Me esqueça!


Revisada por: That Pereira

She Will Be Loved

Era uma manhã normal, a mesma rotina de sempre. se arrumava para mais um dia de aula. Ela não era uma garota popular no seu colégio, como as outras de sua turma, ela não era tão bonita, nem tão descolada, assim diziam as meninas de sua turma tentando provocá-la. Era uma garota sem amigos, vivia dentro de casa, trancada em seu mundo. Namorou uma vez, mas se decepcionou profundamente, quando descobriu que o garoto só queria usá-la. Desde então, não acreditava mais em amor.
- , vamos você vai se atrasar! - gritava a mãe da escada. - Ainda tenho que ir ao banco.
- Já vou, já vou... - respondeu a menina, terminando de prender o cabelo num bem-feito rabo de cavalo. Ela desceu as escadas correndo, entrou no carro ouvindo as ladainhas de sua mãe e o deboche de seu irmão mais novo, em quem ela deu um tapa forte na cabeça.
- CALA A BOCA, JÚNIOR! - berrou ela
- Não faça assim - dizia a mãe. soltou um muxoxo e permaneceu calada durante todo o trajeto.


era uma das primeiras na fila, estava sentada com a cabeça abaixada encarando os pés. Não suportava ver o ex entrar em sua turma e às vezes achava que ele fazia com o intuito de provocá-la, e ela o odiava e odiava mais ainda vê-lo de "agarramento" com outras garotas.
O sinal tocou e ele saiu da sala, rindo e jogando beijos pra uma garota que se sentava ao lado de . Passaram 5 minutos e nada do professor entrar, ela começava a tirar seu material de dentro da mochila quando o diretor entrou na sala acompanhado de alguém. Não importava para ela e mesmo que importasse ela não iria prestar atenção, o diretor sempre fazia comentários tão monótonos que ela quase dormia.
-Bom dia, pessoal! - disse o Sr. Charles
-Bom dia... - responderam os alunos, sem ânimo.
-Vim lhes apresentar o novo colega de vocês, - os olhares se viraram para o garoto de estatura média e traços perfeitos que parecia envergonhado na frente de todos, meninas lhe lançavam olhares desejosos, e davam risinhos maliciosos. ouviu uma comentar em algum lugar atrás dela: 'É, até que ele é bonitinho' arrancando risos da classe e fazendo o tal garoto corar novamente - Procure um lugar, Sr.
O diretor se retirou e quando chegou à porta deu de cara com o professor Richard. Disse-lhe alguma coisa no ouvido que fez o professor perder o sorriso que tinha no rosto.
-Bom dia, classe... Vejo que temos um novo aluno, seja bem vindo Sr.
O garoto apenas acenou. Ele se sentara em um dos últimos lugares, o que para , que estava ali desde a 1º série, era o lugar para quem gostava de bagunça. Ela olhou para trás e examinou , ele era bonito, e se vestia bem, seus olhos azuis pareciam cheios de tristeza, ele percebeu que ela o olhava e a olhou também, ela rapidamente disfarçou e fingiu que pegava alguma coisa no chão.


Dois meses passaram e era muito popular na escola, dizia-se por aí que ele era filho de um rico empresário e tinha sido mandado pra aquela escola porque fora expulso da última por mau comportamento. Ele já tinha ficado com todas as meninas da classe exceto com uma, ela. Às vezes, ela achava que ele nem sabia que ela estudava ali, ou até mesmo que ela existia, só tinha dirigido a palavra à ela uma vez e foi pra pedir a borracha emprestada. O sinal tocou indicando que era intervalo e guardava seu caderno dentro da bolsa enquanto ouvia duas meninas conversando ao seu lado.
- Sabe, hoje eu e o vamos sair, eu acho que vou chamá-lo pra ir lá em casa, meus pais foram viajar e eu não quero ficar sozinha - dizia Taylor arrancando risadas da amiga. riu em tom de deboche e Taylor olhou para ela.
- O que foi, feiosa? - perguntou com ar de riso
- Nada... - disse terminando de guardar as coisas na mochila e se levantando.
- Não liga, Taylor, é inveja, ela nunca iria conseguir sair com um garoto como o , nem que usasse uma máscara - disse a amiga de Taylor, rindo.
- Eu tenho coisas mais importantes em pensar do que em abrir as pernas pra garotos como ele... - disse, ainda rindo.
Taylor se enfureceu.
- Vadia! - disse ela entre dentes.
- Se eu sou uma vadia, não conheço uma denominação pro que você é... - seu sorriso continuava intacto.
-Pára, Taylor... Todos nós aqui sabemos por que o Trevor terminou com ela... Ele só queria ter uma noite, e parece que conseguiu, não é? - disse a garota em tom de deboche e Taylor riu.
- Sim, agora vemos quem é a vadia. Não vou sujar minhas mãos com você! - disse ela se levantando e saindo rapidamente da sala.
odiava que tocassem no nome de Trevor perto dela, ela sentia um ódio mortal dele por ter espalhado boatos de que havia passado a noite com ela e que nunca tinha conhecido alguém pior na cama. Dirigiu-se a porta parou e olhou pra trás, a classe estava vazia. Ninguém ouviu a conversa. 'Graças a Deus!' pensou ela. Saiu e deu de cara com , que estava sentado com uma Taylor em seu colo cheia de doces(N/A :doces não são doces de comer, são doces de mimar a pessoa) pra ele, que parecia gostar. soltou um muxoxo e se dirigiu ao lugar onde sempre ficava, mas foi impedida por um grupo de garotos que estavam sentados no banco onde costumava ficar. Deu meia volta e sentou num banquinho meio afastado dos garotos, quando passou na frente dela indo em direção aonde estavam os meninos e deu uma piscadela e um sorriso para a garota, que olhou pro lado fingindo que não era com ela. Decepcionado, voltou a atenção para os amigos. A rádio da escola tocava uma música conhecida o som estava longe, mas ela reconhecia a música, ela gostava daquela banda. 'Maroon 5' pensou. Ela cantava baixinho, acompanhando a música.


I drove for miles and miles [Eu dirigi por milhas e milhas]
And wound up at your door [E parei em frente a sua porta]
I've had you so many times but somehow [Eu tive você por tantas vezes, mas de algum jeito]
I want more[Eu quero mais]



Ouviu um grupo se aproximar falando alto e rindo, viu que eram os garotos que ocupavam o banco e sorriu satisfeita, com certeza eles não a perceberiam ali, por isso ela continuava a cantar, mas um olhar chamou a atenção dela. olhava atentamente o mover dos lábios da garota. Ao perceber isso, ela parou de cantar e o encarou. Agora tocava o refrão.


I don't mind spending everyday[Eu não me importo de passar todos os dias]
Out on your corner in the pouring rain[sentado, na esquina da sua casa, na chuva]
Look for the girl with the broken smile[Olho para a garota com o sorriso despedaçado]
Ask her if she wants to stay awhile[Pergunto a ela se ela quer ficar]
And she will be loved[E ela será amada...]
And she will be loved[E ela será amada...]



- Vamos cara, não perde tempo com essa garota enquanto tem melhores lá no pátio esperando por nós... - dizia Harry, puxando pelo colarinho.
- Certo - disse ele se concentrando novamente no caminho, mas lançando um olhar para .
A música agora acabava.


Please don't try so hard to say goodbye [Por favor não se force tanto a dizer adeus]
- Quem era aquela? - perguntou para
- Ah, a ? Ela é uma CDF, estudou aqui a vida toda, não sei muito sobre ela, ela é muito fechada, só sei que namorou o Trevor - disse apontando um cara alto, charmoso e forte. - Ele diz que já traçou ela, mas, sinceramente, eu duvido, ela é muito certinha e sem graça pra fazer essas coisas.
- Hum... Concordo. - disse ele.
- Ah, e ela é prima do , mas eles não se falam muito, mas ele diz que ela é muito legal!


You It makes Me So Well


saía apressada de casa. Teria que ir a pé para o colégio, já que seu irmão tinha passado mal e a mãe dela teve que levar o garoto às pressas pro hospital. Quando cruzou a soleira da porta, viu que alguém na casa ao lado também saia naquele momento, e acenava para a mãe na porta.
- Não acredito... - disse ela pra si mesma, apertando o passo para que o garoto não pudesse alcançá-la.
- Hey, ...
- É meu nome - disse a garota sem parar. - Hey, como você sabe o meu nome? - parou e virou pra ele.
-Eu tenho meus informantes... - disse ele com um enorme sorriso no rosto, como ele tinha um sorriso bonito, mas ela não queria ligar pra isso, não podia. - Sou , prazer! - disse ele, estendendo a mão.
- É, eu já sei... - se virou novamente e recomeçou a andar sem ao menos apertar a mão de
- Você costuma agir assim com todo mundo que tenta se aproximar, ou é alguma coisa contra mim? - disse, tentando acompanhar o passo dela.
- Digamos que eu não gosto de pessoas super populares e que se acham... - retrucou apertando ainda mais o passo.
- Mas eu soube que você já namorou um desses super populares, não é?
- Olha você não tem nada a ver com a minha vida nem ao menos com quem eu namoro ou deixo de namorar... - ela odiava falar sobre isso.
- Tudo bem... Já vi que você não gosta muito de conversar...
- Não mesmo!
- Não importa. Vou te acompanhar mesmo assim, e tem como andar mais devagar? - dizia ele ofegante agora quase correndo.
- Me acompanhe se quiser... - sorria triunfante, mas sabia que chegaria morta de cansaço no colégio, mas sabia que ele não conseguiria acompanhar o passo e não ia ter que ir agüentando até o colégio, até que sentiu uma mão no ombro que a fazia diminuir o ritmo. Não queria andar mais devagar, mas não teve reação de tirar a mão do garoto do ombro, estava agora tentando se livrar dos arrepios que percorriam o seu corpo ao sentir o toque de
- Assim está melhor! - disse ele satisfeito soltando agora que ela já andava mais devagar.
- O que você quer comigo? - virou-se pra ele de repente.
- Conversar apenas...
- Ninguém se aproxima de mim pra conversar, Sr. , ou você quer pedir ajuda em alguma matéria ou quer me zoar pros seus amigos.
- Não quero nada disso, quero apenas conversar... Confie em mim... - e lançou um olhar de cachorro molhado a ela, que não resistiu e abriu um sorriso. - Você fica mais bonita sorrindo, não que não fique bonita séria... - corrigiu sem jeito fazendo-a rir e corar.
- Você não parece como os outros daquele lugar.
- As aparências enganam, querida... - disse ele rindo, fazendo-a rir junto.
- O que você faz nesse fim de mundo? - perguntou, ela sentia mais confiança nele agora.
- Meu pai está a negócios por aqui, talvez nós fiquemos um ano ou mais, não passa disso!
- Não foi o que me disseram... - disse séria.
- É, eu sei, todos acham que eu sou expulso das escolas onde estudo, não sou tão mau assim... - ela riu.
Os dois foram conversando agradavelmente até a escola, todos os olhavam quando os viram entrando rindo e em perfeita sintonia
- Ele deve estar querendo saber se ela é realmente ruim como Trevor disse... - zoou Taylor, arrancando risadas dos outros.


