By: Carol Ahmed
Beta: Jú Mattos.


Capítulo 1 - Memory lane

Ele a olhou deslumbrado. Não tinha reação ao ver a garota com aquele vestido preto tomara-que-caia. Parecia cena de filme, aonde a garota vai andando em câmera lenta, e o cara olha admirado, com uma música bonita de fundo. Ela entrou no carro, sentou-se no banco do carona, sorriu para ele e disse um 'boa noite' quase sussurrado.
- Vai ficar aí parado, ? - ela piscou ao ver o garoto ainda estático.
- Desculpe, minha linda. - ele voltou à realidade. E a cumprimentou com um doce beijo nos lábios. - É que fico encantado de ver que tenho a namorada mais linda de todas.
- Você sempre galanteador. - disse corando.
- Sempre sincero, você quis dizer. - piscou para ela. - Não tinha como não ser namorado coruja. Mesmo com pouco tempo juntos, você é uma pessoa especial demais pra mim.
- Você também é, meu amor. - ela o abraçou.
- Espero que esses três meses de namoro virem anos, décadas, séculos. - ele brincou.
- Também espero! Vamos comemorar aonde? - disse finalmente colocando o cinto.

Uma tempestade muito forte estava caindo do lado de fora da janela, o que fez despertar de um sonho ainda dentro do táxi à caminho de casa.
- É na Second Street, número 803, senhora? - o taxista perguntou ao ver a menina abrindo os olhos.
- Oh... É sim. Estou tão cansada... Já estamos chegando? - ela perguntou, esforçando-se para enxergar alguma coisa lá fora.
- Sim senhora. Chegaremos em cinco minutos no máximo. - o motorista confirmou.
não sabia ao certo o que estava sentindo ao passar por aquelas ruas de Londres. Lugares tão conhecidos por ela, embora estivesse fora da cidade há anos. Entretanto, cada cantinho daquela imensa cidade tinha sua marca. Ela seria capaz de passar horas contando histórias de vários lugares ali, com pessoas diferentes e momentos diferentes, mesmo com seus meros 20 anos de idade.
Ela precisou deixar a cidade que morara a vida inteira. Sim, precisou. Foi uma decisão difícil quando resolveu abandonar tudo isso, mas já estava sendo difícil o suficiente para ela agüentar a situação em que se encontrava naquele momento. Deixar os amigos, a casa, os pais... E ele... .
Conheceram-se na escola, e estudaram anos juntos. Eram da mesma turma de amigos.
já perdeu as contas de quantas festas, viagens, gincanas, acampamentos, shows, e trabalhos em grupo já participaram juntos. Momentos felizes, tristes, rancorosos. Dizem que nossa adolescência nos forma como pessoas, nos faz maduros, nos ensina muita coisa da vida. É quando estamos para descobrir o mundo e as pessoas que fazem parte dele. Quando procuramos entender como funciona a nossa vida e tentamos nos preparar para ela, por mais duro que seja.
É quando amamos pela primeira vez...
e namoraram alguns meses antes da garota partir, e foi por causa dele que tomou essa decisão. Dizem que difícil não é lutar por aquilo que se quer, mas sim, desistir daquilo que se ama. E foi o que ela fez. Fez no momento em que percebeu que não conseguia mais lutar. Não tinha mais forças.
- Chegamos, senhora. São 15 libras. - o taxista a tirou de seus pensamentos.
- Ahh sim. Aqui está. - ela entregou o dinheiro e foi ajudá-lo a tirar as malas do carro. - Obrigada.
Ela pôde ver o taxista sumindo de sua rua. Era inverno em Londres. A tempestade já havia passado nesses cinco minutos em que viraram a Second Street, porém a neblina ainda dificultava a visão da cidade.
Ela estava parada ali, em frente à sua antiga casa. Não havia avisado aos pais e a ninguém mais que iria voltar. Tinha recebido uma ligação de seus amigos, porém não havia confirmado nada.
Resolveu tomar fôlego, e tocar a campainha. Ouviu passos vindo de dentro da casa. Não era muito tarde para seus pais já estarem dormindo. Ela sabia que às duas horas da manhã, eles deveriam estar vendo TV ou no computador.
Notou a porta se abrir, e sua mãe a olhar enrolada em um casaco de lã.
- Meu deus. - ela exclamou ao ver a filha. - !! Não acredito que é você, meu amor! Vamos, entre.
- Oi mamãe. - a menina entrou e abraçou forte sua mãe, que não via desde que se mudara.
- Que saudades! Você não disse que vinha!! Seu pai está dormindo, mas vou acordá-lo.
- Não precisa, mãe. Ele deve estar cansado. Amanhã falo com ele. - disse ternamente.
- Oh certo, certo. Venha tomar um café, você está gelada demais. Está um frio lá fora. - a mãe foi entrando na cozinha para ferver a água.
largou as malas na sala e foi acompanhá-la.
- Que surpresa boa, querida. - disse a Sra. ainda sem acreditar. - Fico feliz que esteja aqui.
- Também estou feliz de estar de volta, mamãe. - respondeu um tanto incerta.
Não sabia o que esperar dessa viagem. Não sabia nem ao menos o porquê tinha ido, mas achava que era o certo a ser feito.
- Me conte, como anda o emprego lá? Está de férias? - sua mãe perguntou, entregando uma xícara de café à menina.
- Larguei o emprego. - disse simplesmente, e tomou um gole.
- O quê? Por quê? O que está pensando em fazer da vida, filha?
- Não sei ainda, mãe. Vou dar um tempo de tudo por enquanto. Tenho umas economias que guardei enquanto estava lá, e bom... Veremos...
- Certo... Espero que saiba o que está fazendo. Mas então você veio pra ficar?
- Não sei também. - ela riu e terminou de tomar o café. - Mas fico feliz de te ver, mãezinha. - disse sinceramente. - Vou dormir. Estou cansada da viagem. Obrigada pelo café.
- Por nada, querida. Sabe que seu quarto está do mesmo jeito. Não tirei nem pus nada.
- Você sempre me disse isso, e eu sempre achei desnecessário. Mas agora vou precisar. Boa noite, mamãe. - deu um beijo na testa dela, pegou suas malas na sala e subiu para seu antigo quarto.
Tudo estava mesmo igual. Até a posição da cama e do armário. se sentou na cama e sentiu uma pontada em seu coração. Nostalgia, saudade, tristeza, felicidade. Era um misto de sentimentos dentro de si. Ela nem podia imaginar o que sentiria ao rever algumas pessoas.
Se levantou e foi até a mesa da televisão, onde tinham alguns porta-retratos dela com os amigos. Suspirou ao ver uma foto sua e de em seu aniversário de 15 anos. Ele estava por trás dela a abraçando, e ambos pareciam muito felizes. Ainda tinha de robert, um pouco atrás, fazendo careta.
Ela sorriu, deixou o porta-retrato lá e foi se trocar para dormir. Sem dúvidas o dia seguinte seria o começo de um novo momento em sua vida.


