Primeira Missão

By: Nah
Beta: Tamy
Revisada por: Benny Franciss


PRÓLOGO

Sabe, ser filha de um poderoso tenente tem lá suas desvantagens. E eu posso enumerá-las, caso alguém duvide.
Meu nome? . O filho homem mal nascido do meu pai. Sim, meu pai esperava que depois de duas mulheres na família, o terceiro recém-chegado fosse homem, mas, para o desgosto dele, nasceu mais uma mulher.
Meu destino militar começou antes mesmo de eu nascer. Acreditando que, dessa vez nasceria um menino, meu pai fez uma promessa. O pequeno, aos dezessete anos, serviria ao exército, ou à polícia.
E foi isso que aconteceu. Mesmo nascendo menina, meu pai, como um bom supersticioso, me obrigou, aos dezessete anos, a entrar em um treinamento militar.
Comandado por um agente da SWAT, que veio dar um treinamento a alguns militares no Brasil. Meu batalhão, formado por quatro belas jovens, foi um dos que teve destaque, recebendo uma honrosa notificação do próprio presidente da agência de serviços secretos.
Agora, com 20 anos, vou ter meu primeiro e, talvez, único caso. Onde terei que mostrar obediência, disciplina e muita força de vontade.
Hora de colocar o treinamento em prática!

Capítulo I

- Pai, pelo amor de Deus! Obrigar-me a treinar durante três anos e meio é uma coisa, mas me mandar pra outro país já é para duvidar de sua sanidade mental! Eu já lhe disse, eu quero fazer uma faculdade e aproveitar a vida que suas obsessões já me privaram! – falava, - lê-se discutia, - com meu pai.
- , não adianta reclamar, mandaram a notificação de Londres, e seu batalhão foi solicitado lá.
- Fala que não vamos. Afinal, você é o oficial comandante disso tudo, não? –perguntei, já irritada.
- Meu filho, vai ser bom pra sua carreira! - meu pai disse pra mim, colocando a mão em meu ombro, já que estava de costas pra ele.
Um dos maiores motivos pela minha mágoa ser grande, é o fato de que meu pai sempre me tratou como o homem de casa. Nunca na vida pude brincar de boneca na sua frente.
Saí sem falar nada e, quando cheguei à porta, virei com lágrimas nos olhos e falei com toda seriedade que existia em mim:
- Filha, pai, coloca isso na sua cabeça, sou sua FILHA! Preciso saber o que está acontecendo. Quero relatórios, estou indo para base de treinamento!
Disse batendo a porta do gabinete, e senti uma lágrima brotar. Limpei antes mesmo que caísse. Se tiver uma coisa da qual nunca abri mão, foi meu orgulho, coisa que também devo a meu pai.
Cheguei à base de treinamento e fui direto para a sala do agente Nick Garret. Ele era quem comandava os treinamentos no Brasil. Na sala já estavam e , que eram irmãs, e , sentadas, com a cabeça baixa, certamente relutando em aceitar também.
Entrei e sentei, não disse nada. Somente ouvia.
- Ok, eu sei que vocês já estão cansadas disso tudo; nunca treinei meninas, e tão jovens como vocês. Mas eu realmente não conheço mais nenhum grupo que esteja pronto e treinado o suficiente para essa tarefa. - o agente Garret falava e nós, aos poucos, levantávamos o olhar para ele. Era bom saber que alguém nos dava o devido valor.
Ele sorriu e, te digo, nunca vi sorriso tão doce. Nós o tínhamos como pai, falo em nome de todas.
- Senhor! - um policial abriu a porta e lhe entregou algumas pastas e jornais. É, meu pai era rápido. Eram os relatórios que havia pedido.
- Saiu uma manchete, algumas semanas atrás, em Londres. - ele nos alcançou o jornal que dizia:

LONDON LIGHT

Karine , 19 anos , irmã do guitarrista , da banda McFLY, foi seqüestrada no dia 17/03/12, quarta feira passada, sem notícias. Família faz apelo pela libertação da jovem.
Seria essa mais uma ação de fãs descontroladas, ou a família é só mais uma vitima da violência urbana?
Policia não divulga nada e só diz uma coisa: “A ajuda está a caminho!”