Três semanas depois, aparecia na casa de com uma sacola nas mãos.
- O que tem aí? - ele riu e entregou a sacola para ela, que abriu rapidamente. - Ah, , 'De volta para o Futuro' de novo? A gente já viu esse semana passada, vamos ver Sr. E Sra. Smith! - dizia ela quase enfiando o DVD na cara dele. - E esse filme é mais velho que eu... Não tô a fim!
- Mas você vai assistir... - ele entrou na casa e sentou no sofá, já era como se fosse da família e a mãe de o adorava.
- E por que eu deveria?
- Porque eu sou seu grande amigo e os amigos fazem favores aos outros...
- Menos em filmes... 'Sr. e Sra. Smith'! Please!
- Depois de 'De Volta Para o Futuro'! - ele fez aquela carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança.
- Ai, meu Deus, o que não faço por você! Mas não agüento mas ver a cara do Marty McFly! - ele sorriu maroto e colocou o DVD.
Na metade do filme, já estava dormindo.


Eles eram muito amigos, e passavam horas na frente da casa de conversando sobre coisas inúteis, como dizia ela. Iam pra escola juntos todos os dias e isso já irritava a maioria das garotas e também aos amigos de .
- O que você quer com ela? - disse apontando para que estava concentrada em copiar os exercícios que a professora passara.
- Nada, nós somos apenas amigos... - respondeu inocente.
- Ninguém é amigo dela, cara... - fez cara feia - É sério, ela não se familiariza! - se defendeu.
- Mas eu posso ser, ou não? - os outros sacudiram os ombros
- Você que sabe, mas a Taylor tá furiosa.
- E o que eu tenho com ela?
- Nada, mas ela acha que tem... Se explique com ela...
- Não tenho do que me explicar!
- Você que sabe...


- ...dançar na cozinha não é legal... - estavam só os dois na casa de a mãe dela estava trabalhando e o irmão, estudando.
- Argh..., pára com isso, eu sei que você gosta! - Eles dançavam no meio da cozinha, tinha afastado a mesa para um canto e obrigava a dançar com ele.
- Não, ... Eu não danço bem... E você nem me convidou como se deve... - ela se soltou dele e sentou em uma das cadeiras em um canto.
- Ah, ... Claro que você dança bem! - ele sorriu e correu até ela ajoelhando na frente da garota. - Não seja por isso, bela dama. Dança comigo?
Ela aceitou a mão de e eles começaram a dançar e fazer palhaçadas ao som de um dos CD's de musica clássica da mãe de .
- Não sei o que eu estaria fazendo agora sem você! Minha vida vale a pena agora que tenho um amigo! - ele sorriu pra ela gentilmente e a rodopiou na cozinha, fazendo-a quase cair e deitar no chão frio da cozinha de tanto rir.


'I Love You...' 'Forget Me'

A aula terminou e esperava no portão pra eles irem juntos pra casa. Ela já ia passando reto quando ele a segurou e a puxou pela cintura, provocando fortes calafrios na garota, que o olhou confusa.
- Onde pensa que vai, mocinha? - disse ele com cara de pai que repreende os filhos arrancando risadas dela.
- Não vou com você hoje, ! - disse ela com o sorriso desaparecendo do rosto.
- Por quê? Vai me abandonar assim é?
- Não posso mesmo... - disse se desvencilhando dos braços de que envolviam sua cintura.
- Por quê? - perguntou ele confuso.
- Olha, é melhor você ir embora com a Taylor, ela tá te esperando. - fazendo um gesto com a cabeça apontando pro lugar que Taylor estava.
- O que ela te disse? - perguntou segurando o braço da garota que saia andando.
- Nada... Vai lá! - dizia com os olhos marejados.
- Não até saber o que ela te disse... - ela abaixou a cabeça. - !
- Não importa o que ela me disse... Só me deixa ir embora, por favor! - disse em tom de súplica, ele a soltou e ela saiu correndo. foi em direção a Taylor.
- O que você disse pra ela? - perguntou cutucando Taylor com força, ela se virou e ele viu que ela estampava um enorme sorriso no rosto.
-A verdade... Que você só quer usá-la e por isso fez amizade com ela, e que era pra ela deixar você com quem sabia cuidar... - ele saiu correndo atrás de


tocou a campainha por minutos mas ninguém atendia. Ele sabia que estava em casa, pois a janela do quarto da garota estava aberta e a luz parecia acesa.
- , eu sei que você tá ai, aparece!
- Sai daqui, eu tô cansada de pessoas como você! Me deixa em paz, ! - ela soluçava entre as palavras.
- , por favor!
- Não, sai agora! - ela pareceu na janela.
- Eu preciso falar com você... Desce por favor!
- Não quero conversar, vai embora. - Ele se virou e foi embora.


Na manhã seguinte, lá estava , apertando novamente a campainha da casa de , ela atendeu. Era sábado.
- O que você quer? - perguntou ela friamente.
- Você não pode acreditar em tudo que os outros te dizem... A verdade é completamente outra. - disse o garoto com um sorriso sereno.
- Não importa mais agora...
- Importa sim...
- Não quero saber a verdade... - disse saindo a caminho da padaria.
- Mas eu quero te contar! - respondeu acompanhando a garota.
- Sou toda ouvidos! - continuou a caminhar, lágrimas escorreram pelos olhos da garota, mas ela as limpou antes que as visse cair.
- Eu nunca disse isso a ninguém... Nunca nem me passou isso pela cabeça, desde que eu te conheci eu te vi apenas como amiga... Mas...
- É, eu sei, sabe ninguém se interessa por mim a não ser que queira me fazer mal que nem aquele idiota do Trevor... - agora as lagrimas 'pulavam' de seus olhos e escorriam pelo rosto, e ela não se importava em deixá-las cair.
- Eu sei de toda a história, não quero que você chore por ele... - disse parando a garota e a puxando para um abraço. - Eu te amo, .E tudo que eu quero é ter você ao meu lado...
Ela se afastou dele como se ele fosse um animal perigoso.
- Não me olha assim tá bom... Eu não pedi pra nada disso acontecer. - ela foi se afastando cada vez mais, ela não podia dizer que o amava também, ela tinha se cansado de sofrer, de dar tudo de si por alguém e não receber nada em troca. - Pára com isso... Não vejo nada demais em se apaixonar.
- Mas eu não estou apaixonada por você... - disse ela quando estava a uma boa distância de . Ao ouvir aquilo era como se tivessem enfiado uma faca no peito do garoto. - Nós não podemos fazer isso, vai estragar nossa amizade, e acho que você tá confundindo as coisas...
- Não, eu não estou...
- Eu não quero nada com você - ela dizia uma coisa, mas seus olhos não concordavam com aquilo que ela dizia eles estavam cheios de amor por aquele garoto.
- Pára de mentir pra mim... Eu tô vendo, você tem medo!
- Eu não tenho medo... Eu não preciso ter medo de nada, não quero mais falar sobre isso!
- Mas eu te amo!
- Me esqueça... - dizia ela, começando a chorar novamente.
- Esse é o seu problema... Você afasta as pessoas de você, . Por isso falam tão mal de você na escola, e agora eu começo a acreditar neles.
- E você é igual a todos de lá, que usam as pessoas e jogam fora como se elas fossem brinquedos.
- Eu nunca faria isso com você!
- Eu duvido... Me deixa em paz... - e saiu correndo e ele foi atrás. Puxou ela pelo braço e colou seus lábios ao dela, ela tentou lutar, mas ele a segurou. Ela não sabia o porquê, mas deu passagem pra ele, fazendo com que as línguas se encontrassem e eles sentissem o gosto um do outro. Ela o empurrou.
- Nunca mais faça isso... - repetia ela.
- Eu sei que você também me quer, só não assume...
- Eu... Eu não te quero...
Ele se aproximou e a beijou novamente, com mais intensidade que antes, e ela se rendeu ao beijo, fazendo carinho em seus cabelos, e ele por sua vez a tocava com urgência, como se tivesse sonhado com aquilo por muito tempo. Se soltaram e a puxou para a casa dele pois sabia que o meio da rua não era o lugar apropriado para conversar sobre aquilo e nem pra ficar aos beijos. Sabia que os pais dele não estavam em casa, ele abriu a porta e a empurrou pra dentro. encaminhou para a sala e a encostou na parede. beijou o pescoço da menina, que estremeceu, soltando um pequeno gemido. Ela se rendeu, acariciando o cabelo do garoto, incentivando-o a continuar. Ele a beijou no pescoço, e ela se arrepiou, agarrando-se mais a ele. Não sabiam o que estava acontecendo, deixavam-se apenas levar pelo sentimento que havia ali. Ele encostou sua boca à dela, que entreabriu os lábios deixando o garoto beijá-la. Sentiu quando as línguas se encontraram e gemeu baixinho. aprofundou o beijo, e juntou mais os corpos, puxou-a pra si. O garoto esperava por aquilo tanto quanto ela. Ela o puxou pela camisa, continuou a beijá-lo, e sentiu quando ele passou a mão em suas costas, por dentro de sua camisa. Estremeceu e se segurou no cós da calça dele. Ele a beijou no pescoço, e ela mordeu o lábio inferior. Continuaram a se beijar até que, de repente, ela se tocou do que estava fazendo
- O que nós estamos fazendo? - perguntou pro garoto, interrompendo o beijo.
- Nada... - respondia ele procurando o fecho do sutiã da garota.
- Pára, ! - ela o empurrou e ele parecia ter recobrado os sentidos.
- O que foi? - perguntava nervoso.
- Eu não posso fazer isso... Não posso! - disse o empurrando. - Nós não podemos...
- Mas...
- Nada de "mas"... Eu vou embora... E eu acho melhor nós ficarmos sem se falar, ou... Nos beijar e outras coisas além... Pelo menos por um tempo... Eu preciso pensar! - disse ela confusa - E você também... - concluiu se afastando de que se encaminhava para ela novamente. - Eu vou embora! Por favor, não vem atrás de mim... - saiu correndo e bateu a porta.
- Droga... - gritou dando um soco na parede.


