Finalizada

Capítulo Único

tinha tentado de tudo para aliviar o estresse, mas os picos vinham sendo mais comuns e em intervalos mais curtos. Apesar de não ser uma doença, o estresse excessivo pode desencadear quadros perigosos de ansiedade, depressão, problemas cardíacos, de pele e gastrointestinais, então ela tinha sido obrigada por sua irmã mais velha e suas duas melhores amigas - às quais dividia o apartamento - a procurar ajuda! Ela já tinha ido a psicólogos e terapeutas ocupacionais, mas nada resolveu muito, então as meninas resolveram que ela precisava de algo mais, digamos, natural, então ali estava ela, parada em frente aquele lugar que parecia até um centro de reabilitação - sabia daquilo porque já tinha ido parar em um por conta do seu vício em trabalho - onde tinha um documento em mãos, que garantia sua hospedagem de duas semanas para a prática exclusiva de um tratamento "espiritual" de yoga, meditação e relaxamento. Achava tudo aquilo uma babaquice, já tinha feito yoga na vida e tentado umas meditações caseiras, mas nunca tinha conseguido se conectar com aquilo. Como tinha acabado de ser mandada embora da firma de marketing e propaganda de uma empresa enorme a qual dava sua vida - por isso estava com todos aqueles problemas - foi como se o mundo todo dela se ruísse, mas teria o tempo necessário para fazer o plano de tratamento e renovação espiritual que o programa prometia.

— Que maravilha!

Reclamou, puxando sua mala ladeira acima, para chegar até a recepção. O lugar era afastado de tudo na cidade, e não tinha nada e nem ninguém ao redor, ela pensou que seria o cenário perfeito para aqueles filmes de terror, que as pessoas são assassinadas por psicopatas e viram a sopa deles. O sinal do celular para variar não funcionava também, era perfeito, ela via filmes como aqueles que as pessoas iam para lugares distantes para relaxar ou passar o final de semana e quando eram atacados, não conseguiam ligar para a emergência e tinham que correr mata a dentro. Por sorte um dos tratamentos para seu estresse incluiu exercícios físicos e caminhadas, que à medida que não funcionavam mais, ela passou a correr e aquilo não ajudou a ser menos estressada, mas seu condicionamento físico era incrível, então conseguiria correr uma maratona se quisesse.

— Seja bem vinda ao Hope World.

A recepcionista que usava uma roupa clara, parecia reluzir de tanta felicidade ao ver ela. notou ali, que seriam duas semanas difíceis, aquele tipo de pessoa era totalmente o tipo de pessoa que ela era. Para começar, ela estava usando uma calça de couro preta, botas de escalada no mesmo tom e uma camiseta igualmente preta com a estampa de sua banda de rock preferida, os óculos extremamente grandes e escuros cobriam metade de seu rosto e ela era realmente de poucos amigos.

— Oi, moça. Benson. — Colocou os papéis da reserva sobre o balcão, retirando os óculos para que ela confirmasse sua identidade.
— Certo, senhora , só um momento, por favor. — A mulher que não parecia nem tão mais nova assim que para chamar ela de senhora, começou a digitar alguma coisa em seu computador. — Pacote completo tântrico, muito bem, vejamos. — Ela olhou para sorrindo. — Meditação tântrica envolvendo as ativas: Chakra Breathing, Kundalini, Kundalini Up, Meditação Dinâmica, Heart Chakra, NadaBrahma, Nataraj, Whirling, Osho Pulsation e AUM, parece que a senhora vai ocupar bastante seu tempo. — Soltou uma risadinha confortável e amigável.
— Meu Deus, tudo isso. — Disse derrotada e querendo internamento socar aquela mulher que sorria tanto.
— Calma que não acabou. Tem práticas respiratórias, duas vezes ao dia, e Yoga tântrica. Aqui estão seus horários, as salas são bem sinalizadas, mas qualquer dúvida você pode perguntar para qualquer uma de nós, temos bastante pessoal para ajudar. Aqui estão suas chaves, seu chalé é o 18, fica pro lado direito, é só seguir essa linha dourada. — Ela indicou no chão e olhou a linha que ia até Deus sabe onde. — Pode se acomodar, que a reunião de boas-vindas só acontece mais tarde, alguém vai te chamar, mas está tudo anotado nesse cronograma que eu te dei.