- Fãs?! - falou pela primeira vez, marcando alguma coisa no jornal.
- O que temos até agora? Alguma pista, algum telefonema? - perguntou.
- Para falar a verdade, temos tudo! - disse abrindo uma pasta preta. pegou a pasta de minha mão e completou:
- É, só querem que façamos a parte legal mesmo! - e olharam sem entender.
- A policia londrina já tem tudo. Local de cativeiro, identidade do criminoso, só lhes falta à chave do sucesso.
-Nós! - as quatro falaram juntas, tirando um sorriso preocupado do agente.
- Está tudo pronto, e eu agradeço isso. Só preciso que vocês entrem lá, resgatem essa garota e tragam esse demente pra fora! - disse, pegando algumas coisas em sua gaveta.
- Hora de arrebentar. - disse
- É. Picá-lo e massacrá-lo! - falou, gesticulando um enforcamento com as mãos.
- Obrigado, meninas! - Garret estreitou o olhar à . - Sei que não vão me decepcionar! Agora as passagens. Eu quero vocês lá amanhã. Vão se apresentar e depois começaremos a trabalhar.
- Começaremos? - perguntou, brincando com sua passagem.
- É, eu vou com vocês. Agente Nick Garret se apresentando, senhor! – disse, batendo continência, e nos fazendo rir.

Fazia umas três horas que estávamos na sala. Ele nos passou como teríamos que agir com a imprensa, já que tudo indicava que os seqüestradores eram fãs de . A entrada na casa, como seria a saída, tempo de ação e tudo mais.
Já estávamos de saída, quando Nick me chamou.
- Sim? Voltei-me pra ele.
- Eu conversei com as meninas antes de você chegar hoje, e, bom, elas me indicaram você como comandante da operação. Eu concordei com a idéia, e quero saber se você está de acordo. - Eu, nossa, estou, mas. Uau. Quero dizer, sim, senhor, estou de acordo. – falei, me recompondo.
- Sei que vai se sair bem! - ele me estendeu a mão e eu apertei. - Confesso, eu estava nervosa.
Saí e fui pra casa, precisava arrumar minhas malas e conversar com minha família.

- Mas, minha filha, você não precisa ir. Seu pai... - minha mãe chorava enquanto me ajudava a arrumar as malas. O que meu pai não se importava, minha mãe se importava em dobro.
- Mãe, vai ficar tudo bem! Não vai demorar mais que uma semana, é só entrar lá e resgatar a menina. – falei, abraçando-a. Estava mais nervosa que ela, mas não podia demonstrar.
- Ok, agora vá dormir. Amanhã o dia vai ser longo. - ela disse, me dando um beijo na testa, e saindo logo em seguida.
O telefone tocou antes mesmo que pudesse pensar em dormir. Amaldiçoei o aparelho antes de atendê-lo.
- Hey, comandante! - falou, rindo. Com certeza ela não estava conseguindo dormir.
- Ainda não perdoei vocês por isso! Mas me diz, , a que devo a honra de sua ligação? – perguntei, enrolando o fio do telefone.
- Ah, pára com isso, . Você é a melhor! Mas liguei pra desejar boa noite, as meninas estão aqui! - pude ouvir murmúrios.
- Boa noite para vocês também. E durmam, porque, pelo visto, eu não o farei! – disse, pondo a cabeça no travesseiro, olhando para o teto à minha frente.
- Ah, pode deixar, a está mandando um beijo e a mandou você se ferrar.
- Ah, , delicada como uma porta! Beijos também. Adoro vocês.
- Ok! Também te adoramos. Até amanhã.
- Até. - desliguei o telefone e me perdi em pensamentos durante toda a noite.

Capítulo II

- Se cuida, minha filha! - era o que mais se ouvia daquelas três mães choronas e de um pai. Menos do meu e do pai de , que também era militar. Éramos quase irmãs; por isso, nossos pais sempre foram amigos.
- Ok, mãe, eu me cuido. Não se preocupe. - abracei minha mãe com toda força que tinha. Como queria que ela fosse comigo. Abracei minhas irmãs, que seguravam o choro.
- Cuide delas pra nós, , minha querida. - a mãe de e me abraçou, enquanto as mesmas reviravam os olhos.
- Hey! Eu já posso me cuidar sozinha, afinal tenho VINTE anos. - olhou indignada para a mãe. - Cuido sim, tia. Pode deixar! - retribui o abraço.
Depois da troca de abraços e apelos por cuidados, entramos no avião com destino a Londres.

