo, tratando de bagunçá-lo, o que era mais que convidativo para eu não parar por ali. Subi com meus beijos por seu maxilar. Ela voltou a se arrepiar. Eu beijei o canto de sua boca, pronto para beijá-la de verdade, quando ela me interrompeu.
– Styles, você gosta da , lembra? – ela abriu os olhos. – É melhor não. – me afastou de si.

’s POV
– Vó... Sério que eu preciso ir neste almoço?
, você vai e não se fala mais nisso!
– Por que preciso ir?
– Porque é um almoço na casa do Peter.
– Mas, vó...
! O Victor acha que você não gosta mais dele. Ficou muito chateado com você das últimas vezes que não foi. Ele me fez prometer que você iria nessa, então você vai.
Revirei os olhos. Aquele menino estava me dando nos nervos! Aquilo já era apelação!
– Vai se arrumar. – me mandou.
Bufei, frustrada. Que saco! A última coisa que eu queria era ir naquela bosta de jantar, com aquele menino. Mas lá estava eu, indo me arrumar. Sei que, mais cedo ou mais tarde, aquilo iria acontecer. Já tinha evitado demais. O melhor a fazer era enfrentar e mostrá-lo que já tinha dado um fim em tudo que tínhamos tido.
Subi para meu quarto, indo até o banheiro. Entrei em uma dúvida incansável enquanto tomava banho. Iria arrumada para matar ou nem aí para nada? Cada uma tinha suas vantagens e desvantagens, então acabei optando por ir com uma meio termo, que não expressaria nada.
Saí do banheiro, indo direto para o closet. Peguei a roupa que já tinha escolhido em minha cabeça, a vestindo. Enquanto terminava de me aprontar, várias coisas vinham em minha mente.

Flashback On
– Então não é daqui...?!
– Não... De Albuquerque.
– Ah... Sua avó falou muito de você. É mais bonita do que tinha mencionado.
Senti minhas bochechas corarem com seu comentário.
– Ela também falou muito da sua família. – me sentei na cadeira da varanda.
– Legal... – se sentou ao meu lado. – Escuta, o que acha de sair comigo e uns amigos amanhã?
– Pode ser. – falei, meio incerta.
– Então te pego na casa da sua avó às 19:00h.
– Tudo bem. – sorri.
– Você vai gostar de conhecê-los. – ele se aproximou, depositando um selinho em meus lábios, saindo.
Paralisei. Tínhamos acabado de nos conhecer e o menino já me dava um selinho?! Será que tinha feito certo em aceitar sair com ele e os amigos? Tinha dado ideia de algo que não existia? Amanhã deixaria claro que só queria ser amiga dele, e isso seria esquecido.
Flashback Off.

Aquela tinha sido nossa primeira conversa. E não, eu não tinha feito certo em aceitar ir. Em vez de conhecer os amigos dele, como tínhamos planejado, ele tinha pensado em outra coisa. Tinha inventado uma desculpa qualquer sobre nenhum aparecer e, sem que eu ao menos percebesse, estávamos em um encontro.
Balancei minha cabeça, tentando parar de pensar naquilo. Calcei os sapatos e dei uma última olhada no espelho antes de descer. Aquele almoço prometia...

Niall’s POV
– Hoje. – confirmei.
– Falo com as meninas, mas sério mesmo? Você acha mesmo que os paparazzis não vão nos ver ou nos seguir?
– Faça como eu. Os ignore, caso o contrário, não se vive.
– Então tá. Só não sei se elas vão poder ir, mas continuo a achar que não é uma boa ideia. – deu de ombros.
– Por que não? – a encarei.
– Sei lá. Mas vamos, vai que dá certo. – deu de ombros.
– Você é muito pessimista, amor.
– Sou realista, Nialler. Agora espera um pouco, que vou olhar a pipoca. – saiu de meus braços.
– Te ajudo. – saí da cama.
Descemos a escada juntos até chegar ao pé dela, quando escutamos a porta ser aberta e o pai dela entrar.
– Filha... Que bom que está aqui, Niall. Quero falar mesmo com você. Vamos ao meu escritório. – seguiu para o mesmo.
Olhei para minha namorada, que mantinha as feições calmas, diferentes das minhas, que eu podia apostar estarem as piores.
– Vai lá. Ele não gosta de atraso. Eu vou terminar de aprontar a pipoca.
Engoli em seco. Novamente não...
Segui pelos corredores da casa, ainda atordoado. Por que o pai dela queria falar comigo? Nunca me dava bem em situações feito essa. E nunca sabia o que poderia me aguardar.
Bati duas vezes na porta, antes dele responder.
– Entre.
– Sr... – falei, entrando.
– Niall, sente-se. – me sentei em uma cadeira em sua frente.
– Deseja algo?
(Que termine esse suspense) Não.
– Pois bem. O namoro seu e da está ficando mais sério, por isso te chamei aqui. Quais são suas reais intenções com a minha filha?
– A melhor possível.
– Se é assim, por que os dois passam o dia no quarto dela?
Sério aquilo?
– Acho que pela privacidade. – fui sincero.
– Se não vão fazer nada de mais, pra que privacidade?
OI?!
– Eu não sei... Olha... Eu não levei a pra cama, tá?! E eu também a respeito e cuido dela. Não quero fazê-la sofrer nunca, e vou fazer tudo para que isso não aconteça.
– Era isso que queria ouvir. Pode sair.
Me levantei, atordoado. O que tinha sido aquilo? Abri a porta, prestes a sair.
– Niall... – me virei para encará-lo. – Gosto de você. Não me decepcione. Se machucar minha filha, te mato!
– Vou me lembrar disso. – falei, saindo de vez.
Pelo incrível que pareça, eu achava ter me dado bem dessa vez.
Voltei à cozinha, onde minha namorada comia a pipoca sozinha, sentada na ilha.
– E aí? Deu tudo certo? Pela sua cara... – ela saiu de cima.
– Acho que sim. Você é quem me diz depois. – me aproximei dela. – Ele não quer que fiquemos tanto tempo no seu quarto.
– Está brincando... – revirou os olhos. – Por favor...
– Eu meio que disse a ele que a gente não tinha transado.
– Obrigada. Meu pai precisava saber que não fizemos isso. – senti um pouco de ironia em seu timbre.
Dei de ombros, não achando palavras ou expressão para tal frase.
– Vamos. – pegou a pipoca, voltando para a sala.
Segui-a, percebendo que pretendia voltar para o seu quarto.
, seu pai acabou de dizer...
– Eu sei o que ele disse. Mas agora que sabe que ainda sou virgem. Deve está de boas... – falou, subindo as escadas.
Segui-a em silêncio, até que chegamos lá em cima. Minha namorada se sentou na cama, e eu ao seu lado, enquanto a via mexer no celular.
– Chegou! – pulou na cama.
– O quê?
– Eu fui aprovada! Vou fazer um curso de fotografia, Niall! Como eu queria isso...
– Que bom, amor. – estava feliz por ela. – Começa quando?
– Próxima semana. – pulou de volta na cama. – Estou mais que feliz! Agora já temos um motivo pra sair... Comemorar minha aprovação. – me deu um selinho.
– Amo quando você fica feliz assim. – sorri para ela.
– Bobo... E não é pra amar? – selou novamente nossos lábios.
Como eu amava aquela garota. Eu estava inconscientemente apaixonado por ela, e não podia ser diferente. De fato, eu a amava mais que a mim mesmo.

Louis’ POV
A van estava o maior barulho enquanto o Liam dirigia para o Nando’s. Graças a brilhante ideia do casalzinho 20, estávamos todos indo para aquele restaurante, enquanto o espaço da van era preenchido pelo barulho de todos conversando.
Se era uma boa ideia? Eu não tinha certeza, mas... era o que tínhamos para hoje, então...
Payne estacionou o carro e todos descemos. Entramos no restaurante e sentamos na mesa que tinha sido reservada para nós. Logo o garçom veio até a gente, com o menu.
– Qual a sugestão do chefe? – Niall perguntou.
– O número 08. – respondeu o garçom.
– Então dez número 08, por favor. – pediu.
– Para beber? – o garçom voltou a perguntar.
– Champanhe. – respondi.
– Já está vindo. – o garçom se foi.
– Então, , que história é essa desse curso que você passou? – a olhou.
– É um curso para fotografia que eu vou fazer. É primeiramente para ter um diploma e, como quero fazer fotografia na faculdade, vai me ajudar. Afinal, já consta que tenho um histórico com fotografia. O que pode me abrir mais portas, até no próprio curso, se eu me esforçar. – respondeu.
– E quando começa? – questionou.
– Próxima segunda. – respondeu.
– Está aí a animação todinha dela. – a analisei.
Ela fez uma careta para mim.
– Eu ainda estou em dúvida de medicina ou direito. São duas áreas que gosto muito... – falou.
– E eu vou ser vagabunda mesmo, porque assim... – comentou.
– Então somos duas, amiga. – estendeu o braço para que a amiga batesse.
– Vocês duas ainda não sabem o que querem fazer? – Liam as olhou.
– É isso aí. – assentiu.
– Antes de ser cantor, eu não pensava muito nisso... – Zayn falou. – Eu seria professor de inglês, provavelmente.
– E olha a diferença de onde chegou hoje. – o olhou. – Se for pra terminar assim, pretendo não saber o que vou fazer até o último segundo.
Entramos naquela conversa por longas horas, e, mesmo quando a comida chegou, não demos ela por encerrada.

(...)


Tínhamos decidido, depois do jantar, irmos lá para casa, onde ficamos jogados no chão em um círculo, enquanto jogávamos verdade ou consequência.
– Verdade. – falou, animada.
– É sua última verdade, amiga. – sorriu, desafiadora. – Você está apaixonada pelo Zayn?
– Não. – respondeu com receio.
pegou a sandália e a jogou para cima, três vezes.
– Mentirosa três vezes! – acusou.
ficou vermelha, enquanto girava a garrafa, que parou no Liam.
– Consequência. – Payne a olhou.
– Pula de roupa íntima na piscina. – tinha um olhar desafiador.
Daddy se levantou, indo à área de lazer, sendo seguido por todos. Assim que chegou lá, começou a tirar a roupa.
, não olha pra esse marmanjo não. – Niall puxou a namorada para si.
Todos rimos.
Continuamos a olhá-lo, até que ele tinha pulado de vez na piscina.
– Próximo! – gritei.
Enquanto Liam saía da piscina, todos voltamos para a sala, ou quase todos.
– Cadê a? – questionou.
– Deve ter ficado lá com Payne. – Zayn respondeu.
Voltamos ao jogo, até girar a garrafa novamente.
... Verdade ou consequência?
– Consequência. – respondeu.
– Beija o Styles.
A amiga encarou a outra, com um olhar mortal. se levantou, indo até o Harry. Todos esperávamos o maior beijo. Quando ela deu um beijo na bochecha dele, recebu várias vaias.
– Vai...
Niall girou, parando em Zayn.
– Verdade ou consequência? – o loiro o olhou.
– Verdade.
– Com quantas meninas você já transou?
– Eita...! – Harry riu.
– Porra, Nialler. Eu não sei...
– Assim não vale, Malik. – Horan o encarou.
– Eu não lembro. Dez. Nessa faixa. – Zayn passou as mãos pelo cabelo.
– Vai... Sou eu. – girou a garrafa. – Minha linda prima. – o tom de ironia era presente em sua voz. – Verdade ou consequência?
– Consequência. – o olhar de era mais desafiador que o da .
– Beija o Louis, na boca. – não tirou o olhar desafiador do rosto, mas a percebi se retrair.
A lembrança de alguns dias atrás percorreu minha mente enquanto ela se aproximava. chegou bem próxima de mim, me encarando nos olhos. E eu me inclinei para a frente.
– É ela, Lou. – me repreendeu.
revirou os olhos e se aproximou mais de mim. Eu já podia sentir sua respiração quente se misturando com a minha. Meu olhar desviou do seu para sua boca, e logo pude sentir seus lábios pressionados contra os meus. Seus lábios macios acompanhando os meus em seus movimentos. Minha mão passou para sua cintura, a puxando mais contra mim, enquanto as mãos dela foram para minha nuca, a arranhando. Eu pedi passagem para aprofundar o beijo e ela cedeu sem hesitar.
Ainda não tinha percebido o quanto ansiava por aquele beijo, mas, agora, tinha certeza de que não queria dá-lo por finalizado. Entramos em uma sintonia perfeita um do outro, sem nos darmos conta de quem estava ao nosso redor. Os lábios dela eram viciantes demais para eu parar com aquilo.
– Era só um beijo, não para se comerem... – Harry tirou onda e me surpreendi.
– Vão para um quarto! – zombou.
Senti-a sorrir entre o beijo, como eu. Nos separamos, comigo puxando seu lábio inferior.
– Quem é o próximo? – voltou ao seu lugar, limpando o batom, que estava borrado.
– Eu. – Harry girou a garrafa.
Mas depois daí, não prestei mais atenção. Olhei para a , que também me olhava, e ela sorriu de uma forma encantadora, mordendo o lábio inferior. No jogo da sedução, com toda a certeza ela ganhava.

’s POV
Por que estava tudo tão escuro? Continuei a andar, sem saber muito bem por onde estava indo, até que uma luz forte apareceu do nada, clareando toda a imensidão. Era um cemitério.
Andei pelas lápides, como se já tivesse um caminho predestinado. Olhei para frente, encontrando a silhueta de uma mulher. Pude perceber que ela tinha um lenço na mão e chorava muito. Me aproximei dela, percebendo que era minha mãe.
– Mãe? Não chora... – a abracei.
E foi quando percebi uma menina ao lado dela. Era eu mais nova. Mas como seria possível? Eu também chorava muito. Olhei para o túmulo e vi a foto...
– NÃO...! – lágrimas escorreram pelos meus olhos.
Era meu pai... Eu não poderia estar revivendo tudo aquilo...
Olhei ao meu redor, e várias pessoas se juntavam a nós duas. Era o enterro dele... e eu não queria lembrar daquilo. Olhei para mim, tentando repreender as lágrimas. Era perceptível em meu olhar o sofrimento. Quanto aquilo me magoava por dentro.
Como eu queria sair dali, correr... e foi o que eu fiz. Esbarrei em alguns túmulos enquanto corria o mais rápido que podia, com lágrimas em meus olhos. Mesmo não vendo mais nada, corri até minhas pernas não aguentarem me sustentar mais.
Caí de joelhos na grama úmida. Me abracei, desejando que aquela cena sumisse de minha cabeça.
– Que não seja real... Que não seja real...

Abri os olhos, que lagrimejavam. Minha respiração ofegante, com o aperto em meu peito. Me sentei na cama, trazendo minhas pernas para mais perto, enquanto as abraçava, sentindo meu choro molhar minha face. Tão silencioso e doloroso.

Que não seja real...

Tudo era. Eu já não o tinha mais em minha vida. Agora era só eu e minha mãe, sozinhas. Queria tudo tão diferente... Queria-o aqui. Poderia ter aproveitado mais cada segundo com ele, e, mesmo tendo feito isso, sabia que não era o bastante. Poderia ter dado mais amor a ele, ter dito que o amava a cada vez que o visse, mas não fiz. Agora já era tarde, e eu não o tinha mais comigo.
A cena no hospital veio à minha mente, me causando náusea. Ainda era muito doloroso, mesmo depois de dois anos, ainda doía de uma forma inexplicável. Ainda era como mil farpas em meu coração. Como eu sentia sua falta... Como eu sabia que minha mãe sentia... Mas o que eu podia fazer? Aos poucos doeria menos, e cada vez menos... Mas como isso seria possível, se esses temores noturnos não me deixavam?
Estava lidando com eles sozinha durante esses dois anos, mas pareciam ficar pior com o tempo. Era inexplicável e eu não sabia o porquê de tudo aquilo. Enxuguei meu rosto, voltando a deitar em minha cama. Me enrolei, me abraçando, a fim de que o frio da noite não penetrasse minhas cobertas.
Fechei meus olhos, tentando dormir, mas, como sempre, não consegui. E pensar... estava fora de cogitação. Meu peito se apertou mais uma vez assim que eu olhei para o meu criado-mudo, perto da cama. Lá estava um porta-retratos com uma foto nossa. Sorri. Eu, em meus quinze anos, em minha festa, e ele fazendo palhaçada na última foto que tiramos antes de ele ir embora para sempre.
Se soubesse que seria a última, teria tirado mais de mil. Suspirei. Pelo menos, ele sabia o quanto eu o amava, e cuidaria de mim onde estivesse, como tinha me prometido minutos antes de sua morte. Assim como eu havia prometido cuidar da minha mãe. E ali estávamos nós dois cumprindo isso. Eu, aqui, e ele, onde estivesse.
Fechei meus olhos, tendo em mente seu sorriso. Isso sim valia lembrar. E eu nunca me esqueceria, pois toda vez que me olhasse no espelho, o veria.

(...)


Não fazia nem ao menos a mínima ideia de quando havia pegado no sono. A única coisa que me lembrava era de ficar pensando em meu pai, e acho que adormeci sem perceber. Me espreguicei, tentando afastar a preguiça que invadia meu corpo.
Hoje era um novo dia e teria que tirar o melhor dele, como fazia sempre. Um dia de cada vez e tudo passaria, como havia acontecido nesses dois anos. O que precisava era de um bom banho quente e quem sabe um ótimo livro para lê?
Me levantei indo para o banheiro. Fiz minha higiene pessoal e assim que sai, coloquei uma roupa bem confortável, só para ficar em casa mesmo. Desci as escadas, encontrando minha mãe já tomando seu café.
– Caiu da cama?
– Talvez... – me sentei na cadeira. – Só... Sei lá. Não estava com vontade de dormir.
– Que bicho te mordeu?
Dei de ombros.
– Se está achando ruim, posso voltar a...
– Não... Fica assim que é melhor.
– Foi o que pensei. – falei, bebericando meu suco.
Há quanto tempo não tomávamos café juntas...
, seu primo vai chegar na próxima semana, e sua tia nos chamou para jantarmos na casa deles. – minha mãe informou.
– E a nem pra me contar que o Jack está vindo... Ele vai trazer a Anna?
– Provavelmente. – minha mãe se levantou. – Agora eu tenho que ir, querida, nos vemos na hora do almoço. Beijo. – falou, saindo.
Voltei a prestar atenção ao meu café. Então, meu primo e a namorada estavam vindo... Mal podia esperar. O Jack e a Anna eram tops e, sempre que estavam aqui, podíamos ir para festas tops com eles, então alguma coisa me dizia que os próximos dias seriam divertidos.

’s POV
Estávamos na minha casa, esperando os meninos aparecerem. Depois de uma entrevista para uma rádio, eles disseram que estariam aqui.
– E o que aconteceu? – questionei, a olhando.
– Aí, depois do jantar, eu me recusei a me levantar, fingindo que estava prestando atenção nas conversas dos adultos, enquanto ele não parava de me encarar. Estava quase perguntando se havia perdido o cu em mim, quando a mãe do Victor perguntou se eu não queria ir lá fora conversar com ele, como nos velhos tempos. E a minha avó praticamente me obrigou a ir. Quando cheguei lá, ele tentando chegar perto, eu me afastando quando ele veio com aquele papo de que se arrepende e tal, e eu disse que sabia qual era a dele e voltei pra dentro dizendo que estava com frio.
– Por que você nunca escuta tudo o que ele quer dizer? – a olhou. – Assim acaba com tudo de uma vez.
– Porque não tem pra que escutar mais mentiras.
– Eu só acho que você tem medo de ainda gostar dele. – deu de ombros.
– Vai sonhando... É só que acho que eu não tenho sorte com o amor. – fingiu não se importar.
– Acho que ninguém tem. – sorri fraco, me lembrando do meu último relacionamento.
– Também pensava assim. – confessou. – Mas agora que estou com o Niall...
– Começou... Pronto. Querida, não é todo mundo que tem essa sorte. E esse negócio de amor é só uma bosta mesmo. Não acontece de verdade.
– Deixa só acontecer isso com você, priminha. Ainda vou estar viva para ver você chorando em um relacionamento.
– Vai sonhando... – sorriu, desafiadora.
, só porque você não acredita, não significa que não aconteça. – parecia não concordar com a ideia de nossa amiga.
– Pode acontecer, mas só acontece para ferrar, , diga se não é?! Você e o Steven, por exemplo. Venha me dizer que terminou bem? – a olhou.
– Não assim, eu já não...
– Um dos dois teve que sair machucado, e foi ele, por sorte sua. O amor só é feito para sofrer, por isso, que não quero me apaixonar por ninguém nunca. – disse.
– Nunca diga nunca. – respondi. – Sempre acontece e o pior é que nunca se sabe quando teve início.
Nossa conversa foi interrompida pelo soar da campainha. Me levantei, indo atendê-la.
– Que cara é essa? – falei, abrindo a porta, encontrando os garotos com cara de cansados.
– Estamos acordados desde cedo. – Liam falou, entrando com os outros meninos.
– Se estavam cansados, era só dizer que entenderíamos. – comentou.
– Não estávamos tão cansados a esse ponto. – Harry se sentou.

(...)


– Ótima ideia essa sua de filme. Parabéns, agora todos estão dormindo, enquanto a gente está aqui no meu quarto, deitados em minha cama, sem fazer nada.
– O quê? Não tenho culpa deles acharam chato.
– Porque era! – revirei meus olhos. – Só um gay como você pra assistir aquilo. – me levantei da cama.
– Se você me chamar de gay mais uma vez, vai ver o que eu faço com você. – se levantou, ficando a minha frente.
– Ai, Styles. Estou com tanto medo... O que meu gay favorito vai fazer? – o desafiei.
Sem dizer nenhuma palavra, me empurrou bruscamente na parede. Deixei um pequeno gemido escapar pelo contato gélido de minha pele com a parede.
– Não se cansa de saber que não sou gay e continuar me chamando? – sussurrou com a boca colada em minha orelha.
– Não se cansa de ficar me agarrando, sabendo que não vai ter chance? – tentei não me arrepiar com a proximidade dele.
– Acho pouco provável. – sussurrou em meu ouvido.
Seus lábios mordiscaram meu lóbulo e eu estremeci. Suas mãos passaram para minha cintura, a segurando firme entre ele e a parede. Sua boca desceu até meu pescoço, depositando chupões naquela região. Comecei a arfar com seus movimentos. Ali era meu ponto fraco. Subiu com seus beijos do meu maxilar até minha boca, agora mordiscando-a.
Seu corpo tratou de me imprensar mais, entre Harry e a parede, enquanto ele depositava selinhos em minha boca, não querendo aprofundar. Hazza me provocaria até o último segundo. Mas eu fui mais rápida, intensificando o beijo.
Seus lábios eram mais macios do que eu imaginava. Eram doces e inebriantes. Minhas mãos passaram para sua nuca, a arranhando levemente, enquanto as dele apertavam levemente minha cintura, com cada movimento que eu fazia. Sorri entre o beijo, não podendo me controlar e, por um instante, eu me entreguei completamente ao momento. Pela primeira vez, o deixei me ter por completo. Em nosso primeiro beijo, eu tinha deixado de resistir. Nesse exato momento, senti um sorriso brotar em meus lábios.
Naquele segundo, senti uma vontade súbita de nunca sair de seus braços. De tê-lo para sempre comigo. Me beijando, me causando desejo, me permitindo querer ser dele... O que era aquilo? Eu não podia pensar tudo isso por um beijo.
Me afastei dele, precisando de ar, abrindo os olhos lentamente.
– Você continua sendo gay. – dei de ombros.
Revirou os olhos.
– O que você acha de apostarmos?
– Apostarmos o quê? – o olhei, confusa.
– Você não diz tanto que sou gay... Aposto que pego mais meninas do que você pega de meninos em uma festa.
– Você é famoso. Não vale.
– Está com medo de perder? Sabe tanto que vai, que não quer nem tentar? – falou, se aproximando de mim, voltando a me encostar na parede.
– Não! Eu ganho de você fácil. – sorri, convencida.
– Olha... Conhecendo um lados dela que eu não sabia. – analisou.
– Você ainda não viu nada. – sorri, desafiadora.
– Malibu, primeira festa, você fica com a maior quantidade de meninos e eu do mesmo jeito, com as meninas.
– Apostado. Mas lembre que tudo em uma aposta vale.
– Não vale desistir depois.
– Nunca desisto, Styles.

’s POV
A semana tinha passado praticamente voando e eu mal podia acreditar. Estávamos em Malibu! Como já havia visto em catálogos, era simplesmente maravilhoso. Eu estava sem palavras.
– Niall, leva minha mala? – perguntei.
– Claro, amor. – me deu um selinho.
– Já começou, ? Não deixa não, Nialler, senão ela se explora. – tirava suas coisas da mala do carro.
– Querida, diferente de você, eu não trouxe uma mala maior que eu, e eu tenho um namorado para me ajudar. Se você não tem... – deixei as palavras soltas no ar.
– Agora ela se calou. – falou , recebendo um dedo do meio da .
– A gente mal chegou e vocês já estão assim? O fim de semana vai ser longo... – reclamou.
– Você não tem ideia... – Harry comentou.
– Algo em especial, Styles? – Zayn o analisou.
– Ele já deve está pensando nas festinhas privadas dele... – o olhou.
– Quem sabe você não está em uma?
– Deixa de ser iludido, Hazza. – revirou os olhos.
– Ok, agora podemos ir?
e sua simpatia toda... – Louis disse.
Não me incomodei e segui para a entrada do hotel. Minha prima foi na frente para resolver tudo. Teríamos cinco quartos, que ficaram divididos assim: Niall e eu no 200, já que éramos os únicos namorando (por enquanto) no grupo. e no 205, Zayn e Liam no 208, e no 210 e Harry e Louis no 211.
Seguimos todos para os dois elevadores que tinham. Nos dividimos em dois grupos, dependendo dos quartos, e subimos.
– Vamos fazer alguma coisa agora? – Niall questionou.
– Acho que não. Vamos desarrumar nossas coisas e descansar um pouco, mais tarde combinamos algo. – respondeu.
– Tudo bem. – falei, percebendo o elevador parar em nosso andar. – Nos vemos depois.
– Até. – falaram em uníssono enquanto iam para a porta do seu apartamento, que não era muito longe da nossa.
Fomos até o nosso quarto e esperei até que meu namorado passasse o cartão para entrarmos. De fato, era um quarto muito grande só para duas pessoas. Com visão para a área da piscina. Coloquei minhas malas em minha cama, logo sentindo minha cintura ser enlaçada pelos braços do meu irlandês.
– O que vamos faz agora? – beijou meu pescoço.
– Estava pensando em descansarmos um pouco, a viagem foi cansativa. – me virei para encará-lo.
– Não quer ir dar uma volta?
– Deus... Que namorado me deu... Quer mesmo?
Ele assentiu.
– Não quer ir só?
– Claro. Eu tendo uma namorada, mas vou querer ir só! Deixa de ser chata. Vamos?
Revirei os olhos.
– Vamos antes que eu desista. – me soltei dele. – Deixa eu pegar minha bolsa. – falei, pegando-a.
Saímos do quarto e voltamos para o elevador. Vencida pelo namorado. Quem diria...

Zayn’s POV
– Não sei por que eles não quiseram vir. São tão preguiçosos... – colocou no lugar uma mexa de seu cabelo que tinha caído.
– Melhor assim. – sorri.
– Niall e ...
Olhei mais adiante, e os vi. Nialler andava com a no meio de seus braços enquanto eles conversavam. Os dois estavam sorrindo.
– Hey! Cadê os outros? – meu amigo perguntou.
– Não quiseram descer.
– A também não, mas aqui está ela. – deu de ombros.
– Por livre espontânea pressão. – apontou para o namorado.
– Aham... Se você diz... – levantou as mãos em forma de quem se rendia.
Eu e rimos.
– Querem andar com a gente? Vamos até a praia caminhar um pouco. – convidei.
– Obrigado, Zayn, mas vamos ficar um pouco sozinhos. – o loiro olhou para a namorada.
De fato, era perceptível a felicidade dos dois de estarem juntos. Há muito tempo não via o meu companheiro de banda assim. Quem passasse ali e os visse daquele jeito diria facilmente que estavam apaixonados um pelo outro.
– Então a gente vai indo. Nos vemos mais tarde. – nos despedimos.
Voltamos nosso caminho para a praia. Caminhávamos lado a lado.
– Você não se preocupa se acontecer de alguém tirar fotos nossas? – ela me olhou.
– Ah... Sobre isso. Mudamos de produtor. Não é mais o Simon, e, além do mais, eles não falaram nada sobre eu e você.
Ela assentiu.
– Mas ainda existe uma chance deles também não permitirem? – me analisou, esperando a resposta.
– Sim. Mas o que importa? Eu não deixaria de andar com você por isso.
Vi-a dar um sorriso, que foi rapidamente reprimido, o que a fez terminar em uma careta.
Ri com seu ato.
– Mas então... De quem foi a brilhante ideia de trocar de produtor?
– O Simon. Acho que não aguentava mais a gente, ou coisa do tipo. Ele já tinha nos ameaçado com isso muitas vezes, mas nunca acreditamos. Até acontecer.
– Ah... – pegou suas sandálias, e foi quando percebi que havíamos chegado à praia.
Assim como ela, também peguei as minhas e começamos a caminhar pela areia branca da praia. Andamos em silêncio por um curto período, enquanto escutávamos o barulho das ondas quebrando na margem da praia.
– Zayn? – olhei para a direção que tinham me chamado.
Lá estava uma menina de aproximadamente doze anos. Sorri para ela enquanto a via se aproximar. se afastou um pouco de mim.
– Por favor, fira uma foto comigo?
– Claro.
Nos posicionamos e ela tirou. Ela olhou para a direção da e senti por um momento uma corrente de preocupação invadir meu corpo.
Martins? – sorriu. – Vocês dois tiram uma foto comigo?
Olhei para , que parecia surpresa.
– Hmm... Comigo? – a olhou.
– Claro! Eu acho você linda! Quando saíram a fotos de vocês dois juntos, eu pirei... Eu era Zerrie hater. Não posso mentir. Achava falso demais. E quando saiu as fotos, gente, aí que eu tive certeza! Amei. Pude esfregar isso na cara da minha prima Zerrie shipper. Mas enfim... Tiram a foto?
– Claro. Mas... enquanto a Zerrie não ser real... Era sim. – me olhou.
– Ah... Mas eu prefiro vocês dois. – ela apontou para mim. – Você fica mais feliz com ela.
Sorri. Aquela conversa não estava me incomodando. Um dia de fato eu amei a Perrie, mas hoje. Não mais.
– Vai querer a foto com nós dois? – questionei.
Ela assentiu.
Nos posicionamos e ela tirou a foto, depois a analisando.
– Ficou ótima! Obrigado.
– Magina. – sorri.
– E outra coisa. Adorei saber que vocês estão juntos. Super shippei. Não a deixa escapar não, viu, Zayn. Olha essa gata, não fica sozinha um segundo! – corou.
– Achei que vocês gostassem mais quando eles não têm namorada. – se admirou.
– Só algumas de nós que se incomodam com isso. Mas, pra mim, eles estando felizes é o que importa. Porque dá pra perceber quando ele te olha que está feliz. Vocês estão juntos, né!?
– Na verdade, somos só amigos... – não me olhou para dizer essa frase.
Mas eu senti melancolia em suas palavras e meu coração chegou a doer.
– Nossa. Ai, que vergonha... Então desculpa o constrangimento. – minha fã sorriu.
– Tudo bem. Temos que ir. Tchau. – me despedi.
– Tchau. Foi bom te ver, Zayn Malik. – ela se despediu, voltando de onde tinha vindo.
– Suas fãs costumam ser loucas assim? – me olhou.
– A maioria. – ri.
As palavras que ela havia dito ainda estavam em minha mente. Será que ela tinha razão? Eu achava que sim. Quando estava com , tudo parecia melhor, mas estaria na hora de dar um passo a mais? Começar a levar isso a sério? Seria hora de tentar com ela, tendo ficado juntos tão pouco tempo, mesmo que tenham parecido longos?
... – a chamei.
– Hum... – me olhou.
– Nada.

’s POV
Ainda caminhávamos na praia enquanto minha cabeça continuava sendo invadida pelas insinuações daquela fã. Mas agora... Era cedo demais para qualquer coisa. Não era possível começar a gostar de uma pessoa com tanto pouco tempo. Era? A e o Niall afirmavam que sim, mas, para mim... Era cedo para pensar nisso.
Sem falar que logo voltaria para a escola. Daqui a algum tempo, não sei como tudo ficaria, quando eu e ele não tivéssemos muito tempo. Zayn e os garotos eram famosos, logo estavam ficando mais famosos que nunca, e, nesse ramo da fama, nada é certo. Se até quem não é famoso facilmente se afasta de seus amigos, imagina quem é.
Balancei minha cabeça, tentando tirar aquilo de minha mente. Aproveitaria o que estava acontecendo por cada minuto e deveria me contentar com isso.
– Pensativa? – me encarou de lado.
– Um pouco. – admiti, sorrindo.
– No que está pensando?
– Nada de mais. – dei de ombros.
Olhei ao redor, percebendo que havíamos andado tanto que não tinha mais ninguém à nossa volta. Estávamos tão afastado das outras pessoas que não era possível vê-las a uma boa caminhada de volta.
– Que tal um banho? – olhei para o mar.
Ele sorriu.
– Claro, só não vai pro fundo demais. Não sei nadar.
O encarei.
– Isso é sério?
Assentiu.
– Não se preocupa, eu te salvo.
– Acho que é o mocinho que salva a donzela.
– Podemos fazer diferente. – falei, tirando minha blusa.
Malik me encarou e eu corei.
– Que foi? Não vai tirar não?
Ele balançou a cabeça e começou a tirar a roupa, ficando só de calção.
– Não vim de sunga.
Assenti enquanto tirava meu short, ficando só de biquíni.
Colocamos nossas sandálias em cima das roupas para não voarem e corremos para o mar.
O contato da água gélida fez meu corpo estremecer. Em Londres, não tínhamos praia, e como sentia falta de uma. Não me lembrava há quanto tempo eu e minha família tínhamos ido uma última vez à praia. Entrei mais a fundo, com o Zayn ao meu lado, até um local, onde pudéssemos mergulhar.
Passei a mão nos cabelos enquanto voltava à superfície.
– Amo isso. – sorri, olhando para Malik. – Enquanto você não a tem, acha que a odeia.
– Verdade.
Passamos alguns minutos ali, conversando e aproveitando o mar, até que saímos, sentando na areia, enquanto esperávamos nos secarmos um pouco. Ele olhava o oceano, enquanto eu fazia círculos na areia que estava ao meu redor, sem prestar atenção em mais nada.
– Está pensativa demais hoje.
– Não estava pensando... – limpei minhas mãos uma na outra. – Estava com a cabeça vazia, só isso. Às vezes me perco demais no vazio. Desculpe.
Ele sorriu.
– Acho que todos fazemos isso. – se aproximou mais.
Meus olhos encararam os seus, com uma tonalidade mais clara devido à luz do sol, que refletia neles. Encará-lo por algum tempo era perigoso demais. Zayn os desviou dos meus, encarando minha boca. Olhei ao redor, como para ter certeza de que não havia ninguém ali, e não, não havia.
Encarei-o novamente enquanto aproximava seus lábios dos meus. Malik me puxou mais para si e minha mão foi para a sua nuca. Desviei uma última vez meu olhar para sua boca, até senti-la contra a minha. Inicialmente em um selinho, que foi aprofundado pelo mesmo. Cedi facilmente ao sentir sua mão em minha cintura.
Seu hálito com gosto de hortelã me fazia desejá-lo mais. Seus lábios pareciam mais convidativos do que nunca enquanto arranhava sua nuca levemente. Eu estava percebendo o quanto desejava e queria aquele beijo. Uma de suas mãos foi para meu rosto, o acariciando, enquanto ele se afastava, fazendo uma carícia que me fez sorrir.
Abri os olhos lentamente, vendo-o com um sorriso no rosto. Zaza se aproximou novamente de mim, depositando alguns selinhos em minha boca, me deixando com vontade de mais. Minha mão foi até sua nuca, o impedindo de se afastar, enquanto eu mesma tratei de aprofundar aquela brincadeira. Minhas mãos passaram para seu cabelo, o bagunçando, e eu sabia que ele odiava aquilo, mas ele não se afastou ou recuou por um segundo. Pelo contrário, me puxou mais contra si, enquanto mantinha uma de suas mãos em minha cintura.
Aquele beijo estava bom demais para eu querer dá-lo por finalizado. Eu queria tê-lo junto de mim, até precisar de ar. Zayn era tudo que eu desejava naquele segundo.

Liam’s POV
Desci do elevador, seguindo para a sala de jogos. O hall do hotel estava vazio. Na verdade, tudo ali parecia meio vazio, o que era estranho para um fim de semana. Mas, segundo o gerente, era porque a maioria dos hóspedes era empresários que estavam a negócio, então estava tudo explicado.
Abri a porta de vidro, encontrando algumas pessoas (muito pouco para o tamanho do espaço) jogando ali. Andei um pouco, até encontrar Louis, e sentados em algumas poltronas, enquanto as meninas conversavam com o Lou.
– O que estão fazendo?
– Ótimo, , pode jogar com o Liam. – se levantou.
– Jogar o quê? – questionei, vendo Tomlinson segui-la.
– Totó. – Tommo respondeu. – Eu e a contra vocês dois.
Olhei para , que se levantou.
– Vai querer? – ela me encarou.
– Sou ótimo nisso. – sorri.
– Temos chance de ganhar, então. – seguiu para a mesa.
A segui, ficando ao seu lado.
– Três rodadas de dez. – pegou a bola, colocando no centro.
Começamos a jogar e ele foi tomando mais intensidade a cada gol. e Lou estavam ganhando por uma partida.
– A última vez. Já estou ficando enjoada disso. – colocou mais uma vez a bola no centro.
Pelo incrível que pareça, conseguimos reverter o jogo, ganhando-o. Confesso que foi uma surpresa, principalmente o que ele me proporcionou.
– Ganhamos! – me abraçou animadamente.
Retribuí o abraço, feliz. Naquele momento, estávamos animados demais para notar qualquer coisa diferente.
– Sorte de principiante... – Tomlinson debochou.
– Aham... Tá certo. Aceita que perdeu. – falei.
– Revanche!
– Você disse que era a última vez, amiga. – sorriu, desafiadora.
– Também, vocês dois não sabem brincar... Vamos jogar outra coisa, Lou? – olhou para ele.
– Claro. Querem vir? – Tommo nos olhou.
– Não. Vamos tentar uma, só os dois, Payne? Quero ver se ganho sozinha.
– Duvido... – falou enquanto saía, com meu amigo ao seu encalço.
Ri.
– Não vi graça... – soltou a bola no centro.
E se querem saber, não, ela não ganhou. Depois da décima vez jogando, ela desistiu.
– Se não sabe jogar, Liam, não joga... – se encostou na mesa. – Cadê o cavalheirismo dos homens hoje em dia? Tem que deixar a mulher ganhar...
– Você quer ganhar por cavalheirismo ou por si mesma?
Ela me olhou.
– Cavalheirismo.
Sorri. Nossas conversas desde a trégua estavam sendo civilizadas e apreciava a nossa força de vontade para isso.
– Eu tinha outra visão sua, Liam. – me olhou de relance.
– Eu acho que lembro disso. – fui sincero.
– Eu estava errada?
– Você é quem me diz. Eu não sei o que você achava de mim, só sei o que pretendia fazer.
– Ah, isso... Esqueça, é melhor. – ela abaixou o olhar.
– Já esqueci. Você estava errada?
Ela levantou o olhar.
– Talvez... Quem sabe? – desencostou da mesa, saindo.
Eu a impedi, segurando seu pulso.
– O que quer dizer com isso?
– Você sabe. – se soltou, enquanto se afastava.
Eu sabia?

Até aqui betada por: Caroline Cahill


Capítulo 11



“O amor é como o vento, não podemos ver, mas podemos sentir. – Do Filme Um Amor Para Recordar”


POV
- Quem teve essa ideia mesmo? – Questionei, procurando meu vestido na mala.
- Não quer jantar fora, ? – Minha prima questionou.
- Não é isso, é que... Não estou a fim de me arrumar hoje. – Reclamei.
- Milagre! Você, sem querer se arrumar? – fez cara de surpresa.
- Vai se fuder!
- , pode se animar... Quem nos ajuda com nossas roupas é você, então... Já tomou coragem? – se sentou na cama.
- Não...
- Já sei o que pode ajudar. – se levantou e colocou no seu celular na playlist de Pitbull.
Era impossível não se animar assim. Logo estava em pé, ajudando as meninas a escolherem roupas para hoje à noite. Roupas, acessórios, sapatos... E, por fim, look perfeito.

(...)


- Os meninos já vieram aqui mais de 100 vezes... Da próxima vez, eles arrombam! – ) falou, passando o perfume.
- Todas prontas? – Me olhei no espelho.
- Sim. – Recebi uma resposta em uníssono.
- Selfie. – pegou o celular e todas nós nos juntamos.
- Partiu. Os meninos devem estar indo a loucura. – nos lembrou assim que tiramos a foto.
- Vão à loucura quando virem nossas roupas. – nos analisou.
De fato, estávamos lindas. , com seu vestido , estava mais que maravilhosa, , com o seu perfeitamente perfeita, ) e o seu , que não tinha nem o que comentar, com o seu , que estava deslumbrante e eu com o meu , que estava um arraso. Não tinha como não arrasarmos nesse jantar. Saímos do quarto, pegando o elevador. Os meninos nos esperariam lá em baixo, já que todas nós tínhamos nos arrumado juntas.
Assim que as portas do elevador abriram, eles estavam lá, nos esperando. E imediatamente arregalaram os olhos.
- Não babem... Isso é nojento. – Falei, saindo do cubículo de metal.
- Uau, isso é tudo para mim? – Naill deu um selinho em .
- Não se acostuma não... – entrelaçou as mãos dos dois.
- Gente, vocês dois estão muito fofos... – começou.
- Nem começa... – revirou os olhos.
- É melhor irmos indo, antes que algum babaca tente roubar vocês da gente. – Louis olhou para mim e eu corei.
Oi? Terra para ...
Todos concordamos e seguimos para o carro que os meninos haviam alugado.

(...)


- A ideia de depois de ir ao restaurante, e vir para esse pub foi sua, né, Tomlinson!?
- Como adivinhou, ?
- É fácil... É você.
Aquele pub era muito comum aos que se viam em Londres. Com muita gente e bebidas variadas, que a gente nunca sabe o que vem nelas.
- Quer dançar? – Me convidou.
- Claro! – Sai o puxando para a pista.
Começamos a dançar de acordo com o ritmo da música. Eu e o Louis dávamos ótimos parceiros. Eu não podia imaginar que ele dançava tão bem quanto estava vendo. Com o decorrer das músicas, eu comecei a suar pela quantidade de pessoas ali presente e pela dança. Mas não queria sair de perto dele. Não queria dar um fim naquilo. Eu estava surpresa comigo mesma. Não costumava sentir aquilo e nem querer ficar tão próxima de uma pessoa, mas com o Lou era diferente. Não sei explicar quando me dei conta disso, ou quando aconteceu, porém eu só não queria que aquela dança acabasse nunca.
Fui tirada de meus devaneios pelo Tommo, que foi para muito perto de mim, quando uma moça esbarrou nele. Aquela proximidade não me permitiu olhar para a pessoa, só para ele, que estava com a boca a centímetros da minha. Nós fomos nos aproximando, e eu já sentia suas mãos em minha cintura.
- Louis! – Ele se afastou de mim, olhando para a moça que o chamava e... Só podia ser brincadeira!
- Eleanor?
- Eu não acredito... Até aqui! – Ela o abraçou. – Continua gato do mesmo jeito... – Riu.
- Você me viu a algumas semanas. – Sorriu. – Ah, essa é a .
- Prazer. – Ela apertou minha mão.
- Prazer. – Sorri sínica.
- Então, o que estava fazendo aqui?
- Vim com as meninas e os garotos. Vamos passar o fim de semana. – Respondeu.
- Legal... Porque não marcamos de nos encontrar? Quero falar uma coisa com você.
- Do que se trata?
Ei! Eu aqui!
- Diga que vai, por favor.
- Pra quando pensa isso?
Quer saber? Foda-se, Tomlinson. Fica ai paquerando a vagabunda da sua ex, que se quer ao menos nota minha presença, assim como você! Não vou passar o resto da noite segurando vela para os dois. Era perceptível no olhar dela que sentia algo a mais que amizade por ele, e não gostou nada de nos ver juntos. E ele dando corda a ela, invés de despachá-la, então vá se foder!
Sai dali, e não sei ao menos se me notaram. Fui direto para o bar, onde pedi uma bebida. Papel de idiota. Faço nunca! Que ódio daquele lesado! Ele também gostava dela. Caso ao contrário, teria saído dali. Ciúmes? Não. Não é ciúme. É raiva mesmo. Por quê? Ele mentiu pra mim! Ele gosta dela.
- Quanto é? – Perguntei ao barman.
- Não. Aquele rapaz pagou pra você. – Olhei para onde ele apontou.
O rapaz estava se aproximando de mim. Ele era forte e atlético. Com cabelo castanho claro e olhos mel. Era alto e seu sorriso... De tirar o fôlego.
- Obrigada pela bebida. – Agradeci.
- Que tal me agradecer com uma dança? – Sorriu mais.
- Claro. – Sorri.

POV Liam
- Só espero que eles voltem conscientes... – parecia preocupada.
- Eles darão um jeito. Não se preocupe. – A tranquilizei.
- Olha eles lá. – Ela apontou para o Nialler e , que estavam dançando juntos.
- Parece casal de filme. – Ri. – Ele gosta muito dela.
- Ela também...
- Os dois pais podem deixar de olhar os filhos e se preocuparem com eles, indo se divertir um pouco? – nos abraçou.
- E você e o Zayn? Estavam onde? – a analisou.
Malik chegou por trás da , a abraçando.
- Falando de mim?
- Ela quer saber onde estávamos. – o olhou.
- Você contou?
- Deixa na curiosidade. – Se soltou dele. – Agora, Liam, tira ela daqui e leva pra pista. – me empurrou para ela.
me olhou e sorriu.
- Vamos? – Estendi minha mão.
Ela revirou os olhos.
- Vamos.
A puxei até a pista e começamos a dançar. , inicialmente estava um pouco tímida, mas logo se soltou, e eu nunca a tinha visto tão animada comigo. Ela dançava perfeitamente bem e estava muito animada. Ela só podia já ter feito aula de dançar, enquanto eu... Não dançava lá essas coisas.
- Desse jeito não dá, ...
- Que foi? – Ela me olhou preocupada.
- Você já fez aula de dança, né!?
- Quando era menor. Por quê?
- Você está arrasando aqui, enquanto eu... Vou nem comentar.
riu.
- Você dança muito bem, Payne. – Ela se aproximou de mim.
- Já está mentindo...
Ela riu mais.
- Quer parar? Tomar algo?
- Se for por pena, não.
riu.
- Não é por pena. Já disse que você dança bem! Agora vamos pegar um drink, por favor? Não tem nada a ver com sua capacidade não tão boa de dançar.
- Você confirmou!
- Liam... Deixa de ser complexado. Eu só repeti suas palavras. Agora vamos. Quem sabe com alguns drinks você não deixa isso pra lá?
Assenti e a segui até o bar, pedindo dois drinks ao barmen. Olhei enquanto ela balançava a cabeça e o corpo, dançando sem sair do lugar, com pequenos movimentos. Aquilo me fez sorrir e ela deu um tapinha em meu ombro.
- Você está rindo de mim, Payne?
- Eu? Não... – Me virei para pegar os drinks.
- Aham... – Ela pegou o dela. – Obrigada.
Mudei o semblante, me recordando da nossa conversa mais cedo.
- E então...?
Ela me olhou, me incentivando a continuar.
- Você estava errada?
sorriu.
- O que você acha?
- Você tem que me dizer. – A analisei, bebericando minha bebida.
- Gosto mais de suspense. – se aproximou, depositando um beijo em minha bochecha.
A olhei enquanto ela se afastava de mim.

POV

- Styles, hoje não. Por favor.
- Nada de por favor. Foi à aposta!
- Harry...
- , não é tão difícil ficar com a maior quantidade de pessoas que conseguir.
- Porque isso agora? Não pode voltar atrás?
- Não!
- Vai ficar com a ... Você me tirou o juízo tanto por isso, por fim, nem ficou com ela!
- E quem disse que não?
Parei por um estante.
- Oi? Você ficou com ela e não me contou?
- ... Olha. Não significou nada para nenhum dos dois. A gente só... Ficou, sem compromisso.
- E o compromisso de me contar, fica aonde mesmo?
- E o compromisso da aposta, fica aonde mesmo?
- Na puta que pariu! Eu vou fazer a aposta, Harry, mas se eu não aparecer no hotel depois, sinta-se culpado.
Sai com passadas fortes até o bar, onde bebi alguns drinks para me animar. Eu não acreditava que a tinha ficado com ele e não me contou! Será que foi por causa daquela história que todos dizem que gosto dele? Não! Agora vou provar que todos estão errados.
Sai do bar, indo para a pista, onde comecei a dançar com um menino. Já estávamos dançando há algum tempo quando ele se aproximou, nos selando. Um já foi.

(...)


Aquela altura, já não tinha quase ninguém no pub. Estávamos todos do lado de fora. O Liam, que era o que estava em melhores condições para dirigir, foi pegar o carro, enquanto esperávamos. Eu estava um pouco afastada de todos, em pé, encostada na parede. Até que Hazza se aproximou.
- Quantos? – Me olhou.
- 10. – Respondi, convencida.
- 11. – Sorriu vitorioso.
Eu não podia perder! Que merda! E foi quando tive a brilhante ideia. Afastei-me da parede, segurando Styles pelo colarinho de sua camisa. Ele me olhou sem entender nada. O puxei para a parede e o beijei. O beijo era intenso, pela bebida em nosso sangue.
Os lábios dele eram carnudos e me davam vontade de beijá-lo mais. Harry pediu passagem e eu cedi. Minhas mãos passaram para a sua nuca, enquanto as dele foram para a minha cintura, me apertando mais contra si. Nossas línguas começaram a travar uma guerra, enquanto minhas unhas arranhavam sua nuca e as dele faziam carinho em minha cintura. O beijo estava ficando muito quente e intenso, à medida que nos sentíamos mais envolvidos, e só paramos porque nossos amigos nos perceberam, quando o Payne chegou com o carro.
- 11. – Sorri.
- 12.
- Sem essa, Styles. Eu que te beijei. O beijo foi meu!
- Se eu te beijar de novo, o beijo conta?
- Não!
- Tudo bem.
Ele voltou a me puxar para si, começando outro beijo. Seus lábios em contato com os meus me faziam o querer mais que nunca. Suas mãos me segurando firmemente, enquanto nossas bocas trabalhavam. Uma de minhas mãos foi para seu rosto, fazendo uma caricia. À medida que o beijo se tornava mais intenso, a presença de ar começava a ser indispensável.
- EITA...! – Gritou .
- A coisa ai está boa... – Zayn.
- Para de engolir a menina, Hazza! – Louis.
Ri entre o beijo. Styles nos separou, puxando o meu lábio inferior levemente, depositando vários selinhos.
- Está preparada para eles?
- Você que me agarrou pela segunda vez. O meu ainda era a aposta.
- Se você diz... – Ele saiu na frente, sem dizer mais nada.
O segui. Merda! Eu tinha falado aquilo mesmo? Eu utilizei as palavras erradas.
- Harry... – O chamei.
- Esquece! – Entrou no carro.
Porque aquilo? Porque do beijo? Era a aposta. Porque ele havia me beijado de novo? Ele gostava da , né?! Ou de mim? De mim? Eu não... Meu Deus! Ele não podia gostar de mim. Podia?

POV Louis
- Você sumiu!
- Porque você e sua ex não estavam nem ai pra mim. Eu não ia ficar lá. – Falou, enquanto caminhávamos para o elevador. Estávamos sozinhos. O Harry tinha resolvido ir de escada, e os outros já tinha subido.
- Desculpa. Eu nem percebi.
- Mas eu sim. Foi melhor. – Apertou no andar dela e eu no meu. – Assim eu conheci o Mac.
Meu maxilar enrijeceu. Foi como se meu humor estivesse se esvaído do meu corpo.
- Quem é Mac?
- Meu novo Summer Love. Sempre quis ter um. Quem sabe não é com ele?!
Revirei os olhos.
- Sério isso?
- Seríssimo. Quem sabe assim não saímos eu e ele, você e sua ex, talvez atual. Mas agora de verdade. – Era perceptível o seu tom de acusação.
As portas do elevador se abriram, já tínhamos chegado ao seu andar.
- Você sabe que não gosto dela! Já te disse isso.
- Não foi o que pareceu. – Saiu.
- Mas é o que é. – Fui atrás dela.
- Então explica isso a ela. Parece que não sabe.
- Do que você está falando? – Estava confuso.
- Não nota? Ela gosta de você. E você... Deve gostar dela também. Ficou conversando com ela por horas... – Não me encarou.
- Ela não... Sério? A gente só conversou tanto, por que... Temos meio que uma amizade.
- Aham. E que amizade... Eu percebi.
- , o que é isso? Você está agindo como se estivesse com...
- Se falar ciúmes, te mato!
Sorri.
- É exatamente o que parece.
- Ela é uma puta! Só não quero ver você com ela!
-Ei, ela é só minha amiga. – Fiquei feliz ao notar seu ciúme.
- Eu não gosto dela. Ela te ama e eu... N ão acredito que não sinta nada por ela, depois de tanto tempo juntos.
- , se quer saber, ela não me ama e nunca existiu nada além de amizade entre nós dois.
Ela pareceu pensar.
- Louis... Você é gay? – A encarei. – Por que... Mesmo que fosse falso, nunca teve NADA com a miss sem gosto e naquele dia na sua casa...
Sem a deixar prosseguir com sua afirmação, encostei a na parede do corredor. Ela parecia assustada ao me encarar. Meus lábios roçaram nos seus, enquanto minhas mãos a imprensaram entre mim e a parede. Aprofundei o beijo, sentindo seus lábios macios em contato com os meus.
Suas mãos foram para minha nuca, a arranhando, enquanto nossas línguas travavam uma guerra interna entre elas. O beijo começou a ficar mais intenso e feroz,, só sendo cortado quando o ar se tornou necessário.
- Isso te responde?
mordeu o lábio inferior sorrindo. Logo senti sua boca roçando em meu pescoço. Ela depositou um chupão naquele local, o que me fez fechar os olhos. Sua boca voltou a minha, onde iniciamos outro beijo, com mais pegada e mais quente. Suas mãos foram para dentro de minha camisa, arranhando meu abdômen, e as minhas foram para a sua cintura e nuca. O beijo começou a se tornar mais intenso do que imaginávamos.
Puxei seu lábio inferior, nos separando. abriu os olhos, encarando os meus.
- Para quem não queria me beijar, você está bem...
- Quem disse que eu não queria?
Ela me olhou confusa.
- Achei que... Porque não foi capaz de ficar comigo, naquele dia no seu quarto?
- Só não te beijei por que... Somos amigos, e o Harry gostava de você. Além do mais, não sabia que se importava com isso.
- Então foi por isso? Fica tranquilo, ele não se importa, só rolou uma vez e pronto. Ele gosta da . Além do que, não misturo as coisas. – Ela depositou um selinho em meus lábios. – E acho que você também não.
se afastou com um sorriso nos lábios, enquanto ia ao seu quarto.
- Nos vemos amanhã.

POV Harry
- Harry...
- Saia daqui, ! – Segurei minha toalha ao redor da minha cintura.
- Segura isso ai! Eu quero falar com você.
- Mas eu não quero falar com você.
- Mas EU quero e vou! A aposta... Eu não sei nem o que te falar!
Revirei os olhos.
- Deixa eu colocar uma cueca.
Ela assentiu, se virando de costa. Peguei a peça íntima, que estava em minha cama, e coloquei.
- O que você quer? – Falei seco.
- Eu... Sinto muito. Eu não queria dizer aquilo.
- Tanto faz. – Dei de ombros.
- Achei que você...
- Achou errado. Tanto faz pra mim.
- TANTO FAZ? Não sei mesmo porque vim aqui! Eu me sentindo mal, por achar que você estava magoado comigo, pelo que me expressei mal e pra você tanto faz?
- É. – Dei de ombros.
- Ok, então... – Ela se virou. – Deu empate naquela merda de aposta. E ai? Você ganhou alguma coisa? Porque eu ganhei.
A analisei.
- Descobri que você é mais idiota do que eu imaginava quando nos conhecemos.
Ri. Aquilo só podia ser brincadeira. Tudo só tinha passado da aposta pra ela, foi isso que disse. E agora... Quer se fazer de coitada?!
- É, eu sou um idiota. Um idiota por passar esse tempo todo achando que gostava da , quando estava afim de você. Sendo que você não se importa. Era só uma aposta, não é!?
- Harry... – Ela mudou de expressão.
- HARRY PORRA NENHUMA! Agora vai me escutar. Eu sou um completo idiota, babaca, lesado, e um tremendo de um galinha. Mas eu nunca tive tanta vontade de bater em uma pessoa, quanto eu tive daqueles caras te beijando na festa. Você não viu, mas eu lutava comigo mesmo para não ir lá dar um basta nessa merda de aposta, pra quando a gente se beijar, você olhar pra mim e dizer que só ficou comigo pela aposta?!
- Você não entendeu...
- Eu entendi muito bem, . Você ainda gosta do babaca do seu ex, mas ele está lá com aquela garota! Ele a escolheu ao invés de você. Mas ele foi burro de fazer essa escolha. Porém eu estou sendo mais burro ainda, de estar dizendo isso pra você, que se quer se importa.
- Eu... Hazza, eu estou confusa! A menos de duas semanas nós nunca nos beijamos, eu tinha namorado, e você deixava claro gostar da minha amiga! Mas agora... Tudo mudou e eu... Estou confusa. É normal. E a aposta... Eu gosto de você. Só não sei quanto.
A encarei. Aquilo era bem diferente do que tinha imaginado.
- Eu não deveria ter dito que só se passava da aposta, porém eu achei que tinha sido só isso para você. Mas não pensei o quanto significou para mim.
- , eu não posso... – Falei derrotado.
- Eu sei. Mas é muito cedo para mim. Eu sinto muito, Harry, mas... Eu tenho que conhecer meus sentimentos antes de entregá-los a você.
Passei as mãos em meus cabelos, enquanto escutei meu celular tocar. o pegou, lendo a mensagem que tinha em seu visor, e vi sua expressão mudar.
- “Estou te esperando, Harryzinho... Você disse que viria, para termos aquela “conversa””. – me olhou com a face enrijecida. – Eu não sei como deixei outro babaca entrar em minha vida...
Que merda! Aquela puta achou mesmo que eu estava falando sério? Aquilo era só para conseguir que me deixasse em paz!
- , deixa eu...
- Eu sou uma idiota! Acreditando no que você estava falando, sendo que isso deixou mais que claro quem estava brincando com os sentimentos de quem. – Ela foi até a porta, a abrindo. – Só lamento por achar que podia confiar em você mais do que a mim mesma. – Saiu.
Fui até a porta, vendo que ela já entrava no elevador. – Que inferno! – Voltei para o quarto, me jogando na cama. Eu já não precisava mais de respostas. Eu já a tinha, sem ao menos perceber. Toda aquela aposta, tudo aquilo, era só mais uma desculpa para ter completa certeza. Sim, eu havia descoberto não gostar da . Por muito tempo achei que a pessoa que gostava era ela, quando, na verdade, era uma pessoa que estava ao meu lado todo esse tempo.
Pois bem. Era ela. Seu jeito... Seus lábios nos meus, me trazendo desejo... Mas eu era um imbecil! Costumo sempre saber o que quero e como conseguir, mas quando está no meio, percebi que nada funciona. Tudo tem poder de sair errado.
A bendita daquela aposta só tinha um propósito. Saber de qual das duas eu gostava de fato, e depois de beijá-la, era ela. Nossa conexão era simplesmente... A imagem dela devaneava em minha mente, o que só me fazia ficar com raiva de mim mesmo.
Porque gostar de uma pessoa que agora só tem raiva de mim? Quando eu tinha tentado fazer as coisas darem certo com , eu e ela fazemos bosta! Agora eu pensaria em algo para consertar meus erros, mas como?
Levantei-me. Eu ia falar com ela.
- Se for atrás da , é melhor deixar ela se acalmar. A encontrei no elevador, e ela quer te matar. – Louis entrou no quarto.
- Eu pensei que ela iria querer fazer isso.

POV
Levantei-me com o celular alarmando. Mesmo com a nossa saída de ontem à noite, tínhamos marcado de hoje passarmos o dia turistando. Começaríamos nosso passeio pelo Getty Villa, sendo seguido pela praia Zuma Beach e, por fim, comeríamos no hotel mesmo.
Levantei-me ainda sonolenta.
- ... Acorda! – Fui até a cama da minha amiga.
- Eu não vou... – Cobriu a cabeça com o edredom.
- Claro que você vai! Eu vou usar o banheiro primeiro.
Segui para o mesmo, me despindo assim que me certifiquei que a porta estava fechada. Liguei o chuveiro, que tinha a água em uma temperatura agradável. Fechei meus olhos, me permitindo relembrar da noite anterior com o Zayn. E... Sorri.

Flashback ON:
- Talvez o que ela tenha dito faça sentido. – Ele falava, enquanto mordiscava o lóbulo da minha orelha.
- Faz? Você sabe que ela te queimou na minha frente, né?! Não sabia que você ficava tão vulnerável comigo. – Ri.
- Ela tem esse poder... – Zayn parou o que estava fazendo. – Você gostou da opinião dela sobre a gente?
- Hum... Quem sabe? Descubra. – O beijei.
- Assim, como vou saber se tenho chance?
- Chance de que?
- Hum... Quem sabe? Descubra. – Ele nos selou, deixando aquelas palavras no ar.
Flashback OFF:

Tinha medo de estar me iludindo, pensando que ele diria algo que não queria dizer, mas não podia negar. Ele me fazia mais que bem. Talvez eu estivesse apaixonada pelo Malik. Que ironia. Eu disse a Mel que isso nunca aconteceria. Como dizem por ai... Never Say Naver. Tudo é possível, principalmente se você não espera por isso.
Desliguei o chuveiro e me enxuguei com a toalha, saindo do banheiro. Troquei-me enquanto a tomava banho.
- Está perto, ou desceu pelo ralo? – Bati na porta do banheiro.
- Estou saindo...! – Ela abriu a porta, e como eu estava encostada nela, cai em cima da .
Começamos a rir.
- Sai de cima de mim, sua gorda... – Ela me empurrou ainda rindo.
- Se troca rápido, porque eles já devem está lá embaixo nos esperando para comermos.
- Tá. Vou o mais rápido que posso. – Ela falou, se enxugando.
- Você e o Harry estão ficando? – Sorri maliciosa.
- Não me fala naquele imbecil!
- Achei que depois de vocês terem ficado na frente de todos... O que ele fez?
- O que ele não fez? – Ela colocou sua blusa. – Só não quero falar nisso. Tive a certeza de que ele não vale a pena. – Falou, arrumando os cabelos.
- Você estava gostando dele, né?
- Nem começa, , por favor. De idiota na minha vida, já bastou o Zac.
- Ele parece gostar de você. – Fui sincera.
- Só parece mesmo. – Ela revirou os olhos. – Estou pronta. Vamos.
Segui com ela até o salão do hotel, onde seria servido o café. Todos já estavam lá. Fomos primeiramente fazer nossos pratos e, assim que terminados me sentei ao lado do Liam, e a ao lado da .
- Depois da Zuma Beach a gente vem para o hotel, ou pensara m em outra coisa? – Questionei.
- Acho que deveríamos voltar para fazer algo por aqui mesmo. – Zayn.
- E amanhã vamos para Backbone Trail. – Liam afirmou.
- Sério que vocês querem andar? – questionou.
- Se você quiser, te ajudo, . – Harry falou.
Ela revirou os olhos.
- Deixa de ser chata, até o Hazza se ofereceu para te carregar. Vamos...? – insistiu.
- Tá... Mas não quero ser carregada. Prefiro andar a pé ao ser carregada por ele.
- Vocês ontem estavam se beijando e hoje brigando? Que bipolaridade. – falou.
- Eles estavam discutindo. – Lou se intrometeu.
- Quando vocês pararem de falar da minha vida, ai me avisem, para eu parar de mexer no meu celular. – o pegou.
O silencio se instalou, enquanto terminávamos o café.

