> Socorro, O Elevador parou!


Escrita por: Camila Brenguere
Betada por: Juu

Parte 1   era brasileira. Estudava inglês desde pequena e finalmente tinha conseguido realizar seu sonho: estudar em Londres.
Mas para isso, teria de se mudar para lá. Dança sempre foi sua vida e ela queria aprender mais em uma academia com mais especialidade.

 - Filha, vá com Deus! – dizia sua mãe. – Me ligue sempre que puder!
- Tudo bem, mãe. – disse, e em meia volta, voltou correndo para dar mais um abraço apertado em sua mãe. – Eu te amo muito, mãe. Obrigada por me dar essa oportunidade!
- Não é nada, meu amor. Você tem talento e eu acredito em você! – disse a mãe largando do abraço e passando as mãos nos cabelos da menina, sorrindo como nunca.
- Obrigada. Estarei de volta no Natal! – disse dando um beijo em sua mãe e correndo para a sala de embarque.

Algumas horas se passaram e já estava em sua poltrona, no avião.

- Oi, você também está indo para Londres? – uma garota simpática perguntou.
- Estou sim. Eu me chamo , e você? – perguntou com um sorriso no rosto.
- Eu me chamo . Você vai lá por diversão ou vai estudar?
- Vou estudar em uma academia de arte. Dança é minha vida. – disse.
- Sério? Que ótimo! Também vou lá para estudar, mas vou prestar direito. – disse.
- Puxa, que interessante! Você vai morar em uma república ou o quê?
- Vou morar em um apartamento, acho que o prédio se chama Violets. – disse pensativa.
- SÉRIO? Eu também vou morar lá! Podemos ir juntas para a faculdade se você quiser. – disse pegando um iPod.
- Verdade. – disse com um sorriso e ficaram conversando até o avião pousar. Descobriram várias coisas em comum e dali pra frente, poderiam se tornar muito amigas.
Pegaram um táxi e foram observando a cidade. Acharam uma cidade luminosa e muito bonita, mas que frio... Moravam em um país tropical e não estavam acostumadas com o frio londrino.

- Meu apartamento é no segundo andar. – disse.
- O meu é no terceiro. – disse pegando sua chave.
- Que pena não darmos a sorte de sermos vizinhas, mas se quiser, pode tocar lá em casa amanhã. Podíamos tomar um café aqui perto. – sugeriu.
- Claro. Agora deixa eu subir, porque eu estou cansadíssima. – disse, rindo e passando a mão nos cabelos.
- Ok, amiga. Te vejo amanhã! – disse abrindo a porta do elevador e indo para seu apartamento.

chegou em seu andar ouvindo um barulho muito alto.
“Ótimo. Vizinhos barulhentos.” Pensou consigo mesma. Entrou no apartamento e observou cada detalhe. Era lindo. A pintura, a vista, e por incrível que pareça... estava limpinho!
Os móveis já estavam lá, mas ela decidiu que os colocaria no lugar depois. Sorte sua que a cama estava no lugar. Só colocou a fronha em seu travesseiro, o edredom e o lençol, e deitou-se.
- BABABABABABABA... – ouviu uma cantoria alta. odiava quando estava tentando dormir e alguém interrompia seu sono, isso a irritava profundamente. – When she walks in the room my heart goes boom... – ela continuava a ouvir um barulho de bateria, guitarra e baixo insuportáveis.
“Ok, vou resolver isto agora.” – pensou e se levantou. Sem se importar que estava apenas com uma calcinha com coraçõezinhos desenhados na frente e escrito atrás “What are you looking?” e uma blusa de alcinha branca e simples, abriu a porta e foi até o vizinho.