abriu um sorriso forçado e pegou os papéis que estavam no balcão, a alça da sua mala de rodinhas e a sua coragem que jurou ter deixado em casa e seguiu aquela linha dourada que parecia que não ia mais ter fim, quando a linha terminou, viu que teria de andar mais e quase desistiu de tudo e fugiu para outro país para que ninguém a aborrecesse mais. Quando chegou ao lugar, queria mesmo desistir de tudo e fingir que não existia mais. O lugar era todo branco, coisas em tons pastéis, e uma parede enorme de vidro, que ela se assustou, a vista era linda? Era linda, mas qualquer um que passar podia ver ela se trocando, por exemplo, entrou em pânico por alguns minutos, até que, perto da cama achou as instruções de como fechar as persianas e cobriam toda a parte de vidro e ela se sentiu aliviada, não estava pronta para aquele tipo de exposição. Não estava pronta para nada naquela experiência, mas aquela exposição era demais para a capacidade de vivência dela.

— Eu quero ir embora, , pede para Anna vir me buscar, por favor, eu juro que não me estresso mais. — suplicava para a irmã na ligação.
, você sabe que precisa disso, não sabe? Não me faça ligar para a Mamãe, você sabe que ela arruma um jeito de pegar um chalé ao lado do seu, só pra te forçar ficar aí, não sabe? — disse em um tom maternal e confiável. sabia, a mãe delas era no mínimo doida, e superprotetora, sabia também que a mais velha ou apareceria ali para obrigar que ela tentasse mais aquele "procedimento" ou a arrastaria para o interior com ela e a "trancaria" lá, com as vacas, galinhas, porcos e qualquer outro animal que a mais velha tinha inventado de criar, naquela fazenda imensa que elas tinham.
— Poxa vida irmã, você devia estar do meu lado, não do da mamãe! — Ela protestou esparramando mais na cama em que estava deitada desde a hora que chegou aquele lugar, mais ou menos duas horas atrás, nem as malas tinha desfeito ainda, estava mesmo querendo ir embora.
— Eu estou do seu lado, minha Pinscherzinha preferida! Por isso mesmo que estou jogando baixo dessa forma, você sabe que isso não te faz bem, e eu te amo e quero o seu bem meu amor, só por isso eu sou do time da mamãe dessa vez. — A mais velha sempre era sincera com a irmã, e sabia que o sentimento dela era real, das duas eram, elas eram totalmente próximas, se mudaram para a cidade juntas e sempre dormiam juntas, quando pequenas, nas vezes que seus pais brigavam e ou chegavam muito tarde de algum lugar e as suas ficavam sozinhas. Elas sempre foram o porto seguro uma da outra, a base e a confiança também, então sabia que era para o bem dela, apenas de serem super protetoras uma com a outra, não insistiam em loucuras, quando essas loucuras não eram necessárias.
— Tá bem , tem um doente Feliz aqui batendo na minha porta, eu preciso ir. — disse a irmã, parte para encerrar o assunto, parte porque realmente estavam batendo a porta dela.
— Fica bem, piolhinho, eu te amo! — se despediu da irmã.
— Também te amo, carrapatinho.

E elas encerraram aquela ligação, se arrastou da cama até a porta e atendeu o rapaz super simpático que exibia o maior sorriso que ela já tinha visto na vida.

— Boa tarde senhorita. — Juntou as mãos e fez uma pequena reverência.
— Oi moço, eu estou atrasada para alguma coisa? — Pegou o papel que a moça da recepção tinha entregado a ela e viu a palavra "visita guiada ao Hope World" bem grande em letras amarelas brilhantes no começo do documento. O sorriso dele continuava irradiando todo o rosto. — Ah, vamos então…

Ela pegou somente seu celular e suas chaves. Acompanhou o homem que mostrava animado para ela todas as acomodações do lugar. Mostrou as salas de meditação, yoga, e as outras dos inúmeros outros eventos que o lugar oferecia, bem como salas de convivência, lanchonete, e tudo o que ele devia, podia e queria mostrar. já não aguentava mais andar, o lugar era imenso. Lindo? MARAVILHOSO! ela não podia negar, mas imenso e pelo cronograma que tinha recebido a pouco no e-mail, percebeu que seus horários e eventos naquele lugar eram um distante do outro. Estava ali para desestressar, mas a cada segundo, pessoa ou situação, só ficava mais ansiosa, apreensiva e negativa quanto aquela experiência e era frustrante, porque precisava desestressar, precisava que algo desse certo, estava cansada de se sentir daquela forma e de fazer sua família e as pessoas que a amavam sofrer.

