Última atualização: Fanfic finalizada

Capítulo Único

Um casal deve aprender a conviver com suas diferenças e passar a
confiar em seu amor recíproco.
Será que dará certo?
When we came home, worn to the bones, I told myself this could get rough”
Enquanto One Republic tocava nos meus fones de ouvido, minhas pernas caminhavam rapidamente pela esteira da academia e eu deslizava meus dedos na tela, procurando por uma nova música para tocar em seguida na playlist.
— Como que vai a minha surfista preferida? – indaga, parando em frente a esteira. Rolei os olhos, sorrindo em seguida. – Tudo bem, a minha única.
— Assim está melhor. Eu estou bem, e você, treinador? – indago, parando a esteira e pausando a música.
— Estou ótimo! Já contou pro seu namoradinho da viagem? – ele indaga, me acompanhando até o bebedouro, que não ficava muito distante dali.
não é meu namoradinho, e eu já te disse isso. Estamos noivos. – falei, mostrando o anel da Tiffany que ele comprou pra mim na semana retrasada.
— Que seja. Você já contou? – indaga, apoiando seu corpo na parede ao meu lado. Neguei com a cabeça, colocando água na garrafa e dando um gole longo. – E quando irá contar?
— Não sei, . Por que isso interessa tanto? Ele não é meu pai para me proibir. – falei, dando de ombros em seguida. – Além do mais, ele viaja muito mais do que eu.
Desde meus treze anos, quando eu frequentei a primeira aula de surfe, percebi que aquilo ali era a minha verdadeira paixão e vocação. Meus pais sempre priorizaram a minha vontade com o mundo, por isso, aulas de ballet e dança contemporânea foram jogadas de escanteio.
E, depois de muitos anos de luta e esforços, fui chamada para um torneio, na Austrália, em duas semanas.
E, contudo, eu precisava avisar ao meu querido namorado que eu passaria duas semanas longe dele, e eu iria contar, quando ele simplesmente se ajoelhou no meio do nosso restaurante preferido e me pediu em casamento, na frente de todos, e com um rapaz tocando violino para nós.
Desde então, esse assunto foi jogado de lado. Não que eu não queira que ele saiba, é óbvio que quero, mas adiei e escondi tanto, que não consigo contar.
é professor de Economia na universidade. Somos totalmente diferentes um do outro, e todos ao nosso redor dizem isso, mas nos completamos com nossos estilos de vida totalmente diferentes.
Terminei meu dia, indo para meu apartamento, que não era tão distante dali. Eu e dividíamos um cubículo que chamávamos de apartamento, junto de outros dois cachorros, o Dumbo e a Padmé, já que somos fãs de Star Wars e de filmes da Disney.
Quando cheguei, vejo os dois deitados ao lado do sofá. Fechei a porta, acariciando o pelo dos dois, colocando minha mochila no sofá.
— Vocês avisam ao que eu fui tomar um banho, se ele chegar? – indago, atraindo a atenção de Padmé.
Caminhei para o banheiro, tomando um banho gelado e rápido, tirando todo o suor que ainda restava em meu corpo.
, é você? – ouço a voz do enquanto coloco a toalha ao redor de meu corpo.
— Oi, meu amor. – falei assim que saí do banheiro, beijando seus lábios rapidamente. – Você sempre fica tão bonito de terno. Não consigo me acostumar.
— Mas vai ter. Iremos nos casar, se lembra? – ele indaga, passando seus braços ao redor de minha cintura. Assenti, sorrindo e acariciando seu rosto.
Eu era mesmo muito sortuda, não? Eu tinha o cara dos meus sonhos, iremos nos casar e ele era maravilhoso.
— O que acha de, hoje, eu cozinhar? – indaga enquanto eu coloco meu pijama.
— Acho maravilhoso. Alguma coisa em especial? – indago com um sorriso brincalhão.
— Eu só quero cozinhar pra minha noiva, posso? – ele indaga e eu assenti. – Aliás, eu tenho uma novidade para você.
— Sério? – indago, vendo o rapaz assentir. – Eu também tenho.
— E qual é? – ele indaga, segurando minha mão e me puxando para perto dele.
— Só conto quando você contar a sua. – falei, caminhando para a sala de estar com ele ao meu encalço.
Ficamos por longos minutos discutindo qual seria o jantar e logo ele foi fazer, enquanto eu aproveitava a visão divina do meu noivo com avental de cozinha, concentrado em cortar os tomates e as cebolas.
— Eu comprei um vinho. – ele falou, virando o conteúdo na panela.
— Sério? Deve ter um ótimo motivo pra toda essa comemoração. – falei, pegando as taças no armário em cima da geladeira.
Poucos minutos depois, colocou a travessa de macarronada na mesa, sentando-se ao meu lado.
— Preciso te contar o que aconteceu. – ele falou, colocando macarrão em um dos pratos, me entregando em seguida. – Bom, agora você está falando com o responsável pela faculdade de Ciências Econômicas. Eu fui promovido!
— Ah, que coisa ótima, meu amor! – falei, levantando e o abraçando em seguida, beijando todo seu rosto. – Fico feliz por isso. De verdade.
