01. Love

Fanfic finalizada: 01/08/2020

Capítulo único

tinha voltado de viagem dois dias antes e ficou sabendo que teria uma festa do pessoal da turma mais velha no colégio, tipo um baile de volta das férias na sexta-feira. Ela estava no segundo ano e no terceiro, ele mandou uma mensagem dizendo que iria à festa e que estava muito chateado que ela não poderia ir com ele.
Ela terminou de arrumar umas coisas na casa da avó e antecipou sua volta para casa para poder fazer uma surpresa para o namorado e encontrá-lo no baile. Combinou com as amigas de ir às compras quando chegasse para escolher o vestido perfeito, acessórios, sapatos, enfim, tudo tinha que estar incrível.

estava ajudando a amiga a se arrumar e dando os toques finais na própria maquiagem, ela também namorava um garoto do terceiro ano e combinara de encontrá-lo na festa, ele insistiu para buscá-la, mas ela conseguiu enrolar ele para que ela pudesse ir com a .
As duas analisavam os resultados da produção em frente ao espelho e sorriram para seus reflexos em aprovação, estavam fabulosas. Com certeza a noite prometia.
Pegaram um táxi e, quando chegaram ao colégio, entrou primeiro para encontrar seu namorado e poder fazer uma entrada triunfal com seu vestido rosa com renda e pedrarias em outros tons de rosa, simplesmente maravilhoso. Ela esperou uns 5 minutos e seguiu para o ginásio, para sua sorte estava tocando a música perfeita para uma grande entrada, assim que a batida de So What da Pink esquentou ela entrou. Algumas pessoas viraram para olhá-la, ela sorriu para alguns conhecidos e um dos amigos do fez cara de quem comeu comida estragada quando a viu, ela estranhou e seguiu o olhar dele ao canto mais afastado do lado direito do ginásio.
Caminhou lentamente até lá e reconheceu seu namorado agarrando Lucy, uma garota bem desprezível da sala dele, ela não sabia como reagir, se fazia um escândalo e batia nos dois, se atrapalhava a cena para pedir pelo menos uma explicação, ou se simplesmente ia embora. Levou uns segundos e resolveu se retirar, seria ainda mais humilhante se eles a vissem chorando, ela respirou fundo e foi o mais devagar que conseguiu em direção à porta, tentando não correr. Enquanto ela corria, o amigo que a viu correu até e apontou a garota correndo para a saída. Ele largou a menina lá e saiu correndo para falar com e tentar não perder a líder de torcida mais popular que elevava tanto a sua moral no time de futebol.
Quando ele chegou na saída viu ela entrando em um táxi, que azar, pegou o celular e começou a ligar pra ela, tinha sido muito amador também, não poderia ter beijado Lucy em público daquele jeito, mas não conseguiu resistir às provocações da garota, claro que outras pessoas veriam, mas jamais esperava que fosse aparecer, claro que ela não atendeu o telefone.
pediu ao taxista que a deixasse em um parque não muito longe da casa dela, não era muito iluminado, mas sempre tinha algum vigia rondando por ali, então era teoricamente seguro, ela tirou a sandália de salto alto e arrastou o vestido na areia até sentar-se em um balanço e desmoronar, o que ela tinha feito para merecer aquilo? só estava brincando com ela esse tempo todo? Ela não entendia, só chorava, viu o celular vibrar com ligações dele e de , que deve ter sabido do que aconteceu, mas naquela hora não podia falar com ninguém, só queria gritar, mas a garganta parecia tão apertada que ela só conseguia chorar, entrecortando com alguns soluços.
estava fazendo sua ronda meio distraído quando ouviu a garota chorando, se aproximou devagar para não a assustar, ele reconheceu e tocou seu ombro.
- Ah não, que vergonha, – Ela escondeu o rosto nas mãos e tentava controlar o choro.
- O que aconteceu? Por que você está assim? – Eles se conheciam de algumas festas da escola, ele se formara um ano antes e estava na academia de polícia, acabou pegando um bico de segurança fazendo as rondas do bairro para ajudar na experiência.
- O ... – ela não conseguiu completar a frase e chorou ainda mais, ele abraçou-a meio desajeitado e ajoelhou na frente dela, que desabou em seu ombro.
- O que aquele cretino fez? – Ele tentou controlar a raiva, mas sempre tivera problemas com o garoto quando estavam juntos no time, sempre se achou o maioral e aprontava algumas pra ele ficar mal e o treinador tirá-lo como capitão.
- Ele estava com outra garota na festa – ela choramingou no ombro dele, se controlou um pouco e se afastou para olhá-lo, - não acredito que ele fez isso comigo. Eu voltei mais cedo pra fazer uma surpresa, e quem teve a surpresa fui eu...
- Ele é um idiota, não fica assim por causa dele. – ele deslizou os dedos no rosto dela para limpar algumas lágrimas que ainda caíam.
Eles ficaram ali mais um pouco conversando, ela estava se sentindo melhor e ele foi buscar o carro para levá-la pra casa, já tinha dado o horário do seu turno e o outro vigia já havia chegado.
Ela agradeceu muito por ele ter ficado com ela e a levado em segurança pra casa, deu um beijo no rosto dele e passou as mãos mais uma vez no próprio rosto antes de descer do carro, deu um sorriso pra ele e entrou em casa.
e sua mãe estavam na sala.
- Amiga, onde você tava? Eu te liguei umas mil vezes, estávamos quase chamando a polícia. Não te achei e corri pra cá.
- Desculpa gente, eu precisava respirar um pouco. – Minha mãe me abraçou agradecida e me deu um beijo na testa.
- Eu vou deitar, vocês podem conversar... Amanhã eu falo com você, mocinha – Ela me daria um sermão, mas estava feliz por me ver em casa, não seria nada grave.
- Menina, me fala agora, que merda foi aquela? – puxou-a para a cozinha.
- Não sei, cheguei lá e o tava atracado com aquela vaca da Lucy, eu queria morrer, queria matar os dois, não consegui pensar direito, só saí de lá e peguei um táxi, não consegui atender o celular, ele me ligou um monte de vezes também.
- Ai amiga, que merda, eu vou socar a cara desse babaca...
- Espera, cadê o George?
- Ah, eu mandei ele pra casa, depois eu cuido dele, se eu sonhar que ele sabia dessa palhaçada eu mato ele também.
- , por que? – ela voltou a choramingar contra a vontade, mas estar nos braços da amiga parecia ser inda mais confortável para chorar toda aquela dor que ela estava sentindo. – Estávamos juntos há quase dois anos, eu achei... eu achei que ele me amava – ela chorou mais ainda.
- Oh minha amiga, ele é um cretino, não merece você... – Antes dela continuar, elas ouviram batidas suaves na porta, foi abrir... – Não acredito, seu merdinha, o que está fazendo aqui? – ela se segurou para não berrar com ele e acordar o quarteirão inteiro.
- Para , eu quero falar com a , ela tá ai?
- , quem é? – chegou perto da porta e seu coração se apertou ainda mais quando viu na porta.
- Amor, me escuta por favor... ela me agarrou.
- O que? E se isso fosse verdade você não poderia empurrar ela? – ela engoliu o choro para evitar mais humilhação. – Eu observei vocês por um bom tempo... impossível ter sido pego desprevenido.
- Calma, deixa eu falar com você...
- Sai daqui, não vai falar com ela coisa nenhuma, seu maldito – forçou ele porta afora e bateu com mais força do que gostaria.
- Você não vai cair em nenhuma conversinha dele, né? – negou com a cabeça, voltou para a cozinha e lavou o rosto na pia. – Senta ai, amiga, vou fazer um chá pra gente.
concordou e sentou-se na bancada, aguardando ferver a água e colocar nas canecas.
- Mas me fala... onde você foi? Por que tava na rua até agora?
- Eu parei no Green Park, precisava de um tempo sozinha.
- Você é louca? Ficar lá sozinha uma hora dessa da noite? Mesmo com os seguranças é meio bizarro...
- me achou, ele ficou comigo e depois me trouxe pra casa.
- que se formou ano passado? Olha só... e ele está um gato, eu vi ele saindo da academia semana passada – ela suspirou, enterrando o rosto na própria caneca de chá.
- Para, sua perturbada, acabou de enxotar meu namorado e já quer me jogar em outro cara?
- Ué, querida, não podemos perder tempo nessa vida – ela deu uma risadinha e piscou para , feliz de a amiga parecer melhor, conseguiu arrancar um sorriso dela.
Elas terminaram o chá e foram dormir.