Passadas algumas horas escutando e cantando, e reclamando do tempo que certamente estaria em Londres, chegamos ao aeroporto.
Realmente tinha razão. Estava um tempo fechado, mas não tão frio, mesmo que o tempo cinza mostrasse o contrário.
Londres sempre foi uma cidade muito bem vista por mim. Não deixei de sorrir ao pisar no solo inglês.
Fomos recebidas por dois homens altos, vestidos de preto. Parecia que haviam saído do filme MIB. Depois levadas para um hotel, onde trocamos nossas roupas de pessoas normais por calças largas pretas e blusas também pretas, comemos e fomos para a delegacia de Londres, onde nos apresentaríamos.
Nunca vi tantos fotógrafos e repórteres juntos em toda minha vida. Isso me fez duvidar se a garota era irmã de um músico ou do Papa. Ri da minha própria hipótese; até que fui puxada bruscamente por , sempre delicada, que praticamente me jogou no elevador.
- Quero só ver a cara desses policiais quando descobrirem que a ajuda deles tem vinte anos! - falou, olhando o espelho do elevador e arrumando o cabelo, fazendo todas rir.
Éramos militares, jovens, mas nunca deixamos nossa feminilidade para trás. Éramos todas, digamos, bons partidos.
e eram morenas de belos olhos verdes, era a mais cuidadosa dentre nós quatro, já a irmã era a mais estourada. era loira, com um belo par de olhos azuis, que, pode acreditar, brilhavam intensamente quando a dona se via tomada por raiva. era a mais bruta de todas.
Eu, branquinha, de olhos castanhos, me defino entre todas as qualidades acima, diga-se de passagem. Tomo cuidado para não deixar minha raiva me deixar bruta, e acho que é isso.

Entramos no andar da delegacia e todos os olhares pararam sobre nós.
- É meu cabelo, né? perguntou entre os dentes.
- , cala a boca! e disseram juntas.
Tomei a frente do grupo e andamos. Apesar de nervosa, queria transparecer segurança para o resto da minha equipe, ou seja, eu me achava o máximo naquela hora. As meninas me seguiram, como boas policiais, para dentro da sala onde se encontrava o diretor e delegado da delegacia, uma família traumatizada e uns meninos super bonitos.
- Comandante se apresentando, senhor! - fiz minha parte, bati continência e ouvi as meninas fazerem o mesmo atrás de mim.
- Ainda bem que chegaram, o marginal ligou a pouco, quer negociar. - o delegado James Beninghton falou, cumprimentando Nick, que havia chegado um pouco antes de nós.
- Estamos aqui para isso. - , a última a ser cumprimentada, falou.
- Eu agradeço. Bom, aqui esta a família ; Mark, Nora e seu filho . - cumprimentei cada um.
- Muito obrigada, agora tomamos conta. E eu gostaria de falar com a família. – disse, puxando uma cadeira, enquanto Nick saía com o delegado, deixando somente , e comigo.
Conversamos com a família e confirmamos que o seqüestrador era um ex-empregado da família.
Mathews Willias era um jardineiro, que pelo uso excessivo de drogas havia ficado completamente louco.
Teria seqüestrado a menina, por não ter como chegar ao filho do casal, já que este, pela fama, era cercado por seguranças.
O motivo da polícia londrina pedir ajuda seria o fato de o homem ter perfil de psicopata, e ter ameaçado várias vezes matar a menina se alguns deles se aproximasse da casa.
E, nessa situação, quem pagaria o pecado deles? Sim, caras leitoras, NÓS.

Foi ai que nosso trabalho começou. Estudamos todas as melhores maneiras de invadir a casa, caso ele resistisse às negociações.
Conversamos com os outros integrantes da banda e, digo, estavam todos chocados.
Depois de algumas semanas tentando negociar, foi decidido que entraríamos na casa.