— E, pra começar, terei uma viagem com tudo pago para uma espécie de convenção. Eles querem que eu vá para trazer novidades para o curso, não é demais? – ele indaga, dando uma garfada na comida. – E você?
— O que tem eu? – indago, colocando mais vinho na taça, sentindo minhas mãos começarem a tremer.
Não tinha motivo para isso, certo? Ele não mandava em mim, ele era meu noivo, não meu pai.
— Você disse que tinha uma novidade. – ele falou, segurando minha mão por cima da mesa. Sorri de lado, envergonhada, tentando não olhar em seus olhos cobertos pelos óculos de grau.
— Bom, você sabe que meu sonho sempre foi surfar, certo? – indago a ele, que assentiu. – Eu recebi um convite. Na Austrália.
— Por quanto tempo lá? – ele indaga.
— A princípio, duas semanas. – falei, mordendo os lábios apreensiva. – Isso se eu não passar para as finais. Se eu passar, serão três.
— Que ótimo, ! E quando que você vai? – indaga e vejo um sorriso orgulhoso em seu rosto.
— Em alguns dias. – falei e ele suspirou. – Você vai me assistir, não vai?
— Eu queria isso mais do que qualquer coisa, mas... – ele começa e eu suspirei, soltando sua mão. – Desculpe, isso é importante também.
— É, eu sei disso. – falei. – Só que eu cansei de sempre colocar as suas conquistas acima das minhas.
— Desde quando você coloca minhas conquistas acima das suas? – indaga, limpando sua boca com a manga da camisa social preta.
— Desde que começamos a namorar. Tudo bem, naquela época não competia, mas eu comemorava as suas e, se preciso, ia em todas com você. Você não faz ideia de como aquela festa de cerimônia que você foi homenageado foi chata. Mas eu fui do mesmo jeito. – falei, levantando da cadeira. – Eu te apoiei em tudo, , mas não tive o mesmo retorno.
— Você quer que eu desista do meu sonho pelo seu, ? – ele indaga enquanto me segue pelo corredor, entrando em nosso quarto.
— Não, . Eu quero que você vá viver seu sonho, e me deixe viver o meu. – falei e ele me abraçou. – Eu não vou conseguir viver assim, igual meus pais.
— Não somos iguais aos seus pais, Nat. – ele sussurra em meu ouvido, me puxando para ainda mais perto de seu corpo, se é que isso é possível. – E eu sinto muito por isso. Por tudo. Eu vou tentar ir até a Austrália por você. Eu prometo.
— Mesmo? – indago, soltando-me de seus braços e fitando seus olhos. Ele assentiu, beijando minha testa e, em seguida, meus lábios.
Os seus braços fizeram o mesmo caminho, parando ao redor de minha cintura. As minhas mãos desciam e subiam, indo de sua nuca até seu tronco, sentindo sua pele quente.
Caminhamos, sem pressa, até a cama, onde deitamos e ali ficamos pelo resto da noite, acendendo a chama de amor que nunca parecia se apagar.
Eu soube que eu sempre teria o , não importa o momento. E aquilo, de uma maneira prazerosa, me deixava mais tranquila e feliz, como se nada pudesse nos abalar.
Bom, era o que eu pensava.
(...)

Quando o carro do taxista estacionou em frente ao aeroporto, peguei minhas bagagens, pagando o motorista e indo para dentro do terminal, procurando por e seus assistentes, além de alguns outros surfistas que iriam conosco.
No total, eram doze pessoas, junto comigo. 5 surfistas, sendo eu a única mulher, o , sua esposa, sua filha de sete anos e os assistentes, que devem ter batalhado muito para chegar ali.
— Nat! – , a esposa do , exclama vindo me abraçar. – Que bom, terei uma companhia feminina nessa viagem.
Eu e nos conhecemos na academia. Ela trabalhava como recepcionista, antes de largar tudo e fazer a faculdade de Nutrição. Pouco tempo depois de terminar, ela casou com e eles tiveram uma filha, que sempre os acompanhava em eventos do tipo.
— Como você está linda! O noivado está lhe fazendo bem, não é? – ela indaga, caminhando comigo para a fila do check-in. – Ele é bom para você?
— Ele é incrível, . Melhor do que eu imaginei. – falei e ela sorriu. – E tudo isso aconteceu graças a você.
me apresentou a logo no fim da faculdade. Ele fazia doutorado, eram vizinhos de apartamentos e viravam as noites em pubs ou jogando jogos de tabuleiro. Foi ali, naquele momento, que eu percebi que eu gostava dele, não sabia exatamente de qual maneira, mas eu gostava e muito de sua companhia.
— Quando o me contou sobre o pedido, eu quase desmaiei! Ele sempre foi muito fofo e muito apaixonado por você. – ela falou e eu sorri de lado.
Fiz o check-in, logo andando com a mulher ao meu lado para junto de todos.
Ficamos ali por longos minutos. havia me mandado mensagem mais cedo, alegando que, assim que chegasse da palestra, iria me ligar e perguntar sobre meu dia, como prometemos fazer assim que fôssemos viajar.
Fazia cinco dias desde que viajou para o Canadá, me deixando sozinha. Conversávamos todas as noites e em seus momentos livres durante o dia, mas a saudade ainda continuava grande.
