Capítulo Único
Um começo de noite quente em Seul.
vestia uma camisa branca larga de seda e uma calça apertada, carregava nas costas seu violão e na mão um pequeno amplificador e uma cadeira dobrável.
Parou no meio da praça Gwanghwamun, como fazia todos os dias colocou as suas coisas à sua frente, arrumando o assento onde iria ficar posicionado estrategicamente, o amplificador conectando os cabos e tirando o violão da bolsa específica para o instrumento. Começava a estação de verão no país e era a época preferida dele do ano, as pessoas esboçaram grandes sorrisos e uma energia ímpar para atividades ao ar livre.
Ele aproveitava o máximo esse calor humano e fazia a sua melhor apresentação. Para esse dia em especial ele reservou uma playlist mais agitada em uma pegada mais latina, de um grupo que ele tinha ouvido a pouco tempo na internet. Começou a dedilhar as cordas do seu violão branco na melodia escolhida e pouco tempo depois um pequeno grupo de pessoas estavam parados ao seu redor curtindo o timbre que saía da caixa de som, a música era tão envolvente que ele começou a cantar e ainda de olhos fechados podia sentir a resposta que o público emanava de seus corpos com a batida.
Ao abrir os olhos ele cantou a plenos pulmões o refrão e se levantou começando a dançar junto com algumas senhoras que seguiam a letra com ele. O cover era de um grupo antigo oriundo da Espanha que fez bastante sucesso pela Coréia a uns 20 ou 15 anos atrás, ele não sabia ao certo. Ele só sabia que estava dando certo e estava adorando performar aquilo e sentir a alegria das pessoas.
No meio de sua segunda atração quando mais pessoas estavam ao redor querendo saber o que estava acontecendo e o porquê de tanto burburinho, ele avistou - quando movimentou o corpo em uma coreografia - de canto de olho uma silhueta diferente as que ele costumava ver durante as apresentações que trazia as muitas praças que ele costumava tocar. Ela tinha uma aura diferente, suas roupas também não eram usuais as típicas que geralmente as coreanas usavam, Hee virou a cabeça lentamente para direção a sua visão e a garota com longos cabelos pretos e traços estrangeiros fez com que ele por um minuto todo, parasse o seu trabalho, os olhos seguiram até a loja de conveniência onde ela entrou. Depois desse momento ele voltou a sua atenção ao público que colocava alguns wons na capa aberta de seu violão e pediam um bis, ele não pretendia encerrar tão cedo afinal tinha separado pelo menos uma hora ou mais de músicas aleatórias, mas estava curioso quanto aquela pessoa e queria muito poder conversar nem que por um momento com ela.
sempre foi muito curioso quanto as pessoas e outros países. Já tinha viajado para alguns lugares pelo mundo, mas não era sempre que tinha a oportunidade de conhecer novas culturas. Alguns minutos depois e ele já havia encerrado as suas apresentações, agradeceu ao público com um grande sorriso. Guardou o dinheiro no bolso e ficou sentado sobre o aparelho de som dedilhando algo aleatório esperando até que ela saísse do local. Pelo vidro transparente do estabelecimento pode ver as roupas que ela usava com maior clareza, uma saia longa com estampas de flores e uma blusa com mangas bufantes em um azul safira brilhante, seus cabelos soltos tinham um penduricalho de enfeite que ele não conseguiu identificar aquela distância e um sorriso lindo.
A loja estava cheia e ela estava na fila para pagar alguma bebida que carregava, ele já tinha visto aquelas vestes em algum lugar só não lembrava onde.
Algum tempo depois ele a viu passar pela porta e por ele e caminhando na direção a que ela veio abrindo a garrafa de suco e ingerindo o líquido.
— Oi, com licença. — Ele disse se aproximando da garota que parou e se virou para ele, lançando um olhar misterioso para ela.
— Si — Ela disse esperando uma resposta.
— Si, si, si? ah espanhol. — Ele disse para si mesmo, passando a mão pelo cabelo. — Pido disculpas, mi español es malo. — finalizou sorrindo prestes a ir embora, não ia conseguir engatar uma conversa produtiva com aquela mulher linda, e com aquela aura sedutora com o espanhol de merda dele.
— Ai, me desculpa, nossa nem reparei que te respondi em espanhol. — A moça disse animada rindo da situação os lábios em um tom de vermelho que prenderam a atenção dele neles. — Mas em que eu posso te ajudar? — Ela finalizou ainda solicita.
— Não, é que eu vi a sua vestimenta e estava tentando lembrar onde eu já tinha visto antes. — Ele disse meio sem jeito abrindo um grande sorriso.
— Tudo bem, lindo! Eu estou acostumada. — Ela tomou mais um gole do líquido, e novamente abriu o sorriso. — Eu sou cigana de origem espanhola.
— Cigana, nossa é isso mesmo, nossa, que vacilo sabia que tinha lido sobre, depois de uma viagem à europa. — Ele olhou a garota de cima a baixo maravilhado pela visão de tantas cores pintadas nos panos que ela trajava. — , muito prazer. — disse estendendo a mão.