Era segunda feira e não tinha ido à casa de , tampouco não tinham se encontrado na ida para a escola. sentou na calçada para esperar a menina, pois se ela chegasse, com certeza, ele a veria. Decidiu que permaneceria ali até que o sinal tocasse. Passaram 5 minutos, 10, 20... O sinal tocou e ele se viu forçado a entrar com os outros. Na sala, ela não ocupava seu lugar, não estava na ali, ela não podia ter sumido assim. Quando ele saísse da escola, com certeza ia até sua casa saber o que tinha acontecido e eles iriam conversar sobre o que houve no fim de semana com certeza ele não sairia de lá enquanto os dois não se acertassem. O sinal da saída tocou e ele saiu correndo, em direção ao portão trombando em algumas pessoas pelo caminho.
Apertou a campainha. Uma vez e nada. Duas vezes e nada. Três vezes e...
- Oi, , o que quer aqui? - perguntou uma mulher loira dos olhos castanhos. era a cópia perfeita da mãe, uma cópia mais jovem, é claro, mas tinha herdado a beleza exótica de Kate.
- Eu queria falar com a - disse ele apreensivo, mesmo que conversasse sempre com a mãe de não se sentiria muito a vontade se a mulher soubesse que ele andara se agarrando com a filha dela.
- Ela não pode te atender! - disse ela com amargura na voz.
- Mas diga que é sério...
- Você não me entendeu, ela não pode te atender, não está aqui! - e ele pode ver que os olhos dela estavam marejados.
- E por quê? O que houve com ela?
- Não sei, ela não estava bem esses dias e... - a Sra. Jennings começou a chorar. - E... - firmou a voz - Ela foi morar com o pai.
saiu correndo da casa de . Não entendia, não podia entender como ela foi embora sem ao menos se despedir, sem ao menos dizer: 'Olha, seu cachorro, não quero mais te ver, estou indo morar com o meu pai!' Ele a odiava naquele momento, a achava a mais covarde de todas as garotas que ele já conhecera, fugindo de tudo, fugindo dele. Ela não o amava, com certeza, mas ele a amava com todas as forças, mesmo querendo matá-la naquele momento.


sentou em sua cama e pegou o violão que ganhara do pai no seu aniversário passado. gostava das músicas dele, ela gostava de ouvi-lo cantar, mas agora ela já não estava ali. Ele começou a dedilhar algumas notas e emitir sons ininteligíveis, pegou um papel e começou a escrever.


- Seja bem-vinda, srta. ! - dizia o mordomo.
- Obrigada, Pierre! - respondeu a garota, entrando na mansão de seu pai. John era muito rico, mas era um homem fútil, ligava apenas para coisas materiais. A única coisa com quem aquele homem realmente se importou, a não ser quanto ele tinha no banco, foi com a filha, , e com sua ex-mulher, Kate, sim, a mãe de , mas ela o abandonou, não podia viver naquele lugar e não gostava dos vícios de John.
- ,que bom te ver por aqui, filha! - disse, abraçando-a.
- Também é bom te ver, papai! - respondeu, abraçando o pai também.
- Fiquei muito feliz quando soube que viria pra cá.
- Que bom, papai!
- Vá com Pierre, ele lhe mostrará o seu quarto.
- Por aqui, querida.


Merry Christmas

Mais de três anos se passaram e era a melhor aluna de Cambridge, ela já tinha emprego garantido em uma das empresas de seu pai, passava quase o ano todo na faculdade e os fins de ano e feriados com o pai. Ela não podia negar que estava feliz, mas, por outro lado, sentia falta da mãe. Já não a via há muito tempo e quantas vezes sonhou que ela a chamava para ir pra escola. E também havia ele, aquele garoto do violão que tocava pra ela quando eles não tinham mais o que falar. O que foi seu grande amigo, o que foi seu grande amor. Naquele dia, seu pai a tinha posto em prova, ela tinha que preparar um discurso e apresentar em frente a todos os diretores das empresas Sardella (N/A: não me condenem é o nome do autor do meu livro de química XD), que era uma poderosa multinacional que lançava cantores pop em todo o mundo (N/A : Sim tinha que ser assim, vou tentar não interromper mais) e lá estava ela, bem vestida e com seu discurso preparado.
- Hoje estamos aqui para falar não de balanços, ou de quanto ganhamos este ano, mas, sim, de amor, - dizia ela, não precisava ler o que escrevera, aquilo tudo estava gravado em seu coração - o amor que todos que aqui se apresentam dedicaram a esta empresa, os anos que todos apostaram aqui, o amor não é uma conta de banco, senhoras e senhores, o amor é a dedicação aquilo que se ama, é uma simples canção de amor, é um simples bom dia, é um simples olhar, e eu quero parabenizar a todos vocês aqui e agradecer por todo o amor que dedicaram e lhes dizer que não foi em vão, bom isso é tudo! Merry Christmas. (N/A: sim era Natal e não, não é clichê, tá parei!)
-Merry Christmas, srta. ! - E todos na mesa brindaram, fazendo um tilintar de taças encher a sala.


Na casa dos , o cheiro de peru natalino enchia o ambiente. Toda a família fora reunida ali e todos comemoravam o natal juntos, unidos. A família de era tradicional, cantava canções natalinas, as quais ele odiava, sempre se retirando nessa hora, que havia chegado agora, com todos meio altos pela bebida.
- Jingle Bell... - ele bateu a porta e pegou o violão. agora tinha uma banda, ele e os amigos do colégio formaram o grupo e deram o nome de McFLY, sim graças a várias sessões de 'De Volta Para o Futuro', eles faziam shows em pequenos bares de Londres e, às vezes, tocavam nas festas do colégio, mesmo sendo uma banda local e de garagem, eles até faziam sucesso com as garotinhas.
- Eu tenho que terminar hoje, não posso mais adiar. - disse ele para as paredes e começou a dedilhar a mesma canção, que ele tocava há mais de três anos, pelo menos uma vez ao ano, era difícil continuar a escrever sem pensar nela, mas ele decidiu que essa era a hora.

'Hey where did we go? [Hey, aonde fomos?]
Days when the rains came [Dias em que a chuva vinha]'


Ele errou a nota e xingou baixinho.Recomeçou.Mas seu telefone tocou.
Júnior ajudava sua mãe a tirar os pratos da mesa. Ele agora tinha 13 anos.
- Ela não devia ter ido... - todas as noites era a mesma coisa, Júnior reclamava que tinha de retirar os pratos da mesa, pois era quem fazia isso, ele não tinha obrigação, e que era pra mãe trazê-la de volta para casa logo. Mas Kate sabia que o que ele queria era só a irmã de volta, ela também queria isso, todos queriam.
- Já chega, John... - retrucou a mãe nervosa. - deixa de reclamar e leva isso pra cozinha!
O garoto bufou e levou os pratos.
Todos os natais e todos os dias eram difíceis sem ali, ela sentia falta da filha. Olhou pela janela da cozinha que tinha uma ampla vista do quintal vizinho. Ouvia pessoas desafinadas, mas alegres cantando, bêbados, canções cafonas de natal, e ao fundo, bem distante, ela ouvia um violão.
- É, não somos apenas nós pelo visto... - murmurou sozinha.
- O que disse, mãe?
- Nada, Junior. Vá dormir...
O garoto subiu as escadas correndo. Kate pegou o telefone e com relutância discou os números que sabia de cor, já sabia no que ia dar.

- Alô?
- Alô, quem gostaria?
- É a Kate, com quem falo?
- Mamãe?
- Ó, filha, , é você?
- Claro, Sra. , quem mais seria?
- Que bom que é você, tenho tentado há tanto tempo falar contigo...
- E por que não tentou no meu celular?
- Eu não tenho seu celular... Que chique agora ela tem celular! - a garota riu.
- Não é hora para piadas, mamãe, olha eu tenho tido muito pouco tempo, por isso não posso ligar, mas me liga quando puder, tá bom? Amo você!
- Também te amo... E tem gente sentindo sua falta também!
- Quem?
- Quem poderia ser? Seu irmão o Júnior, ele diz que é por causa dos pratos, mas eu sei que ele te ama... - as duas riram, as risadas eram homogêneas.
- Sim, ele me ama...
- Mas não foi só ele quem sentiu, o garoto aqui do lado, o...
- ...
- É!
- Ele está namorando? - a mãe suspirou do outro lado. - Está, não é?
- Sim, ele está!
- Eu sabia que não passava de atração... - a mãe riu.
- Ele sente sua falta, , eu só sei disso!
- Tem falado com ele?
- Às vezes, ele não tem ficado muito em casa, ele está com... - ouviu um telefone bater - Você ouviu isso? - perguntou a Sra. .
- Sim, eu ouvi, deve ter alguém nos ouvindo, anote meu número. Vou desligar.

voltou à cozinha, tudo estava normal e ninguém dava sinal de estar nervoso, ou apreensivo e muito menos faltava alguém ali. Quem será que tinha sido?


Mais tarde ela ouviu alguém bater a porta.
- Entre... - disse ela se ajeitando entre os cobertores, fazia muito frio. - Ah, oi, papai!
- Oi, filha, nós precisamos conversar! - disse ele sério.
- Sim, pode falar... - respondeu se sentando na cama.
- Quem é o rapaz?
- Foi você não foi?
- Foi sim... Eu só queria...
- Ouvi-la outra vez? Você perdeu a mamãe, pai... Não comece.
- Não vamos discutir sobre isso agora... Quem é o rapaz? - insistiu o Sr. John.
- É um amigo, da escola, não nos vemos há anos e... Ele foi meu único amigo lá.
- Entendo... Acho que... Está na hora de você passar um tempo com a sua mãe, passar o ano novo lá vai te fazer bem...
- Tem certeza?
- Sim, e ouvi falar de uma banda muito boa que tem por lá, quero saber quem são. Pesquise pra mim!
- Tudo bem!