E, finalmente, chegou o dia da minha viagem. voltaria em dois dias, e iremos continuar afastados por, no mínimo, três semanas. Era o tempo do campeonato e, se eu conseguisse, a final.
Logo chamaram nosso voo e eu fui para a área de embarque, entregando meu passaporte e minha passagem.
Enquanto caminhava para a aeronave, senti meu estômago ficar embrulhado.
— Você está bem? – indaga ao meu lado, segurando a mão de sua filha.
— Estou, deve ser a ansiedade. – falei, sorrindo em seguida. – É muita responsabilidade para mim.
— Ser a única mulher da equipe, não é? – ela indaga e eu assenti. –Tudo bem, você não precisa se cobrar tanto.
Entramos no avião e eu entreguei a passagem para o comissário, que sorriu cordial e me mostrou onde ficava exatamente o meu lugar.
Sentei e peguei meu celular, verificando as horas e tentando não pensar em quanto faltava para chegar ao meu local de destino. Nenhuma mensagem de ou ligação, o que me deixava, de certo modo, preocupada. Será que aconteceu alguma coisa?
— Oi, . – ouço Kurt falar. Ele era um dos surfistas da academia, conhecido por todos como o cara mais galinha da face da terra. – O que acha d'eu sentar aqui, com você?
— Acho péssimo. A iria sentar aí, que eu me lembre. – falei, cruzando os braços em seguida.
— Não precisa ser tão na defensiva. Somos colegas de equipe, se lembra? – ele falou e vejo um sorriso surgir em seu rosto, me fazendo bufar.
— Fale por você, Kurt. – falei e logo aparece em meu campo de visão. – Agora, esse lugar está ocupado por outra pessoa, senhor.
E, em meio a uma bufada, um olhar curioso de e um sorriso vitorioso meu, ele se levantou, indo sentar com um de seus companheiros de equipe, que deduzi ser o Noah.
— O que ele fazia aqui? – ela indaga, prendendo o cinto de sua filha, que segurava um ursinho de pelúcia.
— Veio torrar a minha paciência. – falei, rolando os olhos em seguida. – Quantas horas de viagem?
— Sei que são muitas. – diz, rindo em seguida. – Relaxa, daqui a pouco chegaremos.
— Você parece a minha mãe falando. – falei, colocando o cinto em seguida.
— É, esse é o problema da maternidade, : você acaba virando mãe de todo mundo. – a mais velha diz e eu gargalhei, colocando o celular no modo avião.
— E se o me ligar nesse tempo? – indago, colocando o celular no bolso do casaco de moletom que eu usava.
— Ele pode esperar, Nat. Agora, iremos decolar. – diz, segurando a mão de sua filha. – Vai ficar tudo bem, tá, querida?
Fechei a cortina da janela, fechando os olhos e contando mentalmente até dez, sempre duplicando e acabando parar no cem.
Por que a decolagem demorava tanto tempo?
Logo ouvimos o aviso sonoro para retirarmos os cintos e eu soltei, pegando meu celular e tirando o celular do modo avião, vendo que não havia nada além de uma mensagem de boa sorte de minha mãe. Respondi e logo guardei o celular, colocando os fones de ouvido e tentando me concentrar no filme que passava no Tablet a minha frente, mesmo sendo totalmente impossível.
(...)

Quando chegamos ao hotel, suspirei profundamente, encarando a fachada elegante do local. Aquele evento deveria ser realmente importante.
— Meninas irão dormir em um quarto, e iremos dividir o resto em dois quartos. – fala, entregando a chave para a esposa. – Iremos jantar depois que colocarmos nossas coisas nos quartos. E, para os lutadores, durmam cedo, amanhã o treino é assim que amanhecer.
— Para que ser tão rigoroso? – indaga e ele rolou os olhos. – Tudo bem, não pergunto mais.
Subimos para os quartos de elevador, enquanto o pessoal do hotel se encarregava de levar nossas coisas para os quartos.
Assim que entramos, separamos como cada um dormiria. Optei pela cama de solteiro no canto do quarto, enquanto dormia com a sua filha na cama de casal no centro do quarto.
— Esse quarto é gigante! – falei, caminhando até a varanda. Peguei meu celular no bolso, tirando foto da paisagem, que era simplesmente magnífica. – Vou mandar essa foto para o .
— Ele te mandou mensagem? – indaga enquanto abre a porta, deixando que o rapaz coloque as malas no chão do quarto.
— Ainda não. Acho que ele deve estar ocupado. – falei, dando de ombros em seguida. – Precisamos descer e comer algo. Estou ficando azul de fome.
— Cuidado para não se transformar num Smurf. – fala, gargalhando em seguida.
Descemos de elevador e caminhamos para o saguão, esperando pelo restante do pessoal.
— Desculpem a demora, Michael não sabia onde estava o seu celular e levou todo mundo a loucura nos quartos. – falou, beijando em seguida. – Podemos ir jantar?
E logo caminhamos para o restaurante do hotel, que era tão bonito quanto o restante do local. Sentamos numa enorme mesa, e Kurt veio parar ao meu lado. Rolei os olhos e ele sorriu, colocando o guardanapo em seu colo.
Pedimos carneiro assado para o jantar. Conversamos todos durante esse tempo, parecendo uma grande família, chamando a atenção de algumas pessoas ao nosso redor, que paravam de jantar para nos olhar com raiva.