- Quem é? – gritou, mas ninguém respondeu. – , vai lá atender!
- Por que sempre eu? – o menino perguntou indo em direção à porta. – Oi?
- Olha, eu estou tentando dormir e vocês não PARAM COM ESTA BARULHEIRA! – disse altamente alterada. nem se ligou no que ela disse, só reparava em seu traje altamente chamativo. – Alô?
- O-o quê? – o menino parecia ter acordado de uma transe.
- Olha aqui, eu vim do Brasil e eu estou simplesmente muito cansada. Amanhã eu vou ter de acordar cedo para ir até o campus conversar com a diretora, e eu não vou conseguir pregar os olhos SE VOCÊS CONTINUAREM TOCANDO! – disse gritando no final da frase fazendo dar um passo para trás.
- Mas que gritaria é essa? – surgiu na porta olhando assustado pra . A reação dele não foi diferente de ao vê-la só de calcinha e uma blusa regata.
- PAREM COM ESSA BARULHEIRA, EU QUERO DORMIR! – disse gritando, virando-se e indo para seu apartamento batendo os pés, deixando os dois babando ao lerem a frase escrita em sua traseira.

- Ok, o que foi aquilo? – disse apontando para a porta de .
- Não sei, dude. Só sei que ela é bem hot. – o menino disse hipnotizado.
- Nova vizinha! Da onde ela é? – disse com um sorriso malicioso.
- Não sei, ela disse algo a ver com Brasil... – disse e depois de um tempo, se tocou do que ela tinha dito, entrando em choque.
- NÃO ACREDITO QUE TEMOS UMA VIZINHA BRASILEIRA! – disse quase gritando.
- Como é? Eu ouvi vizinha brasileira? – surgiu do nada.
- Exatamente. – disse com os olhos brilhando ao ouvir a palavra “brasileira”.
- Ok, dudes. Agora podemos voltar a ensaiar? – surgiu perguntando.
- Não. Tá louco? Vai que aquela louca volta de novo, só faltou me bater! – disse arrancando risos de todos. – Vamos dormir, amanhã continuamos.
E assim fizeram.

Parte 2

acordou no dia seguinte com o despertador. Tomou um banho, vestiu uma calça jeans simples, uma blusa regata decotada, jogou um sobretudo preto e colocou seu all star branco. Prendeu os cabelos num rabo alto, deixando sua franja caída de lado no rosto. Desceu até o andar de baixo e tocou na casa de .

- Bom dia, ! Será que podíamos ir tomar um café? – sugeriu.
- Claro, deixa eu só pegar um casaco. – a menina disse indo até o quarto e vestindo um casaco. As duas saíram e atravessaram a rua, onde tinha uma pequena lanchonete.
- Mas e então, o que você vai fazer hoje? – perguntou enquanto bebia um pouco de café.
- Eu vou arrumar minhas coisas, segunda começam minhas aulas. E você? – perguntou pegando alguns pedacinhos de pão.
- Hoje eu vou passar lá no campus e vou arrumar os móveis no lugar. Ah e eu preciso te contar, tenho uns vizinhos muito barulhentos! – disse, rindo.
- Sério? Mas diz aí... eles não são gatinhos? – perguntou fazendo uma cara maliciosa. riu dando um tapinha de leve na amiga.
- Ah... são. Mas não agüento barulhentos!
- E hoje à noite vai ter um show aqui perto, podíamos ir. É de uma banda muito famosa por aqui! – disse. – Deles! – ela apontou para a televisão.
- MEU DEUS! – deu um grito fazendo todos olharem para ela. – Não, é que eu vi um rato! – a menina sorriu amarelo fazendo todos saírem correndo da lanchonete. – Ooops!
- Sua doida! – disse rindo.
- , são eles! Eles são meus vizinhos barulhentos. – a menina disse observando eles na televisão.
- Então você é uma sortuda, porque eles são uns tremendos GATOS! – disse soltando uma gargalhada alta.
- Senhoritas, onde vocês viram o rato? – o gerente perguntou se aproximando fazendo as duas ficarem sem reação.
- Err... ele já foi embora. Precisamos ir, chame um exterminador! – disse se levantando, puxando consigo. Ao se afastarem dali, começaram a dar altas gargalhadas não acreditando na situação que haviam causado.