A garota arrumou as malas naquela mesma noite e no dia seguinte já pegava o avião com destino a Londres, ao centro de Londres. E levando três amigas de faculdade com ela.
Since U Been Gone
- ! - exclamou Harry.
- O que foi? - respondeu ele com rispidez.
- Tem como se concentrar, por favor?
- Tá, eu vou tentar...
- Tentar? Cara, o show é quinta, é decisivo! Os caras da gravadora vão estar lá, deixa de pensar em mulheres e no que você faz com elas e presta atenção no que tá cantando!
- Okay! - disse ele pegando a guitarra com mais firmeza - 1, 2, 3, vai!(N/A: aconselho ler ouvindo Star Girl)

'Hey, I'm looking up for my star girl [Hey, eu estou procurando minha garota estrelar]
I guess I'm stuck in this mad world [Eu acho que estou preso nesse mundo maluco]
The things that i wanna say [Com coisas que eu quero dizer]
But your a million miles away' [Mas você está a milhões de quilômetros de distância]


O avião agora pousava sobre Londres e quatro garotas desembarcavam no aeroporto.
'And I was afraid when you kissed me [E eu estava com medo quando você me beijou]
On your intergalactical frisbee [No nosso Frisbee intergaláctico]
I wonder why, I wonder why [Eu me pergunto por que, eu me pergunto por que]
You never asked me to stay' [Você nunca me pediu para ficar]


Entraram num táxi qualquer e indicaram o caminho.

'So wouldn't you like to come with me [Então, você não gostaria de vir comigo?]
Go surfin the sun as it starts to rise [Surfar o sol enquanto as estrelas começam a aparecer]
Woah your gravity's making me dizzy [Woah, sua gravidade está me deixando tonto]
Girl I gotta tell ya [Garota eu tenho que te dizer]
I feel much better [Eu estou me sentindo bem melhor]
Make a little love in the moonlight' [Fazer um pouco de amor sob a luz da lua]



A campainha tocou, passos ecoavam do lado de dentro da casa. Kate abriu a porta, e teve uma grande surpresa.
- , pensei que nunca mais ia te ver! - disse a mãe abraçando a garota.
- Mãe... Que saudades! - gritou retribuindo o abraço e apertando a mulher.
- Então quem são essas meninas lindas? - perguntava Júnior, enfiando a cara pela brecha que a mãe deixara, fazendo as meninas caírem na gargalhada.
- Estas são , e - e cada garota acenava quando dizia o nome.
- E como elas vão caber aqui, quero dizer não temos camas suficientes, sinto muito! - disse Kate, perdida.
- Ela pode dormir comigo mãe. - continuou o menino agora levando um tapa da irmã.
- Deixe de ser tarado, John... Venha aqui, deixa eu te ver! - ele tinha crescido e estava se tornando um menino muito bonito.
- Não quero te ver, não devia ter voltado!
- Ele está feliz em te ver, ... - disse a mulher sorrindo sem graça. - Entra, chispa! - E Júnior saiu correndo.
- É eu sei que ele está... - ela riu. - Bom, mãe nós vamos dormir no hotel, não se preocupe.
- Tem certeza? Não querem nem entrar?
- Nós voltamos pro almoço. Não é?
- Sim, nós voltamos... - disse em tom decisivo uma garota alta e de cabelos bem pretos, era - Vamos, , temos reserva no hotel...
- Ah sim, claro! - deu mais um abraço na mãe. - Nós voltamos mais tarde... - disse ela lançando um rápido olhar na casa vizinha, mas Kate percebeu.
- Eles ainda moram aí, e todo ano eu ouço o mesmo toque de violão...
- Eu tenho que ir... - ela se apressou, empurrando , e .- Nós nos vemos mais tarde.


- Hey, cara... - disse Judd puxando do meio da rua quando vinha um táxi - Você não quer morrer antes do show não é?
- Não - disse o amigo rindo - com certeza não!

- ... - gritou a mãe assim que ele entrou em casa.
- Que foi mãe? Não vai me dizer que o papai saiu e desligou o celular de novo...
- Não... Ela... Está aqui!
- Ela quem mãe?
- A !
Ao ouvir a pronuncia daquele nome, ele saiu correndo em direção a casa vizinha pelo meio do jardim e quase caindo num duende de enfeite que tinha ali. (N/A: Eu imaginei essa cena sabia? Tá, eu prometi desculpem...) Tocou a campainha e a porta se abriu.
- Oi, , chegou meio atrasado!
- Ela não está mais aqui...
- Ela foi para um hotel...
- Que hotel?
- Eu não sei, mas ela volta pro almoço...
- Droga, não vou estar aqui! Quanto tempo ela vai ficar?
- Acho que uma semana, talvez mais, não sei... Mas tempo é o que não vai te faltar! Agora vai pra tua casa e não pisa o meu jardim de novo.
- Tá bom, Sra. ! - E ele saiu quase saltitando, nem ele acreditava, em seus plenos 22 anos de idade ele estaria saltitando, só o que faltava.


- Quem era o tal que a sua mãe falou, ? - perguntava enquanto elas desciam do táxi.
- Um... Amigo! - e entregou as malas para o garoto que trabalhava no hotel.
- Só amigo?
- É, só amigo... - ela riu. - Não vamos mais falar sobre isso...
- Não deu nem uns beijinhos nele? - perguntou esperançosa.
- Nope! Tá... Sim, eu dei uns beijinhos nele... E chega!
- Nada mais?
- Eu disse chega! - as garotas riram e entraram no hotel.
- Ele toca violão, que romântico... - lembrou enquanto elas entravam no elevador.
- Vocês não vão mesmo desistir né?
- Não... - disseram em coro.
- Tá, eu conto!

Elas passaram a tarde ouvindo falar das historias dela com , e de como ela foi parar em Cherry Hinton.

Um celular vibrava em cima do sofá e corria pra atender.Olhou no visor.
- Ah, ótimo... Taylor agora! - atendeu.
- ?
- Não!
- Ai, , seu bobo... - ela riu.
- Fala, Taylor... - ele não estava com saco pra ela, não estava com saco pra nada naquela hora.
- A gente podia ir a algum lugar hoje, né, amorzinho? - ela fazia uma voz de bebê.
- Hoje, amor?
- É... Eu estou com saudade!
- Mas você me viu não tem nem 5 horas... - ela riu.
- Não sei, tô com sono... Vou dormir um pouco!
- Tá bom, você que sabe... Mas eu estava preparando uma coisa pra gente hoje! - continuava com a voz de bebê.
- Sério, o Harry tá me matando com essas coisas da banda, hoje não dá!
- Você é quem sabe! - e desligou na cara do garoto, ela adorava fazer birra e era o que ele menos gostava nela. Não estava a fim de sair, e tinha que se preparar para a noite de quinta, que seria o dia do show, e ele queria ver ! Jogou-se na cama e logo apagou.

I Never Said Good bye

- ! - alguém o sacudia.
- Não... Não quero! - repetia o garoto.
- !
- O quê? - acordou assustado. - O que você tá fazendo aqui, cara?
Harry estava bem vestido e parecia que tinha tomado um banho de perfume, ele olhava para , que esfregava os olhos.
- A gente marcou de sair e você fica ai dormindo? Ah e você tava sonhando com o quê, hein?
- Eu? Com nada! - disse ele corando.
-S ei, devia tá sonhando que um tarado realizava todos os desejos sexuais, não pensei que você me trairia dessa maneira! - disse ele, fazendo pose de gay fazendo rir. - Vai tomar um banho e rápido e se veste que nem gente!
- Onde nós vamos? - ele tirava a camisa e entrava no banheiro.
- Num apartamento ai... - olhou para ele assustado. - calma, cara, é festa de um empresário aí! Particular! - disse ele, mostrando os convites.
- Não tô muito a fim! - fechou a porta.
- Mas é a nossa chance, a gente pode pedir pra ele ir quinta ver a gente também. Vamooos!
- Ai... Okay! - e entrou no chuveiro.


- , vamoooos!
- Ah, ... Não sei não! - estava com as portas do guarda roupa abertas e olhava um por um seus vestidos.
- Que que tem? Seu pai ligou e pediu pra você ir... Você tá é de doce!
- Arruma uma roupa pra mim e eu vou!
- Tá bem! - ela abriu sua parte no guarda roupas e tirou um lindo vestido preto que ia até a metade da coxa, não era muito nem pouco decotado, era sexy!
- Não vou com isso de jeito nenhum! - ela agora passava rapidamente os vestidos no armário.
- Ah, vai sim! Nem que eu tenho que colocar em você! - estendeu o vestido para a amiga que aceitou e entrou no banheiro.
- Eu vou parecer uma...
- Mulher sexy! - riu.
- Só você mesmo!
-Anda logo as meninas estão com pressa... - e elas ouviram alguém bater na porta do quarto.
- Quantos anos vocês vão demorar pra se arrumar? - gritava da porta.