POV Niall
Getty Villa. Uma mansão transformada em museu. Um local lindo, todo inspirado em uma vila romana, com jardins e obras de arte da época romana e grega. Bem cultural, com uma boa exposição de arte de um colecionador, que passou a vida toda colecionando obras.
Sem falar no local para crianças se divertirem. É claro que não tínhamos nenhuma, porém não deixava de ser interessante.
Conhecemos o máximo de obras e das culturas que podíamos. Apreciamos o local, até o ultimo segundo. Era completamente incrível, sua arquitetura rústica. Os jardins belíssimos e para todo lugar que se olhasse, se admirava cada vez mais.
- O que acha de morar em uma mansão feito essa? – Sussurrei no ouvido da minha namorada.
- Pra ser sincera, acho que teria medo. Olha pra esse lugar. Se algo caísse no chão à noite, não levantava nem morta para pegar.
Reprimi um riso com sua resposta.
- Só você...
- Vai me dizer que gostaria?
Neguei com a cabeça.
- Mas se estivesse com você, ficaria em qualquer lugar.
sorriu e depositou um selinho em meus lábios.
- Agora trata de prestar atenção, Sr. Horan. – Saiu de meus braços.
A admirei enquanto se aproximava das suas amigas. Ela era linda demais. Seu rosto, suas feições, seu sorriso, seu toque, seu cabelo. Tudo nela me fazia prender meu pensamento na própria. Eu gostava de verdade dela, poderia até dizer, com toda a certeza, que estava apaixonado por ela. me fascinava e sim, eu só queria ficar com a própria.

(...)


Saindo do Getty Villa, fomos em busca da praia Zuma Beach, e assim que chegamos lá, nos dividimos em pequenos grupos. Uns foram andar, outros tomar banho e alguns ficaram de bobeira mesmo. Eu fiquei no grupo de ficar na praia mesmo, tomando banho.
Depois de algum tempo de bobeira, eu, , Harry e estávamos na praia. As meninas tomando sol, conversando baixinho, enquanto nós conversávamos mais a distancia. Até que fomos interrompidos por algumas fãs, que pediram para tirar fotos.
- Claro. – Sorrimos.
Elas se ajeitaram, assim como nós, e tiraram a foto.
- Obrigada. – Agradeceram.
- Magina. – Hazza sorri. – É sempre um prazer.
- Harry, o que você tem com aquela menina... ?
Olhei para a direção das garotas, elas nos olhavam. Acho que nossas fãs não as tinham notado.
- Nós somos só amigos. – Foi educado.
- Mas e as fotos que saíram de vocês dois se beijando? Eram montagens?
- Fotos? – Haroldo parecia confuso.
Como conseguiram tirar as fotos?
- Então deve ser montagem. Deixa pra lá... – A outra menina falou. – Sua namorada não veio com você, Nialler?
- Ela está ali. – Apontei para ela, que deu um aceno.
- Ah... Eu shippo vocês. – Sorriu.
- Eu não. Shippo ele mais comigo. – A menina que falava com o Harry opinou.
Ri.
- Sinto muito, mas meu coração já é dela. – Sorri para a . – Você um dia vai encontrar alguém que te dê o dele.
- Que gay, cara. – Hazza deu tapas leves nas minhas costas.
As meninas riram.
- Temos que ir, nossos pais estão chamando. Tchau. – Se despediram.
- Tchau. – Sorrimos.
Elas se foram.
Voltei a me aproximar das meninas.
- Qual foi dessa vez? – me deu um selinho.
- Seu namorado acabou de fazer a declaração mais gay na frente de nossas fãs. – Harry se sentou ao lado dela.
- Sou de uma mulher só, Styles. – Nos selei.
- Está certo, Niall. Dou valor. – se sentou.
- Ah... Outra coisa.
Elas olharam para o Haroldo, esperando que continuasse.
- Tiraram fotos da gente se beijando ontem. Acabamos de saber pelas nossas fãs. Mas elas acham que é montagem, pois não sabia da origem delas.
- Melhor assim. Diga que é montagem e ponto. – deu de ombros.
- Acha que é fácil assim?
- Você sabe como se livrar disso, Styles. Você sabe se livrar de tudo. – Ela se levantou, limpando a areia da bunda e indo sentar mais perto do mar.
Harry foi atrás dela.
- Eles...? Eu não entendo.
- Nem eu. – Dei de ombros. – Mas deixa, eles se resolverem sozinhos.
- Às vezes não tenho certeza se ela gosta dele ou não. – me abraçou.
- Deixa eles resolverem isso sozinhos. A gente resolveu e olha como estamos.
- Você vai viajar um dia depois que voltarmos. Novamente. – Fez cara de emburrada.
- Então aproveita mais de mim. – A beijei.
- Não duvide disso. – Ri.

POV
- O que você quer? – Não me dei ao trabalho de olhar para trás para ver quem era.
- Falar com você.
- Mas EU não quero falar com você! – Continuei olhando para o mar.
- Que ironia... Ontem eu não queria falar com você, e você não respeitou, então porque eu faria isso?
- Ótimo. Eu saio. – Me levantei, mas quando fui sair, ele me segurou pelo braço .
– O que é? Existe alguma coisa de difícil em dizer que é montagem, ou fingir que esse beijo nunca aconteceu?
- Não é bem assim que as coisas funcionam, . Eu não sei o que estão dizendo. Só sei da foto. – Ele analisou meu rosto. – Mas não foi por isso que vim atrás de você.
- E pelo que, então? O que temos para resolver é isso. Ou estou errada?
- Está. – Ele me olhou. – Porque está agindo desse jeito? Quer fingir que nunca aconteceu? Não parece isso, está mais para quem quer me matar.
- É o que é. – Puxei meu braço. – Eu não deveria deixá-lo ter entrado em minha vida, Harry. Muito menos ter deixado que me beijasse, e ter te escutado ontem.
Sai sem escutar sua resposta. Caminhei com passadas largas e fortes pela praia, me afastando de tudo e todos. Só queria ficar sozinha, para chorar um pouco, ou somente relaxar. Sem que percebesse, havia começado a correr, sentindo a brisa marítima sobre meus cabelos e rosto. Aquela sensação era mais que maravilhosa. Tranquilizante.
Parei de correr, percebendo que estava completamente só. Olhei para o mar e corri até ele, onde mergulhei, sentindo meu corpo ser embalado pela água gélida. A água do mar tinha o poder de purificar e limpar tudo de carregado que tem em nossa alma. Pelo menos é o que algumas pessoas acreditam.
Deitei-me, fechando os olhos na beira do mar, aonde pequenas ondas iam e vinham, sentindo a parte de trás do meu corpo ser molhada. Senti a luz sumir momentaneamente, mas não me importei. Pelo menos até sentir seu perfume.
Abri meus olhos vagarosamente.
- O que está fazendo aqui? – Olhei surpresa.
- Só vim atrás de você.
- Por quê?
- Por isso.
Harry se aproximou de meu corpo, encostando o seu no meu. Sua mão fez uma caricia em meu rosto, me fazendo fechar os olhos. Ele aproximou seus lábios dos meus, depositando um selinho neles
. - Eu sou um imbecil, , mas... Eu descobri que gosto de você de verdade, e aquela garota ontem... Eu nunca quis nada, além de que ela me deixasse em paz. – Eu podia ver a sinceridade em seus olhos. – Pode perguntar ao Lou.
Sorri.
- Não precisa. Eu também não tinha o direito de ficar com raiva, principalmente depois do que te disse.
- Shh... Eu sei. – Hazza se aproximou de minha boca. – Só vamos...
Senti seus lábios contra os meus, e, naquele momento, senti um arrepio percorrer minha espinha, enquanto minha barriga parecia ter borboletas dentro. Minha mão foi para sua nuca, a arranhando. O beijo era calmo e era só nosso.
Por incrível que parecesse, naquele momento, eu soube que existiria algo entre nós dois. Tudo aquilo não era em vão. Talvez eu gostasse do Harry mais do que me permiti assumir. Talvez todos os outros estivessem certos e estivessem enxergado algo que não fui capaz. Definitivamente, eles tinham feito isso. Eu gostava do Hazza, e só tinha sido capaz de perceber isso há pouco.
Aquele pensamento me fez sorrir. Eu gostava daquele imbecil.

POV Zayn
Enquanto voltávamos, caminhando pela praia, observava as pessoas tomando banho no mar, que já eram possíveis enxergar a certa altura da caminhada.
- Da próxima vez, me lembrem de não vir com vocês. – reclamou.
- E olha que eu estou carregando ela o caminho da volta inteira. – Lou se pronunciou.
Aqueles dois estavam mais próximos que nunca.
Todos rimos.
- Deixa de reclamar, que você está gostando de ser carregada por esse gato. – falou.
- Tira o olho , ele já é meu. – Ela depositou um beijo em seu rosto.
- Cuidado pra ele não querer se aproveitar depois, . – Brinquei.
- Estamos falando da . Se ele quiser se aproveitar, ela vai ficar feliz. – olhou para a amiga, que lhe mandou o dedo.
- Claro, amiga, olha que gato! Com esses braços... Imagina o corpo... – Brincou.
- Depois te mostro. – Lou mordeu o lábio inferior.
- Já está assim? Olha que eles se pegam e a gente não sabe.
- Claro que sabemos, Liam, não viu no dia que jogamos Verdade ou Consequência? Depois daquilo, não tive mais duvida. – Falei.
- Louis, está na hora de assumirmos nosso namoro, antes que esse povo ache coisa feia nossa.
- Claro, minha gata, assim que voltarmos para o hotel. – agradeceu, depositando um beijo na bochecha do Tommo.
Todos começamos a rir.
- Do que riem tanto? – Niall perguntou ao nos aproximarmos.
- O novo casal do grupo. e Tomlinson. – Respondi. – Deem parabéns.
Os quatro ali presentes nos olharam com o olhar desconfiado, até começarem a rir. Naquele momento, pude notar que a mão do Harry estava sobre a da , para a gente, aquilo era novidade. Acho que, de fato, tínhamos um novo casal no grupo.
- Então vamos comemorar isso em uma das boates de Malibu. - incentivou.
- Nossos planos já eram esses... Porque não vamos nos arrumar? Já está ficando tarde, mesmo. – propôs.
Todos concordamos. Juntamos nossas coisas e levamos para o carro alugado. Desta vez, quem dirigiu foi o Louis. Achei que nunca chegaríamos, mas fiquei mais que feliz quando isso aconteceu. Só me lembrem de protestar contra quando deixarem ele dirigir.
Enquanto nos dividíamos entre quem ia primeiro no elevador, eu e a decidimos ir pela escada, só para podermos ficar, nem que fosse o mínimo possível, sozinhos. Paramos entre dois andares.
se aproximou de mim, passando a mão em minha nuca.
- Não sei se a minha ideia da boate foi boa.
- Por quê? – Questionei.
- Foi assim que nos conhecemos. – Ela sorriu. – Gerou muita polêmica. Ela me olhou de rabo de olho.
- Isso foi um pedido?
- Foi uma afirmação mesmo.
- E o que garante que aceito?
A encarei, perplexo.
Ela pulou em meus braços, começando a rir.
- Claro que eu aceito! – depositou um beijo em meus lábios.
A encostei na parede, ainda a tendo em meus braços. Suas mãos foram para minha nuca, arranhando, enquanto as minhas a prenderam em mim. Seus lábios macios contra o meus e a sensação dela finalmente sendo minha.
Pedi passagem para aprofundar o beijo e cedeu sem receio. O beijo era calmo e cheio de sentimento, demonstrando que os dois desejávam aquilo naquele momento. Eu achei que teríamos um casal, mas não imaginaria que seria nós dois.
Não tinha planejado. Apenas aconteceu. Talvez assim tenha sido melhor. Era mais verdadeiro. Já havia bastante tempo que estávamos ficando, e pra que adiar isso se gostava tanto dela? Como disse minha fã, fico mais feliz quando estou com ela e, para mim, era o que importava.
- Mas se a Modest não permitir? – Ela cortou o beijo.
- Que se foda. Você é minha nova namorada e ponto. – Beijei seus lábios.
- Sua namorada... Acho que me acostumo fácil com isso. – Ela sorriu e voltou a selar nossos lábios.
Acho que sou eu que irei me acostumar rápido com isso.

POV
- Acho que todos já estão lá em baixo. – Falei, dando uma última olhada no espelho.
- Desculpa, mas sou somente de Niall Horan.
Ele sorriu e se aproximou de mim.
- Boa resposta. – Depositou um beijo em meu pescoço.
- Lesado. – Ri. – É melhor irmos indo.
Peguei minha bolsa enquanto escutava Nialler abrir a porta do quarto.
- Me de o cartão, que guardo na minha bolsa.
Ele assentiu e assim que fechou o quarto, me entregou.
- Vamos, senhorita?
- Já vai começar? – Falei, enquanto caminhávamos até o elevador.
Horan ignorou.
- Será que já estão lá em baixo?
- Talvez... – Apertei no botão que nos levaria ao hall.
Esperamos o cubículo de metal descer e abrir as portas. Saímos encontrando Harry e Louis.
- Cadê os outros? – Questionei.
- Aqui. – Vimos Liam, Zayn, e descerem do outro elevador.
- Então só falta e . – Niall observou.
- Chegamos. – A porta do elevador que havíamos descido se abriu, deixando as meninas saírem.
- Agora podemos ir. – falou, aproximando-se do Harry.
Era minha impressão ou as coisas pareciam estar dando certo para todos? Não duvidaria que depois dessa viagem muitos voltassem como casais.
Entramos dentro do carro.
- Tem uma boate aqui perto, andei pesquisando e dizem ser uma das melhores. O que acham de irmos para lá? – Liam, que dirigia, questionou.
Todos concordamos e esperamos até que ele estacionasse para descer. Era bem perto mesmo. Poderíamos ter até ido a pé.
Entramos na boate e, como todas, tinha cheiro de bebida, luzes de neon, fumaça e muitas pessoas dançando ao som das músicas que tocavam. Nos direcionamos para uma mesa e, quando, dei por mim, a maioria já tinha se esvaído de perto da gente.
Olhei ao meu redor, só notando com Zayn (que estavam dando uns pegas), e Liam (que conversavam) e meu namorado, que permanecia olhando para a pista. Levantei-me, sabendo que ele queria dançar.
- Vamos.
- Pra onde? – Ele me olhou confuso.
- Dançar. – Falei, enquanto o puxava para a pista.
Niall me puxou mais para si, me envolvendo em seus braços.
- Não somos mais o único casal do grupo.
Sorri.
- Eu já imaginava. – Me aproximei de sua boca.
Depositei um selinho em seus lábios, que logo foi aprofundado por ele. Suas mãos me puxaram mais para si, enquanto as minhas foram a sua nuca. Nosso beijo era calmo e doce. Eu nunca cansaria de sentir aqueles lábios contra os meus, sentir seu cheiro, seu toque. Senti-lo por completo.
Nialler era tudo que eu queria para mim, tudo que eu precisava e não podia me ver sem ele na minha vida. Niall era uma parte de mim, e uma na qual eu me orgulhava muito de ter. Não importava o que acontecesse, nada seria mais importante que nós para mim.

POV
- , eu vou lá fora tomar um vento. – Falei, enquanto parava de dançar.
- Tá, eu vou ficar com o Zayn.
- Estou muito feliz por vocês, amiga. – A abracei.
- Eu também. – Podia ver o quão feliz ela estava. – Mas toma cuidado quando for lá fora.
- Pode deixar.
Com certa dificuldade, consegui sair da pista e ir para um local mais afastado. Na verdade, acho que estava mais para jardim o que tinha ao redor da boate. Era mais que espaçoso, e não me permiti imaginar o que poderia acontecer ali, quando não estivesse ninguém presente.
Fechei os olhos, sentindo a brisa fria controlar a temperatura de meu corpo, que tenho certeza que estava quente, pelas músicas que tinha dançado com . O que nos preocupou um pouco foram os garotos se aproximando, mas, por ela ter namorado, e eu não querer nada com eles, (mesmo que a maioria fosse gatos) conseguimos nos afastar deles.
Uma mão tocou meu braço, e me fez abrir os olhos e encarar aqueles cabelos pretos, pele branca e olhos pretos. O encarei sem conseguir pronunciar uma só palavra pelo susto.
- Feliz em me ver?
- Você sabe qual é a resposta. – Me afastei dele. – O que faz aqui? Está me perseguindo ou o que?
- Por incrível que pareça, foi o destino. Não acha que ele está querendo dizer algo para nós dois?
- Acho... Ele está me dizendo que você é louco!
- Eu sei que você ainda me ama, .
- Victor, eu não te amava nem naquela época, quem dirá agora. – O vi se aproximar.
- Se não quisesse nada comigo, não tentaria fugir tanto.
- Isso não é amor. É repulsa... Nojo... Como você quiser chamar.
- Porque não acredita em mim, quando te falo que me arrependi, que te amo?
- Como posso acreditar? Depois de tudo que você fez, é até piada! – Suspirei. – Mesmo que acreditasse, você não teria chance. Eu não te amo, e não ficaria com você nem por pena. Só quero que me deixe em paz. É pedir demais?
- É, sim. Como quer que eu te esqueça? Você é minha, , será que não enxerga isso?
Aquela conversa estava começando a me deixar com medo dele, medo que ele pudesse fazer qualquer coisa comigo ali, sem ninguém para impedi-lo. Comecei a pensar na possibilidade de que se alguém me escutaria se gritasse.
- Victor, você merece alguém melhor que eu... Que goste de você. – Já começava a olhar para trás, na esperança de ver alguém.
- Você tem outro, não é?! Eu sei! – Ele se aproximou mais de mim, me fazendo vacilar para trás.
- Não. Eu não tenho namorado, só não quero você.
- Mas eu quero você. – Ele agarrou minha mão.
Assustei-me com seu movimento e tentei puxá-la de volta. Porém ele me impediu, me puxando mais para ele, com uma força bem maior que a minha.
- Eu te amo, e você também me ama. Eu sei, , eu sei. – O olhar dele era aterrorizante.
- Victor... Me solta! Está me machucando! – Tentei me soltar.
Invés dele fazer o que eu tinha pedido, manteve-se mais firme me segurando perto dele, até que senti seus lábios nos meus. Ele me agarrou com brutalidade, enquanto eu tentava impedi-lo, não respondendo a seu beijo.
Ele me segurava firmemente enquanto eu tentava, a todo custo, me afastar, mas sem sucesso. Suas mãos segurando as minhas não me permitiam arranhá-lo, muito menos me mexer, quem dirá gritar. Já estava ficando desesperada quando sinto ele me soltar bruscamente, me fazendo cair no chão, quando alguém nos separou.
Liam o afastou de mim e deu um soco em seu rosto. Eu olhava tudo aquilo aterrorizada. Victor passou a mão em sua boca, que sangrava, e partiu para cima de Payne. Os dois começaram a darem socos um no outro.
- Parem! – Eu gritava desesperada.
Mas eles não me obedeciam. Liam acertou um soco no queixo do Victor e o vi urrar de dor. Meu ex olhou para o outro com o ódio visível em seu semblante e eu temi por Payne. Se eles continuassem daquele jeito, se matariam.< br> Eles já rolavam no chão quando dois seguranças se aproximaram, os separando.
- Foi esse imbecil que veio se intrometer no que não devia.
- Você que estava agarrando a menina contra a vontade dela, meu amigo! – Liam protestou.
- Saiam os dois. – Um dos seguranças falou. – Cada um para um lado.
Fui até Payne e agarrei seu braço.
- Vamos. Isso já deu.
Ele assentiu e fomos saindo acompanhados por um segurança. Olhei de relance para trás e pude perceber que o Victor estava muito pior do que o Liam, mas o que mais me assustou foi seu olhar para mim. Ele carregava ódio.
- Não se preocupa, ele não vai fazer nada. – Payne me puxou para si. – Não vou deixá-lo mais encostar em você.


Capítulo 12


“Eu te vejo hoje a noite quando eu sonhar. – Do Filme Toy Story 3.”


POV

- É melhor voltarmos. – Falei, me soltando dele.
- Prefiro ficar aqui... – Sorriu malicioso.
- Claro, aqui ninguém vai ver você fazendo o que quer, né?!
Harry riu. Encarei seus olhos sorrindo.
Hazza puxou meu queixo até perto da sua boca, da forma mais sexy possível. Ele mordeu o lábio inferior enquanto eu me aproximava de sua boca, iniciando um beijo calmo, que logo passou para quente. Suas mãos foram para minha cintura, me trazendo mais para si, enquanto as minhas foram para sua nuca, fazendo um carinho gostoso. Styles aprofundou o beijo enquanto eu sentia suas mãos percorrerem meu corpo.
Era incrível o que sentia quando meu corpo entrava em contato com o seu. Seu toque me fazia arrepiar e suas caricias me levavam a loucura. Seus lábios nos meus me traziam uma sensação tão boa e viciante, que poderia ficar ali por horas, sentindo seus lábios nos meus. Mas o ar já se fazia preciso.
Cortei o beijo depositando vários selinhos em seus lábios.
- Agora vamos, Styles, ainda quero ficar algum tempo dançando, antes que nossos amigos queiram ir.
- Podemos ficar quanto quiser. O hotel é aqui perto.
- Eu sei, mas mesmo que goste de ficar aqui, te beijando, é melhor não abusar da sorte. Tudo demais enjoa. – O puxei enquanto voltava para a pista.
- Nem tudo.
Já podia imaginar seu sorriso malicioso, mas não me virei para encará-lo. Não até conseguir leva-lo até a pista, onde começamos a dançar juntos. Eu estava vivendo o momento, sem pensar no amanhã. Desde que tínhamos resolvido às coisas na praia, estávamos “juntos”. Não sabia o que viria depois e não perdia tempo pensando. Com nossa situação é tudo delicado.
Eu havia saído de um relacionamento há muito pouco tempo para assumir outro, então, pelo menos por enquanto, se isso continuasse, só ficaríamos. Mesmo eu sabendo que com ele não se pode vacilar, se gostar de mim, assim vai ser. Temos que ver se tem como dar certo antes de assumirmos um relacionamento.
Um exemplo disso eram nossos amigos, que só agora estão namorando. Além de que seria um choque imenso para as fãs se o Zayn e o Harry aparecessem namorando na mesma época. Vamos deixar as coisas acontecerem com o tempo. Teremos muito tempo para pensar nisso. Agora eu só tenho que aproveitar.
Isso pelo menos enquanto estamos aqui. Não sei quando voltarmos. O detalhe é: Assim como ele achou gostar da , pode achar gostar de mim, e eu não posso confiar enquanto não ver o que acontecerá no futuro. Não pretendo fazer planos com o Hazza para depois os ver ir por água abaixo.
Mas também não é hora de pensar nisso. Mesmo que eu goste dele, esse negócio de relacionamento é complicado, principalmente namorar um famoso, mais ainda ele sendo quem é, com o histórico que ele tem. Por isso quero ir com calma. Não tenho medo de me machucar, só precisamos de tempo para ver se é certo.
Mas quer saber de uma coisa? Alguma coisa me diz que tem que ser com ele.
- Pensando? Espero que seja em mim.
- Acertou. – Sorri.
- Espero que seja boa coisa.
- Se tem você no meio, não tenho tanta certeza. – Fiz careta.
- Tão engraçadinha... – Harry me puxou pela cintura. – Mas eu tenho certeza que é. – Fez um carinho em meu rosto, que me fez sorrir.

POV

- Vira, Louis! – Mandei enquanto colocava o copo em sua mão.
Ele me olhou divertido e fiz o que pedi.
- Uhhhh!!!! – As pessoas a nossa volta gritaram.
Comecei a rir feito louca. O nível de álcool no meu sangue já era mais do que o necessário para me deixar mais do que animada.
- Vem! Vamos pra pista. – Puxei Lou comigo.
- Desse jeito você vai me fazer vomitar. Só faz me puxar de um lado para o outro.
- Posso deixar a gente parado por um tempo aqui. – Sorri maliciosa.
Ele se aproximou, já com a mão em minha cintura. Encarei seus olhos, que aquela altura e devido à luz, ficava difícil de enxergar.
- Você é ótimo, Tommo. Principalmente dançando comigo. – O puxei mais pra mim. – E fazendo outra coisa também. – Sussurrei essa última parte em seu ouvido.
Ele sorriu, aproximando seus lábios do meu. Senti sua boca roçar na minha, mas ele não aprofundou. Arranhei sua nuca levemente, o vendo arrepiar. Louis desceu seus lábios para meu pescoço, onde depositou chupões e beijos. Fechei meus olhos, logo sentindo sua boca em contato com a minha. Minhas mãos foram imediatamente para seus cabelos, os bagunçando.
Eu pedi passagem para aprofundar o beijo e ele cedeu. Suas mãos me apertavam mais contra si enquanto eu me deliciava com seu aroma e com a sensação de sentir seus lábios contra os meus. Eu não conseguia explicar o estado em que ele conseguia me deixar, tão vulnerável a si.
Meu Deus, com cada beijo eu ficava mais certa de querer mais e mais... Não sabia o que me prendia tanto a ele. Não costumo me apegar muito às pessoas. Costumo me enjoar delas quando fico mais de uma vez, mas com ele... A única coisa que queria era que não tivesse fim.
Cortei o beijo, puxando seu lábio inferior levemente. Abri meus olhos vagarosamente, ainda sentindo suas mãos se mantendo firmes em minha cintura.
- Como deixamos tanto tempo passar para nos beijarmos? – Ele me perguntou.
- Você estava ocupado demais arrumando desculpa, ao invés de me agarrar. – Falei sem ao menos raciocinar.
- E eu acho que a bebida já está te fazendo ficar mais que louca.
- Assim que é bom. – Ri. – E eu acho que você deveria dançar mais comigo, ao invés de ficar prestando atenção nisso.
- É...? – Ele me soltou para que pudéssemos dançar.
Depositei um selinho em seus lábios, até que comecei a me movimentar de acordo com o ritmo da música. Lou me acompanhava em meus passos, enquanto as pessoas ao nosso lado nos olhavam de vez enquanto, impressionados com nossa sintonia.
Passei meus braços pelo pescoço do meu acompanhante, o puxando mais para mim, até senti-lo bem próximo.
- Desse jeito vamos expulsar todos da pista de dança.
Comecei a rir com seu comentário.
- Fazer o que se dançamos bem? Se você não fosse cantor, seria dançarino?
Foi a vez dele de rir.
- Se fosse para um show de comédia, quem sabe?!
Bati em seu peitoral de leve e ele sorriu sexy, me fazendo morder o lábio inferior.
E que comece o jogo de sedução.

POV Liam

- Obrigada por... – Ela me encarou. – Meu Deus, você se machucou!
Passei a mão em cima de onde sentia uma ardência, o que me fez reclamar de dor.
- É melhor irmos para o hotel. – Falou preocupada.
- Não... Está tudo bem. – Sorri. – Você está bem?
- Eu? Você quem brigou e me pergunta se estou bem?
- Não sei se lembra, mas eu briguei porque um cara estava te agarrando, contra sua vontade.
abaixou a cabeça, envergonhada.
- É melhor voltarmos para o hotel. Não fica tão longe assim. – Ela passou a mãos na bochecha, que continha uma lágrima.
- Você... Não chore. – Segurei seu rosto.
- Acho que tenho um band-aid para colocar ai. – Tentou mudar de assunto.
- Pare de se preocupar com isso, não é nada.
- Desculpe, não posso. Eu que provoquei isso. – apontou para meu machucado acima da sobrancelha.
- Se formos para o hotel, e você cuidar disso, para de se sentir culpada?
- Prometo.
- Então vamos.
A puxei e seguimos na direção certa. Andamos lado a lado sem pronunciarmos nada. Era perceptível que ela não queria falar. Estava presa demais em seu próprio mundo. Não sabia o que aquele menino tinha feito, mas podia ver que ela não o tinha acabado de conhecer.
Não demorou para que adentrássemos o hotel e seguimos para o meu quarto.
- Pode entrar. – Abri a porta.
- O quarto está muito arrumado para você e o Zayn. – Falou indo até o banheiro, onde voltou com um kit de primeiros socorros.
- E esperava o que? Roupas no chão, cueca para todo lado, malas desarrumadas?
- Por ai. – veio até mim com a pequena maleta.
Ela a abriu, pegando um algodão e o antisséptico. molhou o algodão no antisséptico e aproximou a mão do meu rosto.
- ... – Ela me olhou, mas eu não continuei a frase.
voltou a aproximar o algodão do meu rosto com cuidado, o limpando.
- Ah...! – Reclamei com a ardência.
Ela riu.
- Fica quieto que termino já.
A medida que ela ia tendo progresso, eu ia relaxando e voltando o olhar na sua direção, pesando meus olhos sobre ela.
- Pronto. Nem deu trabalho. – Falou, colocando o band-aid.
Levei minha mão até a sua devagar, segurando a mesma, a fazendo prestar atenção nos meus olhos.
- Eu vou guardar isso. – Ela desviou o olhar do meu, puxando sua mão para pegar a maleta.
Olhei para seus pulsos.
- O que foi isso? – Peguei sua outra mão delicadamente, mostrando seu pulso roxo.
- Deve ter sido quando o Victor segurou muito forte minha mão. – Esfregou o local.
- Você o conhecia? – Perguntei para tirar a dúvida.
- Sim. – Ela levou a maleta até o banheiro. – Ele era meu ex.
- Por isso vocês ficaram animadas para virem para cá?
- O que? Não! O Victor não é daqui. Ele é de Londres. – foi para a sacada.
- E o que ele estava fazendo aqui? – A segui.
- Não sei. – Encostou-se à varanda de vidro. – Só espero não encontrá-lo novamente.
- Ele não vai mais encostar em você, pelo menos não enquanto eu estiver aqui. – Peguei sua mão.
- Liam, se não fosse você... Eu não sei se conseguiria ter feito ele me largar.
- Tudo bem. Não pensa mais nisso.
- Desculpa. Eu havia te comparado com ele. Eu sou uma idiota. Desculpa. Ele não chega nem aos seus pés. – Ela não me encarava.
- Então quer dizer que você mudou de ideia?
- Nossa! Faz tempo! Desde a sua lição de moral. – Ela riu. – Você é completamente diferente do que eu imaginava. Agora tenho certeza disso. A garota que tiver você vai ter sorte.

POV

Ele sorriu, e eu senti minhas bochechas corarem. Eu tinha deixado aquilo escapar mesmo?
- Porque você ficou com aquele babaca?
Suspirei.
- É difícil. É algo que tentei esquecer, e que sequer contei aos meus pais. Ou a qualquer pessoa, a não ser as meninas. – Fechei os olhos sentindo lágrimas descerem de minha face. – Ele é um cretino! Depois de tudo que fez, vem dizer que quer voltar, que me ama, que eu vou ser novamente dele. E pra quê? Só pra conseguir mais uma marca de virgem na madeira?! – Eu já falava embargada pelo choro.
- Ei, não chora. Ele não merece isso. – Liam passou o dedo em meu rosto, limpando minhas lágrimas.
- Eu sou igual a ele. Eu queria fazer o mesmo com você, sabendo o final da história.
- Ei... Não iria não. Te conheço ao ponto de saber que não o faria, você é melhor que isso. Só estava machucada.
Suspire.

(Clique aqui para a música começar)

- Quando eu era menor, sempre passava as férias com meus avôs, em Londres, mas no ano em que completei 15 anos, conheci o Victor. O filho de um casal de amigos dos meus avôs. Charmoso, encantador, o “príncipe encantado”. – Fechei meus olhos, reunindo forças para continuar. – Sempre nos víamos e ele sempre puxava assunto comigo, eu nunca dei muita corda, mesmo o achando lindo, porém, um dia em um jantar em sua casa, ele me chamou para conversar. Combinamos de conhecer seus amigos no outro dia, e lá eu diria que não tinha como sermos mais que amigos. Ninguém apareceu além dele. Quando dei por mim, naquela tarde estava tendo um encontro romântico. Depois de mais alguns e ele sendo o príncipe que qualquer menina de 15 anos ia querer, me chamou para conversar.

Flashback ON:
- E então? – O encarei.
Ele sorria.
- Victor... Vai falar? – Ele desviou o olhar para o chão.
– Eu te amo, . – falou, ainda fitando o chão. Olhei-o, assustada.
– Como assim você me ama? – hesitei. – Deve estar confundindo as coisas. – Me levantei. – Talvez seja melhor eu ir embora. – Tentei sair.
Mas, antes que eu o fizesse, ele se levantou e me puxou, fazendo-me ir ao encontro de seu corpo. E, antes que pudesse protestar, ele me beijou. Um beijo calmo, mas que não representava nada. Pelo menos não ainda.
– Eu disse que te amo, e não menti. – falou, cortando o beijo, me deixando sem nenhuma ação.
- Eu não...
- Me dê uma chance. Só uma, para te fazer me amar. – Me interrompeu.
- Tudo bem. – Sorri, o vendo se aproximar de mim.
Flashback OFF:

- Depois disso, começamos a “namorar” escondido. Não era para ninguém saber. Eu, tonta, acreditava que ele de fato me amava e logo me apaixonei. Estaria disposta a tudo.

Flashback ON:
- Para... Alguém pode nos ver. – Eu ria, enquanto ele depositava beijos em meu pescoço.
- Eu te amo. Você sabia disso? – Victor parou, me analisando.
- Sei sim. Você sempre diz isso. – Sorri para ele.
- Porque é verdade. Mas você não me ama. – Ele me aproximou mais de si.
- Porque diz isso? Eu te amo, só não declaro a todo instante como você. – Eu lhe dei um selinho.
- Se me ama, me prova. – Victor me soltou.
- Como? Que prova você quer?
- Amanhã quero te fazer uma surpresa. – Ele sorriu lindamente. – Quando você chegar a minha casa vai saber do que estou falando.
- Mas em que isso vai demonstrar meu amor por você?
- Você vai ver. – Victor me deu um selinho.
Flashback OFF:

- No dia seguinte, como marcado, fui até a casa dele mais cedo do que o planejado. Queria fazer uma surpresa, mas isso quem teve fui eu.

Flashback ON:
Entrei na casa do Victor calmamente. A mãe dele disse que ele estaria no quarto com uns amigos. Finalmente eu os conheceria.
Subi as escadas sem fazer qualquer barulho, parando na frente da porta entre aberta de seu quarto, ao escutar a conversa.
- Você já conseguiu?
- Não, mas de hoje não passa. – Ele riu. – Ela vem aqui em casa. Faz exatamente um mês de namoro, e adivinhe quem vai arrumar tudo para fazer o que bem entender? – Ele ria com gosto.
Escutei seus amigos rirem.
- Digamos que a virgenzinha hoje será minha. – Ele riu.
Senti meu rosto arder com a raiva que tinha invadido meu corpo. Empurrei a porta, vendo os ali presentes me encararem surpresos.

(...)

Desci as escadas apresada, só querendo sair dali. Mas assim que cheguei ao fim da escadaria, ele segurou meu braço.
– Me solta! Você está me machucando! – Gritei, sentindo lágrimas escorrerem dos meus olhos. – Não! Primeiro você vai me escutar! – Ele estava alterando a voz.
– Eu não tenho mais nada para falar com você! – Falei, tentando soltar meu braço de sua mão, que o apertava cada vez mais.
– Não é o que você está pensando. – Disse, apertando mais meu braço.
– Me deixa em paz! Eu não pensei. Eu vi e ouvi!
– Não é mais a mesma coisa, ... Eu... Eu agora te amo.
– Me solta! Eu te odeio! Tenho nojo de você! Como tem coragem de continuar mentindo? – Tentei me soltar.
– Você não entende! – Ele finalmente me largou.
– Nunca mais fala comigo. Me esquece, para sempre. – Falei, abrindo a porta e saindo o mais rápido que podia.
Flashback OFF:

- Depois dali, prometi a mim mesma não voltar a Londres nunca mais. Até que meus pais praticamente me jogaram dentro de um avião, dois anos depois. – Lágrimas encharcavam meus olhos. – Pensei que, depois de anos, ele me deixaria em paz. Mas isso não aconteceu. Hoje foi uma prova disso. Só queria que me esquecesse. Já faz dois anos! Ele não tem outras garotas para comer, não?! – Encarei o garoto a minha frente, que estava tenso pela raiva.
Passei a mão em seu braço, tentando amenizar aquilo.
- Sinto muito. – Finalmente falou.
- Você não tem que se desculpar. Você não fez nada.
- Se quiser, ainda posso matá-lo.
Sorri.
- Não será preciso. Você é mais que isso. Além do que, acho que depois de hoje, ele vai me deixar em paz.
- Se não tiver entendido, eu mesmo me encarrego de fazer com que entenda.
- Obrigada. Por tudo.
- Você só precisa de alguém para cuidar de você. Como qualquer garota. – Ele fez um carinho em meu rosto. – E eu estou aqui pra isso.
Sorri com aquela constatação.

POV Zayn

- Cadê aqueles dois? – perguntou, meio estressada.
- saiu e estava demorando, ai Liam foi atrás dela e não voltaram.
- Será que eles não voltaram para o hotel? – Niall questionou.
- Não é do feitio deles deixarem os filhos aqui. – Falei.
- Quem sabe eles não estão fazendo é outra coisa? – Harry sorriu malicioso.
- e Payne? – se soltou do Hazza.
- Está por fora... Eles estão super bem. Atrevo-me a dizer que mais alguns dias e ela para com a paranoia do Victor. – comentou.
- A gente volta para o hotel e, se eles não estiverem lá, vemos o que podemos fazer. – Louis deu a ideia.
Todos concordaram e entramos no carro. Desta vez Styles dirigiu, o que nos fez chegar mais rápido. Acho que também tinha a ver com a hora sem trânsito.
Passamos pelo hall, indo direto para o elevador. Ficamos em silêncio, devido ao pedido do recepcionista. Deixei minha namorada em seu quarto e subi para o meu.
Percebi que a luz estava acesa e, assim que abri, encontrei meu amigo deitado em sua cama.
- Você aqui e a gente te esperando lá.
- Foi mal. – Ele se virou para mim.
O encarei. Ele tinha um certo inchaço no rosto. Sem falar no band-aid que tinha em seu rosto.
- Andou entrando em briga, cara?
- Mais ou menos isso.
O encarei, incrédulo.
- Liam Payne brigando? O que te fez fazer isso?
- Um babaca que agarrou a a força.
- Ainda bem que você estava por perto. Se fosse com a , eu teria matado o sujeito. Assim como com qualquer uma das meninas. Mas ela está bem?
- Aham.
- Você gosta dela né, dude? – Me deitei em minha cama.
- Também gosto das outras meninas, Zayn.
- Você entendeu, Payne. E sabe que é verdade, caso contrário, não desconversaria.
- Você tem que dormir, Zaza. Está com tanta bebida no sangue, que está vendo coisa que não existe.
Aham, tá bom. E você acha que caiu nessa?

(...)


Acordei com o Liam me chamando.
- Daddy, me deixa... – Coloquei meu travesseiro em minha cabeça.
- Zayn, a gente vai para o Backbone Trail.
- Sério que você quer ir?
- Se não quisesse, não tinha proposto. E acho melhor você tomar logo seu banho, porque as meninas já ligaram.
Esfreguei os olhos, ainda sonolento. Levantei-me, sem nenhuma vontade existente e fui ao banheiro, onde tomei um banho quente, que serviu para levar ralo abaixo a ressaca de ontem.
Assim que terminei de me trocar, descemos para o hall para encontrar todos.
- Ô coisa inteligente. Como vamos fazer uma trilha sem equipamento? – questionava a amiga.
- A gente passa em uma loja e compra. Acho que só vamos precisar de garrafa, porque tem um guia para gente lá, então... – Liam se pronunciou ao meu lado.
- De qualquer forma, vamos logo, antes que algum de nós desista. A gente toma o café na ida. – Dei a ideia.
Todos concordaram e seguimos para o carro. A primeira parada foi em uma loja de conveniência, onde compramos algo para comer e o que precisaríamos para a trilha. Com mais algumas horas, chegamos ao Backbone Trail. Optamos pela trilha e, com um guia, começamos nossa caminhada.
O tempo foi ótimo e tivemos uma brisa fresca, por isso tornou mais fácil o percurso, mesmo ele tendo uma grande variedade de níveis e terreno irregulares. Mas não há nada como as vistas do topo e o caminho até lá. Mesmo cansativo, alguns dos melhores atributos da trilha são a única pista, que parece ser bem cuidada, a vida selvagem que você pode ver. Tivemos a sorte de encontrar coyotes e bobcat, o que, de fato não pretendíamos, mas valeu mais que a pena.

POV Niall

Depois de passar o dia andando, decidimos ficar no hotel e descansar um pouco. Provavelmente não sairíamos esta noite. Amanhã voltaríamos cedo e, para não nos atrasarmos, decidimos ficar por aqui e arrumar algo para fazer.
- Hum... Meu irmão quer te conhecer, mas como você vai viajar, não vai poder ir para o jantar lá em casa.
- Ele vai passar a semana?
Ela assentiu.
- Eu ainda volto essa semana, então você me apresenta a ele. – Depositei um beijo no topo de sua cabeça.
- Tudo bem, eu aviso ao Jack. Assim ele vê que está errado, que eu sei escolher bem meu namorado.
- Ele disse que você não sabia?
- Alguma coisa a ver com o Lucas.
Senti meu corpo enrijecer.
- Lucas, é? Que eu me lembre, você ainda não me explicou.
Ela sorriu, como se quisesse fugir da conversa.
- É só... Meu ex. – Ela depositou um selinho em meus lábios.
- Isso eu já imaginava. Vocês terminaram há muito tempo?
- Niall... Não quero falar sobre ele.
- Quanto tempo, ?
- Sério que você quer falar do meu ex? – Ela se levantou.
- Não... – A puxei de volta para mim. – Eu não gosto da ideia dele ainda gostar de você.
- Mas eu não gosto dele. E, se ele gostasse de mim, não tinha feito o que fez. Agora é tarde, eu estou com você. Se eu o quisesse, já tinha voltado com ele, mas eu gosto de você, Niall.
- Eu sei. – Depositei um selinho em seus lábios. – Por isso que te amo.
sorriu enquanto depositava um beijo em meus lábios, que logo foi aprofundado pela mesma. Suas mãos foram para minha nuca, me puxando mais para ela, enquanto as minhas foram para sua cintura, a segurando. Logo o beijo calmo começou a se tornar mais quente e veros, e antes que eu percebesse, já me encontrava em cima de , a prendendo entre mim e a cama.
Desci com meus beijos para seu pescoço, onde depositei alguns chupões, enquanto a via de olhos fechados, aproveitando a sensação. As mãos da minha namorada subiram para meus cabelos, o bagunçando. Minhas mãos deslizaram pelo seu corpo, parando na barra de sua blusa. percorreu com suas unhas minhas costas ainda cobertas, parando na barra de minha camisa, onde a arrancou.
Encaramos-nos por um pequeno tempo, até que eu voltei a beijar seus lábios enquanto minha mão fazia um carinho em seu rosto. Nosso beijo se tornava algo apresado e ofegante. Desci minha mão tirando sua blusa e repousando minha mão sobre seu seio ainda coberto.
deixou um pequeno gemido escapar de seus lábios enquanto eu voltava a beijar seu colo, pescoço e boca. Minha mão percorreu suas costas parando no fecho de seu sutiã, o abrindo.
Minha namorada me afastou dela, antes que eu pudesse tirar a peça.
- Desculpe, Niall, mas... Eu ainda não estou pronta, sinto muito. – falou ,recolocando o fecho do sutiã.
- Tudo bem, meu amor. – Depositei um beijo em seus lábios. – Eu não te falei que te amava para te induzir a fazer isso, .
- Eu sei. – Ela se aconchegou em mim. – É só que... Eu te amo, Niall, e tenho certeza disso, mas não acho que esteja pronta ainda.
- Eu sei, linda. Eu não vou te apresar, quando for pra acontecer, vai. – Depositei um beijo em seu rosto.
Ela se deitou com a cabeça em meu peito e ficamos ali em silêncio, só aproveitando a companhia um do outro, enquanto fazíamos caricias.

POV

Desembarcamos finalmente após algumas horas de voo. Enquanto percorríamos para o carro, onde o Paul já estaria, entrelacei minha mão com a do Zayn. Não havia fãs, já que ainda era madrugada e absolutamente ninguém sabia que voltaríamos hoje.
Amanhã ele e os garotos iriam viajar, voltariam antes do fim da semana, mas eu não sabia o que esperar. Agora eu estava namorando com Malik e teria que contar a Melody, que iria surtar (confesso não saber se de uma forma boa ou ruim) e aos meus pais.
Minha mãe eu tenho certeza que vai me apoiar, mas meu pai... Eu não sabia. Depois do meu rompimento com Steven (que, a propósito, não sei o que fez da vida) e nossa briga, nada tinha voltado a ser como antes. Só acho que ele não entende que sua garotinha cresceu.
Suspirei.
- No que pensa tanto? – Meu namorado depositou um beijo no topo da minha cabeça.
- Nada demais. – Sorri.
- Tchau, casal. – colocou a cabeça no meio do nosso banco.
- Tchau, amiga. – Falei, levantando a vista.
- Tchau, .
saiu da van se despedindo de todos.
- Tchau, meninas. E boa viagem, meninos, caso a gente não se veja antes. – se despediu descendo logo após a .
- Tchau. – Falamos em uníssono.
As esperamos entrar em casa para podermos seguir pra minha casa.
- O que acha de quando eu voltar, irmos jantar fora?
- Você tem certeza que é uma boa ideia?
- , a gente agora namora, não tem pra que ficar escondendo nada. O que a gente tem é sério e não vai ser todo mundo que vai concordar, mas, se a gente quiser, os outros não importam.
Suspirei.
- Você tem razão. É que... Preocupo-me com sua carreira.
- Fica tranquila, tá?! Não vai afeta em nada. As directioners brigam, falam, reclamam, mas no fundo só querem a nossa felicidade.
- , vamos? – me chamou, me fazendo notar que havíamos chegado.
- Aham. – Olhei para Zayn. – Nos vemos quando você voltar. – Depositei um beijo em seus lábios.
- Eu te ligo.
- Vou esperar. - Me levantei para sair. – Tchau, . Tchau, meninos.
- Tchau. – Nos despedimos.
- Tchau, Paul. – Falei, pegando minhas bolsas.
- Tchau, garota, e se cuida.
Sorri.
- Pode deixar.
Fui com a até o nosso prédio, onde ela abriu o portão.
- “Você está apaixonada pelo Zayn?” “Não.” – Minha amiga imitou a conversa do jogo Verdade ou Consequência.
- Cala a boca. – Falei, subindo as escadas. – E você? “Eu não gosto do Harry!” é bem eu que estou me pegando com ele.
riu.
- Eu nunca tinha visto a gente tão feliz ao mesmo tempo, . Todas nós. Sinto que, ao conhecermos esses meninos, ganhamos um futuro apaixonante.
- Olha o conto de fadas ai... Mas é verdade. Até a ! E a está dando uma chance ao Payne. Adeus Victor! – Entramos em casa.
- Adeus Lucas, Zack, Steven e os outros do nosso passado nada perfeito. – se jogou no sofá.
- Já está assim pelo Hazza, é?
- Estou assim pela vida. Eu gosto dele, sabe? Estou deixando rolar, amiga.
- Ele te fará muito feliz, . Apesar da má fama dele, tenho a plena certeza que ele, quando gosta de uma mulher de verdade, cuida.
- Assim espero. – Ela se sentou. – Mas eu ando percebendo que você está meio receosa com seu namoro.
- Não é isso. Eu tenho certeza que é certo, mas tenho um pouco de medo das consequências.
- Amiga, não vai ser fácil. Nunca é, mas se não valesse a pena, você não tinha embarcado nessa.
- Verdade, amiga. – Me joguei ao seu lado. – O importante é que estou feliz, né?! Disso eu não tenho dúvida.

POV

Peguei o resto do meu material e desci apresada pelas escadas, indo direto para a mesa.
- Já acordada? – Meu pai se surpreendeu.
- Hoje começa meu curso de fotografia. – Coloquei um copo de suco de laranja.
- Mas você vai está aqui no almoço, né?!
- Não tenho certeza, mãe. Eu não sei como vai ser lá. – Falei, pegando uma torrada.
- Seu irmão vai chegar para almoçar, esteja aqui.
- Vou ver se dá. – Terminei meu suco. – Agora tenho que ir, antes que chegue atrasada no primeiro dia.
- Toma café direito, menina!
- Não tenho como, pai. – Peguei minha bolsa. – Beijo!
Sai indo direto para a garagem. Entrei no carro, dando partida no mesmo. As ruas de Londres estavam mais que movimentadas. Claro, era horário das pessoas irem trabalhar.
Mais ruas, semáforos, pedestres... Sempre a mesma coisa na movimentada Londres. Estacionei o carro no estacionamento e desci. Peguei minhas coisas e segui para o interior do prédio. Passei direto para a recepção, encontrando uma mulher de cabelos ruivos volumosos, pele branca, como uma devida britânica que não pega sol, e olhos azuis.
- Com licença. Onde fica a sala do curso de fotografia?
Ela me olhou.
- No próximo corredor à esquerda.
- Obrigada. – Agradeci enquanto seguia para onde tinha sido designada.
Abri a primeira porta que encontrei. Só se tinha os alunos e isso me fez ficar aliviada. Sentei em uma das carteiras, analisando o ambiente.
- Hey... – Olhei para a menina que permanecia ao meu lado. – Sou Marry.
- . – Sorri.
- Eu esperava que no primeiro dia fosse ver do que somos capazes.
- Acho que primeiro vai ser teórico.
- E o que aprender? Como colocar a lente da câmera sem praticar?
- Acho que é algo com captar melhor a luz... Essas coisas. – Fui sincera.
- Já fazendo amizade, Marry? – Um garoto de cabelos pretos se aproximou.
Seu corpo atlético me chamou atenção para seus ombros largos.
- Sempre, Make. , esse é o Make. Mas não se encanta com o rostinho não, é mais safado do que deixa transparecer.
- Já queimando meu filme com a gata?!
Ri.
- Desculpa, Make, mas sou comprometida. Porém, acho que tem muitas gatas solteiras nessa sala.
- Que pena, linda. – Ele se sentou em uma carteira a minha frente. – Do que estavam falando?
- Futuras aulas. – Respondi.
- Vai me dizer que você é aquele tipo de nerd feito a Marry?
- Cala a boca. – Marry bateu em seu braço.
- Não, não. Só estudo. E você é o tipo pegador, galinha, bad boy?
- É isso ai. – Marry confirmou.
- Então acho que vou ficar bem longe de você, Make.
- Assim eu me apaixono. – Depositou um beijo em minha bochecha.
- Epa! Já no primeiro dia de aula? – O professor falou entrando. – Sai daí, rapaz.
Todos da sala olharam para a gente e tenho certeza que corei de vergonha.
- Minha gata, professor. – Make se levantou voltando para seu lugar.
- Com certeza – Ironizei.
- Essa daí me ama. – Mandou um beijo no ar para mim.
- Acho que temos um casal na sala... – O professor brincou.
Tenho certeza que naquele momento fiquei roxa de vergonha com todos da sala rindo e fazendo baderna.
- Eu tenho namorado e não é ele. – Deixei bem claro.
- Então perdeu, rapaz.
Mais risos.
- Liga não, . Ele é lesado assim. Já, já se acostuma. – Marry me tranquilizou.
- Ok. Já podem prestar atenção aqui. Sou Sr. Darnell. Timothy Darnell. Vou ser o novo professor de vocês, junto com o Sr. Clausen. Nós dividiremos a matéria. Aprenderei o nome de vocês com o passar do curso e no final do ano pretendo ter decorado todos. – A sala se encheu de riso. – Agora, vamos à aula.
Alguma coisa me dizia que eu já ia amar aquele professor e nada melhor que no primeiro dia, no primeiro segundo, arrumar dois amigos. Tudo bem que o Make tem lá as brincadeiras dele, mas eu sei que não passam disso. E a Marry... Alguma coisa me diz que seremos ótimas amigas. Contudo, sei que meu futuro neste curso é promissor. Era o que me restava para me ajudar na faculdade que pretendo cursar, e com o diploma que vou receber daqui, ficará mais fácil de entrar em uma boa faculdade e ter um bom emprego. O futuro estava tão próximo...

POV Louis

- E na quinta vocês já podem voltar.
Assentimos, enquanto escutávamos a nossa agenda. Iríamos para Nova York, onde faríamos um show amanhã mesmo, na quarta teríamos entrevistas em alguns programas, rádios e para a noite termos o último show e na madrugada de quinta voltaríamos. - Então basicamente é a mesma coisa de sempre? – Questionei.
- Isso mesmo, Louis.
- Mas e quanto ao meu namoro com a ? Há algum problema? – Zayn estava com a postura rígida, pronto para protestar, se algo não saísse como ele queria.
- Pelos planos que tenho agora, não. Depois do lançamento do Take Me Home eu vou querer uma postura mais seria. O que o papel de vocês dois estarem namorando da certo.
Malik assentiu.
- Mas alguma dúvida, garotos? Se não, já podem se retirar. Tenho outra reunião.
Levantei-me, assim como meus parceiros de banda.
- Não façam nada que vão se arrepender depois.
- Pode deixar. – Falamos em uníssono.
Saímos da sala, indo direto para o elevador.
- Garotos, esperem! – John, o assistente do nosso empresário, apareceu gritando.
Interrompi as portas do elevador de fechar para ele poder entrar.
- Garotos, o clipe Live Were Yong sai hoje, as 17:00h. Conseguimos deixar tudo pronto. Agora é só postar na conta da VEVO de vocês e esperar suas fãs fazerem mágica. Ah! E não esqueçam de divulgar.
As portas do elevador se abriram e ele saiu correndo.
- Só eu que acho esse homem meio estranho? – Niall foi o primeiro a sair do elevador.
- Não. – Malik confirmou. – Mas o nosso clipe sai hoje e a gente tem que divulgar, então vocês que entram com mais frequência podem fazer isso.
- Enquanto você e o Louis morrem. – Liam se pronunciou.
- Esse é o sentido do mistério. – Falei.
- Acho que elas não veem mistério nenhum nisso. – Harry comentou.
- Ai é que está! Mais cedo ou tarde elas vão entender.
- Ou Lou enlouqueceu, ou ele está dando um de artista não compreendido. – Hazza tirou sarro.
- Você ainda não tinha percebido que louco ele já é?
- Há, há, Payne. Vocês que não vivem a essência da vida. – Fiz uma pausa. – Agora, falando sério. Porque não gravamos um vídeo com uma das músicas do Take Me Home sem que as meninas saibam que seja dele, e postamos com uma parte de uma dança que inventemos?
- Dançar, estou fora! – Zaza levantou os braços.
- Qual é... – Protestei.
- Hoje não, né? Se você fizer isso, mais o clipe que vai ser lançado, elas vão enlouquecer. – Nialler analisou.
- Porque não deixamos para um dia morgado, que não tenha nada para fazer? Porque assim anima elas um pouco. Não no dia de um clipe, que os nervos delas já estão à flor da pele. – Daddy comentou.
- É, pode ser. Acho que fica melhor assim. – Falei entrando na van.
- E essa conversa toda é pra que mesmo? – Paul falou, dando partida.
- Surpresa para as directioners. – Respondi.
- Desde que não seja surpresa para gente, podem fazer o que quiserem.
- Fica tranquilo, Paul. Quando formos fazer, pode até ser que vocês gostem. – Styles sorriu.
- É disso que tenho medo. Vocês pensando em algo, na maioria das vezes eu me ferro.
- Que nada, Paul. A gente não faz nada demais. – Zayn fez a cara de quem apronta.
- Imagina se fizessem...
- Fica tranquilo. Parece que não confia na gente.
- E você acha que ele já não sabe do que a gente é capaz, Liam?
- Por isso mesmo, Niall. – Paul respondeu. – Só não me arrumem uma bagunça. Espero que as namoradas e amigas de vocês coloquem juízo nas suas cabeças.
- Ai é que se engana... – Deixei escapar enquanto minha mente devaneava para minhas questões inacabadas.

POV Harry

- Hey! Acabei de ver seu novo clipe. – falou animada.
- E o que achou?
- Que você quer ser hetero a força. – Ela começou a rir.
Revirei os olhos.
- Posso te mostrar novamente quem é hetero aqui.
- Não precisa. – Podia a vê mordendo o lábio inferior. – Na verdade, vocês ficaram ótimos.
- Eu sei...
- Já está se achando demais, Styles.
- Adoro quando você me chama de Styles.
Ela começou a rir.
- Você é lesado, isso sim.
- Então só me ligou pra me xingar?
- Não. Eu vim te parabenizar pelo seu clipe, e avisa aos meninos que ficou ótimo.
- Tudo bem.
- Haroldo está mandando beijo.
- Você ainda o tem? Nunca mais tinha falado nele.
- Claro que tenho. Ele é meu baby, se não falo nele porque é meio estranho ficar falando de um hamster. Mas ele sempre fica aqui. Ele acabou de chegar do pet shop.
- E porque ele foi para lá?
- A gente estava viajando e tive que deixar ele em algum canto.
- Ah sim.
- Não quer fazer algo? Sei que vai viajar amanhã cedo, mas é que ainda é de tarde...
- Eu sei que você ama a minha companhia. – A interrompi.
- Você não me deixou terminar. – Suspirou. – E eu não tenho nada melhor para fazer.
- Sendo assim...
- Vamos, Harry...
- Só se eu ganhar alguma coisa com isso.
- Achei que minha companhia era mais que essencial, mas já vi que não. O que você quer?
- Na verdade, sua companhia é indispensável para fazer o que eu quero. Mas você não vai fazer, então...
- Seu tarado, que tal a gente ir jogar boliche?
- Pra eu ganhar de você? Claro.
- Vai sonhando... Eu te espero daqui a meia hora.
- Estarei ai. – Desliguei.
Ligação OFF:

Joguei o celular na cama e fui ao banheiro, onde tomei uma ducha rápida. Peguei uma calça jeans e uma camisa branca. Calcei meus sapatos e desci, pegando a chave do carro.
- Não chega tarde! – Liam gritou da cozinha.
- Pode deixar!
Sai de casa indo direto para o carro. Dei partida e em meia hora cheguei a casa dela.

“Estou aqui em baixo. - Harry”


Mandei uma mensagem para ela e logo estava saindo pelo portão do prédio. Ela estava mais linda que nunca.
- Preparado para perder, Harry? – Falou, entrando no carro.
- Eu não tenho tanta certeza disso.
Ela sorriu.
- Você está linda.
- Obrigada. – Suas bochechas tomaram um leve tom rosado.

(...)


- Você perdeu! Admita!
- Cala a boca, Hazza! Foi só... Só...
- Aceita e pronto.
- Até parece que eu vou aceitar... – Falou, bebericando o seu suco.
- Mal perdedora, que tal a gente voltar para sua casa?
- Achei que você tinha que chegar cedo para viajar?!
- E tenho, mas não é tarde ainda e lá a gente pode ficar mais a vontade.
- Eu sei o que você quer dizer com mais a vontade. – Falou, tomando o resto do seu suco. – Mas vamos. E vai me deixar na minha casa e você vai pra sua.
- Já querendo estragar a brincadeira? – Me aproximei dela.
- É isso ai. – se levantou da mesa. – Vamos?
Me levantei, colocando o dinheiro da conta em cima da mesa.
- Vamos.
estava me desafiando. E eu adorava aquilo. Andamos até o carro, enquanto eu prestava atenção se não tinha nenhum paparazzi à vista. Entrei no carro, dando partida. Olhei para a minha acompanhante e ela olhava para a janela, como se estivesse olhando para além dela.
- O que olha tanto?
- Nada. – olhou para mim e logo desviou para o controle de som do carro, o ligando.
Enquanto ela trocava as estações de rádio, voltei a prestar atenção na rua, até que ela começou a estralar os dedos com a batida da música.
A olhei de rabo de olho e ela tinha um sorriso divertido nos lábios. Foi quando eu percebi de qual música se tratava. Tonight (I'm Lovin' You).
- Sua música, Styles. – Ela sorriu desafiadora.
- Se quiser, a gente faz tudo que tem na letra.
- Quando eu digo que você é tarado, você é.
Sorri cafajeste para ela enquanto estacionava o carro. se virou para mim, me encarando. Aproximei-me dela, colocando uma mão em sua cintura enquanto a puxava mais para mim. Rocei meus lábios nos seus antes de começarmos um beijo calmo, que após ser aprofundado, tomou outra proporção. Minha mão deslizou de sua cintura para sua coxa, a apertando, enquanto eu a senti morder levemente meu lábio inferior, cortando o beijo.
- É melhor eu subir. Manda um abraço para os garotos e espero que tenham uma boa viajem.
- Eu aviso sim. – Depositei um selinho em seus lábios.
- Nos vemos na sua volta.
- Mal posso esperar.
voltou a selar nossos lábios com um beijo calmo, que incrivelmente manteve aquela proporção.
- Obrigada pela tarde/noite. – Cortou o beijo.
Antes de sair do carro, ela mordeu o lábio inferior de uma forma sexy e saiu, logo entrando em seu prédio. Dei partida no carro saindo dali. Mal posso esperar para quando eu voltar.

POV

Estava deitada em minha cama pensando na vida, quando minha avó adentrou o quarto.
- Me empresta seu celular? Não estou conseguindo falar com sua mãe do meu.
- Claro. Pega. – Destravei, entregando a ela.
- Odeio esses negócios desse tamanho. Qual a dificuldade de ter um troço menor?
Sorri achando a cena engraçada.
- , eu me atrapalhei toda agora. Estou ligando pra alguém. – Ela me entregou o celular.
Olhei para o visor vendo que ligava para Liam. Merda. Deslizei o dedo para desligar, mas já era tarde, ele tinha atendido na mesma hora em que desliguei.
- Mulher, nossa filha está ligando. – Meu avô gritou.
- Finalmente! Desculpa, , eu preciso falar com sua mãe. – Falou saindo.
Ai Deus... Essa era minha avó. Senti o celular vibrar, me arrancando de meus devaneios. O olhei e vi o número do Payne em seu visor. Estremeci. Droga! Ele pensaria que fiz de propósito. Que nem aquelas meninas que querem que o cara ligue e fingem ter esbarrado no número dele. Mas não teria porque ele pensar isso. Teria? Peguei meu celular atendendo.

Ligação ON:
- Alô? - Tentei parecer da forma mais surpresa do mundo.
- ? Você tinha ligado para mim...?
- Ah... Desculpa. Minha avó pegou meu celular e acabou ligando para você por engano.
- Tudo bem. – Ele pareceu ligeiramente desanimado.
- Vocês viajam amanhã?
- Esse é o plano. Logo cedo. Já estava deitado e tudo.
- Ah. Então eu vou desligar, sinto muito se te acordei.
- Não. Na verdade, eu não estava conseguindo dormir. – Podia ver o sorriso de Liam do outro lado. – A propósito, agradeça a sua avó por me tirar da monotonia chata de me deitar e ter que dormir, por nada melhor pra fazer.
- Pode apostar que ela vai adorar ter te ajudado. – Sorri (como se ele pudesse ver). - Na verdade, ela ficou toda nervosa por ter te ligado.
Ele riu.
- Então, melhor ainda para dizer que agradeço.
- Pode deixar. – Ri. – Mas acho que ela está ocupada agora, falando com a minha mãe.
- Se meteu em encrenca?
- Acho que não. Mas, por via das duvidas, depois faço uma média.
- Com minha mãe funcionava café da manhã na cama.
Ri mais.
- Sério que você fazia isso?
-Não. Eu era um ótimo garoto.
- Era? Aham, sei...
- Verdade. Pode perguntar a ela.
- Deixa eu conhecer a Sra. Payne que pergunto.
- Ô... Ela vai adorar falar de mim para você.
- Não duvido. Será que ela topa me mostrar fotos de você bebê? De preferência aquelas fotos bem vergonhosas?
- Tipo pelado?
- É... – Comecei a rir, me deitando em minha cama.
- E para que você ia querer uma?
Corei com aquela pergunta.
- Ganhar dinheiro. O que mais? Imagina quanto uma foto do Liam Payne pelado, criança, vai valer? Suas fãs me amariam para sempre!
- Já posso até imaginar... – Ele começou a rir. – Acho que fariam antes e depois para o resto da minha vida. Se elas já fazem montagens só presumindo...
Senti minhas bochechas corarem mais uma vez.

