Finalizada em: 21/10/2021

Capítulo Único

"I hear you calling when I'm here all by myself. I can't help wondering, are you loving someone else?"

null?” Me sentei na cama, mandando uma das minhas mãos no lado vazio da cama de casal. Nada! Outra vez, eu a ouvia me chamando e ela não estava em casa. Havia dois meses que eu não falava com ela, havia dois meses que eu não tinha notícias dela, nem pelas redes sociais já que ela havia sumido das mesmas também. Eu já não ligava mais, não adiantava, ela não me atendia! Responder minhas mensagens então…
null!” ouvi a risada dela ecoando pelo banheiro enquanto escovava meus dentes e me virei de costas, procurando-a outra vez. Droga! Por que a minha mente me engava desse jeito? E por que eu caio toda vez? Sei muito bem que ela não está aqui! Será que ela havia conhecido outra pessoa? Mas porque ela não me contava? Por que havia simplesmente sumido? Nós éramos melhores amigos desde que eu me entendia por gente, e eu fiz tanto por ela! Assim como ela por mim, claro! Nós dois éramos a proteção um do outro, o amuleto da sorte que tínhamos era a amizade de longa data que havíamos construído desde o ensino fundamental até a então vida adulta. Nós dois contávamos tudo um para o outro, nunca houve segredos, então, por que ela resolveu que deveria seguir sem mim? E por que não me contava a verdade? Eu sei que ela estava mentindo, a conheço como a palma da minha própria mão.
Será que ela havia se apaixonado por alguém durante o período em que nós dois fingíamos um namoro? Eu sou um pouco possessivo quando se trata de null, não gostava muito de vê-la com qualquer pessoa, e ela receosa sempre demorava muito para apresentar os pretendentes para mim. Mas ela nunca havia tido um namoro sério, e a família dela era um pouco chata quanto a esse assunto, pois, como ela é filha única, a mãe sonha em ver a filha entrar na igreja com véu e grinalda, ter um bom marido etc. É quase como uma tradição na família, e ela estava desesperada com a ideia de ser a solteirona da família, além de já não aguentar mais o pais a pressionando, já que ela havia chegado aos 27 anos. Ela alegava que nunca havia se apaixonado de fato por ninguém, chegando inclusive a experimentar outras mulheres, mesmo sabendo que a família jamais aprovaria.
Voltei para o quarto e me joguei na cama enquanto pegava o celular para checar o mesmo. No grupo dos amigos, todos preocupados comigo, já que não ando muito bem desde que null sumiu! null daria uma festa hoje em sua casa e os garotos haviam enchido o grupo de mensagens insistindo para que eu desse as caras por lá. Ignorei as mensagens e entrei na conversa de null.
Ela não estava online e eu pensei em mandar mais mensagens para ela. Mas desisti. Fechei os olhos, relembrando…

Flashback…

“- Está muito ocupado hoje? - ela perguntou pegando o pirulito da boca dele e colocando na própria.
- Hoje é domingo, bruxinha! Ou seja, não! - ele pegou o pirulito de volta.
- Quer ir almoçar lá em casa? Uns parentes estão aí e a minha família resolveu fazer um almoço para eles, e bom… Não estou querendo ir sozinha, porque é um monte de prima que já está casada e com uma penca de filhos! Com você lá, dá para a gente fugir para o jardim! - os dois gargalharam.
null se levantou do sofá.
- Vou pôr uma roupa decente e a gente vai!

Já dentro do carro dela, os dois ficaram em silêncio durante parte do caminho, e null sabia muito bem que a amiga estava desanimada e por isso em silêncio, ela odiava aqueles almoços, porque sabia que os pais tocariam no assunto de ela ser uma das únicas mulheres da família ainda solteiras. null detestava vê-la daquele jeito. Depois de um longo suspiro dela, ele vislumbrou as lágrimas se formando no canto dos olhos dela. Ele travou o maxilar.

- Escuta, null… - ela olhou rapidamente para ele assentindo - Eu estou cansado dessa palhaçada dos seus pais! A partir de hoje, eu sou seu namorado! E nós vamos assumir o relacionamento assim que a gente chegar lá!
null gargalhou alto e null travou ainda mais o maxilar, olhando para ela.
- Você acha que isso é uma boa ideia? null…
- Por que não? Quer um namorado melhor que eu? Seus pais me amam!
- Acho que eles não acreditariam!
- A gente tenta! É um tiro no escuro, mas podemos acertar o alvo bruxinha!

