I'm not Alone



A vida tem ficado difícil dia após dia

Meu nome é , tenho 15 anos e, atualmente, moro em Londres. Faz exatamente 2 meses que eu vim pra cá por causa da morte de meu pai. Ele morreu num acidente, ele pra mim era tudo. Aí que vocês perguntam: onde está a minha mãe nessa história? Bom, assim que completei meus 8 anos, ela fugiu pra Londres com um tal inglês. Desde os meus 8 anos, odeio TUDO o que é inglês. Desde os Beatles até a rainha da Inglaterra. Deu pra entender o meu ódio, né?
Sabe, a vida não é fácil. Até quase 2 meses e meio atrás eu e meu pai estávamos rindo e pescando, como sempre fazíamos no verão. Parece que foi ontem que isso aconteceu, e agora estou aqui no meu quarto, nessa cidade gelada chamada Londres. Eu não sei muito o que falar com a minha mãe, pois eu ainda sinto ódio dela por ela ter feito meu pai sofrer e por ter me abandonado quando eu era ainda uma criança.

Por que eu não estou sozinha?

"Filha, hora de ir pra escola!" minha mãe chegou toda sorridente no meu quarto me acordando. Dude, eu odeio que me acordem cedo!
"Ta bom, mãe, já estou indo me arrumar" falei me levantando, ou melhor, me rastejando até o banheiro. Não falei, ainda hoje é meu primeiro dia na escola aqui em Londres, minha cara de felicidade está explícita, eu só esotu indo porque meu pai sempre falava "Estude, minha filha, pra você ser alguém amanhã" ou "Sem estudo a gente não é nada" sorri ao lembrar do meu pai me dizendo isso e me arrumei o mais rápido possível.
"Pronto, mãe, já estou pronta" falei, tentando sorrir.
"Está linda, filha. Agora vamos, se não você vai chegar atrasada no seu primeiro dia de aula" assim que ela terminou a frase entramos no carro e fomos direto para minha nova escola... Até que não era feia, a escola era bonitinha pra uma escola inglesa...
"Pronto, filha, sua nova escola. Tenha uma boa aula" minha mãe falou toda sorridente me dando um beijo. Aquele sorriso já estava me irritando.
"Obrigada, mãe" falei o mais rápido possível e saí do carro "Nova escola" falei, soltando longo suspiro e fiquei ali alguns minutos, observando a nova escola.
"Err... Licença. Você é nova aqui, né?" um garoto me perguntou.
"Sou sim" falei, me virando para o tal garoto que era super mega-hiper bonito. Não, , ele é INGLÊS E VOCÊ ODEIA INGLESES, CERTO? Certo!
"Hey, tem alguém ai?" o tal garoto começou a acenar com a mão na minha frente, me tirando do meu leve transe. "Ah... oi, tem sim, não ta vendo?" falei seca pra ele.
"Tô sim, é que parece que você tava no mundo da lua" ele falou prendendo o riso.
"Hum..." murmurei e ele continuou.
"Vem comigo que eu te apresento a escola" ele falou, me puxando para dentro da escola, nem deu tempo de reclamar. Ele me mostrou todas as partes da escola. Realmente, aquela escola era linda tanto dentro como fora. Me apresentou aos diretores...
" " ele falou no meio do caminho.
"Hã?" eu tava mais prestando atenção em como tinha tantos garotos bonitos naquela escola que nem prestei atenção no que ele falou.
"Meu nome é " ele falou sorrindo e aí caiu a ficha que o nome do bonitinho era .
"Ah sim, meu nome é , mas pode me chama de " falei sorrindo
"Ok, . Sabia que você tem um lindo sorriso?" ele falou, mas nem deu tempo de responder, o sinal tinha tocado.
"Vamos?" fiquei hiper-mega sem graça pelo comentário dele, mas o bom que ele acha meu sorriso bonito, né? Um ponto pro bonitinho.
"Vamos. Olha, sua sala é aquela ali" ele apontou pra uma sala cujo número era 12 e me encaminhei até ela. "Depois a gente se fala" ele gritou acenando para mim, eu sorri e entrei na sala.
Bom, as aulas foras entediantes como sempre são, os professores eram chatos e fizeram eu me apresentar pra sala inteira e eu morri de vergonha, mas uma nova amiga minha, a , disse que nem percebeu, e que minha apresentação foi ótima. era brasileira, só que veio pra Londres para estudar. Nós tínhamos várias coisas em comum, até gostar de Simple Plan ela gostava. Conversamos muito em várias aulas e fomos chamadas a atenção algumas vezes. Depois o sinal tocou e anunciou o intervalo. Eu não vi o bonitinho, acho que deveria estar com seus amigos. Eu e a sentamos numa mesa.
", você conhece um tal de ?" perguntei assim que nos sentamos.
" ?" - ela falou, arregalando os dois olhos e isso me deixou confusa.
"Acho que sim, ele falou , não sei o sobrenome do meio" falei sorrindo amarelo, pois não sabia o nome do meio do bonitinho.
"Cara, se eu conheço? Dude, ele é o garoto mais popular da escola, assim como os outros três" ela falou apontando para o grupinho no qual e os amigos dele estavam no meio e eu fiquei triste pois não sabia que o era popular. Se ele é popular, deve ter uns 99,9% das meninas da escola atrás dele.
"Hum, quem são os outros?" perguntei apontando discretamente para os outros três.
"Bom, aquele de boné é o . Sabe, ele é muito sexy, mas fala pouco, o do lado dele é o , que é super fofo, e o de camisa xadrez é o " esse último ela falou com os olhinhos brilhando. Já saquei que ela gosta desse tal de . Bom, até que ele é bonito, mas prefiro mesmo o .
"Hum, agora já sei o nome dos populares" falei rindo.
"É, e, além disso, conhece o " falou piscando pra mim.
Depois do intervalo fomos direto pra sala de aula. Depois eu me despedi da e nem vi o . Fiquei um pouco triste por não o ver novamente, mas segui meu rumo indo pra casa, já que minha mãe estava trabalhando e o inglês dela trabalhava 24 horas por dia, pois desde quando cheguei só vi o sujeito nas milhares de fotos que minha mãe tem na sala.