NO DIA DA INVASÃO

Chegamos juntas e fomos direto para a sala que fora encaminhada a nosso uso. Já fazia três semanas desde que tínhamos pisado em Londres.
Na sala, estavam Nick e o delegado Beninghton, junto à família e os outros integrantes da banda: , e .
Olharam para nós. Estavam todos calados, como se temessem por nossas vidas. Olhei para minhas amigas conversando com os rapazes, e senti um medo enorme de que algo acontecesse com elas.
Olhei a cena. Uma família chorava, com esperanças de ver sua filha novamente. Lembrei-me de minha mãe, e como queria um abraço antes de sair dali.
- Meninas, estão prontas? - Nick perguntou, com um ar sério. É agora que a diversão vai começar.
Pegamos os coletes em cima da mesa e os colocamos. Em questão de minutos, as armas já estavam sendo engatilhadas e postas nos coldres.
Coloquei as escutas, testei a compatibilidade com as escutas das outras três, e olhei para elas como se estivesse perguntando se poderíamos ir; recebi um aceno na cabeça de cada uma.
Quem estava presente na sala, olhava atônito para quatro jovens garotas, que conduziam armas como se fossem sacolas de shopping.
Fiz um rabo de cavalo alto e firme, e antes de sair senti alguém me segurar:
- Traga minha garotinha, por favor, traga ela para mim! - Nora, a mãe de Karine, me abraçou chorando. Instantaneamente a abracei.
- Senhora , traremos sua filha de volta, não se preocupe. - disse séria. Precisava mostrar isso, afinal, era uma militar, não? Ela me olhou e esboçou um sorrisinho.
- Sua mãe deve ter muito orgulho de você! - fiquei sem ação; olhei para ela e sorri, confirmando.
Ela me abraçou novamente e quando ia realmente sair dali, senti outra vez mãos me segurando. Era , ou , como todos o chamavam. Mesmo atrás da tristeza e cansaço, mostrava ser um rapaz simpático e muito bonito.
Todo tempo que estive com a família, me senti na obrigação de ajudá-lo; afinal ele se sentia culpado. Conversava bastante comigo, confiava em mim.
Isso já havia gerado comentários entre as meninas, que diziam que eu estava gostando dele. É, podia até ser. Mas eu só poderia pensar nisso depois que tirasse a irmã dele de onde estava. Ele me abraçou e disse no meu ouvido:
- Por favor, traga-a de volta. E, pelo amor de Deus, cuide-se! – disse, olhando nos meus olhos. Ele estava chorando.
- Trarei, e não se preocupe, volto também! - dei uma piscadela pra ele, que sorriu fraco, e sai da sala, indo de encontro com as meninas.

- O que foi isso? perguntava, descontraindo, enquanto entrávamos no carro que nos levaria até o cativeiro.
- Um abraço! - respondi rápido, não queria falar sobre.
-Sei. É meninas, nossa comandante está apaixonada! - as meninas riram.
Eu revirei os olhos e resolvi alfinetar.
- Digamos que vocês não podem dizer nada, afinal, tem gente que já te prometeu te ligar quando isso acabar. - olhei para e a vi corar.
Como passávamos muito tempo com a família, algumas vezes nos encontramos e conversamos com os amigos de Tom. havia trocado telefone com, não dizia nada, mas estava na cara que gostava de e de .
- Ah, nada a ver! - fechou a cara e apontou para . - Cala a boca que você vive de papo com o tal de ! - a menina parou de rir na hora e fuzilou a irmã com o olhar. Como não tinha mais de quem falar.
- Você? - gritou e apontou para .
- Eu gosto mesmo do . Afinal, quando isso acabar vamos entregar o distintivo, não? Aí, nós vamos poder namorar, ter uma vida normal, da qual nossos pais nos privaram.
Na hora, todas nós ficamos quietas. Realmente, tinha razão. Acho que, pela primeira vez em quase quatro anos, estávamos comentando de meninos. Nunca havia tempo para esse tipo de coisa.
- Chegamos! - Nick abriu a porta do carro onde estávamos. Saímos e demos uma bela olhada na casa. - É, agora vamos ao trabalho.