- , olha a confusão que você causou! – disse rindo alto.
- Ué, não tenho culpa. – a menina disse dando de ombros, ainda rindo.
- Mas e então, você vai ao show, né? – disse cutucando a menina.
- Vou sim, te encontro às oito lá embaixo. – falou se afastando e dando um tchau para amiga. Entrou em um táxi, rumo ao campus.

estava voltando para seu apartamento, ao tropeçar em alguém.
- Ei, sua doida, olhe por onde anda! – o menino disse.
- Ah, você de novo? Que saco, tente ser um pouco menos ignorante! Agora sai da minha frente! – disse empurrando para o lado e entrando em seu apartamento.
- Adoro mulher difícil! – disse rindo baixinho ouvindo bater a porta com força.

- Que menino mais irritante! Primeiro ele faz um barulho sem deixar eu dormir, agora me faz tropeçar nele e ainda me chama de DOIDA. Onde já se viu? Ele nem ao menos sabe meu nome! Quem ele pensa que é? – disse se jogando na cama falando sozinha. – Droga! Preciso arrumar essa bagunça. – ela disse observando o quarto e os móveis jogados na sala.
 

Em algumas horas, e estavam no andar de baixo. vestia uma calça jeans de boca estreita, uma bota cano alto e salto agulha preta e uma blusa de manga comprida branca com alguns detalhes brilhantes. Os cabelos estavam lisos. vestia uma calça jeans clara de boca estreita também, com seu all star branco e um top com uma blusinha de manga comprida jogada por cima. Os cabelos estavam lisos, deixando sua franja de lado e com cachos na ponta.

- , você está linda! – disse observando a amiga de cima a baixo.
- Obrigada, . Você também está linda demais! – disse com um sorriso no rosto.
- Bom, vamos! – disse puxando a amiga pra dentro de um táxi.
- Quero ver se eles são bons mesmo e se vale a pena aquela barulheira toda na vizinhança! – a menina disse rindo.
 

Chegando lá, enfrentaram uma fila, até encontrarem um senhor simpático.
- Oi meninas, vocês gostariam de entrar no camarim? – o senhor perguntou.
- Não, muito obrig... – ia dizendo mas a interrompeu.
- Claro que queremos, senhor! Muito obrigada. – a menina disse e o senhor as levou até um corredor.
- Olhem, vocês vão assistir ao show daquele lugar ali. – o senhor disse apontando para duas cadeiras no palco – e vão conhecê-los, tudo bem?
- Tudo bem, muito obrigada. – disse dando um sorriso e puxando a amiga para um corredor.
- Por que você fez isso, ? – perguntou espantada.
- Ué, eles são gatos e eu quero conhecê-los, !
- É, mas ontem um deles me chamou de DOIDA. É, ele me chamou de D-O-I-D-A, ! – a menina disse fazendo gestos exagerados. apenas ignorou o comentário da menina e seguiu até uma sala onde se lia “McFly”.

