Postada em: 11/10/2020

Capítulo Único

abriu os olhos lentamente, incomodado pela luz do sol que entrava pela janela aberta.
O vento da manhã lhe trazia o cheiro do mar, e os sons das ondas quebrando quase foram o bastante para que ele caísse no sono novamente.
Passou a palma da mão na cama, sentindo o espaço vazio ao lado do seu. Ainda de olhos fechados, se perguntou onde estaria. Sua pergunta, contudo, logo foi respondida. A melodia vinda do banheiro indicava que a mulher tomava banho e, como de costume, cantarolava alguma música que não conhecia.
O rapaz suspirou, ainda sem coragem de abrir os olhos. Tinha medo de perceber que tudo não passara de um sonho, afinal, as imagens que tinha em sua mente ainda não pareciam reais.
A porta do banheiro abriu, e foi nesse momento que abriu os olhos.
Do seu lado, estava enrolada em uma toalha, enquanto secava os cabelos em outra. Sem ter sido notado pela mulher, ele olhou em volta, percebendo que não se encontravam no seu quarto, tampouco no quarto de . O rapaz virou a cabeça, voltando os olhos para a janela aberta, a qual dava para a sacada da casa alugada. Foi nesse momento que suspirou aliviado.
A noite passada não havia sido um sonho.

— Para de se mexer, cara! — Sebastian, um de seus amigos, falou. — Parece que até que ‘tá com formiga na calça.
— Não consigo evitar. — ele se justificou.
parou de mexer as pernas, mas apenas para começar a estalar os dedos. Estava nervoso demais para se controlar.
— Puxa vida, se controla, homem! Até parece que vai casar. — Sebastian brincou.
E, por estar com os nervos à flor da pele, soltou uma risada alta demais para o local e para o momento em que se encontrava.
— Não me faça rir! — ele pediu, ainda com o riso preso na garganta. A piada de Sebastian não tinha sido tão boa assim, e ele sabia que, em outra ocasião, não estaria com uma vontade incontrolável de dar risada.
Foi naquele momento que todos se calaram. As pessoas se arrumaram em seus lugares e viraram para trás quando a marcha nupcial começou a ser tocada.
— É, cara, parece que você vai mesmo se casar. — Sebastian continuou com o tom de brincadeira.
, contudo, não riu dessa vez. Na verdade, não tinha nem mesmo entendido o que seu padrinho, e melhor amigo, havia dito. Sua atenção, naquele momento, estava inteiramente focada para as duas portas no final do salão.
Ele temeu que seu coração não aguentasse a expectativa nem por mais um segundo, tamanha rapidez com que ele batia. Contudo, no momento que ela apareceu diante dos seus olhos, vestida em um longo vestido branco e carregando um buquê de girassóis — as flores favoritas dela —, teve certeza de que seu coração jamais havia passado por imensa provação, tamanha a beleza que emanava de sua noiva.
— Caramba… Se deu bem, hein, cara?
— E eu não faço ideia de como consegui isso… — ele respondeu aos sussurros, enquanto esperava que desse os poucos passos que os separavam.