[N/A: agora vai passar de local a local, se não ia ficar chato, porque tudo tem que acontecer no mesmo instante, e NÃO é mais você que conta a historia.]

NA DELEGACIA.

As meninas haviam esquecido que as escutas estavam ligadas.
Na sala de equipamentos estavam , , e que, sem querer, ouviram tudo.
- Bom, elas comentaram algo relevante? – o policial que havia levado os pais de até a lanchonete no andar de baixo, perguntou, sentando na cadeira e colocando os fones.
- Não, mas acabaram de chegar na casa! - se apressou em dizer.
Os meninos estavam preocupados. Sim, era recíproco o sentimento, todos já sabiam. Mas, ao mesmo tempo que era fantástico ver quatro jovens tão bem treinadas, era muito estranho saber que tão jovens já carregavam fardos tão pesados.
Os pensamentos foram cortados pelos pais de , que voltavam acompanhados de outras pessoas.
- Delegado James Beninghton, eu exijo que me diga onde está minha filha! - a senhora perguntava aflita, estava chorando.
- Senhoras? Senhora ? - ele perguntou, confuso. O que as mães das meninas estavam fazendo lá?
- Me diga, pelo amor de Deus, o que te levou a colocar quatro meninas de vinte anos, presas com um marginal em uma casa? - a mãe de e chorava, sendo consolada pelas amigas.
- Espero que nada aconteça com minha menina! - a senhora descansou a bolsa na mesa.
Nessa hora, todas da sala já estavam chorando. Nora levantou e pediu desculpas, afinal as filhas daquelas mulheres estavam em perigo para salvar a sua.
- Não chore, meu bem, tudo ficara bem! Desculpe se passamos isso a você! Ficamos felizes que nossas meninas estejam ajudando sua filha. - a senhora dizia entre soluços, reconfortando a mulher.

- Na escuta, ! - o policial que estava na sala falou, chamando a atenção de todos.
- Sim, na escuta, estamos entrando! - a menina respondeu, e pode-se ouvir um suspiro de sua mãe.
- Vai com Deus, minha filha! – disseram, em baixo tom, todas as mães da sala.

NA CASA.

Entraram sorrateiramente, depois de ter aberto a porta com apenas um chute.
Vasculharam os cômodos da parte de baixo da casa, até ouvirem passos vindos do segundo andar.
fazia gestos com as mãos indicando o que deveria ser feito. Já nas escadas, estavam , que iria fazer a cobertura da menina e que era seguida por , e .
fez sinal para subir até o outro andar, que estava limpo.
se esgueirou pela porta e abriu, vendo uma menina em cima da cama, amarrada e amordaçada. Colocou a arma no coldre e soltou a menina.
- Karine ? – perguntou, tirando a mordaça da menina
- Sim, quem são vocês? - a menina perguntou, chorando.
- Hoje? Bom, eu diria que seus anjos da guarda. - falou brincando, ajudando a menina a se levantar da cama.
- para base de escuta. Encontramos Karine. Repito, Karine está conosco!
Nisso voltaram para a escada com a mesma formação de antes. na frente, com Karine, e atrás.

NA DELEGACIA.

- para base de escuta. Encontramos Karine. Repito, Karine está conosco!
Nessa hora, a sala de escuta explodiu em aplausos, e gritos de “Graças a Deus”. Nora e a senhora abraçaram-se aliviadas.
e os rapazes se abraçaram também. Suas meninas eram boas.
Mas essa alegria durou pouco tempo. Continuaram escutando a conversa delas.

NA CASA.

- Vai lá! - empurrou as meninas para o andar inferior. Falava baixo e tinha ouvido alguma coisa.
- , vamos! Depois o Nick entra com os outros e pega ele. Desce, Karine. - guiava Karine para a porta, já estava lá fora.
Nesse momento, houve um barulho de tiro. A bala acertou o canto da escada.
- , É UMA ORDEM, TIRA A KARINE DAQUI, VAI! - gritou, voltando para dentro da casa, correndo pra se esconder das balas que vinham em sua direção.
foi atrás de , mas foi parada por algo que acertou seu rosto. Mathews Willias, o seqüestrador, havia lhe acertado com a arma que carregava.