No domingo a tarde, estava deitada no sofá vendo um filme, seus pais tinham saído para a casa de um tio e ela não estava a fim de ir, estava pensando sobre como seria a escola no dia seguinte, não sabia como iria encarar toda a situação com , ele não parava de mandar mensagens se desculpando, ela continuava ignorando, não queria falar com ele.
A campainha tocou e ela se levantou pronta pra mandar o garoto pro inferno, mas ficou surpresa quando viu . Quase morreu de vergonha quando lembrou que estava de pijama e encostou um pouco a porta para se esconder.
- Ah, oi...
- Oi , desculpa te incomodar, acabei meu turno e queria ver como você ficou depois... de tudo.
- Ah, sei lá, quero ver como vai ser amanhã, até agora só estou ignorando ele, queria que ele sumisse do mundo pra eu não ser obrigada a encontrar com ele nunca mais.
- Isso é bom, não deixa ele te enrolar com desculpinhas não, você não merece isso.
- Obrigada pela preocupação. Quer entrar e tomar alguma coisa? – ela ficou meio sem graça, mas não quis ser mal educada, afinal ele fora tão legal na outra noite. – Vou só lá em cima rapidinho pra trocar de roupa, já volto.
Ela deu passagem pra ele e indicou a cozinha, ele sentou em uma banqueta para esperar. Ela demorou uns 10 minutos, acabou dando um jeito no cabelo também, não podia ficar com essa cara de coitada na frente dos outros.
- Prontinho, foi mal a demora. Quer água, refri?
- Pode ser uma água mesmo.
Eles ficaram ali na cozinha conversando um pouco e ele resolveu chamá-la para dar uma volta e tomar um café, ela hesitou um pouco, mas aceitou. Quando eles estavam saindo, viram na frente da casa, encostado no carro de .
- Fez todo aquele drama e está se engraçando com esse panaca aí? Finalmente conseguiu, né ? Precisei quebrar o coraçãozinho dela pra ela ver que você existe – ele deu uma risada debochada e estreitou os olhos – Muito bem, não sabia que era tão vadia e ia pular em outro tão rápido... – enquanto ele terminava a frase, avançou nele e deu um soco bem no meio da cara, ele era bem maior que , o garoto nem teria chance de revidar. Colocou as mãos no rosto que começava a sangrar pelo nariz e saiu xingando entre dentes.
- Ai meu Deus, que pesadelo... ele vai falar mal de mim na escola toda ainda, além de me trair, eu é que vou ficar de ruim – ela cobriu o rosto com as mãos, tentando não ficar mais nervosa.
- Desculpa por isso, ele é um filho da puta, merecia muito mais que um soco.
- Mas o que foi aquilo que ele disse que você finalmente conseguiu?
- Nada, ele só fala besteira, esquece... – ele relaxou os punhos e ficou de costas pra ela – Acho melhor eu ir pra casa, outra hora a gente toma aquele café.
- Sim, deixa pra outro dia, eu tô um caco, mas obrigada por vir, apesar dessa cena ridícula. – Ela chegou perto dele, apertou a mão dele e ele se virou para se despedir. Beijou o rosto dela rápido e entrou no carro.