Os dois desceram do carro para que null pudesse estacionar para ela, nunca fora boa nas balizas, só havia feito uma única vez na vida, para conseguir tirar a carta. Como estava sempre com null, era sempre ele que fazia as balizas para ela quando necessárias. Assim que os dois se olharam já na porta da casa dos pais dela, null ergueu a mão na direção dela, que segurou com força a mesma.
- Tem certeza, null? - ela suspirou, enquanto ele entrelaçou os dedos dos dois.
- Absoluta! Não aguento mais ver você sofrendo por causa dessa pressão ridícula dos seus pais! Você sabe que pode confiar em mim, não é?
null assentiu algumas vezes com a cabeça. Ela girou a maçaneta da porta, tendo certeza de que a mesma estava destrancada e então ela e null se olharam ao se deparar com o caos em que a sala da casa se encontrava, havia duas crianças em pé no sofá fazendo uma guerra de almofadas enquanto outras corriam sem parar. null, assustada, girou em volta do próprio corpo, soltando a mão de null, parecendo confusa. O amigo sabia das crises de ansiedade que lhe atacavam quando ela se via acuada ou quando estava no meio de muitas pessoas, ou com muito barulho próximo.

null apertou a cintura dela, encostando o queixo em seu ombro.

- Calma! Vamos lá para a cozinha, tenho certeza de que sua mãe e as outras mulheres estão lá! Vem!

null a arrastou para a cozinha pela mão, e como ele havia previsto, lá estava a maioria das mulheres da casa, inclusive null, a mãe de null. Assim que avistou a filha, ela largou o que estava fazendo enxugando as mãos no avental.

- Ah, querida! Você veio para o almoço, que felicidade! - ela abraçou null com força.
null sorriu sem mostrar os dentes enquanto abraçava a mãe, logo em seguida os olhos de null bateram em null. O sorriso dela se alargou e ela abriu os braços outra vez.
- null, filho! Você veio também, que coisa boa! Falei ainda ontem com a null que estava querendo ver você! Eu e o ! - ela disse se referindo ao pai de null.
null abraçou a mais velha fechando os olhos enquanto ela balançava o corpo dos dois, e ele ria. Gostava dela como se a mesma fosse quase sua própria mãe.
- Por que estava tão sumido aqui de casa? Porque, bom, sei que null você vê todos os dias, né?
null olhou para null, que estava começando a ficar vermelha.
- O doutorado e o trabalho têm me tomado um tempo, ando ficando cansado rápido também! A idade está chegando para mim e para sua filha, esqueceu? - os dois e o restante das mulheres gargalharam.
- Verdade! Estudar e trabalhar é puxado! Eu esqueço, querido! Como você está bonito! Hein null? - ela olhou para a filha enquanto acariciava o rosto de null.
null assentiu, ainda sem jeito. Então ela cumprimentou o restante das primas e tias na cozinha e null fez o mesmo. Em seguida os dois foram para a varanda da casa encontrando o restante dos parentes e o pai de null. Que assim como null, abriu os braços na direção dos dois. Abraçou null primeiro e null logo em seguida. Os dois homens começaram uma conversa animada enquanto null cumprimentava o restante dos parentes. Alguns ali não conheciam null ainda, ou não se lembraram mais dele.
- É o namorado prima? Ou contínua solteirona? - uma das primas perguntou analisando null de cima a baixo.
Silêncio na mesa, e então a mãe de null e o restante das mulheres se juntaram a eles na varanda. null olhou para a mãe, que parecia decepcionada.
- Na verdade… - null quebrou o silêncio - Eu gostaria de aproveitar que a família basicamente toda da null está presente, para pedir oficialmente a mão dela em namoro!
null sentiu as pernas vacilarem e então segurou o braço forte de null. As famílias começaram a falar ao mesmo tempo enquanto e null se olhavam.
- Nós nos conhecemos desde a infância, somos os melhores amigos um do outro, mas recentemente nossa relação evoluiu. Quando percebemos, estávamos tão envolvidos que nos apaixonamos… - null voltou a apertar o braço dele - Então, eu a pedi em namoro recentemente e ela aceitou! Mas agora preciso da benção de vocês!
Ele olhou na direção de null e . Os dois viram os olhos de null marejarem e então abraçou null pela segunda vez.
null sentia o coração bater forte dentro do peito, sem saber direito o porquê. Logo a família toda estava abraçando-os e os parabenizando, como se o anúncio que foi feito fosse de um noivado e não o de um simples namoro.
- Eu sabia! Sabia que vocês dois não eram apenas amigos! O jeito que vocês dois se olhavam, a forma como a null falava de você, o jeitinho que você protege a null! Sabia que hora ou outra vocês iam namorar, casar, ter filhos!
- Calma, mãe! - null balançou a cabeça em negativa.
null olhou para ela… Era assim que todos enxergavam os dois? Ou será que só null? null umedeceu os lábios.
- Estou muito feliz! Eu não poderia ter um genro melhor!
A família encarava os dois, como se esperassem por algo e null sabia muito bem o que… Segurou a mão de null com força antes de segurá-la com toda a delicadeza pela cintura e virá-la de frente para ele. Encostou o corpo grande e quente ao dela, frio e delicado. Depois encostou a testa à dela, beijando a bochecha dela com força.

