A vida de já estava difícil o suficiente naquele último ano de faculdade, a vida do estudante não era fácil, agora uma estudante, estrangeira, que tinha sido obrigada por seus pais a se mudar com eles pela promoção de seu pai como gerente da filial na Coréia do Sul era quase impossível. Fora que ela sabia e sentia que ser estrangeira naquele lugar era quase como uma tortura, porque eles detestavam e deixavam aquilo claro para qualquer um ver, claro que não era assim com todo mundo, aquela coisa ruim ela sentia em sua grande maioria dos mais velhos e conservadores e ela tinha feito amizades e tudo mais, mas mesmo assim, ainda era desgastante ouvir coisas - porque a grande maioria pensava que ela não falava a língua deles - e ver os olhares em cima dela.
Quando soube da novidade, tudo que ela menos precisava naquele último ano, eram gritos agudos pelos corredores e fãs malucas espalhadas por aí. Fora que o pior de todos era que ele estava no mesmo curso e como se não fosse o suficiente, ele tinha feito quase todo o curso a distância, mas aquele último ano, era regra da empresa que ele cursasse presencialmente, principalmente porque a faculdade exigia que o aluno cursasse pelo menos um ano, independente de qual dos, presencial, ela não sabia porque e nem queria, aliás ela não queria saber de nada sobre ele, não era sua fã e nem pretendia ser, esperava que aquele boato fosse apenas uma fake news e que ele não fosse mesmo aparecer. Suas esperanças foram ralo abaixo quando passou pela porta e parou em frente a turma para se "apresentar" como se as pessoas não soubessem quem ele era. julgou que aquele ano, definitivamente não era o seu ano de sorte, qual a probabilidade de ser na turma dela, nos mesmos horários que ela e na mesma direção. Pensou em trancar a faculdade, mas pensou bem e sabia que seria só mais um ano de tortura e sozinha ainda por cima, suas amigas já teriam se formado e ela não teria com quem reclamar. Não prestou atenção no que ele disse porque estava pensando em outra coisa e não notou quando ele se sentou ao lado dela no fundo da sala. Só sentiu que ele tinha ido para lá, quando automaticamente um grupo de meninas foi até a carteira dele, atrapalhando a aula.

— Com licença! — falou para o grupo, que parecia mais um bando de abutres do que qualquer outra coisa. — Deixa eu falar uma coisa para vocês, ele vai estar na nossa turma durante o ano inteiro e se vocês ficarem sufocando ele desse jeito, nem ele, nem vocês e nem eu vai conseguir se formar, e se vocês são "fãs" de verdade, nem deveriam estar na mesa dele, porque, pelo que eu sei… — virou o celular e mostrou algumas postagens nas redes sociais. — a grande maioria do Fandom preza pela privacidade e bem estar de seus idols, fora que, se isso não for o suficiente, porque pelo visto a noção vocês comeram com Kimchi, aposto que a agência dele vai adorar saber que seu idol está sendo importunado, se ele quiser e puder ser amigo de vocês, ele vai, agora eu quero terminar de assistir a minha aula sem maiores problemas, pode ser?
Enquanto ela falava aquilo, as meninas iam arregalando os olhos, nunca tinham visto a outra ser tão ameaçadora daquela forma, mas todos naquela sala sabiam como ela era dedicada e principalmente como ela queria terminar logo aquele ano letivo.
— Obrigado, por isso! — Ele disse tímido e em um tom baixo.
— Não me agradeça, eu não fiz isso por você, porque te amo ou sou uma fã enlouquecida que quer te proteger, eu só fiz, porque não quero passar um ano inteiro sem conseguir estudar. — Ela nem olhou para ele quando disse aquelas coisas, estava terminando de anotar a matéria em seu caderno.
De toda forma se sentiu agradecido, era realmente chato toda aquela atenção nos momentos "normais" de sua vida, amava ser um artista reconhecido, mas odiava do fundo do coração incomodar as pessoas.
Quando descobriu que teria todas as aulas com aquela mulher, que ele só descobriu o nome por conta da chamada de presença, se animou, e se sentava na carteira ao lado da dela toda vez, as pessoas pareciam se intimidar com ela ali, ninguém queria levar esporro novamente.
Eles seguiram o primeiro mês do semestre daquele jeito, ele seguindo ela em todas as aulas e ela sentindo vontade de dar um chute tão grande na bunda dele, que ele voltaria para a empresa de idols de onde tinha vindo.
As coisas começaram a complicar quando ele começou seguir a mulher também nos intervalos, se sentando com ela na hora do almoço e em todos os momentos que podia.