Capítulo 2 - We're here again

foi acordada pelo seu pai gritando de saudades da garota. Já era mais de meio-dia. O Sr pegou a filha no colo, a abraçou e ficou colocando o papo em dia. Mas logo teve de sair para trabalhar. Sendo assim, a menina foi tomar banho, e se arrumar para ver o que ia fazer durante o dia.
Olhou para o telefone e ficou pensando um pouco, mas logo em seguida resolveu discar para um número bem conhecido por ela.
- Alô, ?
- É ela... - a menina respondeu.
- Como você está?
- Tudo bem... Mas... Com quem diabos estou falando?
- Não reconhece mais a minha voz? - disse rindo do jeito que a amiga falara. "Ela continua a mesma." pensou. "Perdida como sempre."
- MEU DEEEEEEEUS!! !! Não acredito!!! , , é a !! - a garota começou a gritar tanto, que teve de afastar o ouvido do aparelho de telefone.
- Hahahaha calma, ! - pediu.
- Calma? Você nunca mais ligou pra mim, vadia! Como você está?
- Bem, e você? Queria perguntar se não está a fim de tomar chocolate quente no Sweetchoc da zona 2.
- Estou ótima. Hmmm... O chocolate quente de lá é bom demais, né? Tempos que não vou lá. A gente ia sempre depois da aula quando era inverno, e... - parou de falar alguns segundos.
- ? - queria rir.
- COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ CHAMANDO PRA IR TOMAR CHOCOLATE QUENTE NO SWEETCHOC? - se afastou do telefone novamente.
- É que to sem nada pra fazer, e bom...
- , por um acaso você está em LONDRES?
- Como ela é esperta! - zoou.
- Você continua a mesma engraçadinha de sempre. - fingiu estar irritada.
- E você continua a mesma lerda. Ainda mais agora namorando o ... Quero nem ver. - brincou .
- Bom, confesso que isso pode influenciar, mas não deixe ele saber. - as duas riram. - Quando você chegou, que não avisa nada a ninguém, sua viada?
- Cheguei nesta madrugada. Mas que tal falarmos disso pessoalmente? - ela propôs.
- Sweetchoc em uma hora? - perguntou entusiasmada.
- Da Zona 2.
- Okidoki. Te vejo lá.
Ao desligar, foi ajeitar suas coisas, para deixar as roupas arrumadas no armário, pegou sua bolsa e partiu ao encontro com a amiga.
Pontuais como sempre, e chegaram quase ao mesmo tempo. chegou apenas uns 2 minutos antes, e ficou esperando a amiga na entrada do lugar.
- AHHHHH! Que saudadeeeeeeeeeeeees! - ela pulou em cima de .
- Eu também!!!!! Você continua a mesma. Só um pouco mais gordinha, hein? - pôs a mão na cintura.
- Nem fala. A diversão do é sair pra comer. Esperava o que?
- Realmente... É compreensível. Hahaha Vamos entrar? - deu passagem à brincando como se fosse um cara sendo cavalheiro, e em seguida entrou também. Foram se sentar na mesma mesa do canto que sempre costumavam sentar nos tempos de escola.
- Dois chocolates-quentes com chantilly, por favor. - pediu ao garçom, entregando o cardápio para o mesmo.
- Sim senhora. - ele disse e se retirou.
- Mas então, me conta como estão as coisas. Pensei que você fosse vir pro show dos meninos, mas como não veio, nem imaginei que fosse te ver tão cedo. - começou a puxar conversa.
- Pois é. Está tudo bem. Foi uma experiência divertida nos Estados Unidos. Conheci vários lugares e pessoas interessantes. Depois te mostro as fotos.
- Foi? Isso quer dizer que acabou? - deu seu melhor sorriso.
- Não necessariamente... Não sei ainda o que vou fazer. - e viu murchar o sorriso da amiga.
- Sua mãe deve ter tido um troço quando te viu. - comentou.
- Teve sim! Haha Mas e você? O que tem feito por aqui? Como está o ?
- Tudo ótimo. Fiz uma faculdade de 2 anos de Marketing, e agora estou fazendo Administração, e o Neil conseguiu me arranjar um estágio na gravadora dos meninos. Estou adorando. Com relação ao , está firme e forte. Estamos morando juntos há um ano, e estou apaixonada. - a garota dizia toda boba.