— Esse dia foi longo. – fala assim que chegamos ao quarto. Ela colocou sua filha na cama, tirando seus sapatos em seguida. – Eu não queria que ela viesse. Seria bom se ela ficasse em casa e não passasse mal com esse fuso horário, mas não tinha com quem deixar.
— Você acha que eu vou ser uma boa mãe? – indago enquanto tiro meus tênis, jogando-os em algum canto do quarto.
— Por que a pergunta? Você está grávida? – ela indaga e eu neguei, vendo suspirar em seguida.
— Eu só queria saber. Eu e somos tão ausentes. E, para nós dois, isso basta, mas, com uma criança, isso complica. – falei e ela suspirou.
— Eu queria ter mais tempo para a , admito, mas eu consegui conciliar tudo e também. Conseguimos, mesmo com a rotina atarefada, cuidar de nossa filha e acompanhar sua vida. – ela falou, acariciando os cabelos da pequena que dormia profundamente na cama. – E agora ela está na fase de pedir por um irmão ou irmã, já que é a única dos amiguinhos da escola que é filha única.
— E vocês querem ter outro filho? – indago, sentando na cama e cruzando as pernas.
— Eu sinto muita vontade, e sei que também quer um menino correndo pela casa, mas é muito difícil. Com a foi difícil, e já estávamoscom a rotina menos atarefada. Agora, com essa, eu vejo que tudo pode mudar, e que não darei a devida atenção que dei para . Mas, vamos deixar acontecer, sabe? Se vier, vai ser ótimo. Se não, ela terá que se acostumar com a ideia. – diz, dando um sorriso de lado. – Bom, agora precisamos dormir, certo? Você precisa treinar amanhã e eu não quero que se atrase.
— Você realmente lembra a minha mãe. – falei e ela gargalhou, caminhando para o banheiro com seu pijama.
Fiquei ali por alguns minutos, e logo saiu e foi direto para a sua cama. Fui para o banheiro e coloquei meu pijama, saindo e deitando em minha cama em seguida.
Acordei com o celular tocando. Nele, marcava seis e cinquenta da manhã, o que me fez bufar, antes mesmo de ler o nome na tela.
— Alô? – indago com a voz baixa, caminhando para a varanda do quarto.
É assim que você atende seu noivo?
— Lembrou agora que eu existo? – indago, coçando os olhos e bocejando em seguida.
Eu estive ocupado, te disse. E, depois que eu fui ver, não trouxe meu carregador de celular. Tive que esperar até o comércio abrir para comprar um novo.
— Você não poderia pedir para algum de seus colegas? – indago e ele bufou. – Tudo bem, eu não pergunto mais.
Como que foi o voo? Como que é a Austrália?
— O voo foi tranquilo. A Austrália é normal, o hotel é lindíssimo. E daqui a pouco irei treinar para a primeira prova. – falei, sentando numa poltrona e encolhendo minhas pernas. – E como está aí?
Aqui está ótimo. E que bom que você está gostando daí. Estou sentindo sua falta. Você realmente me animava nesses eventos e palestras.
— É, eu sei disso. Agora, eu preciso desligar, já, já o aparece e me chama para ir treinar. – falei, levantando. – Falo com você mais tarde?
Mesmo que não quisesse. Amo você.
— Eu também amo você. – falei, mandando um beijo e encerrando a ligação, entrando no quarto em seguida.
estava dormindo abraçada com , que, por sua vez, ainda abraçava seu bichinho de pelúcia.
Peguei minha roupa na mala, indo para o banheiro. Tomei um banho rápido, me arrumando e saindo do cômodo, indo para fora do quarto em seguida.
Caminhei para o elevador, apertando o botão do saguão, já que iria ter que tomar café.
Assim que chego ao restaurante, vejo Kurt junto de Logan numa mesa. Pensei em disfarçar, mas, Kurt me viu e sorriu, me fazendo bufar e caminhar para a mesa deles.
— Bom dia, . – ele diz, me fazendo bufar novamente e me sentar ao lado de Logan. – Vejo que já está arrumada para treinar.
— Cadê o ? – indago, pegando um pão da cesta deles.
— Ele já vai descer. – Logan fala e eu dei de ombros, pegando meu celular no bolso do short em seguida.
— Está falando com seu namoradinho? – Kurt indaga e eu rolei os olhos.
— Isso te interessa? – indago, ouvindo uma risada do Logan. – E, se isso te interessa, ele não é meu namoradinho. Estamos noivos.
— E você acha que isso vai pra frente? – ele indaga e eu o fitei. – Ele, um cara sério, com uma surfista. Acho que vocês não combinam tanto.
— Você está pegando pesado, cara. – Logan fala, segurando o braço do amigo.
— Estou falando somente a verdade. – Kurt fala, pegando mais um pedaço de pão.
— Eu não me importo com o que você pensa sobre mim e , Kurt. Só de saber que você leva a sua vida tentando me deixar longe do homem que eu amo me deixa feliz, sabe por quê? Porque eu sei que você não terá um pingo do amor que eu sinto por ele. – falei, vendo seu rosto ficar vermelho. – Agora, se me der licença, eu preciso sair daqui. Até mais, Logan.