FORA DA CASA

- AS MENINAS FICARAM LÁ DENTRO! - e tentavam entrar na casa de qualquer jeito.
- Vocês não podem entrar. - Nick estava assustado. Para onde havia levado suas meninas? Era o que se perguntava.

NA DELEGACIA.

- NÃO! A mãe de e a de choravam a essa altura.

NA CASA.

ouviu o grito de dor de , voltou e levantou a amiga, descendo a escadas com ela. Mas foi surpreendida por novos tiros. Não sabendo o que fazer, sentou no chão escondendo a amiga.
- , DESCE E CUIDA DELAS PARA MIM!
- NÃO, !
- ANDA, ! É UMA ORDEM. VOCÊ NÃO PODE DESOBEDECER SUA OFICIAL COMANDANTE!
queria chorar. Estava com medo, mas queria acabar logo com aquilo. E se ficasse ali, machucada, não ia ajudar muito.
abraçou a amiga e desceu as escadas correndo. Saindo da casa chorando.

NA DELEGACIA.

Todos ouviam atentos e sem nenhuma feição nos rostos. Nora e Mark estavam felizes, sua filha estava salva, mas agora uma menina de 20 anos estava prestes a se encontrar com um maníaco.

NA CASA.

estava tremendo de medo, mas segurava a arma firme. Lembrou-se dos puxões de orelha que levara de seu pai quando ele a via segurando a arma sem jeito. Gostaria que seu pai, caso acontecesse algo ali, tivesse orgulho.
Estava estreitando o caminho do corredor do andar de cima, quando foi atingida, assim como , no rosto. Viu a face do seqüestrador.
- Então você é A COMANDANTE ! Sinceramente, achei que veria uma militar aqui, e não uma criança. - ele riu, coçando a cabeça com a arma.
- E eu achei que veria um seqüestrador, e não um ex-jardineiro drogado. - levantou, massageando o nariz.
Ficaram se encarando até que ele resolveu falar.
- Aquele moleque é tão talentoso quanto meu filho, por que ele que é famoso? Meu filho, sim, deveria ficar com a vaga na gravadora. Mas, não, o menininho teve que tirar esse sonho dele.
então entendeu o motivo do seqüestro. INVEJA. Era só que lhe faltava. Enquanto ele ia falando, a menina tentou ligar para Nick, ele entraria, enquanto ela manteria o homem distraído.
Mathews, percebendo a tentativa da menina, se apressou em dizer.
- Era pra menina Karine estar aqui, mas você resolveu ser um anjo da guarda, certo? ERRADO, JÁ QUE VOCÊS A TIRARAM DE MIM, VOCÊ QUE VAI PAGAR POR ISSO. - ele apontou a arma na direção da garota.
sacou a arma. Ouviu-se quatro tiros. Depois um barulho de algo caindo no chão.

Alguns minutos depois...

- Delegado James Beninghton, mais alguma surpresinha para mim? Sei lá, mais alguma jovem fraca para eu matar? - Mathews pegou a escuta da menina caída no chão.
- Talvez queira o senhor mesmo vir aqui? - Mathews havia atirado quatro vezes em . A menina estava caída no chão, e sua arma a poucos centímetros de sua mão.

NA DELEGACIA.

- NÃO, NÃO MINHA MENININHA, NÃO. POR FAVOR, MINHA FILHA, NÃO! – a senhora agora gritava. Sua filha, um pedaço dela, estava, morta.
- VOCÊ A MATOU, QUANDO A COLOCOU NAQUELE TREINAMENTO! – falava, batendo no marido que chorava e a abraçava.
- MINHA FILHA! - ela gritava.
estava pasmo. “Trarei, e não se preocupe, volto também!” As palavras da menina martelavam em sua cabeça. A menina que salvara sua irmã, que lhe havia ajudado e que tanto gostava, agora estava morta.

Todos que ouviram choravam. não se segurava, sentia-se culpada. Sua amiga havia ficado para lhe salvar a vida. e eram amparadas por Karine e Nick, que não segurava o choro. Havia levado uma jovem para a morte. Eles estavam para fora da casa, esperando o reforço chegar.

