Capítulo Único
Chovia muito para aquela época do ano, algo fora do comum, mas não tão surpreendente pela quantidade de calor que estava fazendo.
Os dias eram claros e quentes, as noites eram tensas e chuvosas, muitos raios e trovões, chuvas intensas e pouca visibilidade nas estradas.
não entendia muito o que acontecia à sua frente. Primeiro viu dois homens discutindo na porta de um restaurante que ficava em um bairro do outro lado da cidade, ele conhecia o lugar, porque tinha primos que moravam naquela região.
De repente um dos homens saiu chorando pra dentro do estabelecimento, enquanto o outro socava o automóvel vermelho a sua frente com toda a raiva do mundo. estava longe demais para ouvir qualquer coisa, mas perto demais para “sentir” as emoções dos dois. Viu o rapaz entrar no carro e partir a uma velocidade consideravelmente rápida, pouco entendia o que estava fazendo aquela hora da noite na chuva, e porque prestava tanta atenção naquela cena, onde dois homens que ele nunca tinha visto antes na vida discutiam.
Pouco tempo depois tudo que conseguiu ver foi um clarão, uma dor insuportável atingiu seu corpo, gritos horrorizados e pneus derrapando no asfalto depois do grande barulho de colisão, tudo que restou foi o clarão e nada mais.
― OPPA, ACORDA! ― Ao longe em sua consciência, ouvia uma voz familiar chamando por ele. ― Tá tudo bem meu amor, foi só um pesadelo. ― A voz estava cada vez mais perto e presente, ele só não conseguia abrir os olhos. ― Por favor, meu bem, acorda.
conseguiu recobrar a consciência, e o alívio em ver a namorada ao seu lado o abraçando forte foi uma sensação realmente reconfortante.
Toda aquela visão era só um pesadelo, mas sabia que estava realista demais para ser apenas um sonho ruim, se conhecendo do jeito que se conhecia, sabia que ou era uma premonição, ou coisa pior. Ele podia ter visto realmente o acidente acontecer.
― Amor, eu. ― Ele tentou explicar a namorada o que tinha acontecido, mas as lágrimas tomaram conta dele de uma maneira muito angustiante, talvez ele ainda não tivesse se desligado do “evento”, era uma dor muito forte no seu coração, como se ele tivesse acabado de perder alguém especial.
Não era a primeira vez que vivia aquele tipo de situação, mas com certeza era a primeira vez que se sentia daquela forma.
― Eu sei bebê, não precisa me explicar, quer que eu te faça um chá? ― conhecia muito bem o namorado, estavam juntos a pouco mais de um ano, mas se conheciam desde novos, quando ainda estudavam juntos no ensino fundamental.
sempre foi sensível e sensitivo, sempre tinha “visões” e contatos paranormais. Quando criança seus pais e familiares achavam que ele era um menino com uma imaginação muito fértil. Ele falava muito sozinho e em muitas ocasiões conversava também sozinho, sempre tentava passar alguma mensagem de um ente querido que já tivesse ido dessa para outro plano espiritual, mas era visto sempre como brincadeira (de mau gosto ainda por cima). Mas ele não conseguia controlar, tinha sempre alguma voz na sua mente ou se materializando a sua vista querendo passar alguma mensagem pra alguém. Seus pais realmente não entendiam, não tinham casos de pessoas sensitivas na família até aquela geração. Um pouco mais velho chegou a frequentar alguns consultórios psicológicos e psiquiátricos, mas nenhum método medicinal era eficaz no que se passava em sua mente.
Uma vez ele estava na rua e uma voz o atormentou tanto que ele teve que parar um homem no meio do seu caminho para passar uma mensagem de uma menina, ela era pequena, tinha seus 9, 10 anos. E ali ele entendeu que tinha um dom, ou uma maldição, nem sempre ele considerava o fato de ser um médium, uma coisa boa. O homem em questão acreditava em espíritos e em vida após a morte, então quando recebeu a mensagem de , ele acreditou em todas as palavras e foi meio que um mentor do rapaz dali em diante, ele pesquisou arduamente sobre o assunto mediunidade e se encontrou no espiritismo para um guia e uma base para tudo o que ele vivia.