- Owww, que lindo! Sempre achei que vocês faziam um belo par. - disse no momento em que o garçom chegou com os chocolates para as duas. - Obrigada.
- Isso continua muito bom, dude. - não conseguia mais falar, apenas tomava o chocolate.
- hahahahaha nem fala. Por mais que tivesse um muito bom por lá, nenhum se compara a esse, com direito a minha amigona de companhia.
- Ahhh! Sua puxa-saco! Até parece que você me ama assim. Nem voltou mais pra me ver.
- Estou aqui, oras!
- Vamos lá em casa? Queria que você conhecesse. Aproveito e te mostro foto de como estão todos. E tenho um convite pra fazer.
- Convite? Estou curiosa! Vamos sim, só pagar a conta.
Chamaram o garçom, pagaram o chocolate-quente, e foram para a casa de . A menina tinha carro, e por isso, o caminho não foi tão demorado.
- Nunca pensei em te ver dirigindo. Hahaha até que não é tão ruim quanto pensei que seria. - brincou ao sair do carro.
- Dá pro gasto, né? Ao menos não matei ninguém até agora.
- É um bom começo!
- Pois é! E o ainda reclama de mim! Tsc tsc.. haha mas vem, vamos entrar.
mostrou toda a casa para , que ia olhando e ouvindo as histórias da menina de como tinha sido difícil decidir qual a casa que eles iriam morar. Ela e nunca chegavam num acordo, e tiveram que fazer sorteio. apenas ria imaginando aqueles dois morando sozinhos.
Ao entrarem no quarto de e , sentaram-se na cama, e a menina jogou um punhado de fotos em cima, para que pudessem ver.
- Nossa, esse aqui é o ?? Cabelo escorrido e castanho? Que diferente. - olhava surpresa ao segurar uma foto do menino com .
- Pois é. Aliás, o convite que vou fazer é com relação a isso. - começou.. - Os meninos vão gravar o primeiro DVD em Manchester, no próximo fim de semana, e você está intimada a ficar na área vip comigo.
- Nossa, primeiro DVD? Quantos CDs eles já têm? - perguntou parecendo desnorteada.
- Dois. Vou pegar pra te mostrar as músicas. - correu até a sala e voltou rapidamente trazendo os dois álbuns dos meninos.
- Que lindos, dude! Estou tão orgulhosa. - ela dizia emocionada ao ver os encartes.
Enquanto continuavam conversando, puderam ouvir barulhos vindo da sala.
- Nossa, será que o já chegou da gravação? - perguntou alto.
- ?? Amor? - ouviram a voz de se aproximando. - Passamos aqui rapidinho pra pegar meu violão, que vamos lá na MTV gravar um programa em uma hora. Mas volto pra te pegar pra almoçar e... - foi dizendo e entrando no quarto, até que notou a presença de . Ele estava acompanhado por , que ficou estático a olhando. - ?
A menina parecia nem ouvir o amigo. Seu coração parecia que ia explodir, e ela não sabia o que fazer. Simplesmente não tinha reação, e ficava olhando para , o encarando.
- ?? - abanou o ar para chamar a atenção da amiga, que voltou a realidade.
- Oi? - disse com a voz falha.
- Duuuude! Como é bom te ver. - correu para abraçar a menina, que ainda não tinha forças suficientes para um abraço tão apertado quanto o que estava recebendo.
- É bom te ver também, ! Saudades. - ela disse com um sorriso amarelo, mas sincero.
- Hey. - disse num tom quase inaudível.
- Hey . - respondeu sem graça.
Os amigo perceberam o clima chato que estava, e ficaram meio constrangidos por eles. Até que tentou quebrar o gelo.
- Vai almoçar com a gente, ?
- Vocês ainda não comeram? São quase duas horas da tarde. - ela respondeu.
- Pra você ver. Seus amigos são famosos agora, mas tem suas desvantagens, né? Haha - ele disse.
- Ahh claro! Hahaha Bom, não vou almoçar, mas posso fazer companhia.
- Ótimo então, daqui mais ou menos uma hora venho pegar vocês. Os meninos também vão, e vão adorar te ver. - falou pegando as chaves do carro, e o violão que estava dentro do armário. permanecia quieto e de cabeça baixa.
- Certo! Também vou adorar vê-los.
- Até mais, . Beijo, amor. - ele deu um abraço na amiga, e um selinho na namorada, e saiu, acompanhado por .