NA CASA (acontece)

sentiu o sangue lhe chegar aos dedos. Dos quatro tiros, um lhe acertou o ombro, um de raspão no mesmo braço e os outros dois o colete.
Alcançou a arma com um pouco de dificuldade e aproveitou que Mathews Willias estava ocupado brincando com o Delegado.
- Então, delegado, que tal o senh... - foi interrompido por um golpe de . O homem caiu e a menina tomou posse da arma.
- Mathews Willias? Mathews Willias? Seu desgraçado, você vai mofar na cadeia! - o delegado ia dizendo quando se ouvi um zunido.
- retomando o comando da missão, senhor! - a menina falou, recolocando a escuta. - MATHEWS WILLIAS, VOCÊ ESTÁ PRESO E TEM O DIREITO DE PERMANECER CALADO. SÓ FALARÁ NA PRESENÇA DE SEU ADVOGADO. SE NÃO TIVER UM, O ESTADO LHE INDICARÁ UM PROFISSIONAL. - colocou as algemas no homem, que hora ria, hora lamentava.

NA DELEGACIA E FORA DA CASA (ouvem)

- retomando o comando da missão senhor!
- MATHEWS WILLIAS, VOCÊ ESTÁ PRESO E TEM O DIREITO DE PERMANECER CALADO. SÓ FALARA NA PRESENÇA DE SEU ADVOGADO. SE NÃO TIVER UM, O ESTADO LHE INDICARÁ UM PROFISSIONAL.
Todos gritaram de felicidade e a senhora e senhor ajoelharam, se abraçando, agradecendo a Deus pela vida da filha.

, e se abraçaram, ainda chorando. Nick se debruçou em cima do teto do carro e sentiu o coração leve. Ela estava viva!
Karine era atendida pela ambulância. Estava com pequenos ferimentos pelas cordas e mordaça.

Capítulo III

já se encontrava fora da casa, já havia sido atendida, estava com o braço enfaixado. Mathews estava sendo levado para a prisão.

- Na escuta, ! - o policial chamou.
- Sim, na escuta! - a menina respondeu.
- , aqui é o delegado, agradecemos sua coragem!
- Só fiz meu dever, senhor!

Alguns minutos depois, estavam todos no depósito da delegacia, esperando a chegada de Karine e seus “anjos da guarda”, que haviam pedido para serem recepcionadas lá para não serem massacradas por repórteres e curiosos.

A ambulância chegou e dela saiu uma Karine, já recuperada, correndo em direção aos pais, irmão e amigos. Nunca se sentira tão sozinha como nesses dias. Abraçou a mãe, que jurou nunca mais descuidar da filha.

O coração das senhoras , e quase parou, ao ver o carro que trazia suas filhas estacionar logo atrás da ambulância.

As meninas, assim que pisaram no local, foram recepcionadas por calorosas palmas.
Andaram na formação de sempre: na frente, com o braço enfaixado, e de um lado e do outro.
Estavam cansadas, mas felizes. Primeira e única missão, muito bem resolvida.
Pararam e sorriram abertamente ao verem suas mães lá, gritando.
Saíram correndo, deixando para trás, que andava devagar.

- MÃE! - e gritaram, abraçando a mãe, que chorava descontroladamente.
- MAMIS! - se jogou ao colo da mãe, que a apertou com todo carinho.
Os olhos do senhor e da senhora procuravam, no meio daquela bagunça e festa toda, a única pessoa que seus corações pediam, sua filha.
E qual não foi a emoção ao ver a menina viva, com o braço enfaixado, se aproximando lentamente.
Todos naquela hora pararam para ver a cena: s senhora levou as mãos à boca, chorava de alegria agora. Em seu encalço vinha o senhor , sério, mas com um sorriso de alegria também no rosto.
se aproximou e foi abraçada pelo pai e pela mãe, que falavam alguma coisa sobre nunca mais deixar a filha andar com uma arma.
- Parabéns! Acho que é o mínino que posso dizer, minha filha! - o pai da menina não agüentou e a puxou para um abraço.
- ! A menina olhou para trás e viu a família , inteira e reunida.
- Obrigada, minha querida. Você cumpriu, e trouxe minha garotinha de volta! - a senhora lhe apertou. soltou um gemido de dor. - Oh, me desculpe, querida! - a senhora sorriu sem graça.
- Está tudo bem! Fico contente em ter ajudado! – respondeu, pegando na mão de Karine.
As amigas de , que já haviam sido cumprimentadas pelo maravilhoso trabalho, chegaram abraçando a menina.
- Nunca mais morra, gastei uma valiosa lágrima contigo! - brincou.
- Agora vamos, chegou à hora! - chamou.