- Oi, meninas! – disse simpático.
- Olá! – disse indo em direção à eles. – Sabe, um senhor deixou nós assistirmos o show dali. – ela apontou para duas cadeiras.
- Ah é, e qual o seu nome? – disse observando de cima a baixo.
- Me chamo . Sou brasileira. – ela disse fazendo todos tossirem.
- Mais uma brasileira? Meu Deus, que sonho! – disse rindo.
- Oi, doida! – disse olhando pra .
- Ah, então você que é nossa vizinha! – disse sorrindo.
- Sou sim, peço desculpas por aquele dia, eu estava realmente nervosa. – disse com um sorriso sem graça.
- Tudo bem! – disse sorrindo. – Foi apenas um mal-entendido.
- Mas você continua sendo doida, tropeçou no meu pé hoje de manhã! – disse, rindo e provocando a menina.
- , fica na sua, eu não falei com você! – disse bufando.
- ? Como sabe meu nome? – disse coçando a cabeça.
- Porque está escrito ali! Dãr! – disse rindo apontando para um pôster, fazendo todos rirem.
- Mas e então, qual o seu nome? – perguntou.
- Me chamo , prazer. – a menina disse sorrindo. não pôde deixar de reparar no sorriso da menina, eram com certeza, os mais bonitos que ele já havia visto. E os cabelos dela caíam em seu rosto de uma forma delicada. Como ela era linda. Até demais.
- , prazer.
- , prazer.
- , prazer.
- Legal, quero ver vocês tocando hoje, hein? – disse sorrindo e piscando para os três.
- Tudo bem. Mas enquanto o show não começa, podíamos conversar. – disse sorrindo. – E aí, o que vocês vieram fazer por aqui?
batia um papo com e enquanto conversava com e . A hora do show chegou e eles foram tocar.

As duas ficaram impressionadas com a voz deles e da maneira que eles tocavam, acharam realmente incrível o show.
- Ei, meninas, o que vocês acham de irem embora com a gente? Sabe, vocês moram no mesmo prédio e não seria um problema... – sugeriu.
- Ótima idéia! – disse.
- Por mim tudo bem. – agradeceu com um sorriso à .
Todos se encaminharam até a limusine, foram conversando enquanto não chegavam. irritava , cutucando seu ouvido com um canudo.
- , dá pra você parar com isso? – a menina pediu educadamente.
- Não. – disse soltando uma gargalhada.
- Ai, como você é insuportável! – disse revirando os olhos.
- Um insuportável muito gostoso, diz aí! – disse piscando para a menina, que não pôde deixar de ir.
- Além de insuportável, é metido! – disse virando o rosto pra janela e bufando. Foram conversando e discutindo até chegarem no prédio.
- Vemos vocês amanhã, meninas! – disse. Se despediram com um beijo na bochecha e quando chegou na vez de e , a menina interrompeu:
- Você não, não me esqueci que você me chamou de doida! – ela disse dando a língua.
- Chata. – bufou. – Vou subir de escada. – o menino se afastou.
- Por que você tem que ser tão dura com ele? – perguntou.
- Porque ele merece, . – disse virando os olhos.
- Ok, amiga. Até amanhã! – disse abrindo a porta do elevador e saindo.
- Droga, todo mundo sempre contra mim! O que começou. – disse para si mesma.

- Cara, ela ta na sua. Mas você também, , provoca ela demais. – disse.
- Eu não tenho culpa, ela que começa sempre. – disse.
- Não é nada disso, você chamou ela de doida e ela não gostou nada. me disse. – disse.
- E você e a , hein ? Senti um clima. – disse em um tom malicioso e cutucando o amigo, fazendo-o corar.
- Err... não é nada. Nós conversamos, ela é legal... e bem bonita. – disse.
- Ok, dudes. Chega de papo furado e vamos dormir! – disse apagando a luz.


Parte 3
 

acordou, vestiu uma calça que ia até o joelho, uma blusa regata e seus velhos chinelos. Ela e tinham combinado de se encontrar para caminharem um pouco na praia. Abriu a porta e deu de cara com , sem camisa, beijando uma garota. sentiu uma leve pontada no estômago, mas depois revirou os olhos. “Otário” pensou dando uma risadinha. Chamou o elevador, que pra melhorar, não chegava. Ela já não estava agüentando mais ouvir aquele barulho dos dois se beijando, isso a estava incomodando profundamente. Estava batendo os pés no chão e percebeu isso, deu um sorriso discreto, ela estaria sentindo ciúmes dele?