Depois da pequena palestra do programa de boas-vindas, só queria se deitar e dormir por uns três dias, estava tão cansada, tão exaurida que estava começando a sentir vontade de chorar. Às vezes sentia raiva por ser tão negativa daquele jeito, mas era algo que ela não tinha a habilidade de controlar. Houve uma reunião depois do final daquele evento para que as turmas que estavam iniciando ali, se entrosarem e se conhecessem melhor, mas não participou, não tinha mais energia para conviver com outros humanos, foi para seu quarto, tomou um banho longe de banheira, com os sais relaxantes que achou pelo lugar e quase dormiu ali, imersa na água quente.

No dia seguinte, levantou cedo, estava acostumada aquela rotina, precisava tomar um café quente, comer alguma coisa, senão, seu humor que já bem ruim, ficava insuportável. Sua surpresa em chegar ao refeitório era que não podia tomar mais café, a cafeína a deixava agitada e essa agitação causava estresse, bem como refrigerantes, chás com presença de cafeína e excesso de açúcar, então estava com seu leite puro, seu pão e seu mal humor, sentados no cantinho.

A primeira atividade naquele dia era a meditação tântrica. Chegou antes de todo mundo naquela sala enorme, super clara e arejada, gostou, porque pode escolher onde se sentaria e ajeitou suas coisas ali, cada chalé tinha seu equipamento de meditação e ou quaisquer outras atividades inseridas no cronograma de cada hóspede, então, ninguém se preocupava em arrumar essas coisas caso não tivesse. Assim que a sala encheu. Um homem que brilhava como a luz do dia e que tinha aquele mesmo sorriso que todos que trabalhavam ali, tinha nos lábios entrou. Pela forma com que ele se movia e acenava alegre para algumas pessoas, ela achou que era mais um "aluno" para aquela prática, já que tinha uma esteira vaga ao lado dela. Mas ele parou em frente a turma e começou a se apresentar.

— Bom dia a todos, eu sou , seu instrutor de meditação tântrica. — A felicidade na voz dele contagiava, sabia que sim, mesmo que pouco atingisse ela. — Vou fazer uma breve explicação sobre o que é esse tipo de meditação e talvez, para aqueles que tenham um cronograma maior com essa parte tântrica, uma explicação mais rebuscada sobre o que são e para que servem as práticas tântricas. — Ele continuava falando e podia de fechar os olhos e dormir de tão confortável que aquele tom era. — As meditações ativas tântricas são inspiradas em dois tripés importantes! A primeira é vivenciar o Tantra em sua essência: Respiração, som e movimento dentro da perspectiva corporal, liberando travas e bloqueios físicos e emocionais, despertando o corpo através da mobilização energética consciente, vitalizando-nos através de nossa própria energia vital, lembrando-nos de nossa essência divina. — não entendeu metade do que ele disse, mas concordou. — E enquanto filosofia comportamental que serve para ressaltar a importância dos aspectos conceituais do Tantra, enquanto matriarcal, sensorial e desrepressor. Através da catarse, como uma limpeza, uma "faxina" emocional, podemos ressignificar conteúdos e aprimorar nossa consciência, retornamos à fonte divina onde tudo é belo, próspero e abundante. — Ele continuou falando e realmente não estava entendendo bulhufas, então fingiu que estava prestando atenção. — Em resumo, vamos trabalhar muito o autoconhecimento, e nos focar em nos conhecer, reconhecer e reestruturar.