- Confia em mim! Eu preciso fazer isso! - ele sussurrou no ouvido dela.
null tinha os olhos arregalados, o coração dela batia descompassadamente dentro do peito, então null a beijou.
Os lábios de null tinham gosto de brilho labial de morango, o bom e velho gloss que ela levava para cima e para baixo. Era para ser um beijo casto, apenas para comprovar para a família dela que eles estavam de fato juntos. Mas ele não conseguiu, pediu passagem com a língua, e null surpreendentemente cedeu. Quando a língua dos dois se chocou, null achou que o coração fosse sair para fora do peito. O beijo dela era… Gostoso? A cabeça dele rodou quando ela envolveu os braços no pescoço dele. Assim que null aprofundou o beijo, null segurou o rosto dele, afastando as bocas e os rostos. Os dois se olharam, confusos.
- Que alegria, filha! - os pais de null se abraçaram também.
null e null voltaram a atenção para a família dela. Mas o coração de null ainda batia forte dentro do peito.

Fim do flashback.

Ainda de olhos fechados, pousei uma de minhas mãos sobre meus lábios, sentindo o gosto dos lábios de null nos meus. Por que eu fui me apaixonar?

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"Am I supposed to just forget about the way you said you'd never let me go? If I'm supposed to, why you begging me to stay? Yeah baby!"

Abracei os rapazes um por um, demorando um pouco mais quando o abracei null, meu melhor amigo.

- Que bom que você veio, bro! A gente estava quase indo te buscar na sua casa! - senti null bagunçar meus cabelos.
- Você precisa se distrair, man! Ficar preso no seu apartamento não vai ajudar em nada! - null segurou o meu ombro.
- Inclusive, ficar preso lá pode piorar as coisas na sua cabeça! Lá está cheio de memórias de vocês dois! - null complementou.
- Eu disse que essa história ia dar bosta! - null pegou uma cerveja e ergueu na minha direção.
- Obrigada, null! Obrigada, amigos! - peguei a cerveja com força da mão de null.
- Você sempre foi apaixonado por ela! O problema é que só percebeu agora!
null, o mais novo de todos nós, deu de ombros. A frase atravessou o meu estômago, como uma adaga.
- Não! Eu me apaixonei por ela enquanto fazia o teatro de bom namorado para a família dela! Não viaja, null!
Os meus seis amigos se entreolharam e null deu de ombros outra vez, e eu bufei frustrado. Os convidados começaram a chegar e logo a casa começou a ficar cheia, então eu fugi para a parte de fora da casa, passando por null que flertava como uma das convidadas. Eu ri para ele, que riu de volta para mim. Me sentei no gramado e olhei o céu escuro. Nós dois sempre ficávamos jogados pelo gramado das festas… Aquilo doía pra caralho…
null se juntou a mim no gramado, colocando a mão sobre meu ombro.
- Você está sofrendo, não é, amigo? - eu olhei para ele assentindo - Não sei se a informação que eu vou te dar vai ajudar ou piorar a situação!
- Fala logo! - eu balancei a cabeça - Enfia logo a faca!
- null convidou ela! Bom, ela é nossa amiga também, né? E ele disse que você não viria! Para ver se assim ela aparecia!
- E? - eu perguntei, ansioso.
- Ela acabou de chegar! - outro soco no meu estômago.
Então de fato, ela estava me evitando? Por quê?
- Ela está sozinha, null? - meu coração acelerou.
E se ela estivesse com alguém?
- Relaxa, ela está sozinha! O null vai falar para ela que você está aqui e que ela precisa conversar com você! Nós não vamos deixar ela ir embora sem falar com você!
Apertei o ombro de null com força e assenti para ele. Ele então se levantou e caminhou de volta para a casa. Me lembrei da última noite em que dormi no apartamento dela - dormíamos muito um no apartamento do outro na época - onde nós prometemos mais uma vez que nunca deixaríamos um ao outro ir… E ela chorou me pedindo para não ir embora quando achei que ela quisesse dormir sozinha! Balancei a cabeça, enquanto me perguntava por que ela estava me evitando há dois meses, então? Por que estava mentindo para mim? Por que mal olhou na minha cara quando disse que achava melhor nós dois nos afastarmos para sempre? E por que ela quis me afastar dela quando uma noite antes me implorou para ficar? Minha cabeça deu um nó. Foi quando meu olhar se encontrou com o dela.