(...)


As horas se passaram e nenhum de nós tinha ao menos notado. Já se passava da 01:00h da manhã quando desliguei o celular. Payne tinha que dormir para ir viajar daqui a algumas horas, mas a conversa estava fluindo tão bem que nem notamos, e a conversa que seria só por um mal entendido, durou por algumas horas. Jamais, nem em meus sonhos mais profundos, imaginaria que algum dia poderíamos fazer isso. Eu a cada dia ficava mais convicta de que nunca estive errada tão com uma pessoa, quanto estava dele. E eu estava feliz de não perceber isso tarde demais.

POV

-Eu tenho que ir.
- Que chato você. Mas é melhor assim, se não enjoou. – Fiz careta.
- É...?
Assenti, me aproximando dele e roçando nossos lábios, mas antes de iniciar um beijo, nos separei me levantando.
- Vamos, antes que eu desista de te deixar lá fora.
- Estou começando a pensar na hipótese de ficar...
- Achei que tinha compromisso com a sua cama. Está aprendendo demais comigo...
- É a convivência.
- Cuidado, se não se apaixona.
- Relaxa, eu sei me cuidar. Mas eu acho... – Tomlinson se levantou, ficando a minha frente. – Que você não sabe tanto assim. – Ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
- Nem tudo é que parece. – Depositei um beijo em sua bochecha.
Sai de perto dele, indo para a porta do meu quarto. A abri e olhei para Tommo. Descemos as escadas, enquanto eu via minha mãe passar.
- Oi, filha!
- Oi, mãe. Esse é o Louis.
- Ah, oi, Louis, tudo bom? – Minha mãe parou.
- Olá, Sra., tudo sim e com você?
- Bem, graças a Deus. Vai jantar com a gente, né?
- Infelizmente não posso. Tenho que voltar para casa cedo, porque vou viajar nessa madrugada.
- Que pena... Mas não vai faltar oportunidade. Eu vou terminar o jantar e deixar vocês conversando ai. Juízo! – Minha mãe falou, indo para a cozinha.
- Vem, vamos. – Falei terminando de descer a escada.
Lou veio ao meu encalço. Abri a porta de entrada, dando passagem para o Tommo, me escorando nela logo que ele passou.
- Sua mãe não se importa?
- Que nada, ela não se incomoda. Confia na filha que tem.
- Se fosse ela, não confiaria tanto.
- Cala a boca. – Empurrei seu braço e acabei me desequilibrando.
Lou me segurou pela cintura, me impedindo de cair. Encarei seus olhos, o vendo se aproximar. Senti seus lábios rosarem nos meus, iniciando um selinho calmo. Ele pediu passagem para aprofundar o beijo e eu cedi. Suas mãos me apertaram mais contra si enquanto as minhas foram instantaneamente para a sua nuca, local onde ficaram até a presença de ar ser necessária.
- Você tem razão. Ela não deveria confiar tanto. – Mordi meu lábio inferior me desvencilhando dele.
Ele sorriu .
- Eu tenho que ir. Nos vemos daqui a alguns dias. – Se aproximou, me dando um selinho.
- Quem sabe... – Ele me olhou antes de descer as escadas e eu mandei um beijo no ar.
Tomlinson balançou a cabeça e entrou no carro. Assim que o vi fechar a porta e dar partida entrei em casa, me jogando no sofá.
- Seu novo namorado? – Minha mãe brotou na sala.
- Não... – Falei, me levantando, já sabendo onde aquela conversa iria parar.
- Eu sei que você gosta dele, filha. – Minha mãe tinha um sorriso genuíno no rosto.
- Eu também sei. – Subi as escadas, apresada.
Eu gostava do Louis sim. Afinal, ele era meu amigo. Fechei a porta do quarto, me jogando em minha cama, ainda sentindo a pressão de seus lábios contra os meus. Fechei meus olhos, ainda sentindo a mesma sensação, como se ele ainda estivesse lá. Rolei na cama enquanto mordia o lábio inferior. Seu cheiro estava em meu travesseiro, onde ele estava deitado a pouco e não, não tínhamos feito nada demais.
Lembrar-me dele me fazia ficar arrepiada, de uma forma que nunca tinha ficado antes. Era uma sensação completamente nova para mim, levando em conta que tê-lo em minha mente era como se fosse uma obrigação. Pensar nele me trazia calma e me peguei devaneando sobre isso muito hoje. Sem falar, né... O Lou é um gato! E não posso mentir que tenho notado muito isso ultimamente.
Levantei-me, a fim de tomar um banho quente. Peguei meu celular, colocando minha playlist. Me despi, indo até o chuveiro, equilibrando a água na temperatura certa. Entrei no chuveiro e já senti meu corpo relaxar. Fechei meus olhos dentro daquele ambiente tão aconchegante, aproveitando a sensação que a água morna trazia para meu corpo. Fiquei ali até meus dedos engelharem, saindo e vestindo uma camisola suave.
Voltei a me deitar em minha cama, fechando meus olhos, tendo minha mente inundada por lembranças de nossos beijos, do que ele me proporcionava. Um arrepio de desejo percorreu minha espinha, e eu balancei minha cabeça, a fim de me livrar dele. O que estava acontecendo comigo?


Capítulo 13


“Se te magoei, desculpe! Estou aprendendo o que é amor. – Fogueira, Jorge e Mateus”.


POV Liam
- Talvez. Isso é meio estranho, não acha?
Ouvi sua risada ressonar pelo celular.
-Um pouco. – Permanecia ainda a rir.
- Liam, temos que ir. – Niall apareceu me apresando.
- Já estou indo. – Gritei colocando a mão em cima do celular, o tampando, para que ela não escutasse. – Desculpe. Tenho um show para fazer. – Voltei a falar com ela.
- Vai lá. E... Ah! Dedica uma música para mim. – O tom de diversão era perceptível em sua voz.
- Pode deixar.
- Eu estou brincando. Não dedica nada.
- É tarde. Já vou fazer isso. – Brinquei.
- Ai aparece amanhã “Liam se declara para sua nova namorada em show” e você venha me perguntar por quê. – Ironizou.
- Não iria gostar?
Silêncio na linha.
- Lógico! Namorar um gato desses, até parece que não!
- Então me acha gato?!
- Achei que você tinha um show...
- E tenho.
- Então tchau. Bom show! – gritou antes de finalizar a ligação.
Ligação OFF:

Ri comigo mesmo, guardando o celular.
- Dois minutos para a entrada, Liam. – Lexie chamou minha atenção.
- Vamos lá. – Falei dando uma última olhada no espelho, vendo se tudo estava em ordem.
Passei pelos corredores, só parando de andar quando já estava em minha plataforma.
- 5... 4... 3... 2... 1.
Senti a plataforma subir e em poucos segundos estava vendo aquela imensidão de fãs gritando. Era sempre emocionante as ver assim. Simplesmente parecia que não era real. E a sensação de sempre, nunca passava. Aquela mesma que eu senti em minha primeira audição. O frio na barriga... As mãos suadas...
Achava que nunca passaria. Mas aquilo era bom, já que sempre me lembraria do começo, de onde tudo teve início. Onde o sonho de cinco garotos começou, sem imaginar que chegaria onde estamos hoje. Muito menos que nos tornaríamos mais que amigos. Na verdade, irmãos.

POV
- Mas como foi? – Era perceptível em sua voz a animação.
- Calma, Mel. – Ri. – Foi... Normal. Como qualquer pedido.
- Como assim normal? É Zayn Malik! Pode contar, .
- Eu já te falei. Foi meio confuso. Ele só... Afirmou meio pedindo e ai eu aceitei, Melody. Só isso.
- E o que você sentiu?
- Irmãzinha, você é muito nova para conversarmos sobre isso. Agora, passa para a mamãe.
- Ela saiu. E deixa de ser chata e me responde. Minha irmã namora o Zayn!
- Mel, você só tem sete anos e não precisa saber mais do que te contei.
- Que irmã mais chata você! – Reclamou.
- É porque te amo.
- Aham...
- Ei, amor, tenho que desligar. Diga à mamãe que mais tarde ligo.
- Tá. Manda um beijo para o Zayn.
- Acho que você agora só vai falar comigo por ele. Mas o Malik não está comigo. Ele só volta amanhã.
- Quando você vai me levar para um show dos meninos?
- Tchau, Melody. Tchau... – Falei finalizando a ligação.
Ligação OFF:

- O que foi? – se jogou ao meu lado.
- Acho que ela gosta mais do meu namoro do que eu. – Brinquei.
- Se diz shippar. – Me corrigiu em tom brincalhão.
- Shippar... – A imitei.
Ela riu.
- Lesada. – Suspirou. – A ligou, chamando para dormirmos na casa dela hoje. Parece que a mãe dela viajou.
- Festa?
- Não. Quer dizer... Só entre a gente.
- Ai que preguiça! Não estou com vontade de me arrumar...
- Então não se arruma, né?!
- Eu namoro com Zayn Malik, amor. Não posso mais andar feito louca.
- Eu posso. – Se levantou. – Vamos agora?
- Ainda é de manhã!
- Por isso mesmo. Assim passamos o dia.
- Ai se torna mais que convidativo matar suas melhores amigas, e te perguntam por quê. – Me levantei. – O banheiro é todo seu primeiro. Só não desce pelo ralo.

POV
- Liga logo isso! – Mandei me jogando no sofá.
Minha prima pegou o controle, ligando a TV. Trocou os canais sem qualquer interesse.
- Coloca em um filme. -Insistiu .
- É o que estou tentando fazer. – respondeu.
- Olha! O Niall. Volta. – falou, fazendo todos encararem a TV, e voltar os canais.
Lá estava uma imagem dele ocupando toda a televisão. Sorri ao encarar sua foto.
“- Isso mesmo, pessoal. E aqui está Ellen, a jovem de dezoito anos que afirma estar grávida do boy da One Direction, e mais... Disse que ele não quer assumir a paternidade. Talvez o “bonzinho” da banda não tenha feito jus ao nome”.
Encarava a repórter atônica. – O que?! Do que ela estava falando? Gravidez? Niall? – Tomei o controle da mão da minha amiga, aumentando o volume.
“- Então, Ellen, conte o que de fato aconteceu. – A repórter se sentou ao lado da garota, que já estava com a barriga de aproximadamente seis meses”.
“- Niall se diz ser um homem tão perfeito para as fãs, mas quando se trata de assumir o próprio filho, fingi que não é seu. Ele simplesmente disse que não era dele e não assumiria. Se ele quiser exame de DNA, qualquer um no mundo dará positivo. Ele sabe tanto que o filho é dele, que está querendo fugir da responsabilidade. Eu quero que ele assuma essa criança, que não tem culpa de nada!”
“- E por que não o procurou antes?”
“- Procurei. Ele disse que assumiria o filho, e me enrolou até hoje. Essa criança precisa de um pai e de uma mãe, não só de um dos dois. Eu só quero isso. Um futuro para ele, que o próprio pai rejeita.
– Ela começou a chorar. –Eu não tenho condições de criá-lo sozinho, se eu tivesse... Mas não tenho”. “- Tudo bem, querida. Nós bem sabemos como é isso. Eles fazem e não querem assumir. Está na hora de assumir sua consequência, Niall. Aqui tem uma criança que você ajudou a fazer, ela não fez sozinha. Seja homem e assuma. Por que é maravilhoso fazer e não ter responsabilidade”.
Desliguei a TV antes da entrevista terminar. Eu estava tão confusa! Ele tinha um filho? Porque não tinha me contado? Deus! O que eu faria?
- ... – me chamou.
A olhei, vendo que todas as meninas me observavam. Baixei a vista, sentindo as meninas me observarem.
- Como ele foi capaz? Eu entenderia se me falasse que teria um filho. Eu estou confusa. Preciso pensar. Não deveria acreditar em tudo que a mídia passa e... Eu não sei! –A frustração era presente em minha voz.
Senti meu celular vibrar. Era ele.
- Você não vai atender, vai?
- Eu tenho, . Precisamos conversar. E se não for verdade? Eu o amo e tenho que confiar nele, mas estou cansada de mentiras. –Suspirei, sentindo lágrimas em meus olhos.
Besteira? Talvez, mas imagina você descobrir que seu namorado será pai e não confiou em você o bastante para contar e todos acham que ele é a pior pessoa do mundo.
Eu estava em um penhasco, que não sabia o que era o melhor para ser feito em tal situação.
Peguei meu celular, o atendendo.

Ligação ON:
- , por favor, acredita em mim. Eu não sabia. É mentira. Ela não me procurou, mas não tira qualquer decisão antes que eu chegue. Por favor.
- Existe alguma possibilidade de ser verdade? – Foram as únicas palavras que consegui pronunciar.
Ele suspirou, e eu já sabia a resposta.
Aquilo me doeu, pois eu poderia perdê-lo. E não suportaria se me apegasse mais.
- Niall, eu tenho que pensar. Depois te ligo. – Desliguei sem esperar sua resposta.
Ligação OFF:

Guardei o celular em meu bolso, sentindo uma lágrima escorrer de meus olhos.
Quem estava falando a verdade? Deveria agir com a razão? Dúvidas rodeavam a minha mente.
Senti minhas amigas me abraçarem, e foi quando finalmente notei que não saia mais só uma lágrima, mas várias.

(...)


Sai do quarto que tinha me trancado para ficar sozinha, descendo as escadas encontrando as meninas na cozinha.
- Está melhor? – foi a primeira a me notar. Assenti.
- Sabe que pode contar com a gente, né?! – falou.
- Sei sim e obrigada.
- Decidiu alguma coisa? – questionou.
Suspirei.
- Eu vou pedir um tempo para ele. Sei que a menina ficou grávida antes de começarmos a namorar, mas não suportaria que ela o levasse de mim tão fácil. Além do que, ele precisa resolver os problemas, e eu seria mais um. Com certeza, ele teria que ficar com a mãe do filho dele, e eu? É melhor dar um tempo e quando tudo se acalmar... – Já sentia minha visão embaçar. – Eu acredito nele, sabe? Tenho certeza de que não sabia da criança e acho que a mãe só quer ganhar publicidade, mas o melhor é darmos um tempo para os dois.
- Amiga, estamos com você pra tudo. – me abraçou.
- Eu sei, só não sei como dizer a ele.
- Você vai conseguir, sempre conseguimos, só não é fácil e não ache que ele não vai relutar. –.
- Eu sei. Isso é o pior. Ele me vencer pelo cansaço.

POV Louis
Depois da última notícia bombástica, todas as entrevistas de hoje haviam sido canceladas e o show estava a um triz disso. A Modest estava a mais de uma hora conversando com o Niall, e não sabíamos o que esperar.
Para ser sincero, não acredito que esse filho seja do Nialler e claro, ele não sabia. Se soubesse, todos saberíamos também, e ele assumiria. Sem falar que o irlandês é louco por crianças. Talvez por que seja uma.
- Será que terá o show hoje? – Zayn questionou.
- Acho que sim, para abafar a história. – Liam comentou.
- As directioners são o máximo mesmo. – Harry comentou por alto, fazendo todos ali presentes encará-lo. -#StayStrongNiall, #WebelieveinyouNiall .
- Disso eu não tenho dúvida. – Fui sincero. – Sempre elas nos apoiam, mesmo que estejamos errados aos olhos delas, de alguma forma estamos certo, e elas fazem todos acreditarem nisso.
O som da porta sendo aberta nos fez despertar de nossa conversa.
- Terá show hoje. –Niall falou entrando, já mexendo no celular. – Mandaram vocês irem se arrumar.
- O que decidiram sobre a garota, Horan? – O analisei.
Ele suspirou.
- Vou fazer o DNA, e se der positivo, vão fazê-la desmentir tudo que disse na entrevista. – Ele se sentou, parecendo derrotado. – Mas acho que vou perdê-la. – Colocou mais uma vez o celular no ouvido. – Agora ela desligou o celular.
- Da um tempo a ela, cara. Imagina como deve estar a cabeça da agora. Deixa ela se acalmar, e amanhã vocês se falam. – Payne opinou.
- Você tem razão.
Duas batidas na porta fizeram todos olharem para a mesma.
- Meninos, vocês tem um show para fazer hoje. – Lexie falou. – A Lou já está esperando vocês.
Ela logo saiu nos deixando a sós.
Me levantei vendo todos, com exceção do loiro, fazerem o mesmo.
- Dude, se anima por elas, que só querem ver você feliz. Faz isso por elas, que merecem mais que qualquer um. – Zaza colocou a mão em cima do ombro do nosso amigo.
- Eu vou daqui a pouco. Só preciso falar com ela, por favor. –Assentimos.
- Liga para uma das meninas que devem está com elas, e vê se consegue falar. –Dei a ideia. - Vou tentar.
Saímos de lá deixando ele sozinho. Nialler agora estava enfrentando uma barra e gostava tanto da para perde lá assim... Só não gostaria de estar na pele do meu amigo.
- Eu primeiro! –Falei, me jogando na cadeira da Lou.
- Louis, eu não vou sair daqui, se está com medo disso. – Lou brincou.
- É que eu te amo, Lou. –Ela riu.
- Então vamos ver o que podemos fazer aqui hoje.

POV Harry
Embarcamos no avião após o término do show, como o previsto. O show como sempre tinha ultrapassado as expectativas e as nossas garotas tinham sido como sempre as melhores possível. Apoiando o Niall com cartazes das mesmas tags já vistas por mim antes, e tenho certeza que isso ajudou a alegrar meu amigo, que até agora não tinha conseguido falar com a sua namorada.
Me encostei em minha poltrona, fechando meus olhos em seguida, sendo invadido pelo sono, que parecia tão distante a pouco no show.

(...)


Acordei sendo cutucado pelo Louis.
- Se não quiser dormir no aeroporto até a próxima viagem, é melhor se levantar.
Cosei meus olhos me espreguiçando. Olhei ao meu redor, vendo o Zayn descer do jatinho, sendo seguindo pelo Lou, Liam pegando suas coisas e Niall se levantando da poltrona.
Fiz o mesmo que meu amigo, pegando as minhas coisas. Desci do avião e acompanhado de meus companheiros fomos até a van.
- Hey, Paul... – O cumprimentei.
- Meninos... Casa de vocês? – Ele nos questionou enquanto colocávamos as coisas na mala do carro.
- Não, eu vou para a casa da . – Niall.
- Cara, ainda são 5:00h da manhã, a deve estar dormindo. Vamos pra casa e depois que descansar, fala com ela. – Zayn recomendou.
- Nialler, vocês vão poder conversar mais tarde, ela não deve nem estar acordada. – Liam o lembrou.
- Mas se eu não falar... Tudo bem. Vocês estão certos. – Ele se rendeu.
- Dude, vocês vão conversar e resolver, não importa se mais cedo ou tarde. – Dei minha opinião.
- É o que espero... – Ele se recostou no banco enquanto Paul dava partida no carro.
Enquanto voltávamos para nossa casa, o silencio se instalou. Ainda estávamos muito cansados e era tão cedo que alguns de nós continuaram a cochilar. O caminho até a nossa casa nunca pareceu tão calmo e tão demorado ao mesmo tempo, já que quando se está com sono, tudo demora mais para passar, e a única coisa que queria era que chegássemos logo, para eu cair em minha cama, que, de longe, seria o melhor lugar que havia de dormir por hoje.
Assim que escutei o barulho do automóvel estacionando, fui o primeiro a sair.
- Tchau, Paul... – Me despedi, já pegando minhas coisas.
Entrei em nossa casa sendo seguido pelos garotos.
- Casa... – Louis entrou logo atrás de mim, se jogando no sofá.
- Eu vou para meu quarto. – Horan estava visivelmente triste.
- Ele não está nada bem. Não o vejo assim desde que... Desde nunca. – Fui sincero.
- Vocês acham que ela vai fazer o que? – Zaza nos questionou.
- Cara, a gosta muito do Niall...
- Mas quando se trata de garotas... Tudo é incerto. – Lou interrompeu Liam. – Acredite, eu morei por muito tempo em uma casa onde só tinha garotas.
- Como você é gênio, Tommo... – Malik ironizou. – Só espero que ele não fique pior que isso.
- Ele vai aprender a superar, como todos aprendem. – Comentei.
- Ele gosta mesmo dela, Hazza, e você sabe que ele demorou demais para ficar com alguém, porque não tinha encontrado. E ela... Parece ser quem ele escolheu. – Payne.

POV
Aquela noite não havia conseguido pregar o olho. Só em pensar que ele já estaria aqui hoje... Pensar que teria que dizer aquelas palavras, que era o que precisávamos no momento...
Terminei a maquiagem básica, para disfarçar minha noite mal dormida, que tinham deixado marcas ou covas (como quiser chamar) embaixo de meus olhos, e peguei minha bolsa, descendo as escadas.
- , não vai comer? – Minha mãe me parou enquanto chegava à porta.
- Como no curso. Não estou com fome agora.
- Algo de errado, querida?
- Não. – Menti.
- Tudo bem. Lembre-se que hoje é o almoço em família, esteja aqui.
- Vou estar. – Falei já me despedindo.
Sai de casa com meu carro indo direto para o meu curso, rezando para que pelo menos lá eu me esquecesse de tudo aquilo que estava acontecendo em minha vida.
Estacionei o carro, descendo do mesmo.
- Hey, ... – Marry me chamou.
- Hey… - Tentei ser o mais simpático que dava.
- Fez o trabalho?
Assenti sem me prender muito aquela conversa, que eu simplesmente não estava muito a fim de ter. Na verdade, de ontem para hoje, eu não estava a fim de nada.
Naquele momento me arrependia completamente de ter vindo. Pra que estava ali, se preferia estar em meu quarto, trancada em meu próprio mundo? Pelo menos naquele dia, meu único e sincero desejo, era que tudo passasse para que pudesse juntar os cacos. Mas de uma coisa eu estava certa, mal prestaria atenção nas aulas que teria esta manhã. Não teria como prestar, se minha cabeça estava em meu namorado, ou quase ex.
Meu celular tocou, me despertando de meus devaneios, e interrompendo a conversa de Marry, que, aquela altura, me contava algo, que eu não estava prestando nem um pouco de atenção. Me senti um pouco culpada por isso, mas logo passou quando meu telefone mais uma vez me tirou de meu mundinho.
O peguei, vendo que era o Niall. Suspirei. A lembrança dele veio em minha mente, fazendo aumentar a angústia em meu peito. Que aquele momento estava tão ocupado de sentimentos, que não sabia se era possível se encher mais. Meus pensamentos estavam turvos em mil questões. E nenhuma resposta.
Deveria atendê-lo? Eu teria coragem de dizer aquilo agora? Falar com ele, no memento em que estou tão confusa e tão chateada com tudo que pesava em minha cabeça? Invés de encarar, eu rejeitei a ligação e coloquei o celular sem silencioso, esperando que ele pensasse que eu estaria dormindo. Eu adiaria aquilo tudo até que não pudesse mais. Eu fugiria de tudo aquilo, mesmo sabendo que uma hora eu teria que encarar, mas eu fugiria até não poder mais. Até encontrar com a decisão em minha frente.

(...)


Estacionei meu carro na frente da minha casa. Ainda não havia atendido as ligações dele, pelo fato de estar em aula, e agora ele tinha parado. Suspirei. A quem eu estava tentando enganar? Eu estava fugindo daquilo que tinha que fazer, mas faltava coragem para ser feito.
Desci do carro, entrando em minha casa.
- ... – Jack me chamou assim que entrei.
- Oi, Jack.
- O que aconteceu para não tirar nem que fosse uma brincadeirinha comigo?
- Estou cansada. Não dormi muito bem.
Na verdade, não dormi nada.
- , já foi se arrumar para o almoço?
- Estou indo...
- O Niall vem?
Parei subitamente ao escutar essas palavras.
- Ah... Ele... Ainda está viajando. – Menti.
Aquela altura ele já teria chegado, e era por isso que não queria atender seus telefonemas.
- Tudo bem, não vai faltar oportunidade para conhecê-lo. – Meu irmão sorriu amigavelmente.
- É... – Concordei afim de não entrar muito naquele assunto. – Eu vou me arrumar.
Ok. Eu havia mentido (coisa que estava fazendo muito ultimamente), mas como dizer que tínhamos dado um tempo, sem nem ao menos eu tinha falado essa parte com ele? Não podia fazer isso. Outra coisa que eu também estava fazendo ultimamente. Nada.
Subi para meu quarto, onde logo tratei de me arrumar, deixando aqueles problemas um pouco de lado. Ajeitei os cabelos e coloquei uma maquiagem simples e meu perfume. Dei uma última olhada no espelho, dando uma ultima olhada na maravilha que tinha feito. E afinal não tinha ficado nada ruim.
- Sua mãe está surtando porque você ainda não desceu. – Minha prima adentrou meu quarto.
- Já estou indo, . E a sua mãe, já voltou?
- Não. – Ela se jogou em minha cama. – Você já falou com Horan?
- Não. Vamos? – A chamei, tentando mudar de assunto.
- Você sabe que vão ter que conversar mais cedo ou mais tarde, né?
- Sei, mas prefiro mais tarde. Enquanto puder evitar, vou fazer isso. – Falei enquanto descíamos a escada.
- Então, porque vai dar um tempo?
- Porque é o certo.
- Certo para quem?
O soar da companhia fez com que nossa conversa fosse interrompida. Terminei de descer as escada ainda sem respondê-la, e fui até a porta atendê-la enquanto minha prima voltava para a sala de jantar.
Abri a porta e meu coração parou instantaneamente. Ele carregava uma tristeza interna, tão grande que, em só um olhar, pesou o meu peito. Imediatamente eu já não sabia mais o que fazer. Todo o meu plano tinha ido por água abaixo, como se eu nunca o tivesse pensado e revisado.
- Precisamos conversar. – Ele me olhou, ainda carregado de tristeza.
- Acho que sim.

POV
- Isso não é hora de aparecer na casa da minha avó. –Resmunguei me jogando na cama. – Sorte sua que sou uma pessoa muito boa para me levantar pra ir atender a porta.
- Já é hora do almoço, .
- Se isso é uma indireta pra eu ir fazer, vou avisando que minha avó deve ter deixado alguma coisa pronta no forno.
- E como ela tem coragem de deixar você sozinha em casa? Não sabe nem cozinhar.
- Sei sim. Só que, se ela fez, pra que vou fazer?
- Para eu provar seu tempero.
- É igual ao de todo mundo. Pode apostar. – Falei me sentando na cama.
- Mas... Como foi o show?
-Você deve saber, afinal, nos falamos todos os dias.
- Pois é, sua amizade está me fazendo mal... Tenho que repensar nisso.
- Acho que é mais o contrário.
- Aham... Não sabe nem o que está dizendo... – Baguncei seu cabelo.
Enquanto ele voltava a ajeitá-lo, eu o observava. Eu tinha que concordar que ele ficava mais bonito a cada dia. Seu sorriso, seus cabelos, sua camisa delineando seus braços musculosos. Tudo aquilo estava me chamando mais atenção do que o necessário.
- Pensando em que?
Em como você fica bonito com essa camisa azul.
- Hã... Nada. – Senti minhas bochechas corarem com meu constrangimento de ter sido pega.
- E corou por quê?
- É a nova cor do momento. Não sabia?
- Tão engraçadinha...
- Ainda bem que sabe. – Fiz careta, o fazendo rir.
O barulho do meu estômago denunciando fome, me fez rir mais.
- Acho que estou com fome, vamos descer? – Perguntei já me levantando da cama.
Enquanto desci até a cozinha, Payne seguia a meu encalço.
- Acho que temos lasanha, e como sou boa, pavê para sobremesa, e se você falar “é pra vê ou pra comer?” eu sei o que você vai comer...
Ele me olhou com um sorriso malicioso nos lábios. E foi quando me toquei.
- Estou falando que não vai comer nada. Está ficando muito tempo com o Harry. Está poluindo sua mente.
- Só porque falam que sou o mais sensato da banda, não significa que não seja como qualquer outro garoto.
- Ah é. Tinha me esquecido. Você perdeu a virgindade com 14 anos. Acho que isso não é muito sensato. – Falei enquanto pegava a lasanha do forno e nos servia.
Ele deu de ombros.
- Experimenta ser um garoto com 14 anos com uma garota querendo fazer sexo com você, em plena puberdade, e vê se não aceita.
- Acho que isso não tem como acontecer. – Entreguei o prato a ele. – Desculpe te decepcionar, mas não sou um garoto e não tenho mais 14 anos.
- Não reclamo disso.
Sorri para ele.
- Boa... – Comentei enquanto começava a devorar meu prato.
Enquanto terminávamos nossos pratos ele ficou em silêncio. Igual a mim. Senti seus olhos pesarem sobre mim e o olhei de relance.
- Que foi? Vai querer o pavê agora?
- Pode ser. – Liam respondeu, ainda prendendo o olhar em mim.
Me levantei e nos servi.
Enquanto comia, me encostei a pia, o vendo me encarar e só desviei meu olhar quando aquilo começou a me constranger.
- Para...
- Parar com o que?
- De me olhar assim.
- Assim como?
- Deixa. – Desisti colocando as coisas na pia. – Trás os pratos para eu lavar.
Me voltei para a pia, prendida em meus pensamentos. Coisa que durou pouco, quando o senti roçar o corpo no meu enquanto jogava os objetos sujos em minha frente. Meu corpo se arrepiou e quando nossos olhares se encontraram por um segundo, a sensação era de querer beijá-lo. Seus lábios, tão próximos dos meus e ao mesmo tempo tão convidativos... Sua boca se aproximou mais da minha e meus olhos se desviaram para os seus. Desta vez não era jogo, apenas... Desejo de sentir um ao outro.
Me inclinei mais, até sentir seus lábios nos meus, iniciando um beijo calmo. As mãos de Liam passaram para minha cintura, me trazendo mais para ele, e as minhas foram para sua nuca. A sensação era maravilhosa e intensa. Seus lábios em contato com os meus eram viciantes e embriagantes.
Seu toque me fazia delinear e sentir em contato comigo era a melhor sensação de todas.
Eu não queria dar fim naquele beijo nunca, e se fosse possível se conservaria para sempre em minha mente.
Pensando bem, acho que tinha sido naquele momento que meus sentimentos em relação a Liam haviam mudado. Não que tivesse me apaixonado por ele de repente, mas naquele momento pude perceber que tinha parado de acreditar na possibilidade de que não havia nada.

POV Niall
- Niall, achei que estivesse viajando. – A mãe da apareceu atrás dela.
- E estava, mas cheguei hoje.
- Ótimo. Junte-se a nós. Estamos almoçando. A deve ter comentado que o irmão dela viria com a namorada.
- Comentou sim.
não parava de me encarar, mantendo um semblante triste. A única coisa na vida que ela não conseguia era fingir, e aquilo me assustou. Eu sabia que algo que eu não ia gostar estava prestes a vir.
- Ótimo, então se junte a nós. – A mãe dela desapareceu no mesmo tempo em que apareceu.
- Nossa conversa vai ficar para depois. – me deu passagem para entrar.
Passei por ela e nossos corpos se colaram, mas quando tentei beijá-la, ela não deixou, virando o rosto, e aquilo doeu, me deixando pior do que já estava. Eu a tinha desapontado e magoado. Aquilo eu não suportaria, e o pior é saber o que estava por vir.
Fomos lado a lado até a sala de jantar e cumprimentei a todos.
- Então você é o cara que todos tanto falam. Espero que cuide dela e não a decepcione, se o fizer, lembre-se que eu estarei aqui para te matar.
Mesmo com o tom de brincadeira, senti a verdade, mas aquilo não me incomodava. O que doía era saber que eu não conseguiria suportar a vendo sofrer por minha causa, qualquer dor seria melhor que isso.
- Também espero. – Fui sincero enquanto a encarava.
- Senta aqui, Niall. – me chamou para seu lado, onde me sentei.
Agradeci pelo almoço ter ocorrido tranquilamente bem, mas vê-la triste ao meu lado estava me matando. E o pior ainda era ela está pensativa demais. Podia apostar que ali viria bomba.
- A comida estava ótima, mãe, e sei que o Jack iria adorar passar horas enchendo o saco do Niall, mas nós vamos dar uma saidinha.
- Aconteceu algo, filha? – O pai dela me olhou.
- Não pai, é só que quero mostrar meu progresso no curso ao Nialler.
- Ah sim.
- Obrigado, o almoço estava ótimo e eu adorei te conhecer Jack, espero te rever em mais ocasiões.
- Digo o mesmo, Niall.
- Vamos?
Assenti para minha namorada e saímos dali. suspirou fundo enquanto saiamos e aquilo só me fez ficar mais nervoso do que estava.
- É melhor conversarmos em outro lugar, ou eles vão querer saber de tudo.
- E onde você acha mais conveniente?
- Dentro do seu carro, pode ser? Acho que é o local menos público e mais acessível.
- Tudo bem. – Confirmei.

(Coloque a música para tocar)

Saímos de sua casa e eu fui até meu carro com ela. Como ele já estava escondido em um local com sombra e não muito notável, facilitou.
Entramos cada um por um lado e eu a encarei. Ela não parou de olhar para as pernas, então eu decidi começar a falar.
- , eu não sabia tá? Eu juro...
- Eu acredito em você. – Ela me interrompeu. – E é por isso que estamos aqui. Por eu acreditar em você, Niall, e saber o quanto isso é difícil pra você e... – Ela me encarou e pude notar seus olhos marejados.
Naquele instante eu me odiava por estar magoando-a.
- É melhor darmos um tempo. É o que eu preciso para absorver toda essa história e você também, para resolvê-la. A gente sabe o que é certo e por mais que se esse filho for seu, você o fez antes de estarmos juntos, mas eu sei o que você vai ter que fazer. Eu não vou suportar.
- ... Eu não queria que fosse assim. Mas que droga! Eu te amo. Não quero te perder.
- Eu sei, e por eu também te amar estou fazendo isso. – Ela tirou uma mexa de cabelo que caiu de seu penteado.
- Não sei de onde! Eu preciso de você comigo.
- Não, Nialler, você precisa estar sozinho para pensar no que é melhor para você e esse filho que pode ser seu. Eu só irei atrapalhar sua escolha.
- Foda-se! Eu quero você.
- O bebê não tem culpa, Niall. E eu só estou te pedindo um tempo até eu me acostumar com essa ideia toda.
- ... Por favor. Não faz isso.
- Eu tenho que fazer. Entenda... Eu estou cansada!
- Você merece alguém melhor, não é?
- Não se trata disso. Ei! Eu te amo e, para mim, você é o melhor. Mas não podemos fingir que o resto não importa. Um tempo pode fortalecer ainda mais nosso relacionamento tá?
- Ou finalizá-lo.
- Por favor... – Os olhos dela já lacrimejavam.
- Merda! Eu te magoei. Eu não queria isso...
- Você não me magoou, eu só... Quem ama sofre, Niall, mas isso não é um adeus, é um até logo.
- Você vai dizer adeus, mas é melhor acabar agora.
Ela me encarou.
- Eu não quero um tempo, . Acabou de vez. Não se prenda a mim, você estava sendo sensata e eu... Tenho que pensar no melhor para você.
- Era só um tempo, Niall.
- Mas eu estou terminando. Siga a sua vida. Talvez eu vá ser pai e... Como você disse... Vão me obrigar a ficar com ela. É melhor você desapegar agora.
Eu tinha que pensar nela, no que era melhor para ela, e ser menos egoísta.
- Eu não me apeguei a você. Eu te amo.
- Eu sinto muito por isso.
- Eu não. – se aproximou de mim depositando um selinho em meus lábios.
Aprofundei o beijo com desejo, sentindo que aquele poderia ser o último, sem querer a soltar, mesmo que o próprio tivesse gosto de tristeza e fosse carregado da mesma. Eu amava seu toque, seu cheiro e tudo nela. Pensar em não ter nada daquilo doía como se mil adagas estivessem espetando meu peito.
- Eu te amo... – Ela sussurrou entre o beijo.
- Eu também te amo.
- Sinto muito.
- Você não fez nada. Eu fiz.
Ela me olhou uma última vez antes de sair do carro.
- Não seja sensato. Gosto mais quando você é quem fantasia.
- Não posso ser egoísta com você, e acabei de perceber isso. Tenho que pensar em ti.
- Odeio quando fazem isso. – Sem dizer mais nada, ela abriu a porta do carro e saiu.
Naquele instante, eu vi um pedaço de meu coração cruzar a rua e ir embora com ela. Um pedaço que, como a própria, faria falta.

POV Zayn
Ela estava, como sempre, magnífica. Vê-la daquele jeito só me deixava mais certo de que havia escolhido a garota certa para namorar.
- Aonde vamos?
- Surpresa.
Ela me olhou de relance.
- Você vai adorar nosso jantar. Não se preocupe.
Ela depositou um selinho em meus lábios e eu dei partida.
- Sua cunhada quer outro dia com você e os meninos.
- Claro. Eles irão adorar. Porque não marca no fim de semana? Ela vem e fica com a gente.
- Você tem noção que ela vai pirar né?!
- Só um pouquinho. – Sorri.
voltou a olhar as ruas de Londres enquanto eu dirigia.
- Zayn, você não estaria indo para o Alain Ducasse at the Dorchester, estaria?
- Estou, por quê?
- Não, é que... Nada. – Sua postura mudou.
- É que...? – A incentivei a continuar.
- Não é nada. Deixa pra lá, vamos curtir nosso jantar.
Eu sabia que ela estava mentindo. Sua postura e um ar preocupado a denunciava após deduzir qual era o local, e aquilo me preocupou parcialmente.
- Se quiser, podemos procurar outro lugar.
- Não, amor. Já disse que não é nada. Eu quero ir pra lá.
- Tem certeza?
Ela assentiu.
Estacionei o carro na porta entregando a chave para o manobrista. Entramos no restaurante, encontrando a recepcionista.
- Sr. Malik, fez alguma reserva?
- Sim, uma mesa para dois. – Respondi enquanto sentia segurar em minhas mãos mais rígida.
- Me sigam. Preferem aqui dentro ou lá fora?
- Aqui dentro. – Respondi.
- Esta. – Ela nos mostrou a mesa. – Aqui está o cardápio e logo um garçom virá atendê-los.
- Obrigada. – Agradecemos.
Puxei a cadeira para a e ela se sentou a minha frente.
Logo um garçom se aproximou de nós dois.
- Já decidiram o que vão querer, senhor e senhorita?
- Uhm... O que vai querer, ?
- Qualquer coisa. – Ela parecia preocupada.
- Duas Salada Lil Caesar para a entrada e dois Welsh rarebit para prato principal.
- Para beber?
- Um champanhe.
- Vão querer sobremesa?
- Sim. Qual você vai querer, ?
- A mesma que a sua Zayn.
- Dois Baker's Choice.
- Já retorno com seus pedidos. – Ele pegou o cardápio.
- O que você tem? – A questionei quando o garçom se afastou.
- Nada. Já disse.
- , se não quiser ficar aqui...
- Não é nada, amor. Eu juro. – colocou sua mão acima da minha e estava suada.
- Você não está fingindo estar bem quando não está, né?!
- Não, amor. Relax,a Zayn, não é nada.
- ...
- ! – Uma voz atrás de mim a chamou.
Vi ela ficar mais nervosa que antes.
- Sr. Moore. – se levantou e o homem de aproximadamente 40 anos a abraçou.
- Está mais bonita do que nunca.
- Obrigada. Esse é o Zayn. – Me levantei e apertei sua mão.
- Prazer.
- Prazer, rapaz. Estão sendo bem atendidos?
- Claro. – Respondi simpático.
- Ótimo. , o Steven vai adorar te rever, ele já já aparece ai. Está trabalhando na gerencia comigo.
Eu me lembrava daquele nome. Steven... Steven...
- Que bom.
- Soube do término de vocês, acho que ele deixou uma gata escapar.
Então era dali. Minha carranca apareceu instantaneamente, sorriu sem jeito me olhando.
- Bem, vou deixar vocês dois aproveitarem o jantar. – Se despediu saindo.
- Está explicado porque você estava estranha. – Me sentei em minha cadeira.
- Zayn... Era por isso que eu não queria te contar, você ia ficar... Assim.
- E era pra eu ficar de outra forma? Estamos jantando no restaurante do seu ex!
- Do tio dele. – Me corrigiu.
- Tanto faz. Talvez seja por isso que não me apresentou como seu namorado.
- Não tem nada a ver, Malik. Só achei inconveniente.
- Inconveniente eu ser seu namorado?
- O que? Não! Não inventa, Zayn...
- Agora eu estou inventando? Talvez tenha sido uma péssima ideia esse jantar. – Desviei o olhar dela afim de não encará-la.
- Sério? Talvez tenha sido a gente namorar. – Ela jogou perceptivelmente magoada.
Desta vez, eu voltei a encará-la. Mas eu estava muito puto para me abalar com sua feição.
- É o que você acha?
- Eu quero ir embora. – Ela falou com o maxilar enrijecido.
- Concordamos em algo.
Levantei a mão para o garçom, que se aproximou.
- Desejam algo?
- Cancelar os pedidos. Tivemos um imprevisto e vamos ter que sair, isso deve pagar a conta. – Entreguei uma quantia ao mesmo.
- Sinto muito e esperamos que voltem sempre.
- Obrigada. – agradeceu e nos levantamos para sair, mas ela acabou esbarrando em alguém.
- ?
Aquilo só podia ser brincadeira!

POV
- Para ser sincera, eu fiquei com pena da minha prima. Ela só pretendia dar um tempo, isso parece bem menos pior que um fim, mesmo estando tão próximos.
- Eu sei. O Niall não ficou muito diferente disso. Está trancado no quarto desde que chegou.
- Eu queria matar ele no começo, mas... Agora entendo. Ele não sabia, não é?
- Não. Pra ser sincero, duvido que esse filho seja dele, mas se for...
- Então quer dizer que minha prima está sofrendo por nada? Porque, se tiver, eu acabo com essa vadia!
- Uma hora tudo vai se resolver e você não vai precisar entrar em luta física.
- Eu sei... – Suspirei.
- O que foi?
- Nada. Não quer dar uma passada aqui? Estou sozinha, já que minha mãe ainda não voltou da viagem.
- Convite tentador para se aceitar.
- Ótimo. Te espero. Se puder trás filmes.
- Tudo bem.
- Tchau.
Ligação OFF:

Finalizei a ligação e imediatamente me levantei da cama, me olhando no espelho. É, eu estava ótima.
Voltei a me sentar no sofá, pegando meu celular novamente.
O que eu faria naquela casa sozinha enquanto o Louis não chegava? Ia comer! Mas estava tão longe... Por fim, resolvi assistir a TV. Enquanto mudava os canais me prendi em um que passava um filme. Sem saída. E estava ali minha atração até o Lou chegar. Assistir Taylor Lautner, perfeito como sempre, enquanto esperava o Tommo.
Havia tomado uma decisão crucial essa semana. Esqueceria de tudo que havia pensado fazer e falaria com ele. Não costumo fugir e faço tudo na lata, porque com ele seria diferente? Sem que eu percebesse ou sem aviso, eu havia começado a gostar dele.
Pensando bem, acho que tinha percebido isso antes, mas admitir... Isso é outra conversa. Agora que o tinha feito, não desistiria dele. Não costumo desistir, mas se ele não me quiser, serei a primeira a pular fora.
Então iríamos conversar sobre isso. Não hoje. Ainda não. Um dia. Tinha acontecido muita coisa para uma semana só, e o estoque para novas noticias estava esgotado.
O soar da companhia me fez despertar.
- Entra! A porta está aberta.
- Já entrei. – Tomlinson apareceu na porta de entrada. – Já esta se divertindo sem mim? – Ele falou se referindo aos papeis de salgadinho pelo chão.
- Tenho que me distrair com algumas coisas quando minha mãe viaja, e a maioria das vezes tenho preguiça de me levantar pra jogar fora.
- Você um dia ainda morre...
- Deixa de ser chato e aquieta essa bundona aqui do meu lado para que possamos assistir o resto do filme.
- Quer dizer que você olha pra minha bunda?
- Não já conversamos sobre isso?
- Que eu lembre não.
- Ótimo, então agora que já sabe, me deixa assistir o gato ali. – Apontei para a TV.
- Eu sou mais.
Olhei para ele e para a TV.
- Hum... Acho que vai ter que me lembrar isso. – Mordi meu lábio inferior me aproximando dele.
Lou se aproximou de mim, colando nossos corpos enquanto deitava por cima de mim. Depositou um beijo em meu pescoço. Minhas mãos foram a sua nuca, o puxando mais para mim. Seus lábios subiram para os meus e eu puxei seu lábio inferior antes que pudéssemos iniciar um beijo. Mas, quando ia aprofundar, seu celular tocou.
- Ah não... – Resmunguei.
Ele olhou o visor e percebi o desconforto.
- Depois eu atendo.
- Quem é?
- É só a Els, não deve ser nada importante.
Um torvelinho de receio e preocupação atravessou meu corpo. Ouvir aquele nome e saber do que poderia ser feito por ela me causava incômodo.
- Olha logo o que ela quer...
Ele me olhou.
- Se você não atender, ela vai continuar ligando e ligando... Mulher costuma ser muito insistente quando quer algo, ou alguém. Você ainda não conseguiu falar com ela né?!
- Não e não tem nada a ver o que você falou.
Revirei os olhos.
- Atende logo isso.
- ...
- Atenda essa bosta e me deixa assistir Taylor Lautner sozinha.
Ele revirou os olhos e pegou o celular, o atendendo. Ok, eu podia estar dando um tiro no pé, mas ele tinha que dar logo um pé na bunda dela, para que assim o deixasse em paz e quem sabe... A gente possa... Ok. Eu talvez queira um pouquinho muito ter algo com ele, e como eu sou o tipo de pessoa direta, ou vai ou racha, então... Esperava que fosse.

POV
- Steven? – Engoli em seco.
Merda! Era só o que me faltava.
Steven desviou o olhar para o Zayn, e eu pude notar a tensão no ar.
Malik segurou minha mão, a apertando contra a sua. E pude notar o Steven desviando o olhar para elas.
- Vocês estão juntos?!
- Estamos. Seu tio me contou que está trabalhando com ele. – Tentei mudar de assunto.
Aquilo estava estranho.
- Foi. Já está indo?
- Já sim. Na verdade, temos que ir. Tchau. – Me despedi, querendo que aquilo não se prolongasse.
Meu namorado estava visivelmente irritado, e aquilo era uma bosta! Entramos no carro com ele dando partida. Suspirei derrotada e com medo do que viria a seguir.
O caminho havia sido completamente silencioso e amargo. Eu me sentia culpada e péssima e esse sentimento me atingia em cheio.
O carro estacionou e eu, sem querer encará-lo, despejei tudo.
- Não era o que eu queria. Me desculpa, tá? Eu só não te contei porque não queria estragar o nosso primeiro encontro estando namorando e sozinhos. Eu não sabia que ele estava lá, só o tio poderia estar, mas mesmo assim não me importava, porque eu estava com você.
- Você tem noção de como ele olhou para você?
- Não me importa. Eu não o quero. Se quisesse não estaria aqui. Você sabe melhor que ninguém que não o amo mais. Quantas vezes eu te disse?
- Caramba, ! Se tivesse dito, nada disso teria acontecido.
- Eu sei, mas você estava tão feliz em querer jantar comigo, que não consegui falar.
- Mesmo assim. Imagina se fosse o contrário? Eu fiquei com a maior cara de palhaço. Em que mundo o namorado leva a namorada para comer no restaurante do tio do ex dela?
- Sinto muito. Falando por esse lado, você tem razão em estar chateado, mas me perdoa tá?
Ele me olhou.
- Eu não queria ter falado que talvez não devêssemos ter começado a namorar.
- Você não acha isso. Acha?
- Não! Eu só estava chateada com você. Eu gosto muito de você, Zayn, e quero ficar com você. Não acho que foi um erro.
- Eu te amo, sabia? – Ele se aproximou de mim.
- Eu sei. Eu te amo também. – Depositei um selinho em seus lábios. – Mas ainda estou com fome. – Sorri.
- Que tal uma pizzaria?
- Nada de restaurante. – Voltei a beijá-lo, mas desta vez o beijo se prolongou.
Suas mãos me apertaram contra si e minhas unhas arranharam seu abdômen por cima da camisa. Zayn aprofundou mais o beijo enquanto me puxava mais pra si, fazendo um carinho gostoso na parte da minha cintura descoberta pelo vestido. Ele desceu sua boca pelo meu pescoço, depositando beijos e chupões em meu pescoço e colo, me proporcionando sensações inimagináveis.
Malik estava me proporcionando um desejo que eu não sabia ser possível por mim. Uma de suas mãos desceu até a minha coxa, a apertando, o que me fez estremecer. Um calor imediatamente subiu minha espinha, me fazendo nos afastar antes que os vidros do carro pudessem ficar mais embaçados e minha primeira vez fosse em um carro, e não em uma cama.
- É melhor não. Estou com muita fome para isso. – O afastei.
Zaza depositou um beijo em meus lábios e se ajeitou em seu banco, me olhou e eu sorri.
- Desculpa.
- Não tem por que se desculpar. Agora, vamos comer. – Falou dando partida.

POV Liam
Ficar com ela estava se tornando um habito no qual não queria abrir mão por nada no mundo. E nosso beijo hoje... Sabia que desta vez havia sido diferente. Senti-la tão perto era a melhor sensação que eu podia querer. Me mexi na cama, me emborcando. Meu celular vibrou, me fazendo o pegar.
Era uma mensagem dela.

“Hey... Está dormindo? –Xx .”


“Não. Já sentiu minha falta? ;) - Liam.”


“Na verdade, é só para não perder o costume. Liga pra mim? – .”


“Depois dessa ainda quer que ligue? – Liam.”


“É. Vai ligar ou não? – .”


Sem responder, digitei seu número e disquei. Aquela altura já o havia decorado e podia apostar que era o mais discado de minha agenda telefônica.

Ligação ON:
- Obrigada. Você sabe que deixou uma chave aqui?
- Chave? Que chave?
- Uma que tem um chaveiro verde e tals.
- Ah, é a chave daqui de casa, mas quase não preciso dela.
- Então posso jogar fora?
- Eu não disse isso.
- Eu presumi. – Podia a ver sorrindo.
- Eu ainda preciso dela e tenho certeza que será bem útil algum dia.
- Não se preocupe. Eu guardo e te devolvo amanhã.
- Quem disse que vamos nos ver amanhã?
- Deixa eu pensar... Nós nos vemos quase todo dia, acho que isso não é difícil de presumir.
- Você quer me ver amanhã?
- A deu a ideia de irmos para lá. – Desconversou.
- Pode ser, mas eu estou falando de você.
- Porque isso importa mesmo?
- Não vai responder?
- Pra você ficar se achando?
- Meu ego vai adorar.
Ela suspirou.
- Quero.
- Eu sei.
- Convencido...
- Eu também quero te ver.
Silêncio na linha.
- Você não morreu, né?
- Não, ainda estou aqui. – Ela riu.
- Era só pra ter certeza.
Ela suspirou.
- Só um minuto, minha avó está chamando.
Esperei na linha por alguns minutos até ela voltar.
- Desculpe, ela estava precisando de mim.
- Ainda está?
- Não. Já resolvi. O que você está fazendo?
- Conversando com você.
- Só? Que falta de emoção.
- Fala como se estivesse falando comigo enquanto anda em uma montanha russa, passando dentro de uma coméia de abelhas raivosas.
- E depois de uma dessas, você fumou quantos baseados? – Ela riu. – Foi longe em... Mas não é pra tanto. Só estou falando com você e cozinhando ao mesmo tempo.
- E é emocionante cozinhar?
- Claro! Se eu errar a receita, tenho certeza que minha avó vai te culpar pelo resto da vida.
- Lembre-me de lembrá-la que foi você quem me pediu para ligar.
- Porque eu não estava fazendo nada. Agora estou.
- Quer que eu desligue?
- Não. É só pra te chatear mesmo.
- Nossa...
- Cala a boca.
- Vem calar.
- Está meio longe, sabe?!
- Você cala amanhã.
- Depende com o que você queira dizer com isso...
Sorri malicioso.
- Para.
- Parar com o que?
- Eu aposto que você está com aquele sorriso malicioso bosta no rosto. Você o está usando demais ultimamente.
- Só com você.
- Nossa... Me sinto lisonjeada com seu desejo por mim. – Ironizou.
- Eu sei o que sente.
- Pelo que?
- Nada. Deixa quieto.
- Ô criança difícil...
- Quem é criança? Eu? Quer que eu vá ai te provar o contrário?
- Olha que vou começar a achar que está flertando pelo celular comigo.
- E se eu estiver?
- Continue tentando...
- Eu tenho chance?
Silêncio.
-Talvez.
- Ótimo.

POV
- Para... Não. É sério. Harry! – Ele me pegou jogando na cama. – Ok, isso é cansativo demais para fazer pela manhã.
- Não acho. – Me encarou nos olhos.
- Quando será que eles abrirão a porta? – O questionei, desviando de seu olhar, para que minhas ações não comandassem minha mente.
- Não faço a menor ideia.
- A culpa é sua, Styles!
-Minha?
- Quem mandou escolher a merda da consequência? Ainda por cima me trás junto!
- Eles queriam saber se não aconteceria nada com nós dois aqui, trancados, com roupas intimas.
- De qualquer forma, se tentar me agarrar novamente, te mato!
- Achei que já tínhamos passado dessa fase. Mas não precisa fugir. Só estava querendo que aproveitássemos, já que estamos aqui. Assim...
- Nem começa de novo.
Hazza sorriu, descendo suas mãos pelo meu corpo, me fazendo arrepiar.
- Tire sua mão daí. Aproveita e sai de cima de mim também. Já te disse que não vamos transar.
- Mas está ótimo aqui.
- Não para mim. Você pesa um pouco.
Ele olhou para baixo.
- Você sabe que eu estou apoiado em meus joelhos né? Eu não estou colocando peso nenhum em ti.
- Eu sei, era só pra você sair mais rápido. Não quero que ninguém abra a porta e nos veja... Assim. Nossa posição daria a entender algo que não está acontecendo.
Haroldo revirou os olhos e saiu de cima de mim, me fazendo encarar seu corpo.
Ok, aquilo era estranho, mas não dava para ignorar quando ele te pegava. Acreditem, eu já provei e mesmo não chegando até o final, a pegada dele é impressionantemente boa.
- Harry, nenhuma menina, nunca... É...
Ele me encarou com dúvida.
- Brochou quando viu essa borboleta não? – Mordi meu lábio inferior para reprimir a vontade de rir.
- Não. – Ele respondeu da forma mais natural. – Elas estão sempre muito ocupadas para pensar nela. Por quê? Quer tentar?
- Não, é só curiosidade de saber, o que leva uma pessoa a fazer uma borboleta desse tamanho no corpo?
- Todas tem um significado.
- Então você é gay?!
- Não, . É uma forma de protesto. Me julgue, eu não me importo, já cansei de me importar.
- E porque não escreveu a frase invés da borboleta?
- Assim o protesto tem graça.
- A bom. Quando vão abrir isso? Estou ficando entediada.
- Eu já te dei uma ideia do que poderíamos fazer...
- Sem essa. – Voltei a encará-lo, que aquela altura estava ao meu lado me analisando.
O silêncio se instalou no quarto enquanto olhávamos um para o outro.
- Você é linda.
Corei imediatamente, me cobrindo com o lençol da cama.
- Não faz isso. – Falou se aproximando, pegando o edredom delicadamente de minhas mãos. – Você não precisa se esconder. Não de mim.
Deixei que ele tirasse o lençol e enquanto não desviava o olhar do seu, o senti deslizar o edredom pelo meu corpo, roçando sua mão, me fazendo arrepiar com seu contato. Sem aviso, Styles levou seus lábios a minha barriga, subindo com seus beijos até meu pescoço. Me arrepiei com seu movimento enquanto o mesmo depositou chupões e leves mordidas em meu pescoço.
- Por favor...
- Shiuuu...
Me mantive calada, o sentindo subir aos meus lábios. Logo um arrepio percorreu meu ventre, subindo pelo meu corpo. Seu beijo começou doce e terno, sendo aprofundado pelo próprio, que o tornou mais desejoso. Seus lábios suaves sobre os meus me faziam o desejar mais. O querer mais próximo de mim, para senti-lo.
Minhas mãos passaram para seus cabelos, os bagunçando, enquanto eu sentia nossas peles quentes em contato uma com a outra. Hazza desceu suas mãos pelo meu corpo, parando em minhas costas, mais especificamente no fecho de meu sutiã.
Suspirei, e o senti o soltar enquanto eu mantinha meus olhos fechados.
- Abra os olhos. – Ele pediu.
Eu os abri, encarando seus olhos, que tinham desejo nos próprios. Ele voltou a beijar meu pescoço enquanto começava a tirar meu sutiã.
Duas batidas na porta me fizeram despertar. Nós iríamos transar com todos ali presente, em outro cômodo. Minhas bochechas coraram e eu o afastei, segurando o sutiã no lugar.
- A gente pode entrar? De qualquer forma, já estou entrando mesmo...
O empurrei para longe de mim, me deitando de costas e me cobrindo com o edredom, colocando o fecho rapidamente.
- Espero não ter atrapalhado nada. – entrou no quarto.
- Nada. – Afirmei.
Ela olhou desconfiada.
- Vocês já podem se vestir e voltar.
Me levantei apresada, ainda sem encarar o Harry, envergonhada pelo ato quase ocorrido. Sai do quarto, indo ao banheiro, onde estavam as roupas.
- Só mais uma coisa, amiga.
A encarei.
- Se eu fosse você, ajeitava o sutiã, que foi muito mal colocado, antes de ir lá pra sala.
Meu rosto corou e eu baixei a vista, sem querer encarar ninguém naquele quarto.
- Espero que vocês tenham usado camisinha. – Falou saindo.
- A gente não...
- , se eu fosse você, não tentava esconder o que aconteceu. – Harry se pronunciou.
Agora era o que me faltava...
- Atiçar as mentes das pessoas é divertido. – Se levantou chegando perto de mim. – O que acha de terminarmos o que começamos?
- Tchau, Styles. – Sai, me trancando no banheiro.


Capítulo 14



“A única vida que quero é com você. – Do filme A Garota da Capa Vermelha. ”


POV Louis

Sai do carro entrando no estabelecimento. Já podia imaginar o que apareceria amanhã nas revistas. “Louis Tomlinson volta com Eleanor Calder”. Não que fosse verdade. Não era.
Finalmente teríamos o tempo que ela tanto ansiava para conversarmos, e era por isso que eu estava ali.
Sentei em uma mesa, percebendo que Els ainda não havia chegado.
Logo uma moça se aproximou de mim.
- Senhor, deseja algo?
- Obrigado, mas estou esperando uma amiga.
A garçonete logo se retirou e eu a vi entrar pelas portas de vidro. Logo avistei uma moça de cabelos castanhos ondulados adentrar o estabelecimento. Eleanor me localizou, se aproximando. Me levantei e ela me abraçou.
- Finalmente consegui te encontrar. – Sorriu.
- Fazer o que, se sou difícil. – Brinquei.
- Você não tem ideia... – Ela se sentou e eu também.
- Então, o que quer tanto falar comigo?
- Bem... Acho que devemos pedir algo para comermos e conversarmos enquanto esperamos.
Assenti, chamando a garçonete.
- O que desejam?
- Chá e biscoitos. – Ela pediu.
- Eu vou querer um frapuccino.
- Já trago.
A moça se foi e eu fiquei esperando que ela começasse. Estava receosa demais, para que eu não me preocupasse.
- Desse jeito, estou começando a achar que é algo ruim, o que quer falar?
- Bem... Creio que não. – Ela suspirou. – O que eu tenho para falar, eu pensei muito e não posso mais omitir isso. – Assenti, incentivando-a a continuar. – Louis, nos conhecemos a bastante tempo, desde que nos colocaram juntos nessa de namoro, e eu gosto de você, desde que passamos a nos conhecer melhor. Eu não podia mais passar um dia sem a certeza de que te contei e que tentei fazer com que agora tenhamos algo sério. Sei que a Modest nos separou, mas se você quiser... Se quisermos, podemos falar com eles e ficarmos juntos. Mas sei que, se você não gostar de mim nada, do que eu estou falando vai valer. Porém eu quero que saiba, antes de tudo, que eu estou apaixonada por você, Lou. Eu te amo.
Eu não podia acreditar. Não sabia o que dizer nem pensar. Ela estava apaixonada por mim e a estava certa. Só eu que não havia enxergando o que estava em minha frente, e naquele instante tudo pareceu tão confuso...
- Eu não sei o que te dizer. – Fui sincero.
Mas ela pareceu não gostar disso.
- Eu preciso pensar. Eu não esperava dizer isso. Nunca imaginei que...
- Eu entendo. – Suspirou. - Mas eu preciso saber, Louis. Você sente algo por mim?
- Els, você tem que entender que sempre te vi como uma amiga, e se estávamos juntos era por causa da Modest, agora é diferente. Eu preciso pensar para saber se gosto de você mais que uma amiga.
- Eu sei. Mas eu vou te esperar. Te darei o tempo necessário, Lou, porque eu te amo, e se isso é para tê-lo no final, farei de tudo. – Segurou minhas mãos sobre a mesa.
- Eu prometo pensar. Você é importante para mim. – Sorri.
- Eu sei.
- Seus pedidos. – A garçonete chegou, colocando os nossos pedidos a mesa.
Eleanor começou a comer o biscoito e eu bebericar o meu frapuccino enquanto devaneava.
Eu não podia machucá-la. Não podia fazê-la sofrer, afinal, tinha estado ao meu lado em tantas fases em minha vida... E se eu gostar dela e não souber? Eu tinha que pensar naquilo. Talvez tivesse que dar uma chance a ela de fazer dar certo, algo que nunca imaginei possível. Ela merecia isso.
Também tinha que levar em conta que estava ficando com a , e mesmo achando que ela não se incomodaria, pois não era nada certo e não devíamos nos apegar, era outra questão a ser discutida.
Mas eu estava decidido. Pensaria naquele assunto, até descobrir o que era certo. Se eu gostasse da Els, a daria uma chance. Se eu gostasse da e ela desse uma chance a nós, eu poderia escolhê-la. Mas a Eleanor me amava e isso eu não podia esquecer. Eu tinha uma escolha e tinha que pensar se deveria ficar com a Els ou não. Afinal, eu poderia ter algo a perder.
Sim. Eu gostava da , mas se ela não gostasse de mim, é melhor ficar com alguém que gosta de você, que se pode aprender a amar, do que ficar esperando pelo resto da vida alguém que pode nunca te amar em troca. Que nunca fará nada para ficar com você, tendo uma pessoa que faria de tudo.
Eram muitas questões que eu tinha que pensar para minha decisão oficial.