estava um pouco entediada naquela primeira sessão, mas depois da quarta sessão e quando passou a sentir um pouco mais de alívio, resolveu se entregar de corpo e alma para o tratamento, pelo menos nos compromissos daquele cronograma enorme, porque o relacionamento social com o resto do grupo. Mais dois dias e quando achou que aquela prática, finalmente estava dando certo. Sofreu um pico de estresse terrível, quando seu coração começou a acelerar e seu estômago doía como se estivesse sendo esmagado por um gigante malvado. Estava na área social, tentando se enturmar, quando sentiu as mãos suando logo em seguida as ondas de dor e de batimentos acelerados invadindo seu corpo. Pelo resto do dia e metade do dia seguinte, não saiu de seu chalé, nem para comer. Não sentia fome, vontade de levantar da cama e ou disposição para nada, não se lembrava a última vez que tinha se levantado para ir ao banheiro ou tomar banho. Não atendeu as muitas investidas da porta e só se levantou para tomar banho, porque detestava ficar pegajosa e fazia muito calor. Nem sua irmã, que era seu contato de emergência e que tinham entrado em contato com ela para explicar o ocorrido, fez com que ela sentisse vontade de voltar para a rotina que vinha tendo todos aqueles dias. De noite naquele dia, resolveu caminhar, mesmo com ventiladores por todo lugar naquele chalé, ela sentia muito calor e parecia que o ar estava rarefeito, precisava de ar puro e ali era um bom lugar para achar aquilo em abundância.
Caminhou por longos minutos até se afastar das acomodações, queria chegar perto das cachoeiras que tinha por lá e que o rapaz que a recepcionou mostrou, mas se perdeu pelo caminho e foi parar no meio do bosque que tinha pelo lugar, lindo também, um pouco mais reservado. Não tinha percebido a presença de ninguém, até ouvir uma voz atrás de si, falar em um tom calmo e amigável.

— Veio meditar? — Escutou falar com ela.
— Estava procurando uma saída intermediária. — Se permitiu rir, sem muito humor.
— Você sabe que pode ir embora a hora que quiser não sabe? Aqui não é uma prisão . — Se levantou de onde estava sentado, ele estava ali meditando quando ela chegou.
— Eu sei, mas se eu for embora agora, minha irmã me interna em uma clínica de verdade e eu não tô mais afim de viver dopada. — Riu mais uma vez sem humor, mas estava um pouco mais confortável.
— Viver dopado é um saco, eu lembro quando minha depressão era tão fodida que eu vivia em outro planeta, de tanto remédio que eu tomava. — Respirou fundo, não gostava de falar sobre aquilo, mas sentiu que ela precisava ouvir aquilo, talvez se conseguisse se conectar com alguma história, pudesse se conectar mais com o programa.
— Como você conseguiu superar? — Estava curiosa, porque ele parecia tão zen e tão positivo, para quem vivia dopado.
— Eu conheci o tantra, e isso mudou a minha vida, pode parecer besteira e nem sempre funciona com todo mundo, mas comigo foi como se tivesse tirado com a mão, não vou te falar que estou em perfeito estado, porque a gente supera, mas a gente sempre carrega coisas sombrias conosco, mas eu consigo viver muito melhor assim. — Estava sendo sincero, e ela conseguia sentir aquilo, era estranho, porque eles mal se conheciam.
— Eu sabia que você diria isso, não sei porque. — Riu com mais humor. — Qual prática do tantra te deixou mais apaixonado e te trouxe para essa vida? — Perguntou olhando para ele, que abriu um pequeno sorriso.