Capítulo 3 - Back to the days

Quando percebeu que os dois realmente já tinham ido embora, resolveu conversar com .
- , o que foi aquilo? - disse com as mãos na cintura.
- Aquilo o que? - ela se fez de desentendida.
- Você sabe aquilo o que! Por que você falou daquele jeito com o ??
- Por que ele falou daquele jeito comigo?? - ela retrucou.
- Porque vocês dois são duas crianças! Céus, vocês sempre foram os melhores amigos, vocês namoraram, se davam tão bem. Não entendi o que aconteceu agora pouco...
- Nem eu, . - respondeu cabisbaixa. - Não tinha certeza do que sentiria ao ver o , nem qual seria minha reação. Me sinto fraca demais perto dele. Tentei ser forte no momento em que ele mais precisava, mas desisti de tudo. Desisti dele, desisti de nós. Sinto vergonha e mágoa de mim por ter acabado daquele jeito... - ela desabafava com os olhos lacrimejando.
- Dude, vocês precisam conversar. Você não tem noção de como ele ficou quando você foi embora.
- Não tenho certeza se estou preparada para uma conversa com ele, .
- Mas uma hora você terá que enfrentar isso, . - ela a abraçou como forma de encorajamento.
- Eu sei! Obrigada, pôia.
- Apenas tente fazer com que não fique esse clima chato mais tarde, ok? Os meninos adoram você e estão com saudades.
- Certo, tudo bem. Obrigada de novo, .
As duas ficaram papeando mais um pouco, fazendo hora até passar lá para pegá-las. Dessa vez, foi sozinho e os meninos estariam esperando no restaurante, próximo à gravadora.
- ! - gritou pulando no menino.
- ! Que saudadeeeees!!! - ele respondeu a abraçando. Todos do restaurante pararam para olhar.
- Poiaaaaaaaa! - foi abraça-la em seguida.
- Heeeeeeeeey ! Quanto tempo! - ela se sentia feliz como há muito tempo não foi, quando estava abraçando os amigos.
- . - ela gritou e o menino, que até então estava sentado quieto, ergueu a cabeça para olhá-la. - Não fala direito comigo?
Ele sorriu e se levantou para ir cumprimentá-la. Os dois ficaram parados se olhando por uns segundos, sorrindo um para o outro. Até que partiram para um abraço que foi mais demorado do que todos os outros. parecia que queria prendê-la para sempre com ele ali naquele abraço, e ela não parecia querer sair de seus braços.
- Vamos sentar? - ela propôs quase sem voz ao se separar do menino.
- Vamos sim. - ele concordou e foram se sentar ao lado dos amigos, na mesa de bancos acolchoados.
O almoço foi digno de um grupo de amigos que estavam felizes e não se viam há tempos. Cada um falava um pouco de como andava a vida deles por lá, inclusive , que disse que tinha comprado uma casa para a mãe dele morar com a irmã, e um carro para ele e para cada uma delas. não teve coragem de perguntar sobre o pai do menino e nem de entrar em detalhes do passado, mas ficou feliz ao ver que todos estavam bem e felizes. Talvez ela não fizesse tanta falta assim para ele...
- Mas e então, ?? - perguntou quando estavam para sair do restaurante. - Você vai na gravação do DVD??
- Vou sim. Depois de tantas intimações hoje, né? - todos riram.
- Gente, temos que ir lá na gravadora ver o Neil. Ele marcou reunião pra acertar os últimos detalhes da gravação lá em Manchester. - lembrou a eles.
- É mesmo. Melhor a gente ir andando, senão nos atrasamos. - disse, pegando a chave do carro.
- Vou deixar a em casa então, e combinar com ela de Manchester. Até mais, meninos. - pegou a chave do carro de , e as duas foram embora antes deles.
- E aí, ? Como você tá, cara? - perguntou ao amigo, assim que entraram no carro, quando ainda colocavam o cinto.
- Dude, ainda não acredito que ela está aqui. Sinto como se ela não tivesse ido embora nunca, entende? Todas as lembranças vêm na minha mente. Ah sei lá... Difícil explicar. Melhor irmos logo. - ele respondeu confuso, deu a partida e ligou o som do carro para cortar o assunto.