— Licença… — Ela disse quando ele colocou sua bandeja com o almoço na mesma mesa que ela ocupava, com tantas outras disponíveis para aquele espaço. — O que você quer? — perguntou em um tom de poucos amigos, já emburrada.
— Eu quero almoçar, porque? Você tem algo em mente? — Deu um sorrisinho tímido e logo se sentou na mesa com ela.
— Não se faça de sonso, porque você está me seguindo? — Ela disse um pouco mais alto do que gostaria.
— Eu não estou te seguindo, eu só gosto de estar com você. — Ele parecia ser inatingível com aquele sorriso fofo nos lábios e as bochechas cheias de comida que ele mastigava e quando seus olhos praticamente sumiam, porque ainda sorria enquanto fazia aquilo.
— Aquelas garotas poderiam me fuzilar com os olhos, se eles soltassem lazers. — disse, enquanto olhava ao redor e via metade das meninas do refeitório olhando para eles.
— Ainda bem que elas não tem super poderes, não é mesmo? — O tom dele era amigável e mesmo ele seguindo como se fosse a sua sombra, não era uma presença que incomodava, era confortável estar com ele, talvez porque ele se sentisse assim, fazia com que ela se sentisse também.
— Elas tem o super poder de acabar com a sua carreira, se espalharem boatos de que você está grudado em mim! — disse enfiando um pouco mais de comida na boca, era um pouco cansativo aqueles olhares, mas não era nada com que ela não tivesse acostumada por ser estrangeira, então, tudo bem.
— Eu não ligo. Eu gosto de estar com você e espero que possa continuar estando, se não for te incomodar. — Quem conseguia resistir aqueles olhinhos brilhantes de gato de botas? Nem se ela quisesse ser grossa ou pedir para que ele parasse de seguir não conseguiria, ele estava fofo demais.
— Tá! Mas não me siga como se fosse me matar por aí. — Ela riu. — Vamos começar a fazer as coisas juntos, como dois adultos que somos, mas, por favor, não se apaixone por mim, eu não tenho tempo para perder com esse tipo de coisa. — Ela disse com humor na voz, mas era verdade, não estava afim de nada com ninguém, n u n c a!!!
— Ok, agora vamos, precisamos estregar seus livros na biblioteca e correr para a aula do senhor Lee, ele odeia atrasos. — pegou a bandeja dele e a dela que estavam vazias e levou até os lugares indicados para os objetos enquanto pegava seus livros. Tinha mesmo que devolver, na verdade já tinham se passado três dias da data da devolução, mas ela não teve tempo para aquilo.
— Como você…? Ah deixa, não quero saber, vamos logo. — Ela se levantou sem querer saber como ele sabia que os livros dela venciam a entrega naquele dia para a biblioteca, não esperava mais nada de normal do homem, ele era esquisito o suficiente.

Seguiram até com aquela relação estranha até o meio do ano, estavam mais próximos e mais amigos também, passaram a conversar, estudar e fazer os trabalhos juntos, claro que por ele ser um idol dispunha de pouco tempo para relações interpessoais como aquela, mas utilizavam bem o tempo dele no campus e as para matérias mais urgentes, virava e mexia eles conversavam por chamada de vídeo.