POV Liam

- Pronto, eles vão se trocar e já vem.
- Continuamos a brincadeira?
- Vamos comer... – se deitou com a cabeça em meu colo.
Sorri para ela.
- E quem vai fazer? – a indagou.
- Vai lá, Niall... – pediu. – Você cozinha melhor que todo mundo aqui.
- Eu? Não estou muito afim.
- Eu faço. – Falei, tirando a cabeça da de meu colo.
- Nam... Só porque minha cabeça estava confortável?! - Ela fingiu estar chateada.
- Venha me ajudar.
- Se eu pedi alguém pra fazer, é porque não queria ir. – Revirou os olhos. – Mas como sou uma ótima pessoa, que presa uma boa comida, eu vou. – Falou. se levantando.
- Cuidado vocês dois ai... – Zayn zoou.
- Relaxa. Não vamos fazer nada que você não faria.
Saímos dali escutando os risos e vendo os olhares maliciosos de nossos amigos.
- Já posso escutar eles falando... – Ela foi até o armário.
- Eu sei. – Me aproximei dela, enlaçando meus braços em sua cintura, a puxando para mim. – Deixe eles pensarem o que quiserem. Até porque, temos coisa melhor para fazer...
- O que vamos fazer para comer?
- Depois pensamos nisso. – Beijei seu pescoço.
- Vou olhar na geladeira. – Ela se afastou, mas não antes de depositar um selinho em meus lábios. – Tem bolo recheado. Será que podemos levar?
- Acho que sim. – Dei de ombros.
- Pega os pratos que eu levo o bolo e a faca.
- Faço isso já, já. – Me aproximei dela novamente. – Mas antes, quero um beijo.
- Vai ficar querendo. – Ela se aproximou.
- Só um. – Fiz bico.
gargalhou.
- Só um. – Fez um com o dedo.
Assenti e se aproximou. Ela mandou um beijo pelo ar.
- Pronto.
- Chata.
- Criança. – Enlaçou os braços em meu pescoço.
Aproveitei sua deixa para tentar beijá-la.
- Eu estou com fome, Payne...
- Me da um beijo que resolvemos isso.
- Não é desse tipo de fome. – Deu um tapa em meu braço.
- Mas eu sim. – Me aproximei, depositando um selinho em seus lábios.
Logo o mesmo se intensificou, virando um beijo carinhoso e com desejo evidente de ambas as partes. Minhas mãos foram até sua cintura, a puxando. A mesma entrelaçando as suas em meu pescoço, dando mais intensidade.
Seus lábios macios me fazia querer beijá-la mais, enquanto tudo que estávamos fazendo começava a se torna extremamente perigoso, juntamente com as caricias mais que intimas. Meus lábios desceram para seu pescoço, onde depositei alguns chupões por sua extensão. suspirou e eu voltei a subir para seus lábios. Mas infelizmente tivemos que dar o beijo por finalizado, antes que o mesmo se tornasse algo há mais.
- Leva os copos. – Falou, se recompondo.
- Tá. – Depositei um selinho em seus lábios a soltando de meus braços.
Eu peguei os tais copos e ela o bolo, nos direcionando para a sala.
- , eu não sabia se podia pegar o bolo, mas como era mais prático... – falou, colocando o mesmo no centro.
Aquela altura o Harry e a já haviam aparecido.
- Essa demora toda por um bolo já pronto? – duvidou.
- Não. E uma seção de amassos que deixaram hematomas. – passou a mão no pescoço e desfez o coque que mantinha em seu cabelo, ficando vermelha. – Liam, da próxima vez menos, amigo.

POV

Sai da faculdade indo direto para casa. Hoje meu irmão voltaria e eu iria me despedir antes que ele pegasse o voo.
Adentrei a casa e Jack com Amy estavam na sala, já com suas malas.
- Hey... Iam sem se despedir de mim? – Fingi ficar chateada.
- Claro que não, minha irmãzinha linda, estávamos só te esperando.
- Mentira, , já estava dizendo que, se você não chegasse em um minuto, iria embora.
- Que coisa feia, Jack, mentindo para mim? – Falei o abraçando. – Vou sentir saudades.
- Eu também, mas já sabe que qualquer coisa pode falar comigo.
Queria que meu problema você pudesse resolver, mas não pode.
- Eu sei. – Me soltei dele, indo abraçar a Amy. – Tchau, cunhadinha, e vê se cuida dele, porque sozinho já viu.
- Pode deixar, .
Depois daquele abraço e aquela coisa melancólica de despedida, depois de minha mãe ter chorado (como sempre fazia) eles se foram para o aeroporto.
- Essa casa é tão vazia sem seu irmão... – E ela começa novamente.
- Mãe... Ele não vai pra sempre. Lá o Jack está feliz e é o que importa. – Tentei confortá-la.
- Eu sei, mas é sempre difícil para uma mãe ver um filho ir, , mesmo que seja por pouco.
- Porque não vai cozinhar alguma coisa pra mim? Estou com fome e você adora fazer isso. Eu vou subir e descansar um pouco, tá?
- Porque não chama seu namorado para jantar aqui esta noite? Aproveito e me distraio cozinhando.
- Ah... – Baixei a cabeça sem querer tocar no assunto. – A gente terminou.
Ela parecia boquiaberta.
- Meu bem... Eu sinto muito, sei como deve estar se sentindo.
- Mãe, eu estou bem, só preciso descansar. Foi melhor assim. Eu vou tomar um banho ok? – Falei já subindo, ou correndo, pela escada.
Não sabia se o que tinha falado ao certo era para convencer minha mãe ou a mim mesma, mas assim que cheguei ao quarto lágrimas caíram de meus olhos. Não tê-lo ali estava me matando e a vontade imensa de puxar meu celular e conversar com ele por algumas horas tentava me dominar, mas eu não podia.
Apesar de saber que era o certo, e que parecia ser, doía, e eu só queria que tudo passasse. Hoje o dia tinha sido difícil de engolir, começando pelas meninas, que haviam me chamado para uma daqueles dias com os garotos, mas o Niall iria e eu não aguentaria olhá-lo em tais condições, então decidi mentir e dizer que tinha um trabalho do curso para finalizar, mas esta mentira era por uma boa causa. Minha causa.
Enxuguei meu rosto e joguei minha bolsa e meu material na cama. Fui ao banheiro e me despi, pronta para tomar um banho com a água quente. Aquilo me acalmou como nunca antes e a sensação do choro sendo carregado pela água morna foi reconfortante.
Desliguei o chuveiro, peguei a toalha e me enxuguei saindo do mesmo. Fui direto para meu closet colocando uma roupa simples , para ficar em casa. Me joguei em minha cama, fazendo meus materiais caírem. Fui até minha bolsa e peguei minha câmera nova. Comecei a olhar as fotos tiradas da aula de hoje e ri com a de Make. Aquele lesado tinha feito dupla comigo mais cedo, e havíamos tirado algumas fotos de pássaros pelo campus, até que ele começou a imitar um de uma forma escrota, me fazendo rir, me fazendo praticamente ser obrigada a tirar uma foto dele, para rir o resto da vida.
A batida na porta me despertou de meus devaneios.
- Querida, fiz um lanche para você, está na cozinha. É melhor comer logo antes que esfrie.
- Já estou indo, mãe, só estou terminando de fazer uma coisa.
Desliguei a câmera e peguei meu celular, checando todas as minhas redes sociais para ver se tinha algo de novo ou interessante. Mas quando cheguei em meu facebook, percebi que ainda não havia tirado de relacionamento sério. Será que era hora de tirar?
Não me prendi pensando muito naquilo e mudei o status para solteira. Se fosse para ser assim, seria bem feito.

POV Zayn

- Eu ganhei! - comemorou.
- Você é puta mesmo! - Minha namorada protestou.
- Saiba perder, , que vai ser mais fácil.
- Não tenho culpa se essa sua banda grande me sufocou e eu cai!
- Como uma bunda sufoca alguém? - Questionei .
- Cala a boca, Zayn. Estou brigando com ela.
- Seja uma boa perdedora que já basta. - deu de ombros.
revirou os olhos, se aproximando de mim.
- Você era pra me defender sabia?
- Mas você estava errada, amor.
- Mulher nunca está errada, Malik. Principalmente a sua. - Me repreendeu.
- Tudo bem. , você roubou. Minha gata quem ganhou. - A puxei para mim.
- Está bom assim, linda?
- Vou pensar no seu caso. - Se soltou de mim, indo se sentar ao lado da .
- Ok. Vamos fazer o que? - Harry questionou.
- Eu não sei vocês, mas eu tenho que ir para casa, antes que a velha chegue.
- Logo você, ? - olhou a amiga.
- É isso ou ela come meu cu com um cabo de vassoura quando eu chegar. – Falou, se levantando. - Vai ficar, , ou vai comigo?
olhou para o Liam e pareceu pensar.
- Eu a deixo em casa. - Ele se pronunciou.
- Tudo bem. - Pegou sua bolsa. - Tchau para vocês que ficam.
- Espera, , que vou com você. - Niall falou.
Desde que havíamos chegado, o mesmo mal tinha se pronunciado. Para ser sincero, ele estava estranho desde que havia terminado com a .
- Ok. Bye, povo. - se despediu.
- Tchau, meninas. - Nialler se despediu e os dois saíram.
- Ok. Agora vamos fazer o que? - se levantou.
- Jogo de mímica! - Dei a ideia, animado.
Eu era ótimo naquilo.
- Tudo bem. Duplas de dois. - Harry falou. - Ah eu vou com a .
- Malik, vem pra cá... - Minha namorada me chamou e eu me levantei, sentando ao seu lado.
- Quem começa? - Liam questionou.
- A gente. - se levantou indo para o centro da sala. - Um filme.
Ela começou a fazer a mímica e enquanto todos tentávamos adivinhar por chute as horas se passavam. Já no final do jogo, eram 21:00h, mas como estava empate e estávamos na última jogada, continuou.
- Se eu ficar! - gritou.
assentiu.
tinha se colocado melhor que eu no jogo.
- Harry, da próxima vez não vou com você.
- Por quê? - Ele questionou ela.
- Você é péssimo!
- Me ama...
- Iludido.
- Vai dizer que não me ama? - Hazza se aproximou dela e mordeu o lábio inferior.
- , é melhor a gente ir para o seu quarto, para não atrapalhar algo.
- Boa ideia. - se levantou.
-E é melhor, Payne, você ir me deixar.
- Se você quiser ir agora... Vamos. - Meu amigo se levantou.
- Gente, relaxa. Não precisam ir.
- Claro que precisam, .
- Cala a boca, Styles.
- Tudo bem, amiga. Eu preciso ir mesmo. Minha avó já deve está enlouquecendo. - Pegou a bolsa. - Tchau.
- Até mais, meninas. - Daddy se despediu.
- Tchau. - Falamos em uníssono.
Eles saíram e eu e minha namorada saímos dali, deixando aqueles dois sozinhos para nos curtimos um pouco.
- Ei, esqueci de falar para os meninos, mas falei com a Mel e com meus pais. Ela vem no fim de semana para ficar comigo.
- Esse fim de semana vai ser interessante... - A puxei mais para mim.
- Ela vai encher vocês de perguntas. Não duvide.
- Eu conheço minha cunhadinha.
- Ótimo. Assim não se assusta - Riu. - Estou brincando. Pedi para dar um tempo nas perguntas.
- E você acha que ela vai fazer isso?
- Hum... Não, mas não custa tentar.
Sorri depositando um selinho em seus lábios.

(Coloque essa música)

POV

Ele estava deitado em minha cama enquanto parecia pensar.
- O que você tem? Está assim desde que chegou, e você não é assim, Tomlinson. Aconteceu algo que eu deveria saber?
- Não é nada. – Ele soltou o ar. – É só... Você estava certa.
O olhei, o incentivando a continuar, sem ter ideia ao que ele se referia.
- Ela conversou comigo hoje. Por isso não fui para a casa das meninas. ... Ela gosta de mim.
Mordi meu lábio inferior, a fim de controlar minhas emoções, que pareciam transbordar com aquela frase.
- E você ficou balançado. – Conclui pelo seu estado.
Naquele momento, eu queria enfiar minha cabeça embaixo da terra. Como eu pude pensar que ele queria algo comigo? Estava mais que claro que ele sentia algo por ela. E eu aqui... Servindo de amiga ficante. Como eu fui burra! Não era pra eu ter me deixado envolver! Que merda eu fiz comigo mesma...
- Então eu já sei o final disso. Fica com ela. Ela é a bonequinha que você precisa. Não é como eu. – Soltei toda a amargura que sentia.
- O que você quer dizer com “Fica com ela. Ela é a bonequinha que você precisa. Não é como eu.”?
- Você sabe o que quis dizer.
- Não, não sei. – A olhei. – Eu estou confuso, . – Passou as mãos nos cabelos.
- Então você não gosta dela?
- Por que disso?
- Só responde.
- Não. Não é que não exista nenhuma possibilidade de existir algo entre nós dois...
Aquilo foi o bastante para mim.
- Você gosta dela. – Desviei o olhar para minhas unhas, como se aquilo não me importasse, com a intenção de não encará-lo.
- Eu não sei...
- Por que dessa duvida toda?
- Por que... Eu talvez goste de você. – Falou mais baixo.
Meu coração palpitou, mas eu o acalmei. Se ele gostasse de mim de verdade não teria essa duvida toda. Já teria dito algo antes. Mas não. Então por que só agora? - E aquela constatação doeu mais do que deveria.
- Sinceramente, Louis, ela é a bonequinha que você quer para ficar com você. Completamente diferente de mim. Tudo que você não quer ter, porque você sabe como termina. – O encarei, falando aquilo mais para mim do que para o próprio.
- Isso não tem nada a ver, .
- Você usa desculpas demais para não se resolver. Se você gostasse de mim de verdade, já teria feito algo. Não ficaria indeciso. As coisas não caem do céu, mas você prefere ficar calado!
- Eu tenho que resolver primeiro isso com a Eleanor. Sinto muito.
Ele falou aquilo como se meu nome não estivesse nunca entrado na história.
- Vai me pedir para esperar? – O olhei magoada.
Ele abaixou o olhar.
- Não.
- Então. – Me sentei. – Fica com ela. É o mais fácil. – Me levantei. – Essa conversa nunca aconteceu.
Entrei no banheiro e meus olhos ardiam em lágrimas, que não poderia deixar cair. Olhei-me no espelho, despedaçada por dentro, mas decidida que era hora de esquecer as memórias e seguir em frente. Ele quer Eleanor? Ele deve ficar com ela, porque eu agora... Estou voltando para a pista.

POV Louis

Sai da casa da ainda com o clima pesando sobre a gente. Eu não sabia o que pensar. Ao mesmo tempo em que achava que tinha feito a coisa certa em constatar a verdade a ela, me sentia idiota por tudo tomar aquele rumo.
Se eu ao menos tivesse tido a coragem de pedir para ela me esperar... Mas nem isso fui capaz. Como o faria, sem saber se eu a escolheria ou a Els? Estão, sim. O melhor foi ficar calado.
Eu agora pelo menos tinha a certeza dela gostar de mim. Não que essas palavras tenham saído de sua própria boca, mas ao que pude entender. E estava aí a questão:
Qual das duas eu gostava ou duraria mais, quem seria a certa para escolher... Muitas questões, e isso me incomodava. Tudo era só questões, das quais alguém sairia machucada. Uma das duas, mas qual?
Sacudi a cabeça, a fim de esquecer esses pensamentos e me concentrar no caminho de casa, o que obviamente não estava dando tão certo quanto eu queria. Afinal, nada estava dando como o meu planejado desde cedo. Vamos ver o lado positivo... Pelo menos nada de paparazzi tirando fotos minhas com a Eleanor e afirmando nossa volta. Mesmo que talvez pudesse acontecer, ainda não havia decidido.
Mas quanto tempo eu teria para pensar? A Els disse que iria me esperar, mas depois do que a falou, ela esperaria? Eu teria quanto tempo para ver de quem gostava e a ter para mim. E se eu não a tivesse por decidir tarde?
Que merda!
Esmurrei o volante do carro com raiva, mas logo me recompus, percebendo o tal ato.
Logo estava estacionando o carro na frente da minha casa. Passei as mãos nos cabelos, tentando me acalmar, e sai de lá.
Destranquei a porta de entrada e entrei, não encontrando ninguém ali. Onde todos estavam? Segui para o meu quarto, me jogando na cama. Para mim, por hoje o dia já havia dado.

POV

Uma semana havia se passado desde os últimos acontecimentos. E, para ser mais clara... Podia dizer que eu e o Liam estávamos mais próximos que nunca, se é que você me entende. A proposito, estou me arrumando para sairmos. Isso mesmo. Um encontro.
Iriamos a um parque. Pois é. Ideia dele. Não que eu não tivesse gostado. Na verdade, amo parques, então aqui estou eu, dando os últimos retoques na maquiagem antes que o mesmo chegue.
A batida na porta me fez desperta de meus devaneios.
- , o Liam está ai em baixo te esperando. – Minha avó falou, abrindo a porta.
- Já estou indo, vó, só preciso passar o perfume. – Deixei o lápis de olhos de lado assim que terminei de usar, procurando o perfume.
Eu definitivamente tinha que aprender a me arrumar fazendo menos bagunça.
Peguei o frasco que estava embaixo de algumas roupas espalhadas pela cama e o passei, dando uma última olhada no espelho.
Sim. Eu estava magnifica.
Sai do quarto, descendo as escadas e encontrando Payne conversando com minha avó. Depois que ele tinha feito visitas constantes a minha casa, se tornara amigo dos meus avôs e era por isso que eu vivia escutando-os me dizerem que ele era algo que eu já sabia.
- Já estou pronta.
Liam se levantou, vindo até mim e depositando um selinho em meus lábios.
- Cuida dela viu, Liam?! Não cheguem tarde e juízo.
- Pode deixar. Ela está em boas mãos. – Payne entrelaçou nossas mãos. – Vamos?
Assenti.
- Tchau, vó. – Me despedi.
Saímos da casa dos meus parentes e seguimos para seu carro. Entrei pela minha porta e ele pela sua.
- Sua avó estava me contando umas histórias de quando você era pequena. – Um sorriso divertido brotou em seus lábios.
- Sério? É melhor eu nem saber... – O olhei envergonhada. – Eles falam muito de você.
- Espero que bem.
- Aposto que falam melhor de você do que devem falar de mim. – Brinquei. – Você arranjou dois fãs lá em casa.
- Pelo menos seus avôs eu já conquistei... Só falta seus pais.
Corei.
- Acredite, um dia ainda te apresento. Mas, e os seus? Ainda estou esperando as fotos que você disse que a Karen provavelmente me mostraria.
Ele riu divertido.
- Obrigado por me lembrar. Antes de você a conhecer, escondo aquelas fotos.
- Que maldade... Só porque eu ia ganhar dinheiro...
- Chegamos. – Ele estacionou. – Sinto muito em destruir seus sonhos.
- Eu supero. – Falei, já pousando a mão na porta para abri-la.
Descemos do carro e Liam se aproximou de mim, passando as mãos sobre meus ombros enquanto entravamos no parque.
As luzes dos brinquedos se destacavam enquanto os mesmos se movimentavam. De fato, tinha muita gente no local, e comecei a me questionar se foi uma boa ideia.
- Aonde quer ir primeiro? – Ele me olhou.
- Musik Express. – Sorri.
- Sério?
Assenti.
- Só vou te avisar que enjoo em alguns brinquedos que giram.
- Não vomite em mim e tudo feito. – Depositei um beijo em seus lábios e ele me abraçou mais forte. – Vamos?
- Você venceu... – Sorri vitoriosa.
Nos dirigimos para o brinquedo, e assim que chegamos nos carrinhos sentamos em um. Payne segurou minha mão e aquilo me fez sorrir.
Com aquele ato, o brinquedo começou a se mexer, apertei a mão dele passando carinho e ternura.
Se movimentando devagar, enquanto conversávamos para ele não ficar nervoso e... Então começou. Tão rápida que impedia dos olhos não lacrimejarem, ou se quer ficar abertos. Levantei nossas mãos gritando e Liam se contagiou, fazendo o mesmo. Enquanto o brinquedo dava voltas e as pessoas gritavam e riam. Eu e ele não ficamos diferentes.
Assim que parou, eu o olhei. Ele começou a rir, mas logo foi parado colocando a mão na boca.
- Ai não... – Sussurrei enquanto o mesmo corria para fora. – Você está bem? – Me aproximei dele.
Liam desesperado pegou meu chapéu, vomitando no mesmo. O encarei passada, até que ele terminasse.
Payne me olhou envergonhado, jogando o chapéu em uma lata de lixo próxima a nós.
- Sinto muito.
- Você está bem?
Ele assentiu.
Comecei a rir.
- Tudo bem. É só um chapéu e ele não era nem tão bonito assim. – Sorri. – Você é tão bobo... Na próxima vez, nada de Musik Express.
- Tudo bem. – Ele sorriu. – Eu te dou outro.
- Relaxa. Eu nem gostava tanto dele. Acredite, me fez um favor. – Depositei um beijo em sua bochecha.
Ele sorriu.
- Liam? Você tira uma foto comigo? – Uma menina se aproximou da gente.
- Claro. – Ele sorriu, se aproximando dela.
Me afastei mais para que eles pudessem tirar a foto.
- Obrigada. – Ela sorriu. – Sua nova namorada? – Apontou para mim e eu corei.
- É. – Ele estendeu a mão para mim e eu a segurei.
Namorada do Liam... É. Eu me acostumaria com aquilo fácil.

POV Harry

- Você é muito sem graça, Styles. - se deitou na cama ao meu lado.
- Desculpa se seu gosto para filme não é o mesmo que para garotos.
Ela riu.
- Se acha. Vê se pode?! Iludido.
Ri. - Quem me ilude é você, .
Ela corou, começando a rir.
- Claro... - Se aproximou de mim, roçando seus lábios nos meus. - Só presta assim. - Iniciou um beijo veroz e com rastro de desejo.
Segurei sua nuca enquanto uma de minhas mãos descia para sua cintura. mudou de posição, enlaçando suas pernas em meu quadril, ficando por cima de mim, enquanto descia suas mãos pelos meus braços, os arranhando levemente, causando sensações maravilhosas.
Aprofundei mais o beijo, a sentindo acabar de chegar a barra da minha camisa. Fez menção de subi-la. Mas, invés disso, passou as mãos por dentro da mesma, arranhando meu abdômen.
Desci meus beijos ao seu pescoço a sentindo estremecer. Mordeu seu lábio inferior segurando um gemido.
- Não faça isso. – Sussurrei, me afastando de seu pescoço.
- Eu não posso, Harry. - Baixou a cabeça ainda em cima de mim. - Não agora. Sinto muito.
- Ei. Se você não quiser, a gente não faz. Eu não vou te pressionar, tá?!
Ela assentiu, se deitando em cima de mim.
- Obrigada. - Sorriu.
E com aquilo eu me senti completo. Não precisaria pressioná-la para conseguir algo. Não. Ter ela ali, por incrível que pareça, era o bastante, e me admirei por escutar essas próprias palavras virem de mim.
- O filme não era chato. Eu chorei muito.
- Você gosta de coisa mais melosa...
- Olhe, fique shiu, Hazza. Eu, melosa?
- Para filme, sim.
- A menina podia morrer! Você quem é sem coração.
- Eu? - Tirei uma mexa de seu cabelo, que havia caído em seu rosto. - Tudo bem, o sem coração está com fome.
- A casa é sua. Pode é ir muito bem lá.
Fiz careta.
- Sabe.... Está melhor aqui. - A olhei.
- Eu saio. – Falou, saindo de cima de mim e se jogando ao meu lado. - Vai lá.
- Não está com fome não? - Me levantei.
- Trás pra mim? - Fez cara de cachorro que cai do caminhão de mudança.
Ri.
- Não. – Falei, me aproximando da porta.
- Harry... É bom que morra entalado. - Se levantou, passando por mim.
- Eu ia trazer.
- Ah, falou agora que já é levantei? Deixa que eu faço. - Seguiu para a cozinha.
Fui atrás da mesma. E quando cheguei lá, encontramos o Niall comendo.
- Dude, como foi lá?
- Pegaram as amostras de sangue e o resultado sai daqui a algumas semanas. - Falou desanimado.
- Hey, Nialler, tudo vai dar certo. - repousou a mão em seu ombro.
- Assim espero. - Suspirou. - Vou voltar ao meu quarto. Tchau para vocês.
Olhei meu amigo se afastar. Ele estava daquele jeito havia uma semana e eu não sabia o que fazer.
- Eu não acredito que tudo terminou assim.
- Para ser sincero, nem eu. – Falei, me aproximando dela. - Você não vai me deixar assim se um dia terminarmos né?!
- Claro que sim! Quero vê você sofrer, Styles.
- Que pessoa mais vingativa você...
- Com você essencialmente, meu caro.
- Isso é tudo amor?
- Cala a boca e me ajuda a fazer algo, Haroldo.

POV

- O que a Mel achou?
- Ela amou né, Zayn?! Louca por vocês que nem sei...
- Me lembre de agradecer a ela. - Ele me aninhou mais em seus braços.
- Por quê?
- Se não fosse por ela, eu talvez nunca tivesse reencontrado você.
Corei.
- A gente se veria de alguma forma.
- De qualquer forma, tenho que agradecer a minha cunhadinha.
- Para ela basta passar alguns dias com você.
Ele riu.
- Assim é fácil.
- Eu sei que sim. - O olhei - Meus pais agradeceram por você tê-la convidado para vir.
- Não tem o que agradecer. Eu a adoro.
Sorri.
- Você existe?
- Não sei... Porque você não prova e tira a certeza?
Ri.
- Proposta tentadora, Malik. - Depositei um selinho em seus lábios.
Zayn puxou minha cintura mais para si, me aproximando mais de seu corpo.
- Quero que você vá a um show comigo hoje. - Cortou o beijo.
- Show de quem? - Me ajeitei no sofá.
- Do Ed Sheran. Ele vai fazer um show hoje aqui, para poder começar a tour, e quero que vá comigo.
- Do Ed? Claro que vou. Ele é muito top. Amo as músicas dele, quem não amaria?
- Tá animadinha demais, acha não? - Me olhou de rabo de olho e eu ri.
- Aí, Zaza, só tenho olhos para você. Nem se preocupa com isso não, amor.
- Que bom ouvir isso. - Ele me puxou para seu colo.
- E não tinha certeza?
- Tenho. Só é melhor quando sai da sua boca.
- E é, Malik?! Bom saber...
- E né não?
- Se você diz..
. - Por isso que eu te amo, minha maluca. - Depositou um selinho em meus lábios.
- Fala algo que não sei... Eu te amo, Malik. - Cortei o beijo.

(...)


- De que horas você vem me pegar? - Olhei para ele.
- 21:00h
- Estarei esperando. - Depositei um beijo em seus lábios.
O beijo começou calmo com sabor de inocência. Seus lábios contra os meus, fazendo um contraste perfeito de movimentos. O senti me pressionar contra a porta atrás de mim. Deixei um pequeno gemido de hesitação escapar de meus lábios, e Zayn se afastou.
- É melhor que eu vá antes que desista e decida te levar para seu quarto.
- Boa ideia. – Falei, ainda meio ofegante. - Nos vemos às 21:00h.
- Estarei aqui. Não perco você por nada. - Mordeu meu lábio inferior.
- Claro que não perde. - Rocei nossos lábios e os afastei. - Até mais, Malik.
- Tchau, amor. - Zayn me deu um rápido selinho e saiu.
O observei descer pela escadaria e me questionava se eu merecia tudo aquilo. Ele era maravilhoso e tudo do que eu precisava. Não só naquele momento, mas sempre.

POV

Os últimos dias tinham sido torturantes com a falta dele. Já não assistia a TV ou se quer mexia em qualquer rede social. Em qualquer lugar que eu fosse, tinha algo sobre o nosso término, e as fãs, essas me esculhambavam por tê-lo deixado. Mas será que tinha acontecido isso?
Desde então procurava não pensar nisso, então qualquer constatação era invariável para mim. Tinha me atolado em meu curso e agradecia por, na próxima semana, já estar retornando as aulas. Talvez assim pudesse fugir mais.
Peguei minha bolsa e as chaves do carro. Iria para a casa da Marry concluir um trabalho. Desci as escadas.
- , vai jantar não?
- Na verdade, já estou atrasada, quando chegar eu como. - Falei saindo.
Fui até meu carro, dando partida.
Enquanto andava pelas ruas de Londres, escutei meu celular tocar. O peguei sem olhar quem era.

Ligação ON:
- Alô?
Silêncio.
- Alô?
Silêncio.
- Tem alguém aí?
Silêncio.
- Desculpe, se você não falar irei desligar.
- .
Minha garganta secou e minhas pernas tremeram. Tive que segurar firme o volante para não provocar um acidente. Meu coração estava disparado. Eu poderia esperar qualquer pessoa me ligar. Menos ele.
- Niall?
- Desculpe. Eu só precisava escutar sua voz.
E eu só precisava estar com você.
- Eu também.
Ele suspirou.
- Logo sairá o resultado do exame.
Aquilo me doeu. Muito.
- E o que você acha?
- Eu não sei. - Soltou o ar que havia em seu corpo.
- Vai dar tudo certo.
Para você, é claro.
- É o que espero. Mas... Eu queria você aqui.
Suspirei.
- E eu queria está aí.
A dor era presente em nossas vozes.
- Eu sinto muito sobre o que estão falando de você, mas eu já desmenti.
- Tudo bem, eu não me importo. - Estacionei o carro na frente da casa da Marry.
- , eu não queria que tivesse sido assim.
- E quem queria, Horan? - Sai do carro pegando minhas coisas. - Mas tudo se resolve um dia.
- Odeio essas frases clichê que você fala.
- Eu sei. - Ri.
Como se fosse possível para mim esquecer tudo dele, nem que fosse uma bobagem acontecia, pois eu já estava mais que envolvida com ele. Eu o amava e isso não se esquecia.
- Niall, eu tenho que desligar. - Toquei a campainha.
Por mais que quisesse passar horas ali conversando com ele, tinha uma bosta de trabalho para fazer.
- Foi bom falar com você. - Falou.
- Com você também.
- Tchaum ...
- Tchaum Ni...
- Amor, você chegou. - Make abriu a porta e me encarou. - Linda como sempre.
Ri.
- Desculpe se te atrapalhei. - A mágoa era presente em sua voz. - Não vai acontecer novamente. - Desligou.
Ligação OFF:

Do que ele estava falando? Só se... Merda! Ele havia escutado Make e confundiu tudo. Agora o Nialler achava que eu era uma puta, mentirosa, que já o havia esquecido, quando não era verdade.

POV

- Por que você não dorme aqui?
- Por que eu sei muito bem o que você pode fazer se eu permitir.
Ele me olhou malicioso.
- Então você também quer. Caso o contrário, não teria medo.
- Harry... Sem essa pra cima de mim.
- Então só dorme aqui.
- Eu não tenho nada aqui.
- Você coloca uma camisa minha.
- Deixa eu avisar a , pelo menos?
- Isso eu deixo. - Ele depositou um beijo no topo da minha cabeça e me aninhou mais em si. - Eu gosto quando você fica assim.
- Eu também - Admiti.
- Eu não gosto quando você tem medo de mim.
- Eu não tenho medo de você, Hazza. – O olhei.
- Às vezes não parece isso. Sabe que eu nunca faria nada a força com você, né?!
Suspirei.
- Claro, é que... Eu não sei. Eu confio em você, Styles, sei que nunca me obrigaria, não confio em mim. Eu não acho que esteja pronta. Não ainda, me entendi? E tenho medo que meu corpo não saiba disso. Vamos devagar, tá?
- Eu concordo com isso, . Ir devagar, só não quero que tenha medo de ficar comigo, como se eu fosse um predador de pepeca.
Ri.
- E você não é? – O olhei desafiadora.
Ele me olhou com o rabo de olho e sorriu malicioso.
- Você entendeu.
- Sim, entendi. – Sai de seus braços e me virei, o encarando.
Aqueles olhos verdes brilhantes me encararam com um brilho intenso, e eu me senti emaranhada pelos mesmos que me fizeram suspirar.
Harry sorriu.
- Assim não da para falar com você.
- O que? – Se fez de desentendido.
- O que, né?! Não é todo mundo que tem olhos verdes, meu caro. Desculpa se sou desprovida desse dom.
- Que dom?
- Como você é lerdo às vezes... Seus olhos verdes, esse jeito como olha... – Me aproximei dele.
- Eu gosto dos seus exatamente como são. É um pedaço seu, então gosto.
Sorri tímida, sentindo minhas maçãs corarem.
- Quando ficou tão fofo?
- Não sei. Você deve ter algo haver com isso.
- Me sinto lisonjeada. – Coloquei a mão no peito, ficando mais ereta.
- Lesada. – Ele enlaçou minha cintura com seus braços, me puxando mais para si.
Haroldo aproximou seus lábios dos meus, depositando um selinho nos mesmos, que logo foi aprofundado por mim. O beijo era carregado de carinho e malicia, mas extremamente gostoso. Sua língua macia fazendo um contraste perfeito com a minha, escorregando para minha boca.
Senti suas mãos me deitarem no colchão, e pela primeira vez não tremi. Minhas mãos foram para seus cabelos, os bagunçando, enquanto Harry descia seus beijos pelo meu pescoço. Arfei com seu movimento, enquanto minhas mãos deslizavam para dentro de sua camisa, arranhando seu abdômen.
Styles depositou um chupão em meu pescoço e eu estremeci chegando à barra de sua camiseta. Comecei a tirá-la, mas ele me impediu, se afastando.
- É melhor pararmos, antes que seu corpo te traia.
Ri.
Naquele instante, tive a maior certeza de todas, que poderia confiar nele. E eu amava aquilo. Puxei o Harry para mais perto de mim.
- Eu acho que estou pronta.
- ...
- Eu quero você, Hazza. Eu estou pronta. – Sussurrei em seu ouvido.
Ele me olhou sorrindo e imediatamente um sorriso se formou em meus lábios, enquanto o sentia se aproximar de minha boca mais uma vez.

POV Niall

Eu não podia acreditar na burrada que tinha feito em ligar para ela. já havia seguido em frente, como eu a mandara fazer, e talvez ela estivesse certa. Talvez não. Ela estava. Qual seria a certeza que eu poderia dar a ela depois de tudo que estava acontecendo em minha vida? Simplesmente nenhuma. Passei a mão em meus cabelos, cansado de tudo aquilo. Minha vida tinha mudado completamente com um suposto filho a caminho, e nada eu podia fazer, até saber se era verdade ou não. E se fosse? Eu seguiria as regras da Modest? Ficaria com aquela que não sinto nenhuma afeição, mesmo sendo mãe do meu filho? Deixaria o meu verdadeiro amor, que agora seguia seu caminho?
Essas ideias me atormentavam durante todos os dias, desde a descoberta extraordinária, e tudo aquilo era de verdade uma grande merda! Eu estava derrotado. Talvez devesse passar um tempo na Irlanda com minha família. Só voltaríamos à correria de sempre após a confirmação do teste de DNA mesmo. Lá pelo menos eu ficaria com a minha família e poderia me distrair mais do que de fato está acontecendo aqui. A propósito, o que está acontecendo aqui? Nada, além de minha vida se resumir a pensar e depressão. Duas coisas que eu não queria.
Então estava decidido. Voltaria para casa amanhã mesmo se possível.
Peguei meu celular discando o número do Paul. Tocou algumas vezes até que o mesmo pudesse atender.

Ligação ON:
- Niall? Aconteceu algo?
- Não, Paul, nada disso, só tenho um pedido a te fazer.
- Então o faça.
- Teria como você arranjar uma passagem para a Irlanda para amanhã?
- Para amanhã? O Simon sabe disso?
- Não. Pensei em contar para ele, se conseguisse.
- Tudo bem... Eu acho que consigo. Vou falar com o aeroporto e te aviso ainda hoje.
- Obrigado, Paul.
- De nada, garoto, agora se lembre de avisar ao Simon.
- Irei ligar assim que terminar de falar com você.
- Ok. Vou ver o que consigo e te informo. – Desligou.
Ligação OFF:

Ótimo. Agora era só avisar ao Simon e tudo estava resolvido. O que eu estava de fato precisando era me isolar de tudo aquilo, e acredite ou não, mas Mullingar é o melhor lugar para isso, principalmente quando ninguém além de você sabe que irá.
Voltei a pegar meu celular, discando o numero do Simon.

Ligação ON:
- Niall? Vai me dizer que é mais um novidade?
- Não é isso. Pelo menos, acho que não. É só que... Pensei em ir para a Irlanda amanhã. Espairecer um pouco. Quero ver minha família.
- Tudo bem. Vocês só voltarão à agitação quando tudo isso passar, então pode ir. Fala com o Paul para conseguir a passagem. Pretende ir quando?
- Amanhã mesmo, se conseguir algum voo.
- Tudo bem, só não faça nenhuma burrada, Niall. Lembre-se que já tem problemas demais.
- Pretendo não fazer, Simon. Mas tomarei cuidado.
- Muito bem. Cuidado nunca é demais.
- Tudo bem. Tchau, Simon, nos vemos quando eu retornar.
- Adeus, Niall. – Desligou.
Ligação OFF:

Agora estava tudo oficialmente pronto. Eu iria para Mullingar amanhã. Se tudo corresse como o planejado.

POV

Me olhei no espelho uma última vez, vendo se tudo estava em ordem . Eu estava nervosa. De fato não sabia o por que. Mas deveria ser devido ao show do Ed.
Sai, trancando a porta e descendo as escadas. Zayn já me esperava lá e baixo.
Passei da portaria cumprimentando o porteiro e logo avistei o carro do meu namorado, que não tardei a entrar.
- Você está linda. – Depositou um selinho em meus lábios.
- Obrigada. Vamos? Estou ansiosa.
Ele sorriu, dando partida.
- Não sabia que você era fã dele.
- E não sou, mas gosto muito das músicas.
- Está parecendo Sheerio.
Revirei os olhos sem respondê-lo.
Tinha resposta para aquilo? Acho que não.

(...)


Eu, aquela altura suada e com a garganta dolorida de gritar e meu namorado rindo de mim, estava no banheiro, enquanto eu tentava dar um jeito no que restara da minha maquiagem, dando alguns últimos retoques.
Bem que ele poderia ter dito antes que iriamos falar com o Ed.
- , cuida ai, ele não vai nos esperar para sempre. E não precisa se arrumar toda pra conhecer ele não. O que é isso?
- Ciúmes seu. Mas já estou pronta, Malik. Podemos ir.
Saímos dali indo para o camarim do Ed. Zaza bateu na porta uma vez e entramos assim que fomos permitidos.
- Zayn... – Ed se levantou. – E os outros garotos, onde estão?
- Não vieram, mas quem sabe podemos marcar algo depois? – Meu namorado o comprimento com um abraço. – Essa aqui é a , minha namorada. Eu não sabia antes de hoje, mas ela é uma fã sua.
Senti minhas bochechas arderem e eu soube que havia corado. – Eu já podia matar você, Malik.
- É uma Sheerio? Que honra em conhecê-la, . – Me abraçou.
- O prazer é meu. – Correspondi.
- Então? Gostaram do show?
Enquanto conversamos, o tempo se passou e eu mal pude receber.

(...)


Fechei a porta, ainda o sentindo beijar minha nuca.
- Zayn... - O chamei ofegante entre o beijo.
- Oi. - Ele me olhou todo descabelado e ofegante.
Comecei a rir de sua expressão e depositei um selinho em seus lábios.
Ele voltou a me colocar contra a porta e puxou uma de minhas pernas a altura de seu quadril. - Naquele instante, já não me comandava mais. Minhas ações eram movidas pelo desejo dele. - Entrelacei minhas pernas em seu quadril e minhas mãos foram para seus cabelos os bagunçando. Malik me desencostou da porta, me levando em seus braços ao meu quarto enquanto eu fazia carícias no mesmo.
- , assim... Eu não consigo.
Ri comigo mesma saindo de seus braços e correndo para meu quarto. Zaza me alcançou, me jogando na cama e caindo sobre mim.
Me aproximei do mesmo e voltei a beijá-lo.
Ele escorregou suas mãos para o meu crop top o tirando, enquanto encarava meus seios ainda cobertos. Estremeci quando o mesmo se aproximou de meu colo, depositando chupões e beijos no local, enquanto minhas mãos chegavam a sua camisa a arrancando.
Malik desceu suas mãos ao cós da minha calça, como se pedisse permissão.
- Zayn, eu quero que você seja o meu primeiro.
Ele sorriu galanteador e logo o resto de nossas roupas estavam no chão.
Senti-lo ali comigo, me levando ao prazer, me fazendo carícias, se entregando a mim assim como eu estava fazendo, me fez perder qualquer vestígio de medo. Aquele homem que eu havia escolhido para me entregar era aquele que agora era meu mais que nunca.
Naquela cama havia existido a entrega não de só dois corpos, mas de duas almas, que se amavam, e aquilo era convicto em nossos olhos, que continham um brilho intenso, enquanto estávamos emaranhado um no outro.
Zayn havia mostrado total carinho por mim e havia me tratado como uma princesa, se importando com todos os detalhes. Ele não tinha esperado só uma entrega minha, tinha se entregado completamente para mim, aquela que ele amava e que mantinha em seus braços após uma noite de amor, que seria guardada para sempre em nossa mente e coração.

POV

Suspirei, sentindo seus lábios gélidos em contato com meu corpo, que aquela altura já se encontrava quente. Ele desceu suas mãos para meu vestido, o arrancando. Mordi meu lábio inferior, o sentindo descer seus beijos por todas as partes de meu corpo.
- Harry, por favor...
Styles parou, me olhando. Voltou a subir e começar um beijo apaixonado em meus lábios. Aquilo só foi mais um incentivo para eu me entregar completamente a ele. Naquele instante, eu tive certeza do amor que irradiava de mim por ele. Talvez tivesse mais medo do que poderia acontecer no início, mas agora a certeza que queria era a dominante em meu corpo.
Naquele instante até a lua confirmava o que estava acontecendo naquele quarto. Não era luxúria, prazer carnal, mas amor, um amor que ambos nunca tinham provado de tão intensidade e seria difícil de acreditar que poderia existir outro igual.
Mas tudo se encontrava aleatório nos dois corpos, que agora estavam lado a lado, fazendo carícias um no outro.
O momento de entrega havia acontecido e nós dois éramos a prova viva dele, quando cada um com a mesma sintonia havia trilhado juntos o mesmo caminho, através de uma mesma escolha, que só agora se tornava tão óbvia para nós.
- Linda. - Hazza beijou o topo da minha cabeça.
Sorri.
- Estou cansada. - Confessei.
Ele se ajeitou, me colocando em seus braços da forma mais confortável possível.
- Pode dormir, minha linda menina. Eu estarei aqui quando acordar.
Poderia protestar com o apelido, mas estava feliz e cansada para fazer isso. Então o deixei. Me aproximei de seus lábios, os beijando. Um beijo doce e terno, em forma de agradecimento.
- Eu te amo. - Ele sussurrou contra meus lábios.
- Eu te amo, Styles, e agora só tenho mais certeza disso.
Ele sorriu.
E daquela forma eu me aconcheguei em seus braços e adormeci.


Capítulo 15


"Se você pudesse viver para sempre, pelo que você viveria? - Do filme Crepúsculo."


POV

A semana tinha passado voando e não sabia ao certo se era por estar com ele, ou se os dias passavam rápido, mas eu não podia negar, estava apaixonada por Liam. E, pela primeira vez na vida, escolhi a pessoa certa para entregar meu coração. Talvez fosse cedo para pensar assim, mas era verdade.
Estar com ele era só o que eu queria. Era impressionante quanto dessa vontade me dominava. Para mim só bastava ele e era por isso que havia tomado tal decisão. Após hoje pela manhã receber a notícia de que teria que voltar para Albuquerque amanhã, decidi fazer uma proposta a minha mãe. Eu imploraria para ficar em Londres com meus avôs e terminaria meu último ano aqui, onde estaria perto de meus amigos e de meu namorado. Como tinha me acostumado fácil com essa palavra...
Não, ele também não sabia, nem que iria para Albuquerque. Só quem sabia era as meninas, só teria coragem de contá-lo mais tarde, quando viesse me ver. Frente a frente. Tudo seria uma surpresa para todos. Não havia contado meu plano a ninguém. Também pelo fato de que teria que falar primeiro com meus pais. Assim seria mais fácil de convencê-los.
Eu mal podia esperar para finalmente morar aqui. Quem diria que agradeceria aos meus pais por me terem socado dentro daquele avião e ter feito tudo diferente de que jamais imaginei. Se eu não tivesse vindo... Não teria conhecido o Liam... Os meninos e não teríamos vivido tudo isso em nossas férias.
Victor? Esse graças a Deus havia sumido - espero que para sempre - da minha vida, desde o dia em que Payne deu uma surra nele. E querem saber? Por mim, ele fez um favor a mim e a humanidade sumindo de uma vez por todas. Só de pensar naquele garoto, me dava arrepios de repulsa e tudo parecia se revirar em meu estêmago, mas de uma forma ruim. Não da forma como meu Lee me fazia me sentir. Com ele... Tudo era diferente. Eu me sentia... Tão viva... Como se não existisse lugar melhor que seus braços. E talvez não existisse.
Suspirei, sentindo minha barriga roncar. Ri comigo mesma e me levantei da cama, largando meu celular na mesma.
Sai do meu quarto e fui direto para a cozinha pegar algo na geladeira.
- , a janta está quase pronta. Espera mais um pouco. - Minha avó pediu com aquela voz carinhosa, que só ela tem.
- Tudo bem... - Me afastei. - O que temos para hoje?
- O seu favorito, já que é sua despedida. - Senti a melancolia em seu tom.
- Vó... Vai ser diferente dessa vez. Eu prometo. Não pretendo me afastar.
- Eu só... Sentirei sua falta. Você é minha única neta!
- Eu também sentirei sua. - Me aproximei dela, a abraçando. Um abraço forte e caloroso.
O soar da campainha nos fez nos afastar. - Quem seria uma hora daquelas?
- atende para mim enquanto tiro a torta do forno, por favor.
Assenti e fui até a porta, a abrindo, sem me importar de olhar no olho de vidro. Mas no mesmo instante queria não tê-lo feito. Encarei aquelas três imagens em minha frente, mas uma... Eu não podia acreditar em minha desgraça. Era só falar no capeta que ele aparece.
- , viemos fazer uma visita. Sua avó está ai?
- Sim, Peter. - Respondi o olhando. - Entrem. Irei chamá-la.

(...)


Eu mal podia acreditar que estava na mesma mesa que ele. Ainda o desprezava e acho que esse sentimento morreria comigo, porque o nojo que havia adquirido dele...
- Com licença. - Me levantei da mesa levando meu prato quase intocável comigo. – Vó, se o Liam chegar, avisa que estou no quintal dos fundos. E foi um prazer os rever, Sr. Peter e Sra. Marlee. - Sai da mesa da forma mais educada que pude.
Fui ao quintal, me sentando em uma das cadeiras de balanço ali, mas o barulho da porta sendo aberta me fez sair de minha tranquilidade e eu já sabia quem estava lá, sem ao menos a pessoa se pronunciar.
- Victor, o que quer aqui?
- Você.
Suspirei cansada. - Aquela conversa de novo não.
- Olha! A gente NUNCA MAIS VAI TER MAIS NADA. Entendeu?
- , eu te amo!
- Por favor, não. - Me levantei. – Victor, eu não te amo. Eu já te amei, talvez, mas não mais. Olha o que você fez comigo e, mesmo que hoje não importe mais, eu nunca mais vou te amar. Me deixa em paz e segue sua vida, assim como eu fiz.
- Não posso! - Se aproximou de mim. - Eu te amo. Você não entende?
- Mas eu não te amo! Entenda!
- Você me ama... Eu sei. - Se aproximou.
Eu dei um paço para trás.
- Não amo, Victor. Torne isso mais fácil para os dois e siga em frente. Me deixe ser feliz!
- Eu não posso. - Se aproximou mais uma vez e eu recuei, sentindo a parede gélida em contato com minhas costas. - Não antes disso.
Senti seus lábios pressionarem sobre os meus e mesmo eu tentando o afastar, ele era mais forte que eu. Tanto mais que me prendeu em seus braços com tanta facilidade e eu não conseguia me afastar.

POV Harry

- Já? - Fiz bico.
- Mas o bom da primeira semana é que só é brincadeira, então eu estarei livre para matarmos a saudade antes de você ir para sua turnê.
- Teremos muito o que fazer durante essa semana. - Sorri malicioso.
- Tarado. - Deu um tapa de leve em meu peito. - Quanto tempo vamos passar sem nos ver mesmo?
- Devemos passar um mês na estrada, para termos um pequeno recesso de uns dias e então voltaremos para a estrada e passaremos mais tempo fora. Ficaremos mesclando um pouco. E assim por diante, até o fim da turnê.
- Um mês... Será que irei suportar?
- Eu prometo te recompensar. Além do que, podemos falar por telefone.
- Eu sei. Não é a mesma coisa, mas tudo bem. Também terei que me focar um pouco na escola. Não esqueça que desta vez são só seis meses, e eu estarei livre! Mas ainda não pensei no que vou cursar.
- Ainda tem seis meses para pensar.
Riu.
- Acho que vou para a área de bióloga marinha. Gosto disso.
- , o que você fizer eu vou te apoiar, independente do que seja.
- Então deixa eu virar dançarina de prostíbulo? - Tinha um olhar divertido em sua face.
- Só se for só para mim. - me aproximei de sua boca, puxando seu lábio inferior entre meus dentes.
- Assim como vou ganhar dinheiro? - Fingiu indignação.
- Então não é uma boa ideia.
riu.
- Lesado.
- Boba. Você é só minha. Nenhum outro marmanjo vai tocar em você não.
- Sou sua?
- E não é?
Ela assentiu, mordendo o lábio.
- E o sentimento é recíproco, Styles.
- Obsessiva... Sei se gosto não. - Fiz birra.
- Gosta não? - se aproximou de mim, depositando beijos e chupões em meu pescoço.
Arfei para trás e ela riu.
- Gosta não, Styles? - Desceu sua mão pelo meu abdômen, o arranhando.
Meu deus! Aquela mulher podia me levar à loucura. Já sentia meu corpo queimar por suas carícias.
- Eu amo. - A empurrei, invertendo nossas posições. - Amo.

POV Payne

Toquei a campainha e a avó da minha namorada atendeu.
- Liam...
- Boa noite. - Sorri. - A está ai?
- Ela está no quintal lá fora, pode ir lá. - Me deu passagem para entrar.
- Obrigado. - Agradeci.- Boa noite. - Comprimentos a todos que estavam na sala.
Passei pela cozinha, abrindo a porta que dava ao quintal. Naquela noite eu faria uma surpresa para ela. As passagens já estavam no bolso da minha calça. Sim, eu iria levá-la para conhecer meus pais na próxima semana, já que era a última que passaríamos juntos até o início da turnê.
Puxei a maçaneta da porta e, assim que abri, encontrei a pior cena que poderia imaginar. aos beijos com outro.
A raiva me consumiu por inteiro. Meu corpo ardeu de ódio e eu já sentia o sangue pulsar rapidamente em meu corpo. Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo em minha frente. Minha vontade era...
o afastou e me olhou.
- Liam, eu...
- Não precisam parar porque cheguei. Desculpe se atrapalhei algo. - Sai dali com passadas largas e fortes.
Passei por todos na sala e nem ao menos me despedi. Eu estava fumegando de ódio. Esse mesmo por ela ter me enganado, por estar beijando outro, por eu ser um idiota completo. Destravei o carro e o arranquei de lá.
Não fazia ideia para onde iria, mas sabia que não iria para casa. Eu iria estourar lá. Esmurrei o volante e cada vez mais rápido dirigia, como se aquilo tranquilizasse mais o que estava sentindo naquele momento. Meu corpo era dominado por um sentimento que se quer havia provado antes.
Ela não havia só me magoado, mas perdido minha confiança, minha amizade, o amor que sentia por ela. Tudo. E o pior era que só havia deixado destruição em mim. Não, eu não a perdoaria nunca.
Rodei por algumas horas em Londres sem caminho, escutando meu celular dar sinal de vida por todo o percurso. Sim, era ela, mas pra que atenderia? Não estava a fim de escutar desculpas esfarrapadas.
Desliguei o celular e estacionei em um pub. A melhor forma que eu teria de esquecer tudo aquilo era me divertindo.
não era mais presente na minha vida no momento que a encontrei beijando outro, e talvez... Ela nunca mais seria bem vinda nela. Não. Em minha vida ela nunca mais entraria.
Sai do carro, tirando as passagens de meu bolso e as jogando no banco ao meu lado. Não precisaria mais delas. O travei e entrei no pub, me direcionando para o bar.
Pedi um drink e por ali começava minha noite.

(coloca essa música pra tocar)

POV

- Me solta! - Puxei meu braço de sua mão. - Victor, por Deus, se você se aproximar de mim, TODOS saberão do que me fez, vamos ver se seus pais irão gostar. - Ele soltou meu braço. - Vê se me esquece, garoto. Eu nunca mais vou ter nada com você. Aceita de uma vez e me esquece! Que merda! - A certa altura já gritava com a raiva correndo em minhas veias.
Sai dali o mais rápido que pude, já sentindo meus olhos marejarem, mas quando cheguei a frente da casa de meus avôs, ele já não estava mais lá. O desespero me invadiu. Peguei meu celular e liguei para Lee, que obviamente não me atendeu.
Que merda! Se não fosse por aquele lesado, que mais uma vez me agarrou, nada disso tinha acontecido.
Andei pela rua, onde sabia que mais a frente tinha um ponto de táxi, e devido minha presa, logo cheguei. Dei as coordenadas da casa dos meninos para o motorista e enquanto andávamos a chuva começava a cair, assim como minhas lágrimas. Minha garganta arranhava e o soluço já era presente, fazendo um contraste perfeito com minha tristeza.
- Senhorita, aconteceu algo que eu possa ajudar? – O taxista me questionou preocupado.
- Não. – Pigarreei. - Na verdade, acho que ninguém pode me ajudar.
Voltei a pegar meu celular e discar seu número, mais uma vez nada e aquilo me atordoava. Aquela merda toda estava acabando comigo. Eu amava o Liam e, no entanto, tudo tinha acabado tão rápido...
- Senhorita, chegamos.
Paguei o taxista e sai do carro. As luzes apagadas denunciavam que não havia ninguém em casa, e a chuva já me encharcava. Me sentei na calçada, sentindo os pingos da tempestade e, assim como minhas lágrimas, me inundarem, mas eu estava decidida. Só sairia dali quando falasse com o Payne e esclarecesse tudo, contasse a verdade a ele, nem que para isso passasse a noite ali. Eu o amava demais para deixar tudo acabar por um erro do Victor. Não, isso não.
Como eu podia ter sido tão burra de deixar o Victor chegar perto de mim novamente? Eu deveria ter tido força para empurrá-lo, eu deveria... Que merda! Só não podia perder o Liam, mas era esse sentimento que me rodeava sem pena. O sentimento de perda, e eu sabia que o havia perdido, isso era tão claro para mim quanto o sangue que pulsava em minhas veias. E o pior era, o que eu faria sem ele? Eu já o amava tanto... Não sabia como perdê-lo, não podia perdê-lo logo agora, mas era isso o que estava acontecendo e eu... Como podia impedir?

(...)


A chuva já havia passado, assim como as horas que estava ali. Já era madrugada e o frio estava me congelando, mas nada dele aparecer. Mas minhas lágrimas... Essas pareciam não ter fim nenhum.
- ? – Levantei meu rosto encarando o Louis. – Meu Deus, você está encharcada. O que faz aqui sozinha? Cadê o Liam?
- Eu daria tudo para saber. – Aquilo saiu junto com um soluço de dor.
- Vem, lá dentro você me conta o que aconteceu, eu vou te arranjar uma toalha. – Ele se aproximou, me ajudando a levantar.
Meu corpo estava fraco e tremendo. Meus dedos gélidos, assim como todo meu corpo, e eu estava exausta demais para qualquer coisa.
Lou voltou com uma toalha e me entregou, junto com uma xícara de chá, que após alguns goles, fizeram o frio desabitar um pouco meu corpo, deixei de lado e me deitei no sofá, adormecendo.

POV

- Ainda bem que chegou, . Eu não sabia o que fazer, ela acabou adormecendo.
- Tudo bem, Louis, onde ela está? A avó dela estava a procurando feito uma louca. – Falei entrando.
- Está na sala. Quando fui ligar para você, ela acabou adormecendo. Eu não faço ideia de quanto tempo ela estava lá fora, mas não estava nada bem. Você sabe o que aconteceu?
- Não, eu não tive tempo de conversar com ela, mas... Ela irá voltar já já para Albuquerque. Acho que eles devem ter brigado por isso, não sei.
- Eu não sei, mas o Liam não a deixaria aqui sozinha na chuva.
- Bem... Eu não sei. Coloque-a no meu carro, que a levo para casa, mas cuidado para ela não acordar, deve estar exausta.
Tommo assentiu e a pegou no colo, a levando até meu carro. Fui atrás dele, entrando dentro do carro.
- Obrigada, nos vemos amanhã. Eu acho.
- Me liga amanhã, para dizer como ela está. Quero me despedir dela antes que viaje, mas não acho uma boa ideia ir para o aeroporto.
- Tudo bem, peço para ela te ligar. Tchau, Tomlinson. – Me despedi dando partida.
Com que aquela louca estava na cabeça? Não sabia, mas de uma coisa estava certa. Ela me pagaria por me acordar uma hora daquela para ir buscá-la. Disso eu estava certa. Estacionei o carro na frente da casa dos avôs dela, e o tio na mesma hora já me esperava na frente. Ele veio até o carro e a tirou.
- Obrigada, , por encontrá-la. Onde ela estava com a cabeça? Sumir assim... – Ele falava levando ela em seus braços.
- Tenho certeza que ela saberá explicar quando acordar, e não tem o que agradecer, ela é minha amiga. Eu vou voltar para casa, antes que viaje quero vê-la ainda.
- Tudo bem e obrigada novamente. – Ele agradeceu e saiu a levando.
Voltei a dar partida, estacionando na garagem da minha casa.

(...)


- Ele não me atende! Liam não vai me perdoar e eu preciso ir embora! – Seus olhos já estavam marejados.
- Ultima chamada para o voo 51.
- ...
- Por favor, expliquem a ele, assim que puder eu volto e vou continuar tentando falar com Lee, mas, por favor, expliquem.
- Você não iria nem precisar pedir, amiga. - a abraçou.
- Eu amo vocês, meninas. – Ela nos abraçou. – Vou sentir falta.
- Nós também. – .
- Desta vez, vê se não some mais três anos! – Brinquei.
- Não vou. Mantenham-me informada.
- Isso vamos pensar no seu caso. – brincou.
sorriu.
- Eu tenho que ir... Tchau. Eu amo vocês – Pegou suas malas.
E a vimos passar por uma porta de vidro imensa.
- Ela se foi... – suspirou.
- Mas eu vou cumprir o que prometi. – Falei já saindo.
- Aonde vai, sua louca? – me questionou.
- Enfiar a verdade na garganta do Payne, nem que seja a última coisa que faça.
- Me espere que vou com você. – apresou o paço.
- E nós. – As meninas se juntaram a gente.

POV Zayn

- , procura entender. Vê o lado dele.
- Eu sei, Zayn, mas se ao menos se ele nos escutasse...
- Ele está magoado com ela. Liam gostava muito da e o que ela fez...
- Ela não fez nada! Foi aquele imbecil do Victor que a agarrou.
- Seja como for, é melhor deixá-los decidirem só. Eles saberão se resolver.
- Você tem razão, mas eu sei como minha amiga saiu arrasada, eu imagino o que está passando, entende?
Assenti.
- Tive uma ideia. Por que não mudamos de assunto?
- Boa ideia.
- Quando acabar a tour, quero te levar para conhecer minha família. O que acha?
- Uma ótima ideia. Adoraria conhecer meus sogros e cunhadas.
- Pronto. Você não tem noção do quanto minha mãe enche meu saco para conhecê-la.
riu.
- Então já posso imaginar que ela já me "conhece" bem até demais.
- Provavelmente.
- Ainda tenho quanto tempo para preparar meu psicológico?
- Alguns meses. - Sorri.
- Ótimo.
- Não precisa ficar nervosa, amor. - A puxei mais para mim.
- E não estou. Ainda não.
Ri.
- Não entendo essa besteira que mulher tem em conhecer a sogra.
- Não entendo essa besteira que homem tem em conhecer o sogro.
- Claro, é o sogro. Você está mexendo com a menininha dele.
- Então não venha dizer as coisas. Nunca ouviu falar que quando a sogra não aceita, o namoro não anda?
- Deixa de ser boba. Minha mãe vai te amar, assim como eu te amo. - Depositei um selinho em seus lábios.
- Me ama? - Cortou o selinho.
- Não já falei isso antes?
- Sempre é bom escutar, quando sai da sua boca.
- Eu te amo. - Beijo. - Te amo. - Beijo. - Te amo. - Beijo. - Está bom assim?
- Quero mais beijo...
- Quanta carência...
- Fica shiu ai, que você quer tanto quanto eu.
- É? Prova. - A desafiei.
me olhou com um sorriso convencido nos lábios. Veio até mim e começou a depositar beijos, carícias, e chupões em meu pescoço, enquanto suas mãos desciam por meu corpo, chagando a barra da minha camisa, que invés de ser tirada, permaneceu lá enquanto minha namorada percorria suas mãos em meu corpo por dentro do tecido. Arranhando a extensão de meu abdômen.
- Então, Malik. - Subiu para meus lábios, beijando o canto de minha boca.
Aquela altura eu já queria deitá-la na cama e a enlouquecer.
- Você quer ou não meus beijos? - Puxou meu lábio inferior.
- Ai, ... Não mexe com fogo... - Sussurrei em seu ouvido.
- Me responde, Zaza. - Falou em tom sexy.
- Você sabe que sim.
- Que pena... Porque vai passar um dia na seca. - Se afastou de mim.
- O que? Por que disso?
- Só para não enjoar de mim.
- Enjoar de você? Impossível. - Me aproximei dela.
- Boa tentativa.

POV

Ultimamente os dias passavam voando. Mas não era para menos, já que as aulas tinham retornado e eu estava tentando conciliar isso ao fato de ainda estar no curso. Tanta coisa tinha acontecido depois das voltas às aulas. Nunca mais tinha falado com o Niall, nem tido noticia, só sabia que o mesmo continuava na Irlanda. Havia feito uma prova para uma faculdade no Canadá e tudo em minha vida parecia correr no mesmo curso.
- Opa... Aonde pensa que vai? - Senti meu pulso ser puxado.
Me virei, o encarando.
- Lucas... Deixa eu pensar.... Não é da sua conta!
- Soube que terminou o namoro. - Não me deu ouvidos.
- De novo... Não é da sua conta.
- Tem que aprender melhor a conhecer seus namorados, . Falou tanto de mim, mas esse Niall é igualzinho.
Puxei minha mão.
- Seja mais bem informado, querido, ela já estava grávida quando começamos a namorar. E o Nialler não tem nada a ver com você. Ele é melhor.
- Se ele é melhor, por que não está com ele?
Aquela pergunta me fez parar. Ele estava certo. Por que não estava com ele? Por que não enfrentei essa com ele?
- Ele não é melhor que eu. Você sabe tanto isso que está aqui. Não deve ter acreditado nele também.
- Lucas, aprenda: Você jamais terá a metade do caráter do Horan, mas obrigada, você me fez um favor hoje.
- Do que está falando? - Me olhou com dúvida.
- Obrigada. - Falei saindo.
Pois é. A ajuda tinha vindo de onde eu menos esperava. Da cabeça do meu ex. Precisou o Lucas me mostrar isso, que se eu não estivesse ao lado do Niall, ai era que o perderia, sem nem lutar, e se eu o amava, como tinha certeza e sabia que ele nunca mentiria para mim, o que estava fazendo ali, separada dele? O deixando livre para aquela lambisgoia? Eu iria atrás do meu irlandês e só voltaria com ele. Disso estava certa.