Capítulo 4 - And I'll remember you always

Os dias se passaram rapidamente. Os meninos estavam ocupados ajeitando as coisas da gravação, tinha que cumprir horas extras no estágio pra poder faltar na sexta-feira que iam pra Manchester, e andou procurando curso de fotografia pra fazer. Quinta-feira chegou, um dia antes da viagem, e estava arrumando as malas, sozinha em casa, quando ouviu o interfone.
- Oi. - ela disse ofegante, pois havia corrido até lá.
- Hey. - ela tremeu ao reconhecer a voz. Era . Sem dúvidas. - Posso entrar?
- Er... Claro. Vou abrir. - disse nervosa.
O menino estava um pouco molhado, devido à chuva que caía do lado de fora. Com um casaco de capuz cinza e uma calça preta. Entrou segurando alguma coisa, que protegia da chuva.
- Tudo bem? Está ocupada? - perguntou ao entrar.
- Tudo sim... Não, imagina. Estava fazendo as malas, mas não tenho pressa. Não esperava sua visita. Quer água, café, alguma coisa? - ela foi educada. Estava sendo um tanto quanto formal.
- Nada disso, obrigado. - ele sorriu e se sentou no sofá. - Precisava trazer isto pra você antes que esquecesse. - ele estendeu a mão, e entregou um ursinho de pelúcia que era da menina e que ela tinha esquecido na casa dele. Tinha sido presente de , quando ainda nem namoravam. Ela só dormia abraçada com o ursinho desde então, porém esquecera na casa dele um dia que foi dormir lá.
- O Teddy. - pegou o ursinho parecendo emocionada, e sentou-se ao lado de no sofá. Um filme passava em sua cabeça, com lembranças de todas as vezes que dormiam juntos, e que o ursinho estava ao lado. O garoto fingia que tinha ciúmes, e tacava o urso pro outro canto do quarto. - Você o guardou. - disse com ternura.
- Sim. - ele sorriu e coçou a cabeça. - Estava na bagunça do meu antigo quarto, e na mudança pra casa da minha mãe, ela achou e me entregou. Não consegui jogar fora. - explicou.
- Obrigada. Eu senti falta dele. - ainda olhava para o bicho de pelúcia.
- Só dele? - perguntou a encarando. A menina sentiu seu coração bater mais rápido, e o olhou surpresa com a pergunta. - Só sentiu falta dele? - ele repetiu.
- Não... eu... nós... quando... - se perdia nas palavras. Não sabia o que dizer. Ficou gaguejando coisas sem sentido, até que a calou colocando os dedos nos lábios dela, como se pedisse para parar.
O menino foi se aproximando dela vagarosamente. não sentia aquilo há muito tempo. Seu coração parecia sair pela boca, não tinha forças para falar ou se mover. Mas ela não queria se mover dali. Inconscientemente foi se aproximando também de , até que seus lábios se tocaram. Os dois permitiram que suas línguas se encontrassem, selando um beijo que não parou mais.
Ela foi se deitando naturalmente no sofá, à medida que ele se posicionava por cima dela. Ela começou a desabotoar o botão da calça do rapaz, enquanto ele tirava a calça dela, mas sem romper o beijo um minuto sequer. Eles estavam juntos como nunca haviam estado antes. Nunca se desejaram tanto, nunca queriam tanto aquele momento. Não pensavam em mais ninguém. Qualquer mágoa ou assunto mal resolvido do passado ficou para trás.
Ali, naquele momento, e só pensavam na saudade que estavam sentindo um pelo outro. Era uma ligação incrível que os unia. Ele começou a beijar o pescoço dela, e depois mordeu sua orelha. Ouviu um suspiro da menina, que o agarrava com força.
Alguns minutos mais tarde, estava deitada por cima dele, e fazia cafuné na menina. Ela foi ficando sonolenta, até que pegou no sono, e logo depois, ele também dormiu, com a tempestade ainda caindo do lado de fora.
acordou um pouco zonza, levantou-se e foi até o banheiro fazer xixi. Ainda não se lembrava bem da noite anterior. Quando lavou o rosto, tudo o que tinha acontecido veio à mente dela, e sorriu sozinha ao se lembrar. Foi procurar pela casa, mas o menino não estava em cômodo nenhum. Já devia ter ido embora mais cedo, e ela nem sentiu.
Foi rapidamente terminar de fazer as malas, pois estava combinado que e passariam em sua casa às 10 horas para irem até a gravadora, onde pegariam estrada no ônibus dos meninos.
- Bom dia, filha. - a mãe dela se aproximou ao ouvir lutando para fechar a mala. - problemas com o zíper? Te empresto minha mala se quiser.
- Bom dia, mamãe. Não precisa, já consegui. Obrigada.
- Preparei café pra você. Pensava que o ia ficar pra tomar café. Quando cheguei hoje de manhã com o seu pai, ele estava tomando água na cozinha, mas disse que tinha que sair para terminar de arrumar as malas dele. - a mãe contou.
- Oh... É... - ela corou. - Ele veio deixar o Teddy.
- O Teddy ainda existe? - Sra. perguntou boquiaberta.
- Pois é. Haha Estava com saudades dele. - as duas se viraram para a janela ao ouvir buzinas de carro do lado de fora. - deve ser o e a , mãezinha. Pego um biscoito lá embaixo e vou comendo na viagem. Obrigada. - deu um beijo na bochecha da mãe, pegou a mala e correu ao encontro dos amigos.