Tudo que eu quero é apenas ir pra casa

No caminho pra casa fui até a estação de trem, comprei a minha passagem e me sentei num dos últimos bancos do vagão. Liguei meu Ipod e coloquei no último volume a música ‘Addicted’ do Simple Plan. Simplesmente amo essa música, fiquei pensando nesses dias como minha vida tinha mudado radicalmente. Alguns dias atrás eu estava no Brasil junto com o meu pai, feliz da vida, agora estou aqui, num país que eu odeio, num trem, totalmente sozinha, não sei quanto tempo demora pra chegar até a casa da minha mãe, a única coisa que eu quero é ir pra casa!

As pessoas me criticam pelas roupas que eu visto

Saí do trem e fui comprar algo pra comer, pois estava morta de fome. Assim que me sentei numa mesinha, percebi que um grupinho de luluzinhas idosas me olhava e comentavam algo sobre a minha roupa e meu cabelo. Affs, ninguém merece. Meu cabelo não é nem estranho e eu estou apenas com um moletom preto e uma calça jeans, tudo bem que ela é velhinha, mas nem ta rasgada e é claro que to com o meu companheiro de viagem, meu querido all star branco. Viu, eu nem to esquisita como essas velhas ficam comentando.

Todo dia parece o mesmo

Os dias foram se passando e tudo permanecia igual. Saía às vezes com a minha mãe e com a . Eu nem vi muito o bonitinho nesses dias, quer dizer, só algumas vezes e ele apenas sorria pra mim. Ele andava muito com os amigos dele e com várias garotas também, o que era de se esperar de um popular, às vezes eu ficava super magoada, mas a sempre me animava...

Eles apenas não se importam

"Filha, tenho uma grande notícia pra te dar" minha mãe falou com um largo sorriso estampado na cara, o que realmente me deixou preocupada.
"Qual, mãe?" tentei parecer animada com a tal notícia.
"Eu vou me casar com o Jorge!!!" ela falou aumentando o sorriso, se isso era possível. Bom, Jorge era esse tal inglês, ou melhor, o namorado da minha mãe, que agora seria meu futuro padrasto.
"Que legal, mãe" falei dando o meu sorriso falso, o qual só meu pai conhecia.
"Isso é mais que legal, filha. Você vai ser a daminha de honra!" ela falou dando pulinhos ridículos dos quais me vez rir.
"Mãe, eu já tenho 15 anos, não dá mais pra ser daminha de honra" falei tentando parar de rir.
"Ah, filha, mas você vai no casamento, né?" ela fez cara de cachorrinho pidão na qual acabou me convencendo a ir.
"Tá bom, eu vou" falei sorrindo não sei porquê, mas quase toda raiva que sentia dela desapareceu. Porém, é claro que ainda não a perdoei pelo erro que ela cometeu no passado. Ficamos conversando e ela falou que esse tal de Jorge era super gente fina e está muito feliz que vai me conhecer e ser meu futuro "pai". Quando ela me falou isso, apenas sorri falso e fiquei muito triste também, pois esse tal inglês ai NUNCA irá substituir meu pai!
"Mãe, vou dar uma volta, conhecer o bairro!" falei dando qualquer desculpa. Queria esfriar minha cabeça, apesar de já se passarem meses, não me acostumei qual essa "grande notícia" que acabei de ganhar.
"Está bem, filha. Vá, mas volte logo" ela disse sorrindo.