O apartamento estava cheio de gente, cada um exibia um copo de alguma bebida nas mãos e muitas mulheres, muitas mesmo, estavam com roupas bem acima do joelho, eu até diria que estavam com roupas acima da bunda! Em um canto tinha um cara bonitinho que piscou para quando elas entraram na festa, logo chegou uma menina quase sem roupa e o puxou para um quarto e ele foi como um cachorrinho.
- Isso é horrível... - riu da cara da amiga - eu vou embora! - foi em direção a porta.
- Vai uma ova... - a puxava pelo braço. - Olha em volta... Não tem só sem vergonhice aqui! - e apontou para um lado onde alguns empresários conversavam, um deles era amigo do pai de , que acenou para ela e fez um jóia, tipo dizendo que ela estava muito bonita, ela sorriu e acenou.
- Com certeza, você não vai querer deixar a festa de um amigo do seu pai!
- É, você tá certa. Mas eu não vou dançar... - dizendo isso se postou perto de uma das colunas.
- Você que sabe, hoje no táxi, eu vi uns garotos bem lindos passando na rua sabe... - se encostou na coluna ao lado de .
- E?
- E eu quero voltar sempre na casa da sua mãe... - ela suspirou, fazendo rir.
- Que bom! - ela examinou o lugar - Ah... Não acredito! - e apontou para um lugar do outro lado da casa.
- O que foi? - olhando na direção do dedo da garota, avistou um garoto extremamente loiro que reconheceu como seu primo, , que quando a viu correu até ela.
- - disse, abraçando a prima.
- , que saudades menino!
- É sua sumida. Por onde você andou? Nossa, tá filé, hein! - fez um barulho estranho com a boca.
- Ah, , essa é minha amiga !
- Olá, ... - ela acenou.
- Oi! - respondeu com outro aceno e voltou a atenção pra - Ah, você não sabe quem tá aqui...
- Quem? - ela temia a resposta.
- O ! - ela forçou um sorriso.
- ? Ah, aquele que você me falou, ! - exclamou ela feliz.
- Sim, é ele... Ele tá namorando, não é ?
- Tá sim... Tá informada...
- Ah, sabe como é a mamãe...
- Sei sim, vou chamar ele aqui!
- Não... Não precisa... - tarde demais ele já tinha visto a garota, e vinha com Harry e . cutucou e murmurou algo como "É o do meio!", então era Harry quem ela tinha visto na rua da casa de sua mãe. se aproximava dela com um grande sorriso e ela não pode mais esconder que também estava feliz em vê-lo.
- ! - ela acenou com a cabeça.
- ! Nunca pensei em te encontrar aqui!
- Muito menos eu! - ele a abraçou e deu um beijo no rosto dela.
- É... essa é a ; esses são, , Harry, e o , que você já conhece! - ela os apresentou na ordem e ela sorriu para Harry, que lhe deu uma piscadinha, e , que disse um oi tímido, ele era péssimo em apresentações! e , que estavam dançando se aproximaram deles e novamente fez as apresentações. Todos foram dançar e ela ficou encostada ali mesmo na coluna com ao seu lado, eles ficaram em silêncio observando os 6 que faziam rodinha e dançavam animados.
- Você está linda! - disse ele, pra quebrar o silêncio.
- Ah, obrigada! - ela sorriu - E aí, continua com sua obsessão pelo Marty McFly e 'De Volta Para o Futuro'? - ele começou a rir.
- Tanto que minha banda tem esse nome... McFLY! - ela fez uma careta e continuou
- Você é mesmo um fanático, ...
- Com certeza sou... - e ficou de frente pra ela, as mãos de começaram a suar. - Pensei que nunca mais ia te ver!
- Quem é vivo sempre aparece... - e eles começaram a rir e falar besteiras. Ela olhou pro lado e viu que o clima tinha esquentado e que estava agarrada com em um sofázinho, puxava Harry para o banheiro e e estavam numa cena 'pornográfica' no meio da pista de dança. - Ó, meu Deus... Elas não estão fazendo isso... A gente tem que ir embora!
- Deixa, parece que eles se acertaram... - ria da situação de e .
- É menos nós... - ela deixou escapar colocando a mão na boca logo em seguida arrependida.
- Por que você foi embora? - ele tinha chegado onde ela não queria.
- Eu já queria ir fazia tempos e...
- , não minta pra mim! - ela suspirou.
- Não podia levar adiante... Você sabe que não podíamos... Você ia enjoar da minha cara e eu ia ficar que nem uma boba apaixonada.
- Você sabe que não!
- , você tinha todas as garotas do colégio aos seus pés...
- Mas eu só queria uma...
- Que bom que não quer mais... - pegou o casaco e tirou dos braços de , arrancou do sofá e arrastou do banheiro. - Nós temos que ir!
- Ela continua a mesma louca de sempre... - disse se aproximando e fez uma cara bem feia pra ele.
- Sim, linda e louca... - completou Harry.


- Você não vai ligar pra ela? - tinha o celular nas mãos e olhava fixo pra ele.
- Ligaria se eu tivesse o número... - e deu um tapa na cabeça de Harry, que pareceu ter uma idéia.
- Peraí, cara, eu já volto! - saiu correndo escada abaixo e bateu forte a porta.
-Um dia ele derruba minha casa com isso... - falou pra si mesmo.
Cinco minutos Harry voltava com um papel verde na mão.
- Aqui tá a sua salvação... - e estendeu a mão para pegar o papel.
- E o que tem aí? Você anda escrevendo poemas, é? - ele riu e levou um tapa.
- Eu já disse que te amo? - Harry fez biquinho.
- Todos os dias, amor... - riu e tomou postura - Agora pára de boiolice e liga...
discou o número de , com certeza ela não ia querer falar com ele.
- Alô? - atendeu uma voz masculina do outro lado.
- Alô, eu queria falar com a ! - Harry fez cara de riso, ele não ia agüentar.
- ? Cara não tem nenhuma aqui... - fez careta e olhou para Harry que quase se mijava de rir.
-Desculpe, então... - desligou o telefone e começou a socar Harry. - Seu gay! Me dá logo o número... - Harry tirou um papel do bolso e entregou para . - Ai de você se não for, eu acabo com seus filhos...
- Eu não tenho filhos...
- Eu acabo com o que faz eles então! - Harry fingiu medo e gargalhou.
discou o número de , com certeza ela não ia querer falar com ele.(N/A: vcs jah viram essa frase neh? Huahauhaua)
- Alô? - agora era a voz dela.
- ?
- !
- É, sou eu... - ela riu.
- Percebi pelo modo que você disse meu nome, me desculpe por ontem, meu dia não tinha sido bom. Eu não devia ter... Fugido.
- É sobre isso que eu quero falar...
- Não é bom a gente falar agora sabe... Eu vou à casa da minha mãe hoje pro jantar, apareça lá! - ele sorriu.
- Com certeza!
- Ah... Leve os meninos - e deu uma risada gostosa, ele sentia saudade daquela risada, ele acordou do transe quando ela disse - Se você não levá-los eu vou ser o assado pro jantar!
- Se elas fizerem isso, diga pra me chamarem! - ela fez um barulho estranho com a boca e falou uma coisa ininteligível. - O que disse?
- Nada... Seu malvado! - ele deu uma risada maléfica. - See you later...
- Até mais tarde!
Ela desligou o celular e começou a gritar.
- O que foi, ? - havia corrido para o quarto e ela sorriu pra amiga.
- Eu amo ) !
-A h, me conta uma novidade! - e saiu do quarto rindo.
- Como será que ele descobriu meu número? - as garotas olharam pra que estava só de blusa e calcinha correndo pela casa.- Vão se arrumar, bando de feiosas, nós vamos jantar na minha mãe hoje!


Wine, Blues and... Perversion!

A Sra. fez um belo de um jantar, todos estavam a mesa, e e trocavam olhares e davam risadinhas de dois em dois minutos, até que ela se levantou.
- Vou até a cozinha buscar mais vinho... - ela foi em direção a cozinha.
- E eu vou ao banheiro... - ele saiu da mesa, mas ao invés de ir em direção ao banheiro entrou na mesma porta que .
- Sr. ! - exclamou ela se virando com um enorme sorriso.
- Srta. ! - ele se aproximou e passou as mãos pela cintura da garota, que estremeceu ao sentir o toque dele, ele selou seus lábios aos dela e passou a língua neles, ela lhe deu espaço e gemeu baixinho quando as línguas se encontraram, quanta saudade continha ali, ele passou as mãos nas costas dela por baixo da blusa. Por sua vez, ela empurrou tudo que estava em cima do balcão pro chão o que fez um grande barulho, todos na sala de jantar se assustaram.
- O que a tá fazendo lá? - a mãe da garota perguntou.
- Talvez o esteja lá... Quer que eu vá ver? - já se levantava da mesa com um risinho.
- Não... Deixa os dois se entenderem! Provavelmente estão brigando... - respondeu a mulher, arrancando risos de todos a mesa.
Voltando à cozinha, ergueu e a pôs em cima do balcão.
- Tá bem espertinha, hein... - elE riu maliciosa.
- Você ainda não viu nada! - usava uma camisa social de botão que ela desabotoou delicadamente, ele tremia e beijava a garota com vontade. Ele a ajudou a tirar a camisa e ela alisou o peito nu do garoto, descendo as mãos direto ao botão da calça, ele interrompeu o beijo e tirou a blusa da garota, ela usava um sutiã preto meia taça que deixou mais doido ainda, pos as mãos nas coxas dela fazendo-a gemer. desabotoou a calça de que caiu aos pés do garoto ele terminou de tirá-la e chutou pra um canto. Ele colocava as mãos dentro da saia dela quando ouviram um barulho.
- Ham-ham... - e estavam a porta da cozinha, a Sra. tinha os mandado lá pra ver porque tanto barulho e pra impedir e de quebrar toda a louça dela. olhou pra trás sem graça, pois o olhar de estava parado em sua bunda e já não bastava ela estar vendo ele naquela situação com , que estava bem vermelha. correu e vestiu as calças e pôs sua blusa rapidamente.
- Er... O que vocês tão fazendo aqui? - perguntou ela com a cara mais deslavada do mundo.
- Ver o porquê desse barulho todo... - respondeu - Sua mãe está furiosa na sala de jantar, dizendo que vocês vão quebrar a louça dela com a briga de vocês! - ela destacou briga e fez um gesto com os dedos no ar, como se colocasse aspas na palavra. agora abotoava a camisa e desceu do balcão, indo em direção a sala e se retiraram da cozinha, dizendo pra eles virem logo.
- E agora? - disse ele, puxando a garota pelo braço.
- Agora o quê? - ela ria da situação de , que suava frio.
- Eu vou ficar assim? - e apontou pra si mesmo.
- Por enquanto, vai! - ele riu malicioso e deu selinho nela, e voltaram à sala de jantar.


- Na cozinha, cara? - perguntava Harry rindo, eles estavam na casa de , foram os quatro pra lá após o jantar, se encontravam na sala sentados no sofá.
- Ah, eu nem pensei em nada... - estava sem jeito, não foi nada legal terem pegado ele e na cozinha NAQUELA situação.
- Mas foi engraçado, isso eu não posso negar, principalmente a sua cara quando viu a gente ali, ! - ria desesperadamente.
- Também olha a situação que eu tava...
- Você é louco, dude, imagina se fosse a mãe dela que fosse lá... Logo no jantar na casa da mãe dela... - o olhava com reprovação.
- Hey, eu não fui o único culpado! - defendeu-se. - O pior foi vocês terem chegado, eu fiquei na mão...
- Acho que não seria legal se vocês continuassem, os barulhos seriam ouvidos - Harry ria, imaginando a cena.
- É, talvez você tenha razão, mas, de todo jeito, aconteceu! - sacudiu os ombros e se levantou. - Eu vou dormir...
- E vai deixar as visitas sozinhas? - fez uma cara maliciosa.
- Se eu tivesse uma irmã em casa, eu estaria preocupado, mas ela já casou, então eu não tenho com o que me preocupar, e vocês já são de casa dudes... Boa noite!
- Nós já vamos, então, não tem nada pra fazer aqui e nenhuma irmã gostosa sua pra gente pegar... - gesticulava e ia em direção a porta.
- Bye... - disseram eles.
- Bye! - respondeu , subiu e se deitou as lembranças daquela noite não o deixavam em paz.