POV Louis

Os dias haviam se passado e mesmo que eu estivesse tentando esconder a resposta de minha vista, estava mais clara que nunca. Eu podia ter pensado, arrancado os cabelos e tudo há mais, porém, no momento que eu a vi sair e entrar dentro daquele carro, eu soube no mesmo instante que era ela que eu queria. Não podia aguentar o ciúme que crescia em meu peito. Só de pensar que ela havia se arrumado para ele, que ele estava beijando os lábios que eu os deveria beijar, só aumentava a raiva dentro de mim.
Como o previsto, ela havia seguido em frente e eu só havia percebido que era ela que valia a pena, quando não estava mais lá para mim. Mas eu reverteria isso. Não perderia a por nada, e querem saber mais? A Els tinha se oferecido até a me ajudar com ela, depois que expliquei tudo a mesma, porém recusei. Seria muito estranho, mesmo continuando amigos, seria bem estranho ela gostando de mim e me ajudando a recuperar a garota que gostava.
O soar da campainha me despertou de meus devaneios.
Me levantei do sofá e fui até a porta a atendendo.
- Eleanor? O que faz aqui?
- Ué, vim te visitar. Por quê? Está ocupado? Se estiver, volto depois.
- Não. Só não esperava. Entre. - Dei passagem para ela passar.
Nos sentamos no sofá da sala.
- Eu não te atrapalhei em nada, não é?
- Não. Na verdade, eu só estava pensando, só isso.
- Hum. Eu soube que o Hazza está namorando, e da história do Niall.
- Foi. O resultado vai sair até o fim da semana, e logo após viajamos.
Ela assentiu.
- Irão passar muito tempo fora?
- Primeiramente não.
O barulho da tranca da porta nos fez virar e encarar a pessoa.
- Nialler? Não sabia que estava voltando.
- Você não morre tão cedo, Horan.
-Els?
- Ela veio me fazer uma visita. - Expliquei.
- Ah. Então eu vou para o meu quarto, que estou precisando de um banho. - Falou saindo e levando suas malas consigo.
- É, acho que ele vai demorar a se acostumarem um pouco com isso.
- Isso o que? - A olhei.
- O que? Acha que vou te deixar em paz tão cedo, Tomlinson? Você sabe o que significa para mim, e esse posto de amiga já é meu e ai de quem quiser tomar.
Quando a souber disso, não vai gostar. Eu aposto.

POV Niall

Sai do banheiro e logo que coloquei uma bermuda escutei meu celular tocar. O peguei, vendo que era a e me preocupei, afinal, o que poderia ser?

Ligação ON:
- Alô? ? Aconteceu algo?
- Niall, você ainda está na Irlanda?
- Não. cheguei hoje, por quê?
- Está em casa?
- Estou. Aconteceu algo, ? Está me deixando preocupado.
- Não se preocupe, pois não é algo ruim. Mas vai acontecer algo diferente. Nos vemos já. - Desligou.
Ligação OFF:

Nos vemos já? Com o que ela estava dizendo com isso? Que estava vindo para cá? O que ela faria aqui? Se era algo bom... Mas o que seria?
A porta do meu quarto foi aberta, revelando uma com as bochechas rosadas, um pouco ofegante e cansada.
- Aconteceu o que, ? Você estava correndo?
- Tive até que correr para não deixar que o meu futuro se perdesse.
- Como assim?
- Precisou do nojento do Lucas jogar a verdade na minha cara para eu poder perceber a burrada que estava fazendo. Niall, eu te amo e não posso ficar mais longe de você. Não deixarei que aquela lambisgoia nos separe, e se aquele filho for seu, eu estarei ao seu lado para te ajudar.
- , você não pode...
- Quem disse que não? Niall James Horan, não tem mais pra que discutir. Eu agora só saio da sua vida se você olhar em meus olhos e dizer que não me quer mais. Está resolvido, Nialler, eu quero você e não posso mais perder um minuto longe.
- , é tudo tão complicado com tudo que há fama...
- Se você estiver disposto a dizer não a Modest por mim, fizer que não vai ficar com ela, Niall, mas se você disser que não me quer mais, eu passo por aquela porta e nunca mais volto.
Suspirei e passei as mãos no cabelo.
- Eu não posso...
- Não quero saber disso. Quero saber se quer. - Me olhou esperançosa.
Deus... Eu não podia fazer aquilo com ela. Eu tinha forças para ir contra a Modest?
- Não, eu não quero.
Ela me olhou nos olhos, carregados de decepção.
- Tem certeza? Por que se eu passar daquela porta, nunca mais volto.
Assenti e ela se virou, indo para a porta. Mas com um impulso agarrei seu pulso, a trazendo para mim, prendendo-a em meus braços. me encarou assustada.
- Não escuta o que falo. Sou a parte irracional do relacionamento.
Sorri e ela me acompanhou. Me aproximei de seus lábios, iniciando um beijo que continha desejo, saudade, vontade, tudo. Só a queria ali para mim. Sentir seus lábios macios em contraste com os meus, travando uma pequena guerra de sentimentos sem fim, era maravilhoso. A sintonia que tínhamos... O desejo... Só necessitávamos um do outro naquele instante.

POV

- Alguém sabe da ? Não a vejo desde o recreio. - Questionei minhas amigas.
- Não, mas ligamos para ela quando estivermos na casa dos meninos.
- Ah, sobre isso... Eu não vou. Mas eu deixo vocês lá. - .
- Por que não? – a olhou.
- Eu tenho compromisso. – Ela sorriu. – Com o Luke. Lembram que ele está aqui em Londres? Então, vamos logo, que eu não quero me atrasar.
- Sim, senhora. – Levantei as mãos em forma de rendição.
Seguimos para seu carro enquanto conversávamos.
- Será que ela vai querer ir? – perguntou entrando no carro.
- Acho que sim, já que o Niall ainda está na Irlanda. – deu partida.
- Queria que eles se resolvessem logo. Por que todas nós não podemos estar todas felizes ao mesmo tempo?
- Por que é contra o curso natural da história, . – explicou o óbvio.

(...)


- Tchau, meninas, mandem um beijo para os garotos. – se despediu dando partida.
Eu e fomos até a porta, tocando a campainha. Logo a mesma foi aberta pelo Louis, que estava ao lado da Eleanor, isso mesmo, a ex. dele. Mas o que ela estava fazendo lá? Eles haviam voltado?
- Oi, meninas. Esta é a Els. – Lou deu passagem para que a gente pudesse entrar.
- Tomlinson, a conhecemos. Não esqueça que minha irmã é Directioner. – a comprimento.
Fiz o mesmo.
- Meninas, foi um prazer conhecê-las, mas já estava de saída. Tchau. Tchau, Tommo. – Ela depositou um beijo em sua bochecha.
Então eles não haviam voltado.
- Então... Cadê os garotos? A ninguém conseguiu falar e a não vem. – Me sentei ao sofá.
- Ah, a já está aqui. Passou correndo para o quarto do Nialler. Acho melhor deixarmos eles lá.
- Então eles reataram? – o olhou esperançosa.
- Acho que sim, já estão há horas lá.
- Então está explicado porque faltou as últimas aulas. Ela gazeou.
- Mas foi por uma boa causa, .
- Mas e o Liam, Louis? Como ele está? – O olhei.
- Ele ainda não quis ouvir vocês? – Lou nos olhou.
Negamos.
- Ele pediu para não falarmos dela quando estiver presente. Acho que ele não quer encarar. Não ainda. É melhor o deixar fazer do jeito dele. Mas e a ? Já falaram com ela?
- Já, mas muito pouco. Ela não costuma atender muito nossas ligações ou retorná-las, sem falar que não parece muito bem. –Expliquei.
- Amor... Já chegaram? – Zayn entrou na sala.
- Já. Achou que ia perder de passar os últimos dias até a tour com vocês? – o abraçou.
- Gente, eu vou procurar o Harry. – Me levantei saindo.
Segui para o quarto do mesmo. Abri a porta e ele estava deitado na cama.
- Achei que ainda estivesse na escola.
- Você faz ideia de que horas são?
Ele negou.
- Era o que presumi. – Me joguei ao seu lado. – Mal posso esperar para passar quinze dias sem você. – Brinquei.
- Já está assim? Querendo se livrar de mim? –Fingiu está chateado.
- Claro. Acha que te aturar é fácil? Pois está enganado.
- Acha que acredito em suas palavras? Sei que me ama, .
- Convencido...
- Vai dizer que é mentira? – Me desafiou.
- Hum... We've got a bit of love hate...

POV

As últimas horas haviam passado tão rápido, que se quer tínhamos notado. Agora já estávamos lá, voltando para casa, afinal, teríamos aula no outro dia.
As surpresas do último ano já havia me pegado em cheio, com a notícia que o Steven (sim, aquele meu ex.), estudaria comigo! Pois é, pelo que parece, ele desistiu do intercambio agora que está trabalhando no restaurante dos tios, e vai ficar aqui. Ainda bem que só tenho pouco mais de cinco meses para aturá-lo.
Se eu havia contado ao Zayn? Claro que não. Provavelmente meu namorado surtaria e iria ser aquele inferno. No fim da semana ele viajaria e, se eu contasse, esses quinze dias que ele passaria longe seriam infernais. Mais do que imaginava que seria sem o tê-lo comigo.
Já fazia ideia de que não teria muito tempo para ele, nem o mesmo para mim, teríamos que dar um jeito, de qualquer forma, por isso que existia o “em qualquer hora, ou lugar” (um acordo que havíamos feito), mas no caso só para ele que é famoso. Mas só não valia em momento de aulas minhas, já que o mesmo sabia o quanto que precisava me esforçar.
- Te vejo amanhã? – Harry a questionou.
- Gente, eu vou subindo... Tchau, Hazza. Te vejo já, . – Sai do carro.
Passei pelo hall e subi as escadas. Assim que entrei em casa, joguei minha bolsa no sofá e segui para a geladeira. Busquei incansavelmente algo para comer, até que achei um pudim. Coloquei um pouco para mim e segui para meu quarto, levando minha bolsa comigo. Estudaria um pouco e faria as atividades, depois, é claro, de dar por fim aquela delicia que tinha em mãos.
Enquanto folheava um livro, beliscava minha sobremesa, tentando capitar tudo que lia. E seria assim meu último ano.

(...)


Acordei com o soar do despertador. Me levantei e corri para o banheiro, onde tomei um banho quente.
- , acorda! – Gritei.
- Ai, já estou saindo da cama... – Resmungou.
- Cuidado, se não vai ficar sem água quente.
Foi só escutar essas palavras que a mesma correu.
Fui até meu closet me vestindo e organizei meu material. Segui para a cozinha e peguei uma fruta na geladeira.
- , cuida! – Gritei.
- Já estou aqui. – Ela apareceu com sua bolsa e foi até mim. Dei espaço e ela pegou uma jarra de suco da geladeira e um copo. - Odeio escola. Odeio acordar cedo.
- Deixa de reclamar, é nosso último ano. Aproveita que é melhor.
- Continuo querendo me ver livre daquele antro. – Colocou o copo vazio sobre a pia. – Vamos?
- Agora mesmo. – Segui na frente. – Já ligou para o taxi?
- Já sim, ele já está lá em baixo.
Assenti e abri a porta. Deixei a trancando enquanto descia as escadas. Mais um dia de escola, menos um para a formatura.

POV Niall

Peguei o envelope em minhas mãos. Todos aqueles presentes naquela sala esperavam ansiosos para aquele resultado, mas ninguém mais do que eu. Ali estava meu destino para sempre. Rasguei o lacre e peguei o papel branco de dentro. Folhei a primeira pagina, até que encontrei em letras vermelhas e grandes “NEGATIVO”.
- Negativo. – Repeti a mesma palavra e vi a garota estremecer.
- Muito bem, Niall, já que este filho não é seu, a mocinha está bem encrencada. Amanhã aparecerá em toda a mídia a confirmação que você não é o pai. A reunião está finalizada. E Horan, avise aos garotos, amanhã mesmo viajam.
- Certo. – Olhei para Ellen.
Ela estava com a cabeça baixa, passando a mão na barriga. Me aproximei da mesma.
- Por que fez aquilo? Você sabia que se tivesse me contado desde o inicio... Se eu fosse o pai...
- Eu não tive escolha. – Ela me olhou com os olhos marejados e eu agradeci por não ter mais ninguém na sala. – Meus pais me colocaram para fora de casa quando descobriram da gravidez, o pai da criança não a quis e eu não sabia outra forma de conseguir criá-la. Não arranjava emprego, ninguém quer dar emprego a uma grávida. Só pensei que poderia ganhar algum dinheiro para cuidar dela.
- É uma menina? – Sorri.
- É sim. - Ela retribuiu o sorriso. – É melhor eu ir. – Se levantou.
Será que eu não podia mesmo fazer nada por ela? E foi quando me lembrei.
- Ellen, você toparia ir para a Irlanda?
- Irlanda? O que eu faria lá?
- Na verdade, é uma chácara lá perto. Tem um casal de amigos da família que estão precisando de uma babá para seus filhos mais novos. Eles não se incomodariam de ter outra criança na casa.
- Isso é sério, Niall? Se você conseguir, eu vou ser a pessoa mais grata do mundo. – Ela já havia se animado.
- Claro. Olha, vou falar com eles ainda hoje e, se tudo der certo, amanhã você já pode estar indo para a Irlanda, então deixe tudo pronto.
- Tá. Ai... Obrigada, obrigada mesmo, você não sabe o quanto vou te dever por essa.
- Quero notícias da bebê. – Sorri.
- Obrigada. Eu mando sim.
Estava feliz. Mesmo ela tendo inventado tudo aquilo, era por necessidade, e agora que tudo ficaria bem, eu estava feliz. Peguei meu celular e liguei para o Nick e a Diana, que ficaram felizes com a notícia e, como o pensado, ela amanhã já poderia ir para a Irlanda. Só esperava que desta vez ela fizesse tudo certo.
Avisei a Ellen e minha parte eu já havia feito, agora só iria curtir minha namorada. Entrei em meu carro. Já estava na hora dela sair do curso de fotografia e eu faria uma surpresa pra ela.

(...)


- Não sabia que vinha me buscar. Se tivesse avisado, teria deixado o carro em casa, mas e o resultado do DNA, o que deu?
Sorri.
- Eu não sou o pai. – Ela sorriu e me abraçou.
- Temos que comemorar, mas antes, tenho que matar aquela vadia.
- , eu até entendi o lado dela, sabe?! Mas agora já dei um jeito e ela não vai voltar em nossas vidas, porém quero comemorar isso com você. – A puxei mais para mim.
- Você está certo. Não vamos falar dela. – Depositou um selinho em meus lábios. – Eu vou com você, depois voltamos e pegamos meu carro. Temos muito que comemorar.

POV

- Sair? Eu não sei...
- Vamos. Quero te ver novamente. – Podia ver o sorriso em seu rosto.
- Tá... Pra onde?
- The Ledbury. Sabe onde fica?
- Sim. Te vejo ás 21h.
- Eu te pego.
- Não precisa.
- Insisto.
- Tudo bem. Então está confirmado. – Sorri.
- Você está em casa?
- Sim, mas estou com um amigo. – Sorri para o Louis, que parecia irritado.
- Hum... Mal posso esperar para te ver novamente.
– Todos me dizem isso. – Ri.
Ele riu.
- Todos? Mas eu sou diferente. Não sou?
- Quem sabe...? – Mordi o lábio inferior. - Tenho que desligar. Nos vemos mais tarde. Beijos. – Joguei o celular na cama e suspirei.
Ligação OFF:

- Você vai me deixar para sair com esse babaca? – Tomlinson me olhou irritado.
- Esse “babaca” é o cara que eu estou saindo e ele não tem nada de babaca, como você está dizendo. Mas, já que está aqui... Poderia me ajudar com minha roupa.
- Eu não vou fazer isso!
- Por que não? Lou, você já tem aquela lambisgoia da sua namorada, me deixa ser feliz...
- Ela não é minha namorada! E tem mais, ele não é o cara para você.
- Essa conversa agora não. Se não vai me ajudar, saia.
- E é isso que vou fazer. – Pegou a chave do seu carro. – Bom encontro, , e espero que seja o pior da sua vida.
Revirei os olhos, o vendo sair. Bufei. O imbecil era ele! Louis havia escolhido aquela puta, que agora não desgrudava dele e não, eu não me sentia culpada por estar com o Luke, que era um ótimo homem. Além do que, com o Luke não é nada demais. Nem ao menos daqui o garoto é! Eu só estava me divertindo um pouco, afinal, não era só Tommo que podia.
Fui ao banheiro, onde tomei uma ducha fria para me acalmar. Fui ao meu closet e peguei um vestido e o coloquei. Me arrumei e enquanto terminava de calçar os sapatos ele chegou. Desci as escadas, encontrando minha mãe na sala.
- Vai sair?
- Vou. – Sorri.
- É com o Louis?
- Não, mãe. O Lou é só meu amigo.
- Mas vocês não estavam...
- Tchau mãe, e tira isso da sua cabeça, porque da minha eu já tirei.

POV Liam

Os dias haviam se passado. Já estávamos a pouco mais de dez dias na estrada e eu só queria voltar para casa, mesmo que lá tivesse, para mim, as piores lembranças possíveis. Com todas as minhas forças tentava esquecê-la. Havia trocado de número, já que a mesma me ligava todos os dias. Não queria falar com ela, não queria saber da existência dela, e as meninas até haviam tentado contar a versão dela, mas para que eu escutaria? Só para ouvir mentiras, como ela havia contado todo esse tempo em que passamos juntos?
Para mim, ela não existia mais. Não havia passado de um pesadelo, que eu tentava esquecer a qualquer custo, mas para se esquecer de alguém, precisa-se esquecer de uma vez por todas. Arrancar o mal pela raiz, e era isso que eu estava fazendo. Já fazia um mês que eu se quer havia voltado a pronunciar seu nome, mesmo que o mesmo rodeasse minha mente, me recusava a falá-lo.
Eu havia tanto acreditado na mesma, e agora sabia que tudo tinha sido um jogo, um truque, como ela havia feito do mesmo jeito que havia tentado na chácara, se é que o plano não surgiu de lá.
Eu estava com raiva, magoado, triste, ela tinha pegado tudo de bom e transformado em coisas ruins. Magoa, nojo, vontade de me manter longe, o amor em ódio. Repulsa e uma confusão completa em minha cabeça, como se um redemoinho estivesse passado lá e acabado com tudo que era certo.
Eu me sentia traído e incrédulo, com qualquer verdade que pudesse sair de sua boca. Poderia conversar com ela, mas sabia que, se o fizesse, fraquejaria. Poderia acreditar em tudo, e, entretanto, se continuaria a jogada dela e aquilo me matava. Eu me sentia burro, incapaz e infeliz. Em apenas alguns minutos minha cabeça havia desmoronado comigo e não imaginava que isso fosse possível acontecer, mas agora eu tinha certeza que podia.
- Liam? Vocês entram em quinze minutos.
- Tudo bem, Lexie. - Segui pelo corredor preto até minha plataforma. Os meninos ainda não estavam nas suas, mas não me incomodei. Sentei-me na minha e comecei a aquecer. Em menos de alguns minutos os outros já haviam chegado.
- 5... 4... 3... 2... 1.
- It feels like we been living in fast-forward.

POV

- Eles chegam amanhã!!!! – Me joguei no sofá.
- Eu sei. Por que não vamos buscá-los no aeroporto? – deu a ideia.
- Quer morrer? – a olhou. – Você acha que as Directioners tendo a única oportunidade de vê-los vão deixar a gente passar assim fácil para chegar neles?
- É, você tem razão... – analisou.
- Claro que ela tem razão. – revirou os olhos. – Por que a gente só não vai amanhã? Ai passamos a tarde com eles.
- E você não vai sair com o Luke? – A olhei.
- Não. Ele voltou hoje e, além do mais, preciso falar com o Tommo. Ele está me trocando por aquela puta da Eleanor e nós meio que brigamos da última vez que nos vimos. – Explicou. – Temos que conversar.
- Hum... Não vou perguntar nem quem é culpada... – .
a olhou arqueando as sobrancelhas.
- Eu não tenho culpa se ele tem ciúmes de mim, sendo que namora aquele projeto de aborto.
- E eles estão namorando? – A questionei.
- Devem estar. Não me importa. – Ela falou aquilo mais para si do que para nós.
- Aham sei... Mudando de assunto... Alguém sabe notícias da ? – questionou.
- Não. Ela simplesmente não me atende.
- Você não é a única, . Já fui até na casa da avó dela, mas essa também mal falou com ela e disse que a mãe da está preocupada. – .
- Precisamos dar um jeito nessa nossa amiga. Ela acha que pode aparecer e ficar sumindo novamente?
- , relaxa. Por que não falam com a avó dela e pegamos o telefone da mãe e vemos o que está acontecendo?
- Finalmente uma ideia boa, . Será que isso você consegue arrumar, ? – questionou a prima.
- Acho que não será difícil. Falo com a avó ainda hoje e a gente vê o que faz depois que eu estiver com o número.
- Tudo bem, então agora que está planejado, podemos fazer o trabalho, que é para amanhã? – .
- Você tem razão. Pensaram em algo? – Perguntei.
- Eu pensei em algo mais ou menos assim. – pegou um papel e um lápis e começou a rabiscar. – Mais ou menos assim. Aqui fica os fosfolipídios e aqui as proteínas passando.
- Parece difícil. - Admiti.
- Cara, , quero aquele dez, então nada será difícil. -
E assim resumi nosso fim de tarde. Ficamos as horas seguintes naquela maquete, mas, por fim, ela ficou perfeita e nosso dez garantido.

POV Louis

Finalmente casa. Já havia me esquecido quanto aquele lugar me fazia falta. Cai na cama e peguei meu celular, que havia uma mensagem da Els.

“Hey... Já chegou? Posso ir ai? Quero me despedir. Quando chegar ai explico. – Xx Eleanor.”


Se despedir? Como assim? Ela iria para algum lugar?

“Já sim. Claro. Estou no meu quarto. – Louis.”


Respondi seu SMS e voltei a afastar meu celular, o colocando no criado mudo. Esses últimos dias tinham sido... Diferentes para mim. Principalmente pelo fato de a Els e eu estarmos bem mais próximos. Sempre que podíamos nos falávamos, enquanto eu e a ... Ainda não tínhamos nos falado depois da briga. Os dois eram orgulhosos demais para ligar, sem falar que eu não estava errado, então não me desculparia.
Mas o fato era que, mesmo que estivesse próximo da Eleanor, não a amava. Poderia até pensar na hipótese de tentarmos, mas não tinha como se meu coração estava ocupado pela , que eu havia perdido para aquele surfistazinho de Malibu. Porém, como iria competir com ele? Ela o queria e não a mim. Se ao menos tivesse pedido para ela me esperar naquela época, se não estivesse ficado com tanta dúvida. Deveria ter a pedido em namoro naquele mesmo instante, mas não... Eu resolvi ficar calado e a perdi. Como você é burro, Louis!
Duas batidas na porta me fizeram despertar de meus devaneios.
- Entre. – Pedi.
A porta foi aberta e vi a Eleanor entrar.
- Olá. Senti sua falta. – Veio até mim e eu me levantei da cama para ela me abraçar.
- Como, se falou comigo quase todos os dias? – Brinquei.
- Você entendeu. – Sorriu.
Assenti dizendo que sim.
- Mas que história é aquela de se despedir? Você vai viajar?
- É sobre isso que vim te explicar. Eu recebi uma proposta de emprego para fotografar umas fotos na Austrália, e não posso recusar, é bom demais para o fazer. Mas eu terei que passar alguns meses lá, e eu estou pegando o voo ainda hoje à noite, porém tinha que me despedir hoje de você.
- Isso é maravilho, Els, vai ser bom para sua carreira. Fico feliz por você, e sabe que pode contar comigo para qualquer coisa que precisar.
Ela sorriu.
- Sei, sim, obrigada. Só sinto em te deixar. Lá vai ser mais corrido e não sei como vai ficar.
- É uma pena, mas não pensa nisso. Pensa em sua carreira lá.
- Eu sei. – Ela sorriu sem jeito. – Você é maravilhoso, Lou. – Passou a mão em meu rosto, fazendo um carinho, se aproximando mais de mim.
- Els... – Tentei impedi-la.
- Por favor. O último. – Ela pediu, se aproximando mais.
Já podia sentir sua respiração quente em meu rosto.
- Parabéns... – O barulho da porta sendo aberta e alguém batendo palmas nos despertou, e eu a afastei de mim. – Francamente, se queriam se pegar deveriam fechar a porta. Ah pera... Pra quem faz boquete no meio da rua isso não é nada.
Olhei para a , que tinha um sorriso sínico no rosto.
- , por favor! – A repreendi.
- Por favor? Agora que comecei... Francamente, Louis, você merecia algo bem melhor que isso. Por que essa daí só tem cara de santa mesmo. O passado dessa aí é mais podre que uma fossa.
- Ei, garota! Quem você pensa que é para falar assim de mim?
- Quem eu penso que sou? – Riu. – Sou uma pessoa que não é da mesma laia que você. – Sorriu sínica – Até por que, né... - Olhou para a Eleanor dos pés a cabeça.
- Até por que o quê? – Els a desafiou.
olhou ao redor e pegou uma jarra de água, que tinha perto do meu criado mudo, jogando o conteúdo na Eleanor.
- Sem sal. Agora está bem melhor... – Sorriu vitoriosa.
- Sua maluca! Olha o que você fez!
- Queridinha, eu fiz um favor a você! Não viu que está bem melhor?
Eleanor bufou e se virou para mim.
- Eu vou embora, Lou, essa maluca... – Suspirou. – Adeus. – Saiu do meu quarto.

POV

- POR QUE FEZ ISSO? – Louis estava gritando irritado.
- Desculpe se atrapalhei vocês! – Falei irritada. – Vai atrás da Barbie. Ela deve estar precisando de você.
Ele bufou e foi, me deixando ali em seu quarto sozinha. Senti uma lágrima solitária descer em minha face, mas logo tratei de enxugá-la. Eu não deveria me importar. Mas não importava o quanto me esforçasse para parar de pensar, a imagem de Louis continuava a surgir inesperadamente. O sorriso levemente evasivo, seu ar divertido com as coisas que eu dizia... Tudo nele aparecia sempre em minha mente, como não me permitindo esquecer o próprio.
- Não era para ter feito aquilo. Ela é minha amiga. – Ele voltou ao quarto, me fazendo encará-lo.
- Aham... Tão amiga que estava aqui se atracando em você. – Expulsei todo o sentimento de raiva em minha voz.
- Está com ciúmes?
- Ciúmes? Por mim podem se casar... Terem filhos... O que quiserem. Acha que me importo?! Vocês são perfeitos um para o outro. Parecem irmãos. – Joguei aquilo que queria dizer a tempos.
- Cala a boca, . A gente é só amigos. Afinal, eu a prefiro como minha amiga.
Ele não havia dito aquilo. – Então quer dizer agora que aquela vadia é melhor amiga do que eu?!
O olhei incrédula. E foi quando ele pareceu perceber o erro.
- Eu quis dizer que prefiro ela como amiga, do que como “namorada”, não que prefiro mais ela do que você. – Explicou.
- Prefere tanto que foi atrás de quem? Ah... Antes que me esqueça... Eu não gosto dela. Pra mim, tem cara de falsa. A propósito, o que está fazendo aqui?
- É meu quarto!
- A miss sem sal não quis mais você?
- A Els só veio se despedir de mim, porque vai viajar. E eu fui falar com ela sim, mas já resolvi.
- Então... Já podemos divulgar o novo casal? – Sorri sínica para ele.
- ELA. É. SÓ. MINHA. AMIGA. – Falou pausadamente.
- Então explica isso a ela, antes que seja tarde. – Tentei sair do quarto.
Tommo me segurou pelo braço, me impedindo de sair.
- Aonde você vai? – Sua proximidade era irritantemente boa.
- Sair daqui. Não é obvio?
- Não sem isso antes. - Ele se inclinou e pressionou seus lábios contra os meus.
Senti-lo mais uma vez fez minhas pernas vacilarem e o desejo crescer dentro de mim, enquanto nossas línguas travavam uma guerra interminável. Senti aquelas mãos fortes me apertarem mais contra si. Seu desejo era mais que evidente, assim como o meu. Era como se fosse possível que nos expandíssemos um no outro.
Senti seus beijos descerem pela extensão do meu pescoço, e eu arfei para trás.
- Louis... – Deixei escapar em forma de um pequeno gemido.
- Shiu... Eu quero você. Eu demorei tempo demais para perceber o que você significava para mim, e não quero mais perder um segundo, porque você é importante para mim. – Falou entre as caricias.
Abri meus olhos o encarando, sentindo meus olhos lacrimejarem. Naquele momento, me sentia a mais boba de todas, mas... Pela primeira vez, não me importei.
O puxei mais para mim, o beijando com todo o sentimento que eu sentia pelo mesmo. Seus lábios macios contra os meus e suas mãos, uma em minha cintura e a outra em minha nuca, me trazendo mais para si. Baguncei seus cabelos enquanto aprofundava o beijo. Quanto eu havia desejado aquele momento...
Louis desceu uma de suas mãos para a minha coxa, a subindo, e logo eu entendi o que ele queria. Dei impulso e entrelacei minhas pernas em seu quadril. Desci meus beijos para seu pescoço, depositando chupões e beijos, enquanto Tomlinson me levava para sua cama, me deitando delicadamente.
O encarei enquanto tirava sua camisa. Ele voltou a me beijar enquanto passava a mão pela barra da minha blusa, fazendo menção de tirá-la. Mordi meu lábio inferior dando permissão. E logo ela estava fazendo companhia a sua roupa no chão.
Lou se aproximou de mim, percorrendo um caminho molhado de beijos de minha barriga a minha boca.
-- Quando quiser que eu pare, me avise.
- Louis... Eu quero com você. – Sussurrei cortando o beijo.
Ele sorriu, depositando um selinho em meus lábios.
Após as palavras ditas, um momento de amor nos selou naquele instante pelo resto de nossas vidas. Nós agora havíamos nos entregado um ao outro, e estaríamos ligados. Naquele ato acontecido a pouco, havíamos deixado claro tudo e qualquer sentimento presente em nós mesmos.
Depois daquilo, seria impossível a não constatação de que nos amávamos, que éramos um do outro. Todas as caricias, momentos de entrega um do outro, foram marcados pelos dois corpos que presenciavam do mesmo amor. Do mesmo sentimento, que agora repousava dentro de cada um.
Eu não poderia me sentir mais certa de minha escolha, e a felicidade irradiava de mim. Agora não era uma dúvida. Era uma certeza que eu tinha. Não mais um buraco, uma cratera de medo. Eu amava o Louis, mais do que um dia pensei ser possível se amar alguém. E pela primeira vez na vida, aquilo não soou ruim para meus ouvidos.

POV Zayn

- Tenho que te contar uma coisa. – A olhei.
- O que? – Me olhou.
- Lembra que eu tinha falado que minha mãe queria te conhecer e a gente iria viajar no fim da tour?
Ela assentiu, me incentivando a continuar.
- Mudança de planos. – Sorri. – Vai ser o aniversario do Hassan, mesmo da época da minha folga, e pensei em irmos, então aproveito e te apresento para a família.
- Parece ótimo para mim. – Sorriu.
- Não está nervosa? – Arqueei a sobrancelha. – Bom progresso.
- Não cante vitória cedo demais. Estarei sim quando formos.
- Não custa tentar. – Beijei a curva de seu pescoço e ela estremeceu. – Eu estava com saudade do seu cheiro.
- E eu de você. – Soltou como um suspiro.
Subi meus beijos para sua boca, começando um beijo calmo, mas que logo se intensificou, tornando as carícias mais perigosas. Desci para sua barriga e enquanto a descobria, ia beijando aquela pele tão macia, sentindo a se arrepiar. – Sentia tanta falta de senti-la... - me puxou para cima, tirando minha camisa e me deitando por cima da mesma.
Apoiei meus cotovelos na cama enquanto desabotoava sua blusa. passou as mãos pelos meus cabelos, os bagunçando, enquanto eu tirava seu short. Percorri um caminho gelado com minha boca, por todo seu corpo, enquanto a mesma tirava minha calça, já desabotoada, com os pés.
Colei meus lábios em seu pescoço, depositando alguns chupões e beijos, enquanto a mesma arfava para trás. Vê-la daquele jeito só despertava o que tinha de mais excitante em mim. Desci pelo seu colo, e desabotoei o fecho de seu sutiã. estremeceu e eu sorri. Como eu amava as sensações que presenciava na mesma. Ela era tão perfeita... Sem ao menos perceber, e era tudo que eu desejava e precisava.

(...)


Cai por cima da exausto, com a respiração ofegante, não diferente da dela. Depositei um selinho em seus lábios e sai de dentro dela. Me levantei da cama e fui até o banheiro jogar a camisinha fora, mas assim que a olhei, vi que tinha algo errado.
- Merda! – Vociferei.
- Zayn? O que foi? – perguntou do quarto.
Sem respondê-la, peguei a camisinha, que já havia tirado e comprovei minha teoria, me xingando mentalmente. Aquilo não podia ter acontecido!
- Merda! Merda! Merda! – Gritei.
- Malik, o que foi? – apareceu na porta do banheiro vestida com minha camisa.
Ela se aproximou de mim e me abraçou por trás.
- O que foi? – Perguntou calma.
A olhei sem saber como falar, mas aquele problema era de nós dois. Ela precisava saber.
- A camisinha estourou.

Até aqui betada por: Marcela Spaolonzi




Capítulo 16
“Quando você acha um amigo de verdade, acha um tesouro. – Do filme Carros 2”



’s POV

- Saí logo desse banheiro que temos que falar com a mãe da ! - bateu na porta.
- Podem falar sem mim. Eu estou meio ocupada aqui.
- A disse que podíamos ligar sem ela. Ela está com problemas gasto intestinais no banheiro. - saiu gritando. E para falar a verdade, bem queria eu que fosse aquilo.
Aquela altura a duvida interna emanava de todos os meus poros. Afinal, aquilo era decisivo e minha cabeça rodava só em pensar nessa possibilidade. Minhas pernas vacilavam e eu estava suando frio. Minhas mãos tremiam e eu andava de um lado para o outro no banheiro. – Ok, eu não imaginava ficar tão nervosa, mas eu estava. Parecia que iria cavar um buraco ali mesmo, enquanto esperava aqueles malditos cinco minutos, que pareciam mais uma eternidade. Meu Deus, tudo iria ser decidido por um simples palitinho! Minha vida... A do Zayn... Droga! Maldita hora que aquela camisinha estourou! Mas se tivesse uma criança ali, se meu filho estivesse em formação, eu iria levar aquilo até o fim.
O meu relógio apitou e eu sabia que agora tiraria a duvida que estava me matando. Fosse o que Deus quisesse, apesar de eu estar tremendo. Peguei o palitinho e... Minhas mãos tremeram, minha vista embaçou, um soluço escapou de minha garganta.
- Isso! – Gritei. – Uma linha! Uma linha! – Comecei a pular.
Tampei a boca, ainda pulando. As meninas não podiam escutar. A gente estava com problemas demais com nossa amiga para que elas se importarem com um possível bebê que segundo esse teste, não viria. Então não contei.
Passei a mão no rosto, limpando as lágrimas. Eu não estava grávida, e aquela constatação foi tão boa para mim... Mal podia acreditar. Eu não seria mãe!
Peguei a embalagem e juntei tudo, jogando fora. Me olhei no espelho e respirei fundo, tentando me acalmar. Ligaria para meu namorado para dar a notícia depois. Agora teria que resolver outro problema.
Sai do banheiro e fui até a sala, onde as meninas me olharam.
- Melhor? A disse...
- Vocês ainda dão fé no que essa diz? Eu só estava trocando o absorvente. Por isso que demorou. - Menti.
- Ô absorvente difícil, esse... - debochou.
- Cala a boca. Já falaram com a mãe da ? – Questionei, mudando de assunto.
- Já e as notícias não são boas. - mordeu o lábio.
- Vamos para Albuquerque no fim do mês. - comunicou.
- Por quê? Aconteceu algo com a ? Por isso que não deu notícia?
- Mais ou menos isso. A mãe dela quer que façamos uma visita para ela se animar mais. Disse que mal quer sair de casa, não quer fazer nada. Ela não explicou muito bem o porquê. - explicou.
- Tudo bem, então. Eu comunico aos meus pais e programamos tudo mais perto. Só espero que minha amiga melhore.
- Nós também, , mas a coisa não parece estar muito boa, mesmo a mãe dela não querendo entrar em tantos detalhes.
- Mas nós vamos reverter isso, meninas. Animo! - nos lembrou. - Quem sabe não somos nós vendo demais onde não tem?
- É, você está certa, prima, mas pela dúvida vou me manter informada com a avó dela. Se achou que iria ser fácil se livrar da gente, se enganou.
- Pois é, mas e o Liam? Não quero chegar em Albuquerque e dizer que a gente não conseguiu dizer o que a prometemos antes de sair. - Baixei a cabeça.
- Então só há uma alternativa para isso.
- Qual? - Olhamos para a com olhar de dúvida.
- Amarrar ele e o fazer escutar. Simples.
- Não contem comigo esse fim de semana. Vou viajar com o Zayn para um aniversário de um primo dele. - Expliquei.
- Tudo bem. Então vamos praticar a parte mais humana. Trancamos ele e o fazemos escutar.
- Ou , a gente fala com nossos namorados para falarem com ele. Alguém Payne vai ter que escutar.
- Vai mesmo, ? - A olhei com dúvida.
- Já está na hora dele encarar de frente. A gente até entende que esteja sofrendo, mas é porque é cabeça dura. Vou pedir para o Niall falar com ele. Acho que será o que ele mais vai ouvir, e finalmente poderemos colocar um fim nessa conversa toda.

Louis’ POV

- Chegou? - Pulou em meus braços, me fazendo segurá-la.
- Sabia que ia ficar feliz em me ver, mas não sabia que ia ficar tanto.
- Se quiser, da próxima vez fecho a porta na sua cara. - Sorriu amarelo.
- Gosto mais assim. – Sorri, aproximando nossos lábios.
sorriu e eu a beijei. Seus lábios macios em contato com os meus, de uma forma delicada e terna, mas com um desejo inexplicável. Pedi passagem para aprofundar o beijo e ela cedeu. A segurei firme em meus braços e ela passou suas mãos para minha nuca, a arranhando.
Como era boa a sensação de tê-la ali em meia braços, depois de vinte dias sem ao menos sentir seu perfume... Seu contato...
- Sua mãe está ai? - Cortei o beijo, ainda a mantendo em meus braços.
- Não. - Depositou um selinho em meus lábios.
- Melhor assim. - Beijo. - Não iria querer que minha sogra visse o que pretendo fazer com você. - Beijo.
Ela sorriu, mordendo meu lábio inferior.
- Vou adorar ter você dormindo aqui.
- Eu também. - Voltei a beijá-la.
Meus lábios desceram ao seu pescoço, depositando chupões por toda sua extensão. Caminhamos para dentro de casa e eu tranquei a porta, para que pudéssemos subir ao seu quarto. arrancou minha camisa durante o percurso e começou a arranhar minhas costas.
A deitei na cama e tirei seu vestido. me puxou para cima dela, voltando a nos selar enquanto despíamos um ao outro sem separarmos nossos lábios.
Deus, como eu precisava ter em minha vida aquela garota. Ela já se tornara essencial em tudo em tão pouco tempo, e eu já estava louco por ela, louco pelo que me proporcionava. Por tê-la comigo. Ter perdido tanto tempo sem ela, parecia besteira hoje e, já não me via mais sem a mesma.

(...)


Acordei com a se debatendo na cama. A olhei, mas a mesma continuava a dormir. Ela suava e lágrimas escorriam de seus olhos. Aquilo fez um torvelinho de tristeza percorrer meu corpo.
- . Acorda, você está sonhando. - A chamei.
Ela abriu os olhos assustada e aquilo me fez abraçá-la. O medo que carregava em seus olhos, a melancolia, o desespero, tudo era presente ali.
- Ei, o que foi? - A abracei mais forte, enquanto enxugava suas lágrimas.
- Você... Me desculpa. Eu te assustei?
- Não eu só... Fiquei preocupado. Era um pesadelo?
Ela suspirou.
- Na verdade, se chama temor noturno. - Saiu dos meus braços e se sentou na cama. Me encarando.
Mas a vontade que eu tinha de trazê-la de volta para meus braços, como se ali a protegesse de tudo, era imensa.
- Eu não falo muito disso, mas...
- Se não quiser, não precisa, . - Queria a deixa-la vontade.
- Tudo bem. - Suspirou. - Meu pai morreu há três anos, Louis, em um acidente de carro. Eu era muito apegada a ele, mas do que a minha mãe. É normal meninas se apegarem mais com a mãe, mas eu não. Eu era a princesa dele, e eu o amava mais que tudo. Ele era o meu exemplo, o herói, a quem eu recorria quando precisava. O meu cúmplice. Mas então, ele e a mamãe tiveram que viajar para resolver negócios. Eu sentia algo ruim naquele dia. Não os queria deixar ir, mas o que podia fazer? - Fechou os olhos. - Lembro até hoje das palavras dos meus tios me acordando no meio da noite. “Querida, seus pais sofreram um acidente." Meu pai queria falar comigo. A mamãe estava bem e eu sabia que ela se sentia culpada por isso, enquanto ele... - Deu uma pausa, enxugando as lágrimas e eu já podia notar o quanto aquilo a arrasava. - Eu só tinha que cumprir a merda de uma promessa! "Cuide da sua mãe, meu amor. Ela vai precisar de você mais que nunca. Eu te amo, e a ela também. Para onde vou, estarei cuidando de vocês sempre, minha pequena." Só tinha que cuidar dela, e foi o que fiz, mas a única forma que encontrei de superar a perda ou não sei como, é esses temores noturnos. Eu sonho com ele, ou acontecimento ligados a ele, como se fosse a única forma de o manter vivo em minha mente. - Fungou. - Isso dói.
- Ei, eu estou aqui. - A puxei para os meus braços. - Obrigada por confiar em mim ao ponto de me contar isso e não se preocupe, eu cuidarei de você. Eu nunca vou te deixar, isso é uma promessa. Agora, não fica assim. Vou te ajudar. Só não pensa mais nisso. - Depositei um beijo no topo de sua cabeça, a abraçando forte para ela ter a certeza que não sairia dali.

’s POV

Abri meus olhos encarando os dele, em uma tonalidade tão clara...
- Hey... Finalmente acordou dorminhoca? – Ele veio até mim e depositou um beijo em meus lábios.
- Há quanto tempo está aqui?
- Algumas horas.
- Sinto muito não poder ter ido até o aeroporto.
- Ei... Você está doente. Mas ainda posso ficar com você aqui, pelo menos este fim de semana.
Assenti, confessando não prestar muita atenção. Eu estava cansada e sonolenta. O que uma simples febre não fazia conosco...
- , como está? – entrou no quarto.
- Um pouco melhor, mas não se preocupe comigo. Vá viajar com o seu namorado, que o meu cuida de mim. – Olhei para o Harry.
- Tudo bem... Eu não acredito que vou dizer isso, mas... Qualquer coisa liga para a e , Hazza. Alguma coisa elas saberão fazer. – se aproximou de mim. – Se cuida e melhoras. Ligarei todos os dias para saber como anda.
- Relaxa e aproveita sua viagem. Não se preocupa comigo.
- Tudo bem. Tchau vocês dois e Styles, lembre-se de checar a temperatura dela. – me deu um abraço e um no meu namorado saindo.
Haroldo se levantou e se deitou ao meu lado.
- Não faz isso... Se você adoecer, suas fãs me matam.
- Eu não tenho medo de ficar doente, então não se preocupa com isso pequena. Agora vem. – Ele me puxou para seus braços, me aninhando nos mesmos.
Ali eu me sentia segura, protegida, e a sensação era maravilhosa. Talvez o bom de ficar doente fosse aquilo. Ficar assim com ele, que eu sentia tanta falta nesses últimos dias. Mas não me prendi muito naquele pensamento e acabei adormecendo mais uma vez de muitas.
(...)


Abri meus olhos ainda me sentindo cansada. Eu mal podia acreditar que havia adormecido novamente. Aquilo era uma merda. Será que eu não iria conseguir comandar minhas próprias ações por causa de uma febre?
- ? – Harry me chamou.
- Hum? – O olhei, percebendo que ele trazia um prato em uma bandeja.
- Eu trousse isso para comer. A havia deixado na geladeira para você. – Me entregou e eu percebi que era uma sopa. – Como está?
- Um pouco melhor. – Falei dando minha primeira colherada. – Isso é bem vindo. Estou morrendo de fome. – Sorri. – Obrigada por cuidar de mim.
- Não precisa agradecer algo que eu faria sem pestanejar pequena. – Sorriu.
Voltei à atenção a minha sopa, enquanto meu namorado me encarava.
- Que foi?
- Já foi a um médico ?
- Não amor, é só febre. Além do que, já está passando e eu estou ficando melhor.
- , acho melhor ir a um médico. Você não é qualificada como eles para saber o que tem.
- Tudo bem, eu marco uma consulta na segunda. Está bom assim? Mas só se a febre não passar.
- Tudo bem, mas vai me prometer se cuidar. Não quero namorada minha doente.
- E não vai ter. Fica tranquilo que eu sei me cuidar. - Dei outra colherada na minha sopa.
- Eu sei, mas não custa checar se está tudo bem.
- Pode deixar. Eu vejo isso e lhe digo.
- Muito bem. - Se sentou ao meu lado. - Só estou preocupado com você.
- Eu sei. Eu prometo que vou me cuidar meu enfermeiro.
- Olha! Dessa eu gostei. Enfermeiro. Tá ai... Gostei.
Ri da leseira do meu namorado.
- Mas do que ser meu? - Fiz bico.
- Impossível. Mas agora come antes que eu faça isso por você.
- Eu divido. Estou sendo boa pessoa. Mesmo que não mereça.
- Não mereço? E um beijo?
Ri.
- Bobo.

Zayn’s POV

Me deitei com ela em meus braços, sentido o calor de seu corpo emanar para o meu. Depositei um selinho em seus lábios e ela sorriu.
- O que achou de conhecer sua sogra?
Ela sorriu lindamente.
- Eu adorei. Amei sua mãe.
- Que bom. - Fiz um carinho em seu rosto. - Pronta para conhece toda à família Malik hoje a noite?
- Com o que quer dizer toda? - Fez careta.
Ri.
- Toda.
- Quantos integrantes compõem sua família?
- Nem eu sei. - Ri.
- Ótimo, como não ficar nervosa?
- Relaxa, você não precisa impressionar ninguém esta noite, além de mim.
Sorriu.
- Para mim, você é bonita de qualquer forma. - Depositei um selinho em seus lábios.
Ela me abraçou e ficamos daquela forma por algum tempo. começou a fazer círculos com as unhas em meus braços e suspirou. Depositei um beijo no topo de sua cabeça. Era tão bom ficar ali com ela, tão confortável e aconchegante. Eu amava ficar assim, e já não precisava mais de nada.

(...)


- Você está linda . – Cheguei por trás dela a abraçando.
- Obrigada. – Sorriu. – Vamos?
- Claro. Mamãe já foi com Waliyha e Safaa foi dormir na casa de uma amiguinha dela.
- Okay. – Respondeu pegando a bolsa.
E lá estávamos nós a caminho da festa do meu primo. Percebia minha namorada meio insegura, mas não tinha por que, já que tudo correria perfeitamente naquela noite. Entramos no carro da minha mãe, que havia deixado para que pudéssemos ir e mesmo o local da festa não sendo muito longe dali, - mais precisamente a um quarteirão – iriamos de carro.
Dei partida e no caminho o carro manteve um silencio confortante.
Descemos do veiculo assim que estacionei e a levei para conhecer meu primo e a família toda, que para ser sincero estava maior do que me lembrava.
A festa corria bem. Pessoas dançavam na pista, conversavam na mesa, perambulavam pelo espaço. Típico em festas. se aproximou de meu ouvido e sussurrou.
- Vamos dançar?
Sorri.
- Claro.
Pedimos licença para sair e seguimos juntos para a pista. A música inicialmente era agitada. Classic do KMTO e logo estávamos dançando a um ritmo contagiante, com alguns olhares das pessoas em nossa volta. Um especificamente. Era uma garota loira, de cabelos ondulados, olhos azuis... E eu a conhecia de algum lugar, mas... Não podia ser! O que ela estava fazendo ali? Merda! O Hassan era amigo dela. Como havia me esquecido? Merda!
Mas tudo bem. Agora que eu estava com a , esperava que ela entendesse o recado. Porém com seu olhar suicida, ficava difícil de acreditar, e aquilo me causou um arrepio de medo na nuca.
- O que foi? - Minha namorada me acordou dos meus devaneios.
- Hã? Nada. Eu só quero... Ficar aqui dançando com você, nada mais. - Sorri depositando um selinho em seus lábios.

Niall’s POV

- Vai não... - Resmungou, me puxando de volta para si.
Ri.
- Estão tocando a campainha amor, preciso vê quem é.
- Deixa o Liam ver isso.
- Ele não está. Está saindo toda noite agora. Parece mais com o antigo Harry do que ele mesmo.
- Só porque precisava falar com ele... Eu ainda sinto muito por ele e a terem terminado assim.
- Eu também. - Lamentei.
Mais um toque na campainha e me levantei.
- Já volto.
Ela resmungou e eu sai do quarto, indo para a sala. Abri a porta e para minha maior surpresa Peg estava lá. Eu não podia crer no que meus olhos estavam vendo. Ela sorria e estava mais bonita que nunca. Seus cabelos castanhos batiam na cintura, sua postura agora era de mulher e meu Deus, tudo aquilo... Ela ali, era loucura.
- Não vai me dar um abraço? - Abriu os braços e eu fui ao seu encontro, ainda meio atordoado.
- Quando você voltou? - questionei me afastando da mesma.
- Quando você ligou para meus pais há um mês eu já havia voltado para a Irlanda, mas só cheguei a Londres hoje. Desculpa ter pedido para eles não falarem nada, mas eu queria te fazer uma surpresa e depois de tudo que te aconteceu...
- Niall por que está demoran... - apareceu na sala.
- Ah , essa é a Peggie. Ela era... Minha melhor amiga de infância. Ela voltou do Canadá e veio me visitar. - Tudo bem, meia verdade era mais que o suficiente.
- Ah prazer. - Minha namorada se aproximou a cumprimentando.
- Prazer. Vocês voltaram?
assentiu.
Peg sorriu.
- Ah desculpa. Entre. - Dei passagem.
Ela entrou e olhou o espaço.
- Nossa aqui está lindo. Muita coisa mudou desde que fui embora. - Podia sentir o duplo sentindo naquelas palavras.
Até porque ela nunca tinha estado ali. Havia ido embora antes que eu pudesse ao menos entrar no TXF e creio que nem os garotos sabiam de sua existência.
- Como estão Diana e Nick? - Me dirigi ao sofá com as duas ao meu encalço.
- Estão bem. Mandaram um beijo e a garota que você instruiu é ótima. Ela está cuidando muito bem dos gêmeos, e a propósitos a bebê dela nascerá próximo mês. Quem sabe você não possa ir ao batizado?!
- Talvez se não estiver em tour.
- Hum... Querida, por favor, será que teria algo para mim tomar? Estou com a garganta seca, você poderia ir pegar?
- Claro. - se levantou, e eu sabia muito bem que ela não estava gostando de me deixar sozinho com a Peggie.
- Precisamos conversar a sós. - Sussurrou.
Eu sabia que era verdade, mas não queria. Estava muito bem com a e não estragaria isso por nada nesse mundo.
- Vai ter que esperar um pouco. Eu estou em tour e só estarei aqui até amanhã.
- Tudo bem. Amanhã então. Eu estou no apartamento da família. Ainda lembra onde é?
Assenti, vendo que a retornava com um copo de suco em mãos.
- Ah, obrigada.- Peg pegou agradecendo.
-Mas e então, como conheceu o Niall? - Minha namorada a questionou.
- Nossos pais são amigos desde muito antes de nascermos. Sempre convivemos juntos, até eu ir para o Canadá, terminar o ensino Médio e acabei ficando por lá.
Elas continuaram conversando e percebi o olhar sútil da Peggie para mim. E mil e uma questões se instalavam em minha mente. Por que ela tinha que voltar logo agora? O que havíamos passado, era parte do passado. Lembro o que havia prometido. Lembrava como se fosse hoje, mas eram promessas que já não podia mais cumprir. Na verdade hoje sabia que havia confundido tudo na época e agradecia o rumo que as coisas haviam tomado. Seu sonho ela havia seguido e o meu eu também, e sabia que era o certo. Agora era tarde para pensar no passado. Tarde até demais. Era isso que eu diria a ela amanhã. Eu amava a e ela teria que entender.
Olhei para minha namorada e sorri pegando sua mão. Senti os olhos da Peg caírem sobre elas. Agora ela entendia que eu era da e só dela. Era o que esperava pelo menos.

’s POV

As horas na festa tinham passado alheias e já virava a noite quando notei. De fato, estava tudo ainda muito animado e duvidava muito que tudo ali fosse terminar cedo.
- Amor, vou tomar um vento no jardim. Aqui está tudo muito quente. – Falei me levantando. Ele assentiu e eu sai.
Tudo ali era lindo. Parecia um palácio invés de uma casa de eventos. Era toda feita com portas de vidro, pilares... Tudo em um perfeito estilo clássico.
Me sentei em um dos bancos presentes no jardim, enquanto observava o espaço ao meu redor, sem a preocupação de memoriza-lo, só para apreciar sua estrutura.
- ?
Me virei encarando uma menina que nunca se quer tinha visto em minha vida, me olhando com curiosidade. Ela tinha os cabelos loiros e olhos claros, em uma pele tão branca que parecia neve.
- Desculpe, mas não me recordo de você. – Fui sincera.
- Claro que não. Pra falar a verdade, é a primeira vez que nos vemos. Sou Clary. Eu te conheço devido ao Zayn. Sou Directioner e amiga de seu primo.
- Prazer Clary.
Ela sorriu.
- Bem, na verdade eu não sei se será mesmo um prazer. – A olhei incentivando a continuar, sem entender nada. – Eu estava te observando desde o começo da festa, esperando que o Zaza te deixasse só.
A olhei com dúvida.
- Por quê? - Aquele rodeio todo já estava começando a me irritar.
Ela suspirou.
- Meu Deus, eu não sei como vou dizer isso, mas... Ele te... Ele... É... - Suspirou. - Ele te traiu.
- O que? Não, o Zayn não... Ele... Isso não... - Eu não podia acreditar no que havia escutado. Ele seria incapaz.
- Ele a conheceu em um show. Ela foi para o camarim pedir um autógrafo e o encontrou no caminho, a química foi instantânea. - Ela sorriu como se lembrasse de cada momento, como o melhor de sua vida.
Meus olhos marejaram, mas eu mordi a parte interna da minha bochecha, segurando o choro que estava preso em minha garganta.
-Ele a chamou para seu hotel e ela foi. Claro, era o sonho dela o ter e por mais que soubesse que não seria inteiramente dela, ficou feliz só por uma noite. Quando ela chegou lá, ele a conduziu para sua cama. Foi carinhoso, terno, o melhor...
- Pare! - A interrompi.
Fechei meus olhos prendendo as lágrimas que teimavam em formar uma batata em minha garganta. Que a arranhavam e dilaceravam meu peito, com uma dor profunda e perturbadora.
– Você já deve ter presumido que sou eu a garota. Se não acreditar pergunta a Kelly. - O sorriso presunçoso em seus lábios, era vitorioso.
- Kelly? - A olhei com a visão turva por causa do choro. - Quem é Kelly?
- Ah é... Minha amiga. Ela foi comigo ao hotel.
- Eu não...
- Ela está ali, deixa só... - Clary acenou para uma garota que se aproximou. - Conta a ela.
A encarei e ela tinha um olhar triste... Como... Pena. E aquilo me dilacerou mais. Sem que dissesse nada, eu sabia a verdade.
- Você tem sorte , ele é muito bom na cama.
A olhei a fuzilando. Quem ela pensava que era? Uma vadia. Só isso. Uma vadia que o meu Zayn havia preferido. Que havia levado para a cama e aquilo era pior do que mil farpas sendo enfiadas em meu peito.
- Por que me contou tudo isso? Se sente melhor?
Ela riu.
- Querida, eu te fiz um favor!
- Favor? - A olhei com nojo. - Rejeito favores de vadias.
- Vadia que seu namorado preferiu e gemeu o nome. - Me olhou vitoriosa.
Aquilo me atingiu em cheio, mas o que eu podia dizer? Era verdade. A merda toda era verdade!
- Clary já está bom. Vamos. - Kelly a chamou.
- Está certa. Já fiz o que tinha para fazer aqui. Diz ao Zayn que mandei um beijo naquela boca deliciosa.- Falou saindo.
Deus, como eu queria voar no pescoço daquela garota, mas me controlei, porque estava frágil demais, magoada demais, machucada demais para fazer qualquer coisa. Eu não era da laia dela para me rebaixar, mas Deus... Estava doendo tanto e eu só queria acabar com aquela dor. Acabar com os dois que tinham feito isso comigo.
O choro já era presente e o soluço arranhava a garganta seca. Minhas mãos trêmulas e eu me sentia sem chão. Sem nada para me agarrar, após perder tudo que me mantinha em pé. Ele não havia como esperar? Ele tinha que ficar com a primeira puta que desse para ele? Por que havia feito aquilo? Por que havia me enganado? Por que me fez ama-lo tanto e ser o pior cafajeste de todos? Eu não parecia capaz de segurar tal dor e aquilo era péssimo. Era pior do que me rasgar ao meio, ou a mesma sensação. Já não sabia mais.
O pior era a constatação da traição do homem que eu amava. Eu era a boba da história. Acreditando nele, quando me traia. Afinal, quem traiu uma vez, trai outras, por que comigo seria diferente?
Meus olhos já transbordavam e eu me sentia mais vulnerável que o normal. Só queria sair dali e chorar o máximo que pudesse. Eu estava decepcionada, arrasada, magoada, desconcertada e traída pelo homem a quem me entreguei.
Passei pela porta de entrada e sai pelo portão rumo à rua. Não sabia para onde iria, mas algo era certo. Para longe dali.
- ? Onde vai?

Zayn’s POV

Ela estava demorando demais. Afinal o que estava fazendo, para tal demora? Me levantei da mesa e fui ao jardim da frente onde a encontrei presteis a sair. Para onde ela iria? Algo havia acontecido?
Apressei meu paço a alcançando assim que saiu pelo portão para a rua.

(Coloque essa música para tocar).

- ? Onde vai? – A chamei, mas ela não respondeu. Nem se quer me olhou. Continuou andando, como se não tivesse ao menos escutado.
Corri até chegar a sua frente, e foi assim que ela parou. A olhei e ela chorava. Tanto que sua maquiagem estava borrada e os olhos avermelhados.
- O que foi? Aconteceu algo? – Me aproximei dela.
Ela recuou se afastando de mim e aquilo me causou uma dor inimaginável. Ela estava se retraindo a mim, mas porquê? O que eu havia feito?
- Ei o que foi? - Estendi minha mão para tocar seu rosto, mas ela o virou.
- Não me toca. Nunca mais. - O tom ríspido e de nojo era presente em sua voz.
- o que aconteceu? Eu não entendo? - A encarei e eu pude perceber seus olhos lacrimejados. Aquilo fez meu coração se derreter por completo, só por eu imaginar a dor que ela tinha nos olhos. A vê chorando... Era a pior coisa do mundo. Eu só queria que todo o sofrimento que vi em seus olhos passassem para mim, para que nunca mais a visse daquela forma. Tão mal.
- Ah não? - Perguntou irônica - Aconteceu Malik, que você me traiu, não é? – Falou visivelmente magoada.
- O que? Não, eu nunca...
- Vai negar? - Perguntou ríspida. - Eu cansei de ser boba! De ser traída, a burra da história. Cansei de você e do seu falso amor! Eu te odeio! Como nunca odiei alguém. – As lágrimas inundavam sua face e eu me encontrava desesperado para que elas saíssem dali. Saísse do rosto da minha garota que ficava tão linda sorrindo, mas que agora parecia magoada com algo que eu não tinha feito.
- por Deus, eu não fiz nada! Me escuta! - Era a vez de a minha visão ficar turva.
Eu não podia suporta a ideia dela não acreditar em mim, de acredita em qualquer um menos em mim que dizia a verdade.
- Te escutar? – Riu sem gosto. – Fala isso para meu coração que parece uma cova escura de tanta dor que carrega, por acreditar em você! Por te amar, sendo que o sentimento não é recíproco! - Ela falava embargada pelo choro.
- Não fala isso... Por favor...
- Eu desejava muito que fosse mentira, mas foi a garota que me disse Zayn! A amiga dela me confirmou... Duas pessoas. Duas. – Fechou os olhos reunindo forças e eu só queria a manter em meus braços para afastar tudo de ruim que sentia.
- eu não te trairia! Eu te amo! Não seria capaz disso. – as lágrimas já deixavam rastos a certa altura em meu rosto e eu não me importava mais.
- Como não Zayn? Ela veio até mim! – Fechou os olhos. – Me contou tudo. Nos... Mínimos detalhes. Ela fez questão de destacar o quanto você foi carinhoso, terno... Que era ótimo na cama... Mandou até um beijo. Que lindo... Por que não procura ela na festa para matar a saudade? Ela está por lá.
- por Deus. Eu não fiz isso! Não sei nem quem é essa garota!
- Malik eu não confio mais em você. Nem em nada que saia da sua boca. Quantas vezes me traiu? Essa com toda a certeza não foi a primeira. - Eu queria me matar, só pelo fato de está escutando e vendo o quanto a tinha magoado, sem que ao menos fosse o culpado. - Acabou Zayn. Eu te deixo livre para fazer o que quiser da vida. Se quiser a Clary ou outra, pouco me importa mais. Não precisa mais fazer nada escondido. - Ela se virou saindo.
- ! ! – A chamei, mas ela não parava, parecia não me escutar, quando eu sabia que estava. Mas que inferno! Eu não havia feito aquilo. Nunca a trairia. Eu a amava demais para fazer isso com ela.
Sai correndo atrás dela, até alcança-la em frente a minha casa.
- , por favor. – Pedi. - Eu quero você. Não outra qualquer. É você quem eu amo!
- Eu te odeio Malik. Te odeio mais que tudo. Como é capaz de fazer isso comigo? Como? - A tristeza era estampada em suas feições. – Eu vou embora.
- O que? Não. Você não pode. Só me deixa explicar... – Supliquei segurando seu braço.
- Por que eu faria isso? - Se soltou de mim e subiu as escadas da varanda me deixando para trás, ali sozinho.
Ela não podia ir. Eu não podia a perder. Eu amava demais aquela garota para perder tudo por causa da mentira da vadia da Clary.
Entrei dentro de casa e subi as escadas até o meu quarto, onde sabia que ela estaria.
- Eu não posso deixar você ir... – Lágrimas já estavam presentes em nossos olhos mais uma vez.
- Tarde demais para pensar nisso. Isso não é escolha sua, não acha?
- Não! Eu não fiz nada! Acredita...
- Como acreditar? Você não tem nada para me provar o contrario!
- Minhas palavras não bastam?
- Não mais.
- Você deveria acreditar em mim. - Supliquei.
- COMO? Você me traiu!
- Eu não te trai! E vou te provar isso, mas não deixa acabar...
- Eu... Não posso. – Mais lágrimas. – Eu te amo demais para não me importar com esse fato. Não ter medo, de que você possa...
- Eu não vou!
- Você já fez isso. – Se sentou na cama.
- Eu não fiz isso! – Me abaixei na sua frente. – Eu te amo. Nunca faria isso, por favor, acredita em mim. Em nosso amor.
- Para de mentir! – Gritou. – Você não vê que me dói? Não vê que isso me destrói?
- VOCÊ QUER QUE EU DIGA ALGO QUE NÃO FIZ?! – Gritei.
- Quero que pare de me enganar! Zayn duas, não uma pessoa, duas me contaram. Você já traiu a Perrie, por que não me trairia também?
- Por que eu te amo. Ela já não amava mais há muito tempo. – O barulho de uma buzina me interrompeu. – Eu quero que acredite em mim, e te provarei que eu não estou mentindo.
- Não tenho como. Se eu fizer isso, vou contra todas as provas Malik. Como posso acreditar em você? – Se levantou. – Adeus Zaza. Não me procura nunca mais.
- Não me peça para desistir de você, porque eu nunca vou. – Segurei seu pulso.
- Será inútil. Eu nunca irei te perdoar. – Pegou sua mala.
- não coloca um fim, por favor.
- Você já fez isso. Não fui eu. – Saiu do quarto me deixando lá só, sentado no chão.
E quando escutei o barulho do carro, tive a certeza que a tinha perdido, mas uma coisa estava certo. A provaria que tudo era uma mentira, provaria que a haviam enganado e que eu não estava mentindo. A teria em meus braços mais uma vez. E faria a Clary pagar pela mentira que tinha dito. Nem que eu tivesse que ir ao inferno atrás dela, faria dizer a verdade a . Eu não iria perde-la por um equívoco. Não. Isso era fora de cogitação.