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"I keep thinking: Oh, I should be there, oh, I should be there! So close, so close! All these feelings don't have no meaning, don't have no meaning without you!"

Ela entrou na casa outra vez, fugindo de mim. Eu me levantei mais rápido que um foguete e caminhei apressadamente atrás dela dentro da casa, me embrenhei entre os convidados e encontrei null.

- Ela está no banheiro! Vem! - nós dois caminhamos em direção ao único banheiro da casa.
E então nós dois cruzamos os braços esperando a porta do bendito banheiro se abrir, até que segundos depois null encarou nós dois do lado de fora.
- Eu não vou fugir, null! Pode curtir sua festa! Eu e o null precisamos conversar num lugar mais calmo! Pode ser no seu quarto?
null olhou para mim e eu para ele. Depois null olhou para ela.
- Claro! null, pensa bem no que a gente conversou! - null assentiu para ele.
“No que a gente conversou?” ergui uma sobrancelha olhando para null. Como assim ela havia conversado com null? Quando? E o que? Direcionei o olhar para meu melhor amigo que sorriu amarelo para mim.
- Falei que não ia deixá-la ir embora sem falar com você! Vê se não faz merda, null! - ele cochichou em meu ouvido.
Eu, ainda atônito, apenas assenti com a cabeça sem tirar os olhos e null. Meu coração batia mais rápido que qualquer bateria de escola de samba.
- Vem, null! - ela saiu na frente em direção ao quarto de null.
Nós dois conhecíamos bem a casa de null, afinal de contas frequentávamos as festas que meu melhor amigo dava quase todos os finais de semana. Eu a segui, sentindo minhas pernas vacilarem. Fechei a porta do quarto dele atrás de mim, e coloquei a cerveja sobre a mesa de cabeceira da cama dele, me aproximando assim de null que estava de costas para mim.

- Por que você sumiu? - eu perguntei com a voz saindo mais rouca do que eu esperava.
- Porque eu não queria ver você nunca mais! - eu mordi meu lábio, magoado.
- Por quê? - eu segurei a cintura dela com as duas mãos.
null permaneceu imóvel, com os braços cruzados abaixo do peito. Aquilo me magoou ainda mais.
- Porque era o certo! Não dava mais!
- Não dava mais para ser minha amiga? O que aconteceu, null?
Ela respirou fundo e eu apertei a cintura dela com força. Silêncio. Eu a soltei, me virei de costas para ela, baguncei meus cabelos e depois esfreguei meu rosto com força.
- Mas que droga, null! Você não disse que queria conversar?
Silêncio. Eu abri a porta do quarto cansado do silêncio dela. Queria ir para casa. Saí do quarto com pressa e acabei me esbarrando em algumas pessoas, inclusive em null, null e null. Eles não me seguiram, me conheciam…
Atravessei a garagem lotada de gente da casa de null e cheguei até o meu carro, peguei a chave do mesmo em meu bolso, desliguei o alarme pronto para entrar e ir embora. Antes que eu pudesse dar partida no carro, eu a vi me encarando da janela do passageiro. Ela queria me deixar maluco? Abaixei o vidro e continuei a encarando.
- Posso entrar? Posso ir para o seu apartamento com você?
- Para que, null? Hum? - eu perguntei com a voz embargada.
Ela continuou me encarando também, sem responder a minha pergunta. Destravei o carro através do painel e ela entrou no carro. Dirigimos em silêncio, enquanto eu sentia minha garganta queimar com as lágrimas que eu segurava.