Enquanto isso no hotel...

- Ainda não acredito que a menina certinha estava só de sutiã na cozinha da casa da própria mãe! - as garotas riam na sala enquanto tocava o CD do Backstreet Boys na sala.
- , , safadinhaaa!
- Eu gosto dessa música... - estalava os dedos e começava a cantar tentando fugir da conversa - I will love you more than that...
- Pára de fugir do assunto, ... - repreendeu.
- Mas eu não... Tá, o que vocês querem saber? - ela se jogou no sofá.
- Eu quero saber o que te deu na cabeça pra se atracar com na cozinha da casa da sua mãe! - disse e as outras concordaram.
- Não sei, foi de repente... Ele chegou na cozinha, aí a gente começou o vuco vuco - telefone começou a tocar ela viu "" no visor, não quis atender - ai, meu Deus... - ela agora dava um tapa na própria cabeça parecendo ter percebido o que estava acontecendo.
- Você não vai atender, ? - perguntou olhando quem era.
- Não...
- E por quê? - agora se encontrava a beira das lágrimas.
- Ele tem namorada... - e começou a esbofetear a própria cara - Não acredito que eu estava me agarrando na cozinha da MINHA mãe, com um cara que tem namorada. Eu sou mesmo uma...
- Garota que se deixou levar pelas emoções... - a corrigiu. - Não fique se julgando, , a emoção sempre vence...e também não adianta chorar o leite derramado, né? - O telefone continuava a tocar, mas ela nem queria olhar mais o visor.
- É verdade. Mas não vai se repetir, pode ter certeza! - ela limpou as lágrimas e olhou para as meninas. Ele tinha desistido, a música "She Will Be Loved" que era seu toque de chamadas, parara de tocar. - Mas e vocês e os meninos, hein? Hein? Hein? - ela beliscava cada uma das meninas que riam bobamente.
- Nada demais, não rolou nada além daquele dia da festa que você fez o favor de tirar a gente de lá! - fez cara feia.
- Ai, desculpem... Mesmo, mesmo! Não foi por querer, eu tava nervosa...
- Tudo bem, a gente tem que te amar assim mesmo, né! - disse arrancando risadas da outra - Mas próxima vez, eu te faço ir embora sozinha!
- Calma, tigresa...
E elas passaram o resto da noite falando do evento que elas iriam no dia seguinte, quinta feira, pra ver a tal banda que o pai dela pediu. Combinavam desde a roupa que iam usar até o que fariam se aparecesse algum cara bonito pra elas. Foram dormir empolgadas, só que estava com o pensamento longe, não devia ter quase se entregado daquela maneira. Não pra alguém como , agradecia por não ter passado daquilo. Passou a noite em claro, chorando.

Elas levantaram logo cedo, pois iriam ao shopping depois do almoço pra comprar roupas novas pra ir ao 'show'. Almoçaram e saíram.

Os meninos ensaiavam sem parar, a apresentação seria naquele dia, e até que andava meio aéreo(como sempre) nos ensaios estava prestando atenção no que fazia. Eles tinham que estar prontos às 20:00 e o show começaria às 20:30. Eram 11 da manhã àquela hora então eles ainda tinham tempo, mas a incrível sensação de ter estômago dando cambalhotas não os deixava, era decisivo se os empresários aprovassem-nos, iam finalmente poder gravar o CD.


- Não creio que acheiii... - pulava de emoção - O vestido que eu tô procurando há meses, eu acho logo aqui! Vai ser esse! - ela segurava firmemente um vestido vinho de frente única e bem curto, com uma abertura na lateral da perna, como se fosse um prêmio que ela lutara muito para ganhar.
, por sua vez, quase chorava por achar o sobretudo que ela também procurava há tempos.
- Lindo, lindo, lindooooooo! - dizia ela eufórica. Ela encontrou a roupa perfeita para ir ao show.
Por sua vez, olhava as roupas com um certo desinteresse e ria às vezes ouvindo gritar de euforia e falar sozinha que aquela loja era um sonho, aquelas roupas não faziam seu tipo ela gostava de uma coisa mais comportada, sempre foi assim, mesmo estando menos careta agora, ela ainda se considerava bem quadrada, ela agora admirava uma blusa até bonitinha da Gucci, talvez a comprasse, quando veio pulando em sua direção.
- Ah, não - disse ela - nem vem...
se aproximava com um lindo vestido preto nas mãos, segundo as meninas, ela ficava muito bem de preto, porque ressaltava a pele da garota, que era muito branca, mas ela achava que parecia uma morta, mas pior seria se ela usasse branco.
- Sim, sim, , vai ficar perfeito. - o vestido tinha um decote V e chegava até quase a altura dos joelhos.
- Não... Não mesmo, nem vem com essas idéias! Eu quero escolher minhas roupas hoje! - ela sacudia as mãos, se afastando.
- Mas você sempre escolhe sua roupa, experimenta pelo menos, vai! - fez biquinho e foi experimentar o vestido. Como ela odiava chantagem emocional. Colocou o vestido, realmente ficara muito bonito, se animou e resolveu levar 'O que custa me sentir sexy uma vez na vida!' pensava ela.
- Vem aqui fora pra eu ver! - gritou a amiga. Ela saiu e as outras babaram.
- Ficou perfo! É esse mesmo, né, ? - gritava .
- É esse mesmo sim, ! - os olhos de brilharam, elas saíram da loja alegres e contentes e foram pra casa.

Enquanto isso, os garotos suavam ensaiando as músicas para o show, resolveu por no repertório a música que tinha escrito há pouco tempo, Brown Eyed Girl. Já eram 4 da tarde, e às 6, eles iriam se arrumar.

Eram 20:30 e as meninas saíam de casa, estavam atrasadas.
- Tudo culpa sua, ! - emburrava a cara para a amiga enquanto elas entravam no táxi.
- A culpa não é minha se eu demoro a me arrumar! - a amiga se defendeu.

O show começava no simples, mas luxuoso pub, que era o mais badalado da cidade, o The Nights.
- Bom - dizia . Ele suava frio enquanto via alguns dos empresários sentados a uma mesa num canto. - Nós vamos começar com Met This Girl, 1,2, 3 vai!

Well I met this girl, just the other day [Bem eu conheci essa garota ainda outro dia]
I hope I don't regret, the things that I said now[Eu espero que eu não meu arrependa das coisas que eu disse agora]
And when we're laughing and joking with each other now [E quando nós estávamos rindo e brincando um com o outro]


estava nervosa, nunca chegava nesse bendito pub. 'Que droga, se eu perder esse show papai vai ficar decepcionado' pensava ela, e perguntando ao taxista se faltava muito.

I'm glad I met this girl [Eu estou feliz que eu conheço essa garota]
She didn't walk away [Ela não fugiu]
I think she was impressed and was having a good time, [Eu acho que ela se impressionou e estava se divertindo]
And when we're laughing joking with each other, [E quando nós estávamos rindo e brincando um com o outro]
Spending all our time together [Passando todo o nosso tempo juntos]


Finalmente haviam chegado, elas entravam apressadas dentro do lugar atraindo vários olhares. Elas estavam realmente muito bonitas. foi o primeiro a ver, mas se concentrou em cantar, então a viu, como ela estava bonita.

When she walks in the room my heart goes boom![Quando ela entra na sala meu coração faz boom!]
Ba, ba, ba, ba,ba, da ba,
When she walks in the room my heart goes boom! [Quando ela entra na sala meu coração faz boom!]
Ba, ba, ba, ba,ba, da ba,
I tried to take her home but she said, [Eu tentei levar ela para casa mas ela disse]
You're no good for me... [Você não é bom para mim...]


Elas se sentaram ainda sem prestar atenção na banda, quando ocuparam um lugar a cutucou e ela olhou para o palco, lá estava ele, bem vestido, bonito e cantando em direção a ela.

She's got a pretty face, such a lovely name, [Ela tem um rosto bonito, um nome encantador]
I don't want my friends to see, they might take her away from me, [Eu não quero que meus amigos vejam, eles podem tirar ela de mim]
She's one I won't forget, in a long, long, long time,[Ela é a única que eu não vou esquecer, por um longo, longo, longo tempo]
Now i really want the world to see, [Agora quero realmente que o mundo inteiro veja]
That she is the one for me, [Que ela é única para mim]


olhava bobamente cantar, ela amava a voz dele e há muito tempo não o ouvia cantar. Quantas saudades!
The first time that I saw her she stole my heart, [A primeira vez que eu a vi ela roubou meu coração]
And if we were together, nothing could tear us apart, [E se nós estivéssemos juntos, nada poderia nos separar]

When she walks in the room my heart goes boom [x3][break down on x1] [Quando ela entra na sala meu coração faz boom
(Quando ela entra na sala meu coração faz boom)]
Yeah, when she walks in the room my heart goes boom [Yeah, quando ela entra na sala meu coração faz boom]
I tred to take her home but she said: you're no good for me [Eu tentei levar ela para casa ela disse: 'Você não é bom para mim...']

When she walks in the room my heart goes boom [Quando ela entra na sala meu coração faz boom]
I tred to take her home but she said: you're no good for me [Eu tentei levar ela para casa ela disse: 'Você não é bom para mim...']


As garotas estavam hipnotizadas pelos garotos, alguma coisa os atraia mutuamente, era como se houvessem imãs entre eles, todos os acasos os levavam a se encontrar. Eles continuavam a cantar ,como se não houvesse nenhuma distração mas só bobo não percebia que eles cantavam pra elas. Passado meia hora de show, que estava quase no fim, já que era só uma pequena apresentação, se manifestou:

- Agora a nossa última música, uma composição especial! - e deu uma piscada pra . As outras viram e começaram a cutucá-la e soltar risadinhas parecendo adolescentes de colegial, mas ela continuava calada, perdida em pensamentos, concentrada apenas na voz e naquele garoto (n/a: ou homem, uiui) do palco.