— Você faz com que eu sinta borboletas, sabia? — disse.
Estavam no meio das atividades extracurriculares, que usariam as horas adicionais como estágio e todas aquelas coisas de fim de curso.
— De novo isso, eu não te avisei, assim que começamos a nos falar que não era para você se apaixonar por mim? — disse sem dar muita atenção para o que o mais novo falava.
— Eu prometi a mim mesmo que não iria me apaixonar, mas cara, a gente não manda no coração, na verdade, eu acho que me apaixonei por você desde aquele dia que dispensou aquelas garotas da minha mesa. — Ele não ligava, ele precisava da atenção dela, acreditava que se ela prestasse a atenção nele direito, ela também se sentiria atraída. — Quando olho para você, meu coração quase salta para fora do meu peito.
— Meu Deus! Que brega. Chega fiquei arrepiada. — esfregou os braços para espantar aquela gastura que estava tendo.
— Você vai se apaixonar por mim, eu tenho certeza. — Ele começou a andar na frente dela.
— Ainda bem que sonhar é de graça. — Ela respondeu seguindo o rapaz que seguia o grupo de pessoas que estavam naquela ação.

Era difícil para resistir aquelas investidas do homem, ele era lindo, quando sorria seus olhinhos faltavam sumir, carinhoso, caridoso, atencioso, cheiroso, estiloso e todos os oso de bom que ela podia pensar. Estava sempre por perto e era alguém que ajudava, e se interessava genuinamente pelo que ela estava interessada. Mas o conto de fadas iria terminar em breve, ele voltaria para a sua rotina pesada de idol e como o planejado, ela não estava planejando continuar ali naquele país por muito tempo, aquilo só seria um tiro no pé.
Em setembro ainda eram amigos, inseparáveis, claro que com cautela né? Se as pessoas descobrissem que passavam tanto tempo juntos, seria um inferno tanto na carreira dele, quanto na vida dela. Mas alguma coisa tinha mudado para , ela se sentia ansiosa para chegar a faculdade, de encontrar com ele sentado da carteira ao lado dela, de trazer docinhos que ela nunca tinha ouvido falar na vida e é claro, daquele sorriso é claro, aquele que faziam os olhinhos dele sumir e o coração dela bater mais forte.

— Eu acho que gosto de você também…— disse quando estávamos juntos estudando na biblioteca.
— Que? — foi pego de surpresa, havia algumas semanas que ele não falava aquele tipo de coisa para ela.
— Acho que estou ficando louca. — Bufou e encostou a testa no tampo da mesa.
— Se apaixonar é uma loucura mesmo. — disse tranquilo, sabia exatamente como era se apaixonar pela primeira vez por alguém e o quanto era assustador. — O que eu vou fazer da minha vida? Você é um idol famoso que não pode se envolver com ninguém e eu provavelmente vou voltar para o meu país ou sei lá, isso nunca poderia dar certo, mas eu não consigo fingir que não tô sentindo nada e que droga, eu sabia que essa aproximação não daria certo. — Ela estava realmente frustrada, tinha pensando muito sobre aquilo, mas não dava mais para esconder os sentimentos.
— Você já sabe o que eu sinto por você e eu acho que devemos tentar, sabe, não vai ser fácil, mas acredito que podemos dar certo. — pegou a mão dela e acariciou.
— Não custa nada dar uns beijinhos, não é mesmo? — Ela se permitiu rir depois de tirar aquele peso de suas costas.
— Eu também acho, inclusive deveríamos começar agora, ninguém vem nessa biblioteca mesmo, você acredita que as pessoas tem internet em casa e acesso a esse conteúdo on-line? — Havia humor no tom dele e ela sabia que as pessoas tinham acesso aquilo na internet, mas ela conseguia estudar melhor assim, e claro, eles descobriram com o tempo que era o melhor lugar para ficarem sozinhos juntos naquele lugar, sem as pessoas cochichando ou com algum perigo de alguém vazar alguma coisa.
— Muito engraçadinho. — deu um sorrisinho forçado e se aproximou de .

O beijo deles foi intenso, era um beijo que estava guardado há algum tempo, mais dele do que dela, mas os sentimentos estavam ali, eles eram reais e com certeza, eles dariam um jeito de fazer dar certo.

Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Ai ai veio ai a fic com Kim Sunwoo, esse homem é a coisa mais linda da minha vida e eu não podia deixar ele de fora do meu mundo literário. !Espero que gostem também! não esqueçam de comentar <3.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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