tinha se interessado por aquela garota desde que a viu da primeira vez, um ano e meio antes, numa festa da escola, ela estava começando o primeiro ano e ele o terceiro. Logo ela se tornou o centro das atenções na escola, virou líder de torcida e começou a namorar um dos jogadores, logo o babaca do do segundo ano, ele pegava todas, qualquer uma que dava mole pra ele, inclusive um ano antes tinha ficado com sua namorada, desde então os dois tinham uma rixa péssima, o treinador se atrapalhava todo para conseguir fazê-los jogar em equipe, até ameaçou expulsar os dois se não parassem com as provocações. Mas infelizmente não era hora de chegar nela, ela estava machucada e confusa com a palhaçada que aquele cretino fez com ela, daria um tempo antes de se aproximar de novo, mas se mexesse com ela de novo, seria capaz de dar uma surra nele.

estava bem nervosa e confusa, chamou para dormir na casa dela para poderem ir juntas à escola na segunda, não conseguia nem pensar em como seria encarar aquilo, não podia chegar sozinha na escola, encontraria as outras amigas lá, precisaria de todas elas para ajudarem a se desvencilhar das fofocas. terminara com George porque percebeu que ele sabia das traições de desde sempre, apertou um pouco e ele soltou a língua. também estava precisando de apoio, as duas enfrentariam uma barra na escola no dia seguinte.
Elas chegaram na escola mais cedo para encontrar o mínimo de pessoas possível até chegarem à sala de aula, Hanna estava esperando por elas, tinha recebido as mensagens das amigas e foi encontrá-las mais cedo. Alguns alunos começaram a chegar e uns poucos lançavam olhares estranhos na direção das meninas, estava rolando a maior fofoca sobre a festa, mas elas não tinham entendido o porquê da curiosidade, burburinho sobre e o sumiço das outras garotas do grupinho delas...
Na hora do intervalo, hesitaram um pouco, mas saíram da sala e foram para o refeitório. Chegando lá, encontraram uma cena no mínimo bizarra, várias pessoas bajulando e ele contando “seu lado da história” todo sofrido, estava com um curativo no nariz, um olho meio roxo e com uma tipoia no braço, não entendeu nada, o soco que dera nele não causara todos os hematomas, aquilo estava muito estranho.
Depois de uns três dias, as meninas foram ouvindo fofocas cada vez piores a respeito de , as outras meninas tinham se afastado e todo o restante começou a tratá-las como se fossem tóxicas, aquilo deixou arrasada, ainda tinha o apoio das duas amigas, mas seu reinado popular aparentemente fora destruído.