- Dá pra vocês pararem de se engolir? – disse deixando e a menina assustados. – Tenham um pouco de respeito enquanto eu estou esperando o elevador. – a menina disse fazendo gestos exagerados com a cabeça e se virando novamente para a porta.
- Liga não, ela é doida assim mesmo! – disse para a menina ao seu lado.
- DOIDA? OLHA AQUI, MEU FILHO, O DOIDO AQUI É VOCÊ. VOCÊ FICA SE PEGANDO COM UMA LOIRA NA PORTA DO SEU APARTAMENTO ENQUANTO UMA PESSOA DIREITA ESTÁ ESPERANDO O ELEVADOR. QUERIA QUE FOSSE UM IDOSO NO MEU LUGAR, PRA TE DAR UMA BENGALADA NA CABEÇA! – gritou. – Graças a Deus, o elevador chegou. – a menina não deixou nem que os dois respondessem e entrou correndo, batendo a porta em seguida.
- Eu, hein – a loira disse ao lado de rindo.
 

batia na porta de desesperada.
- O que foi, menina? – disse abrindo a porta assustada.
- Aquele idiota ficou se pegando com uma loira enquanto eu estava esperando o elevador. – disse revirando os olhos. – E aí, vamos andar?
- Tá. – disse, preferiu nem discutir com a amiga, mas sabia que ela tinha sentido uma pontada de ciúmes.

As duas seguiram até a praia, andando com os pés na beira d’água. Os cabelos voavam por causa do ventinho.
- Ei, , o que você acha do ? – perguntou.
- Acho ele bonito e simpático, por quê? Você ta a fim dele, amor? – perguntou com os olhinhos brilhando.
- Err... to. – disse vendo dar pulinhos de felicidade.
- Que linda! Eu acho que ele gostou de você também! – a menina disse.
- Você acha mesmo? – perguntou abrindo um sorriso.
- Claro, . Você é linda, qualquer cara gostaria de você! – disse.
- Ai, obrigada! – disse abraçando a amiga.
As duas resolveram voltar e pararam em um restaurante para almoçar. Tudo bem que elas estavam de chinelo, mas quem se importa?
Comeram e ficaram conversando, quando o celular de vibrou.

- Alô?
- ?
- Oi, , tudo bem?

- Err... tudo. Queria saber se você vai fazer alguma coisa hoje à noite.
- Não... por quê?

- Você... quer sair comigo? Digo, como amigos. Só se você quiser e...
- Por mim tudo bem. Te encontro ás oito lá embaixo?
- Claro. Vamos no meu carro. Beijo. Tchau.
- Beijo. Tchau.

- , quem era?
- O .
- Sério? – disse dando gritinhos histéricos.
- É. – disse ficando altamente corada.
- Sabe o que isso significa?
- O quê?
- Salão de beleza! – disse colocando as mãos pro alto fazendo a atenção virar para elas. – O que foi? Estou pegando ar nas axilas, acabei de passar desodorante. Povo enxerido, eu hein? – e as duas saíram dali rindo. Foram até o salão, passando horas lá.

Chegaram em casa e foi ajudar a amiga a se trocar. O resultado foi excelente: um vestido prata até os joelhos, sandália de salto alto, e os cabelos presos em um meio rabo com cachos na ponta. Sem contar no decote, o que deixou babando.

- Você... você está linda. – disse gaguejando.
- Obrigada. – disse abaixando a cabeça, vermelha.
- Vamos? – o menino disse dando o braço à ela.
- Claro. – deu um sorriso e assim seguiram em seu carro, rumo à um restaurante chiquérrimo.

que observava da janela a cena dos dois entrando no carro, pareciam felizes, o que deixou a menina muito feliz. Não queria ficar a noite sozinha, então resolveu tocar no vizinho.
 