— Bom, toda a experiência tântrica me atrai, mas eu vou te confessar uma coisa, que eu acho que nunca comentei com uma "cliente" — Fez aspas. — mas minha primeira vivência com o tantra foi o sexo, conheci uma pessoa que era adepta dessa prática, e me levou para um mundo e uma zona se relaxamento que eu nunca tinha sentido antes, daí foi só alegria. — Estava super confortável com aquele papo.
— Acho que não estou conseguindo me conectar com esse método. — Foi sincera, por mais que tivesse aliviado a sua tenção, era certo que ela não conseguia se entregar totalmente ao autoconhecimento.
— Eu não conseguia meditar também, nenhum tipo de ioga ou prática espiritual funcionavam, daí, depois daquela experiência e de estudar bem sobre, que eu me encontrei, mas às vezes o tantra não é o seu negócio mesmo, mas existem tantas outras práticas e métodos, que você acha o seu um dia. — Sorriu e começou a caminhar para voltar aos alojamentos.
— Acho que quero tentar. — Ela disse fazendo com que parasse no meio do caminho e virasse a atenção para ela.
— O que? Novos métodos, acho que posso conversar com as meninas da recepção para mudar seu programa, faltam alguns dias ainda, você prefere o naturalismo ou…
— Não , eu digo o sexo, sabe, eu relaxo bem quando eu faço sexo, as vezes se juntar as duas coisas. — Ela não se envergonhou ou nada, disse logo na lata.
— Ah você pode tentar com o seu parceiro, acho que ainda temos vagas para as sessões teóricas de sexo tântrico, quanto tempo vocês estão juntos? — Estava animado, gostava de receber gente nova nas suas turmas.
— Eu não tenho um parceiro, pensei que você pudesse me ajudar com isso! — Sorriu e ele ficou confuso sobre aquilo. — Sabe, eu fico super confortável e mais relaxada quando estou com você, sabe, não sei explicar, talvez se você me introduzisse nesse meio, as coisas não fluíram melhor. — Eu posso te dar algumas aulas teóricas particulares, mas você sabe que só dá certo mesmo na prática, não sabe? — Ele pensou que não entrava entendendo o que estava rolando ali, porque parecia muito na cara, para ser só uma confusão dele, por ela ser linda e ele ter se atraído por ela.
— Não sei se entendi.
— Eu acho que estou te convidando, ou me convidando para fazermos sexo, eu acho. — riu, porque aquilo soou estranho, mas não tinha outra forma de dizer.
— Pera, não sei se isso pode dar certo. — O choque na voz dele, fez querer ir até chorar, era engraçado causar aquilo nos homens, e ela tinha aquele dom, que chegar em quem sentia vontade e não esperar que alguém tomasse a iniciativa por ela.
— Eu não te atraio, senhor ? É isso? — Ela se permitiu rir na frente dele.
— Claro que não, quer dizer, sim. Meu Deus, eu tô nervoso. — Ele riu. — Você é super atraente, só um cego não vê, mas sei lá, você não está aqui para isso, e eu estou em uma posição…
— Aí , pelo amor de Deus, você não é meu professor, eu não tenho 15 anos, aqui não é uma escola, nem um centro de reabilitação, não estou aqui para um tratamento encaminhado do médico, acho que não tem problema foder com meu instrutor de meditação, não é antiético. — Estava disposta a fazer aquilo naquele momento, tinha gostado da ideia e quando gostava das coisas, tinha que fazer.
— Você tem um ponto. Eu vou te introduzir mais sobre o assunto essa noite e amanhã, durante as outras atividades, e podemos tentar amanhã, ou depois, tem certeza que quer isso? — parecia mais relaxado, mas ainda estava apreensivo.
— Combinado, põe aqui seu numero, que eu vou te chamar para me passar os pontos principais. — Entregou seu celular desbloqueado para ele, que anotou o número e depois de mais algum papo, eles foram cada um para um lado, ela de volta para a caminhada que estava fazendo e ele para um lugar que ela não sabia onde era.