Liam’s POV

Dois meses e meio. Mais do que o suficiente para esquecê-la. Mas por que não consegui? Por que ao pensar nela me sentia um completo covarde por não a atender e fugir de tudo que nos ligava, por medo de que ela mentisse mais e me magoasse? Mas era isso que eu me tornara ao fugir pela raiva. E era por isso que estava ali, naquele pub. Minhas noites agora se resumiam aquele lugar. Ficava ali, bebendo e vendo as pessoas dançarem todas as noites em que estava em Londres. Algumas vezes me atrevia a conversar com alguém, mas nada além disso.
- Liam?
Me virei olhando a pessoa que me chamava, e logo a reconheci. Sophia Smith.
- Não acredito no que estou vendo... Como está? - Me abraçou.
- Bem e você?
- Estou ótima. - sorriu. - Nossa, é bom te rever depois do ano estudantil.
- Nem me fale. - ri. - você está ótima.
- Obrigada. Alguns anos me fizeram bem, mas não só a mim. Olha só você. Está tão mudado.
- O menino cresceu, achou o que?
- Todos crescemos. - Riu. - Mas o que te trás aqui? Que me lembre, não era muito dessas coisas de pub, além do que... Já aprendeu a dançar?
- Muito mal. - Confessei.
Ela riu.
- Na verdade estou tendo novas experiências.
- Hum... Então posso te fazer companhia nelas?
- Claro, por que não? Aproveitamos e colocamos o papo em dia.

(...)


- Obrigada por me deixar em casa.- Sorriu agradecida.
- Não há o que agradecer. - Sorri. - A propósito, o que acha de sairmos amanhã?
Tudo bem. Era muito sútil da minha parte está perguntando aquilo, porém ter uma companhia de vez em quando era agradável, e depois de hoje, tinha a total certeza que podia ser a dela, que tinha me feito tão bem...
- Claro. A que horas me pega?
- 16:00h.
- Onde vamos?
- Ao zoológico.
- Ainda se lembra que gosto de bicho?
- Eu não me esqueço das coisas fácil.
Ela sorriu.
- Tudo bem então. Até as 16:00h. - Se aproximou de meu rosto, depositando um beijo na ponta do meu lábio. - Tchau. Até amanhã.
Ela saiu do carro e eu a esperei entrar para poder dar partida.
Definitivamente amanhã seria um novo dia. Não que com aquilo eu estivesse pensando em termos algo. Não, aquilo no momento era fora de cogitação, mas eu merecia tentar esquecer alguém que havia me feito mal, e nada melhor que a Sophia para isso. Já havia passado da hora de seguir. E por que não com ela? Mas primeiro deixaria acontecer. Não estaria procurando nada, portanto, também não perderia nada, então deixaria tudo tomar seu curso natural, e se para isso eu ficasse com a Sophia, não via nada de mais, afinal, foi ela uma das minhas poucas amigas no ensino médio. Umas da que eu gostei. Então poderia dar certo, mas por início voltaríamos como amigos. Depois... Tudo era incerto.
Dirigi pelas ruas de Londres pouco movimentadas pela hora. Ainda era madrugada e não havia muitos carros na rodovia, o que não me atrapalhou em nada para chegar em casa. Estacionei o carro e desci do mesmo o travando. Abri a porta trancada e entrei em casa, que mantinha um silencio confortante. Tranquei a fechadura e segui para meu quarto. Arranquei minha camisa e me joguei na cama cansado. Logo peguei no sono.

(...)


Abri meus olhos e tudo estava tão claro... Os raios do sol encandeavam todo o meu quarto. Me levantei massageando minhas pálpebras. Me espreguicei e me levantei da cama, abrindo a porta do meu quarto. Logo eu estava em um corredor. Tinha diversas portas, mas eu não abri nenhuma. Eu sabia para onde devia ir.
Caminhei até o fim do corredor e abri a porta a frente a mim. A abri com cautela e assim que tive espaço total para entrar, percebi que tinha alguém ali. Ela estava à frente da janela de costas para mim. Usava um vestido branco de alça, e seus cabelos estavam soltos. O vento soprou fazendo seu cabelo e vestido voar. Sorri ao vê-la ali. Ela estava tão linda...
- ? - A chamei entrando no quarto.
Ela se virou me encarando e o sorriso sumiu de meus lábios ao vê a mancha de sangue.
- O que você fez? - A olhava apavorado vendo o sangue no tecido branco.
Olhei para sua mão onde havia um punhal. Olhei seu rosto e ela chorava sorrindo.
- Eu sabia que você viria.
- , por que fez isso? - Me aproximei dela.
Ela sorriu, enquanto suas pernas fraquejavam e ela caia. A segurei em meus braços, vendo sua roupa de branca passar para vermelho.
- Você não podia ter feito isso... - Meus olhos embaçavam com a visão turva do choro.
- Shiu... Você só viria assim. Só me perdoaria assim. - Sorriu fechando os olhos. - Eu só precisava ver seus olhos mais uma vez...
- Não , não fala, por favor. Eu vou chamar alguém, eu vou...
- Não há tempo... - Falou com dificuldade. - Eu te amo. - Falou em um sussurro.
- Eu te amo . Me perdoa?
- Não tem... Do... Que pedir. - Respirou fundo. - perdão. Você foi a melhor coisa que... Aconteceu comigo. - Sorriu.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa o sorriso em seu rosto foi se desfazendo, ela começou a ficar gelada e seu olhar profundo.
- Não... Você não pode me deixar... acorda. Eu te amo. Por favor. - A abracei, mas nada aconteceu.
Eu a havia perdido e desta vez era para sempre.
- Não... Você não pode morrer! Não!

Abri meus olhos ainda com o coração acelerado. Meu corpo estava suado e eu respirava com certa dificuldade. Tudo não havia passado de um sonho, e eu agradecia a Deus por isso. Uma coisa era perder ela para a vida, outra era para a morte e mesmo que quando alguém comentava dela eu não quisesse saber, me preocupava e apesar dos pesares eu a queria ver bem. Sim, eu ainda a amava e a merda daquele sonho havia me desconcertado.
Eu não sabia da mesma há algum tempo, mas seria hora de saber? Não. Aquilo era só um sonho, não deveria me preocupar. Mais tarde eu teria um encontro e era nisso que deveria focar. Nada de sonho, ou pesadelos. Esses não são reais. Não mesmo

Harry’s POV
- Como você está? - A abracei e ela sorriu.
- Bem melhor. Não é que você é um ótimo enfermeiro.
Ri.
- Você também não está mais com febre. - Olhei o termômetro. - E está até fazendo piadinha. Deve estar bem mesmo.
- Já disse que sim. Então vamos aproveitar para sair de casa? Estou cansada de olhar para essas paredes.
Ri.
- Tudo bem. E para onde quer ir?
- Um parque. Só quero... Andar com você.
- Tudo bem, e então por que não aproveitamos e fazemos um piquenique?
- Ótima ideia Styles. - Eu vou atrás da toalha. Vai na geladeira e prepara algumas coisas. - Se levantou animada da cama.
- Você tem certeza de que estava doente ontem?
Ela riu.
- Tenho.
- Ótimo, porque eu acho que acabei de ficar.
- Há há há Harry, nem inventa não. Quer que eu coloque o Haroldo para te morder? Ele iria adorar.
- Quer dizer que o hamster que te dei é carnívoro? Como você cria mal ele. – Debochei.
- Eu? Ele não é carnívoro, só meio rebelde. – Foi até o closet. – Levanta. E vai fazer os sanduiches que já peguei a toalha.
- Escravidão é crime! – Reclamei me levantando.
- Dramático...
Fui até a cozinha e peguei algumas coisas na geladeira para começar a fazer os sanduiches. Fez alguns de frango, queijo, presunto e com pasta de amendoim. Coloquei todos em uma vasilha de plástico.
- Já terminou? – chegou na cozinha já arrumada .
- Já sim... Então quer dizer que enquanto eu trabalhava, você estava se arrumando? Depois ainda quer dizer que não é escravidão. – Fiz bico.
Ela riu.
- Aqui está a toalha. Fez o suco?
- Ainda queria que fizesse suco? Estou me sentindo usado!
Ela gargalhou.
- Então posso usar mais um pouco? – Se aproximou de meu ouvido sussurrando e logo em seguida mordeu o lóbulo da minha orelha.
- Agora sim... – Puxei sua cintura mais para mim.
sorriu e foi descendo seus beijos para meu pescoço. Era ótima a sensação da sua boca umedecida passando pela minha pele, depositando beijos por toda a região despida.
O barulho da porta sendo aberta a fez se afastar e eu resmunguei baixo.
- ? Já voltou? – Minha namorada ficou surpresa.
- Ah sim, eu vou para o meu quarto. Estou cansada da viagem. – Ela pareceu evasiva.
- Aconteceu algo? – questionou a amiga.
- Não. Só estou cansada. – Falou saindo.
- Aconteceu algo, caso o contrario não me chamo .
- Deixa ela amor. Deve ser coisa da sua cabeça. Se bem que eles só iriam voltar à noite segundo o Zayn, mas pelo visto mudaram os planos.
- Mas o Malik não vir para cá? É estranho Harry.
- Isso você tem razão, mas não deve ser nada. Vem, vamos arrumar as coisas para o nosso piquenique. Seja o que for, vai se resolver logo.
Ela assentiu meio relutante, mas logo foi pegar as coisas para fazer o suco, enquanto eu peguei a cesta para guardar tudo.

Niall’s POV

Estacionei o carro descendo do mesmo ainda meio receoso. Subi os degraus da entrada e toquei a campainha. Logo a Peg veio atender.
- Você veio. – Sorriu me abraçando. – Entra. – Deu passagem e eu o fiz. – Quer algo para beber?
- Não obrigada, estou bem.
- Tudo bem. Senta. – Indicou o sofá. – Niall eu sei o que você deve estar pensando. Que te chamei aqui para te cobrar a promessa que fez, que quero reviver o passado, fazer você acabar com a e tudo mais, porém não é nada disso.
A olhei confuso. – Era aquilo mesmo que eu imaginava que ela iria querer.
- De fato quando voltei para Londres, vim com a esperança de te reencontrar e tudo mais, porém quando soube que já tinha outra pessoa, e vi o quanto se gostam ontem, não seria capaz de fazer nada, e você sabe disso. Me conhece desde pequena. Nialler eu agora só quero sua amizade. Que voltemos a ser o que éramos antes de que eu fosse embora, sei que pode ser difícil, mas eu quero tentar. Eu nunca me esqueci de você. Foi uma promessa que fiz, lembra?
Assenti.
- Você era meu melhor amigo, e mesmo que tudo aquilo tenha acontecido depois, espero que continuemos a sermos o que éramos.
- Peggie era exatamente isso que eu vinha te propôr. Sei que te prometi antes de ir embora que te esperaria, para tentarmos quando voltasse, mas aconteceu coisas que não pude mudar. Sinto muito.
- Tudo bem. Isso fica no passado. Agora somos bem grandinhos e eu posso entender isso.
- Que bom que estamos resolvidos então. – Sorri.
- Isso, e... Me conta mais da . Adoraria a conhecer melhor. Por que não marcamos algo hoje a noite antes de você ir para a tour? Marca no Nando’s com ela as 21:00h. Eu adoraria jantar com vocês dois.
- Sério? Então tudo bem. – Sorri.
Eu estava feliz com a proporção que as coisas haviam tomado e se resolvido. Era ótima a sensação de saber que ela havia entendido e que ainda por cima queria ser amiga da minha namorada. Quem sabe não daria certo essa ideia de voltarmos a sermos amigos? Pelo menos ela estria tentando e é claro, eu também. Talvez desse mesmo certo e a ideia me animava.
Era bom pensar em tudo voltando a ser como antes, era bom a ter ali novamente. Ter minha melhor amiga de volta a minha vida, a garota que conheço desde que me entendo por gente. Aquela a quem eu tinha dado os primeiros paços e a quem havia dado a mão tantas vezes. É, aquilo serio bom.
- Me conta mais sobre ela. – Me acordou de meus devaneios.
- O que quer saber?
- Sei lá... Como ela é?
- Ela é... Diferente de todas. Aparentemente o oposto de mim, mas quando a conhece bem, sabe que não. E talvez seja por isso que eu goste tanto dela. Ela só... Me completa naquilo que sou ruim. – Sorri ao imagina-la. – Ela é simplesmente tudo que eu achava não precisar, e no entanto, era tudo que queria.
Seu sorriso evasivo, seus lindos cabelos cor de ouro, o jeito quando ficava vermelha com raiva, seus olhos cintilantes, sua boca delicada. Essa era minha garota.
- Nossa, você gosta mesmo dela. – Sorriu amarelo.
Naquele instante eu me questionei se ela ainda sentia algo por mim, mas logo afastei o pensamento. Se ela gostasse, não iria querer saber nada da não é?!
- E como vocês se conheceram?
- Bem... É uma longa história.
- Temos tempo. – Riu.
- Bem... Vou tentar resumir ao máximo. – Pensei. Tantas descobertas tinham sido feitas depois daquele dia... – Com um esbarrão no estacionamento de um shopping.
- Sério? E foi assim... Já de cara gostou dela?
- Não. Com o tempo viramos todos amigos e... Acabou acontecendo. Sei lá, não percebi quando.
- Hum... Legal. Espero que ela cuide bem de você, se não o roubo para mim. – Riu.
E eu levei aquilo na esportiva. Afinal, era brincadeira não era?! Só podia ser.
- Ela cuida sim.
- Mal posso esperar para conhece-la melhor. Acho que vou gostar disso. – Suspirou.
- Espero que sim.
- Pode apostar que não mais do que eu. – E lá estava seu sorriso evasivo mais uma vez.
Por mais que tudo soasse com tom de brincadeira (e era o que deveria ser), aquilo me causou algumas interrogações em minha cabeça, mas não deveria ser nada demais, só eu imaginando bobagem.

Liam’s POV

- Ah obrigada. – Ela agradeceu pegando a pipoca.
- E agora, o que quer ver?
- Que tal... o elefante? – Sorriu.
- Você quem escolhe.
- Me sinto lisonjeada. – Brincou.
Caminhamos lado a lado até a área onde ficavam os elefantes.
- Olha que lindo aquele. - Sophia apontou para o menor que fazia gracinha tomando banho. – Tão pequeno...
Ri.
- Eu prefiro o macaco.
- Se tivesse dito, teríamos ido lá primeiro.
- Deixamos o melhor por ultimo.
- Tudo bem então. Que tal os leões agora?
- Claro.
Voltamos a andar.
- Soube que está em tour. – Comentou.
- Ah sim. Mais três meses e fim de tour. Ah proposito, estou voltando amanhã.
- Ah. E quando volta?
- Daqui a três meses. – A olhei.
- Tudo isso? Mas vocês não ficam cansados? Não deve ser nada bom passar três meses fora de casa.
- E não é, mas a One direction está começando a crescer cada vez mais, então temos que fazer o máximo para se manter em um lugar bom.
- Nisso vocês estão certos. Fico feliz que a banda esteja dando certo. – Sorriu.
- Eu também. É maravilhoso vê seu trabalho sendo reconhecido.
- Nisso concordamos. Olha os macacos estão logo ali. Tem certeza de que não quer ir até lá vê-los logo?
- Quem parece está mais animada para isso do que eu é você.
Riu.
- Talvez sim. Vamos?
- Sabe que minha resposta é sim. – Mudamos de percurso.
Ficar ali com ela era maravilhoso. Tão descontraída e ficava impressionado como as coisas entre nós dois fluíam bem, mas ainda era muito cedo para tomar qualquer conclusão, mesmo comigo sabendo que amanhã apareceriam fotos nossas em todos os sites de fofoca, afirmando nosso namoro e foda-se. Até que eu confirmasse não seria verdade.
- Vai, que eu tiro uma foto sua. – Me acordou de meus devaneios.
- Tive uma ideia melhor. - Peguei meu celular. – Que tal uma selfie?
Ela sorriu e começou a pousar para a foto comigo, da forma mais zoeira possível.
- Ficou ótima. – Mostrei a ela. – Só espera eu postar.
- Sério?
- Por que não?
Ela deu de ombros.
Agora sim eles teriam do que falar.

’s POV

- Vem, quero te mostra uma coisa. – O puxei para dentro do meu quarto.
- O que?
- Na verdade é um lugar. – O puxei comigo levando até a sacada de meu quarto. –Estamos quase lá.
- Aqui?
- Ainda não? – Falei descendo a pequena escada que dava para o telhado.
- Aonde você vai?
- Me segui e veja. – Falei subindo a escada.
- Você só pode ser louca.
- Você sabe que sim. – Ri.
Logo eu subi e o ajudei.
- Bem vindo ao meu cantinho.
Ele analisou tudo.
- O que é isso?
- Ah é só... Um lugar onde fico quando quero fugir de tudo.
- Como conseguiu fazer isso?
- Foi o meu pai quem me ajudou. Eu costumava ir para baixo da escada, até então. Mas em um dia ele me apresentou esse lugar e desde então, é aqui que fico quando quero fugir de tudo. Seja para olhar as estrelas ou o pôr do sol. É só uma armação segura.
- E você queria dividir isso comigo?
- Claro, por que não?
Sorriu.
- Eu te amo sabia? – Me abraçou.
- Não é nada demais é só...
- Claro que é. Se confiou em mim para contar, é algo importante sim.
Sorri.
- O que acha de ficarmos um pouco aqui? Eu trouxe salgadinhos e Coca. – Mostrei a ele.
- Por que não disse antes? Teria subido primeiro que você. – Brincou.
- Ai você ia comer tudo se tivesse avisado.
- Eu prometia deixar um pouquinho assim para você. – Mostrou com os dedos a quantidade.
- Guloso. – Me sentei nas almofadas e ele deitou ao meu lado.
Nos servi e me aconcheguei em seu peito.
- Não sabia que gostava de observar estrelas. – Admitiu.
- Quem não gosta? É bom de vez em quando.
- E você sabe quais são as constelações?
- Só o básico. Só as observo porquê... São bonitas. Pelo menos é o que acho. Uma grande e luminosa esfera de plasma.
Sorriu.
- Você é tão indecifrável para mim às vezes. Solúvel feito água.
- Fala como se fosse diferente.
- Eu sei, mas você é diferente.
O encarei.
- Espero que de um jeito bom.
- Claro que sim. Não te trocaria por nada, a menos que fosse o melhor para você.
- Que papo é esse? – O encarei surpresa. – Se me deixar na merda Tomlinson, nunca vou te perdoar por isso, então nem pense em terminar tão cedo comigo.
- E não estou. Eu te amo demais para te ter longe.
- Que continue assim. – Suspirei. – Eu tenho que te contar uma coisa, mas não fala a ninguém antes que eu tenha a certeza de que estou certa.
- O que foi? – Me encarou sério.
- Eu e as garotas vamos no fim da semana para Albuquerque visitar a .
- E no que isso tem de ruim?
- Parece que ela não está bem. Não quis entrar muito em detalhes com as garotas, mas parece que ela não está nada bem. Não come, nem quer beber nada. O médico dela disse que se continuar assim terão que transferir ela para o hospital.
- Deus, e porquê? Será que tem algo haver com o fim com o Liam?
- Eu não sei, mas acho que pode ser.
- Eu devo mencionar algo com ele?
- Não. Acho que ela não iria querer que ele voltasse a vê-la por pena. Quando formos para lá, eu vejo qual é a real situação.
- Tudo bem, mas me mantenha informado.
- Pode deixar. Manterei.

’s POV

O jantar transcorria bem, mas a ideia de que aquela garota se jogava para o Niall, era presente em meu pensamento. Uma simples amiga não faria as coisas que ela fazia. E as indiretas... Indiretas o escambau, eram verdades em tom minucioso de brincadeira. E isso eu já havia notado.
- Por favor, traga um vinho tinto. – Peg pediu ao garçom.
Logo ele se retirou com o pedido.
- E então , Nialler me falou muito de você.
- Sério? – O encarei.
- Sim hoje á tarde. – Ela confirmou.
- Á tarde? – O encarei. Ele mudou de cor. – Eu não sabia que ele tinha estado com você à tarde.
- Ah não? Passamos a tarde juntos, era algum tipo de segredo? Se sim, me desculpem então. – Riu.
Deus como eu queria esganar aquela vadia fingida. Sabia que tudo aquilo era para me provocar, para nos fazer brigar. Ele não havia me contado que passaria à tarde com ela, até porque assim, eu não deixaria. Aquela puta estava quase dando para ele ai na frente, e não era ciúmes de namorada. Era o que de fato estava acontecendo desde que apareceu ontem. Mas se ela achava que iria conseguir nos separar, estava redondamente enganada.
- Não. Acho ótimo a ideia dele reatar a amizade com você. Afinal, vocês sempre foram AMIGOS. – Destaquei a palavra “amigos” para deixar bem claro para ela.
- a Peggie que teve a ideia do jantar hoje. – Horan me informou.
- Não diga...
Por quanto mais eu aguentaria ser falsa como ela?
- Nada demais querida, só queria te conhecer melhor, afinal esse loirinho sempre foi MEU. Não posso entrega-lo a QUALQUER uma.
Aquela vadia havia me chamado mesmo de qualquer uma? Alguém me segure antes que eu voe nela e a dê uma surra que ela nunca iria se esquecer na vida.
Se meu namorado não estivesse entendendo o duplo sentido de nós duas, ele seria muito burro. Não pera... Ele era homem, não havia como entender.
- O vinho. – O garçom chegou e nos serviu, deixando a garrafa na mesa.
- Obrigada. - Agradecemos.
- Com licença, eu vou até o toalete. – Falou se levantando, mas sua bolsa bateu na garrafa, derramando o vinho que molhou minhas pernas e meu vestido.
- Ai mil perdões... Foi um acidente... – Ela colocou a mão na boca.
Eu olhei o estrago que o vinho havia feito no vestido claro e contei até dez, para não mata-la agora. Francamente! Truquezinho barato filho da mãe! Ah Niall, se não fosse por você, eu já tinha colocado essa dai em seu devido lugar.
- Eu te ajudo. – Meu namorado pegou meu guardanapo tentando limpar meu vestido.
- Não, deixa que eu vou no banheiro. – Falei me levantando, percebendo minhas pernas meladas de vinho.
- Pode demorar o tempo que precisar , eu faço companhia a ele. – Peg sorriu.
- Tudo bem, você não ia ao toalete? – Nialler.
- Eu espero, não posso deixar você sozinho.
Respirei fundo e sai dali, indo até o banheiro. Assim que entrei fui até a pia e tentei limpar aquilo, mas não deu nada certo. O vinho havia impregnado na roupa e não havia nada que eu pudesse fazer. Limpei minhas pernas e me olhei no espelho. Só de imaginar aquele projeto de aborto com o meu namorado, já fazia meu sangue ferver.
Essa ela poderia ter ganhado, mas quem terminaria a noite com ele era eu. Disso não duvidava. Limpei a maquiagem que havia borrado e tentei dar um jeito em tudo, para que pudesse sair dali.
Sai do toalete e voltei à mesa. Eles riam quando eu cheguei, o que me fez ficar com mais raiva.
- Deu certo? – Niall me questionou.
Neguei.
- Ainda está muito manchado. – Suspirei sentando ao seu lado.
- Tive uma ideia. – Ele chamou o garçom pedindo a conta. – Acho que o jantar não vai rolar mais Peggie. Marcamos para outro dia.
- O que? Mas por quê?
- A não deve estar muito confortável com seu vestido sujo. Marcamos outro dia, tudo bem?
- Claro. – Sorriu amarelo. – Tchau , desculpa o vestido.
- Tudo bem. – Me despedi.
Nos despedimos e o Nialler pegou seu sobretudo colocando em meus ombros.
- Com menos raiva?
- Hã? – O olhei.
Será que eu era tão mal atriz assim?
- Eu notei você estranha o jantar inteiro. O que está acontecendo? – Falou enquanto entravamos no carro.
- Desculpe. Eu juro que tentei, mas não deu. Ela é tão... Eu sei que é sua amiga, mas não vê o quanto da em cima de você?
- O que? deixa isso para lá. Ela está só tentando se aproximar de mim, não viaja, e você deveria tentar dar mais uma chance para ela, por mim. Peg gosta tanto de você...
Posso imaginar...
- Eu vou tentar. Juro, mas não vou prometer nada. – Deixei claro.
- Eu te amo sabia? Mas ela é minha melhor amiga. Seria ótimo se vocês se dessem bem.
- Okay, eu vou tentar. Porém ela tem que parar de dar em cima do meu namorado! Ele é meu.
- E ela sabe disso, já deixei claro hoje. Somos só amigos tá?!
Assenti.
Tudo bem. Se ela não entender isso por bem, vai por mal. – Sorri.

’s POV

Os dias haviam se passado. Já não mais fazia ideia de que dia era. Eu o havia perdido, como tinha presumido desde que voltei. Meus pais não haviam permitido minha volta para Londres e eu há muito tempo já não tinha mais vontade de nada. Não comia ou bebia nada. Vivia com uma merda de um soro enfiado em minhas veias e com a esperança, de que ele entrasse por aquela porta, mas aquilo nunca aconteceu.
- ? Ei minha filha, fiz lasanha pra você. – Trouxe um prato em uma bandeja, mas eu neguei. – Filha... Você tem que se alimentar. Não pode mais ficar assim. Nem a escola frequenta mais. Está perdendo seu ultimo ano letivo, se for greve de fome para voltar para Londres, tudo bem eu deixo você voltar, convencemos o seu pai juntas, mas, por favor, não faça assim. Você está se deteriorando. Não durará mais alguns messes se continuar com isso.
A olhei sem falar nada.
- eu estou desesperada. Você é minha única filha! E eu te vejo aqui, sem poder fazer nada, por que você não quer! Me conta o que aconteceu que a gente resolve.
-Eu só... Estou cansada. Tudo dá tão errado mamãe... – Deixei lágrimas caírem de meus olhos.
- Ei, a gente sempre da um jeito, mas não é assim dessa forma que você está filha. É superando.
- Mas é tão mais fácil assim...
- Fácil ? Para quem? Por que para mim, é a coisa mais difícil do mundo te vê assim.
- Só... Deita comigo, por favor. – Estava cansada daquela conversa novamente.
Ela suspirou e colocou a bandeja no criado mudo, se deitando comigo na cama. Pegou o controle e ligou a TV, mas eu não prestava atenção, estava sonolenta demais para isso. Até que escutei:
- Após o integrante da One Direction ser visto com a nova namorada no zoológico nas ultimas semanas, e posta foto no Instagram, fontes afirmam o começo do namoro.
Abri meus olhos a tempo de vê-lo em uma foto com ela. Meus olhos imediatamente inundaram. Minha garganta soltou um soluço e minha mãe me olhou surpresa.
- o que foi? Ei, o que está acontecendo? – A preocupação era estampada em sua face.
- Ele está com ela mãe. Com ela. – A dor que sentia em meu peito era lastimável.
- Sim, filha está e... Meu Deus, era este seu namorado em Londres?
Assenti.
- Awn meu anjo, não fica assim. – Me abraçou forte e eu só fazia soluçar.
- A culpa é minha mãe. Eu não posso ser feliz. Não tenho sorte no amor e nunca vou ter. Me odeio por isso mãe. Tanto que chega a doer.
- Ei, não fala assim. A culpa não é sua filha.
- É sim. Eu deixei aquele nojento do Victor me tocar. Liam viu tudo mãe. – Lágrimas escoriam em minha face. – E eu só queria que ele acreditasse em mim, mas ele nem me ouviu. E agora... É tarde demais.
- Filha, isso que está fazendo é por causa dele? – Me perguntou seria.
- Eu só esperava que ele me notasse assim no começo, mas então... Tudo fugiu do controle.
- você não precisava de nada disso. Se ele não te quer mais, está perdendo a menina mais linda do mundo, filha. Você não acha que merece mais?
- Eu o amo.
- Então mostre a ele isso, mas primeiro terá que ficar saudável, ou quer que ele volte por pena pra você?
- Não dá mais. – A encarei. – Me da ânsia só de pensar na comida.
- e o que acha de tentarmos juntas? – Me olhou nos olhos.
Eu estava temerosa.
Uma batida na porta nos despertou.
- Todas nós. – Minha mãe falou e a porta se abriu.
Eu mal podia acreditar. Elas estavam ali mesmo?
- Meninas? – Sorri, com meus olhos voltando a inundarem.
- Achou que iria se livra da gente fácil? – brincou.
- Avisamos que não. – se aproximou.
- E então filha, o que me diz? Vamos tentar juntas?
Mordi o lábio apreensiva.
- Viemos de Londres até aqui, vai nos deixar sem resposta mesmo? – fez bico.
- Não. – Respondi.
- E então? Qual é? – me apresou.
Deus, minha mãe estava certa, a ultima coisa que queria do Liam era pena ou a obrigação de ficar comigo por se sentir culpado. Teria que mostrar a ele que era melhor do que a Sophia e o ganhar novamente. Teria que ter forçar para voltar para Londres e deixar aquela doença de lado. Mas parecia tão difícil...
- Tudo bem, vocês ganharam. – Me dei por vencida.
Agora começaria tudo do inicio. Sabia que teria novas batalhas para cumprir e estava pronta para todas. Da mesma decisão que havia tomado para tê-lo de volta, agora tomaria para melhorar minha saúde e ter a coragem de fazer tudo uma ultima vez. Eu voltaria para Londres e tudo seria diferente desta vez. Mas desistir dele, era algo que não faria. O teria de volta sim.



Capítulo 17


"Hoje preciso de você com qualquer humor, com qualquer sorriso... - Só Hoje, Jota Quest".


’s POV

Os dias em Albuquerque se passavam. A havia começado um tratamento de reabilitação alimentar e tudo parecia estar voltando ao normal. Tínhamos ajudado-a com alguns trabalhos atrasados, que devido seu estado de saúde, os professores compreenderam e a cada progresso dela, era uma vitória para todos ao seu redor.
- É tão bom tê-las aqui. – Sorriu.
- É ótimo estar aqui com você. Estávamos todas com saudades, e quando formos embora, se não atender nossas ligações agora que sabemos onde é sua casa, viremos aqui só brigar com você. – Brinquei.
Todas riram.
A batida na porta fez olharmos para a mesma.
- Com licença, meninas. – A mãe da entrou. – Eu tenho novidades. Filha, sabe aquele estúdio de ballet que você frequentava quando menor?
Ela assentiu.
- Ele será reaberto. O que acha de voltar?
- O que, ao ballet? Não, mãe. – Fez careta.
- Você nunca contou à gente que fez ballet. – se fingiu de indignada.
- Ela vai sim, tia. Pode matriculá-la. – impôs.
- Eu vou o que, ?
- Dona , você precisa fazer algum esporte, segundo seu médico, para ficar mais forte, então fará ballet e pronto. – argumentou.
- Gente, eu nunca fui boa.
- Ela está mentindo, garotas, todos os concursos que participava ganhava.
- O quê? E nunca nos contou? – Fiz cara de indignada.
- Está decidido. Ela vai e mais, como ficaremos aqui até amanhã, ainda podemos ir a primeira aula com ela se a matricular hoje. – deu a ideia.
- Fantástico. Pelo menos a vocês ela escuta. Bem, eu vou deixá-las tomando conta dela e vou no estúdio. Tchau, garotas.
- Tchau, tia. – Nos despedimos.
- Ao mesmo tempo que amo vocês, as odeio. – Revirou os olhos.
- Aham, conta outra...
Senti meu celular vibrando e o peguei do bolso. Era o Louis. Já havia alguns dias que não falava com ele devido a minha falta de tempo, e aposto que a dele também. Desde que fui para Albuquerque, eu e as garotas só focávamos na e em mais nada. Era isso que devíamos a ela.

Ligação ON:
- Alô? – Atendi.
- Oi, amor, tudo bem ai?
- Sim, está tudo ótimo, melhor que nunca.
- E ela, estava do jeito que o médico havia dito?
- Pior, mas agora tudo está revertido. Colocamos juízo na cabeça dela. – A olhei e ela me deu a língua.
- Que bom, diz a ela que mandei um beijo e estou perguntando quando vem a Londres para matar a saudade.
- Ele mandou beijo. Quer saber quando vai a Londres para matar a saudade. – Disse a ela.
- Quando terminar o tratamento. – me respondeu.
- Acho que não vai demorar muito.
- Que bom, mas e você? Como está?
- Com saudade.
- Eu também. – Confessou. – Mas quando voltar, tenho uma surpresa para você.
- O que é?
- Algo que você vai gostar muito...
- E que eu vou ter que esperar quase três meses para ver. Obrigada por me deixar na curiosidade mesmo.
- Você não vai morrer. Três meses vão passar rápido.
- É o que você diz a si mesmo? Tenho que estragar seus sonhos. Não vão não.
- Claro que vão. Vai ver. Já, já chego ai.
- Tão iludido...
- Amor, eu tenho que ir, estão me chamando. Mais um show. Veja o lado positivo. Estarei ai no natal e ano novo para passar com você.
- Eu sei, e para minha formatura também, não é?!
- É sim, claro. Desculpe, , mas vou ter que desligar. Te amo.
- Tchau. Bom show. – Desligou.
Ligação OFF:

- É, pessoas, namorar pop star não é fácil, não... O que estavam conversando?
- Que temos que levar a para a consulta agora. – se pronunciou.
- Então vamos logo. Ela não pode chegar atrasada. – Falei, saindo do quarto. – Vocês não vêm?
- Ela fica sempre assim depois de falar com o Louis? – questionou as meninas.
- Vai se acostumando. – deu tapinha em suas costas.
- Eu ainda posso ver e ouvir. Se eu fosse vocês, não falava pelas minhas costas.
- Conselho sábio. – As meninas riam.

’s POV

Droga, o que eu estava fazendo ali? Não deveria ter ido parar naquela festa. Eu estava mais cansada da viagem do que parecia estar quando aceitei o convite, mas agora que estou na porta da festa, escutando o som alto que invadia todos os cantos, vendo a quantidade extraordinária de carros presentes no espaço de fora (tenho que questionar como os pais dele haviam deixado, que me lembre, sempre foram do tipo... Mais reservados. Era essa a palavra?), desisti completamente de entrar.
Afinal, por que eu estava ali? Era para estar em casa descansando. Havia acabado de voltar de Albuquerque. No entanto, invés de estar em casa estava na casa do Steven para uma festa, que mesmo com a intenção de ir ali esquecer Malik, sabia que não conseguiria, e mais ainda que seria um erro. Era muita burrice minha está ali, sabendo que a cada passo meu o Steven prestaria total atenção, e se eu bebesse demais... Ai sim deveria ter medo do que poderia fazer.
Ok, . Vá embora. Muito bem. Dê as costas e saia pela mesma porta que entrou há pouco...
- ? Aonde vai?
Por que este garoto só aparece na hora errada? - Me virei, encarando o Steven.
- Não estava pensando em ir embora, não é?! A festa agora que está ficando boa...
- Desculpe, mas não foi uma boa ideia ter vindo. Eu estou um pouco cansada. - Confessei.
- Melhor ainda. Aproveita que está assim e relaxa.
- Obrigada, mas terei de recusar.
- você veio até aqui, se arrumou toda e vai embora assim? Vem, vamos pelo menos tomar um drink comigo. - Se aproximou de mim.
Mesmo sabendo que aquilo não se tratava de uma pergunta, mas sim uma afirmação, eu respondi.
- Tudo bem. Só uma.
Ele sorriu e me puxou, enlaçando um de seus braços em minha cintura. O olhei com as sobrancelhas arqueadas, mas ele não me olhava mais, e sim para a multidão onde ele nos infiltrou, até que finalmente chegamos ao bar. De fato, eu precisaria de algumas doses para poder passar por lá novamente.

(...)


- Eu vou embora. - Falei me levanta do banco, meio tonta.
- Você não tem condições de ir para casa só. - Segurou meu braço, me impedindo de cair.
Aquela altura já dava para perceber que não havia só tomado um drink, mas vários. Já me encontrava tonta e vestígios de que estava bêbada me ocorriam no momento, mas digamos que eu não estava muito sã para prestar tanta atenção a isso.
- Claro que tenho!
- Dorme aqui.
- Eu não vou dormir aqui... Você é meu ex... Isso é estranho. - Voltei a sentar, encostando minha cabeça ao balcão.
- Eu não perguntei, já está resolvido. Vamos. - Me puxou, me levantando, e é claro que eu ia caindo.
- Seu viado, eu ainda estou de salto! - Protestei.
Ele pareceu não me escutar e foi me conduzindo até a escada e depois até o corredor repleto de portas.
- Você dorme no meu quarto. É o único que eu tenho a certeza de não haver ninguém.
- Tanto faz. Eu não aguento mais andar. - Reclamei.
Ele riu, me pegando no colo, só me colocando no chão quando chegamos no quarto.
- Agora você já pode sair. – O empurrei com meu dedo.
Ele riu e me imprensou na porta.
- Eu não vou transar com você. É melhor ir desistindo... - Antes que eu pudesse terminar a frase, senti seus lábios em contato com os meus. Sua língua pediu passagem e eu anestesiada com o momento, permiti. Senti suas mãos me apertarem contra si. Steven desceu seus lábios pelo meu pescoço e colo, depositando beijos e chutões. Arfei para trás, o sentindo subir o meu vestido. Aquela altura eu estava inebriada com as sensações e não me lembrava ou importava com nada. Tanto que nem me dei conta quando ele me jogou na cama.

Niall’s POV

- Niall, eu não aguento mais ela. Na sinceridade, você não tinha uma amiga pior para arranjar não?
- ...
- O quê?! É verdade.
- Deixa de pegar no pé dela...
- Ah, só eu que pego no pé dela? Claro, porque fui eu que derramei vinho nela, ou que estou dando em cima do namorado dela. Fui eu que "sem querer". Troquei as chaves da nossa casa e deixei a outra tomando chuva!
- Ela fez isso?
- Nialler, ou você se faz de bobo, ou você é! Como não consegue enxergar a cara de pau da sua "amiguinha"?
- Vamos parar, , antes que a gente brigue. – Suspirei, frustrado com aquela conversa.
- Tudo bem. - Suspirou. - Como anda tudo ai?
- A mesma coisa. Mal vejo a hora de voltar e ver você.
- Eu também. Teremos provas na próxima semana e o mais provável é que não tenha tempo de falar com você.
- Vou ver se aguento. - Fiz bico.
- Ei, falta só dois meses e meio. - Já, já nos vemos.
- É...
- Niall, vai dormir... Já são 3:00h da manhã. Teremos entrevista daqui a pouco. - Liam reclamou.
Revirei os olhos.
- Amor aqui são três da manhã e eu tenho que dormir.
- Nossa, já? Então vai dormir nos falamos amanhã tá?
- Claro, e não grila com a Peg. Entenda o lado dela.
- Ai, ai. Tá, tá. Esquece ela. Eu te amo. Sonha comigo, tá?
- Eu vou. Te amo, minha . Boa noite.
- Boa. - Desliguei.
Ligação OFF:

Rolei na cama, colocando o celular no criado mudo. Só esperava que a implicância entre as duas passasse. Uma era minha namorada e a outra minha melhor amiga de infância, simplesmente não havia como escolher, então o que me restava era esperar que as duas por fim se dessem bem. Essa era a minha última esperança.

’s POV

Abri meus olhos, sentindo a claridade me cegar. Os cocei até se acostumarem e quando levantei a cabeça, senti como se estivesse havendo uma festa lá dentro.
- Merda de ressaca. - Me queixei.
Passei a mão no rosto e senti algo se mexer ao meu lado. - O que eu havia feito? - Olhei para o lado, encontrando o Steven completamente nu ao meu lado. Olhei para meu corpo e ele também estava despido. Não, não, não, não, não! Eu não acredito que tinha feito mesmo aquilo. Merda. Droga, ! Era para você ter ido embora quando teve a chance!
Me levantei da cama, levando o edredom comigo. Catei minha roupa e a vesti, enquanto o via se mexer, rezando para que ele não acordasse. Joguei o lençol em cima do mesmo, o cobrindo. Peguei meu celular vendo que tinha mais de 20 ligações das garotas, e sim, eu já havia perdido a escola. Aquele dia podia ser pior?
- , já acordou?
E foi só ele abrir a boca que lembrei da merda da dor de cabeça que estava sentindo.
- Steven, eu estou indo para casa, tá?! Isso... Foi só uma noite. Não vai mais acontecer. - Expliquei.
- Ei, eu não estou te pedindo em casamento, relaxa. - Se espreguiçou.
- Desculpa, eu sei. É só que... Não podia acontecer!
- Por que não? Nós dois estamos solteiros, que eu saiba. - Sorriu.
- É, mas... Foi um erro. - Me levantei, pegando minhas coisas. - Eu vou pegar um taxi.
- Eu te deixo.
- Não precisa. - Eu só queria fugir dali. Dele. - Tchau.
Sai do quarto sem deixa-lo dizer mais nada. Desci as escadas apresada e sai daquela casa que estava um caus. Perambulei pelas ruas até encontrar um ponto de taxi. Meus olhos marejaram. Eu havia feito a maior merda da minha vida e agora, só queria esquecer e era o que faria. Fingiria que nunca tinha estado ali. Esqueceria de tudo e o que havia feito mesmo? Nada. Muito bem. Nada.

’s POV

Abri meus olhos, vendo o quarto branco. Passei a mão no rosto e ainda podia sentir a garganta seca.
- Ei... Tudo bem? - me questionou.
- O que faço aqui? Onde estou? - Estava muito confusa.
- Não lembra? - me questionou.
Neguei. Eu não lembrava.
- Você ligou para mim chorando e reclamando de dores muito fortes, mas quando cheguei, estava desmaiada. Te trouxe para cá, mas só acordou agora. - explicou.
- Deus, e o que eu tenho?
- O médico passou alguns exames, mas ele quer que você continue aqui. Logo ele virá falar com você. - informou.
Assenti.
Apesar de tudo, eu estava cansada, sonolenta. E não sabia por quê. A dor era exaltante na parte direita de meu corpo. Me contorci na cama, sentindo uma pontada. A dor era insuportável.
- Deus, como dói...
- Eu vou chamar a enfermeira. - saiu do quarto.
- Calma, ... - tentou me tranquilizar.
- Como se sente? - A enfermeira entrou no quarto.
- Uma dor muito forte aqui. - Indiquei.
- Eu vou colocar um antibiótico para a dor e logo você se sentirá mais sonolenta. – Falou, medicando meu soro.
O sono voltou a me atingir e sem que eu percebesse, havia adormecido.

(...)


- Me ajuda a sair daqui, só isso. - Pedi.
- Você já contou ao Harry? - me questionou.
Sim, ela finalmente havia aparecido e se eu a tinha matado? Não havia forças para isso.
- Não, e não vou. Não tem pra que o perturbar com isso. Ele já tem problemas demais e eu logo estarei bem.
- Ele não vai gostar nada de não saber. - comentou.
- Eu já decidi o que vou fazer. Ele não vai fazer nada se não souber e ninguém vai contar.
- , você vai mentir para ele? Não precisa disso.
- Não vou mentir, só não quero preocupá-lo com besteiras. Relaxa.
- E quando vai fazer os exames?
- Durante esta semana. Mas não vai ser nada. Vai ver.
- Amiga, com saúde não se brinca.
- Eu sei. Olha, vou fazer o exame, tudo bem? Agora me ajuda a levar minhas coisas, quero minha casa. A comida daqui é péssima.
- Posso imaginar.
Pegamos minhas coisas e seguimos pelos corredores do hospital. Eu já havia recebido alta e só o que me restava era ir para casa.
Assim que paramos no estacionamento, já estava lá.
- E como anda a doente? - Brincou.
- Sem dores. - Confessei.
- Menos mal. E você, dona Martins? Onde estava?
- Eu dormi na casa de uma amiga. A festa terminou tarde demais para voltar só.
- Aham, sei...
- Se quiser, acredite. - Deu de ombros.
- Para ser sincera eu não faço questão de saber. Tenho até medo. - Levantei as mãos em forma de rendição.
- Ótimo. Vamos embora.
E depois sou eu que tenho mania de fugir. Tudo bem que eu não queria falar ao Hazza, mas ela não queria falar para a gente o que havia acontecido na bendita festa e isso não era bem pior? E se era algo tão ruim, o que era?

Louis’ POV

Os dias haviam passado. Fazia um mês que estávamos na estrada. Às vezes tudo passava rápido com a grande quantidade de coisas que tínhamos que fazer, principalmente agora que iniciávamos a criação do Midnight Memories. Sim, o nosso novo CD, que trabalhamos a mil para terminarmos ao fim da tour.
Meu celular tocou, me despertando. O peguei, vendo que se tratava da minha namorada.

Ligação ON:
- Oi, amor. Como está? - Ouvir sua voz era tão bom...
- Oi. Bem, e você?
- Cansada. Muita coisa acontecendo no último mês.
- Espero que boas.
Riu.
- Algumas sim, outras não. Mal posso esperar para a formatura... A vai vir.
- Então está confirmado. Como ela está?
- Bem melhor. Quando a ver, notará a diferença.
- Nossa, assim quero vê-la logo.
- Hum... E os garotos? Como estão? O Liam está namorando mesmo?
- Eles estão bem e enquanto ao Liam... Eles estão saindo, mas não sai no que vai dar, se é a isso que se refere.
- Tudo bem, e o Zayn?
- Ele não a traiu.
- Eu sei. - Suspirou. - Mas a é cabeça dura e ela... Ainda está magoada. Não quer falar sobre.
- Eu entendo. Mas eles vão se resolver.
- Espero que sim.
- Tive uma ideia.
- Qual?
- Por que não deixamos de falar dos outros e falamos da gente?
- Ótima ideia. - Podia vê seu sorriso.
- Minha mãe lhe convidou para passar o natal lá em casa. Como é meu aniversário, e os gêmeos estão a caminho, eles pretendem fazer algo mais caseiro.
- Eu adoraria, mas antes de confirmar terei que falar com a minha mãe, se para ela estiver tudo bem, eu adoraria conhecer sua família.
- Ótimo, então. Mal posso esperar para voltar.
- Chegará para a minha formatura?
- Acho que sim.
- Acha? - A decepção era presente em sua voz.
- Eu farei de tudo, porém é no dia em que retornaremos, então não sei se chegarei na hora.
Suspirou decepcionada.
- Tudo bem.
- Eu farei de tudo.
- Tanto faz, não é importante. Se não poder ir avisa que chamo o Luke. - O tom de provocação era evidente.
- Que conversa é essa, ?
- Você acha que chegarei sem um par?
- Não estou escutando isso!
- Vai estar aqui?
Suspirei.
- Tudo isso é por que eu talvez não está?
- Vai estar ou não?
- Eu não sei!
- Certo, só não diga que não avisei, mas lembre-se que é tão importante para mim quanto sua banda é para você. Se não estiver lá me fala, assim não faço planos com você.
- Amor, eu estarei. Não vai precisar do Luke nunca mais. A principio, é melhor deletar o número dele da sua agenda...
- Ciumento...
- Dramática...
-Só tenho bons argumentos, meu caro. Aprenda.
- Aham... E aquela revoltada toda só por talvez não poder ir a formatura?
- Boa argumentação para você poder está lá, mas lembre-se, se não estiver...
- Eu sei. Eu estarei.
- É bom mesmo.
- Eu também sei disso.
- Garoto esperto.

’s POV

- Juro que não aguento mais aquela garota! – Reclamei, me sentando no sofá.
- Ué, da um gelo nela. Não atenda. Faça coisas desse tipo. - deu a ideia.
- Não posso. Estou fazendo isso pelo meu namorado que insiste que sejamos "amigas".
- Na boa, abre a real para ele. Nem sempre pessoas que são nossos amigos, serão dos namorados.
- chegou da cozinha com um prato que continha picles e geleia de amendoim.
- Ecá! O que você está comendo? - A olhei intrigada.
- Só deu... Vontade. - Deu de ombros.
- Isso vai te fazer mal. - informou.
- Me deixa. - resmungou. - Eu queria comer e estou comendo.
- Eu em... E uma pessoa dessa ainda quer ser considerada normal. - Comentei.
- Eu sou. - Continuou a comer.
Eu e minha prima fizemos careta e ela revirou os olhos.
A porta foi aberta e olhamos para a mesma para ver de quem se tratava.
- Hey, já chegaram?! - entrou.
- Há algum tempo. Como foi com o doutor? - Questionei.
suspirou e sentou no sofá.
- Eu estou com Sepse.
- O que é isso? - quis saber.
- É uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Mas o médico receitou alguns antibióticos e eu vou ficar tomando.
- Mas é algo grave? - questionou.
- Não. Como eu disse, só terei que fazer esse tratamento, nada demais. Mas terei que fazer alguns exames daqui a algum tempo para ver se o tratamento está fazendo efeito. - Explicou.
- E agora? Vai contar ao Harry?
- Vou, mas só quando ele voltar. Não quero preocupá-lo.
- , você sabe o que eu penso e... - começou a falar, mas a própria se impediu levantando e correndo até o banheiro.
- O que ela tem? - nos olhou.
- Eu avisei para não comer aquilo. - se levantou.
- Vem vamos logo lá. - As chamei.
Chegamos ao banheiro e ela estava lá, sentada no sanitário passando as mãos no rosto.
- Está melhor? - Questionei.
Ela assentiu.
- Não tem nenhum remédio ai não?
- Eu pego. - foi buscar.
O dia mal havia começado e já tínhamos duas doentes, uma chata no meu pé e o que mais aconteceria durante o dia? O último mês passou cheio de novidades, e este que mal começou, já anunciava que seria assim.

Liam POV

Último mês para podermos dar a tour por finalizada. As músicas do Midnight Memories estavam prontas e havíamos começado a gravar algumas para logo sair o CD. Havíamos trabalhado muito agora que a One Direction ficava mais famosa e conhecida a cada segundo. Ficava feliz em já estarmos nas últimas semanas, mas agora vamos ao que interessa.
Além das mudanças que haviam acontecido em nossa carreira, essas não eram as únicas últimas noticias. Não, eu ainda não estou namorando a Sophia, mas conversamos com frequência pelo celular, sempre que possível, é claro.
Ela era uma boa garota e mesmo que de princípio fossemos só amigos, era muito extensa a probabilidade de ficarmos juntos. Tinha que ser sincero.
Enquanto da não se tinha o que falar. Ou talvez tivesse demais e eu só não quisesse.
- Terra chamando Liam... – Niall começou a estralar o dedo na frente dos meus olhos, chamando minha atenção.
- Ah, oi. – O olhei.
- Estávamos aqui te chamando há uma hora. – Riu.
- Ah, e o que era?
A batida na porta fez com que interrompêssemos nossa breve conversa.
- Garotos, posso entrar? – Paul pediu passagem.
- Pode! – Harry estava animado.
- Garotos, já estão prontos?
- Já. – Louis se levantou.
- Ótimo. Temos uma entrevista agora e depois uma apresentação, tudo antes do show. – Ele ia listando enquanto o seguíamos.
Mais algumas horas de carreira.

(...)


As horas se passavam alheias assim como os dias. Tudo parecia uma correria a todo o instante e agora estávamos ali, após um fim do show voltando para o hotel. O cansaço nos predominava e a única coisa que queria e precisava era descansar.
- Cara, eu estou morto. – Zayn resmungou.
- Garanto que não é o único, Malik. – Louis.
- Garotos, vocês vão descansar hoje e amanhã ás oito pego vocês. – Paul nos informou, estacionando o carro.
- Tá.
Descemos e seguimos do estacionamento até o elevador, que nos levou para dentro do hotel. Fomos até nossos quartos e eu me joguei em minha cama. Finalmente me permitindo descansar a mente pela primeira vez durante todo o dia e apesar disso, sua imagem foi a primeira a se afugentar em minha cabeça.
Apesar de ter passado todos esses meses rejeitando completamente a hipótese de pensar na , me perguntava se depois de tanto tempo, quando a dor havia diminuído, se não era melhor fazê-lo, mas no segundo seguinte minha constatação mudava. Não importava o tempo que passasse, só em lembrar o que ela me fez, me doía na alma, e apesar da dor não ser tão forte como no momento da descoberta, ela ainda era presente.
Por outro lado, pensar na Sophia era reconfortante, me fazia bem e acabou se tornando algo à mais. De fato sentia algo por ela, talvez não com tanto intensidade como sentia pela , mas sem dúvida preferia a Sophia, porque ela me fazia feliz, e não havia me machucado tão forte como aquela que eu amava.
Se pretendia deixar de amar a algum dia? Mas é claro, talvez tentasse pelo resto de minha vida, mas esperava que como a amei, parasse de amá-la. Rápido e sem perceber. E com isso fossem todas essas perguntas e duvidas que atormentavam minha mente sempre.

’s POV

Abri meus olhos, vendo a e a ao meu redor.
- O que aconteceu? – Questionei as meninas.
- Você não lembra? – perguntou.
Neguei.
- Você desmaiou. - explicou.
Passei as mãos nos cabelos, tentando me levantar, mas elas me impediram.
- Mas o que...? – Reclamei.
- , ou você está gravida ou está com Sepse. – jogou.
- O quê? De onde tirou isso? – Arregalei os olhos.
- Talvez dos enjoos, desmaios, desejos, sonolências que vem sentindo durante o mês inteiro! – explicou. – E então, você está gravida ou não?
- Não! Não... Não? – Merda! Aquela porra de noite com o Steven... Não eu não podia estar gravida dele. – Me levantei da cama.
De novo não. Não poderia passar por aquela insegurança ou medo de novo. Não podia porque sabia muito bem quem era o pai e a merda que havia feito iria ser lembrada para sempre. Sabia que essa criança podia nos ligar eternamente e não estava disposta a tal proximidade. Não, por um erro eu não poderia pagar a vida toda.
- Eu tenho que comprar um teste de gravidez. – Sai para o closet.
Se eu poderia estar grávida? Os sintomas diziam que sim, mas eu preferia estar doente a isso. Faltava uma semana para eu me formar e já ter um filho no começo do primeiro ano da faculdade, não era algo que queria. Meu pai me mataria e me obrigaria a ficar com o Steven se ele fosse o pai. Claro, foi o que sempre meu pai quis.
- Ei, espera! – As meninas me chamaram enquanto saia do quarto. – Vamos com você.
- Tudo bem.
Só esperava que como da outra vez, também desse negativo. Não estava pronta para ser mãe. Nem um pouco.

(...)


- Três? Sério? – Olhei para elas.
- O quê? É melhor se prevenir. Um único teste nem sempre dá o resultado certo. – explicou.
Revirei os olhos.
- Tudo bem, me dá logo isso. – Puxei os testes de sua mão.
Me tranquei no banheiro e peguei a primeira embalagem a abrindo. Desta vez eu estava mais nervosa do que da outra. – Claro, desta era bem pior. Deus, não pense nisso antes de ter total certeza .
Peguei o primeiro teste e fiz tudo que tinha na instrução da caixa, ainda nervosa. Minhas mãos tremiam, mas eu só esperava que tivesse a mesma sorte que na primeira vez. Deixei de lado para fazer os outros dois enquanto tomava uma garrafa de água para tudo ser mais rápido e enquanto os fazia, minha mente devaneava ao Zayn. Por mais que tivéssemos terminado, eu tinha que ser sincera comigo mesma. Eu o amava e era tanto... No entanto eu poderia estar grávida e um filho... Deus, o que eu faria se fosse verdade? Tudo seria tão diferente e aquilo desencadeava um medo imenso em mim. Tão grande que não poderia suportar sem ele ao meu lado?
Assim que os três testes já estavam feitos, os deixei de lado, até o tempo necessário, indo até a sala onde as garotas estavam. Precisaria de um tempo para absorver tudo aquilo de mim mesma, e com elas seria a melhor opção.
- E ai? – Me olharam.
- Temos que esperar até a hora certa. – Me sentei no sofá. – E a ainda não chegou?
Estava preocupada com ela e aquele bendito exame. Ela havia começado a tomar os antibióticos, mas hoje era o dia em que o médico diria se estão fazendo o efeito esperado ou não.
Negaram.
- Ela anda estranha depois que descobriu a doença. Será que está escondendo algo da gente? – comentou.
- Eu não sei, só espero que não seja nada grave. – Confessei.
- Esperamos até ela voltar ai saberemos. – falou.
O vibrar do meu celular me despertou de nossa conversa. E então os testes estavam prontos.
O disparar do meu coração fez o medo correr mais rápido pelas minhas veias.
Me levantei, indo até o banheiro. Suspirei enquanto pegava o primeiro palitinho.
Meus olhos encheram de lágrimas e o soluço escapou de minha garganta. Eu não podia acreditar. No mesmo segundo vi tudo se desfazer em frente aos meus olhos.
- E ai, ? – me olhou preocupada.
- Positivo. – Fechei os olhos, sentindo as lágrimas.
- Assim como os outros dois. – pegou os outros palitinhos, me mostrando.
Me sentei na tampa do sanitário, sentindo as lágrimas descerem pela face e as pernas fraquejarem. Eu não podia acreditar na merda que havia feito. Não podia, não queria. – Solucei, enterrando meu rosto nas minhas mãos. Eu estava desesperada. Que merda! Não, não, não, eu não estava grávida!
Merda, eu estava sim. Eu estava...
- Calma, , o Zayn, ele vai assumir, ele não vai te deixar só nessa, nem a gente. Vocês darão um jeito. – As meninas me abraçaram.
- Vocês não entendem! – Solucei. – Eu menti! O pai dessa criança... O pai desse bebê não é o Zayn. – Mais lágrimas e soluço. – É o Steven! Eu menti... Na noite após a festa eu estava com ele e eu cometi o pior erro da minha vida.
Mais lágrimas vieram de meus olhos e minha cabeça girava. A dor em meu peito era lastimável. Agora era definitivo, o perdera e eu não amava o pai dessa criança, como poderia ter um filho dele? Eu fui tão burra naquela noite e estava pagando com juros.
Deus, quando o Zayn soubesse... Como poderia voltar a olhar em seus olhos? Como poderia dizer “o filho não é seu, mas do Steven?” Fácil, não podia. Nunca mais poderia olhar seus olhos cor de mel ou tocá-lo e agora sua traição já parecia tão insignificante comparado a minha que estaria ali para nos lembrar para sempre. E por mais que não estivéssemos mais juntos era um tipo de traição. E da pior que tinha.

’s POV

- E então doutor?
Ele voltou a colocar o envelope com o papel dentro, em cima da mesa.
- Segundo seus exames, , os antibióticos não vem fazendo efeito e a doença agravou para um estado mais grave. Infelizmente, a infecção que se instalava na sua barriga passou para outros órgãos e teremos que interná-la o mais rápido possível. Mas como é menor de idade, teremos que falar com seus pais antes.
- O quê? Não, eu tenho minha formatura essa semana, e não posso.
- Srta. , eu acho que você não entendeu a gravidade do problema. A infecção já está chegando aos seus pulmões e rins. Se não tratarmos disso logo, poderá morrer em um ou dois meses.
Fechei meus olhos, os sentindo marejarem.
- O tratamento que o Senhor me propôs fazer tem porcentagem de erro?
- Esse tratamento é novo. Pouco utilizado. Em 50 pacientes utilizados, 60% dos resultados foram positivos.
Eu poderia entrar naquela? Eu aguentaria saber que só tinha mais dois meses de vida se não me tratasse? Deixaria meus sonhos? Meus amigos, família, o Harry? Eu não podia. Tinha que lutar pela minha vida. Seria egoísmo demais deixar de lutar e ir embora deixando todos que amava.
- Doutor, o que teremos que fazer no tratamento? Como ele ocorre?
- É provável que tenhamos que utilizar a ventilação mecânica e diálise para manter a função dos pulmões e rins, enquanto fazemos as aplicações das injeções. Isso se seu estado continuar avançando.
- Eu ficarei em coma? – Aquilo me chocou.
- tudo dependerá de quando começar o tratamento, mas o mais indicado é isso. Seus exames resultaram um avanço incomum e o essencial seria começarmos seu tratamento o mais rápido possível.
- Eu não posso entrar em coma! Eu tenho minha formatura no fim da semana!
- Eu sinto muito, mas eu não posso te prometer que poderá ir a sua formatura, mas se começar hoje o tratamento, poderá está melhor e ir a sua formatura. Mas terá que ficar no hospital durante todo o tratamento.
- Quanto tempo é o tratamento?
- Entre três a seis meses, dependendo de como seu organismo vai reagir.
Meus olhos marejaram. Como eu diria aquilo á todos?
- Quando podemos começar o tratamento?
- Assim que seus pais permitirem.
- Ligarei para eles agora. Com a condição que nada de coma até a formatura.
Ele sorriu.
- É minha promessa. Está fazendo uma boa escolha.
Assim eu esperava.
De uma coisa eu sabia, poderia não me salvar, mas eu tentaria viver até o último momento permitido. Arrumaria forças para isso. Falaria com minha família, e as meninas e o... Não eu não podia. Não há ele.
Se eu dissesse isso agora, ele ia querer voltar nesse exato minuto e eu não podia permitir que deixasse tudo por mim. Não falaria a ele, não até ele voltar. Não até a formatura. Desculpe Harry, mas eu esconderia isso de você.

Zayn’s POV

Minha passagem para Bradford estava comprada. Tudo estava acertado para a minha volta. Tiraria tudo a limpo com a Carly e a amiguinha dela. Agora que estávamos retornando para Londres, com o fim da tour, poderia passar algum tempo com a família nas festas de fim de ano. O triste disso é passar longe dos garotos, que já há muito tempo eram como irmãos que sempre quis ter, e era ruim nos separarmos nessa época. Porém aproveitaria estar em minha cidade natal para passar toda a história da traição a limpo. Faria ela dizer a verdade a . Não era justo com nenhum dos dois ficarmos separados por mentiras dos outros. Por Deus, eu nunca a havia a traído. Jamais cheguei nem perto disso, mas se a tinham feito acreditar, provaria o errado. Faria de tudo para isso. Ela acreditaria em mim no fim, eu tinha certeza.
Porém para poder fazer tudo isso antes ainda tinha a formatura das garotas, e claro que eu a veria lá. Mal podia esperar para a vê-la novamente. A saudade martelava meu peito e as lembranças eram momentos felizes que passamos juntos, ou tristes, mas sempre que a tinha já se torava o melhor de todos.
Eu a amava demais e aqueles três meses sem a mesma tinham sido um completo inferno. Sem sentir seu perfume, toque, sua voz... Mas isso estava prestes a mudar. Logo eu a teria mais uma vez comigo e aquilo era maravilhoso.
- Chegamos! – Louis comentou, animado, descendo do carro.
Desci em seguida, pegando minhas malas e entrando dentro de casa assim como os outros garotos. Teríamos três horas até a formatura das garotas e eu mal podia aguentar de saudades da . Mesmo que fosse horrível a ideia de não poder a ter em meus braços, a tocar e tudo mais, pelo menos a teria ali, e por tempo aquilo bastava.
Subi para o meu quarto e coloquei a mala em cima da cama, enquanto a desarrumava tirando as roupas velhas e sujas, as trocando por limpas. Como iria para Bradford no dia seguinte, já teria que estar tudo pronto.
Assim que dei aquela tarefa por finalizada, fui até o banheiro tomar um banho quente. Passei algumas horas, até meus dedos começarem a enrugar.
Peguei minha toalha, me secando enquanto caminhava até o closet. Coloquei a cueca boxer e voltei, me jogando na cama. Peguei meu celular, olhando-o.