Foi justamente na época em que começou sua amizade com que ele se aceitou como médium sensitivo, por isso, quando ele tinha alguns episódios mais tensos como o da noite em questão, não se sentia desconfortável.
― Aqui está seu chá de camomila meu amor. ― a mais nova entregou a xícara com o líquido ainda quente, como o homem gostava de tomar.
― Obrigado. ― pegou a xícara e segurou com as duas mãos sentindo os dedos aquecerem, aquilo o acalmava, era como se a alma fosse abraçada pelo conforto do líquido quente.
― Está tudo bem agora oppa, mas foi premonitório ou apenas um sonho muito ruim. ― se sentou ao lado do namorado e o abraçou enquanto afagava seus cabelos de leve. Era nítido como todos aqueles sonhos afetavam e só sentia vontade de colocar ele em um pote e proteger de todo o mal.
― Eu não sei , poucas vezes eu tive sonhos como esses, parecia uma premonição, mas ao mesmo tempo parecia que eu estava lá, que estava acontecendo simultaneamente, sabe? ― Ele se encolheu nos braços da mulher e se permitiu sentir os carinhos para ver se seu interior se acalmava. Ainda sentia uma sensação de perda muito grande, era uma sensação desesperadora demais, não sabia se era reflexo dos fortes sentimentos recentes ou se ainda estava “ligado” a alguma coisa da sua visão. De qualquer forma, não teria como saber.
― Vamos tentar dormir depois do seu chá, ou você quer que a gente fique acordado? ― O olhar de carinho e de afeto de deixava sempre muito feliz por ter aquela Mulher em sua vida. Era muita sorte alguém tão compreensível e amável, mesmo ele, na cabeça dele sendo tão problemático e estranho.
― Eu já estou melhor, e estou me sentindo exausto, então, podemos voltar a dormir, por favor. ― continuou recostado no colo de até terminar sua bebida e eles voltarem a se deitar.
Os dias eram claros e quentes, as noites eram tensas e chuvosas, muitos raios e trovões, chuvas intensas e pouca visibilidade nas estradas.
não entendia muito o que acontecia à sua frente. Primeiro viu dois homens discutindo na porta de um restaurante que ficava em um bairro do outro lado da cidade, ele conhecia o lugar, porque tinha primos que moravam naquela região.
De repente um dos homens saiu chorando pra dentro do estabelecimento, enquanto o outro socava o automóvel vermelho a sua frente com toda a raiva do mundo. estava longe demais para ouvir qualquer coisa, mas perto demais para “sentir” as emoções dos dois. Viu o rapaz entrar no carro e partir a uma velocidade consideravelmente rápida, pouco entendia o que estava fazendo aquela hora da noite na chuva, e porque prestava tanta atenção naquela cena, onde dois homens que ele nunca tinha visto antes na vida discutiam.
Pouco tempo depois tudo que conseguiu ver foi um clarão, uma dor insuportável atingiu seu corpo, gritos horrorizados e pneus derrapando no asfalto depois do grande barulho de colisão, tudo que restou foi o clarão e nada mais.
― OPPA, ACORDA! ― Ao longe em sua consciência, ouvia uma voz familiar chamando por ele. ― Tá tudo bem meu amor, foi só um pesadelo. ― A voz estava cada vez mais perto e presente, ele só não conseguia abrir os olhos. ― Por favor, meu bem, acorda.
conseguiu recobrar a consciência, e o alívio em ver a namorada ao seu lado o abraçando forte foi uma sensação realmente reconfortante.
Toda aquela visão era só um pesadelo, mas sabia que estava realista demais para ser apenas um sonho ruim, se conhecendo do jeito que se conhecia, sabia que ou era uma premonição, ou coisa pior. Ele podia ter visto realmente o acidente acontecer.
― Amor, eu. ― Ele tentou explicar a namorada o que tinha acontecido, mas as lágrimas tomaram conta dele de uma maneira muito angustiante, talvez ele ainda não tivesse se desligado do “evento”, era uma dor muito forte no seu coração, como se ele tivesse acabado de perder alguém especial.