As quatro, na frente de todos, invocaram o juramento de saída e, com muita felicidade, entregaram os distintivos e as armas para Nick, que tentava de todas as formas manter as meninas na agência.

Capítulo IV

Alguns meses depois...

- , vamos! Os meninos estão nos esperando atrás da faculdade. - gritou para amiga.
Depois do ocorrido, as meninas decidiram ficar em Londres e começar uma vida nova. Estavam todas na faculdade de Cambridge, cursava Psicologia Judicial, Psicologia, Administração e Medicina.
Estavam indo para a parte de trás da faculdade, quando foi surpreendida por mãos em seu ombro. Com o susto, ela pegou o individuo e, num golpe duvidoso, o jogou no chão.
- Oi, amor! - se levantou com a mão nas costas.
- AMOR, ME DESCULPA! Eu já disse pra você não me assustar, caramba! - a menina esbravejou, ajudando o namorado.
-Te falei, : perigosa uma vez, perigosa sempre! - abraçava e ria do amigo. - HÁ! Muito engraçado você, ! - respondeu, fazendo careta.
- Vamos, pombinhos, já passou. O vai ter que acostumar com essa vida de saco de pancada. - brincou, levando um beliscão da namorada, .
- Pare de enfezá-lo, e vamos logo todos vocês. - beijou e a conduziu para o carro, apressando os outros.

Estava um dia bonito em Londres. É fato, estava cinzento, mas bonito. dirigia pela cidade, fazia um ano que estava com . Mas era o único que ainda não namorava oficialmente.
Parou o carro em frente a uma casa velha, bem conhecida por .
A menina desceu do carro e perguntou sem entender nada:
- , o que-o que estamos fazendo aqui? - era a casa onde sua irmã havia ficado presa. Não entendia por que estaria ali.
- Sabe, não é um lugar de boas recordações. - ele começou.
- , eu não entendo. - ela o olhou, estava confusa.
- Shhh. - ele deu um selinho na menina. - Depois que aquele crápula falou que você estava morta, tive a sensação de que minha vida havia acabado também. Mas, então, certa menina sobreviveu, e foi dali que meu sopro de vida saiu. - disse, abraçando a menina por trás e apontando para a casa.
já chorava. Ela sabia que a amava, mas não imaginava tudo aquilo.
- , eu sei que não é um lugar bonito, muito menos romântico, mas como daqui saiu viva a mulher da minha vida, eu queria perguntar uma coisa.
- O quê? - perguntou, virando para o menino.
- Namora comigo, comandante? - bateu continência, fazendo a menina rir.
- Não sei, devo estudar suas reais intenções, sargento. - falou, envolvendo os braços no pescoço de , olhando em seus olhos. - Eu aceito, adoraria ser sua namorada!
O menino sorriu meigamente e beijou a menina como nunca.
Entraram no carro, deixando para trás aquela traumatizante lembrança.
Agora pensariam no futuro deles, no amor que havia nascido da operação bem sucedida de certos anjos da guarda.

Fim.


N/A:
“Tropa de Elite...osso duro de roer....*canta*”
Estava eu limpando minha casa, quando me veio à idéia da fic na cabeça.
Terminei meus serviços domésticos e me pus a escrever. Quatro horas mais tarde passei pra Thay (best minha) TE ADORO ..Ela como uma boa revisora (?) arrumou algumas coisas e ai está. Segunda fic minha!
Fer....Que chorou...pq ela é uma das minhas cobaias!! AMO-TE KINDER
Li....Porque só você me segura na internet até altas horas da madrugada!
Beta.....Obrigada pela disponibilidade!
Agradeço a você que leu....e peço desculpas caso algo tenha saído errado, mudei algumas coisas depois da fic estar scriptada...!
Beijos e Abraços da Nah.


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