Passando o tempo, a garota foi ficando mais deprimida, depois de um mês, estava tão perdida, que foi mal em algumas provas, quase não saia pra lugar nenhum, não sabia mais o que fazer, tinha um café perto de um shopping que costumava ir e passou lá pra esfriar um pouco a cabeça antes de ir pra casa, a mãe estava preocupada e ficava enchendo ela de perguntas. Uma garota chegou perto e pediu pra se sentar, ela estranhou, mas assentiu.
- Você é a da escola, não é? – Ela assentiu de novo, tentando lembrar quem era aquela garota. – Eu sou a , me formei ano passado, tentei entrar para a torcida antes de você, mas me rejeitaram porque eu não era boa como elas, enfim, encontrei uma amiga que está no terceiro e ela me contou o que está acontecendo, eu já fiquei com aquele safado do , você está bem?
- Ah, estou lembrando de você, eu tinha acabado de entrar na equipe, como eu era a mais popular do meu ano, as meninas abriram uma exceção pra eu entrar antes... ah, ele acabou com a minha moral na escola, espalhou um monte de absurdo que eu estava traindo ele e o cara covarde ainda agrediu ele com mais amigos, mas é tudo mentira, ele é um escroto...
- Ai menina, não fica assim não, não vale a pena, esse menino é um pirralho ridículo, não sofre não, eu sempre te achei o máximo, desde o começo arrasando na escola...
- Ah, obrigada, na verdade não sei como aconteceu, eu acabei virando o centro das atenções do nada, cheguei na escola e de repente já tinham meninas querendo se vestir iguais a mim, me pegou de surpresa na verdade, porque era tão sem graça na outra escola...- ela deu uma risadinha sem ânimo – agora eu estou com as duas que sei que são minhas amigas mesmo, o resto tá me tratando como se tivesse alguma doença contagiosa.
- Quer saber uma coisa? Você precisa melhorar esse ânimo, esse palhaço não merece uma lágrima sua sequer.
- Ah, uma hora isso vai melhorar... no final do ano ele se forma né? – elas deram risadinhas e ficaram conversando mais um pouco. Trocaram os telefones para combinar algo depois.

Acabaram se falando por mensagem quase todos os dias, sempre perguntava se ela estava melhor, se já tinha matado o garoto e outras bobeiras que a faziam rir um pouco. Depois de umas duas semanas, acabou ligando e elas estavam conversando sobre alguma bobagem que aconteceu na escola e na faculdade.
- Menina, tem uma festa hoje à noite, você pode? Acho que seria perfeito pra você sair deixe baixo astral.
- Como é sexta, acho que não tem nenhum problema, vou só avisar minha mãe, me manda mensagem pra falar onde nos encontramos.
- Me manda seu endereço, eu te busco, você vai se divertir, o pessoal é bem legal.
- Combinado então. – Desligaram. decidiu que merecia uma noitada pra relaxar e curtir com gente de fora do colégio, parecia bem legal, até se animara um pouco.

- Essa é a república de um pessoal que estuda comigo, você vai adorar, eles são muito loucos – deu uma risadinha e desceu do carro, estava com um tubinho preto e sandálias de salto vermelhas, colocou um vestido cobre um pouco decotado e sandálias pretas de salto também, elas estavam simplesmente lindas. – Você vai arrasar, está maravilhosa, só não precisa falar pra ninguém que é menor de idade – ela gargalhou e puxou a menina para dentro da casa.
A festa foi ficando cada vez mais animada, a música estava alta e chegava cada vez mais gente, até aceitou umas cervejas, estava bem soltinha depois de algumas horas, dançava e ria muito com as histórias da e mais uns amigos que estavam por perto, estava relaxada e quase feliz na verdade.

Look at you kids with your vintage music
Comin' through satellites while cruisin'
You're part of the past, but now you're the future
Signals crossing can get confusing