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"So don't give up on us! With you I couldn't ever get enough. All I want is us... Try to walk away but then we touch, yeah, I'm gonna stay by your side till the light of the morning covers us. So don't give up on us,'cause we just got a different kind of love. So don't give up on..."

Ela entrou no apartamento primeiro que eu depositando a bolsa sobre o sofá e eu fechei a porta do mesmo e coloquei as mãos nas cinturas, encarando as costas dela outra vez.

- Meus pais te ligaram? - ela se virou finalmente me encarando.
- Várias vezes!
- E o que você disse?
- Que não entendia também por que você fez o que fez! Você contou para eles que era mentira? - ela fez que não com a cabeça - Então o que você disse?
- Disse que tínhamos terminado e que eu não queria falar sobre o assunto, mas que eu tinha terminado e que você não tinha feito nada de errado!
- Por que, null? O que deu errado?
- Tudo, null!
- Não me chama de null! - eu me aproximei enquanto ela dava passos para trás - null, sou eu! null, seu melhor amigo, cacete! Que porra é essa que está acontecendo? Você está com medo de mim?
Ela balançou a cabeça diversas vezes enquanto lágrimas escorriam por sua bochecha, me deixando ainda mais desesperado e confuso.
- Eu não deveria ter vindo! Desculpa, null! - ela atravessou o espaço entre nós indo até a porta.
Eu a segurei pelo pulso, virando-a para mim e nossos corpos se chocaram. Encostei a testa na dela enquanto segurava o corpo dela pela cintura.
- Você não vai embora sem me dizer o que foi que eu fiz! O que eu fiz de errado, null?
- Você fez eu me apaixonar por você! Que droga, null!
Ela espalmou as mãos em meu peito tentando me empurrar para longe, mas eu a segurei com ainda mais força. Meu coração poderia rasgar o peito a qualquer momento. Ela havia se apaixonado por mim?
- E qual a dificuldade em me dizer isso? Porra null! A gente nunca escondeu nada um do outro! Eu achei que tinha feito algo de errado, algo grave!
- E isso não é grave? - ela tentava se soltar do meu corpo outra vez.
- É grave? - sussurrei contra a boca dela.
Eu queria beijá-la, e mostrar que ela não era a única afetada por tudo que aconteceu. O olhar dela desceu para a minha boca.
- Você é o meu melhor amigo, é claro que é grave! Você pode me soltar, por favor? - a mão dela tentou em vão me empurrar.
- Não! Você vai fugir se eu soltar você! Eu sou seu melhor amigo, você tem razão! E eu amo você, null! Por que você fugiu ao invés de conversar comigo?
- Porque eu não podia deixar um sentimento estúpido tirar você de mim! Porque eu não queria me apaixonar por você seu idiota! Você é meu melhor amigo, por Deus!
- Eu me apaixonei por você também, sua idiota!
Os olhos dela se arregalaram com força e ela abriu a boca, surpresa.
- Você não percebeu? Você não via? Nos meus olhos? Na forma que meu corpo reagia a você? Em como eu ficava quando tinha que beijar você para os seus pais? Você não via?
Ela balançou a cabeça, ainda surpresa.
- Não brinca com uma coisa dessas, null!
- Para de chamar de null! - eu exaltei um pouco o tom de voz - Eu não estou brincando, null! Eu estou completamente louco por você! Desde a primeira vez que nos beijamos! Você é tudo que eu penso, dia e noite!
- null… - ela engoliu seco, fechando os olhos.
- Você não acredita?
Não deixei que ela respondesse e a beijei com toda a força que eu tinha. No começo ela não reagiu, mas logo suas mãos invadiram meus cabelos e ela deixou que nossas línguas se encontrassem. Dei alguns passos com ela até que chegamos à porta e eu encostei as costas dela lá, enquanto subia minhas mãos pelo corpo esguio dela, até chegar em um de seus seios por cima da blusa mesmo, o apertei em minha mão com força. null mordeu meu lábio inferior em resposta o que me impulsionou a invadir a pele dela por baixo da blusa que ela usava. O contato de minhas mãos com a pele quente dela fez meu membro reagir por dentro da calça. Minhas mãos voltaram a apertar os seios dela sobre o sutiã que ela usava e null arfou com o toque, arqueando as costas enquanto me beijava. Minhas mãos seguiram pelas costas dela até encontrar o fecho da peça, e eu o desabotoei. Os olhos de null se abriram, mas ela não protestou.
- Você ainda não acredita? - eu perguntei enquanto descia minhas mãos para a barra da blusa que ela usava - Que eu sou louco por você?
