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Dois anos se passaram e as únicas notícias que tive de foram o que nós conseguimos nos falar por msn, as cartas dele não chegavam aqui, as minhas cartas ele dizia que não recebia, nossos pais perderam totalmente a noção nos separando. Eu já estou bem melhor do que estava antes, fiquei chocada com o que aconteceu, é imprecionante como a sua vida pode virar de cabeça pra baixo em questão de segundos.
Essa história veio a tona de novo na minha cabeça, por eu ter recebido uma ligação de ontem.

Flash Back

- Allô? - Eu atendi em francês na maior inocência.
- ? - Quando escutei a voz tão conhecida de do outro lado da linha quase caí pra trás, não acredito que depois desses 2 anos sem escutar aquela voz que me faz tão bem, que me fez tão bem, desde que era pequena, e que vai me fazer tão bem pelo resto da minha vida.
- ? É você mesmo? - Perguntei desacreditada.
- Aaai , cara .. Que saudades de escutar a sua voz!
- Ah , você também não imagina o tamanho das saudades que estou sentindo de você, do seu cheiro, de tudo.
- , eu estou te ligando rápido, então.. vou ser bem direto.
- Você me liga depois de dois anos sem nos falar, e tem que ser rápido e desligar?
- Escuta, eu estou indo aí pra Paris amanhã! - Tossi quando disse, bem direto, como sempre foi. Como assim ele vinha pra cá amanhã?
- Como assim, ?
- É isso mesmo que você escutou, minha fofinha. Eu estou indo prai amanhã.
- Como? Quando e onde? E a prisão lá em casa?
- A vovó morreu, . - Como assim? Ele me liga depois de dois anos, fala que vai vir pra cá e que a minha vó morreu. Ele está querendo fazer exame de coração comigo, só pode..
- Como assim, ? Ela morreu..
- É, . Todos nós estamos tristes, o seu pai não quis te ligar porque segundo ele "Você está em outra".
- COMO ASSIM EU ESTOU EM OUTRA? O QUE ISSO TEM A VER COM ELE NÃO QUERER CONTAR QUE A MINHA VÓ MORREU?
- , isso já faz 6 meses.
- QUÊ? - Peraí, agora a coisa estava indo pro lado pessoal. - Como assim, eu não fui nem no interro. - Sei que quando te falam que alguém morreu a última coisa que se pensa é no interro...
- , se acalma! Ela já tinha problemas de coração há muito tempo e estava escondendo isso de nós, então .. para ela não deve ter sido uma surpresa tão grande quando fomos correndo até o hospital.
- E por que ela não contou nada?
- "Não queria preocupar mais ainda a nossa família", palavras dela.
- E você não está triste por isso ter acontecido, ?
- Lógico que estou né, . Mas isso já faz 6 meses e a vida segue em frente. - Peraí, pára tudo, ele me liga depois de dois dolorosos anos, fala que tem que desligar rápido, diz que minha vó morreu, quem vêm pra cá amanhã. Só falta ele dizer que teve um massacre da serra elétrica na nossa cidade e morreu todo mundo, inclusive ele, e quem está falando comigo agora é a alma, sei lá .. Viajei legal agora.
- , você me ligou pra quê?
- Ahm sim .. não posso fugir do foco, como já te disse a vovó morreu..
- E eu ainda não entendi direito, como e porque! - Falei interrompendo .
- Como eu estava falando .. - Que isso, esse sem dúvidas não é o que eu conheço. - A vovó morreu e com isso a nossa família se separou, seus pais foram morar na Itália, porque seu pai foi "promovido" no trabalho e como a sede era lá, eles se mudaram pra lá. Meus pais não conseguiram viver mais na mesma casa onde a gente morava, segundo eles "Lembra muito coisas dos velhos tempos que eles querem apagar", e eu, bom .. eu continuo morando lá até terminar o curso e agora .. - pausa para ouvir a respiração forte de - Bom.. e agora, eu quero mais do que nunca te ver, te abraçar ...
- Nossa, isso tudo aconteceu enquanto eu estava aqui em Paris? Os meus pais me excluiram totalmente da família, . Você não sabe como eu me senti quando cheguei aqui, vendo que toda a angustia que eu passei antes de voltar iria se repetir toda de novo.
- , a respeito isso eu tenho que te pedir eternas desculpas. Eu quero que você perdoe seu pai, porque o que ele fez teve razão para isso.. Ele não iria te "isilar" assim sem motivo algum.
- Sabe, . Você sempre me confirmou isso.. Mas eu não sei não, quais seriam esses motivos? Seriam tão fortes assim para isolar a filha da família?
- Acredito que fortes não são, mas são suficientes. Mas isso a gente conversa quando eu for prai, agora eu não posso falar muito, como já te disse. Então, .. você pode me abrigar aí?
- Awn meu amor, é claaaro. Não precisa nem perguntar! É lógico, eu não vejo a hora de te abraçar.
- Eu também, . Eu te amo muito, mas agora eu tenho que desligar. Beijo! - desligou sem ao menos dar tempo de responder um "Eu também", ou alguma coisa parecida..