acabou exagerando um pouco e ficou mais bêbada do que devia, mas estava se divertindo muito. Quando já era mais de meia noite, ela pegou uma água e foi dar uma volta na área da piscina, tinha sumido com algum cara, mas disse que mandaria mensagem para levá-la embora depois, ela estava apreciando o ar fresco da noite e acabou tropeçando perto da piscina, mas alguém a pegou antes que ela caísse.
- Opa gatinha, cuidado ai. – era um cara bem bonito, com um sorriso encantador.
- Nossa, obrigada, você me salvou – ela deu uma risadinha e se equilibrou, apoiando nos ombros dele, acho que esse sapato não combina com álcool e piso irregular.
- A senhorita bebe e ainda fala difícil, posso saber seu nome?
- Eu sou , muito prazer... qual seu nome mesmo?
- Eu não disse ainda, sou o Sam. – ela foi tirando as mãos dos ombros dele, mas ele permaneceu com as mãos na cintura dela, onde a segurou para que não caísse na piscina.
- Então, muito prazer, Sam – ele tinha um olhar intenso, ela gostou daquilo e voltou a se apoiar nele, chegando o corpo mais perto do dele. Ele não resistiu e a beijou, foi um beijo bem longo e muito bom para ambos, até que se ele sentou em uma das espreguiçadeiras com a garota em seu colo.
Eles estavam se beijando e trocando carinhos, até que alguém segurou seu braço e a puxou com certa força.
- Mas você é uma vadia mesmo, já está com outro? – gritou para a garota no meio do pessoal que estava lá fora.
- Ai que merda, , o que você tá fazendo aqui? Por que não some? – Ela o empurrou e foi para o lado de Sam que já tinha ficado de pé – Isso não é da sua conta, vai embora daqui – Sam a abraçou pelos ombros e estendeu uma mão para que ficasse longe.
- Está ai, quase bêbada e já trocou aquele bobão do , você é rápida, heim?
- Pô cara, para de ofender a menina, sai daqui meu, quem te convidou? Vai, vaza antes que a gente precise te tirar a força.
- Eu vou, mas pode ter certeza que essa sua vidinha de rainha da escola acabou, você não passa de uma piranha. – E obviamente Sam foi obrigado a dar um empurrão nele.
- Some, senão eu vou te encher de porrada.
- Vou vazar antes que outro peguete seu resolva chamar os coleguinhas pra me bater – e entrou na casa de novo para ir embora.
- Ai que ódio, que maldito – não se aguentou e deixou escaparem algumas lágrimas, Sam tentou consolá-la sem muito sucesso, foi buscar mais água pra ela e ver se encontrava porque ela queria ir embora, se não iria levá-la ou chamar um táxi caso ela não se sentisse a vontade para ir com ele.
- Fica calma, tá? Esse cara parece o maior babaca. Eu não achei a , mas qualquer coisa eu te levo ou a gente chama um táxi tá? Ele era seu namorado? – Ele deu a água pra ela e sentou do lado dela na espreguiçadeira. Ela contou um pouquinho do que aconteceu sem muitos detalhes e estava se acalmando quando viu se aproximando.
- Olha quem está aqui – ele sorriu ao vê-la, mas deu uma murchada quando viu o braço de Sam nos ombros dela.
- Oi – Ela se levantou para cumprimenta-lo – esse é o Sam.
- Eu conheço, tudo bem cara? – eles deram um toque em cumprimento.
O clima ficou meio esquisito entre os três, ficaram em silêncio até que recebeu uma mensagem da “nova amiga” para avisar que iria ficar para passar a noite e falar pra ela dar um jeito de ir pra casa ou ficar por lá também.
- Ai droga, a disse que vai ficar por aqui, não vai me levar embora.
- Eu te levo – e Sam falaram ao mesmo tempo.
- Meninos, obrigada, mas não quero incomodar, eu chamo um táxi.
- Não, , já está tarde e parece que você andou bebendo, deixa eu te levar.
Sam ficou um pouco desapontado enquanto a garota concordava e saia com , mas eles pareciam se conhecer.
No carro, ela contou pro o que tinha acontecido na escola e na festa, o que o deixou ainda mais puto com .
- Deixa eu te perguntar uma coisa, você bateu nele depois daquele soco na frente da minha casa? Ele apareceu todo arrebentado na segunda falando que o covarde com quem eu estava traindo ele chamou uns amigos e bateu nele...
- Claro que não, eu estou na academia de polícia, não posso nem pensar numa coisa dessas. Perderia minha vaga e até meu emprego de ronda. Ele é um mentiroso, do jeito que é idiota pediu para algum amigo bater nele ou usou maquiagem pros hematomas, sei lá...
- É, imaginei que você não tinha feito isso mesmo, ele arruinou minha vida na escola, estão me tratando muito mal...
- É complicado, ele até merece uma surra, mas infelizmente eu não posso, mas como você foi parar nessa festa? Não sabia que era amiga da , ela é meio barra pesada.
- Então, encontrei ela no café outro dia, começamos a nos falar e ela me convidou, eu tava meio pra baixo, mas resolvi sair pra ver se me distraía, mas acho que algum amigo do tava lá e avisou ele, não tinha como ele saber que eu estava lá... não entendi o que você falou da , como assim ela é barra pesada?
- Ah, ela é toda festeira, sempre some, bebe demais, as vezes usa algumas coisas, comprimidos, sei lá, toma cuidado se for andar com ela, tá?
- Entendi, pode deixar que vou tomar cuidado... , para o carro um pouquinho?
- Mas por quê? Já estamos chegando.
- Quero falar com você e meu pai pode aparecer se a gente ficar estacionado lá na porta de casa.
O bairro era relativamente seguro e tinha um ronda passando de moto, que o cumprimentou quando o reconheceu, resolveu encostar o carro para ver o que a garota queria.
- Eu queria entender melhor aquelas coisas que o disse sobre você finalmente conseguir ficar comigo e sei lá mais o que...
Ele engoliu em seco e enrolou um pouco, mas resolveu contar que tinha gostado dela desde que ela entrou na escola, mas era dois anos mais nova e não sabia se tinha muito a ver, então deixou pra lá, mas depois que ficou com a namorada dele e começou a briga entre os dois, o garoto acabou descobrindo que ele era afim de , então fez de tudo pra ficar com ela e irritá-lo ainda mais.
- Nossa, que confusão, então eu não fui nada além de um desafio pra ele...
- Não sei, mas era bom pra ele vocês dois como casal, a fama dele no futebol aumentou depois que ele começou a namorar a líder de torcida mais gata... – ela abaixou o rosto, um pouco sem graça - a popularidade dele na escola só cresceu mais.
- Nossa que pesadelo, e agora ele arruinou minha moral na escola e fica desfilando com aquela safada da Lucy que já se fez de minha amiga... Eu queria por fogo nos dois. Como você aguentou tudo isso sem fazer nada?
- Ah, eu me defendia como podia, né? Infernizei ele principalmente no futebol o quanto deu, até consegui tirar ele de alguns jogos por “mau comportamento”. Mas enfim, passou, eu me formei e achei que ia me afastar de vez de tudo, até que te encontrei aquele dia, percebi que não ia me livrar da escola tão fácil... – ele soltou o ar pesado, sorrindo de leve pra ela.
- Entendi... mas você ainda gosta de mim? – ela se aproximou mais dele no carro, deixando o efeito da bebida guiar seus instintos, apesar de ter gostado de ficar com Sam na festa, era lindo demais, seus olhos azuis eram bem convidativos e ele parecia ser um cara muito legal.
- Perguntinha capciosa... – ele respirou fundo, se incomodando um pouco com a aproximação dela, não sabia se conseguiria resistir.
- Sim ou não? – ela chegou tão perto que ele sentiu o calor do hálito dela no rosto, colocou a mão no ombro dele e aproximou ainda mais o rosto, quase encostando seus lábios, por fim, ele não se segurou e a puxou em um beijo intenso e urgente, esperara tanto tempo e nem pensou que algum dia a teria ali, em seus braços.
A intensidade do beijo foi aumentando e o calor dentro do carro também, ela puxou a camiseta dele e colocou as mãos um pouco frias nas costas dele, causando um arrepio no corpo todo, ela deslizou as unhas devagar, deixando-o desconfortável com a própria calça jeans, onde o calor só aumentava, ele ia enlouquecer.