Levantei a blusa branca pelo corpo dela que ergueu os braços para que eu a tirasse. Meus olhos pousaram no sutiã da mesma cor que ela usava, e eu voltei a colocar as minhas mãos sobre os mesmos, sentindo minha ereção começar a me incomodar.
null levou as mãos até a camiseta preta que eu usava, e arrancou a mesma do meu corpo voltando a grudar nossos lábios. Minhas mãos desceram para o bumbum dela e apertei forte o mesmo em minhas mãos, enquanto ela me agarrava pelo pescoço. Enquanto nos beijávamos eu senti as pernas dela entrelaçarem minha cintura, e sem desgrudar da boca dela, caminhei até o quarto depositando-a sobre a cama e deitando meu corpo sobre o dela.
- Você é tão linda, null! Como eu pude perder tanto tempo assim? - me sentei entre as pernas dela enquanto acariciava as mesmas.
As bochechas dela ficaram vermelhas.
- Eu sempre tive curiosidade… - ela engoliu seco.
- De que? - perguntei segurando a cintura dela -
- De saber como era transar com você! - a bochechas dela ficaram ainda mais vermelhas.
- E eu que achei que a gente não tinha segredo um com o outro… - eu sorri enquanto terminava de tirar o sutiã de seu corpo.
null fechou os olhos e eu lentamente deitei meu corpo sobre o dela outra vez. Segurei um dos seios dela outra vez, e então passei minha língua pelo mamilo já enrijecido do mesmo. Ela gemeu enquanto arranhava levemente as minhas costas e eu senti meu membro pulsar com ainda mais força, tamanho o desejo que eu estava sentindo. Com a outra mão, eu brincava com o mamilo livre do outro seio dela enquanto a ouvia gemer debaixo de mim. Aquilo parecia um sonho. Fiquei assim durante alguns minutos até que ela puxou meus cabelos fazendo nossos rostos se encontrarem. Ela me empurrou para o lado, me fazendo ficar deitado e então foi a vez de ela ficar em meio as minhas pernas, passando uma das mãos pela minha visível ereção sobre o tecido da calça que eu usava e eu mordi meu lábio inferior, queria sentir as mãos dela em mim o mais rápido o possível. Então eu desabotoei o botão da calça jeans que eu usava e ela, com as mãos ágeis, tirou a mesma do meu corpo, arrastando minha cueca junto. Fechei meus olhos quando senti a mão direita de ela envolver meu membro. null movimentou a mesma para cima e para baixo vagarosamente arrancando um gemido rouco da minha garganta.
Senti uma de suas mãos se apoiarem em minha barriga e então ela intensificou os movimentos, arrancando mais gemidos de mim. Foi quando de repente, senti a língua dela…
- Puta que pariu, null! - mordi o lábio quando a boca dela engoliu quase toda a extensão do meu pênis.
Embrenhei uma de minhas mãos em seus cabelos e os puxei com força enquanto sentia sua língua. Não houve necessidade de que eu guiasse os movimentos dela, ela sabia perfeitamente o que fazer com a boca para me enlouquecer. Quando senti que estava chegando lá, eu pedi que ela parasse, e ela prontamente obedeceu.
Encostei nossos lábios e a beijei com força enquanto descia minha mão para encontrar sua intimidade. Passei um de meus dedos na mesma e não consegui conter um gemido quando vi que ela estava encharcada, e por mim, só por mim! Arrastei o dedo para a entrada dela e o empurrei para dentro dela. null segurou meus ombros com força enquanto enterrava o rosto na curva do meu pescoço e gemia. Meu nome escapou de seus lábios quando eu introduzi outro dedo. Ela mordeu meu pescoço enquanto meus dedos entravam e saiam dela.
- Você é tão bom, null! - ela sussurrou contra um dos meus ouvidos.
Eu intensifiquei os movimentos enquanto ela jogava a cabeça para trás deixando o pescoço à mostra e disponível para os meus lábios. Passei a língua antes de beijar o pescoço bonito dela, que gemia.
Quando senti que ela estava perto, eu tirei os dedos sem aviso prévio e ela se agarrou aos meus ombros, surpresa. Eu sorri, satisfeito e a beijei. Lentamente deitei o corpo dela no meio da cama, ainda a beijando. Ela abriu as pernas pronta para me receber, eu só soltei os lábios dela para pegar um preservativo dentro da mesa de cabeceira perto de nós. null me observava, com o rosto suado e um pouco vermelho. Acredito que eu nunca a vi tão bonita em toda a minha vida! Já com o preservativo colocado, eu voltei a provocá-la com os dedos, um dentro dela e outro fazendo movimentos circulares em seu clítoris. A visão dela, ali se contorcendo e gemendo de prazer por causa dos meus toques, era incrível, eu nunca me senti tão poderoso quanto ali.