Hey where did we go,[ Hey, aonde fomos?]
Days when the rains came [Dias em que a chuva vinha,]
Down in the hollow, [Descendo na caverna,]
Playin' a new game, [Jogando um novo jogo,]
Laughing and a running hey, hey [Rindo e correndo hey, hey]
Skipping and a jumping [Saltando e pulando]
In the misty morning fog with [Na manhã enevoada, névoa com]
Our hearts a thumpin' and you [Nossos corações batendo e você]
My brown eyed girl, [Minha garota dos olhos castanhos]
You my brown eyed girl. [Você, minha garota dos olhos castanhos]

Whatever happened [O que quer que tenha acontecido]
To Tuesday and so slow [Para quinta-feira e tão lentamente]
Going down the old mine [Descendo a velha mina]
Standing in the sunlight laughing, [Na luz da lua rindo]
Hiding behind a rainbow's wall, [Se escondendo atrás de uma parede de arco-íris]
Slipping and sliding [Deslizando e deslizando]
All along the water fall, with you [Por toda a cachoeira com você]
My brown eyed girl, [Minha garota dos olhos castanhos]
You my brown eyed girl. [Você, minha garota dos olhos castanhos]

Do you remember when we used to sing, [Você se lembra de quando nós costumávamos cantar,]
Sha la la la la la la la la la la di da

So hard to find my way, [Tão difícil de achar o meu caminho,]
Now that I'm all on my own. [Agora eu estou todo por mim]
I saw you just the other day, [Eu te vi outro dia,]
My how you have grown, [Meu, como você cresceu!]
Cast my memory back there, Lord [Moldar minha memória antiga lá, Deus]
(Sometime) I'm overcome thinking 'bout [(alguma hora)eu vou ter superado pensar sobre,]
Making love in the green grass [Fazendo amor na grama verde]
Behind the stadium with you [Atrás do estádio, com você]
My brown eyed girl [Minha garota dos olhos castanhos]
You my brown eyed girl [Você, minha garota dos olhos castanhos]

Do you remember when we used to sing [Você se lembra de quando nós costumávamos cantar]
Sha la la la la la la la la la la di da

You're my brown eyed girl[Você é a minha garota dos olhos castanhos]

Ao fim da música, estava cheia de lágrimas nos olhos, mas de jeito nenhum as deixaria cair, pediu licença as amigas e foi para o banheiro. a procurava percorrendo os olhos pela sala, e seu olhar encontrou o de que apontou na direção do banheiro, ele deu um aceno com a cabeça e se retirou do palco em meio aos aplausos das pessoas do pub e dos empresários.
- ! Eu sei que você tá aí, dá pra abrir? - batia na porta do banheiro, - Eu vou te deixar aqui com o , hein! - ela ameaçou e a porta se abriu.
- Nem se atreva! - disse amiga com os olhos vermelhos, tinha chorado com certeza, sua maquiagem, porém estava intacta (n/a: sim, a maquiagem foi refeita, você não estava usando maquiagem a prova d'água!), ela parecia alguém que acabara de consumir uma boa quantidade de droga! (n/a: tá a gente sabe que você não consumiu!)
- Menina obediente... - riu e abraçou a amiga - Não fica assim, ! Olha eu não vou pra casa agora... - se soltou da amiga e a olhou séria. - Que foi?
- Pra onde você vai, srta? - disse ela em tom de mãe que repreende os filhos.
- Vou sair com o Harry...
- Tá explicado... E as meninas? - ela agora olhava brincar com os dedos pensando no que dizer. - E as meninas, ?
- Elas também não vão pra casa! - olhou a garota com olhar de uma criança que acabava de fazer arte e inventava uma desculpa pra não levar bronca.
- E eu? - ela já sabia o seu destino!
- Vai com o - ela sorriu amarela.
- ... - olhou de cara feia - Você sabe que eu não quero conversar com ele.
- Mas você não precisa conversar, ele só vai te levar pra casa, e deixa de ser grossa, parece até que você tá fugindo dele... - ela não estava fugindo, talvez.
- Não estou fugindo...
- Então não tem problema de ir com ele... - ela abriu um enorme sorriso.
- Tudo bem... O que eu não faço por você? - sacudiu a cabeça, ainda sem acreditar que cedeu.
- AHHHH, eu te amo ... O resto da minha vida eu vou te agradecer por isso, vamos logo que o povão tá esperando a gente! - e saiu arrastando pelo braço até o lado de fora do pub. - Aqui tá ela, gente!
Todas se despediram e entraram uma em cada carro, buzinou pra ela e disse pra tomar cuidado, ela apenas riu. Logo estavam apenas e na calçada em frente ao pub.
- Vamos? - perguntou ele inseguro.
- Fazer o que, né? - entrou no carro de má vontade.
deu partida, o único barulho que eles ouviam era o do motor do carro que trabalhava e o rádio tocava alguma música popular, ela não queria falar com ele e ele não estava disposto a forçá-la a falar, eles foram quase o caminho todo ouvindo apenas aquelas músicas irritante e o motor, até que ela resolveu quebrar o gelo.
- Gostei das músicas hoje... - olhou para a garota rapidamente e murmurou um "obrigado", voltando à atenção para a estrada - Elas eram...
- Olha, não vamos fingir que está tudo bem... - ele cortou.
- E não está? - mirou a garota e freou o carro de repente, eles estavam em uma parte bem escura da cidade.
- Não, e você sabe! Você fica fugindo de mim, e sobre aquele dia, você simplesmente não quis falar comigo sobre isso, não atendeu minhas ligações e no começo de tudo há três anos você simplesmente fugiu e nem me deu uma explicação, nem um adeus, ... Isso não é coisa que se faça... - ele agora batia as mãos furiosamente no volante e , que não conseguira conter as lágrimas, chorava silenciosamente. - Você está fugindo, você sempre foge dos problemas...
- Eu não estou fugindo! - ela pôs as mãos no rosto, balançado a cabeça.
- Sim, você está... É o que você sempre faz... - ele olhava com desprezo para ela, não sabia o que sentia, se era desejo, raiva, amor.
- Não quero falar sobre isso...
- Tá fugindo de novo... Fala comigo, porra! - ele deu mais um soco no volante. Ela olhou irônica pra ele, limpando as lágrimas.
- Okay! Vamos conversar, sobre o que você quer falar? - agora ela perdia o controle, só queria bater nele, fazê-lo sentir a dor que ela sentia. - Sobre eu quase ter feito amor com você na cozinha da minha mãe, quando você tem uma namorada? Ou quando nós éramos do colegial e você simplesmente me beijou no meio da rua enquanto você estava com a mesma namorada? Você não tem idéia do quanto eu mudei , não tem, e, só pra constar, EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ ME FAZER DE BOBA, ! - a olhava assustado e decepcionado. Ao olhar nos olhos dele, ela viu que o que ele sentia era um pouco pior do que o que ela sentia, era mais profundo e mais doloroso, mas não disse nada, ele simplesmente olhou pra frente e ligou o carro.
- Se é assim que você pensa! - o carro partiu novamente correndo sobre a estrada. não olhou mais para o lado dela, desligou o rádio irritado com a música que tocava, era Maroon 5, e a música já se pode imaginar qual era! (hehe) Chegaram ao hotel com menos de dez minutos de puro silêncio, quando o carro parou em frente à entrada daquele apart hotel luxuoso, ela saiu sem dizer nada. - Adeus! - gritou enquanto via ela se afastar, ela apenas levantou a mão em sinal de despedida.
Entrou no hotel limpando as lágrimas que insistiam em cair, não era do feitio dela chorar em público, "adeus" pensou ela enquanto uma risadinha debochada surgia em seu rosto, ela entrou no elevador, ouvindo impaciente um outro 'passageiro' assobiar uma musica "quem dera ele saísse da minha vida pra sempre, assim eu poderia acabar com essa paixãozinha boba de adolescente", ela estava no corredor e logo afastou a idéia de viver sem , ela precisava dele perto, mesmo que não se falassem. Entrou no quarto e fechou a porta, encostando-se na mesma e escorregando até o chão, chorava abertamente agora, não precisava se esconder de ninguém, podia chorar a noite toda ou "até minhas lágrimas secarem" pensava, atirando-se na cama, arrancou os sapatos e se ajeitou sobre o colchão, chorou, chorou e chorou até adormecer.
Must Get Out

- Ô de casaaa! - entrava no 'quase' apartamento delas. veio cambaleante com as mãos na cabeça - Meu Deus, o que o fez com você? - ela estava deplorável, tinha olheiras profundas e olhos inchados e vermelhos, ainda estava com o vestido da noite passada. - Ele te dopou ou coisa assim, foi? - a menina falava alto e a cabeça de latejava.
- Dá pra falar mais baixo? - perguntou ela mal humorada, pegando um comprimido na gaveta. – Tô com dor de cabeça... - pegou um copo de água e engoliu o comprimido junto com a água e encostou no balcão da cozinha americana.
- Calma, a fera tá solta, ? - se jogou no sofá com um suspiro então se lembrou que ela havia saído com Harry, encaminhou-se até o sofá e sentou-se ao lado da amiga.
- Tá feliz, hein! Isso são horas de chegar em casa?
- Ah, tá cedo, mãe... - riu, só pra fazê-la rir naquele momento.
- Que que você e o Harry andaram aprontando? E as meninas, cadê? - ela olhava a casa como se e fossem sair de dentro das cortinas ou de debaixo do sofá.
- Uma pergunta de cada vez. Eu e ao Harry tivemos uma noite perfeita... - ela suspirou novamente - e quanto às meninas... Não sei, elas devem estar chegando por ai! E você e o ? - Quando abriu a boca para contar a o que tinha acontecido na noite anterior, a porta abriu revelando uma e uma, parecendo flutuar em nuvens.
-Noite perfeita... - disse sem ao menos olhar pra cara das amigas - Pena que eu e o não pudemos tomar café juntos, já que ele foi levar o ao aeroporto e...
- O quê? - estava de boca aberta. Tudo começou a vir como uma bomba estourando na cara dela. - Aeroporto?
- É, o não te contou? - dessa vez foi quem falou.
- Não... Nós... Brigamos ontem e...
- Vocês brigaram? - foi interrompida por , que olhava incrédula para a amiga.
- Peraí... - ela pediu e todas se calaram, tudo se encaixou perfeitamente, ele ter levado-a em casa, o adeus, tudo fazia sentido. - A que horas o vôo dele sai? - a única coisa que ela conseguiu dizer.
- Às 11 e... Se você quiser se despedir, corre, porque já são 10 e meia... - levantou-se num pulo, colocou uma calça, uma blusa e calçou os chinelos mesmo, quem ligava para sandálias chiques quando o homem que você ama está indo embora? Saiu do prédio e pegou o primeiro táxi que viu pela frente, quem dirigia era um rapaz novo e bonito, mas ela nem se importava muito com ele. O aeroporto era do outro lado da cidade, ela só queria chegar lá.
- Ai, que merda... Moço não tem como ir mais rápido? - perguntou aflita.
- Desculpe, senhora, é o máximo de velocidade permitida. - ele disse olhando pelo retrovisor, ela começou a retorcer os dedos, nervosa, nunca chegaria a tempo.