E acenei para o rapaz ao lado, levantando em seguida. Peguei algumas frutas e torradas, além de suco e me sentei numa mesa afastada o suficiente para não escutar nem a respiração de Kurt.
Passei o café sozinha. Observava, de longe, todos da equipe juntos, conversando, e sentia o olhar de em minha direção, mas ele sabe que eu não voltaria para aquela mesa nem tão cedo.
— O que aconteceu? Você não se sentou conosco, por quê? – indaga assim que chegamos a praia em frente ao hotel.
— Pergunta para o seu queridinho Kurt. – falei, sentando na areia em seguida. – Ele me estressa muito, . Você realmente tinha que trazer ele?
— Claro que sim. E, escuta, ele é assim, mas depois você vai perceber que ele é legal. – fala e eu rolei os olhos. – Você vai ver.
— Duvido muito. – falei, levantando e pegando a prancha, entrando no mar em seguida.
Treinei por horas. veio junto de para assistir ao treino e tomar um banho no mar, que estava agitado o suficiente para ondas de porte médio se formarem.
— Você é maravilhosa! – exclama assim que me sento numa cadeira ao seu lado. Sorri de lado, chacoalhando a cabeça e molhando uma parte de seu rosto. – Menos quando faz isso, . Isso é feio.
— Você me ama, eu sei disso. – falei e ela rolou os olhos.
— Conseguiu falar com o ? – ela indaga, pegando o protetor solar e passando em suas bochechas.
— Consegui hoje pela manhã. Ele esqueceu o carregador em casa e teve que comprar outro. – falei e ela gargalhou.
— Só ele para conseguir esse feito. – ela falou, esticando seu corpo na cadeira. – Agora, que tal você aproveitar um pouco esse sol incrível que está fazendo? Aposto que o irá adorar quando você voltar toda coradinha.
— Problema é dele se gostar, . – falei, arrastando meu corpo para debaixo da sombra do guarda sol.
— Como você é grossa, Nat. – ela falou, gargalhando em seguida. – Bom, eu sei que vou ficar nesse sol, afinal, quando voltarmos para casa, acabou essas férias.
Gargalhei, bebendo um pouco da limonada que estava ali na nossa mesa.
(...)

Estava terminando minha maquiagem, quando ouço meu telefone apitar, e a foto de meu noivo aparece em tela cheia, indicando uma chamada de vídeo.
— Oi, . – falei ao apoiar o celular na mesa, terminando de fazer o delineado do olho esquerdo.
Uau! Aonde você vai desse jeito?
— Eu vou sair para comemorar com o pessoal. Já que a primeira bateria eu ganhei, resolvemos sair para comemorar. – falei, terminando e guardando o delineador na minha nécessaire. – O que está fazendo?
Estou assistindo De volta para o futuro, senti saudade e resolvi te ligar. Você está maravilhosa! Eu tenho muita sorte de ter uma noiva linda assim, não acha?
— Ah, claro que tem. – falei, gargalhando em seguida.
De repente, a porta se abre, e logo Kurt surge em meu campo de visão.
Diferente do que eu pensava, ele me pediu desculpas e estávamos começando a nos dar bem. Ele era totalmente diferente do que eu idealizei e imaginei, o que me deixava, de certa forma, aliviada.
— Vamos logo, Nat. – Kurt fala, entrando no quarto em seguida.
Quem é ele?
indaga e eu rolei os olhos.
— Você precisa bater na porta, esqueceu? – indago e ele gargalhou, entrando no quarto em seguida. – , esse é o Kurt. Kurt, esse é meu noivo .
— Olá, . – Kurt fala, acenando para o celular em seguida. acenou de volta sem o mesmo ânimo, e eu sabia que ele estava com ciúme.
Bom, eu preciso desligar. Estou ocupado agora.
— Mas você disse que estava assistindo filme, amor. – falei, guardando minha nécessaire na mala.
É que eu tenho que resolver algumas coisas para a faculdade. Aproveitem a noite.
E logo ele encerrou a ligação, me fazendo bufar.
— O que eu fiz? – Kurt indaga, sentando-se na minha cama.
— Nada, relaxa. Podemos ir? – indago, pegando meu celular e minha bolsa de mão em cima da cômoda.
Ele assentiu e logo saímos do quarto, encontrando com o pessoal no saguão minutos depois.
está dormindo com um dos funcionários, antes que pergunte. E ele é de extrema confiança. – diz assim que me aproximo dela. Gargalhei, segurando seu braço e caminhando para o lado de fora do hotel.
Como estávamos em grande quantidade, tivemos que pedir dois táxis, o que não demorou muito, e logo fomos para o bar que Logan viu alguns dias atrás, enquanto fazia suas caminhadas noturnas.
Depois de longos minutos de conversa dentro do táxi, chegamos ao local escolhido. pagou ao taxista, que sorriu agradecido e logo sumiu dali.
— Estão prontos para um porre? – Noah indaga assim que todos chegam. Gargalhei, comemorando e entrando no bar junto de Kurt, já que minha amiga estava com .
Juntamos duas mesas e lá estávamos nós, juntos, cantando as músicas que tocavam no rádio e com uma garrafa de tequila na mesa, além de canecas de chope e algumas batatas fritas.