Porque eu não estou sozinha

A noite estava realmente muito linda, o céu estava todo estrelado e olhei para o céu e vi uma grande estrela brilhante e lembrei do meu pai. Caminhei até a praça perto de casa, aonde me sentei num banco próximo do parquinho onde brincavam algumas crianças. Fiquei refletindo a minha vida toda desde minhas lembranças da infância até o acidente do meu pai, eu, sem querer, derramei uma lágrima teimosa que insistiu em cair.
"Hey, por que a garota do sorriso lindo está chorando?" me perguntou, me fazendo levar um grande susto.
"Nossa, eu não sou tão feio assim, né?" ele falou me fazendo rir.
"Não é isso, é que eu estava aqui pensando, aí você de repente me aparece do nada, aí eu me assustei" falei rindo.
"Hum, no que você estava pensando?" ele me perguntou se sentando do meu lado. "Na vida, em como ela tem ficando difícil dia após dia, na morte do meu pai, nas mudanças... em você" a última palavra falei mais pra mim do que pra ele.
"Hum, acho que deve ser difícil ter perdido o pai tão cedo. Sabe, quando eu entrei na minha banda, você conhece o McFly, né?" concordei com a cabeça e ele continuou "Então, desde que quando entrei na banda, meu pai simplesmente abandonou o nosso lar, eu fiquei muito mal pois eu sentia como se a culpa fosse minha, mas minha mãe falou que eu não tenho nada a ver com isso. Sabe, é difícil, sim, a vida, concordo com o que você disse ‘a vida tem ficando difícil dia após dia’" ele falou dando aspas na minha fala e sorriu "Sabe, são essas dificuldades que nos dão forças para continuar, porque se não fossem essas dificuldades, a nossa vida iria ficar sem sentido e até sem graça. Bom, hoje eu tenho um padrasto super legal e fico feliz por minha mãe ter encontrado o cara ideal" ele sorriu. Depois disso percebi que não sou só eu que tenho problemas, e que eu estava sendo egoísta do modo que eu estava vivendo, descobri que não é porque a sua mãe foge com um inglês que todos os ingleses são ruins ou algo do tipo. é um inglês super legal, além de ser bonito, mas desde do 1° dia não reparei nele pela beleza, e sim pelo seu jeito de ser e de agir, e depois desse "desabafo" dele, eu passei a admirar mais ele e hoje estamos juntos faz 3 anos, eu, , completei 18 anos há pouco tempo e estou fazendo faculdade de música, é baixista da banda dele, o McFly, que cada dia ganha mais e mais fãs pelo mundo inteiro. Bom, minha mãe e o Jorge estão super felizes casados, e dessa união deles nasceu minha irmãzinha, Jullie, que tem 2 anos e a virou minha melhor amiga, ela se casou com o , o cara que ela amou a vida inteira. Hoje ele é o guitarrista e vocalista do McFly, está casado com uma atriz chamada Giovanna e o tá solteiro, pra alegria da nação feminina. E essa foi um pouco da história da minha vida e hoje paro e vejo que “eu não estou sozinha”!

~*~*~Fim~*~*~



N/A: A fic foi escrita apenas em 1 dia, então sejam boazinhas? Críticas à vontade ^^ e é a minha 2° fic no site e fiz ela pra minha amiga Isa e agradece a Gabi,a Lari e Tica por terem gostado da fic e a Juba,Leh e a Clarinha por terem insistido pra mim ter colocar a fic no site ^^ e obrigada quem leu ^^

Nota da revisora: Heey :) espero que gostem da fiic ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.

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