It's enough just to make you feel crazy, crazy, crazy
Sometimes, it's enough just to make you feel crazy


Ele precisava parar com aquilo, mesmo contra a própria vontade, mas ela tinha bebido e ainda devia estar confusa com toda a situação, não podia se aproveitar dela assim, apesar de que todas as suas terminações nervosas estivessem gritando para agarrá-la ainda mais. Ele segurou os ombros dela e a afastou devagar.
- O que foi? – ela olhou desconcertada pra ele. – Não gostou?
- Nada, nada, é que não podemos, precisamos ir com calma, estamos no meio da rua, você bebeu, eu não quero que você pense que me aproveitei de você nem nada.
- Eu não ia pensar nisso, é que estava tão bom – ela sorriu manhosa pra ele.
- Eu sei, eu sei, mas vamos fazer assim, eu te levo pra casa e a gente sai depois, um cinema, sei lá, mas que a senhorita não esteja levemente bêbada e irritada com o seu ex.
- Ah, mas eu não quero ir embora – ela fez um biquinho tão fofo que ele não resistiu e beijou-a de novo, segurando seu rosto com carinho.
- Eu também não quero deixar você, mas hoje você vai pra casa dormir, tá bom? – ela fez que não com a cabeça e o puxou para mais um beijo longo e bem quente, estava fazendo o maior esforço para se controlar, mas era bom demais pra ser verdade, tinha medo de deixá-la em casa e depois fingirem que nada disso aconteceu, mesmo com essa ideia martelando sua cabeça, ele conseguiu cortar o beijo e a convenceu de levar ela pra casa e se encontrarem na noite seguinte, já que ele estava de folga. Ela concordou fingindo estar emburrada e se despediu com um selinho rápido quando chegaram na casa dela. Ele ficou de mandar mensagem pra ela para combinarem a saída.
Ela chegou e encontrou a mãe na cozinha, estava preparando um chá.
- Não sabia que você ia demorar tanto.
- Ah mãe, desculpa, é que encontrei um amigo e fiquei conversando até agora, vou tomar um banho e deitar tá? Estou cansada.
- Boa noite, filha. – Apreensiva porque percebeu que a filha provavelmente tinha bebido, ela resolveu deixar a conversa para depois, não conseguiria arrancar nada dela naquela noite.
Depois do banho ela checou o celular, tinham mensagens das amigas, ela responderia quando acordasse, mas tinha uma que ela fez questão de responder, acabou mandando um “já cheguei, durma bem”, ela sorriu sozinha e pegou no sono logo. Apesar do rolo que fez, a noite fora muito boa.
Sábado ela acordou quase meio dia, com um pouco de dor de cabeça, lembrando dos acontecimentos da noite, ela levantou bem devagar e foi ao banheiro para sua rotina matinal, depois pegou o celular para responder as mensagens das amigas e contar um pouco da noite anterior. Desceu para comer alguma coisa e encontrou a mãe preparando o almoço na cozinha, pronta para bombardeá-la com perguntas.