— Essa comemoração de hoje vai para a . Que você seja a surfista mais incrível de todas desse campeonato e que o título vá embora conosco. – Michael diz enquanto todos erguem suas canecas, brindando em seguida.
Ficamos ali por mais algumas horas. Eu sentia o álcool fazer diferença em meu corpo, mas eu não queria deixar de comemorar. Eu realmente precisava daquilo.
Sinto algo vibrar em meu bolso e eu vejo o número de na tela. Suspirei, me levantando e indo para uma parte mais silenciosa do bar.
— Alô? – indago.
Eu sinto muito. Eu fiquei com ciúme. Eu não queria, Nat. Eu juro que não queria sentir, mas eu senti.
— Do que você está falando, ? – indago, sentando no sofá que estava ali.
De você com aquele cara. O Kurt, eu acho. Eu cogitei a possibilidade de vocês estarem juntos e aquilo me deixou cego. Eu preciso confiar em você, eu sei, mas eu fiquei com muito medo de te perder. Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não precisa ficar com medo, amor. Eu amo você e...
Antes que eu pudesse concluir a frase, sinto alguém beijar minha bochecha. Mesmo com a luz baixa da área, vejo Kurt ali, parado, bem próximo de mim.
— Vem, fica comigo. Não me abandona. – ele falou, beijando minha bochecha novamente.
— Me solta, Kurt. – falei e, do outro lado da linha, ouço bufar. – Amor...
Aproveite a noite, .
E logo ele encerrou a ligação, deixando meu coração partido e a vontade de chorar.
Fitei Kurt, que me encarava confuso.
— Obrigada, Kurt. – falei, soltando-me de seus braços e indo para perto do pessoal.
O restante da minha noite foi, entre uma dose de tequila e uma caneca de chope, uma mensagem ignorada pelo meu noivo – se é que eu ainda podia chamá-lo assim.
Chegamos ao hotel passava das três da manhã. Por sorte, amanhã teríamos o dia livre, o que poderia me deixar longe de tudo e todos, bem quieta e aproveitando a ressaca de álcool e moral que eu iria ter que aguentar durante todo o dia.
— O que eu fiz pra merecer isso, ? – indago enquanto me sentava na minha cama. – Eu nunca iria fazer algo para prejudicar meu relacionamento com o . Eu o amo, você acredita em mim?
— Claro que acredito, Nat. Ele que precisa acreditar e confiar mais em você. – ela diz, pegando sua roupa e indo para o banheiro.
Deitei na cama, encarando o teto branco com lustre, que estava apagado, mas continuava lindo da mesma maneira.
Olhei para meu celular. Não havia mensagem, tampouco uma ligação, o que me deixava perto do desespero.
Eu precisava parar de ser assim, ou eu irei delirar muito nova.
E foi assim que eu acabei pegando no sono, pouco me importando com a roupa que eu vestia e como eu estava, mas sim com o homem da minha vida, que estava a milhas e milhas de distância.
Será que ele também pensa em mim?
(...)

's POV

Hoje fazia dez dias desde que eu não atendi e nem liguei para . Dez dias que eu pensei que iria delirar, que foram tortuosos e dolorosos.
Cheguei à faculdade no mesmo horário de sempre. De início, eu iria para alguma sala de aula, mas, depois de todo o ocorrido e de minha nova função, consegui uma sala só para mim, perto do reitor.
— Bom dia, . – Margaret fala assim que chego. Ela era a vice reitora e braço direito do reitor, além de uma pessoa amigável para conversar ou desabafar. Ela tinha o famoso olhar de psicólogo e que sempre me fazia perder parte do meu dia desabafando de meus problemas, seja aqui na faculdade, ou num bar afastado da cidade, onde eu acabava bebendo além do limite.
E onde tudo isso girava ao redor? Exato! , que estava há quilômetros de distância dali.
— O que aconteceu? – ela indaga assim que sento em minha cadeira. Ela estava de pé, na porta, me encarando com seu olhar de análise.
— Ela vai competir amanhã. Amanhã é a final e eu não estarei lá. – falei, suspirando em seguida.
Depois de tudo isso, era óbvio que continuaria competindo. E, de verdade, era a melhor de todas. Sempre arrancava elogios de todos os juízes e notas altíssimas, o que a deixava ainda mais perto do pódio.
Há quase um mês, enquanto jantávamos na sala, eu havia prometido que iria visitá-la. E eu iria, se não fosse por aquele seu colega de equipe.
— Me escuta bem, , pois só vou falar uma vez. – Margaret fala, sentando na cadeira a minha frente. – Você vai para a Austrália hoje, irá acompanhar a final de sua noiva e irá pedir desculpas pelo seu comportamento adolescente.
— Eu não consigo. – falei, afrouxando o nó da gravata.
— Ah, mas é claro que você consegue. E você vai agora. Eu consigo um substituto para você, porém quero que me prometa que irá pedir desculpas e voltar de lá com ela, entendeu? –ela falou e eu suspirei. – Vai logo, . Ou você vai realmente perder aquela garota.
E eu sorri, caminhando para o lado de fora da sala e, em seguida, saindo da universidade.
Entrei em meu carro, discando o número que eu já conhecia de cor nesses últimos dias.