?
O rapaz piscou os olhos, percebendo que fora notado pela esposa.
— Caramba, como você consegue?
virou o corpo para ficar de frente a ela. Deitou-se de lado e apoiou a cabeça na mão, mantendo um dos braços apoiado do travesseiro.
— Consigo o quê? — perguntou, confusa.
— Ser tão linda. — ele disse, com um sorriso bobo nos lábios. — Garota, quando você chama o meu nome… Eu não sei, acho que você fica ainda mais linda, se é que isso é possível.
revirou os olhos, envergonhada pelas palavras do marido. sempre fora um romântico incurável e nunca havia poupado elogios para com ela. Mas isso não significava que a garota havia se acostumado com as palavras doces dele.
— Larga de ser bobo e se levanta logo. O dia está muito bonito para passarmos o dia todo na cama.
Ela voltou a atenção para a sua mala de viagem, procurando por um biquíni. , por outro lado, parecia ter outros planos para o dia.
— E quem disse que passar o dia todo na cama não é uma boa ideia? — ele perguntou, se levantando. E, se postando atrás da esposa, abraçou-a pela cintura, fazendo a toalha cair no chão, e falou perto do seu ouvido: — Na verdade, eu acho que ficar na cama o dia todo é uma excelente ideia.
sentiu todo o corpo arrepiar quando mordeu o lóbulo da sua orelha. Se ela tinha uma certeza na vida, era de que nunca iria se acostumar com as reações que o marido lhe causava.
— Mas está fazendo sol lá fora… — ela tentou argumentar.
— Acho que temos calor suficiente aqui dentro do quarto. — ele disse, sussurrando.
Virando a mulher para si, a empurrou lentamente até que ela estivesse com as costas encostadas na parede atrás de si. Colocou uma das mãos nas costas dela para evitar que seu corpo tivesse contato com a parede fria e encostou a testa na da mulher.
— Aliás, o que você acha de aliviarmos esse calor todo no banho? Vi que temos uma banheira… — ele falou baixinho, com a voz rouca, sensual.
sempre gostou de ver o modo como a pele de se arrepiava quando ele usava aquele tom de voz.
— Mas eu acabei de tomar banho… — ela tentou argumentar, mas viu as palavras presas na garganta quando o rapaz começou a espalhar beijos molhados por seu pescoço, suas mãos, muito familiarizadas com o corpo dela, espalmadas nas suas costas, descendo lentamente. — Você disse banheira, hm?
voltou os olhos para a mulher, seu sorriso antes doce agora era o mais safado que ele conseguia dar. Na sua mente, ele apenas podia pensar em tudo o que iria fazer com ela embaixo da água, todo o tempo que poderiam passar juntos ali, no chuveiro, ou em qualquer outra parte da casa que alugaram para passar a lua de mel.
— Vamos ter tempo de sobra para aproveitar o sol lá fora. Agora eu só quero aproveitar a minha esposa aqui dentro.
não contestou, afinal, a mulher não via problema nenhum em curtir, ali dentro, tudo o que seu marido tinha para lhe oferecer. E ela sabia o que ele poderia lhe oferecer.

— Desculpe. — ele sussurrou para que apenas a mulher à sua frente ouvisse.
O padre falava alguma coisa sobre a celebração da noite, sobre como Deus, ou qualquer entidade superior, teria unido e , e como essa união teria culminado no casamento daquela noite.
não se importava com o que padre falava, na verdade. Nunca havia sido um cara muito crente e sabia que a esposa também não se importava com a formalidade de um casamento na igreja. Mas os pais de ambos insistiram que queriam ver de terno, no altar, ao lado de usando um vestido branco. O casal não contestou o pedido dos pais. Eles apenas queriam assinar os papéis que os declaravam marido e mulher. Parecia uma bobagem enorme gastar dinheiro com aquela cerimônia toda pomposa.
Agora, os dois estavam frente a frente, de mãos dadas, olhando-se nos olhos, e pensou que nunca vira a mulher tão linda como naquela noite.
tinha as palmas das mãos suadas, as pernas inquietas e a boca entreaberta, buscando um oxigênio que nunca parecia ser suficiente.
, por outro lado, estava estonteante. Por fora, uma verdadeira deusa, vinda diretamente do Monte Olimpo, apenas para desencadear um ataque cardíaco em . Por dentro, puro nervosismo e ansiedade.
E se ela errasse as palavras? Ela tinha que fazer um juramento para , não tinha? Esse juramento era o objetivo de toda aquela cerimônia. E se a sua voz saísse gaguejada, falha, nervosa, exatamente como seus nervos estavam? Ela não queria passar vergonha, não naquele momento.
— Pelo quê? — ela sussurrou de volta, também alheia às palavras do padre.
— Minhas mãos. — ele respondeu. — Estão muito suadas.
— As minhas também. — ela disse baixinho, rindo e sendo acompanhada por ele.
e tinham os olhos fixos um no outro. E, em meio a uma conversa sem palavras, da qual somente os dois faziam parte, o padre entregou o microfone para , indicando que chegara o momento de jurarem se amar para sempre.
pensou que aquilo seria fácil. Aquele seria um juramento fácil de ser cumprido.