Capítulo 5 - So much has changed

e foram os últimos a entrar no ônibus. Se atrasaram do lado de fora, porque ficaram horas no supermercado comprando comida. Segundo eles, precisavam se nutrir.
e já estavam acomodadas em suas poltronas confortáveis do ônibus, uma do lado da outra.
- Porra, que demora, hein? - reclamou ao ver os meninos entrando.
- Amor, sou uma pessoa em crescimento, tenho que me alimentar bem. - fez bico.
- Claro, . Afinal, temos que manter nosso corpinho sexy, não é? - zoou fazendo pose, e ganhou pedalas de e .
- Eles têm inveja, porque não tem o corpo sexy igual o nosso, dude. - defendeu o amigo.
- Fato. - concordou, imitando gay. E todos riram.
- Ahh sim, e uma pessoa em fase de crescimento precisa de biscoito, chocolate em barra, jujuba e coca-cola? - perguntou ao conferir as 'compras' do namorado.
- Seu namorado é uma criança, . - brincou.
- Também não te dou chocolate. - cruzou os braços, e fingiu estar brabo.
- Eu não queria mesmo! - também cruzou os braços.
- Gays! - comentou ao ver os dois de cara virada.
A viagem para Manchester foi tranqüila. e não paravam quietos no ônibus, e faziam umas dancinhas esquisitas, imitando o Michael Jackson. e zoavam os amigos, e faziam comentários engraçados. A produção da banda, Neil e as meninas apenas riam e filmavam para colocar algumas coisas no DVD. O lugar era próximo de Londres, e logo eles chegaram ao hotel que tinham reservado.
- Meu amor vai ficar no mesmo quarto que eu? - imitou gay, agarrando por trás.
- Aqui na frente da a gente tem que disfarçar nosso caso, . Se comporta. - sussurrou de modo que as meninas ouvissem, e novamente todos riram.
- Ah desculpa. - saiu de perto, e ficou todo sério, arrancando mais risadas.
- Nossa dude, faz tempo que não vejo o tão alegre e brincalhão. - comentou apenas para . - Que será que aconteceu?
- Vai saber. - deu de ombros, mas por dentro estava tão feliz quanto o menino. Preferiu não contar ainda à amiga sobre o que havia acontecido entre os dois. Tudo era incerto.
Os seis amigos passaram a tarde conhecendo a cidade, e ensaiando para o show de logo mais. Almoçaram e jantaram no restaurante do hotel, e quando menos esperavam, já tinham que se arrumar para rumar para o show.
estava impressionada com tudo isso. Nos tempos de escola que se encontravam na casa de para ensaios, nunca pensou que os amigos chegariam a fazer tanto sucesso quanto estavam fazendo na Inglaterra. Ficou sabendo que recentemente haviam sido convidados para gravar um filme com a Lindsay Lohan, e a menina ficava orgulhosa a cada notícia, a cada momento que via uma fã pedindo foto ou autógrafo.
Enquanto observava de longe ao lado de os meninos tirando fotos e dando autógrafos a algumas fãs que entraram no camarim, olhou em direção a menina, sorriu e mandou um beijo, que ela retribuiu.
- As coisas estão diferentes, não é?? - perguntou à , quebrando o silêncio, mas sem tirar os olhos da direção dos meninos.
- De certa forma sim. Quem diria que estaríamos aqui hoje. - respondeu também olhando para eles.
- Parece que só eu fiquei pra trás. Não fiz faculdade, só trabalhei em empregos temporários, não faço a menor idéia do que fazer da minha vida, não tenho nenhuma perspectiva. - ela disparou meio triste.
- Claro que você não ficou pra trás. Todos nós aprendemos bastante coisa neste tempo. Você é mais madura, mais inteligente, mais esforçada. Certamente vai se encontrar logo, tenha certeza.
- Espero que você esteja certa. - respondeu, com um suspiro.
Neil chamou as duas para indicar o caminho até a área vip, onde também estariam os pais dos meninos e suas irmãs, pois o show já ia começar.
emocionou-se ao escutar "She Falls Asleep". Estava achando tudo lindo. Eles estavam tocando e cantando melhor, o público sabia cada letra das músicas, e eles pareciam todos muito contentes com o que faziam. O show durou cerca de duas horas no total, e ao final, os meninos ficaram dando entrevistas para algumas mídias locais, enquanto a família e amigos foram para o saguão do hotel, que teria uma festa para comemorar. Eles partiram assim que terminaram todas as entrevistas, que incluía veículos de rádio, jornal e televisão.