Quando eram umas quatro da tarde, ela estava com as amigas vendo um filme, quando chegou uma mensagem de perguntando se estava tudo bem e se ela tinha conseguido ir embora da festa, ela revirou os olhos e respondeu que sim, curta e grossa, afinal a menina tinha deixado ela na mão. Um pouco mais tarde, também mandou mensagem:
: oi, tudo bem?
: tudo sim e vc?
: bem também, só queria te falar que não vai dar pra sair hoje, peguei um plantão.
Ele estava bem nervoso pra ver se a garota não iria agir estranho depois da noite anterior e o plantão não apareceu em boa hora, mas talvez fosse melhor as coisas esfriarem um pouco para ter tempo de pensar e não ficar com ele como um apoio, ele era grandinho, mas como percebeu que os sentimentos pela garota não tinham desaparecido totalmente com o tempo, era melhor se segurar e dar tempo ao tempo.
: Ah, que pena, mas tudo bem, estou com as meninas aqui, marcamos outra hora, beijinhos.
: Combinado, beijos.
Ela ficou um pouquinho decepcionada por não ver ele mais tarde e um pouco preocupada de ele ter ficado estranho depois dela ter se jogado em cima dele... Comentou com as amigas, mas logo se distraiu com o filme, depois pensaria em mandar uma mensagem se desculpando ou deixar pra lá para não piorar a situação.

Depois de uns dias sem nenhum sinal de , deu uma desencanada e retomou seu contato com , apesar de algumas confusões, estava se divertindo e conseguindo relaxar junto com a garota. A mãe dela começou a fica bem preocupada com o comportamento da filha e decidiu falar com para tentar entender mais o que estava acontecendo, as amigas tentaram falar com ela e saber mais dessas saídas com , mas ela estava toda evasiva e só dizia que a garota era legal e que estava tudo bem com ela.
As notas de iam de mal a pior e todo fim de semana ela encontrava para algum programa. Em mais uma das festas da faculdade, estava bebendo e rindo com uns amigos da e a menina a convence de experimentar uma coisinha para se soltar mais, ela acaba aceitando o comprimido e o joga no copo, rindo enquanto observava as bolhas da droga se dissolvendo na bebida, mas poucos minutos depois de tomar, ela começou a se sentir muito estranha, não enxergava direito e não conseguia falar que não estava muito bem, resolveu ir pro jardim dos fundos para tomar um ar, o ar frio melhorou um pouco a tontura e ela já estava se sentindo mais leve, começou a dançar sozinha com a música que vinha de dentro da casa.
soube da festa por uns amigos e imaginou que estaria lá, como foi procura-lo para saber se ele estava vendo e contar o que estava acontecendo com a amiga, ele imaginou que ela estivesse na festa também, passou lá pra checar e acabou encontrando com uns caras, eles riram e disseram que tinha ido lá fora e que estava bem doida. Com o estômago revirando, ele seguiu para o jardim e encontrou a menina, ela dançava sozinha, mas estava claramente bem alterada.

Ele se aproxima pra tentar falar com ela e tirá-la de lá, ela diz que está se divertindo e o empurra, pedindo pra ele ir embora já que ele não queria ficar com ela. se afasta um pouco, mas fica observando para que ela não fizesse nenhuma besteira ou algum cara se aproveitasse dela. Aos poucos percebeu que o tempo que resolveu dar pra ela esquecer o ex foi um erro bem estúpido, devia ter ficado por perto mesmo somente como amigo, ainda que aquilo o matasse por dentro, ela estava envolvida demais com a e fazendo muita loucura.

Look at you kids, you know you're the coolest
The world is yours and you can't refuse it
Seen so much, you could get the blues
But that don't mean that you should abuse it


Um cara se aproxima e começa a dançar com ela, interrompe logo.
- Sai daqui, , você não é meu pai nem nada, me deixa em paz – ela meio que grita com ele e o empurra de novo.
Por mais que aquilo estivesse tirando ele do sério e ele quisesse muito sair de lá, não podia deixar ela lá sozinha, a festa já estava bem fora de controle.