esperou que a mulher guardasse os chinelos na bolsa antes de continuar a caminhada.
Tinham decidido passar as últimas horas do dia na praia, que ficava a alguns metros de onde estavam hospedados. O sol se punha no horizonte, indo ao encontro da água do mar. pensou que aquela imagem era a mais linda que ele já vira em toda a sua vida.
Com exceção, talvez, de entrando na igreja, andando em minha direção, pensou.
reclamou de alguma coisa, e olhou para trás.
A mulher tinha os cabelos sobre o rosto, o vento que soprava bagunçava os seus fios, enquanto ela chacoalhava o corpo, na tentativa de se afastar de uma abelha.
— Sai!
foi ao seu socorro. Pegou na mão dela e a puxou para longe da árvore que tinha o início de uma colmeia, em que se encontravam várias outras abelhas.
— Obrigada. — a esposa disse depois de se ver livre da ameaça que uma simples abelha representava.
— Disponha. — ele respondeu em tom leve.
Quando encontraram um bom lugar para se sentar, colocou suas coisas na areia, estendendo uma toalha para que eles se acomodassem de frente para o mar.
O casal ficou em silêncio por um tempo, apenas apreciando as sensações que o momento lhes proporcionava. estava sentada na frente de , entre suas pernas. O rapaz tinha os braços em volta da esposa e aproveitou a posição para cheirar seus cabelos. pensou que o perfume doce dos fios da esposa combinava muito bem com o cheiro salgado vindo do mar.
O vento soprava fraco, mas o suficiente para balançar as folhas das árvores. O som das folhas dançando era tão relaxante quanto o barulho das ondas do mar se quebrando na areia.
— Puxa vida, qualquer coisa que passe por você se torna linda. — ele comentou em determinado momento. Sua voz era serena, quase como se ele estivesse pensando em voz alta.
— Como assim? — a mulher perguntou, rindo.
— Você sabe, qualquer coisa que passe perto de você se torna uma coisa bonita. — ele disse, olhando para o mar, como se fizesse estivesse hipnotizado pelo sobe e desce da água. — Aquela abelhinha, por exemplo. Abelhas não são insetos muito bonitos. Nenhum inseto é, na verdade. Mas quando passou por você, ela se tornou o meu inseto preferido.
jogou a cabeça para trás, rindo das palavras do marido.
— De onde você tira essas coisas?
sempre foi assim. Ele sempre foi do tipo romântico incurável, que não poupava palavras de elogio a . E a mulher nunca entendera como , que, na sua percepção, era o tipo de homem perfeito, preferido entre as mulheres, havia se apaixonado por ela.
— Cada momento que passamos juntos, cada experiência, é como se eu florescesse. É como se antes de eu te conhecer, vivesse em um mundinho. — ele fez um pequeno círculo com os dedos. — E então, com você, o meu mundo se expandisse e florescesse. Você trouxe cores para a minha vida. E, a cada dia, eu me sinto mais apaixonado. É como se o meu coração se animasse com a ideia de pertencer a você, e esse amor apenas cresce mais a cada dia.
, que ainda se sentia emocionada pela cerimônia de casamento, não tendo se recuperado das belas palavras que ouvira de na outra noite, sentiu os olhos marejarem.
Ela nunca havia sido uma mulher muito romântica, diferentemente de , que gostava de expressar seus sentimentos por meio de palavras doces e metáforas que ela raramente entendia.
era mais do tipo que demonstrava seu amor por meio de ações, como quando fez uma surpresa para e o buscou no trabalho quando o carro dele estava no conserto. Ou todas as vezes que cozinhou risoto de camarão para o namorado, porque era seu prato preferido, mesmo ela sendo alérgica a frutos do mar. Ou mesmo quando passou horas ao lado dele assistindo a filmes de comédia, quando ela sabia que esse era o gênero preferido dele, enquanto, na maioria das vezes, ela não entendesse onde estava o humor das piadas de Adam Sandler.
Por esse motivo, por não ser boa com as palavras, raramente sabia como responder às palavras carinhosas de . Não que ele se importasse com isso. gostava da ideia de poder falar todas as bobagens cafonas que tinha vontade sem ser interrompido.