Capítulo 6 - Now it feels like yesterday I ran away

se sentia um pouco deslocada na festa, pois não conhecia a maioria dos novos amigos dos meninos. Apenas os próprios, as famílias e . As irmãs deles e os pais haviam subido para os quartos já, então ela resolveu se sentar no canto e ficar tomando licor que estava sendo servido, até que viu se aproximando.
- Está sozinha por quê? - o menino perguntou.
- Não conheço ninguém... - ela respondeu timidamente.
- Ahh, que bobeira. Conhece a gente, os mais importantes da festa, oras. - ele brincou.
- Estou bem aqui.
- Nossa, depois dessa vou me retirar. Já vi que não me quer por perto. - ele se levantou e ia embora, mas ela o puxou.
- Não é isso, seu bobo.
- , pega lá sua câmera pra gente mostrar a filmagem da viagem, quando fizemos o teatrinho pro James. - gritou.
- Vou sim. - o garoto levantou-se novamente. - Me acompanha até lá? - ele a convidou.
- Sim sim. Vamos.
Ela o acompanhou até o quarto de . No caminho eles estavam quietos. Apenas comentando sobre como foi o show.
- Não liga a bagunça. - ele pediu, e foi procurar a câmera.
- Típica. - ela riu, e se sentou na cama, onde tinham algumas roupas jogadas do menino.
- Achei. - ele se sentou ao lado dela. - Mas não queria voltar agora. - a encarou, e passou a mão pelos cabelos da menina.
- .. - ela começou a falar, mas ele a interrompeu com um selinho.
- Não sai daí. Vou lá entregar isso e já volto. - não pôde responder nada, pois quando viu, ele já estava saindo do quarto. Respirou fundo e ficou pensativa enquanto ele não voltava. Aquele era o momento de conversar com . Não podia mais fugir, não podia mais esperar. Devia aproveitar os 10% de coragem que surgiram nela.
Ele voltou em menos de 10 minutos, e chegou dando um beijo na menina.
- Espera, . - ela o empurrou depois do primeiro beijo. - Precisamos conversar...
- Ah... Tinha medo que dissesse isso. - ele confessou.
- Medo por quê?
- Porque não sei se estou preparado para essa conversa.
- Nem eu estou... Mas é preciso. É preciso ao menos saber como você está, se já está tudo bem. Como foram as coisas depois que eu fui embora.
- Estou bem, . - ele respondeu honestamente. - Você me ajudou muito. Foi a pessoa que mais me ajudou.
- Até parece, . - ela começou a se emocionar, estava com lágrimas nos olhos. - Eu desisti de tudo. Fui covarde e fugi. Desisti dos meus amigos, dos meus pais, da minha faculdade, do amor da minha vida.
- Claro que não, . Não diz esse absurdo. - ele também começava a ficar com os olhos lacrimejando.
- Me sinto envergonhada de não ter agüentado a barra com você, . Me perdoa, por favor. Você não tem idéia de como foram esses anos longe. Eu ficava preocupada contigo, e ao mesmo me sentia constrangida de entrar em contato. - a menina chorava cada vez mais.
- ... , olha pra mim. - ele pediu também chorando. Ela o olhou os olhos. - Você foi a pessoa mais importante naquele momento. Se não fosse você ter ido embora, não sei se teria saído dessa. Só assim pude perceber que estava acabando comigo e perdendo as pessoas que mais amo. Me perdoe você por não ter conseguido lutar de maneira mais digna quando estava aqui.
- Eu não conseguia, . Ver você naquele estado, acabava comigo. Principalmente depois do que você disse. - ela o abraçou e ficou chorando em seu ombro, enquanto ele tentava acalma-la acariciando seus cabelos.
- Você não desistiu de nada. Eu desisti, eu fui fraco. Mas eu lutei por você, . Eu lutei porque queria mostrar pra mim e pra você de que eu era capaz de vencer aquilo.
- E você conseguiu. Você lutou e venceu. E está aí agora, com sua banda, com sua carreira, deixando todos à sua volta orgulhosos. Não tem idéia de como estou feliz por você, . - ela começou a dar beijos na bochecha dele.
- Você está começando a sua luta agora, meu amor. - ela se assustou ao ouvir o garoto a chamando de meu amor.
- Do que você me chamou?
- De meu amor! Mas você é! Você não tem noção de como me sinto mal de saber que sou o culpado pela sua ida. De saber que te fiz sofrer tanto por uma irresponsabilidade. Mas , falo agora com toda a sinceridade do mundo, olhando nos seus olhos. - ele segurou o rosto da menina com as duas mãos. - Eu te amo demais. Tenho certeza que você terá um futuro promissor, uma carreira brilhante, perto das pessoas que você ama. E espero de coração, poder fazer parte dele.
- ... Eu amo você. Sempre vou amar. - ela o abraçou novamente, e limpou as lágrimas. - Senti muito a sua falta, meu lindo.
- Eu também. Quando te vi novamente lá na casa do , não sabia exatamente o que fazer, nem o que sentir, mas a verdade é que parecia que você nunca tinha ido embora. Todos os meus sentimentos eram os mesmos. Tudo o que eu queria era te abraçar e te beijar como era antes.
- Queria que o tempo pudesse voltar, pra ter sido diferente. - ela comentou.
- Seria bom se pudesse, mas não aprenderíamos nem metade do que aprendemos. Aprendemos a ser forte e não desistir do que queremos.
- Amo você. - ela sorriu e o beijou.
- Deixa eu tocar uma música pra você! Outro dia mesmo estava ouvindo e pensando em você. - foi tirar o violão de dentro do armário, e se posicionou para tocar.