- Atende lá, ! – disse enquanto jogava vídeo-game com .
- Tudo eu! – seguiu até a porta dando de cara com .
- Não acredito que é você aqui de novo! – disse olhando o menino de cima a baixo. estava sem camisa e ela não podia negar que o corpo dele era muito... sexy.
- , o que aconteceu com você hoje? – perguntou.
- Nada, ué. O quê? Ah, você achou que eu estava com ciúmes? Realmente, você é muito engraçado. – disse ironicamente.
- Eu não achei nada, mas se a carapuça serviu. – disse sorrindo malicioso.
- Ai, como você é irritante, ! Agora posso falar com o ? – ela perguntou.
- Quem me chama? – apareceu. – Hey, amor, quer entrar?
- Quero sim, . saiu e eu não tenho com quem ficar. Podíamos jogar alguma coisa. – disse sorrindo.
- Claro. deixa ela passar. – disse empurrando pro lado. entrou e deu a língua ao menino, que fez cara de desentendido.
- E aí, babe! – disse mandando um beijo pra menina.
- Oi, , tudo bem? – sorriu sentando-se ao seu lado. – Você deixa eu jogar? – perguntou fazendo um biquinho fofo.
- Sabia que você fica muito sexy com esse biquinho? – disse dando um beijo na bochecha da garota. mordeu os lábios, queria estar no lugar dele.
- , você não quer jogar? – perguntou vendo revirar os olhos.
- Não, eu quero jogar contigo! , vá ligar pra loira e não enche! – disse.
- Chata pra caramba. – disse fazendo cara feia e seguindo pra cozinha.
- Por que vocês implicam tanto um com o outro? – perguntou pegando o controle.
- Ele sempre começa. – disse rindo.

Ficaram jogando vídeo-game durante um bom tempo, até chegar com pipoca.
- Quem quer?
- Eu! – disse.
- Também quero! – disse.
- Ei, eu também. – disse.
distribuiu a pipoca à todos.

- Gente, vou na cozinha pegar algo pra beber. Posso? – pediu envergonhada.
- Claro que pode, babe. – disse. – É por ali. – o menino apontou. seguiu o caminho.
- Vai lá, ! – piscou pra ele.
- Eu? – se fez de desentendido.
- Vai logo! – disse quase gritando.
- Ta bom, ta bom... – e saiu andando para onde a menina tinha ido. 

- Oi, doida! – chegou de repente.
- Você por aqui? – disse ironicamente, tentando não olhar para a barriga definida dele.
- Eu sim, querida. – disse mandando um beijo pra ela, fazendo a menina revirar os olhos.
- Você não perde uma oportunidade de me encher, não é? – disse.
- É... – disse se aproximando. se virou de costas pro garoto para pegar um pouco de refrigerante.
- Pront... – não conseguiu completar a frase. estava muito próximo dela, sentiam as respirações próximas e encostou o nariz no nariz da garota. – , vou pra sala. – disse encostando a mão na barriga nua de , o que fez com que os joelhos do menino amolecessem. E o empurrou de leve, andando em direção à porta.
- Espera! – disse puxando o braço da menina, fazendo com que os corpos se encontrassem e os rostos ficassem próximos.
- , por favor... – tentou se soltar, mas pegou-a pela cintura e apertando-a contra seu corpo fortemente. – Pára de me tentar, ! Vai chamar a loira tingida! – dessa vez conseguiu se soltar e correu pra sala, sentando-se ao lado de e roubando o controle, deixando com cara de bobo. Continuaram agindo como se nada tivesse acontecido, mas o que não sabia era que não queria loira alguma, ele queria ela!

- Gente, será que lá em cima ta liberado amanhã? – perguntou.
- Acho que sim, pedi pro perguntar pro Johnny quando descesse. – disse.
- Pra quê? – perguntou.
- Queríamos fazer um churrasco, com piscina e tudo. – disse.
- Nossa, que ótima idéia! Mas que horas? – perguntou.
- No almoço. – disse.
- Que bom, assim dá pra eu passar no campus pra ensaiar antes! – disse animada.
- Você dança, né? – perguntou.
- Sim, . – disse sorrindo fraco. – Bom, meninos... acho que já está na minha hora. Vou pra casa, acordar cedo amanhã! Beijos, amo vocês, menos o chato do . – a menina disse mandando um beijo pra eles e rindo da cara de .
 