- null! - ela gemeu - Por favor!
- O que você quer?
- Você! - ele arranhou minha barriga com força -
- Você acredita em mim agora?
Nós dois nos olhamos e null balançou a cabeça assertivamente.
- Você não mentiria uma coisa dessas só para me levar para a cama! Não para mim!
Eu sorri, sentindo meu coração aquecer dentro do peito. E então eu posicionei meu membro na entrada dela, que voltou a fechar os olhos. Deslizei para dentro dela sentindo suas paredes me agarrarem com força e então eu gemi de prazer e satisfação por finalmente estar dentro dela.

Segurei sua cintura com força enquanto me movimentava e senti as unhas dela me arranharem. Deitei meu corpo sobre ela, enterrando meu rosto entre seus seios e me movimentei devagar, eu queria sentir cada pedaço dela! As mãos dela subiam e desciam pelas minhas costas, e quando ela cravou as unhas com força em mim eu aumentei o ritmo das estocadas, sentindo que eu não aguentaria por muito tempo. O barulho que ecoava pelo quarto era o das nossas peles em contato uma com a outra e os nossos gemidos, misturados. Ela avisou baixinho em meu ouvido que estava chegando lá e eu me permiti chegar também.

Caí ao lado dela, exausto e de olhos fechados. Eu não conseguia parar de sorrir, e então senti ela se deitar em meu peito e comecei a acariciar seus cabelos. Eu estava perdidamente apaixonado, e não tinha para onde correr.

- Você ia desistir da gente? - acariciei a bochecha dela com o polegar.
- Eu achava que você só me via como amiga, null! Como sua irmãzinha mais nova! Eu fiquei apavorada, e fugi!
- Então me promete uma coisa?
- Hum?
Eu ergui o rosto dela para que ela me olhasse.
- Não desiste da gente?
- Prometo! - ela selou os lábios nos meus - Eu não vou fugir mais de você! Você promete não fugir também?
- Eu nunca fugi, null! Não vai ser agora que isso vai acontecer!
Nós dois ficamos em silêncio, eu acariciando o rosto dela e ela o meu peito.
- Vamos avisar para os seus pais que voltamos depois que a gente tomar um banho?
Nós dois gargalhamos.
- Vamos! Eles vão ficar felizes!
- Não mais que eu!
Eu a beijei de novo, agora sabendo que ela não desistiria de nós.




Fim.



Nota da autora: Oieee! Espero que tenham gostado! Deixa um comentário se puder e quiser que ajuda bastante a saber o que vocês acharam! Qualquer coisa me chama no twitter que eu tenho mais de 20 fanfics no site!

Ei, leitoras, vem cá! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso para você deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.




Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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