Well, I've got some scattered pictures lying on my bedroom floor
(Eu tenho algumas fotos espalhadas pelo chão do meu quarto)
Reminds me of the times we shared
(Me lembram do tempo em que nós dividíamos)
Makes me wish that you were here
(Me fazem desejar que você estivesse aqui)
Now it seems I've forgotten my purpose in this life
(Agora parece que esqueci meu propósito nessa vida)
All the songs have been erased
(Todas as músicas foram apagadas)
Guess I've learned from my mistakes, well
(Acho que aprendi com meus erros)

Open the past and present now and we are there
(Abra o passado e o presente agora, e nós estamos lá)
Story to tell and I'am listening
(História pra contra, e eu estou escutando)
Open the past and present and the future too
(Abra o passado e o presente, e o futuro também)
It's all I've got and I'm giving it to you
(É tudo que eu tenho e estou dando à você)

Loose ends tied in knots leaving a lump down in my throat
(Imperfeições amarradas em nós, deixando um inchaço em minha garganta)
Gagging on a souvenir
(Vomitando em uma lembrancinha)
Lodged to fill another year
(Preparando para encher o outro ano)
Drag it on and on until my skin is ripped to shreds
(Arrastando e arrastando até que minha pele fique reduzida a retalhos)
Leaving my self open wide
(Me deixando totalmente aberto)
Living out a sacrifice
(Vivendo um sacrifício)

Open the past and present now and we are there
(Abra o passado e o presente agora, e nós estamos lá)
Story to tell and I'am listening
(História pra contra, e eu estou escutando)
Open the past and present and the future too
(Abra o passado e o presente, e o futuro também)
It's all I've got and I'm giving it to you
(É tudo que eu tenho e estou dando à você)

If you got no one and I got no place to go
(Se você não tem ninguém, e eu não tenho para onde ir)
Would it be alright? Could it be alright?
(Estaria tudo certo? Poderia ficar tudo certo?

Well, I've got some scattered pictures lying on my bedroom floor
(Eu tenho algumas fotos espalhadas pelo chão do meu quarto)
Reminds me of the times we shared
(Me lembram do tempo em que nós dividíamos)
Makes me wish that you were here
(Me fazem desejar que você estivesse aqui)
Now it seems I've forgotten my purpose in this life
(Agora parece que esqueci meu propósito nessa vida)
All the songs have been erased
(Todas as músicas foram apagadas)
Guess I've learned from my mistakes, well
(Acho que aprendi com meus erros)

Open the past and present now and we are there
(Abra o passado e o presente agora, e nós estamos lá)
Story to tell and I'am listening
(História pra contra, e eu estou escutando)
Open the past and present and the future too
(Abra o passado e o presente, e o futuro também)
It's all I've got and I'm giving it to you
(É tudo que eu tenho e estou dando à você)

- Nossa, . Estou sem palavras. - ela disse quando ele terminou a música. - Você sabe que eu amo Green Day e amo essa música. Tem tudo a ver com a gente.
- Eu sei. Também amo essa música, e também acho que tem a ver com a gente, por isso resolvi tocar pra você. - Ele largou o violão no sofá próximo à cama, e voltou dando um beijo na menina. Estavam se beijando, quando ouviram o telefone tocar.
- Hey . Não vamos descer agora não, estamos meio ocupados. Hehe Ok, amanhã depois do almoço? Certo.
- O que o queria? - perguntou curiosa.
- Chamar pra irmos lá, e mandou avisar que vamos sair daqui depois do almoço, voltar pra Londres.
- Ahh sim. Onde estávamos mesmo? - ela deu um sorriso malicioso, que foi retribuído da mesma forma.
- Não sei, mas podemos avançar uns capítulos. - ao dizer isto, ele a deitou na cama, e foi pra cima dela, a beijando.
Eles passaram a noite juntos. voltou para seu quarto um pouco depois apenas para pegar umas roupas e deixar as malas prontas, mas logo voltou para o quarto de e dormiu lá com o menino.
No dia seguinte, acordaram, tomaram banho e desceram juntos e de mãos dadas para tomar café. Os amigos já estavam todos por lá, e começaram a zoar.
- Hmmmmmmmmmmmmmmmmmm... De mãos dadas? - começou.
- Que pombinhos!!! - foi dar pedalas nos dois.
- Ah, vão se ferrar! - disse ao se sentar.
- Ué, já conversaram e já se entenderam? Como as coisas são rápidas. - perguntou à amiga.
- Pois é, , percebi que por mais que as pessoas mudem, que a nossa vida mude.. Algumas coisas nunca mudam. Tem coisas que são pra sempre. - respondeu com um sorriso no rosto ao ver se sentar ao lado dela.

FIM!





Nota da autora:
Hey gente! Pediram tanto na outra fic uma continuação, que resolvi me inspirar um pouco pra escrever. Apesar de que talvez, ter deixado em aberto o final era um certo charme nela, sei lá. Hsuahsuahsauhs
Escrevi uma fic pequena e rápida, mas tentando colocar a emoção que eu acho que ela merecia ter. Espero que gostem do "final feliz". :D
Não deixem de ler também:
Surprise [McFly - Finalizadas]
A Second Chance [McFly - Finalizadas]
The Craziest Night [Restritas - McFly - Finalizadas]
Down by the Lake [McFly - Em andamento]
Wicked [Restritas - McFly - Finalizadas]
Gotcha! [McFly - Em andamento]
Todas escritas por mim também, algumas delas não sozinhas!

\o
Carol.



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