Parte 4

- Ah, mas , foi tão perfeito... – ia contando enquanto atravessavam a rua. – Ele disse que gostava de mim e me deu uma flor. A gente dançou e ele me beijou. – a menina dizia com os olhos brilhando.
- Ai, amiga, é tão bom te ver assim... tão feliz. Desejo sorte pra vocês dois, pois vocês são lindos juntos! – disse com um sorriso sincero.
- Bom, até o churrasco, amor! – disse saindo do táxi e mandando um beijo pra amiga.
- Até! – disse sorrindo.

- Vamos, . Está indo muito bem! – A Srta. Chelsey elogiava dançando. – Isso, sua ponta está bem, sua postura ótima!
- Obrigada, Srta. Chelsey. Tenho de ir agora! – disse se despedindo de sua professora.
“Tudo bem, vou para o churrasco direto, depois passo em casa” – pensou.

 Chegou no prédio e chamou o elevador, ficou esperando enquanto um garoto de 14 anos a paquerava descaradamente. Agradeceu mentalmente quando o elevador chegou.
Parou no terceiro andar e alguém que ela não queria entrou: .

- Ah não, você aqui! – disse colocando as mãos na cabeça. estava apenas com suas boxers e chinelos, enquanto vestia uma calça legging, que a deixava com um corpo lindo de morrer, tênis, uma blusa baby look decotada e casaco. Seus cabelos estavam presos num rabo alto.
- Bom dia pra você também! – disse entrando. mordeu os lábios, pois não conseguiu evitar de olhar para a barriga do menino, isso a deixava desconfortável.
- , o que faz de boxers? – perguntou o olhando de cima a baixo, sorriu malicioso.
- Acabei de acordar. Ora, eu sei que você gostou de me ver assim, semi-nu.
- ! – arregalou os olhos, não era algo que ela queria ouvir.
- Admite! – disse dando a língua.
- Pára com isso! – já estava vermelha e sentia as bochechas queimarem.
- Obrigado, você também está muito sexy nessas calças. Bem que me disseram que brasileiras tinham bunda grande. – disse se achando altamente cara-de-pau, levando um tapa no braço da menina.
- Folgado, me respeita!
- Adoro te ver nervosinha. – disse se aproximando.
- , não se atreva! – disse indo pra trás, quando... “poft”, o elevador parou. – , o elevador parou! , ele paroooou! – gritava nervosa.
- Calma, linda... – apertou o botão de alarme, que por acaso não funcionava. – Ops!
- , o que a gente faz? – dizia desesperada.
- Vamos ter que esperar, né? Eles não vão ouvir a gente com essa música tocando. Uma hora vão perceber que o elevador parou e vão tirar a gente daqui. – disse calmamente.
- Só se for de noite, porque daqui a gente não sai muito cedo. Todos trabalhando e estudando. E somos os últimos a ir ao churrasco. – disse.
- Sorte sua que eu tenho paçoca aqui! – disse mostrando um pacote, a menina não pode evitar sorrir. Era uma situação engraçada!
- Obrigada, .
- Pelo quê? – perguntou pegando uma paçoca e oferecendo à ela.
- Por ser legal comigo, pelo menos hoje. – ela disse rindo.
- Não é nada. – disse se aproximando.
- Ei, eu quis dizer que você foi legal hoje, isso não significa que eu não te odeio mais. – ela disse o afastando. – Vou tentar abrir a porta. – a menina levantou e ficou empurrando a porta. levantou e ficou atrás da menina, encaixando os corpos.
- Não é assim. – sussurrou em seu ouvido fazendo a menina ter arrepios. Colocou os braços em volta da cabeça dela e tentou puxar a porta. – Ok, estamos presos mesmo, se estivéssemos parados em algum andar, daria pra abrir. – o menino disse vendo a menina se virar pra ele. Ele ainda estava com os braços em volta de sua cabeça, empresando-a na parede.