Alô?
— Alô, ? Sou eu, ! – exclamei, esperando que viesse uma bronca de sua parte.
Meu Deus do céu, ! Quanto tempo! Como você está?
— Estou bem, e você? , por favor, eu preciso que você me ajude em uma coisa.
Isso tem a ver com alguém que eu estou pensando?
— Ah, acho que sim. – falei e ela gargalhou. – Mas tem que ser rápido.
(...)

Quando desembarquei do táxi na praia onde seria a prova, paguei a ele muito além do que era esperado, o que o fez sorrir e agradecer, saindo com o carro em disparada.
No meio da multidão enlouquecida, encontrei , que estava com ao seu lado. A pequena sorriu, vindo correndo em minha direção.
— Oi, pirralha. – falei, pegando a mesma no colo. – Você está tão grande.
— Até que enfim você apareceu, . Já está quase na hora dela entrar no mar. – diz, beijando minha bochecha em seguida.
Ficamos ali por longos minutos, esperando que o locutor anunciasse o nome de , que logo foi anunciado.
Estava distante o suficiente para que ela não me visse. Ela caminhou lindamente em direção ao mar, parecendo cena de algum filme em slowmotion. Só sei que meu coração estava disparado.
As ondas daquele dia estavam altas o suficiente para fazer qualquer um sentir medo, inclusive algum surfista.
Ela entrou no mar e logo subiu na prancha, ficando de costas para o público, que gritava seu nome e o de uma surfista nativa.
Não sei quanto tempo exatamente, mas ela estava ali parada, apenas esperando para o momento certo e mostrar seu talento natural.
Quando a primeira onda veio, senti o coração parar na boca. Ela surfava com maestria, deixando qualquer veterano no chinelo. É, minha noiva era a melhor do mundo.
Ela, mesmo com a maré alta e as ondas gigantes, conseguia se manter de pé.
De longe, vejo junto com os outros rapazes. Os mesmos torciam por ela, o que me fez sorrir. Eu sabia que eles a admiravam assim como eu.
— Olha lá! Ela vai conseguir! – exclama em voz alta.
Olhei para o mar novamente, vendo a última volta da minha noiva na onda, fazendo gritos ecoarem por todos os lados daquela praia.
E foi ali que eu soube que ela havia conseguido.
De imediato, levantei e corri entre a multidão, parando logo em frente ao mar. Lancei um olhar para seus colegas de equipe, que concordaram e comemoraram entre si antes de vir em sua direção.
Fui cercado por jornalistas e fotógrafos. Todos querendo uma foto exclusiva da mais nova ganhadora.
Enquanto ela caminhava e olhava para a areia, senti meu coração acelerado mais uma vez.
Logo seu rosto se levantou e seu olhar encontrou com o meu. Mesmo que cercado por algumas pessoas, ela me notou ali e sorriu, largando sua prancha e correndo para mim.
Não deu tempo de nada, além de segura-la em meu colo, enquanto suas pernas se encontravam ao redor de minha cintura.
— O que você faz aqui? – ela indaga, perto o suficiente de mim, deixando todo meu controle de lado. Ela era tão linda assim? Desde quando?
— Eu prometo que viria te visitar, não foi? – indago, acariciando seu rosto. – Mesmo que isso custe meu emprego.
— Você veio direto do trabalho? – ela indaga, soltando uma gargalhada no final.
— Ah, claro. Só assim para chegar e ver você arrebentando. – falei, sorrindo em seguida. – E eu também preciso te pedir desculpas. Eu sou muito inseguro, você sabe, mas eu nunca duvidei de que vocês estivessem juntos. Eu só tenho ciúme, e medo de te perder para ele. Ele parece ser melhor que eu.
— Ele é legal, mas você é incrível, maravilhoso, ótimo, gostoso, cheiroso, melhor cozinheiro, noivo e o amor da minha vida. – ela falou, dando selinho em meus lábios a cada elogio, o que me fez rir. – E eu amo muito você. Mas, por favor, não faz mais isso.
— Eu prometo. – falei, puxando-a para um beijo, que com certeza sairia em todos os jornais online. – Eu amo você demais.
E novamente a beijei, deixando ali todo meu amor para que ela nunca duvidasse de meu sentimento.
Epílogo
Enquanto eu caminhava entre as pessoas e acenava, mamãe limpava suas incontáveis lágrimas.
Subi ao altar, ajeitando a gravata borboleta que eu usava e olhando para a frente.
Todos entraram. estava junto de , que exibia o barrigão de cinco meses de gêmeos, dois meninos que ela e seu marido tanto queriam. Kurt vinha junto de sua namorada, assim como Logan, Noah e Michael. Seria absurdamente estranho dizer que eles viraram meus amigos, depois de tudo?
Minha sobrinha entrou com uma cestinha cheia de rosas, dando as mãos ao seu irmão. Gargalhei ao ver que, na metade do caminho, ele havia começado a chorar.
Ficamos em silêncio por longos minutos. Meu coração saltitava, então a música escolhida por ecoou nas cordas dos violinos e do piano.
A cortina no final foi aberta e lá estava ela. Seu vestido era lindo, assim como a sua maquiagem, seu penteado e tudo que habitava aquele ser.