Não era a primeira vez que vivia aquele tipo de situação, mas com certeza era a primeira vez que se sentia daquela forma.
― Eu sei bebê, não precisa me explicar, quer que eu te faça um chá? ― conhecia muito bem o namorado, estavam juntos a pouco mais de um ano, mas se conheciam desde novos, quando ainda estudavam juntos no ensino fundamental.
sempre foi sensível e sensitivo, sempre tinha “visões” e contatos paranormais. Quando criança seus pais e familiares achavam que ele era um menino com uma imaginação muito fértil. Ele falava muito sozinho e em muitas ocasiões conversava também sozinho, sempre tentava passar alguma mensagem de um ente querido que já tivesse ido dessa para outro plano espiritual, mas era visto sempre como brincadeira (de mau gosto ainda por cima). Mas ele não conseguia controlar, tinha sempre alguma voz na sua mente ou se materializando a sua vista querendo passar alguma mensagem pra alguém. Seus pais realmente não entendiam, não tinham casos de pessoas sensitivas na família até aquela geração. Um pouco mais velho chegou a frequentar alguns consultórios psicológicos e psiquiátricos, mas nenhum método medicinal era eficaz no que se passava em sua mente.
Uma vez ele estava na rua e uma voz o atormentou tanto que ele teve que parar um homem no meio do seu caminho para passar uma mensagem de uma menina, ela era pequena, tinha seus 9, 10 anos. E ali ele entendeu que tinha um dom, ou uma maldição, nem sempre ele considerava o fato de ser um médium, uma coisa boa. O homem em questão acreditava em espíritos e em vida após a morte, então quando recebeu a mensagem de , ele acreditou em todas as palavras e foi meio que um mentor do rapaz dali em diante, ele pesquisou arduamente sobre o assunto mediunidade e se encontrou no espiritismo para um guia e uma base para tudo o que ele vivia.
Foi justamente na época em que começou sua amizade com que ele se aceitou como médium sensitivo, por isso, quando ele tinha alguns episódios mais tensos como o da noite em questão, não se sentia desconfortável.
― Aqui está seu chá de camomila meu amor. ― a mais nova entregou a xícara com o líquido ainda quente, como o homem gostava de tomar.
― Obrigado. ― pegou a xícara e segurou com as duas mãos sentindo os dedos aquecerem, aquilo o acalmava, era como se a alma fosse abraçada pelo conforto do líquido quente.
― Está tudo bem agora oppa, mas foi premonitório ou apenas um sonho muito ruim. ― se sentou ao lado do namorado e o abraçou enquanto afagava seus cabelos de leve. Era nítido como todos aqueles sonhos afetavam e só sentia vontade de colocar ele em um pote e proteger de todo o mal.
― Eu não sei , poucas vezes eu tive sonhos como esses, parecia uma premonição, mas ao mesmo tempo parecia que eu estava lá, que estava acontecendo simultaneamente, sabe? ― Ele se encolheu nos braços da mulher e se permitiu sentir os carinhos para ver se seu interior se acalmava. Ainda sentia uma sensação de perda muito grande, era uma sensação desesperadora demais, não sabia se era reflexo dos fortes sentimentos recentes ou se ainda estava “ligado” a alguma coisa da sua visão. De qualquer forma, não teria como saber.
― Vamos tentar dormir depois do seu chá, ou você quer que a gente fique acordado? ― O olhar de carinho e de afeto de deixava sempre muito feliz por ter aquela Mulher em sua vida. Era muita sorte alguém tão compreensível e amável, mesmo ele, na cabeça dele sendo tão problemático e estranho.
― Eu já estou melhor, e estou me sentindo exausto, então, podemos voltar a dormir, por favor. ― continuou recostado no colo de até terminar sua bebida e eles voltarem a se deitar.
FIM
Nota da autora: Olá xuxus, sou eu de novo, eu sei, eu apareço de tempos em tempos para dar o ar da graça ashaushahuah E é isso espero que gostem assim como eu amei escrever. E que leiam e comentem todas as fics desse ficstape. <3 beijinhos na bunda!!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.