Though it's enough just to make you go crazy, crazy, crazy
I know it's enough just to make you go crazy, crazy, crazy


Quando o cara começou a beijá-la pelo pescoço e foi indo pra boca, perdeu a paciência e puxou ela dos braços dele, acabou tirando ela da festa meio a força porque ela estava parecendo uma criança birrenta, quando ele abriu a porta do carro, precisou empurrá-la pra dentro, mas quando ele entrou do lado do motorista ela brigava com a maçaneta e depois saiu do carro gritando que ele não mandava nela, não podia levar ela embora assim, ela tropeçou com o salto em um buraco na calçada quando estava se afastando do carro e levou o maior tombo, batendo a cabeça com tudo no chão. ficou completamente em choque, mas conseguiu colocar a menina no banco de trás e voar para o hospital, não sabia se era melhor chamar uma ambulância, mas ficou com medo de demorar e a situação dela ser grave, porque ela estava desmaiada, sem reação nenhuma.

ficou 2 dias no hospital para observação porque teve uma concussão leve, recebeu visitas dos pais e das amigas, só saiu de lá quando a mãe dela chegou, depois do trabalho no sábado, passou para levar umas flores e ver como ela estava.
Depois de uma semana em casa, se recuperando e com vergonha, ela começou a repensar nas merdas que andava fazendo, pediu desculpa para seus pais e para as amigas e voltou pra escola. Se afastou completamente de para evitar mais problemas e conversou com os professores pra fazer trabalhos extras para melhorar suas notas, como ela sempre fora uma boa aluna antes daquilo, eles lhe deram o benefício da dúvida.
mandou algumas mensagens pra saber da recuperação dela, mas estava se mantendo um pouco distante para não forçar a barra. Se esbarraram algumas vezes e ele comentou que ia viajar para fazer um treinamento especial, ficaria um mês fora.
Durante a viagem dele, ele resolveu arriscar e mandar mais mensagens para a garota, ligava as vezes e esperava as ligações dela depois da escola, eles foram aumentando a frequência do contato e as mensagens foram se tornando mais íntimas com o passar dos dias e percebeu o quanto ele fazia bem pra ela, não via a hora de ele voltar logo do treinamento.

Um mês depois...

You get ready, you get all dressed up
To go nowhere in particular
Back to work or the coffee shop
Doesn't matter 'cause it's enough


passou na cafeteria antes de voltar pra casa depois da aula e estava saindo meio distraída com seu copo gigante de capuccino quando um sorriso muito lindo chamou sua atenção do outro lado da rua. Ela correu até ele, derrubando o copo pelo caminho e ele a recebeu com um abraço enorme, erguendo um pouco a garota enquanto dava um beijo bem intenso depois de tanto tempo esperando aquele momento.
O beijo que eles deram antes não foi nada em comparação a este, intenso, sóbrio e cheio de paixão, dessa vez o coração dela estava onde ele queria, onde ele desejou ter por tantos anos, nos seus braços.

To be young and in love (ah, ah)
To be young and in love (ah, ah)


- Você fica bem de farda. – Ela riu enquanto bagunçava o cabelo dele.
- E você fica bem de qualquer jeito, eu senti sua falta, mais do que eu gostaria de admitir. – Ele sorriu de lado, dando um selinho em .
Eles caminharam de mãos dadas e pararam em um banco no parque, bem onde tiveram aquele encontro estranho depois do baile.

Epílogo

Quando chegou a formatura, tinha levado um belo de um chifre da tal Lucy e o pessoal da escola já tinha percebido o quão estúpido e fingido o garoto era, algumas pessoas se reaproximaram de e outras ela mesma preferiu evitar o contato, porque apesar de tudo, se lembrava bem de como foi tratada por quase todos, estava namorando o barista mais bonito do café que elas frequentavam e Hanna estava saindo com um garoto que conheceu na internet, era o nerd mais fofo do mundo, as amigas estavam felizes e se preparando juntas para o baile, enquanto esperavam seus pares aparecerem na limusine que alugaram para irem todos juntos.
Estava até rolando um déjà-vu quando se aproximou de no espelho para checarem as aparências uma da outra, mas quando ouviram a buzina, o pensamento logo se esvaiu de suas mentes, estavam lindas e felizes, as três amigas desceram as escadas, pararam para uma foto exigida pela mãe da e foram para o carro enorme encontrar seus lindos namorados.




Fim.



Nota da autora: Me arrisquei com um plot de colegial, essa fic começou com a música errada rsrs eu peguei "love song" por engano e quando já estava na metade da fic eu descobri, ficou uma das minhas shorts mais compridas e eu consegui encaixar na "love" depois, me diverti escrevendo e achei a fic uma graça, fazia tempo que não mexia com adolescentes... espero que gostem. Beijinhos <3 Para mais fics e acompanhar as novidades, meu insta e os links estão ali embaixo ;)



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