Pode parecer loucura, nos precipitamos ao casar com apenas sete meses de noivado, mas eu não tinha dúvidas de que ela era a mulher da minha vida.
Enquanto ela caminhava de braços dados com seu pai e o seu padrasto, andava com um lindo buquê, réplica do de .
Quando ela chegou perto do altar, os dois homens ao seu lado beijaram sua bochecha e apertaram minha mão, desejando votos de felicidade e indo para seus lugares.
Beijei sua testa, subindo com ela para o pequeno altar.
— Boa tarde, senhoras e senhores. Estamos aqui para celebrar o amor entre esse casal que é pura sintonia e energia. – a celebrante diz, me fazendo sorrir e fitar , que segurava suas lágrimas. – O que seria o amor, afinal?
Ela ficou em silêncio por segundos. Cochichos se espalharam pela cerimônia.
— O amor é tudo, certo? Você o sente, você vive ele, você nasceu dele e você morrerá com ele. Não digo o amor entre marido e esposa, mas digo diferentes tipos: irmãos, pais, amigos, primos, filhos e até o seu cachorro. Você pode morrer amando todas as mulheres que conheceu, como também pode amar somente uma mulher por toda sua vida. E isso que é o amor, ele é assim mesmo. E, quando estou aqui, sinto que o amor de vocês cobre qualquer coração partido que aqui se encontra. Vocês são a esperança de um novo amor, de um amor reconquistado e de um velho amor. – a mulher diz, sorrindo. – Os noivos hoje pediram para que não falássemos de religião, apenas que celebrássemos o amor, independente da sua religião ou crença. Vocês dirão seus votos para todos aqui, certo?
Concordei com a cabeça, assim como , que pegou um papel com sua mãe.
— Querido . Essa é a oportunidade rara em que lhe farei uma declaração de amor assim, pensada por meses, então, aproveite seus quinze minutos. – ela diz, arrancando algumas risadas. – Somos tão diferentes, não somos? Você, um gênio da Economia, professor de uma das melhores universidades do país, sério, calmo, paciente quando quer e o melhor companheiro que eu poderia ter. Eu, surfista, venci um campeonato e não quero nada com a vida, sou totalmente extrovertida e brincalhona, impaciente o suficiente para querer te bater a qualquer momento em que me irrite. Somos assim, dois lados diferentes da mesma moeda, e nós nos completamos. Você me transborda, . Você me enche de alegria e de amor a cada dia que passa, e percebo que o motivo de falar isso aqui, bom, é você. Você é o motivo pelo qual eu planejei um casamento na correria, pelo qual eu estou usando esse vestido longo de festa e que me aperta em alguns lugares. Você é a motivação que eu preciso para viver e seguir meu sonho, mesmo que eu vá parar do outro lado do planeta e te deixar aqui, sozinho, com o Dumboe a Padmé. Aliás, somos tão estranhos que isso reflete nos nomes dos nossos cachorros. Enfim, eu estou controlando minha vontade de chorar com a vontade de te beijar e dizer “Nossa, você está extremamente sexy com essa roupa e esse suspensório”, e quero dizer que você é tudo que eu nunca sonhei, mas que veio mesmo assim e que me faz um bem danado. Eu vou te amar por toda a nossa vida, mesmo que você me ache insuportável em momentos aleatórios, e acredite, serão muitos. Você é o homem da minha vida e junto iremos ao infinito e além.
Sorri, beijando sua mão. Peguei o papel em meu bolso, controlando a tremedeira evidente em minhas mãos.
— Bom, acho que não tenho muito o que falar, não é? Você é uma ladra de momentos, . – falei, arrancando algumas risadas. – , quem diria, não? Quem diria que estaríamos aqui, em nosso casamento, diante de algumas pessoas e mostrando para todos o nosso amor. Você disse, mas irei repetir: você é o meu oposto. Nunca entendi como pude amar uma garota que não ligava para nada e só curtia o momento, mas eu agradeço por ter você aqui, comigo. Você me deu um choque de realidade, me fez sair dos números e enxergar a vida real, ver o amor e, além de tudo, me fez perder o medo de avião quando fui te encontrar na Austrália, há seis meses. Eu não sou tão bom com as palavras, e sei que você irá me matar por isso, mas você é a mulher que eu também nunca sonhei, mas que veio e é na medida exata para mim. Você é dona de todo meu amor e, bom, agora dona de meus cachorros, não é? Você é a melhor que eu já conheci e eu te amo por isso. Que a força esteja conosco por toda a vida e, se nada der certo, poderemos ter uma luta de sabres de luz quando formos nos divorciar. Amo você mais que tudo.
Quando terminei, vejo um sorriso gigantesco nos lábios dela. Coloquei a aliança em seu dedo, assim como ela fez com o meu.
— Bom, diante de todos aqui presente, você pode beijar a noiva. – a celebrante diz e eu sorri, puxando Nat pela cintura e dando um beijo nela, fazendo palmas e gritos ecoarem por todos os lados.
— Eu amo você, . – ela falou assim que nos separamos, segurando meu rosto com suas mãos.
— Eu também amo você, . – falei, beijando-a novamente.




Fim!



Nota da autora: Sem nota.



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