(...)


Sem perceber as horas haviam se passado comigo ali, pensando no que havia ocorrido em três meses. Me levantei da cama e me troquei. Faltava muito pouco para a formatura e eu não há perderia por nada.
Terminei de me arrumar e sai do quarto. O Louis e o Niall já haviam saído. Eles iriam levar as garotas, mas confesso não entender nada quando vi o Harry lá.
- Não tem mais namorada? – Brinquei.
- Engraçadinho. Ela vai com os pais. – Se levantou. – Vamos?
Liam se levantou.
- Só estavam me esperando? – Questionei.
- O que acha? – Payne me olhou.
Revirei os olhos.
- Vamos logo.
Fomos até meu carro e assim que entramos, eu dei partida.

’s POV

As palavras do médico ainda ressonavam em minha mente enquanto terminava de me arrumar.
“Eu sinto muito, . Eu permitirei que vá a sua formatura, como havia prometido, mas amanhã terá que estar de volta. Teremos que entubá-la. O tratamento não está agindo tão rápido quanto o esperado, e achamos que assim poderemos o administra-lo melhor. Manteremos você viva assim.”
Merda! Seis messes... Era o tempo necessário para o tratamento e eu passaria esses seis meses “morta”. Sem poder viver a merda da minha vida e aquela notícia tinha abalado a todos que amava, exceto... Ao Harry, que jamais saberia.
Aquele tempo no hospital me fez pensar muito e eu havia tomando uma decisão crucial em minha vida. Não queria “vê-lo” naquele lugar. Não queria que fosse me visitar enquanto estivesse “dormindo”. Não queria ser o peso que ele carregaria por SEIS MESES. Isso não. Então eu o deixaria. Simples assim. Diria adeus a tudo que tivemos.
Mesmo que fosse me tratar, não poderia prendê-lo a uma doente por seis meses! Uma pessoa que ficaria em coma todos esses meses. Ele sofreria demais e convenhamos... Eu conhecia meu namorado muito bem. Aquilo seria uma tortura para ele. Harry ia querer estar lá a cada segundo e eu não queria que me visse daquela forma. Agora tudo seria incerto. Eu não saberia se voltaria, se já havia escondido por tanto tempo, por que não para sempre? Estava na hora de deixa-lo para seguir só.
Caramba eu queria que ele vivesse! Não que ficasse preso a mim, enquanto eu dormia por seis meses! Ele tinha o direito de viver. Amar... Ser feliz sem mim. Curtir. Ele era muito novo, sua carreira estava decolando cada vez mais e por conhecê-lo tão bem, ele seria capaz de largar tudo por mim, se soubesse que poderia morrer. Eu não podia permitir aquilo. Estava decidido. Nunca havia concordado em prender alguém a uma pessoa que estaria prestes a morrer, mas jamais imaginaria que doesse tanto, mas faria o certo. Ele tinha o direito de ser livre e sem culpa. Não o faria sofrer por mim. Aquele seria o fim e se eu não voltasse, que ele tivesse a melhor lembrança de mim.
Limpei as lágrimas de meus olhos. Me olhei no espelho. Como eu estava magra... Também, aquela comida de hospital ninguém merecia, mas tinha que assumir uma coisa, a maquiadora havia feito milagres com as marcas das injeções.
Sai do quarto.
- Mãe, pai, ? Vamos?
- Olha como ela está linda... – Meu pai elogiou.
- Obrigada. – Sorri. – Vamos? Não quero me atrasar.
veio até mim e me abraçou.
- Força amiga.
- Eu terei.

’s POV

Lá estava eu em um táxi indo para a formatura das garotas. Isso mesmo, eu estava novamente em Londres, mas não por qualquer motivo. Me deixem explicar.
Após as garotas terem ido embora eu me dediquei unicamente e completamente ao ballet, e não era que eu era boa... Minha vida havia voltado basicamente ao normal. O ballet tinha me ajudado a isso. Depois que elas foram embora foi à única coisa que me manteve firme e depois de dois meses me dedicando mais que tudo a isso, para suprir a falta que todos me faziam, eu estou prestes a me apresentar amanhã aqui em Londres!
Me permitam explicar. Uma seleção de bailarinos foi feita na academia e eu passei para ser a principal. Faríamos “A Cinderela” e eu, junto com Juan, faríamos o casal principal. Apesar de ficarmos muito felizes com a notícia, até porque ele se tornava um dos meus poucos amigos, ao saber que era em Londres, minha mãe não gostou nada. Para ser sincera, vim com a condição de voltar assim que terminar as apresentações.
Desde minha última depressão, minha mãe vive tomando todo o cuidado comigo. Eu entendo o fato da mesma está preocupada e acredito com medo, mas agora era tempo de uma fase nova. Aos poucos eu entrava ao meu normal novamente.
- Srta., chegamos. – O motorista me despertou.
- Ah, claro. – Peguei o dinheiro em minha bolsa e o paguei.
Sai do carro ajeitando meu vestido. Entrei no salão de eventos, percebendo que a festa já havia começado há algumas horas.
- Eu não acredito! Você veio! – Senti alguém me abraçar por trás.
Me virei, encarando a .
- Eu disse que viria. – A abracei. – E cadê as outras garotas?
- A , e estão dançando com os garotos e eu estou fugindo do Zayn e do Steven.
- Do Steven? Ele ainda não superou?
- Na verdade eu fiz a maior burrada da minha vida! Mas te conto depois. Quer beber algo?
- Refrigerante. Eu não posso tomar álcool devido os remédios.
- Nem eu, então tudo bem. – Saiu me puxando para o bar.
- O Liam veio? – A questionei.
- Veio sim. – Me olhou de rabo de olho.
- E ela está com ele?
- Não, mas ... Não vai se animando. Vocês ainda não explicaram nada um ao outro. Ele ainda pode te odiar.
Suspirei.
- Eu sei, mas eu vou lá falar com o Zayn. Pode ficar com o meu refrigerante. – Sai, a deixando só.
Ok. Talvez a esperança de que ele pudesse voltar para mim estava mais presente do que havia imaginado.
Me aproximei da mesa vendo a , o Niall, o Liam e o Zaza estavam lá conversando.
Respire fundo e vá!
- Sua puta! Você veio mesmo! – foi a primeira a me ver e correu até mim, me abraçando. – Você está ótima.
- Obrigada. – Sorri.
- Só chegou agora? – Me soltou.
- Desculpe, o voou atrasou e não tive muito tempo.
- Tudo bem. – Deu de ombros.
- ! – Nialler me abraçou.
- Hey, irlandês! – Retribui. – É bom te rever.
Ele sorriu.
- Como dizem, quem é vivo sempre aparece.
Sorri sem jeito para o Malik.
- Pois bem, entou estou viva. – Brinquei.
Ele me abraçou e assim que nos soltamos eu o vi. Ele se quer olhava para minha direção e eu pude notar em seu olhar o quanto aquilo o doía. – Suspirei. – O que eu podia fazer para ele entender a verdade?
- Horan, vamos dançar? – chamou o namorado e ele assentiu.
Enquanto os dois iam para a pista mais uma vez eu sentei a mesa.
- Vocês vão querer algo para tomar? Eu vou até o bar. – Zayn nos questionou.
- Um refrigerante, por favor. – Pedi.
- Eu não quero nada. – Meu ex informou ao amigo.
- Tudo bem, eu já volto. – E saiu.
É claro que eu havia notado o que eles estavam fazendo, e ele também.
- Eu vou embora. – Se levantou.
- Se foi porque eu cheguei, não seja ridículo. – Me levantei.
- Talvez seja pelo que eles estão fazendo.
- Payne, fica tranquilo. Eu não mordo. Não podia imaginar que era tão torturante para você está no mesmo lugar que eu. Mas já que é, vá em frente e pode ir embora. Eu continuarei aqui prestigiando minhas amigas. – Voltei a me sentar.
Ele me encarou com olhar de dúvida.
- Eu sei o que pensa de mim, mas aqui não é o lugar para eu te explicar nada. A noite é delas. Eu não vou estragar. Mas isso não quer dizer que eu desisti. Você está errado no que pensa e eu vou te provar.
Daquilo eu tinha certeza.

Harry’s POV

A formatura delas se transcorria. Já se passara das três da manhã e eu e minha namorada nos encontrávamos sentados à mesa. Alguns de nossos amigos já haviam ido embora, mas ela parecia querer ficar ali todo o tempo possível. Apesar de durante toda a noite eu perceber que ela estava distante, receosa e não completamente confortável, me deixou confuso, mas achei ser coisa da minha cabeça, afinal o que poderia haver?
- Por que não dorme lá em casa? – Beijei seu pescoço.
Ela enrubesceu.
- Acho melhor não. Meus pais estão aqui e estarão lá em casa e notariam minha falta.
- Então eu durmo lá.
- É melhor não, Hazza. Nos vemos amanh... É... Vamos para casa? Estou cansada.
Algo estava muito estranho ali.
- O que você tem?
- Não é nada. Apenas impressão sua. Me leva logo pra casa, eu estou com sono.
- Tudo bem. Vamos. – Me levantei e entrelacei nossas mãos, a levando comigo.
O que estava acontecendo com ela para estar tão distante de mim?
Saímos do salão de eventos e fomos até meu carro. Abri a porta para ela e assim que entrou, a fechei e fui para a minha, dando partida no carro.
De fato ela estava muito cansada. Assim que chegamos ao carro ela repousou a cabeça sobre a janela e fechou os olhos. estava mais pálida que o normal e aquilo me preocupou.
- Você está bem, ? – Perguntei apreensivo.
- Só um pouco cansada. Só quero minha casa.
Assenti, confiando nela, mas vez ou outra eu a olhava. Não sabia se era pelo cansaço ou o que, mas ela parecia com dificuldade para respirar.
- Você tem certeza que está bem? É melhor irmos para o hospital.
- Caramba Harry! Eu estou bem! Só quero ir para a minha casa, entendeu? – Falou grossa.
- Ei relaxa, só me preocupo com você.
- Eu sei. – Suspirou.
- E o que está acontecendo com você para estar assim? Eu percebi que está distante, tensa. O que aconteceu? – Estacionei o carro enfrente ao seu prédio.
- Harry é que eu quero... Quero terminar.
A encarei.
- Você o quê? Por que disso agora?
- Porque... Eu não te amo mais.
Por que não acreditava em uma única palavra dela?
- Tudo bem, agora vamos para o real motivo.
- Eu estou com outro.
A encarei perplexo.
- O quê?
- Eu deveria ter te contado antes, eu sei, mas... Aconteceu. – Me encarou com os olhos cheios de lágrimas.
- Quando isso? – Meu maxilar enrijeceu.
- Há um mês. Eu queria que voltasse para poder contar, mas... Eu estou apaixonada por ele. Desculpe Harry eu não pude evitar. Eu o amo. – Fechou os olhos e uma lágrima solitária desceu por seu rosto.
O ódio cresceu dentro de mim. Ela estava me fazendo do imbecil! Aquele tempo todo...
- Saia da carro.
Ela me olhou surpresa.
- SAIA DO CARRO! – Gritei e ela estremeceu, mas eu não me importei. – Queria terminar? Pois bem, agora está livre para ficar com esse idiota e faça bom proveito com ele, por que acredite, eu posso encontrar alguém bem melhor que você em qualquer esquina.
- Acredite Harry, ele é bem melhor do que você vai ser na vida. – Abriu a porta.
Ri.
- É para ser mesmo para aguentar você.
- Olha aqui...
- Não. Olha aqui você. Quem você pensa que é ? Acha que pode me pisar e ficar assim mesmo? Acha o que? Que foi a única a trair alguém aqui? Você acha mesmo que com mil garotas quase dando para mim eu não vou pegar nenhuma? Faça o favor...
- Claro, o mulherengo galinha... Tem que honrar a fama. Que bom que está solteiro agora. Não vai mais precisar fazer escondido. Te fiz um favor. Faça bom proveito dele. – Saiu do carro fechando a porta com força, mas assim que chegou próxima a porta se curvou como se tivesse sentindo dor. Uma dor tão forte que a fez cair ao chão e se contorcer.
A principio achei que estivesse fazendo drama, mas quando não a vi se levantar e gemer de dor sai do carro correndo. O que estava acontecendo com ela? – Me aproximei da mesma e era como se estivesse perdendo o ar.
- o que está acontecendo? - A olhei assustado.
- Vá embora! - Ela me afastou.
- Só se eu estiver louco! Olha como você está! - A peguei no colo enquanto ela chorava de dor. - Eu vou te levar ao hospital. - A levei de volta ao carro. - Respira pela boca devagar.
Ela não voltou a protestar e fez o que pedi e eu arranquei o carro até o hospital que ela havia falado.
Assim que chegamos lá, a levei no braço até a recepcionista.
- Por favor... - Ela me olhou.
- Deus é a . - Colocou a mão na boca. - Calma meu bem eu vou chamar o doutor.
Eu estranhei ela a conhecer, mas pouco me importava agora.
Logo veio um médico e duas enfermeiras que trouxeram uma maca, onde a coloquei.
- Levem-na ao quarto dela rápido. Ela está tendo uma crise.
Elas assentiram e a levaram me deixando para trás.
- O que está acontecendo? - O questionei.
- Acho que teremos que entuba-la agora. Trarei mais notícias depois. - Saiu.
- Entuba-la? Para que? O que estava acontecendo ali?

’s POV

- Ei, como ela está? - Me aproximei dele.
- Por que não me contaram? - Me olhou e pude perceber seus olhos marejados.
- Foi escolha dela eu sinto muito. Ela não queria que você a visse assim. Ela não sabia se sobreviveria.
- Ela não podia escolher isso por mim! Ela nunca me traiu não é?!
Neguei.
- Ela disse isso?
Assentiu.
- Eu sou um idiota. Se ela morrer acreditando no que falei, eu jamais me perdoarei!
- Calma, Hazza, agora teremos que ver se o medicamento fará o efeito necessário.
- Nem que pra isso eu tenho que financiar um novo tratamento, eu não a perderei.
- Eu sei que fará de tudo. Se houver uma melhor me avisa.
Ele assentiu.
Eu me afastei do Harry e a se aproximou de mim.
- De que horas é sua consulta?
- Eu não vou.
- Claro que vai! Você precisa saber quem é o pai. E eu vou com você. Ficar aqui, não mudará nada. Ela continuará entubada pelos próximos meses e você precisa saber se o bebê está bem.
Suspirei, olhando para o Zayn que falava com o Liam.
- Vamos. Eu já estou atrasada.
Saímos juntas até a parte ginecológica do hospital.
- Com licença eu vim para a minha consulta. - Informei a atendente.
- Ah sim. Qual o seu nome?
- Martins.
- Ah, pode entrar ela está te aguardando.

(...)


- Mas já dá para saber o sexo com um mês? - A questionei.
- Um mês? Você não está grávida de um mês. Você está grávida de quatro meses.
A olhei surpresa.
- O quê? - Katy deixou escapar.
- Isso mesmo, quatro meses. O feto já está muito desenvolvido para ter um mês
- Não é possível. Eu fiz um teste há quatro meses e...
- De farmácia?
Assenti.
- Nem sempre é eficaz, principalmente se for muito cedo. Mas você está grávida de quatro meses sim , e de um menino. Parabéns.
Então... O pai era o Zayn.
Deus, o que faria agora?





Capítulo 18



“As pessoas cometem erros. Até as pessoas que amamos. – Do Filme A última Canção.”


Zayn’s POV

Sai do hospital e fui direto para meu caro. Minha ida para Bradford ainda estava de pé. Pena que não havia conseguido me despedir da , quando me dei conta, ela não estava mais lá. De fato, se eu pudesse ficaria em Londres, mesmo que não fosse possível fazer nada quanto a . Aquilo havia atingido a todos, mas eu tinha assuntos inacabados em minha cidade natal e só voltaria quando os resolvesse.
Entrei no carro e dei partida. Minha mala já estava comigo, o que facilitaria minha ida. Disparei para o aeroporto com as ruas movimentadas de Londres. Ainda era manhã, o que seria bem propenso para um congestionamento.
E posso confessar que me impressionei pelo mesmo não ter acontecido.
Assim que cheguei ao aeroporto estacionei o carro na garagem que era destinada aos carros que ficariam lá por algum tempo, e sai do mesmo, levando minha mochila.
Peguei um carrinho na entrada e coloquei minhas coisas nele, enquanto adentrava as portas de vidro.
Fui parado algumas vezes por algumas fãs que pediam fotos, autógrafos e tudo mais, e assim que entrei no avião, me recostei à poltrona descansando. A viajem até a minha casa seria longa e teria que estar bem descansado para os planos que tinha para ela.

(...)


- Então vocês ainda não se resolveram? – Minha mãe me questionou.
Neguei.
- Tudo se resolverá no momento certo, meu filho. – Tentou me reconfortar.
Daquilo eu sabia, mas não aguentava mais passar um segundo naquela casa sem fazer nada.
Peguei meu celular, discando o número do Hass. Tocou três vezes até que o mesmo atendesse.

Ligação ON:
- E ai, primo? O que trás de bom?
- Hass, vou precisar de um favor seu.
- Se estiver ao meu alcance...
Sorri. Esse era meu primo.
- Onde é a casa daquela sua amiga? A Clary?
- A Clary? Primo essa garota é um problema, se quer um conselho, se afasta dela.
- Não é nada do que você está pensando. Eu tenho apenas alguns assuntos para tirar a limpo dela.
- Tudo bem, então. Ela mora perto da casa do Ramez.
- Obrigada. Era isso que precisava. Fico te devendo essa primo. Tchau. – Desliguei.
Ligação OFF:

Levantei da cadeira.
- Mãe, me empresta seu carro?
- Claro, querido, mas aonde você vai?
- Resolver alguns problemas. Onde está a chave?
- No porta chaves na entrada.
- Tá. Obrigada. – Depositei um beijo em sua bochecha.
- Se cuida e volta antes do jantar! – Gritou enquanto saia.
- Tá! – Respondi, já saindo de casa.
Agora resolveria isso de uma vez por todas.

’s POV

Olhei pela janela. As gotas da chuva desciam pela vidraça. O clima parecia acompanhar a melancolia em que me encontrava. Agora que sabia que o Zayn era o pai dele, tirava um grande peso do meu peito, mas ao mesmo tempo, tudo aquilo era mais um motivo para a minha total preocupação. Apesar de estar feliz por saber que nada me ligaria ao Steven, algo me ligaria ao Zaza para sempre e aquilo parecia bom, muito bom, mas... Já não estávamos mais juntos. Ele havia me traído e aquilo ainda me doía, ainda mais agora que estava esperando um filho dele.
Todas as minhas antigas constatações se tornavam presentes em minha mente. E com elas a dor lastimável de não saber o que fazer. Vamos entrar em uma ordem: Primeiro, eu estava gravida de quatro meses de um menino. Segundo, era do Malik e me encontrava na questão do que fazer. Terceiro, estava prestes a iniciar a faculdade, e como faria isso gravida?
Passei as mãos na barriga. Agora não dependia mais só de mim, mas sim de nós dois. E unicamente era minha escolha. Com ou sem pai, ele era meu bebê e era com quem eu mais deveria me importar. Apesar do medo que me trasbordava, eu sabia o que era o certo, o que deveria fazer. Eu teria que contar. A responsabilidade era nossa, e mesmo que não o quisesse assumir, minha parte eu teria feito.
Eu contaria ao Zayn. Faria as coisas da forma correta. Com as consequências eu estava pronta para lidar e agora teria que enfrentar tudo aquilo. Se o Malik assumiria nosso filho eu não sabia. Claro que tinha a carreira dele e tudo poderia dificultar com a vinda do bebê, mas minha escolha estava feita. Independente de tudo, ficaria com ele. Por aquela criança que crescia em meu ventre. Nem que para isso tivesse que enfrentar todos sozinha.
Suspirei, pegando meu celular. O agarrei tentando tomar forças. Teria que abri o jogo para o Zaza e logo. A barriga já começava a se desenvolver e eu não sabia até quanto tempo poderia esconder isso.
O segurei firme em minhas mãos e disquei o número do meu ex. Tocou algumas vezes, até que ele pudesse atender.

Ligação ON:
- Alô, Zayn?
- Ah. Não, querida, é a Trisha. Ele saiu e deixou o celular em casa.
- Ah... Como vai? Não sabia que estavam aqui.
- Bem, e você, querida? Na verdade o Zayn veio passar o Natal aqui em Bradford. – Explicou.
- Ah, eu não sabia que ele estava ai, é que o vi hoje mais cedo. Pensei que...
- Foi, ele chegou hoje. Era algo muito importante que queria falar com ele?
- Não... – Menti. – Quando ele aparecer, por favor, pede para ele me ligar.
- Tudo bem, querida. Digo sim. Foi um prazer conversar com você novamente.
- Igualmente. – Sorri. – Ele passará o aniversario também ou só o natal?
- Creio que só o natal. Talvez o ano novo, mas no aniversario sempre está viajando. Não sei como aguenta.
- É... Também não.
- Querida, está tudo bem mesmo?
- Ah claro. É só o... problema da . É meio difícil.
- Entendo. Ele me contou. Sinto muito, mas tudo terminará bem.
– É o que esperamos. – Suspirei. – Trisha, eu tenho algumas coisas para fazer. Adoraria conversar mais, porém tenho que arrumar tudo aqui.
- Ah,claro. Tchau meu bem. Fica com Deus. – Desligou.
Ligação OFF:

Tudo bem, eu teria que esperar um pouco mais para contar a ele. Só esperava que não demorasse demais, caso o contrario, não sabia qual seria as escolhas que me restariam.

’s POV

O nervosismo há tal altura me atingia em cheio. Minhas mãos suavam e a casa de show estava cheia. Suspirei. Faltava pouco para poder entrar.
Ajeitei minha roupa .
- Já alongou? – Juan apareceu ao meu lado.
Assenti.
- Ei, fica mais calma. Você vai arrasar. – Segurou minha mão.
- Obrigada. – Agradeci.
- Vocês tem 3... 2...1. Vão. – Ximena, a professora de ballet, nos informou.
E sem que eu percebesse lá estava eu, entrando no palco. Juan me acompanhava e nós dois dançávamos um na sincronia do outro e com o toque da música íamos nos guiando. Cada vez eu me acalmava mais e chegou há um ponto que era tudo tão natural quanto respirar. Aquela altura o sorriso era presente em meu rosto. Apesar da concentração extrema, era impressionante quanto tudo parecia natural para nós dois.
Depois de uma sequencia de Chainés, Couru, Fouetté Rond de JambeenTournant e Grand Jeté em dupla, finalmente chegou o último passo. Pas de Deux. Logo ele me desceu, enquanto eu acariciava seu rosto com as duas mãos, enquanto nossos olhares se prendiam um ao outro. De fato, tínhamos feito muito bem nossos papeis. Quem de longe visse, diria que éramos um casal.

(...)


Peguei na mão do Juan e agradecemos a todos com um BrasBas. Caminhamos até a frente e ele se abaixou, ficando de joelhos enquanto estendia a mão para mim. Sorri em agradecimento, escutando os aplausos, mas quando olhei para a plateia lá estava Liam, com o olhar nada agravável. Era perceptível que algo não o estava agradando. E foi então que notei. Sua atual namorada chegou bem perto de seu ouvido e sussurrou algo, mas ele não a respondeu. Só pelo simples fato de perceber que eu o olhava.
Entramos em um mundo no qual só existia nós dois. Meu olhar não ousou desviar do seu, assim como o dele. Agora eram eles que falavam tudo que nosso coração sentia e que nossas bocas naquele instante não podiam falar. Mas este breve tempo foi interrompido por Juan, que eu ao menos havia percebido que havia se levantado e estava com um buquê em mãos, me entregando.
Há quanto tempo tinha me prendido aos meus pensamento que ao menos notara? Sorri para o meu amigo e o agradeci, enquanto saiamos do palco.
- Parabéns, pessoal, vocês foram ótimos! – Ximena nos parabenizou.
- Obrigada. - Sorri agradecida, enquanto voltava ao camarim.
- O que foi aquilo? - Juan me acompanhou.
- O quê? - O olhei.
- Você paralisou no palco, olhando para aquele cara.
Parei.
- Deu para perceber tanto assim?
Ele riu.
- Relaxa. Só deu para eu perceber, por que eu só tinha você para olhar. Comigo no palco, eles tinham melhor coisa do que você para olhar.
- HÁ, HÁ, HÁ! Tão engraçado... - Voltei a andar mais calma. - É sério.
- Ninguém notou, relaxa. Mas o que tem com ele?
- Ex-namorado, com termino mal resolvido.
- Ah, está explicado... Ele está com outra, benzinho.
- Eu sei. - Suspirei.
- E o que acha de fazer ciúmes a ele? - Juan me parou, encostando-me na parede e colocando os braços perto de minha cabeça, se sustentando na parede.
O encarei ainda surpresa com seu movimento. Logo ele começou a se aproximar e a cada instante eu ficava mais aflita.
Então ele começou a rir feito uma hiena se afastando de mim. O encarei sem entender nada.
- Você precisava vê sua cara! – Falou, rindo.
Dei um tapa em seu braço.
- Lesado. - Voltei a andar.
- Me ama. - Me abraçou por trás.
- Assim vão achar que temos algo.
- E não temos? - Piscou para mim.
Foi minha vez de rir.
Mas ao cruzar o corredor senti meu corpo se chocar contra algo, ou alguém. Encarei a pessoa em minha frente e o sorriso sumiu. Ele olhou para mim e desviou para o Juan, que ainda me abraçava por trás, e logo suas feições ficaram escuras.
- Liam.
- Eles estavam te procurando. Foram até o camarim.
- Ah, sim. Estou indo pra lá agora. Mas... Aonde você vai?
- Não se preocupe com isso. Você deve estar muito ocupada. - Olhou sutilmente para nós dois.
Olhei para o Juan e ele me soltou.
- Depois passo no seu camarim para irmos para o hotel. - Depositou um beijo em minha bochecha.
Assenti, o vendo sair.
- Obrigada por ter vindo.
- Eu não vim por você.
Meu coração se apertou e eu reprimi o sentimento de tristeza que se instalava no mesmo.
- Eu sei. Mesmo assim.
- Eu já estou indo. – Falou, saindo.
Mas antes o impedi segurando o seu braço. Ele parou me olhando.
- Eu só quero que saiba que foi o Victor. E eu sei que mesmo que eu diga o que de fato aconteceu, você não vai acreditar, porém mesmo assim eu vou dizer...
- Poupe suas palavras. Eu não me importo mais. Agora eu estou com a Sophia e se eu achei que amava você, hoje percebo que não. É a ela que de verdade amo. Acredite, você me fez um favor.
Aquilo me atingiu em cheio e a dor que emanou daquelas simples palavras foram lastimáveis. Senti como se mil farpas estivessem em meu peito, o rasgando e não permitindo minha respiração de sair. Era como um soco no estomago. Doeu mais que um tiro.
Senti meus olhos marejarem, mas mordi o lábio inferior, segurando as lágrimas e mantendo a batata em minha garganta. Ele não desviava o olhar de mim. Percebendo o quanto aquilo me afetava.
Parabéns , aprenda. Não se apaixone nunca mais. O amor dói. Até demais.

(...)


- Hey... Você estava ótima! - me abraçou.
- Você estava linda,. - Louis me parabenizou.
- Eu disse que ela era perfeita. - me abraçou.
- Depois do que vi, não tenho mais dúvidas. - Niall sorriu.
- Obrigada, gente. Foi ótimo vê vocês aqui. Eu estava tão nervosa... Deu para perceber?
- Não. Nem um pouco. - discordou.
- Ainda bem. - Falei aliviada.
- Vai continuar quanto tempo ainda em Londres? - Lou me questionou.
- Alguns dias, até as apresentações terminarem.
- E Liam veio com a gente. Mas não pôde ficar.
- Eu sei que ele não quis ficar,Nialler. Eu o encontrei e digamos que ele deixou suas vontades bem claras para mim.
O clima ficou tenso.
A batida na porta me fez encara-la.
- , desculpe, mas teremos que ir. - Ximena me apressou.
- Tudo bem. Pessoal, eu tenho que me trocar. Nos vemos outro dia? Amanhã eu irei visitar a . Mandem lembranças a todos.
- Pode deixar e vê se aparece mais. Agora se troca antes que sua professora venha nos tirar a força. - falou, saindo.
Sorri.
Era bom revê-los. Sempre foi.

Louis’ POV

Sentei no "lugarzinho dela" com a mesma em meu colo. Ela se aninhou a mim e depositou um selinho em meus lábios, que logo se intensificou. O beijo começou calmo, mas logo foi ficando mais quente e necessitado.Me surpreendia com o fato de com ela ficar tudo quente tão rápido.
Desci uma de minhas mãos por suas costas,a deitando. Percorri um caminho de beijos pelo seu pescoço,a vendo arfar.
Porém o toque do meu celular tocando atrapalhou tudo.
- Ai que saco! Atende logo, e seja rápido.
Bufei e atendi, sem nem olhar quem era.

Ligação ON:
- Ei, sumido... Como andam as coisas? Esqueceu de mim?
- Eleanor?
Minha namorada bufou, se sentando.
- E... Esqueceu de mim?
- Não, é que... Você tinha viajado, e achei que...
- Ah, sobre isso... - Me interrompeu.- Eu estou de volta! E estava pensando da gente se ver e tals.
- É, pode ser.
revirou os olhos, se levantando.
A olhei intrigado.
- Nossa, que “pode ser” animado. - Brincou. - Eu estou sentido sua falta.
- É que tenho andado ocupado.
- E não sentiu a minha falta?
- Senti.
se afastou de mim e desceu as escadas do telhado fulminando.
- Então... Nos vemos amanhã? - A esperança era presente em seu tom.
- Pode ser. Posso te ligar depois? É que estou com um probleminha.
- Ah, claro. Algo grave?
- Espero que não.
- Qualquer coisa conta comigo e me retorna. Tchau. - Desligou.
Ligação OFF:

Voltei a guardar meu celular no bolso, passando as mãos nos cabelos.
Desci do telhado e a encontrei deitada na cama, mexendo no celular.
- Terminou de falar com sua amiguinha? - Provocou.
Revirei os olhos.
- Para de implicar com ela.
- Claro, sua queridinha nunca faz nada...
- , não é assim.
- Ah não? “E não sentiu a minha falta?" "senti.". Isso é até piadinha né?! Aquela puta quase dando para você, e essa não é a primeira vez que falo. Ela quer você! Mas você não vê isso!
- Ela é minha amiga, ! - Gritei.
- Só isso? Por que parece muito mais!
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DISSE ISSO! Não acredito que me perguntou isso!
- Que eu saiba, eu não fico dizendo que sinto falta do meu ex! Se sente falta, volta para ela. Eu não estou te prendendo aqui!
Ela se levantou.
- O NAMORO ERA FALSO! Você sabe disso melhor que ninguém!
- É, mas pelo que está parecendo, quer que se torne bem real. Quer saber? Vai atrás dela. Não é o que você quer?
- É o que deveria fazer mesmo. Pelo menos ela confia em mim!
- Vá, Louis, mas não volta nunca mais, porque não vai fazer falta! - Abriu a porta do quarto para mim.
- Que bom que pensa assim. Bom saber que não faço qualquer diferença para você.
- COMO FARIA? Prefere a vadia da ex!
- Pensa o que quiser! Cansei disso! – Falei, saindo.
- Você não foi o único! – Gritou, fechando a porta com uma batida forte.
Desci as escadas com raiva. Como ela era criança. Como havia achado aquilo? Porra, quer saber? Se não confiava em mim, era melhor ficar do jeito que estava. Aquele ciúme bobo contra a Eleanor era uma total besteira.
Caramba, a gente era só amigo e ela precisa entender isso. Se toda vez que eu fosse falar com outra ela fizesse isso estávamos fritos.
Sai de sua casa entrando no meu carro. Dei partida afim de que minha cabeça esvaziasse tudo. Eu estava frustrado por tudo aquilo. Pelas acusações feitas por ela, pela falta de confiança e magoado por achar que o meu sentimento por ela não era verdadeiro.
Talvez, só talvez, fosse ela que sentisse aquilo.

Niall’s POV

- Muito cedo?
- Ham... Não, eu já estava acordado. - Dei passagem para ela entrar. - Desculpe se eu esqueci, mas havíamos marcado algo? - Indaguei.
- Não. Mas eu estava aqui por perto e pensei de vir aqui. Por quê? Não gostou da visita?
- Não é isso, é que estou surpreso.
- Espero que isso seja um bom sinal. - Sorriu.
- Ah, claro. - Cocei a cabeça.
- Desculpe se foi uma má ideia. Você tinha algum plano?
- Para ser sincero, não.
- Agora tem. - Peggie sorriu. - Me mostra seu quarto, inda não conheço.
Dei de ombros.
Segui pelo corredor até meu quarto com ela ao meu encalço.
- Te apresento... Meu humilde quarto. - Brinquei.
Ela riu, entrando.
- É lindo. Você tem bom gosto.
- Quando me mudei já estava reformado. - Dei de ombros, sentando na cama. - Então já veio assim, eu não tive nada com isso.
- Ah. - Se sentou ao meu lado. - Sabe, esses dias eu estava olhando umas fotos antigas e você não vai acreditar no que achei. – Falou, teclando no celular. - Eu ainda o tenho. – Sorriu, me mostrando.
E finalmente eu pude entender. No mesmo continha uma foto antiga, de quando éramos pequenos. Eu me lembrava bem daquele dia. Era aniversário dela e eu havia comprado aquele pequeno ursinho. Me lembro até hoje as palavras....
"Quando a gente se casar eu prometo te dar outro do seu tamanho!"
Sorri. Aquelas eram lembranças boas da minha infância.
- Nem tudo é como pensamos.
- Nunca se é tarde demais. - Se aproximou de mim.
- Peg...
- Shiu... Eu não estou fazendo nada. - Passou a mão em meu rosto. - Ainda. - Se aproximou mais de mim.
E antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, senti seus lábios contra os meus, fazendo pressão. Suas mãos foram a minha nuca,a acariciando e as minhas por impulso foram para a sua cintura. Ela aprofundou o beijo, que era calmo e intenso. Desencadeando uma enorme confusão em minha mente. E foi quando caina real.
A afastei de mim, me levantando da cama, sentindo meu celular tocar.
O peguei e era a minha namorada. Meu coração se apertou e eu engoli em seco, atendendo.

Ligação ON:
- Alô?
- Oi, amor. Eu estava pensando em ir para a sua casa. O que acha? - Animação era presente em seu tom e aquilo me doeu mais.
Eu não poderia contar... Ela se magoaria tanto...
- Tudo bem. Vem. Ah, a Peggie veio fazer uma visita.
- Ah, está ai?
- Aham.
- Certo, já estou chegando. Tchau.
- ? - A chamei.
- Oi.
- Eu te amo.
Eu queria que ela não tivesse duvida daquilo. Nem eu e muito menos a Peg.
- Eu te amo Niall. Já, já chego ai. Beijo. - Desligou.
Ligação OFF:

- Isso não pode acontecer Peggie. Euamo a . O que a gente teve já passou. É passado.
- Eu sei. - Baixou o olhar. - Foi sem querer, me desculpe. Não vai mais acontecer.
- Espero que não. Até porque eu tenho namorada.
- Eu sei. - Suspirou.
Eu esperava que com aquilo ela entendesse. Éramos só amigos. Eu amava a e era com ela que eu havia escolhido viver, para ser minha. O resto era passado. Jamais voltaria.

Harry’s POV

Eu mal podia acreditar no que tinha acontecido. Meu coração se dilacerava ao pensar em nunca mais a ter. E mesmo que tentasse ser positivo, tinha que encarar a triste realidade, só não tinha certeza se conseguiria superá-la. Se ao menos tivesse me permitido ajuda-la, ou não tivesse me escondido algo tão importante...
Droga,! Eu não posso te perder...
A última vez que havíamos conversado havia falado coisas horríveis, que jamais me perdoaria. Eu a amava tanto... Que os momentos de brigas e desentendimento eram tão alheios agora...
Só o que me restava eram lembranças, e daria tudo para que tivéssemos muito mais.

Flashback ON:
- Porque está sorrindo maliciosa pra mim desde que cheguei. – Sorri, a fazendo mexer o maxilar.
- Eu não... Pare! – Ordenou.
- O quê? Não estou fazendo nada. – Sorri de lado.
Ela me olhou chocada com o meu cinismo, e aquilo só tornava tudo mais divertido.
- Ainda bem que você não é o favorito da Melody. – Veio até mim, tomando a garrafa de água de minhas mãos.
- Eu sei... Sobra mais pra você.- Depositei um beijo em sua bochecha, que a deixou imóvel.
Era ótimo provocar aquelas sensações nas garotas.
- Harry Styles, o maior pegador do OneDirection e o maior galã barato. – Virou-se novamente para mim. – Já está na hora de mudar suas táticas, não acha?
- Teste que você verá. – A analisei.
De fato, ela era linda, e mais ainda com o ar levemente abusivo.
- Sinto muito, mas galinha não é muito meu forte. – Colocou a garrafa de água na geladeira e novamente me encarou.
- Quem sabe não passa a ser? - A puxei para mim. – Ainda não. – Depositei outro beijo em sua bochecha, a largando.
Estava muito divertido brincar com ela.
- Você é um idiota!
- Por isso que elas gostam de mim. – A encarei. – Agora vamos, antes que achem que estamos tendo alguma coisa. – Sai, a deixando intrigada.
Era isso que queria. Conhecê-la melhor seria bom, muito bom.

(...)


Corri o mais rápido que pude até que encontrei um pequeno starbucks vazio, onde poderia me esconder. Entrei e só me joguei na primeira cadeira de uma das várias mesas que tinham lá, onde havia uma garota que lia um livro atentamente. Ela tomou um susto quando me viu, mas imediatamente pedi que ela não falasse nada com meu dedo, e roubei peguei seu chapéu, que estava em sua cadeira e, seu ray-ban, que estava na mesa.
- Ei! Acha que só porque me conheceu pode pegar minhas coisas assim?
Imediatamente reconheci aquela voz, que escutei ontem mesmo. Aquela pele levemente morena, com aqueles cabelos ondulados, que tinham um caimento até o fim das costas.
– Silêncio. Estou me escondendo. - Eu tampei sua boca.

(...)


- Eu não acredito que você escolheu isso.
- Ei... Não fala assim do Haroldo. Ele é bonitinho.
- HAROLDO? - Parei de andar e olhei a .
- Em sua homenagem. - Ela riu.

(...)


- O quê? Argh! – Ela olhou os seus punhos. – Me solta.
- Não antes de um beijo. – Pedi.
- Só se for um beijo do meu pé em suas partes. – Ela sorriu amarelo.

(...)


- O que você acha de apostarmos?
- Apostarmos o quê? – Me olhou confusa.
- Você não diz tanto que sou gay... Aposto que pego mais meninas do que você pega de meninos em uma festa.
- Você é famoso. Não vale.
- Está com medo de perder? Sabe tanto que vai, que não quer nem tentar? – Falei me aproximando dela, voltando a encosta-la na parede.
- Não! Eu ganho de você fácil. – Sorriu convencida.
- Olha... Conhecendo um lado dela, que eu não sabia. – Analisei.
- Você ainda não viu nada. – Sorriu desafiadora.
– Malibu, primeira festa, você fica com a maior quantidade de meninos e eu do mesmo jeito, com as meninas.
- Apostado. Mas lembre que tudo em uma aposta vale. – Sorriu vitoriosa.

(...)


- Quantos? – A olhei.
- 10. – Respondeu convencida.
- 11. – Sorri vitorioso.
E sem que eu ao menos entendesse o que ela faria, ela se afastou da parede, me segurando pelo colarinho de minha camisa. A olhei sem entender nada. E então me puxou para a parede e me beijou. O beijo era intenso, pela bebida em nosso sangue.
Os lábios dela eram carnudos e me davam vontade de beija-la mais. Pedi passagem e ela cedeu. Suas mãos passaram para a minha nuca enquanto as minhas foram para a sua cintura, a apertando mais contra mim. Nossas línguas começaram a travar uma guerra, enquanto suas unhas arranhavam minha nuca e as minhas, faziam carinho em sua cintura. O beijo estava ficando muito quente e intenso, à medida que nos sentíamos mais envolvidos, e só paramos porque nossos amigos nos perceberam, quando o Payne chegou com o carro.
- 11. – Sorriu.
- 12.
- Sem essa,Styles. Eu que te beijei. O beijo foi meu!
- Se eu te beijar de novo, o beijo conta?
- Não!
- Tudo bem.
Voltei a puxá-la para mim.

(...)


- Está preparada para eles?
- Você que me agarrou pela segunda vez. O meu ainda era a aposta.
- Se você diz... – Sai na frente, sem dizer mais nada.
Sério que tudo não tinha passado daquela bendita aposta para ela?
- Harry... – Me chamou.
- Esquece!

(...)


- O que está fazendo aqui? – Me olhou surpresa.
- Só vim atrás de você.
- Por quê?
- Por isso.
Me aproximei de seu corpo, encostando o meu ao seu. Minha mão fez uma caricia em seu rosto, a fazendo fechar os olhos. Aproximei seus lábios dos meus, depositando um selinho neles.
- Eu sou um imbecil,, mas... Eu descobri que gosto de você de verdade, e aquela garota ontem... Eu nunca quis nada, além de que ela me deixasse em paz. Pode perguntar ao Lou.
Sorriu.
- Não precisa. Eu também não tinha o direito de ficar com raiva, principalmente depois do que te disse.
- Shh... Eu sei. – Me aproximei de sua boca. – Só vamos...
Voltei a beija-la intensamente. E por incrível que parecesse, algo me dizia que eu só precisava daquela garota. Agora e sempre.

(...)


- Eu acho que estou pronta.
- ...
- Eu quero você,Hazza. Eu estou pronta. – Sussurrou em meu ouvido.
Flashback OFF:

Droga! Eu não podia perde-la!
- Volta para mim... - Apertei sua mão. - Por favor, volta... Eu te amo. Me perdoa... - Meus olhos marejaram.
Mesmo que ainda fosse cedo para o tratamento estar fazendo efeito, eu esperava minuciosamente para tê-la de volta. Queria vê-la bem logo, tê-la para mim. Vê-la daquela forma estava me matando. Deitada em uma cama, vivendo por aparelhos, somente por eles. Aquilo era deplorável, porém já não podia imaginar minha vida sem ela.
- , eu sei que você pode me escutar. E mesmo que não possa, sei que não vai desistir de tentar. De lutar. Faz isso por mim, pelos seus amigos, suas amigas e família. Você não imagina o quanto todos precisamos de você. O quanto eu preciso do seu cheiro, toque, beijos e tudo que seja seu.
Depositei um selinho em seus lábios.
O barulho da porta sendo aberta me fez encara-la.
- Oi, querido.
Sorri.
- Como minha princesa está? - A mãe dela me questionou.
- Da mesma forma.
Suspirou.
- Harry, ela ainda não vai acordar. Pode demorar meses, não adianta você ficar aqui. Era isso que ela não queria que você fizesse. não queria te ver assim.
- E de que outra forma eu poderia ficar? Ela está assim... E por mais que o queira, não posso fazer nada a não ser esperar!
- Eu sei,querido. – Os olhos da minha sogra marejaram. – Eu jamais a imaginaria assim por uma simples infecção. Mas é ter fé e seguir em frente. Ainda terremos muitos meses pela frente, querido. O que nos resta é esperar.
Suspirei. Ela estava certa. Só poderia doer menos. Mas nem que fosse a última coisa que fizesse, eu a traria de volta para a minha vida.

’s POV

- ... Oi, querida.
- Peg. – Sorri amarelo.
Ela sorriu falsa.
- , você permite o Niall ficar com outras garotas? – Parei de fazer o que fazia e a encarei. – Mas também, como ele poderia não resistir, não é?! Você sabe muito bem que a promessa ainda mexe muito com ele.
- Do que está falando? Que promessa? Vai logo ao ponto.
Ela sorriu vitoriosa.
- Ele não te contou? Sério que ele escondeu o porquê dessa nossa ligação tão intima? – Fez cara de surpresa.
Aquilo estava me irritando.
- Você vai contar ou não?
- Calma, queridinha, só achei que ele confiava em você ao ponto de te contar que antes que eu fosse embora, nós namoramos por um tempo e que ele prometeu me esperar, e não é que mesmo com você a promessa foi cumprida...
Engoli em seco.
- O que você quer dizer com isso?
- Será que não é óbvio? Ele continua sendo meu, querida, e você sabe tanto quanto eu que aquele beijo não foi acidental coisa nenhuma. Acho que muito pelo contrario, foi bem... Apaixonado. E não teria parado ali se você não tivesse ligado pra ele.
Beijo?
Uma raiva súbita me subiu. Aquela puta estava insinuando aquilo mesmo? O Niall tinha ficado com ela? Por que ele não havia me contado nada daquilo?
Deus, quando eu dizia a ele que ela gostava dele e ele dizia que não... Ele já sabia, se já não havia ficado com ela antes. Quanto burra eu era!
- Não leva a mal, nada pessoal, mas todos merecem um chifre vez ou outra.
Sem pensar duas vezes fui pra cima daquela vadia com todo o ódio que sentia. A surra que era louca para dar nela se concretizaria hoje, naquele momento.
Uma de minhas mãos foi a seu rosto, dando um tapa forte que provavelmente deixaria marcas e a outra, agarrou seu cabelo. Ela tentou puxar o meu, mas eu a joguei no chão ficando sentada em cima dela.
- Sua louca! Me solta!
- Vou soltar, assim que te der uma surra bem dada, sua vadia!
- O que é isso? – Era a voz do Nialler.
Aquilo ocasionou um precipício em meu peito.
- , solta a Peggie! – Ele veio até mim, me tirando de cima dela e apartando a briga.
- Me solta! – Me debati me soltando dele. – Nunca mais toque em mim! Como você foi capaz? – A magoa me corroía por dentro. – Você conseguiu,Peg. Ele é todo seu, pode ficar. Vocês se merecem. Você está livre pra ficar com ela quantas vezes quiser sem a idiota aqui para impedir. Vocês se merecem. Acabou,Horan. Eu cansei. – Parei de encara-lo e sai da cozinha, sentindo meus olhos marejarem.
, calma, não entra em prantos até que saia dessa casa. Não dê mais esse gostinho a ela.
- , do que você está falando? Volta aqui, precisamos conversar, eu não... – Nialler me parou, segurando meu braço.
- Ah não? Por que não me contou da merda da promessa? Ou quem sabe dos beijos entre vocês dois? Quantos foram? A quanto tempo me enganavam? – Joguei dura.
- Como você...
- Quando eu dizia a você que ela gostava de você, me achava louca! Quando você sabia não é?! – O interrompi.
- Foi só uma vez, desculpa. Eu sei que deveria ter te contado, mas sabia que...
- Mas? Não tem “mas”, Niall. Você não acreditou que eu poderia entender, não é?! Achou que o que sentia era tão fraco que não suportaria, por isso não me contou NADA! – O interrompi mais uma vez. – O que dói é saber por ela e não por você! Se você tivesse tido a decência de me contar...
- Não era importante!
- Não? Para mim era. Uma relação mede confiança e a minha em você se esgotou Horan. Você ficou com ela! Sua amiguinha me contou tudo! Mas pode ficar tranquilo que eu não vou mais ficar entre a promessa de vocês. Você agora é livre para ficar com quem quiser, só me esquece. – Me virei, saindo.
Corri até o meu carro e dei partida, enquanto o escutava me chamar.
Adeus, Niall.

’s POV

Peguei meu celular, rolando da cama. Com tanta coisa acontecendo eu havia esquecido. E não era o que eu havia tentado fazer desde a sua morte? Mas aquele maldito dia estava tão próximo... E era por isso que ela estava melancólica.
Nos próximos dias seria o terceiro ano de sua morte, mas eu continuava não pronta para isso. E tudo agora impressionantemente parecia desabar! Era a doente, a gravida (o que seria muito complicado), a minha briga com o Louis por causa daquela vadia e o aniversario de morte do meu pai.
Apesar do tempo passar, a crença de que me acostumaria com aquele dia era alheia a realidade. Funguei limpando as lágrimas. Suspirei e tomei um copo de água da jarra no criado mudo. Passei as mãos nos cabelos e me abracei. Eu sabia que ele cuidava de mim, mas as coisas se tornaram tão difíceis com o tempo...
O soar do meu celular me despertou de meus devaneios.
O peguei, vendo que se tratava do Louis. O que ele poderia querer? Já havia enjoado daquela puta da “amiguinha” dele?
O peguei atendendo.

Ligação ON:

- Alô?
- Eu descobri que odeio brigar com você por besteira.
- O que você quer,Tomlinson?
- , eu juro que ela é só minha amiga.
- Mas ela não te vê só assim. Poxa, entenda o meu lado! Amigo da ex? É sério?
- É só amizade.
Suspirei.
- Até quando? Até ela te agarrar, ou até você perceber que prefere ela?
Ele suspirou.
- Eu não a quero! A única pessoa que amo é você! Poxa, confia em mim!
- Eu confio em você, só não nela.
- Se confia em mim sabe que não vou te trair.
Mordi o lábio.
- Eu não gosto dela. Mas por que essa amizade é tão importante para você?
- Deus, como você é difícil... Porque é,, como qualquer outra amizade.
- Se você percebesse o jeito que ela olha para você... Me faz querer arrancar os cabelos dela!
Ele riu.
- Ciumenta.
- Com ela por perto, pode ter certeza que sim.
Ele suspirou.
- Não vamos mais falar dela tá?! E... Desculpa por ontem.
- Tudo bem, eu também falei coisas que não devia, mas é que ela me tira do sério se insinuando para você.
- Eu vou falar com ela sobre isso.
- Eu não quero você com aquela coisa.
- ... Tudo bem, mas entenda que ela é minha amiga. Prometo falar com ela sobre “está dando em cima de mim”.
- Caso ela não pare eu posso bater nela? – Sorri esperançosa.
Ele riu.
- Mas eu não liguei para falar dela. Liguei porque queria te contar uma novidade. Nos convidaram para uma entrevista daqui a três dias, o que acha? E eu aceitei. Fiz mal?
Mas daqui a três dias seria...
“Você prometeu que se distrairia para a sua mãe no ano anterior”. Mas era um dia tão triste. Um dia que eu preferia passar debaixo das cobertas chorando enquanto relembrava as lembranças, ou ia ao cemitério ficar lá com ele. Tentar alegrar a minha mãe também se tornara um habito nesse dia, mas agora ela passara a viajar tanto, que mal a vejo. Não fazia ideia como estava se sentindo. Enquanto a mim, ainda era muito doloroso lembrar, mas por outro lado, talvez espairecer fosse bom. Sei que seria isso que ele queria que fizesse, e já estava mais que na época de seguir em frente.
- ? Ainda está ai? – Lou chamou, me acordando de meus devaneios.
- Ah, oi. Estou sim, só estava... Pensando.
- E então, você vai?
- Aham. Me busca, tá?
- Tá e... Eu estava pensando em ir pra ai terminar o que fomos interrompidos ontem.
Sorri.
- Hum... Vou pensar no seu caso.
- E agora é assim?
- Sempre fui exigente, meu caro.
- Hum... Eu já estou indo tá?! Nos vemos daqui a pouco.
- Certo, eu estou no meu quarto. Sobe logo aqui. A porta está aberta e eu estou com preguiça de descer.
- E quando você não está?
Mordi o lábio.
- Até já,Tomlinson. – Desliguei.
Ligação OFF:

’s POV

Me joguei em minha cama, sentindo as lágrimas me afugentarem. O soluço preso em minha garganta se fazia presente e aquilo era doloroso demais. Mesmo assim lastimava profundamente, difundindo tudo dentro de mim só em me lembrar dele. Seu toque. Tudo. Era como sentir meu coração sendo rasgado em vários pedaçõs, sem que pudesse fazer nada. Como se aquelas lágrimas pudessem varrer a dor, mas não podiam.
Passei a mão em meu rosto, limpando as lágrimas. Ele não merecia nenhuma, mas droga, eu o amava demais para não me importar.
Rolei na cama e senti algo me furar. O puxei debaixo de mim, percebendo que era um envelope. O peguei e imediatamente as lágrimas cessaram, dando espaço ao medo. Não podia ser...
O resultado do teste feito a tantos meses finalmente chegara. E era dali que poderia vir um futuro no qual seria longe de todos.
O abri e assim que li APROVADA em letras vermelhas e legíveis, comecei a chorar, mas desta vez de felicidade. E, embora achasse que não havia mais espaço em meu peito para tantas emoções, senti que isso não era verdade.
Canadá. Eu havia acabado de ser aceita na faculdade na qual tanto lutei para entrar e sonhara toda a minha vida, e apesar de ser gratificante, meu peito se dividia em duas partes. Felicidade e total destruição.
Meu sonho se concretizaria longe dali. Longe dele, que mesmo que neste instante me fizera sofrer, eu ainda amava ardentemente. Das garotas, que no fundo entenderiam e da minha família que apesar de felizes, sentiriam muito a minha falta, e mesmo que existisse a remota possibilidade de transferência, não era aquilo que de fato queria.
A única coisa que queria era distancia de Londres naquele instante. Dos problemas que aquela cidade havia deixado em mim. Talvez, uma nova vida não fosse tão má ideia. Eu seguiria meu sonho. Seria feliz no Canada seguindo minha nova vida que começaria naquele avião. Desde sempre fui certa quanto há isso, então era hora de seguir .
Peguei o envelope o olhando. Lá estava minha passagem para o Canada e eu iria... Merda. Não... Como daria tempo de organizar tudo? Não importava, teria que dar e daqui a alguns dias estaria eu no Canada. Você se preparou para isso sempre,, era hora de se concretizar. E mesmo que parecesse pouco tempo (o que era), essa era minha única chance e eu não podia perder a oportunidade. Não havia mais o que me prender ali. As garotas entenderiam, os garotos apoiariam, o Niall... Não importava, não tínhamos mais nada.
Ele que quis assim. Ele que me traiu não só fisicamente, mas de todas as formas possíveis, então que me deixasse em paz. Mas será que eu queria mesmo isso? Não seja tola! Claro que quer! Claro que... Quer.

Zayn’s POV

Droga! Garota idiota. Acha mesmo que vai me vencer com um simples não? A minha vida com a mulher que amo foi arruinada por ela e um não de forma nenhuma me fará desistir.
- Zayn? – Me virei, encarando a garota que me olhava, e foi quando a reconheci.
Era a amiga da Clary, a Kelly.
- Eu escutei o que você falou para a Cla e... Eu estava com ela no dia. Foi eu quem confirmei, mas desculpa, eu não podia imaginar que aquela brincadeira sairia de controle.
- Pois é, mas saiu e acabou com meu namoro!
- Eu sei e é por isso que estou aqui. Eu contarei toda a verdade a sua namorada. Pode deixar comigo. Mesmo que a Clary fique com raiva eu irei dizer a verdade a sua namorada. Isso já foi longe demais.
- Isso é sério? – A olhei surpreso.
- É o mínimo que posso fazer. Me desculpe por acabar seu namoro. Na verdade,desculpe nós duas. A Cla gosta muito de você, mas desta vez... Não era para ter ido tão longe.
- Tudo bem. Tudo ficará bem se você cumprir o que diz.
- Eu vou, acredite. É só me dizer quando precisará de mim. Ah, mas por favor, eu não quero que a Clary saiba. A pesar de tudo ela é minha amiga e mesmo que tenha feito algo errado, Cla não vai me perdoar se souber que te ajudei.
- Tudo bem. Eu prometo, ela nunca saberá.
- Obrigada. – Sorriu.
- Eu que tenho que agradecer. Obrigada por salvar o meu namoro.
- Será uma honra depois de quase destruí-lo. Não era a minha intenção mesmo.
Sorri. Eu mal podia acreditar que havia dado certo. Mal podia esperar para a ser minha mais uma vez e tudo aquilo ser resolvido.

’s POV

Hoje eu havia sonhado com ele. Mas o sonho foi tão real, que quase me fez senti-lo aqui. A mágoa que havia em meu peito já não era tão presente como antes. O havia perdoado, de certa forma, mas ao mesmo tempo, ainda era doloroso. Eu negava meu corpo a querê-lo, era o que deveria fazer. Mas algo dentro de mim dizia que não era. Principalmente agora que tinha mais um motivo para estarmos juntos, e eu me sentia tão sozinha...
A iria embora, estava no hospital, tinha os ensaios e a ... A data da morte do seu pai se aproximava rapidamente. Não podia exigir nada de nenhuma delas! Não podia e tinha que resolver tudo aquilo só. Mais cedo ou mais tarde teria que contar aos meus pais e ainda não havia conseguido falar com o Zayn.
O natal se aproximava e a pressão exercida dos meus pais para passar o feriado com eles era frequente. Não podia fugir mais da notícia. Tudo bem, com isso provavelmente eu seria morta e meus problemas teriam um fim.
Peguei eu celular discando o número da minha mãe. Tocou algumas vezes até que a mesma atendesse.

Ligação ON:
- Oi meu amor, já decidiu? Seu pai está ansioso para...
- Mãe... – A interrompi. – É que eu... – Senti meus olhos marejarem.
Como eu contaria aquilo?
- É que eu... Eu...
- O que foi,? – Perguntou preocupada.
- Mãe, me desculpa, tá?! Eu não fiz por mal, me desculpa. – As lágrimas já rolavam o meu rosto.
- Meu bem, o que aconteceu? Me fala. Assim você está me deixando mais preocupada ainda.
Suspirei.
- Mãe... Eu estou grávida.
O silêncio se fez presente na linha e só ouvia meus soluços.
- Mãe, eu não sei o que fazer. Me ajuda, mãe, por favor. – Mais lágrimas vieram.
- Calma, meu bem. Calma,, eu estou aqui, tá?!
Funguei.
- Me perdoa... O papai vai me matar quando souber...
- Calma, meu anjo, com seu pai depois resolvemos. O que você pretende fazer?
- Eu só pensei... Em contar ao pai dele e... Eu não sei mais eu o quero mãe.
- Tudo bem, meu anjo. E você já falou com o pai?
- Ele está viajando, ainda não consegui. É o Zayn, mãe. Mas como a gente terminou...
- Minha menina... Eu vou te ajudar tá?! Não é o que pensava para você, mas já que quer essa criança, vamos fazer isso juntas. Por que não vem passar o natal aqui e decidimos o que é melhor?
- Você vai me ajudar? – Sorri.
- Claro, quem mais você teria? Venha passar o natal conosco e eu te ajudarei e te ensinarei algumas coisas sobre gravidez. Depois vemos o que será melhor. E não se preocupe com seu pai. Logo amansaremos a fera.
Funguei, limpando as lágrimas.
- Achei que iria me matar.
- , não era o que queria para você, mas o que posso fazer? O bebê já está ai, agora é acharmos uma solução juntas. Compra sua passagem e vem o mais rápido possível. Temos que começar o pré-natal.
Ri.
- Eu já sei o sexo. É um menino. – Sorri, passando a mão na barriga.
- E você está de quantos meses?
- Quatro. – Mordi o lábio.
- Deus... Que seu pai demore a perceber... Vá logo trazendo o ultrassom para ele ver e quem sabe se torna mais fácil?!
- É... Obrigada mãe. Por tudo. Eu estava sem chão antes de falar com você.
- Awn, meu amor, eu sou sua mãe e farei de tudo por você. Já, já você será também e entenderá.
Eu sabia que sim.

Liam’s POV

Que inferno de engarrafamento!
- Paul, por que essa demora? – O questionei.
- Eu não sei, Liam, mas fica ai que vou ver. – Falou, saindo do carro.
Olhei pela janela enquanto a imensidão de pessoas se aglomerava. Fiquei os olhando, até que vejo todos darem passagem ao Paul, que trazia consigo um corpo em seus braços. Mas não era qualquer corpo... Eu o conhecia. Não podia ser...
Sai do carro correndo até o meu segurança. Sentindo uma onda de adrenalina me percorrer. Em seu braços se encontrava desmaiada.
- O que aconteceu com ela?
- No carro eu te explico. Volta para lá agora. Temos que levá-la para o hospital. – Paul mandou.
Corri até a porta de passageiros, a abrindo para ele e entrando no banco ao seu lado. Logo ele entrou no carro e os outros o deixaram passar.
- O que aconteceu com ela? – Insisti.
- Ela foi atropelada. A ambulância ia demorar demais. Achei melhor a levarmos.
Olhei para. Ela tinha alguns arranhões e alguns machucados sangrando pelo corpo. Passei meu polegar em seu rosto, sentindo uma onda de medo me percorrer. O que de fato havia acontecido com ela? O que estava fazendo ali? Ela estava bem?
A vi se mexer e abrir os olhos.
- Onde esto... Liam? – Tentou se levantar, mas eu a impedi.
- Não. É melhor você ficar parada.
- Não, eu estou bem. – Sacudiu a cabeça. – Só estou um pouco dolorida.
- Mas você está sangrando. – Insisti.
- São só arranhões. Não vou morrer por isso. – Se levantou. – Se eu for para o hospital, eles terão que fazer mil exames e hoje eu tenho a maior das minhas apresentações. Não posso ficar no hospital.
Eu a olhei.
- Você só pode estar louca se acha que não vamos levá-la para o hospital. Você foi atropelada, caso não se lembre.
- Foi só de raspão, dramático. E você só pode estar maluco se acha que vou. Se me levar eu fujo.
Revirei os olhos.
- Deixa de coisa,...
- Eu não vou, Payne. Por favor, Paul, me leva para o meu hotel.
- A garota mal acorda e já vai mandando... Nada disso, Paul. Vamos para a minha casa. Lá ligamos para o Dr. Collins.
- Liam, eu tenho que ensaiar para a apresentação hoje! – Protestou.
- Mas você acabou de ser atropelada. Eles vão entender. Agora fica quieta ai e não reclama.
- Achei que não se importava comigo.
Eu também, mas pelo visto não é bem assim. Por mais que tenha me magoado, não gosto da ideia de te perder completamente. Muito menos a de você se machucar. Por que tudo não era tão fácil? Eu poderia a ter deixado lá e... Deixa de mentir Liam. Você não faria isso nem em um milhão de anos, principalmente com a garota que você insistia em negar não sentir mais nada, quando sabia que estava mentindo para si mesmo.
Suspirou.
- Tudo bem, eu vou. – Se ajeitou no banco. – Mas para todos os efeitos eu continuo bem.
A olhei de rabo de olho e percebi o cansaço em seu olhar. Ela me olhou me analisando.
- O que foi? – A questionei.
- Nada. – Deu de ombros. – Obrigada por ainda se preocupar.





Capítulo 19



“Ame o que você tem. Antes que a vida te ensine a amar o que você tinha. – Clarice Lispector”.