- ... – disse vendo o rosto dele se aproximar. Encostaram os narizes e encostou os lábios nos dela, fazendo-a fechar os olhos.
- Eu sei que você me quer tanto quanto eu te quero. – ele disse baixinho, ainda com os lábios nos dela.
- E aquela loira? – perguntou ainda com os olhos fechados e os lábios encostados no dele. mordiscou seus lábios devagar e chupou-os carinhosamente.
- Ela é só uma amiga... – disse dando um selinho nos lábios dela - A gente ficava quando estávamos solteiros. – disse dando outro selinho - Mas eu quero... – disse agora mordiscando seu lábio inferior - só você! – disse passando os lábios nos lábios dela, agora já passava a ponta da língua neles pedindo permissão para intensificar o beijo. cedeu e as línguas se encontraram, a sintonia era perfeita, parecia que o beijo dele era só pra ela e o dela, só pra ele. puxou a menina pela cintura, apertando-a contra seu corpo. envolvia as mãos no pescoço do garoto e o beijava com vontade, algo que quis fazer desde a primeira vez que o viu. passava a mão carinhosamente por debaixo de sua blusa, e com o dedo polegar, fazia carinho em sua barriga. colocou as mãos no peito nu de , fazendo-o ter calafrios e encolher a barriga por isso, a menina percebeu e riu baixinho. foi tirando o tênis devagar, jogando-os pros lados, enquanto já ficava descalço, estava semi-nu mesmo só de boxers. abria o casaco dela pelo zíper, sem parar o beijo, as bocas estavam grudadas e ele sentiu que era a melhor sensação da sua vida e que necessitava daquilo pra viver. tirava a blusa, deixando o sutiã à mostra. O menino segurou na barra de suas calças e foi as abaixando devagar, agora estava apenas de roupas íntimas. O menino observou o corpo da garota, e chegou a conclusão de que aquele era o corpo mais lindo que ele já havia visto na vida, não que ele já tenha visto muitos, mas esse era perfeito. segurou uma das pernas da menina, colocando-as em volta de sua cintura, subiu as mãos para onde o sutiã era preso e foi tirando-o devagar, o mesmo fez com sua calcinha. colocou a mão em suas boxers, descendo-as devagar, se agarrou mais ao corpo do menino como sinal de vergonha, o beijando intensamente. Ficaram assim por horas, sentindo o corpo um do outro, até que resolveram se vestir caso alguém percebesse que o elevador estava parado.

- ... – disse olhando para a menina, mordendo os lábios.
- Oi, ? – a menina disse abrindo um sorriso colocando os cabelos atrás da orelha. adorou vê-la assim, que menina perfeita!
- Eu te amo. – ele disse ficando vermelho. não esperava ouvir aquilo.
- Eu também. – ela abriu então um sorriso e o beijou novamente, dessa vez um beijo de filme e muito romântico. Passaram mais alguns minutos dentro do elevador até alguém resolver tirá-los lá de dentro. Saíram então, com sorrisos estampados no rosto jamais vistos e de mãos dadas.

Fim

_

Nota da Autora:

Oi gente, espero que tenham gostado da minha fic! Não tenho tanta especialidade, essa é minha primeira fic postada, mas gosto muito de escrever e adoro Português. Se houver muitos comentários com elogios, pretendo fazer a segunda parte, que por acaso será melhor e terá mais acontecimentos e aventuras. Afinal, você é brasileira... e vai ter de voltar um dia, esqueceu? Pois é.

Gostaria de agradecer à beta-reader Juu, e peço que comentem se possível! ;)
Obrigada pela atenção!
Beijos,
Camila.

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