ALGUNS DIAS DEPOIS…


— Pra que isso dê certo, você precisa confiar em mim, . — disse espalhando as velas aromáticas pelo local, mais uma vez aquela semana, e preparando o quarto como da última vez. Já tinham tentado fazer aquilo, mas ela não conseguiu se concentrar, talvez estivesse nervosa, porque era a primeira experiência sexual com ele, mas ele achava que era mais falta de confiança mesmo, e ele entendia, também já tinha sido daquela maneira.
— Eu já me fodi muito confiando nas pessoas, , isso aconteceu até quando eu confiei na minha mãe, em pessoas que se julgavam minhas amigas, mas só queriam informação privilegiada ou seja lá o que arrumaram se aproximando de mim, eu costumava confiar nas pessoas, porque acreditava na bondade delas, mas toda vez era uma tomada no cu diferente, então, acho que eu não consigo mais. — Foi sincera, sabia que precisava externar aquilo, e sabia que em parte, todo aquele "distúrbio" que desenvolveu, foi por pensar que não podia confiar em quase ninguém ou desabafar com as pessoas que usariam aquilo contra ela. Ela nunca tinha feito aquilo, porque aprendeu com alguém uma vez que: "você deve tratar o outro como gostaria de ser tratado" mas aquilo era conversa, as pessoas não seguiam aquilo, elas eram ruins e se faziam de vítima, essa era a verdade, pelo menos a única que ela conhecia.
— Mas isso não é se foder, , isso é o que você pede quando coloca seu joelho no chão e pede para Deus, Buda, Alá, Oxalá, pra mãe terra, pro universo, pro vento, pro sol, pra lua, para quem quer que você acredite, te livrar de todo o mal. As pessoas são ruins e podem sair como vítimas, mas você não precisa do julgamento de mais ninguém nessa vida a não ser o seu. Quando você deita sua cabecinha no travesseiro a noite é a sua consciência que conta, o saldo final com você mesma. Você não faz mal a ninguém quando distribui amor e no final das contas o que vale não é o que as pessoas sentem, pensam e falam sobre você, mas quem você é de verdade, como você se enxerga, como se sente em relação a seus atos e postura. É difícil, porque fomos criados desde sempre para viver em sociedade, em bando, em grupo, e nos cobramos um sentimento que não nos cabe, que é o sentimento do outro. — Ele estava sendo sincero e ela sabia que aquilo era verdade, desde que se conheceram ele só tinha sido sincero com ela e ela precisava dar aquele voto de confiança para ele.
— Posso prometer tentar? — Ela também estava sendo sincera, não podia ser hipócrita e mudar seu sentimento de uma hora para a outra, mas estava disposta a se entregar e tentar o máximo que podia, confiar nele.