’s POV

O doutor saiu do quarto me deixando só. Me sentei na cama, passando as mãos nos cabelos, os arrumando. O barulho da porta sendo aberta me despertou, mas não precisei nem olhar quem era para saber. Só havia nós dois na casa. Depois que o Paul nos deixara, não tardei a perceber isso, e mesmo que a ideia não parecesse agradar ao Liam, ele era educado demais para me mandar embora e dane-se o que ele queria. Eu estava adorando estar ali.
- Eu disse que estava bem. – Me levantei.
- O doutor me falou, mas recomendou você ficar de repulso. Você foi atropelada, mesmo que não tenha sofrido aparentemente nada.
Dei de ombros.
- Tudo bem. Mais um ou menos um médico me dizendo o que devo fazer não fará diferença. – Suspirei.
Ele jamais entenderia do que falava. Além do que, não queria que entendesse.
- Ah, eu posso te fazer um último pedido antes de passar por aquela porta e ir embora?
Ele assentiu relutante.
- Podemos conversar?
Suspirou.
- A gente já conversou demais.
- Por favor... Me deixa explicar direito. Eu não estou aqui para te roubar da sua namorada. – Pelo menos não mais depois da noite da apresentação. – Eu só quero que escute o meu lado.
- ... Isso é passado. Não importa mais.
- Se não importa mesmo, por que mal consegue me olhar na cara?Por favor, Liam.
Ele suspirou. Parou e pensou por um tempo até assentir.
Sorri. Finalmente ele me daria à chance de explicar tudo. Finalmente teria a oportunidade de fazê-lo entender o que de fato aconteceu. Contei tudo que de fato aconteceu naquela noite, como bem me lembrava. Não conseguira esquecer nada desde que havia acontecido.
Ele me olhava enquanto eu narrava e impedia a ele de comentar qualquer coisa. Quer dizer... Na verdade ele não tentava protestar ou falar qualquer coisa. Suas feições naquele instante eram indecifráveis para mim e aquilo me causava uma onda de medo, que percorreu minha coluna.
- Então você está dizendo que o cara era o mesmo Victor; seu ex, e que você não estava se pegando com ele porque queria?
- É. Mais ou menos nesse raciocínio.
- E quer que eu acredite nisso? Uma pessoa não fica com outra quando duas não querem.
- E você acha que acontece estupro como? – Suspirei. – Eu não estou mentindo Payne. Não mentiria para você.
- Como não mentiu quando nos beijamos na casa da minha avó?
O encarei. Aquilo fazia tanto tempo, que nem ao menos eu havia me lembrado.
- Naquela época... Você ainda acredita que eu queria brincar com você não é? – Senti uma lágrima solitária descer de meus olhos.
A limpei rapidamente, sem poder mais encara-lo. Aquela afirmação constatou uma dor imensa em meu peito. Olhei para além dele, afim de não encarar aqueles olhos, pois a dor que eles provocariam em mim seria 100 vezes mais que a que carregava meu peito naquele instante.

COLOQUE ESSA MÚSICA PARA TOCAR

- Porra, Liam! Se não quiser acreditar nessa bosta, não acredita. Eu fiz o que eu podia! – Eu estava cansada e magoada.
- O que você quer? Que eu diga que está tudo bem? Que eu diga que acredito, sem nem ao menos saber se acredito ou não?
- Não! Eu só quero... Você. – Me aproximei dele, passando a mão em seu rosto. – Olha nos meus olhos... Acha mesmo que eu não te amo? – Levantei seu queixo, fazendo com que Liam encarasse meus olhos.
Ele permaneceu os olhando e desviou para minha boca, que sem mais hesitar o beijou ardentemente, mostrando toda e qualquer saudade que sentia. De sua pele, seu cheiro... Dele.
Fechei os olhos e deixei o beijo reverberar por todo meu corpo. O cheiro dele, uma fragrância amadeirada e herbal, me acalmava e agitava ao mesmo tempo. Seu cabelo era muito macio, quase suave demais para um rapaz. As mãos dele tocavam meu rosto, meu pescoço e meus cabelos como se ele estivesse me descobrindo, como se eu fosse a primeira garota que ele beijava. Aquilo fez com que eu me sentisse especial. Ele acariciou meu cabelo cortando o beijo.
- Eu te amo tanto...– Falei com a testa encostada na dele. – Me desculpe por tudo isso.
- Eu não posso ficar com você. – Se afastou de mim. – Eu sinto muito.
Aquelas palavras doeram mais que tudo. A dor emocional provocada por elas foi direto ao meu coração, o machucando mais ainda. Era como um balde frio em minhas esperanças. Tudo havia acabado definitivamente e agora eu entendia. Não tinha mais o que fazer. Mesmo que a pouco aquele beijo tivesse parecido o mais apaixonado de nossas vidas, só valia para mim. Eu já não podia fazer mais nada. Era tarde demais. A vida dele havia continuado.
Me afastei pronta para desistir. O que mais eu faria? Ele não me queria. Seguiu em frente enquanto eu parei no tempo. Tinha que aceitar que nesta nova vida do Lee já não me cabia mais.
- Dane-se. – Payne me segurou pelo braço e me empurrou na parede.
O encarei sem entender nada. Ele sorriu, enquanto pressionava seu corpo contra o meu.
- Você me ama e eu... Eu acredito em você.
Sorri com aquilo e Lee pressionou nossos lábios, iniciando um beijo calmo e terno. Eu tentava apenas saborear o toque de Liam e todas as sensações que o mesmo me proporcionava naquele momento. Me recordando de tudo que podia ao máximo. Enquanto sentia um torvelinho de emoção acompanhar o breve beijo.
Ele se afastou e passou o polegar pelos meus lábios.
- Eu te amo . Até mais do que deveria.
Sorri, voltando a me aproximar de seus lábios iniciando um beijo ardente, cheio de saudade, provocando em mim sensações que eu nem imaginava serem possíveis. Logo senti Lee descer seus beijos para o meu pescoço e eu arfei para trás, tentando aproveitar ao máximo a sensação.
Senti aquelas mãos fortes me apertarem mais contra si. Seu desejo era mais que evidente, assim como o meu. Era como se fosse possível que nos expandíssemos um no outro. Como se para ter certeza de que não era um sonho, de queambos estávamos mesmo ali. Que eu era completamente dele. Liam me impulsionou e eu enlacei minhas pernas em seu quadril.
Payne não esperou para me levar até a sua cama, me deitando com cuidado. Voltamos a nos beijar, enquanto ele tirava minha blusa com carinho.
- Liam... – Cortei o beijo, sentindo o nervosismo me percorrer.
- Você quer parar?
Respirei fundo. Não, eu não queria.
Me aproximei dele o beijando novamente, enquanto tirava sua camisa.
- Não. – Sussurrei. – Eu quero com você.
Depois daquelas palavras ditas, ouve um momento de entrega de ambas as partes. Payne estava decidido a fazer aquela noite memorável para nós dois. Ele faria o melhor que podia para mim, sendo completamente atencioso e cuidadoso para não me machucar.
As caricias, os momentos de prazer inexplicáveis em quaisquer palavras. Quando duas pessoas se entregavam um ao outro de tal forma, nada seria mais forte, ou capaz de desfazer nada ali. O sentimento de um pelo outro mostrado em cada parte, tinha acabado de ser demonstrado e comprovado pelo ato a pouco acontecido.
Não tinha sido apenas desejo carnal, mas amor de ambas as partes. Tinha sido a maior e mais linda prova de amor vivenciada por ambos, que agora estavam entregues um ao outro.

Liam’s POV

Abri os olhos percebendo o quarto escuro. Peguei meu celular e iluminei um pouco, percebendo que a ainda dormia. Já se passava das 21:00h e já podia imaginar ter alguém em casa. Me aproximei dela, roçando meus lábios em seu pescoço, a vendo se mexer. Depositei um selinho em seus lábios.
- Nossa, que forma boa de acordar... – Sorriu.
- Digo o mesmo. – A puxei para meus braços.
colocou a cabeça em meu peito e começou a fazer círculos com os dedos naquela região.
- Liam, como a gente fica? – Se afastou, me olhando. – Eu sei que você sente alguma coisa pela Sophia e que vocês namoram.
Suspirei. Eu havia esquecido de tudo aquilo enquanto a tinha em meus braços e agora me sentia um idiota, por ter dito ou feito tantas coisas para afasta-la. Era perceptível em seus olhos o quanto falar da minha amiga doía.
- É... Eu menti. – Ela me olhou confusa. – A Sophia é só minha amiga, . Nunca tivemos nada além disso. Até tínhamos tentado começar algo, mas devido a tour e tudo mais, paramos só na amizade.
Ela tentou disfarçar um sorriso, o que a fez fazer uma careta. Ri com aquilo.
- Então você ainda está solteiro?
- Não mais. – A puxei de volta para mim. – Quer dizer... Se você não estiver com aquele carinha da apresentação.
Ela voltou a me encarar.
- O Juan? Credo, ele é gay! – começou a rir.
- Ele não me pareceu gay enquanto te abraçava do dia da apresentação.
- Então quer dizer que ficou com ciúmes? – Se aproximou de mim. – Mas relaxa. Ele é 100% gay.
- Melhor assim. - A abracei, a puxando para um selinho.
- Hum... Amor você sabe que hora é? – Perguntou cortando o beijo.
- Umas 21:00h por quê?
- Já? Droga, eu tenho que ir. – Saiu dos meus braços enrolada com o edredom, enquanto recolhia as roupas. – Me liga depois?Se você ainda tiver meu número. – Me olhou.
- Nunca apaguei. – Sorri. – Mas já? Por quê? Tem apresentação hoje?
- Tem e eu ainda tenho que ensaiar. É lá para as 23:00h, mas eu não ensaiei hoje.
- Vai mais tarde. Não passei esse tempo todo sem você, para quando nos acertamos você ir. Eu te deixo depois lá. Quem sabe não vou até te assistir?
- Que proposta tentadora... Vai mesmo me deixar?
Assenti.
- Acho que vou deixar o ensaio para amanhã. – Sorriu, voltando para a cama.
- ?
- Hum? – Se deitou em meus braços.
- Quando você pretende voltar pra Albuquerque? – Beijei o topo de sua cabeça.
Apesar de não gostar daquela conversa, teria que saber. Da outra vez não saber, custou muito caro. Não queria correr o mesmo risco.
- Pretender... Eu não pretendo, mas a sua sogra espera que retorne... Depois de amanhã. – Falou essa última parte baixo.
- Já? Só vamos ter um dia juntos?
- Eu vou dar um jeito de falar com ela.
- Então dorme aqui. – A apertei mais em seus braços. – Não matei a saudade.
- Convite tentador, porém não posso. Tenho que voltar para o hotel hoje. Amanhã temos ensaio para a última apresentação logo cedo.
- Então temos menos tempo juntos?
- Desculpe amor, mas é importante para mim. Amanhã irão assistir pessoas muito importantes e dependendo do nosso desempenho, estou concorrendo uma bolsa noThe Royal Ballet School.
- E você vai conseguir. Eu vi você dançando. É perfeita! Só queria que passasse mais tempo em Londres. – Fiz bico.
Ela sorriu como se tivesse acabado de ter uma ideia.
- O que acha de conhecer seus sogros?

Louis’s POV

Sai do meu camarim indo direto para o da . Apesar dela não estar muito feliz hoje, e isso não havia me dado qualquer motivo, tentava disfarçar a qualquer custo, mas eu estava decidido a mais tarde saber o porquê e mesmo que ela não quisesse me contar, eu descobriria.
Passei pelos corredores chegando à porta de seu camarim que estava aberta. Mas me surpreendi ao vê-la conversando animadamente com um cara que a fazia rir. – Mas há pouco nem eu havia conseguido isso... - Aquilo me fez prestar atenção na cena, enquanto uma pontada de ciúmes impregnava em mim.
- Hey Louis... – Olhei para trás, com o coração na mão por ser pego.
- Espiando a namorada? – Agnes se aproximou de mim. – Relaxa. Depois de tudo que ela já passou, acha mesmo que vai desistir de ficar com você?
A encarei sem entender sobre o que ela estava falando.
- O que? Acha que namorar você é fácil? Eu lembro bem o que a Eleanor passava. Pessoas do mundo todo te odiando, loucas para o fim do seu relacionamento. Esperando só um errinho seu para te julgar. E não podemos esquecer das Larry shippers. Não é tão fácil namorar você como parece. A mesma pressão que vocês sofrem, elas sofrem 100 vezes mais.
- Falando assim, até parece que namorar comigo é a pior coisa para uma pessoa.
- Ai Lou desculpa, eu não quis falar assim. Mas se ela ama você não vai se importar. Relaxa. Agora para de ficar vigiando ela. Vocês entram em quinze minutos.
Assenti a vendo se afastar.
Passei as mãos nos cabelos, afim de tirar aquilo de minha cabeça. – A nunca havia me falado nada daquilo, então obviamente era porque não se importava. Talvez fosse algo que ela poderia suportar, mas... Droga Tomlinson, esquece isso. Essa garota te ama e a última coisa que você pode fazer é magoa-la pensando coisas desse tipo.

(...)


- O que foi que aconteceu para você passou o dia assim? – A questionei enquanto entravamos em sua casa.
- Nada. É só que... Por favor, não quero falar sobre isso. O que acha de comermos algo? Estou simplesmente morrendo de fome.
- E deixa eu adivinhar... Você vai querer que eu vá cozinhar para você?
- Bom garoto, não precisei nem pedir.
Revirei os olhos, jogando minha mochila no sofá. Segui para a cozinha enquanto ela ficava na sala. Daria aquele desconto a ela, só por hoje.
Fui até a geladeira e peguei alguns ovos para fazer um omelete. Coloquei na bancada e peguei uma panela.
- “Foi ótimo aquele dia Louis, o que acha de repetirmos? XxEls”.
Me virei encarando a minha namorada que tinha meu celular em mãos.
- Então quer dizer que anda se encontrado com essa biscate? Achei que tivesse dito que não iria se encontrar mais com ela.
- foi você que me pediu isso, eu não disse nada, além do que, não fui eu que a chamei. Ela que apareceu lá em casa ontem.
- E custava pelo menos me avisar? – Gritou.
- Pra quê? Pra você ficar assim? – Já começava a me irritar.
- Não! Para não acontecer à mesma coisa que aconteceu com o Niall, se já não aconteceu!
- O quê? Eu não te trai com ela.
- Por enquanto...
- Que inferno! Não confia mais em mim? Sempre é Eleanor no meio das nossas brigas.
- Só pelo simples fato de você querer continuar essa amizade com ela!
- Só pelo fato de você não confiar em mim, o quanto confio em você!
- Por favor... A questão não é essa! A questão é... Essa merda de amizade!
- você não confia em mim! Se eu digo que não tem nada, não tem.
- Da mesma forma que não tinha com o Niall e a Peg?
- PARA DE NOS COMPARAR COM ELES!- Gritei.
- Não paro! Sabe por quê? É exatamente isso que vai acontecer se você insistir nessa amizade. Você me disse que iria parar Louis!
- Parece que você se importa mais com ela, do que comigo!
- Porque você já escolheu ela uma vez! Porque cedo ou tarde você vai querer ela. Você a quer!
- E é o que você vai conseguir com essas brigas todas! – Gritei irritado.
- Seu imbecil! Saia da minha casa! Fica com sua amiguinha, eu desisto! Quer tanto ficar com essa amizade, fica, mas sem mim.
- Deixa de ser infantil ! Você quer terminar mesmo por causa de uma amizade?
- Porque desde que ela chegou só fazemos brigar e eu estou cansada disso Louis! Cansada! Cansada de lutar contra a Eleanor e o mundo! Sendo que você fica do lado dela, ou de qualquer pessoa! – As lágrimas começaram a embaçar sua visão.
Aquilo me fez parar. Vê-la naquele estado... Logo ela?

“O quê? Acha que namorar você é fácil? Eu lembro bem o que a Eleanor passava. Pessoas do mundo todo te odiando, loucas para o fim do seu relacionamento. Esperando só um errinho seu para te julgar. E não podemos esquecer das Larry shippers. Não é tão fácil namorar você como parece. A mesma pressão que vocês sofrem, elas sofrem 100 vezes mais.”

- Acabou.
Ela parou.
- O quê? – Sua voz tinha um timbre menor do que da outra vez.
- Não era o que queria? Acabou . Eu prefiro ela esqueceu? É ela quem eu quero. Minha opção.
pegou um jarro de vidro que tinha ao seu lado e o arremessou contra mim. Eu desviei faltando milímetros antes de encostar em mim.
- Vaza! Sai da minha casa seu idiota! Vai atrás daquela vadia! Eu odeio vocês dois! Que favor você me faz tendo terminado Louis... Que favor! – Jogou minha bolsa em meus pés.
Eu a encarei perplexo. Ela limpou as lágrimas e foi até a porta da frente a abrindo.
- Por favor, quando minha mãe chegar ela vai brigar se vê que coloquei o lixo para dentro de casa. Então... É melhor você sair.
Abri a boca tentando falar qualquer coisa, mas não saiu nada.
- Vai sair ou não? Eu tenho coisas a fazer. Não preciso de você me atrapalhando ou sei lá o que havia feito todos esses messes de relacionamento.
Me abaixei pegando minhas coisas. – Era aquilo mesmo que ela queria? Que eu terminasse? Tudo havia sido um teatro?
- Vai Tomlinson. E obrigada pelo favor. Eu não tinha ideia de como poderia terminar com você. – Fechou a porta em minha cara e eu fiquei ali parado, ainda tentando absorver tudo aquilo.

“Mas se ela ama você não vai se importar.”.

Pois é Louis. Você se enganou todo esse tempo.

’s POV

Desci pela porta, sentindo meu corpo fraquejar e as lágrimas rolarem. Era demais para mim. Primeiro a minha mãe que não estava ali. A que iria embora amanhã! A que embarcara hoje. A que estava internada. A que logo voltaria para Albuquerque. O terceiro ano da morte do meu pai e o que eu ganho? Um fim de namoro, tudo pelo fato do meu ex-namorado seguir um próprio conselho meu. Ficar com a princesinha. Parabéns , que inteligente você é!
Draga, eu tinha que insinuar tudo aquilo? E ainda por cima fingir não me importar quando estava morrendo por dentro? Que boa artista você é... Parabéns, perdeu tudo. Como é não ter mais nada?Nada. Nada. Nada.
Limpei as lágrimas do meu rosto, me levantando. Abri a porta e sai andando pelas ruas frias de Londres. Não ter nada... Talvez fosse dali que devesse começar. Se não tivesse mais nada, não daria motivo para me decepcionar. Assim elas nunca iriam embora.

(...)


Entrei no barzinho, sentindo todos os olhares se caírem sobre mim. Não tratei de me importar. Fui até o bar me sentando em um dos banquinhos, vendo um homem de aproximadamente 50 anos que pelo que aparentava era o dono do estabelecimento se aproximar.
- O que a mocinha deseja?
- O que tiver de mais forte ai.
Ela sorriu.
- Pra já.
- Jorge pode colocar na minha conta. – Um cara sentou ao meu lado.
- Eu tenho dinheiro. Não preciso que ninguém pague nada para mim.
- Opa... E quem disse que precisa? Trás duas Jorge. Uma para mim e pra...?
O encarei. Ele tinha o sorriso levemente abusivo. Um motoqueiro, bem novo para estar ali. Os cabelos dele eram desgrenhados, mas estavam bem aparados. Com uma jaqueta de couro e calças jeans surradas. Mas de fato tinha que concordar. Ele era muito gato.
- Posso saber o nome da garrota que vou pagar uma bebida?
- Já disse que não preciso.
- Marrenta. Das minhas. Já que não aceita minha bebida, me diz ao menos o seu nome.
Revirei os olhos.
- Se eu disser, você me deixa em paz?
- Por que não tenta?
Revirei os olhos. – Que saco!
- . Satisfeito? – Sorri amarelo.
- Muito... É um prazer te conhecer gracinha... – Se levantou. – Não vá embora sem mim. Ainda estou te devendo uma bebida. – Saiu sem que eu pudesse dizer nada.
Quem aquele garoto achava que era?

’s POV

- Obrigada por comparecer.
- Ei... As outras só não estão aqui, porque não conseguiram.
A olhei de rabo de olho claramente irritada.
- A não veio porque não quis!
- alguma coisa deve ter acontecido para ela não está atendendo nossas ligações. Além do que, você sabe como ela fica no aniversario da morte do pai.
Suspirei.
Ela estava certa. Ela só deve não estar bem, mas caramba, era o último dia que nos veríamos. Eu estava indo para o Canada e não sabia quando iria voltar. Iriamos passar o natal e ano novo separadas! Isso nunca havia acontecido.
Escutei a primeira chamada do voo ser anunciada, mas pela primeira vezes na vida, mesmo sabendo que era o que me preparei para fazer, uma parte de mim não queria ir. Era a última vez que eu deixaria tudo ali para seguir em frente e “nunca mais voltar”. Tudo seria novo e uma corrente de medo me percorria, porque a parte de mim que queria se agarrar a tudo ali, ainda persistia em me domina. A parte em que esperava vê minha prima e meu... ex entrando por aquela porta, ainda era presente.
Mais uma chamada.
me olhou. Ela sabia bem o que eu estava tentando fazer. Ela havia feito o mesmo quando voltou para Albuquerque no começo daquele ano, e agora ali estava eu, esperando o último fio de esperança.
Para com isso . Você se preparou para isso sempre. Deixa tudo e segue. Como se fosse fácil... Eu amava tudo ali. Havia me tornado quem era em Londres. E no entanto estava deixando tudo para trás para começar de onde eu não conhecia nada por um sonho. De longe era a coisa mais difícil que fazia.
Talvez por que aquela escolha refletia no fato de deixar todos que eu amava e... Ele, que por mais que tivesse me esquecido por aquela baranga, eu amava até demais.
Olhei para trás, como se ainda tivesse esperança que ele estaria ali. Tinha esperança de que ele viesse até mim, pedindo que ficasse. Dizendo que me amava e que daríamos um jeito. Que ele tiraria a Peg da vida dele e podíamos recomeçar. Isso era o que eu de fato queria e esperava. Mas como ele estaria, se não se importava? Se quer sabia que eu estava indo.
Não, eu não havia tido coragem de conta-lo. Doeria demais vê-lo não se importar, ou dizer que seria o melhor, mesmo sendo verdade, eu não queria escutar aquilo da sua boca. Porque se ele se importasse, estaria aqui, não é? Mas invés disso, não foi uma única vez atrás de mim. Não ligou, mandou mensagem ou sei lá... Qualquer coisa como fez da primeira vez, mas não. Nada aconteceu.
Escutei a última chamada sendo feita e a me olhou como se dissesse “Senti muito”.
- Eu tenho que ir. – Suspirei.
Ela me abraçou forte e eu me despedi, pegando meu casaco e passaporte, com tudo que precisaria. Olhei mais uma fez e como das outras mil vezes. Nada.
Pois é , você deixou de importar para ele. Agora siga.
Entreguei meu passaporte e assim que o recebi de volta, olhei para trás. Ele não estava lá. Nunca estaria. Eu que era tola demais para perceber isso, mas assim que esse avião pousar no Canada eu serei uma nova pessoa. Não pensaria mais em Niall. Pois no lugar que havia o último fio de esperança, tinha ficado vazio, ao avião decolar.
Adeus Niall, e agora eu prometo nunca mais voltar.

’s POV

- Sua mãe e eu tomamos uma decisão. – Meu pai me encarou e eu senti minha garganta seca.
Pois é, eu e minha mãe havíamos contado a ele. E como vocês podem imaginar, ele surtou, mas depois que mostramos o ultrassom e o sexo do bebê, ele adorou a ideia de ser avô de um garoto. Não era nem de longe o que sonhavam para mim, claro que deixaram isso bem evidente, mas nada poderia se fazer mais.
- O quê?
- O que acha de ficar aqui até o bebê nascer? Nós queremos que você se forme e que seja alguém na vida. Por isso... Queremos que você pense . Você sozinha não teria como cuidar dessa criança, então...
- Filha o que acha de morar com a gente até você se formar? Depois que juntar um dinheirinho pode voltar para Londres quando tiver estabilidade para vocês dois. Aqui eu posso te ajudar e seria ótimo ter uma criança em casa. – Minha mãe interrompeu meu pai.
Parei analisando aquela proposta. Passar tanto tempo ali... Mas em Londres, tudo seria mais difícil só e tinha que estar preparada para se o Zayn não nos quisesse. Não o quisesse. Ali eu teria minha mãe. Tudo seria mais fácil e de fato seria o melhor lugar para ele ser criado. Em uma cidadezinha, longe dos paparazzis.
- Tudo bem. Eu aceito. Eu vou morar com vocês.
- Ótimo. Vai ser maravilhoso te ter em casa novamente minha filha.
Sorri abraçando meus pais. Eu não podia esperar nada melhor deles.
- Obrigada por nos aceitarem e me ajudarem. Sem vocês, eu não sei como poderia fazer.
- Que isso filha... Mas eu estava pensando... Já escolheu o nome do meu neto?
- Não pai. O senhor já tem alguma ideia? – Pisquei para a minha mãe.
Claro que ele tinha, caso o contrario não estaria falando aquilo.
- Já que insiste... – Ele tirou o celular do bolso. – Eu estava passando aqui e encontrei esses. – Me entregou o celular.
Eu e minha mãe rimos. Aquilo era bem a cara dele.

(...)


Me deitei em minha cama, pegando meu celular, percebendo que havia uma mensagem do Zayn. Meu coração começou a palpitar. Eu havia decidido. Se ele não quisesse assumir essa criança eu continuaria com os meus pais, e se ele quisesse, também continuaria aqui. Mesmo que ele assumisse nosso filho, isso não mudaria nada do que havia descoberto. Mesmo que a saudade emanasse de todos os meus poros, e me sentisse a mais fraca por isso, ele havia me enganado! Tinha que permanecer forte. Lembrar de tudo para não vacilar. Não podia passar por cima disso. No entanto... Eu não havia feito o mesmo com o Steven? Mas eu não o amava mais. Porém ele sim. Então oMalik não me amava mais? Ele havia feito do mesmo modo que eu. Levado adiante até quando o outro descobrisse. Na hora da raiva, não havia prestado atenção em tais detalhes. Ele tinha feito igual a mim, e quanto burra fui por o julgar. Já estive do outro lado e bem sabia como era.
Então era tudo aquilo. não importa mais. Você tem um motivo maior. Um filho. Você não pode largar tudo para voltar para Londres. Por mais que entendesse o lado do Zayn, agora era mais claro que ele não sentia mais nada por você e mesmo que para ele um filho fosse motivo para ficarem juntos, para você não. Então esqueça esse amor e viva pelo seu filho. Só por ele.
Eu continuaria ali e Zaza seria apenas o pai do meu filho. Era isso.
Balancei a minha cabeça. O que diabos estava acontecendo comigo? Por que estava agindo daquela forma? De fato eu queria que aquele assunto ficasse no passado. Eu estava perdida demais para falar com o Zayn ou ter qualquer contato com ele por enquanto.
Joguei meu celular longe o bastante de mim. Eu me manteria longe dele até janeiro. Depois dali resolveria meus problemas. Depois dali tomaria qualquer decisão em relação ao Malik. Por enquanto, da única coisa que tinha certeza por tempo, era que faria o que meus pais haviam decidido. Isso até agora.

’s POV

- Como descobriu onde era a minha casa? – Arqueei as sobrancelhas.
- Eu tenho minhas fontes. Mas não vim aqui para falar disso. O que acha de darmos uma volta?
Olhei para além dele, encontrando uma moto. Senti uma corrente fria me percorrer.
- Está com medo? – Me desafiou.
- Eu com medo? Vamos nessa. – Falei saindo de casa e trancando a porta.
Ele sorriu e veio logo atrás de mim, me entregando um capacete. Subiu na moto e a ligou. Subi e coloquei meu capacete.
- Só para saber... Como é o nome do meu sequestrador?
- Jacob. – Sorriu cafajeste dando partida.
Uma corrente de medo passou pela minha coluna, mas logo se afastou. Me agarrei mais a ele, enquanto o mesmo ia mais rápido e eu sentia a brisa fria em contato com meu rosto bagunçar meu cabelo.
- O que acha de passarmos em um lugar?
- Eu ainda tenho spray de pimenta em minha bolsa, então...
Ele riu.
- Garota prevenida. É das minhas.
Revirei os olhos.

(...)


Jacob havia me levado a uma espece de bar de estrada. Lá haviam pessoas bebendo, jogando e mesmo que aparentemente não parecesse um lugar “agradável” não era tão mal como aparentava. Muito pelo contrario. Não era a primeira noite que frequentava um lugar como aquele. Há algumas noites atrás havia ido a outro, e foi exatamente lá onde conheci o Jacob e era por isso que estava metida nessa.
Após alguns copos o idiota havia me convencido a dar meu celular e desde então ficamos conversando, até que hoje misteriosamente ele aparece na porta da minha casa. Me pergunte como ele descobriu onde era, que eu te direi. Não faço a mínima ideia.
Desde que me separei do Louis, as noticias haviam corrido mais rápido do que imaginava e o mesmo, nunca mais havia visto. O que era ótimo. Além do que, eu não o queria vê a hipótese nenhuma.
Enquanto as últimas noticias... Amanhã era véspera de natal. Muito bem, o aniversário dele e... Foda-se, eu não me importo. E de fato eu vinha me afastando das meninas. Tanto que nem ao menos havia ido deixar a minha prima no aeroporto. Não pude. Eu havia chegado em casa as seis da manhã e acabei perdendo a hora. Sem falar na ressaca que tive. Mas me dá um tempo. Eu merecia fazer isso depois do que havia passado.
Outra coisa era que as meninas nenhuma estavam aqui, exceto pela que estava em um hospital. A havia voltado para Albuquerque com o Liam. Passariam o natal lá com a família dela e eu estava aqui, só e abandonada. Quer dizer... Minha mãe estaria aqui, mas como eu não vinha falando com ela desde que no aniversario da morte do meu pai não estava aqui, pretendia não passar com ela.
- Aqui está sua bebida. – Jac me entregou minha bebida.
- Valeu. – Agradeci a pegando e bebendo um gole.
Ela desceu queimando minha garganta.
- O que vai fazer amanhã?
- Nada.
- Não quer ir lá pra casa? Não é muito grande, mas deve quebrar um galho.
- Passa para me pegar? – O olhei de rabo de olho.
- Você sabe que sim.
- Te espero as 22:00h. Não vá se atrasar.

Harry’s POV

Que ótimo natal seria o meu. Lá estava eu. Ao lado dela que continuava na cama de hospital sem nenhuma melhora. Eu estava frustrado com aquilo. Nenhuma novidade nem nada! A tal altura, já era para a mesma ter dado qualquer sinal de melhora, mas não acontecia nada e a cada dia eu me via mais longe de a ter novamente. Mas eu continuava ali e continuaria até quando precisasse.
Olhei para a janela. Os flocos de neve a tal altura já começavam a cair e a única coisa que eu podia desejar, era que ela acordasse. Era só isso que eu queria. Nada além daquilo.
Suspirei voltando a me sentar na poltrona. Peguei um dos livros que havia trazido e comecei a ler para ela. Pelo menos passaríamos o natal juntos e só o fato de passar o tempo com ela seria suficiente por enquanto. Era tudo que me restava.
- Não faz ideia de quanto torço para acordar. – Fechei o livro.
Me levantei e fui até ela. Passei a mão em seu rosto fazendo um carinho. Beijei seus lábios que permaneciam gélidos pelo clima. Apertei sua mão, mas nada aconteceu. Como das outras mil vezes que fiz.
Me afastei de sua cama e sai do quarto. Caminhei pelos corredores, encontrando alguns médicos, enfermeiras e pacientes que assim como eu passariam o natal ali. Peguei meu celular, e quando cheguei em uma parte mais distante de todos, disquei o número da minha mãe.
Tocou algumas vezes até que ela atendesse.

Ligação ON:
- Feliz natal meu amor. Alguma novidade?
- Feliz natal mãe. Não, ainda nada.
- Sinto muito querido, mas tenha paciência.
- É o que mais estou tendo! Mas já faz um mês mãe! E nada mudou. Nada! Eu a quero de volta, no entanto vejo essa probabilidade mais distante a cada dia.
- Querido eu entendo, mas você terá que ser forte. Ainda faltam dois meses em média.
- Eu sei. – Suspirei. – Ela era mais forte que eu. Mãe eu não posso perde-la.
Senti meus olhos marejarem.
- E você não vai meu filho. Já, já ela estará ai e vocês estarão juntos.
- É o que me digo todo o dia, mas a vê daquela forma... Me faz me sentir mais culpado ainda por não ter ficado do lado dela antes. – As lágrimas correram pelo meu rosto.
- Harry ela quem quis assim. Ela não queria que você ficasse assim e olha como você está meu filho.
- Eu a amo mãe. Não quero a perder. Muito menos depois das coisas horríveis que disse a ela. Se ela morrer pensando nelas, eu nunca me perdoarei.
- Hazza não pensa assim. Ela logo ficará bem filho, e você poderá dizer a ela o que de verdade sente.
- Espero que sim. Porque se não for, eu não poderei suportar.

Niall’s POV

Ela havia ido embora. E havia a deixado ir. Era isso que eu deveria fazer. Eu era um idiota por a ter machucado. Por a ter traído e por não ter sido sincero com ela. merecia mais e agora ela havia ido seguir seu sonho. Como sempre foi o que a mesma quis.
Quando ela havia ido embora da minha casa, eu lembro bem o que senti. Perda. Um sentimento profundo e capaz de me causar uma dor lastimável. Até brigado com a Peggie eu tinha, afinal ela não tinha o direito de contar! Mas isso era uma questão há fora. Já havíamos conservado e eu entendi que ela se sentia mal escondendo aquilo. Também, quem deveria ter conversado e esclarecido tudo com a era eu, então não tinha que a culpar por ter feito algo que não tive coragem de fazer.
Pensei em ir atrás da , mas a Peg me impediu dizendo que era melhor esperar ela se acalmar por alguns dias. Ela não me escutaria naquela hora e de fato minha amiga deveria está certa. E foi o que fiz. Não liguei, não mandei SMS, nem nada do tipo. Daria o tempo que a mesma precisava para engolir toda aquela história, porém no outro dia a primeira coisa que ganho é uma pergunta de como vou fazer para aguentar sem a em Londres. Claro que sem ter ideia do que o Louis falava achei que o mesmo tivesse louco, mas assim que me explicou compreendi.
Quando ela pretendia me contar? Agora que estávamos separados, ela não teria mais essa obrigação. Mesmo assim, no mesmo instante peguei a chave do meu carro para ir até a casa dela, mas na saída encontrei a Peggie que me convenceu a pensar antes de fazer qualquer coisa. Esse era o sonho da , algo que a mesma sempre buscou e que eu seria um canalha ao impedir. Não era a primeira vez que me encontrava naquele dilema e como na primeira vez, deixei que ela seguisse seu sonho. Não seria justo eu ter seguido o meu e a privar do seu. Sabia o preço que os sonhos costumavam custar, eu era o exemplo vivo disso. Vinha seguindo o meu e às vezes custava caro demais, então não queria que eu a afastasse do dela, ou dificultasse essa escolha.
Era melhor ela ficar com tudo que havia planejado sempre e seguir. Eu ficaria aqui e aquilo poderia ser um adeus, mas cheio de recordações, jamais esquecidas por mim.
De uma coisa eu tinha a plena certeza. Nunca a esqueceria. Ela era a minha não-princesa para sempre e ficaria eternamente em meu peito. A garota que havia escolhido depois de anos sozinho e que mesmo que não fosse para sempre, fora minha.
O barulho da campainha soando me fez despertar. – Quem em pleno natal viria até aqui, sendo que a casa estava parcialmente inabitada já que o Harry estava no hospital, o Zayn e o Louis com suas famílias e o Liam com a namorada na cidade dela (pois é. De nós só restaram eles, já que voltaram recentemente (finalmente).
Me levantei da cama e fui até a porta de entrada a abrindo.
- Peggie? O que faz aqui?
- Achou mesmo que eu ia deixar você passar o seu natal sozinho?
- Mas você não ia passar com sua família? – Dei passagem para que ela pudesse passar.
- Eu ia, mas decidi passar com você. Ainda posso passar o ano novo com eles e não me sentiria bem sabendo que você passaria sozinho. – Entrou. – Eu trouxe até umas coisinhas para a gente. – Levantou uma sacola me mostrando. – Espero que não se importe. Imaginei que aqui não teria muita coisa.
Peguei a sacola de sua mão para ajuda-la e segui para a cozinha.
- Você sabe que não precisava fazer isso, não é?!
- Está me dispensando Horan? – Fez bico.
- Não, claro que não. – Falei tirando as coisas da sacola. – Vinho, lombo... – A olhei. – Nossa pequena ceia?
Ela sorriu.
- Com direito a pudim de sobremesa.
- Você é maluca sabia?
- E estou faminta. – Começou a desembalar as coisas as colocando na mesa. – Abre o vinho e pega as taças.
Fiz o que ela me pediu e assim que voltei à mesa, a mesma já estava posta e completamente arrumada.
- Quanto tempo passou planejando isso? – Nos servi com o vinho.
- Só o tempo necessário. – Se aproximou pegando sua taça.
Bebeu um gole e passou sua mão em meu rosto, fazendo um carinho.
- Eu sei o que você ainda sente por ela, mas se me desse uma chance... – Se aproximou mais de mim. – Deixa eu tentar Niall. Só uma vez.
E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti seus lábios contra os meus. Ela pediu passagem e eu cedi. Estava confuso, mas... Não tinha mais nada a perder. Não tinha mais a ao meu lado e Peg me queria. E ela que havia tentado me ajudar todos aqueles dias e merecia que eu ao menos desse a chance dela tentar. Ela voltou querendo retomar nossa história e talvez eu devesse permitir. Ela era uma ótima amiga e por mais que eu ainda amasse a , não havia mais nada a não ser saudade entre nós dois. E mesmo que fosse sedo, mesmo eu achando isso, talvez fosse a hora de dar um fim definitivo. A Peggie merecia que tentássemos.
- Vamos com calma, tá?! – Cortei o beijo.
Ela sorriu me abraçando.
Logo os fogos anunciaram o novo dia começando.
- Feliz natal. Mais um de muitos – Me beijou.

Zayn’s POV

Desembarcamos no aeroporto de Londres. A Kelly haviavindo comigo. Como o prometido ela falaria com a . Mesmo que não tivesse conseguido entrar em contato com a mesma, havia mandado uma mensagem para ela há alguns dias marcando de nos encontrarmos hoje em minha casa.
Não, ela ainda não tinha me respondido, mas mesmo assim decidi que vínhamos logo. De qualquer forma, só precisaria ir a casa dela e mal podia esperar para resolvermos tudo aquilo. Queria tê-la em meus braços novamente como era antes.
Sai do aeroporto com a Kelly ao meu lado. O Paul a tal altura já nos esperava na entrada. Caminhamos juntos até que pudéssemos vê algumas fãs e paparazzis a nossa frente. Bufei frustrado. Peguei na mão dela, a puxando rápido, enquanto via alguns seguranças nos rodearem. Entramos no carro apresados e o Paul logo deu partida.
- Você está bem? – A olhei.
Algumas fãs não haviam gostado de nos vê juntos.
- Estou, mas como você consegue? Tinha o que? Mil pessoas ali?
Ri.
- Elas sempre sabem de tudo.
- Para a sua casa Zayn? Ou vai deixar a mocinha em algum lugar? – Paul me questionou.
- Leve-a a um hotel, mas que não seja muito longe lá de casa.
Ele assentiu.
A olhei e Kelly olhava atentamente as ruas de Londres.
- Mais tarde a irá lá em casa e nós viremos até o seu hotel. Te ligo para avisar antes. Assim se quiser, pode sair um pouco.
- Tudo bem.
Logo chegamos ao hotel. Paul entrou até o estacionamento para não chamarmos tanta atenção. Ele fez a hospedagem dela e após a deixarmos em seu quarto, voltamos até o carro para que Paul pudesse me deixar em casa.
- Agora que estamos sozinhos Zayn, quem é ela? – Perguntou dando partida.
- Uma pessoas que vai me ajudar em uma coisa.
- Só não se meta mais em encrenca.
- É exatamente o oposto disso que eu estou fazendo Paul. Eu sei o que estou fazendo.
- Vocês costumam sempre achar isso.
Dei de ombros afim de não prestar mais atenção naquela conversa. A única coisa que naquele momento me interessava era a e o nosso futuro juntos. Daqui a algumas horas tudo se resolveria e eu mal podia esperar por isso.

(...)


Tudo bem, ela não havia aparecido. O que era péssimo. Por isso que eu havia ido pegar a Kelly em seu hotel e estávamos na porta do prédio da .
Descemos do carro e eu toquei o interfone do seu apartamento. Esperei e nada aconteceu. Eu estava nervoso. Era como está prestes a ir em uma montanha russa, com um friozinho na barriga.
Voltei a tocar mais algumas vezes, mas como da primeira nada aconteceu. Até que o porteiro apareceu.
- Está procurando a Srta. Martins Sr. Malik?
- Ah sim, ela está?
- Não. A senhorita viajou há algumas semanas e ainda não retornou.
Droga! Então talvez fosse por isso que ela não havia ido para a minha casa mais cedo.
- Sabe quando ela volta? – Insisti.
- Não senhor. Quer deixar algum recado?
- Não obrigada.
- O que fazemos? – Kelly me questionou.
- Você topa passar mais alguns dias na cidade, só até ela voltar? Eu tentarei falar com ela e se não demorar a retornar...
- Claro, tudo bem. – Deu de ombros. – Eu prometi te ajudar e é o que vou fazer. Te devo isso.
- Obrigada. – Ela me abraçou.
Sorri.
- Você é bem diferente da Clary. – Comentei me soltando dela.
- Que nada, é só porque você só conhece o lado psicopata dela. Ela é uma ótima pessoa.
- Desculpe, mas tenho que descordar. – Falei indo para o carro. – Vem, vou te levar de volta.
Ela caminhou até o carro e entrou.
- Antes passa em um drive tour. Estou morrendo de fome.
- A senhorita que manda.

’s POV

Terminei de dobrar as roupinhas me sentindo cansada. Havíamos chegado há pouco do shopping. Minha mãe, eu e a Melody havíamos ido comprar algumas coisas para o ano novo e aproveitamos para comprar algumas roupinhas para o bebê e para mim. A barriga começava a crescer e eu tinha que arrumar alguma forma de esconder um pouco mais. Algumas de minhas roupas já não me cabiam mais. Era extremamente impressionante o fato de já não caberem. Ainda achava tão cedo para isso...
Peguei o controle da TV a ligando. Passei os canais até parar em um que me chamou a atenção.

“ZaynMalik é visto com suposta nova namorada. O boy da 1D foi visto nesta manhã chegando ao aeroporto com a jovem garota. Os dois andavam de mãos dadas e ao que parece, a mocinha recebe visitas do gato. Isso mesmo. Mais tarde os dois foram vistos saindo juntos do hotel onde a moça está hospedada para comerem juntos. Que fofo... E então, ela está aprovada garotas?”

A reportagem havia passado, mas eu continuava atônita olhando para a TV. Senti meus olhos marejarem e sem ainda conseguir desviar da imagem dos dois, poderia jurar que a conhecia. Poderia jurar que já tinha visto aquele rosto antes.

Flashback ON:
- Clary já está bom. Vamos. - Kelly a chamou.
- Está certa. Já fiz o que tinha para fazer aqui. Diz ao Zayn que mandei um beijo naquela boca deliciosa.- Falou saindo.
Flashback OFF:

Meus olhos lacrimejaram. Era ela. Era a amiga da... Clary. O que eles estavam fazendo juntos? Droga, ele estava com ela. Porém se ele havia me traído com a amiga dela, não deveria estar com ela? Ao menos que... As duas? Ou ele só havia trocado de amiga? Não havia lógica nenhuma, e desde quando os homens fazem sentido? Mas aquilo... Eu não conseguia entender. Entender o que ? Que ele tem outra agora? Não importa quem seja. E agora o que irá fazer? Com um filho? Se ele não o assumisse... E daí? Você não precisa dele. Será que não? Então por que ainda sinto meu coração dilacerado em só ouvir seu nome? Ou por que ao vê aquelas imagens sinto como se mil farpas fossem enfiadas em meu peito?
Eu preciso dele sim. Principalmente agora, mas já não o tinha mais. Droga! A questão para mim foi sempre a esperança de que pudéssemos voltar. A quem eu estava querendo enganar? A mim mesma com a desculpa que não o queria, quando na verdade era falta do seu corpo que sentia. Mas agora... Ele tinha outra. Se já havia deixado transparente para a mídia, era sério. Era real.
Então por que havia mandado aquela mensagem para mim outro dia? Claro, deveria ser pedindo para não procura-lo mais. Para esquecê-lo. Porque já havia seguido e estava com outra. Se era assim Malik, bom proveito. E finalmente havia tomado minha decisão. Eu não retornaria a Londres. Ficaria aqui com minha família. Minha mãe me ajudaria a cuidar do meu filho e ele não precisaria de pai. É isso mesmo que está pensando. Não contaria mais ao Zayn que esperava um filho dele. Para quê? Se eu contasse não faria qualquer diferença. Ele não teria tempo mesmo, principalmente agora que estava com outra. Não queria proximidade com ele. Prevenia mais decepções. Criaria meu filho longe de tudo aquilo. Fama, inveja, falta de privacidade. Tudo.
Agora seria só eu e ele. Era com meu bebê que me importaria. Zayn não precisava saber da existência dele. Que fosse feliz com sua namorada e que constituísse sua família com ela.
Peguei meu celular apagando suas últimas mensagens e tudo que nos ligasse, sem ao menos vê. Tiraria ele da minha vida. Se ele quis sair definitivamente eu o ajudaria. Esse filho seria meu e eu poderia muito bem cuidar de nós dois sozinha.
Desliguei a TV e me deitei na cama. Agora só me faltava aprender a consertar a dor que fazia meu coração sangrar. – Passei a mão em minha barrigada o sentindo chutar. – De tudo isso você foi a melhor coisa que me aconteceu. Desculpe se me sinto triste às vezes, mas ainda estou tentando aprender a absorver tudo isso. Porém te prometo; a partir de hoje, será tudo diferente. Eu prometo. Será só nós dois.

Louis’ POV

Era ano novo. A família se encontrava toda reunida para a comemoração, mas assim como no natal, eu não me sentia bem para comemorar nada. Muito pelo contrario. Estava desanimado. Como nunca antes. Era como se um novo Louis estivesse surgindo, mas que era claramente escondido ao máximo de todos. Não queria ninguém me enchendo perguntando o que aconteceu.
Se fosse em outros tempos provavelmente eu estaria lá dentro, mas invés disso estou aqui fora. Há pouco a Els havia me ligado para desejar feliz ano novo e logo após, decidi continuar ali pensando na . Coisa que fazia até demais ultimamente.
Desde nossa separação louca, que até hoje tento entender o que foi tudo aquilo, penso nela. Em como a mesma está, se está superando bem. Se está se divertindo. Como foi seu natal e como está sendo seu ano novo. Mas o que eu de fato queria era está com ela, como havíamos combinado antes de tudo aquilo acontecer. Eu amava aquela garota e nossa separação, não importando por qual motivo, já me parecia a pior burrada que havia feito em toda a minha vida.
Me sentei na cadeira de balanço, colocando a mão no meu casaco, quando sinto algo de veludo embaixo de meus dedos. Pego a pequena caixinha e assim eu a tiro do bolço a reconheço. Era o presente que havia comprado para a enquanto viajava na tour. Havia escondido ali para que ela não encontrasse, com esperança de dar só no natal, mas com tantos acontecimentos havia me esquecido.
Abri a pequena baixinha contemplando a pequena pulseira de ouro com um pingente da Torre Eiffel e de vários outros lugares. Ela adoraria. Apesar de tudo, sabia que adorava viajar. Lembro de como havia ficado animada quando convenceu a todos de ir para Malibu.
Lembranças boas aquelas, mas quando poderia ter a minha garota de volta? Se é que poderia. costumava ser certa de suas escolhas e não havia deixado transparecer que me queria de volta em sua vida. Mas não havia sido eu que queria terminar? Isso por achar que não era justo com ela passar por tudo aquilo. Mas ela queria Louis, se não quisesse não teria te posto para fora daquela forma.
Droga, eu sabia o que tudo aquilo significava, e mesmo que não quisesse, mesmo que fosse difícil deveria fazer. Estava mais claro que nunca. Se ela não me queria. Não me amava mais, era hora de dizer adeus e colocar um ponto final em tudo que tivemos. As conversas que tivemos, os momentos de risadas, talvez não tivesse o mesmo significado para os dois e agora eu sabia disso.
Voltaria para Londres em breve e retornaria a minha vida normal. Vamos vê o que me aguarda lá. Vamos vê como será meu futuro sem ela. Mas como eu queria que minhas constatações estivessem erradas, como eu queria... Mas já não tinha como ter certeza. A menos que... Era isso! Mal poderia esperar até voltar para Londres. Ela teria que falar na minha cara que não se importava, tudo isso depois de que eu contasse a verdade a ela. Se ela ainda me amasse faria de tudo para nada nos afastar novamente. Muito menos a Eleanor.

’s POV

- FELIZ ANO NOVO! – Liam me abraçou por trás.
- FELIZ ANO NOVO! – O beijei.
Meu pai pigarreou atrás da gente e eu me afastei do meu namorado sorrindo. Payne olhou para trás levantando as mãos em forma de rendição e meu pai sorriu aprovando a atitude. Ri com aquilo tudo.
- Isaac deixa os dois. – Minha mãe o repreendeu.
Voltei a me aproximar do meu namorado e sussurrei em seu ouvido.
- Vem cá, quero te mostrar uma coisa. – O puxei e sem que meus pais percebessem saímos dali.
- Aonde a moça quer me levar?
- Só em um canto mais reservado. –Olhei para atrás.
O puxei até o jardim atrás da minha casa. Me sentei na grama e ele se sentou ao meu lado me abraçando.
- Eu amo está assim com você...
- Eu também. A gente perdeu tanto tempo por minha causa.
- Não. A gente perdeu tanto tempo pela vida. A culpa não é nossa.
- Mas se eu tivesse te escutado antes...
- Você não teria acreditado. Pelo menos não naquela noite. – S uspirei. – O que importa é que agora estamos juntos mais uma vez. – Depositei um selinho em seus lábios.
- Eu quase te perdi para sempre por minha burrice.
- Não Liam, eu que desisti fácil demais. É melhor mudarmos de assunto. A proposito, quando vocês vão terminar o Midnight Memories? – Mudei de assunto.
- Assim que retornarmos das festividades.
- Vocês vão gravar mesmo o filme? – O olhei.
- Algumas filmagens já foram feitas, mas o resto terminaremos no começo da tour.
- Já outra? – Fiz bico.
- Ei! E você que vai ficar viajando para suas apresentações? Não pode reclamar nada. – Fingiu está chateado.
Gargalhei.
- Teremos que dar um jeito em nossas agendas, não acha?
- Daremos um jeito. Eu te amo demais para te perder por falta de horário.
- Eu também. – Sorri.

’s POV

Os dias haviam passado e já eram meses. Minha estadia no Canadá ia cada vez melhor. Já estava acostumada com o ritmos de tudo e já havia feito muitos amigos. Quase todos os dias falava com meus pais e com algumas das meninas. Ficava triste por termos todas nos separado, até porque éramos como irmãs, no entanto agora eu estava em uma parte do mundo, a em outro, a ainda em coma que ninguém tinha a certeza que ela acordaria, a que não vou nem comentar. Nunca mais havíamos nos falado e só sabia o básico pelos meus pais, que diziam que a tia estava preocupada com minha prima que mal parava em casa. Isso me entristeceu, eunão poderia ajuda-la e sabia que algo estava terrivelmente errado, só não sabia o que. Enquanto a agora voltaria para Londres, já que havia sido aceita em uma escola de dança, que coincidentemente (ou não) era de Londres.
E enquanto ao meu ex... Que irônico ou não, ele agora namorava a puta da Peggie. E era porque não tinha nada com ela! Canalha! Me enganou todo aquele tempo e a burra aqui caiu como um patinho na lagoa. Mas não mais. Já o havia superado em minha vida, como ele havia preferido, e agora tardava a ser também minha escolha, mesmo que meu coração não aceitasse. O que? Superado não é ter parado de sentir. Eu o amava e isso não poderia mudar, porque de qualquer forma o coração é burro. O órgão que é mais inteligente e burro ao mesmo tempo. Nada é perfeito.
- Ei coisinha... No que está pensando? – Ian o primo do Make (pois é, descobri isso aqui e o gay do meu amigo não havia me contado nada) se deitou no sofá, com a cabeça em meu colo.
- Folgado você não?! – O empurrei, fazendo com que ele se sentasse.
- Claro que não! Você é minha gata, isso é o mínimo que posso fazer. – Piscou para mim.
Ri.
- Sua o quê? – O olhei de rabo de olho.
- O quê? Eu já te pedi em namoro. – Deu de ombros.
- Ian... A gente só ficou uma vez e...
- Foi em uma festa em que você estava bêbada e nós somos amigos, e você ainda ama o seu ex...Eu já ouvi isso mil vezes, mas poxa... Seu ex seguiu. Por que não me dá uma chance?
Suspirei.
Deus, não era a primeira vez que ele me colocava naquela posição.
-Ian...
- Nada de Ian. Eu gosto de você . – Se aproximou de mim. – Eu não me importo se você ainda não me amar. Por favor, apenas tente. - Se aproximou mais.
Ian era um ótimo amigo e eu de verdade gostava dele, era ele quem havia me ajudadocom absolutamente tudo quando cheguei e ele já havia se mostrado mil vezes ser um ótimo rapaz e me entendia e...
- Tudo bem. Vamos tentar.
- Não vem com essa eu... – Me olhou surpreso. – O que você disse?
- Eu disse que vamos tentar. Eu te dou essa chance.
Ele sorriu se aproximando mais de mim.
- Você não vai se arrepender. Eu gosto de verdade de você.
Não consegui evitar o sorriso. Ele baixou o rosto, lentamente, e me beijou. E beijou. Eu não queria que aquilo acabasse e me surpreendi. E, quando eu achava que a sensação não podia melhorar, descobri que estava enganada. Enlacei minhas mãos ao redor do pescoço de Ian e não deixei que ele se afastasse. O beijo estava bom demais para que permitisse que ele saísse de perto de mim.
Por que não daria uma chance a um cara de que de fato merecia? Eu não perdia nada em tentar. Ian era diferente do Niall e por mais que eu ainda não sentisse nada além de amizade por ele, faria de tudo para sentir. Ele merecia e era o mínimo que podia fazer. Só esperava que tudo terminasse bem. Estava cansada de meus relacionamentos terminarem de forma errada sempre. Esperava que dessa vez fosse diferente.

’s POV

- Ficou maravilhoso! – Falei mexendo em meu cabelo na frente do espelho.
- Agora sim está combinando com seu novo estilo. Ficou bem melhor assim. – Kristen minha nova amiga e quem havia acabado de fazer aquela obra de arte em meu cabelo falou o arrumando.
Havíamos nos conhecido pouco tempo depois que eu havia começado a sair com o Jacob. Ela era ótima, e assim que decidi mudar de estilo havia sido ela a me ajudar. Já não me cabia mais o estilo londrino de ser. Não, agora eu tinha o meu próprio, que se adequava muito bem aos locais que frequentava com meus novos amigos e namorado. Isso mesmo NAMORADO. Digamos que as coisas entre mim e o Jacob ficaram sérias após o ano novo. Apesar de minha mãe não gostar da ideia de namoramos eu não me importava.
Jac tinha me mostrado um novo mundo, no qual eu gostava e era o melhor para mim. Havia cansado de ser aquela , e agora eu era outra bem melhor. E de fato tinha sido a melhor escolha feita por mim desde... Sempre (?)
- O Jacob vai adorar.
- Eu sei que sim... Há proposito vou viajar com ele nesta semana.
- Então a surpresa tem motivo?! - Se sentou na poltrona.
- Sei lá. – Dei de ombros. – Só precisava mudar. Deixar o passado de uma vez por todas em seu devido lugar, e nada melhor que cortar o mal pela raiz.
Ela bateu palmas.
- É isso mesmo garota. Já disse que adoro esse seu estilo foda-se o mundo?
- Cala a boca, você também é assim.
Ela riu.
- Vamos sair hoje para o lugar de sempre. Vai querer ir?
- E quando eu não vou?
Kristen sorri.
- Avisa ao Jac que hoje tem rodada.
Assenti me levantando de minha cadeira.
- Tudo bem Kris, eu vou indo. Nos vemos mais tarde. Eu ainda tenho que dobrar a fera da minha mãe que chega hoje.
- Vai lá gata, e não se esqueça de hoje.
- Nunca me esqueço.
Sai do estabelecimento e fui até minha moto. (Pois bem, eu havia trocado meu carro há alguns dias atrás. A moto era mais interessante. Mais perigosa e aquilo evidentemente me atraia. Sem falar que seu tamanho me fazia sentir... Poderosa (?). Sei lá, tanto faz. Subi em minha moto e sai cantando os pneus.
Não demorou muito para que eu estivesse em casa. Essa era uma das vantagens de ter uma moto. Você chega mais rápido onde tem que chegar. Entrei em minha casa e percebi que minha mãe já havia chegado. Sua bolsa estava em cima da mesa da sala.
Me joguei no sofá, arrancando as botas dos meus pés.
- Filha você... O QUE VOCÊ FEZ COM O SEU CABELO ? – Ela apareceu com os olhos arregalados.
Revirei os olhos.
- O quê? Não gostou? Eu gostei. – Dei de ombros.
- O que você fez com suas roupas?
- Ah... Troquei. Aquelas eram sem graça.
- VOCÊ ENLOUQUECEU? Vamos agora no salão que você vai tirar isso agora do cabelo! E anda, vai se trocar.
- Eu nunca estive tão sã mamãe e só para constar... Você não manda em mim! Eu gostei e continuarei assim, se você não gosta, paciência. – Falei me levantando. – Agora deixa de encher meu saco. Eu vou para o meu quarto.
- volta aqui agora! – Ela gritava com raiva.
Mas é claro... Eu fingi que não estava escutando. Quem ela achava que era para me dar ordens? Parabéns mamãe, essa é sua nova filha e se eu fosse você se acostumaria com a ideia logo. Essa aqui nunca vai mudar. Não mais.

’s POV

Abri meus olhos sentindo a claridade me cegar. Voltei a fecha-los rapidamente. Respirei fundo, tendo uma certa dificuldade. Voltei a tentar abri meus olhos mais uma vez, porém desta vez vagarosamente, fazendo com que se acostumassem com a claridade do quarto.
Eu não sabia onde estava. Não me lembrava de nada. Minha garganta estava seca e minha cabeça confusa.
Encarei o quarto branco e foi quando percebi onde estava. No hospital, mas não me lembrava como havia parado ali. Olhei ao redor do quarto, percebendo um corpo na poltrona e ele... Eu reconhecia tão bem... O que fazia ali?
Engoli em seco. Harry não era para está ali, a menos que... Ele sabia? Há quanto tempo eu havia passado dormindo?
Me mexi na cama tirando a mascara de oxigênio de meu rosto.
- ? – A voz rouca de sono do Harry me fez encara-lo. – ? Você acordou! – Se levantou da poltrona e veio até mim animado.
Stylesse aproximou de mim me abraçando. Estremeci com o seu contato.
- O que você faz aqui? O que eu faço aqui?
Ele me olhou.
- Você não lembra? – Parecia surpreso.
Neguei.
- Eu vou... Espera tá?! – Ele saiu pela porta me deixando ali confusa.
Já não entendia mais nada.
Tentei me levantar, mas fui impedida pelo meu médico.
- Nem pense nisso moça. – Olhei para a porta e encontrei o meu médico.
- Doutor o que aconteceu? Eu não lembro de nada...
- Calma. – Falou chegando perto de mim, e checando as maquinas ao meu lado. – Isso é impossível...
- O que é impossível? – O olhei assustada.
- Você... você não estava respondendo ao tratamento, não era para ter acordado, não ainda. Teremos que fazer alguns exames em você para saber o que aconteceu. Preparem ela. – Ele falou para duas enfermeiras que eu nem ao menos havia notado. – E você rapaz, é melhor esperar lá fora. Ela fará alguns exames e assim que tivermos todos os resultados o chamamos. – Falou ao Hazza.
Eu o vi sair, enquanto ele olhava para mim relutante. Eu não entendia nada do que estava acontecendo, nem ao menos o que estavam falando. Tudo era tão confuso... O que havia acontecido comigo?

(...)


- Então quer dizer que eu entrei em coma por quatro meses desde a formatura e, que os tratamentos não estavam fazendo efeito? – Questionei meu médico.
- Isso mesmo, mas de uma forma inexplicável você acordou e... se você tinha alguma coisa, essa coisa já não existe mais.
- O quê? Quer dizer então que... Eu não tenho mais Sepse? – O encarei surpresa.
- Isso mesmo. Se você acredita em milagres... Foi isso mesmo que aconteceu com você. É impossível uma pessoa não reagir aos tratamentos e acordar do nada, como se nada tivesse acontecido.
- E quando eu... Posso vê minhas amigas, família....?
- Se quiser, agora mesmo. – Sorriu.
O abracei.
- Obrigada doutor. Obrigada de verdade.
- Não tem o que agradecer, eu não fiz nada. – Sorriu.
- Claro que fez.
- Eu vou chamar sua família e amigos. Todos estão ai fora.
Assenti.
Voltei a me reclinar na cama vendo meus pais entrarem no quarto e o Haroldo logo atrás, com o melhor sorriso que ele tinha.
- Filha como está se sentindo? – Minha mãe me olhou.
- Bem. – Sorri.
- Graças a Deus que você acordou. Nos deu o maior susto. – Meu pai beijou o topo da minha cabeça.
- Tudo ficará bem agora, mas será que eu posso falar em particular com o Harry? Acho que temos muito o que resolver. – O olhei e ele estremeceu.
Eles assentiram e saíram.
- eu entendo que esteja com raiva... – Harry começou.
- Raiva? Não Styles, eu não estou só com raiva. – Suspirei. – Você que deveria está. Já sabe o que escondi de você, não é?
- Por que você fez isso? – Me olhou triste.
- Por causa disso tudo! Você passou quatro meses aqui! Quem cuidou de mim e que chorou milhares de vezes. Que nunca desistiu de que eu poderia acordar e que fez de tudo para que eu vivesse e eu me sinto a pior pessoa do mundo por ter te escondido. A real era que eu estava com medo. Não o podia prender a alguém doente, que logo morreria. Tinha que fazê-lo me esquecer antes que soubesse da minha doença. Você não tinha mais que se importar e doeria menos. Eu não tinha certeza de nada e eu sabia que você faria exatamente o que fez.
- Eu nunca, por mais que fosse verdade o que disse naquela noite, teria deixado você sabendo que estava doente. Dane-se a morte ou o medo, eu ficaria com você.
- Era disso que eu tinha medo. Você ficar comigo. – Abaixei o olhar. – Eu não sabia se teria sequelas.
- Ei, eu te amo. Não iria importar. – Puxou o meu queixo para cima, levantando o meu rosto.
- Mas para mim importaria. – Suspirei. – Eu nunca te trai, para deixar claro.
Ele sorriu.
- Eu sei. Eu também nunca faria isso. Eu te amo. – Se aproximou do meu rosto, depositando um selinho em meus lábios. – Não imagina o que senti quando te vi cair naquela calçada ou quando te via não dar nenhuma resposta por todos esses meses.
- Eu queria te privar disso.
- Não importa mais o que passou. O que importa é que você acordou e agora para sempre. Eu não quero nunca mais te perder.
O abracei, sentindo seus músculos em contato com meu corpo frágil. Meus olhos marejaram.
- Eu sou uma boba por o querer afastar, quando mais precisei de você.
- Ei... – Enxugou minhas lágrimas. – Não chora. Tudo se resolveu agora, tá?! E eu estou aqui. Não vai se livrar mais de mim tão fácil. Só não me esconde mais nada.
- É uma promessa. – Sorri. – E minhas promessas eu costumo cumprir.
- E não foi por uma que estamos aqui?
O olhei confusa.
- Você me prometeu que não desistiria daquela aposta.
Sorri divertida lembrando. Quantas lembranças boas aquilo me trazia...
- Definitivamente foi a melhor aposta que fiz em toda a minha vida. – Depositou um selinho em meus lábios.




Continua...



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[Capítulo enviado dia 17/06/2016]

Nota da autora: Harry girl acordou!!!!Novos casais na fic. Louisgirls se preparem, novo visual será mostrado no próximo capítulo e vocês vão se surpreender cada vez mais com a girl. Niall girl se preparem, fortes emoções e para quem faz boas contas... A Malik está quase dando a luz. Oito meses. Liam girl... Só felicidades com o boy... Pelo menos por enquanto. O que será que a fic trará? Continuem acompanhando para saberem.
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