entrou correndo no aeroporto desesperada e se desesperou mais ainda em ver o quanto ele estava cheio, começou a olhar em todos os cantos a procura de , mas seria bem difícil, já que muitas pessoas passavam pelo olhar da garota em frações de segundo. Era fim de ano, alguns dias antes do Ano Novo, ela não podia esperar o aeroporto vazio, viu o balcão de Informações e correu até ele.
- Pra onde ele vai, querida? - perguntava a atendente, e ela se lembrou que nem ao menos sabia para onde tinha ido.
- Ai, meu Deus...eu não sei...
- Então, moça, não tenho como lhe dizer onde é o portão de embarque dele, sinto não poder ajudar... - disse "obrigada" e saiu correndo à procura de novamente, não sabia o que faria se não o encontrasse, olhou em seu relógio e viu que eram 11 horas, lágrimas desceram por seu rosto sem que ela ao menos percebesse. Pegou o celular e discou o numero de , esperou que ele atendesse mas caiu na caixa postal e a mensagem de voz era ele e Harry brigando, pois Harry falava enquanto ele tentava gravar a mensagem.
-, por que não me disse que ia embora? Eu... Eu te amo, não sei o que fazer, me desculpe por ontem... Eu... Não quis dizer aquelas coisas, não vá embora, por favor... - ela continuava a chorar compulsivamente, porque tinha sido grossa daquela maneira? Por que não tinha dito que o amava? Por que ele estava indo embora? Guardou o celular na bolsa que levara consigo, se encaminhou até uma lanchonete e sentou-se pedindo um refrigerante, então alguém tocou seu ombro. - - ela disse. Ao se virar e ver quem era, ela o abraçou e chorou mais ainda se é que era possível, ele a apertava e parecia não querer soltá-la nunca mais. - Me desculpe... Eu só queria, só queria me despedir... - ao ouvir aquilo, ele selou seus lábios aos dela, pressionando os corpos um contra o outro, ela abriu a boca e sentiu a língua dele procurar pela sua e quando se encontraram, ela se arrepiou por inteira. Eles se beijaram por algum tempo até que ele partiu o beijo.
- ... Me desculpe... Eu... Eu tenho que ir... Eu te amo, não posso mais enrolar, meus pais me matam se eu perder esse vôo... - lágrimas rolavam pela face de .
- E por que ainda está aqui? Eu pensei que já tinha ido... - ela limpou as lagrimas.
- Eu recebi uma ligação... - disse ele sorrindo, fazendo a garota corar, sorriu novamente e deu um selinho nela. - Eu te amo... - e com essas palavras ele saiu andando de costas, ainda olhando a garota, mas logo sumiu na multidão.Ele foi embora e a deixou, pra sempre.
Ela voltou para o apart hotel. Estava acabado, sentiu que aquilo foi um adeus. Entrou e deu de cara com as meninas olhando-a preocupada, ela simplesmente acenou com a cabeça como se afirmasse que estava bem, evitou perguntas, se trancou em seu quarto e chorou o máximo que podia, o máximo que seu corpo agüentou. Perdeu o amor de sua vida, ela só tinha uma decisão a tomar, ir embora.
- ... Nós não vamos... Pensamos nisso esses dias e conversamos, a gente imaginou que você ia querer voltar depois de tudo e... Não vamos voltar com você a Cherry Hinton. - encarava séria, acabava de dizer as amigas que ia voltar a cidade onde morava com seu pai. Elas não queriam ir, tudo bem, ela iria sozinha. Já tinha passado uma semana que tinha partido e essa era a primeira vez que ela falava com alguém naqueles dias, só ia ao banheiro e comia alguma coisa quando seu corpo já não agüentava mais. Ela estava fraca, não queria ter que passar por aquilo, só queria esquecê-lo, e ali não seria o melhor lugar para isso.
- Tudo bem, eu entendo vocês! - ela forçou um sorriso, na verdade o que ela queria era amarrar as três trancá-las numa mala e levá-las de volta a Cherry Hinton, não suportava ter que ficar sozinha, e ainda mais sem as melhores amigas que ela tinha, mas não podia ser egoísta já que agora as meninas tinham se apaixonado e estavam namorando , e Harry.
- Já comprou a passagem? - passou o braço pelas costas da amiga e a abraçou.
- Sim, é pra hoje à noite...
- Sabe, nós não te contamos uma coisa...
- O quê? - perguntou ela curiosa, será que alguma delas estava grávida? Só faltava essa agora.
- O , ele não foi embora pra sempre pros EUA, ele vai passar o ano lá, e volta, ele quer continuar a banda e tal...
- Não importa mais! Estou indo pra casa! - ela tinha se decidido. Aquela semana no quarto confinada não serviu só pra ela colocar as mágoas de três anos pra fora, ela também refletiu sobre o que faria. Só pensava em Kate, sua mãe, e John, seu irmão.
- E... E a sua família? - perguntou como se lesse os pensamentos dela.
- Vou falar com ela hoje à tarde, ela vai me entender... Sim, ela vai... - seu olhar estava perdido em algum canto quando a voz de a libertou do transe.
- Não vamos falar de coisas tristes agora... - disse abraçando a amiga também. - Vamos curtir o nosso dia juntas, como sempre fizemos.
- Com certeza! - abraçou também e elas ficaram ali, unidas por aquele abraço, não souberam quanto tempo, mas pareciam que tinham se unido mais.
passou o dia se despedindo dos amigos e mandando calar a boca porque de 5 em 5 minutos ele parecia arranjar um motivo pra ela ficar.
- , mas...
- Sem mas, , chega dessa discussão boba, eu venho sempre te visitar! - ela respondeu pondo um fim na conversa e deixando o garoto desapontado.

O mais difícil foi despedir-se de sua mãe mais uma vez, elas choraram abraçadas enquanto diziam palavras que só faziam sentido para as duas, ela sentiria muita falta da mãe... Despediu-se de John, que disse que graças a Deus ele teria a mãe só pra ele novamente, mas dizendo que iria sentir saudades de , o que, para ela, foi um grande avanço. Era difícil ir embora, mas ela tinha que terminar a faculdade e, principalmente, esquecer de uma vez! Aquilo nunca teria futuro, mesmo ela o amando e ele a amando. Eles não tinham sido feitos para ficar juntos, definitivamente.
Estavam agora no aeroporto, a Sra. não quis ir, alegando não estar bem do estômago, mas todos sabiam que ela não queria ver a filha entrar naquele avião, não agüentaria ver ir embora, todos evitavam tocar no nome de , sabiam que já devia estar sendo difícil demais para a garota e não queriam vê-la piorar.
- ... - Harry a segurou pelo braço e a levou para um canto, ela gostava muito de Harry, mesmo eles não tendo se dado muito durante o colégio, aquilo era passado. - Ele te ama, você o ama, por que não espera? - ele a olhava nos olhos, mesmo com tanto pouco tempo de convivência, ela não sabia mentir pra ele, era como se ele a conhecesse desde que ela nasceu.
- Não posso, Harry, você sabe que nunca daria certo...
- Você é quem sabe... - ele não iria discutir com a amiga agora, não agora que ela estava indo embora. Apenas a abraçou forte, que correspondeu ao abraço, apertando-o com todas as suas forças. - Vou sentir sua falta, maluca! Obrigada por tudo!
- Já está na minha hora... - disse quando ouviu a chamada para o vôo a Cherry Hinton.
Deu um abraço em todas, se demorando mais em e pedindo a ela que cuidasse da mãe.
- Sem problemas... - disse a garota.
Ela se encaminhou ao portão de embarque, dando tchau freneticamente e tentando sorrir mesmo que suas lágrimas denunciassem sua tristeza. Entrou no avião e procurou seu lugar.
- Poltrona 15A... - pensou alto. - Aqui...
Se acomodou e começou a pensar em tudo que novamente deixaria pra trás e viu que doeu mais do que há três anos atrás, ela deixava tantas coisas de valor, seus tesouros chamados amigos e família, começou a chorar novamente, mas logo limpou as lágrimas e prometeu a si mesma que iria encarar aquilo como o começo de uma nova vida. Mesmo doendo para se desligar de sua outra vida, ela agora começava uma nova fase, a fase de ser feliz. Com ou sem , ela seria feliz!

Fim

N/A: Gente, acabouuu...eu sei que as musicas ficaram nada a ver, mas eu amo essas musicas, e eu tinha que poor, desculpe o script tbm, não sou boa nisso! Obrigada por lerem minhas maluquices e idéias de girico. E por participar delas, já que vocês são minhas experiência! Muahaha!
Comentem e façam a minha alegria pleasseee! Mesmo que for pra me xingar! =x
Beijos e obrigada pela atenção!
Agradecimentos:
Bruna: Minha chubis (a gente roubou esse apelido de uma fic) que me agüentou dia e noite toda vez q eu pedia pra ela ler o que eu tinha escrito e ver se ficou bom, obrigada também por ter lido todas as fics q eu mandei pra vc ler!Love you my friend!
Taiana: Obrigada por ter emprestado seu nome pra eu escrever a fic, já que você nem sabe que ela existe amiga! Hauhaua
Ludmilla: Obrigada por vir na minha casa especialmente pra ler isso aqui, e por me agüentar pedindo ajuda, mesmo que vc não tenha me ajudado...obrigada!
A Ali por ter tentando me ajudar, mesmo que eu não tenha entendido o que ela me mandou no bloco de notas.
Obrigada tbm aos meus amores Daniel Jones, Harry Judd, Dougie Poynter e Tom Fletcher por aparecerem na minha vida e me inspirarem a fazer uma fic até o fim, já que nenhum das minhas nunca foi pra frente!
Ah e eu gostaria de agradecer ao meu pai e minha mãe por terem me feito...
Ops essa frase não é minha! HAUHAUHAU
Dúvidas, sugestões, críticas, críticas ou críticas! ludy_assereuy@hotmail.com

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