Eles se sentaram sobre a enorme cama que ela tinha em seu chalé, de frente um para o outro com as pernas cruzadas, de mãos dadas, começaram a inspirar e expirar na mesma frequência, controlando a respiração, entrando no mesmo campo energético. Depois que sentiram toda aquela sintonia entrar pelos poros, foram para as massagens. foi primeiro, pegou um óleo especial com perfume de flor de laranjeira, que levou, dizendo que era super relaxante e espalhou pelo corpo dele, explorando todos os cantos daquele corpo maravilhoso, dando uma maior atenção para os pontos mais escondidos e os mais sensíveis também. Adorava passar as mãos por aquele homem, era gostoso, era relaxante não só para ele que recebia a massagem, mas para ela também que fazia. Depois de um tempo, eles trocaram de posição, ela se deitou e ele começou a massagear todo o corpo dela, trazendo sensações que ela nunca tinha sentido antes, era algo que realmente transcendia qualquer coisa que ela já tinha experimentado.
Ficaram algumas horas praticando aquela massagem, usaram as mais, as unhas, velas, gelo, lenços de seda e até mesmo uma pena específica para sensações que ele tinha levado também. Tudo para deixar o toque na pele mais sensível e acordar os sentidos, todos eles.
A respiração deles continuava em sintonia e gemidos, sons e suspiros eram os sons que preenchiam aquele local, era extremamente excitante e ajudava a para que eles entrassem na mesma vibe e as energias se encontrassem.
Enquanto se tocavam, estavam sempre olhando profundamente um para o outro, seus olhos eram como portas para os sentidos e eles gostavam daquilo de olhar, perceber o desejo e o sentimento do outro pelo olhar, era como respirar juntos, a sintonia com os olhares os conectavam ainda mais.
Enquanto as mãos dele passeavam, massageavam, tocavam e estimulavam seu corpo, conseguiu deixar seu cérebro em ponto morto, mesmo que quisesse, não conseguia pensar em outra coisa, a não ser as sensações que sentia com aquilo, era incrível como estava conseguindo entrar de cabeça daquela vez, sentir o que ele disse que ela conseguiria sentir com aquele ato e ainda mais, estava realmente conectada a ele.
Depois desse longo tempo em que se estimularam, começaram com um contato mais efetivo ao sexo. passou a beijar todo o corpo de , começando pelo pescoço dela, descendo para a clavícula, peitos, barriga, e finalmente chegando a parte íntima de dela, que estava a espera de algo além daqueles dedos, que trabalharam por algum tempo ali, antes da boca chegar. Assim que a ponta da língua dele tocou aquela área sensível, ela gemeu tão alto e tão prazeroso, que sentiu que ele sorriu no meio de suas pernas, era aquela reação que ele esperava dela depois de toda a conexão que ele sentiu que estavam tendo. Começou a trabalhar ali de forma lenta e explorando cada centímetro da região, era deliciosa a forma com que ela se retorcia na boca dele, puxava de leve seus fios e gemia alto e claro, deixando exposto todo o prazer que estava sentindo, era incrível como aqueles estímulos antecessores ajudaram a deixar aquele ato mais gostoso, mais favorável e excitante, era gostoso, era libertador. Depois de um tempo entre lambidas, chupadas, linguadas e tudo o que ele pode usar naquele oral, ela sentiu que o orgasmo estava chegando, mas não queria que ele acabasse com tudo ali, queria mais sensações prazerosas, antes que gozasse a primeira vez, porque depois, estaria menos sensível. Segurou os fios dos cabelos dele para que ele parasse de trabalhar ali, e ele soube, pela respiração semi desregulada dela, que ela estava chegando em seu ápice. Ele então se deitou e ela começou a chupar o pau dele sem rodeiros, sabia que não precisava de pressa, mas a hora que viu como ele estava duro e esperava por ela, começou com o boquete, foi no seu ritmo, e sempre olhando profundamente nos olhos dele, que ferviam de tanto prazer. Ele também não moderava seus gemidos, o som do prazer que ela proporcionava a ele tinha que ser ouvido, para que ela pudesse sentir também um pouco daquele prazer. Eles não falavam, não era um pré-requisito daquela prática não falar, mas estavam tão conectados e seus corpos se reconheciam e se expressavam tão bem, que nenhuma palavra era necessária. subia e descia com a boca no pau de , fazendo com que a cabeça do membro dele batesse fundo em sua garganta, e era como se ela pudesse o levar para o céu, só com aqueles lábios e aquela boca. Ela também ficou um bom tempo ali, brincando com o pau dele, chupando, lambendo e brincando com as bolas, e da mesma forma que ela, ele não queria gozar naquele momento, assim que ela percebeu que ele estava se segurando, parou com o que estava fazendo e eles começam a se beijar, um beijo calmo, doce, lento e íntimo. Estavam mais íntimos do que nunca e ela gostou de como aquele beijo lançou uma corrente elétrica pelos seus nervos. Era uma sensação maravilhosa. Aproveitou que ele tinha se sentado na cama para passar uma perna do lado do corpo dele e se encaixar em seu pau, sentando de forma lenta e forte. Começou a movimentar o corpo para cima e para baixo, enquanto ele auxiliava nas movimentações dos quadris dela com as mãos que estavam segurando a cintura dela. O som dos corpos se chocando, dos gemidos altos e de toda aquela experiência só faziam a mente de entrar no clima e não sair da sintonia que estavam tendo. Aquele homem era uma delícia e fazer aquilo, daquele jeito, só estava fazendo com que a mente dela transcendesse qualquer coisa que conhecia.
Mudaram de posições mais algumas vezes e tentaram segurar o orgasmo o máximo que puderam, mas depois umas boas horas trancados naquele chalé. O ápice atingiu o corpo deles, com o olhar, enquanto ela estava deitada na cama com as pernas em volta da cintura dele, e ele esticando de forma rápida, viram em seus olharem que estavam perto demais para segurar qualquer coisa, então gozaram juntos, gemeram alto e os corpos tiveram espasmos, bem como pareciam que iam entrar em combustão, pelo modo com que os corpos se aqueceram e relaxaram ao final de toda aquela experiência.

sabia que teria que praticar mais aquilo, mas aquela experiência tinha sido a mais incrível de toda a sua vida. Continuou fazendo os programas que estavam em seu cronograma até o fim de dia estadia ali, mas continuou vendo depois, eles resolveram que teriam uma coisa especial, rotularam, mas faziam Meditação, yoga, e sexo tântrico juntos muitas vezes por semana. Ela percebeu que depois que introduziu o tantra para a sua vida, suas crises foram diminuindo, ela conseguia viver em paz, com ela mesma, estava se conhecendo aos poucos, mas adorava a mulher que descobriu que ela depois que começou a praticar pra valer o tantra em sua vida.




FIM



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Preciso dizer que eu amo demais como Jung Hoseok é todo paz, amor e good vibes, ele com essa luz toda ilumina absolutamente tudo, colocar ele nessa posição de mentor ou instrutor de práticas tântricas, me deixou de pernas bambas, sério, tá perfeito demais eu adorei tanto escrever essa fic que eu quero que vocês possam sentir um pouco desse afeto que eu desenvolvi enquanto estava produzindo. Espero que gostem 💜

PS: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada!

AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.



OLÁ! DEIXE O SEU MELHOR COMENTÁRIO BEM AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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