— Desculpe, pessoal, desculpe. — ele disse com o microfone na mão. — Foi mal, padre. Eu sei que isso não está no roteiro de vocês, que o que eu tenho que falar meio que já está escrito aí, mas tenho certeza de que todo mundo aqui já ouviu essas frases prontas várias vezes. — sua atenção ia dos convidados surpresos ao padre assustado.
tinha os olhos arregalados. Não sabia se ria – ela, definitivamente, estava com vontade de rir – ou se apertava a mão do noivo em uma tentativa de fazê-lo se calar e voltar ao roteiro do casamento. O que estava aprontando agora?
— Vocês sabem que é da Espanha, não é? — ele continuou, agora olhando para os convidados. — É claro que sabem. Se não soubessem, não teriam sido convidados para este casamento. — ele disse em tom de brincadeira, o que fez com que todos rissem. — Mas o que vocês não sabem é que e eu às vezes brigamos. Confesso que a culpa é minha, na maioria das vezes. — mais risadas. — E, como vingança por tê-la irritado, começa a falar em espanhol. Tenho certeza de que ela me xinga em espanhol, eu não saberia dizer. Não entendo nada da língua. — dessa vez, até mesmo o padre pareceu ter dado uma risadinha, desistindo de tentar pegar o microfone das mãos de . — faz isso porque sabe que eu não faço ideia do que ela está falando, e isso me deixa puto da vida. Desculpe o palavreado, padre.
Foi a vez de rir. A mulher já não se importava se aquilo estaria arruinando e atrasando a cerimônia de casamento. estava muito concentrado em suas palavras e parecia não ter dificuldade nenhuma em dizê-las.
— Garota, qualquer língua que você fale, mesmo que seja para me xingar, é linda. Você é linda. Você é perfeita.
Nesse momento, já tinha os olhos marejados e um sorriso maior do que seus lábios permitiam. Os convidados estavam igualmente emocionados. Não pelo teor das palavras de — o homem tinha feito muitas piadinhas —, mas pelo tom de admiração que ele usara. era apaixonado pela mulher à sua frente e não via problemas em não esconder isso.
O padre tentou, novamente, pegar o microfone das mãos dele, certo de que poderia continuar a cerimônia de onde havia parado, mas se afastou do senhor.
— Espera, eu ainda não terminei. É difícil parar. Na verdade, eu não consigo parar de falar bem de . — ele falou, o que fez, mais uma vez, com que os convidados se divertissem com a leveza com que ele dizia. — , meu amor, não consigo pensar na ideia de me separar de você, nem por um momento. Eu quero ficar sempre ao seu lado. Espero que você seja louca o bastante para também querer ficar comigo para sempre. Eu não saberia o que fazer caso você fosse sensata.
soltou uma risadinha fraca no final da frase, indicando que fizera uma piadinha. Mas seus olhos estavam suficientemente sérios para não deixar dúvidas de que o que falava era a mais pura verdade. Ele a amava e já não conseguia pensar em sua vida sem a mulher do seu lado.
O microfone foi entregue ao padre, o qual voltou ao roteiro da cerimônia. Ou, pelo menos, tentou.
estava em êxtase. Ela queria retribuir a toda a doçura que ele usou para falar dela. E, como a mulher não era boa com palavras, preferiu agir.
Deixando vários convidados surpresos, e o padre estupefato com a cena que se seguia à sua frente, jogou os braço sobre os ombros o noivo e o beijou, ali mesmo, na frente de todo mundo, antes da troca de alianças, antes do juramento padrão de todo casamento, antes de receber a permissão do padre para beijar o noivo.
E, quando se separou de , que tinha os olhos divertidos e um sorriso sapeca nos lábios, ela disse:
— Acho que acabei de nos declarar marido e mulher.