End Flash Back

Pois é, como vocês podem observar, foi tudo muito rápido, assim como sempre foi a minha vida inteira, em menos de meia hora, eu soube que minha avó havia morrido, meus familiares tinham vendido a casa (ou não), onde eu passei os momentos mais inesquecíveis da minha infância e adolescência inteira, aah.. e eu soube também assim, que o amor da minha vida vem me "visitar" amanhã, depois de dois anos de muitas saudades.
Um dia eu vou pirar com tanta informação. São os franceses gritando "Allons-y, stimuler" e uma ligação bomba de .

Bom, e aqui estou eu, sentada no jardim da frente, esperando a desgraça aparecer .. Passei a manhã inteira pensando se ele mudou alguma coisa, se está mais gordinho, as mesmas coisas que eu estava pensando há dois anos atrás quando estava voltando para casa, antes de toda a confusão ter acontecido.
Escutei o barulho de alguém se aproximando, cantando, a voz era bem conhecida.. Rouca voz de . Ah, como eu amava aquela voz, e como eu amava quem cantava também [n/a: Tá que isso foi tosco].
- ! - gritou quando me viu sentada no banco de madeira do vasto jardim, que estava coberto de gelo, pois nós estavámos no inverno.
- Ai ! - Falei quando me confortou em seus braços, quanto tempo sem sentir esse cheiro..
- Que saudades de você, minha lindinha.
- Eu também, estava morrendo de saudades! Mas vem, vamos entrar aqui tá frio demais. Você veio andando? - Quando perguntei isso caiu na gargalhada. - Que foi? - Perguntei sem entender.
- É, . Vim andando sim, fiz uma longa caminhada da Inglaterra até aqui, atravessei o canal da mancha e tudo ..
- Ah, .. Você entendeu o que eu quis dizer .. - Falei rindo também.
Entramos e eu fiz um café para nós dois, ficamos conversando um tempo. me contando a verdade sobre tudo o que meus pais estavam me escondendo, me contou finalmente o por que dele ter apoiado a minha volta para Paris, que no caso não entendi nada.. Ele disse alguma coisa de Lily estar grávida mas o filho no final não era dele e sim de um drogado qualquer. Ele não se suspreendeu quando disse que meus pais quase não me ligavam .. Disse que eles se transformaram em pessoas de pedra.
Quando já estava tarde, peguei um lençol e um travesseiro e entreguei para o empurrando em seguida para o sofá, ele xingou de início mas logo em seguida se calou se contentando [acho, eu] com o sofá. Subi para meu quarto e fechei os olhos tentando adormecer, mas não conseguia pegar no sono.. Vinham várias coisas a minha cabeça .. Quando estava quase conseguindo pegar no sono, bate na porta e perguntou se poderia entrar, não respondi nada. Talvez se ele pensasse que eu estava dormindo não entraria, engano meu.
- Você acha que me engana? Sei que não está dormindo. - Abri meus olhos e olhei para ele, sem blusa.. Apenas de boxers. Isso agora não me "afetava" mais. Se fosse há uns três anos atrás, eu iria ficar toda nervosinha e tremeria na base, mas hoje não.
- Deixa eu dormir, vai ..
- Você parece velha, sabia? - Falou se cobrindo com meu lençol de casal.
- Não é que eu pareça velha, é essa frescura dos franceses que me afetou - Falei abrindo um sorriso e em seguida também abriu um sorriso e foi se aproximando de mim.
- Mesmo você sendo fresquinha eu te amo, meu amor. - Falou selando seus lábios aos meus, iniciando um beijo.
- Eu também - Concordei em intervalos.
foi puxando minha blusa para cima, ainda me beijando, mas dessa vez mais intensamente. Foi deslisando as mãos pelo meu corpo semi-nu, mas antes de chegar na minha calça, olhou fundo nos meus olhos, naquela maneira que só ele poderia fazer.
- , antes que eu faça qualquer coisa, tenho que te perguntar uma coisa.
- O que? - Perguntei, mesmo já sabendo o que viria.
- Dessa vez é oficial, nada de amor platônico infantil ou adolescente. Você quer se casar comigo? - Respondi a pergunta aproximando meus lábios aos de , é lógico que eu queria. Pude perceber que estava com um sorriso bobo no rosto. Interrompendo o beijo ele sussurrou ao meu ouvido:
- Eu juro que vou te amar sempre, . Prometo enfrentar tudo para ficar com você.. Poderia passar mais mil vezes o que nós passamos e mais, pois sei que vale a pena fazer tudo isso por você, meu amor.


FIM!



Nota da Autora:
Uhuul, última "seqüência" de Sweet Memories .. Espero que vocês tenham gostado, sei que eu poderia escrever coisas mais bonitas na III maas, inspiração tá foda. Mas eu escrevi de coração, mesmo, mesmo, mesmo [y]
Comente o que você achou [;



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  • Tudo Acontece
  • Te Conheço? (em parceria com a Anna).
  • Sweet Memories I
  • Sweet Memories II

    Ah, e leia também; Big Girls Don't Cry da alê. [;

    Beijos e queijos,
    Renatinha.


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