e haviam chegado há menos de vinte e quatro horas, e a casa em que estavam hospedados já cheirava como eles. A sala cheirava a filtro solar e água marinha. O banheiro, o perfume dos cabelos de . Já o quarto que dividiam cheirava a calor, corpos suados e sexo. Também tinha o cheiro da água do mar, o qual entrava pela janela da sacada, sempre aberta. gostava desses cheiros. Gostava da ideia de deixar registrado ali, naquele imóvel à beira-mar, que eles estiveram juntos e viveram momentos especiais. Também gostava da ideia de que, por onde passassem, deixariam uma marca do amor partilhado entre as quatro paredes. era cafona a esse ponto.
Depois de dividirem uma refeição típica da cidade, em um quiosque a poucos metros do mar, nada romântico, mas muito privado e aconchegante, chegou meio bêbado/meio alegre, tateando as paredes da casa, procurando o caminho da cama.
ria de alguma coisa — talvez por ele ter batido a cabeça na porta, ao não perceber que ela estava fechada —, e ele se sentia cada vez mais embriagado. Não por conta do álcool, mas pelo som da risada dela. sentia como se tivesse alguma força que o empurrasse em direção à mulher, sempre imerso àquele sentimento, forte demais para ser reduzido a uma só palavra, que tinha por .
— Vem aqui, eu vou te ajudar. — ela disse docemente.
também tinha bebido, mas o único que precisava de ajuda para tirar a camisa era ele.
, você pode confiar em mim. Prometo que não vou contar para ninguém.
A mulher, que já estava a caminho do banheiro, parou e olhou para trás. Franziu a testa, se perguntando o quão bêbado seu marido estava.
— Você pode me falar a verdade. Pode dizer que você é uma deusa, vinda diretamente do Monte Olimpo, para me escravizar. Eu não vou ficar bravo. Vou agradecer, até.
soltou uma gargalhada alta, se lembrando das outras vezes que insinuara que ela não poderia ser humana. Você tem que algo a mais, algum tipo de magia, sei lá. Porque não é possível que você seja tão perfeita, ele havia dito da outra vez.
— Sinto lhe informar, mas eu não conheço um caminho secreto para a sala de reuniões de Zeus. Também não sei como chegar ao Monte Olimpo. — ela brincou.
— É mágico. O que eu sinto por você é mágico. É mais forte do que eu. Acho que nunca conseguiria escapar de você.
parou ao lado de na cama, ela ainda em pé, ele de olhos fechados. Ao perceber uma sombra sobre si, ele abriu os olhos. A mulher tinha as mãos na cintura, os olhos cerrados e um sorriso de lado.
— E por qual motivo o senhor iria querer escapar de mim? Pensei que você quisesse passar o resto da vida ao meu lado.
tinha os olhos inteiramente abertos agora. Com um sorriso malandro no rosto, ele puxou a mulher sobre ele, fazendo-a soltar um gritinho ao sentir o corpo cair na cama.
Entre risadas, falou:
— Essa é a ideia. Não é como se eu pudesse viver sem você. Quer dizer, você é a minha deusa do Monte Olimpo. Você é a pessoa que ilumina a minha vida, a razão de eu me sentir brilhante mesmo na escuridão.
— Meu Deus, , de onde você tira essas metáforas? — ela perguntou enquanto passava a mão no rosto do marido.
Em resposta, o rapaz apenas deu de ombros, deitando-se ao lado dela.
se sentia cansado. Seu primeiro dia casado havia começado cedo — quando desceram do avião naquela manhã, o sol ainda não tinha nascido, mas o dia já havia começado. E eles fizeram questão de celebrar seu casamento estreando a cama do quarto que passariam os próximos dias. E continuaram estreando a cama, e a banheira, e o sofá da sala, e até mesmo a bancada da cozinha, ao longo do dia, até decidirem passear pela praia. gostaria de poder continuar estreando outras partes da casa, mas sentia que precisaria repor as suas energias primeiro.
Lentamente, suas pálpebras se fecharam. Sentiu as mãos de acariciarem sua cabeça e passar os dedos entre os fios de cabelo. A respiração da mulher batia em seu rosto, e a sensação era como se uma brisa quente estivesse soprando em direção a ele. se sentia tão confortável que, lentamente, começou a pegar no sono.
— Me prometa uma coisa. — ele pediu.
— O que você quiser. — ela soprou de volta.
— Se isso for um sonho, por favor, não me acorde.
Ele queria dormir, descansar os olhos e acordar renovado no dia seguinte. Por outro lado, se pegou com medo de manter os olhos fechados, sem poder confirmar, de novo e de novo, que tudo aquilo era real.
não viu, mas sabia que a mulher estava sorrindo quando respondeu:
— Eu prometo. E prometo também que isso não é um sonho.
Com um sorriso leve nos lábios, caiu no sono, sabendo que, quando acordasse, encontraria , sua deusa vinda diretamente do Monte Olimpo, amor da sua vida.
E então, mesmo com os olhos fechados, ele sabia que a tendo do seu lado, tudo ficaria bem.


Fim



Nota da autora: Oi, oi, menines! Mais um ficstape no ar, e esse com uma fanfic curtinha, mas cheia de amor, apenas para deixar os nossos corações quentinhos ❤️ Espero que tenham gostado de ler como eu gostei de ter escrito! Deixem um comentário cheio de amor, e recomendem a fanfic para as amigas, haha
Beijos de luz,
Angel





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Longfic:

Ainda Lembro de VocêIt’s Always Been You

Shortfics:

21 MonthsAinda Lembro de NósBabá TemporáriaBeautifuly DeliciousBecause of the WarCafé com ChocolateElementalO Conto da SereiaO Garoto do MetrôRumorShe Was PrettySorry SorryWelcome to a new wordWhen We Met

Ficstapes:

05. Paradise06. Every Road07. Face10. What If I12. Epilogue: Young Forever15. Does Your Mother Know

MVs:

MV: ChangeMV: Run & RunMV: Hola Hola

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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