— , o prazer é todo meu. — Assim que ela tocou a mão dele sentiu uma corrente elétrica correr sua espinha e gostou do que sentiu, lançou um olhar provocativo para o rapaz.
estava a pouco mais de dois meses no país, ela amava muito tudo sobre a Ásia e fez questão nas suas viagens da vida aprender a falar japonês e coreano também. Estar ali era a realização de um sonho, mas a mulher do seu pai fez questão de fazer daquele acampamento um inferno na última hora. Madalena sempre achava um motivo para implicar com , e seu pai como sempre ficava do lado das muitas mulheres com quem ele vinha dormindo desde que a mãe da garota morreu. amava muito aquela vida e toda a misticidade que a envolvia, adorava ler a sorte, limpar auras e viajar pelo mundo, ela só não aceitava o mesmo sistema retrógrado de união entre os povos e também detestava o modo como as mulheres do seu pai a tratava, ela era herdeira de tudo aquilo e ela não ia abrir mão do seu povo nem tendo que aturar as mais detestáveis das criaturas que era a Madalena. Mas essa noite ela queria se distrair e se divertir, viu nos olhos e no toque de que ele seria a companhia perfeita.
— Você quer que eu leia a sua sorte? — Ela sorriu alisando a palma da mão dele.
— Eu adoraria. — Ele devolveu o sorriso sabendo onde ela queria chegar. — Adoraria te levar para beber alguma coisa.
— Você leu meus pensamentos. — Ela soltou a mão dele e terminou de beber o líquido da garrafa em suas mãos. — Eu tenho uma idéia melhor, porque a gente não compra umas bebidas e vai para um lugar mais calmo, eu gosto de dar minhas consultas em lugares silenciosos e íntimos. — Ela piscou pra ele virando o corpo para voltar a loja de conveniência.
— Eu conheço um lugar ótimo. — Ele pegou seu equipamento do chão e seguiu a garota até a loja.
— Eu ia sugerir meu trailer no acampamento, mas como você disse que conhece um lugar legal, vou deixar que você guie a noite. — Ela alcançou um pacote de batatas fritas e jogou também na cesta de compras que ela carregava e já estava com algumas bebidas em seu interior.
— Vou ser seu guia então, hermosa. — Ele tentou arranhar seu espanhol de novo o que a fez rir um pouco enquanto pegava mais alguns snakes, sabia que os homens coreanos não eram tão radicais quanto os ocidentais, mas como não sabia onde ele a levaria, resolveu pegar comida, com certeza em seus planos sentiriam fome depois de tudo.
— Estou ansiosa!
Eles foram para o caixa e ele pagou por tudo, ela insistiu em dividir, mas ele não aceitou, e para não causar uma cena, mais do que suas vestes já chamavam ela resolveu deixar. Quando saíram do local, foram andando, podia jurar que partiram sem rumo, aquele homem lindo tinha cara de quem a levaria sem rumo por aí, fala fazer jus ao título que tinha dado a ele e no final acabariam em seu acampamento mesmo. Mas felizmente estava enganada o rapaz realmente andou mostrando para ela alguns pontos de referência como praças e alguns lugares de cultura e lazer que ele disse que ela adoraria conhecer, já que se mostrou tão interessada na cultura e nas coisas daquele país, já tinha visitado o rio Han e alguns lugares mais "famosos" bem como outras cidades como Busan e Deagu, então o papo entre eles fluiu bem, até, mesmo ela soltando umas coisas em espanhol que tinha que voltar para falar em coreano já que ele realmente era limitado naquela língua. Não foi uma caminhada longa de fato, mas foi um percurso no qual conseguiram se conhecer minimamente melhor e ainda contar essas coisas triviais da viagem dela.
— É aqui! — anunciou pegando as chaves do bolso da calça para abrir o portão lateral de um lugar que parecia um bar abandonado.
não disse nada, não que estivesse com medo, porque ela se permitia sair com desconhecidos assim, por ser uma expert em lutas corporais e autodefesa, então qualquer gracinha daquela homem ele amanheceria com no mínimo um braço quebrado, e no máximo o pescoço. Do lado de fora, o lugar parecia pitoresco, mas pouco convidativo, porém, quando entraram, ela pode reparar que ali realmente tinha sido um bar no passado, mas que agora era um lar.
— Não repara na bagunça! — Ele disse, embora o local estivesse perfeitamente organizado e arrumado.
— Uau, isso aqui é lindo. — disse olhando tudo ao redor, as cortinas coloridas espalhadas pelo local, bem como a decoração cheia de energia e a boa vibração que ela sentiu naquele espaço foi ímpar, tinha um excelente Feng shui, ela não sabia organizar em palavras como tinha gostado do lugar.
— Encontrei esse lugar tem uns anos. — Ele colocou suas coisas de sua apresentação em um canto perto da porta e depois que eles tiraram os sapatos, foram até a sala que ficava há poucos metros do pequeno hall de entrada. — Eu tocava aqui no CØDE, era um bar muito confortável, acolhedor, bons patrões, boa clientela, mas o novo dono se mudou para Itaewon, quando herdou o bar de seu pai e com sempre fui próximo da familia e tinha muito apego por esse lugar, eles me venderam, o precinho foi camarada, porque artistas independentes não tem dinheiro para esse tipo de coisa, mas eu já vinha economizando, e como eu cantei por alguns lugares do mundo, ganhei dinheiro em outras moedas e você não está interessada na minha aquisição, não é mesmo? — Riu quando viu que ela tinha se sentado no sofá e pego uma garrafinha das bebidas que eles tinham comprado.
— Não é isso, é que esto se pondrá caliente — Disse sinalizando com a garrafa em suas mãos para ele saber que, ok, talvez ela não quisesse mesmo saber como ele comprou aquele espaço, mas ele não precisava saber, e ela tinha a desculpa perfeita.
realmente só entendeu o que ela disse porque ela ilustrou com as ações, então ele levou o resto das bebidas fora a que separou para ele, para a geladeira, para que realmente não esquentasse, e deixou os salgadinhos no centro de mesa.
— Antes de começarmos a beber, preciso te dizer duas coisas! — Ela disse animada quando ele retornou para a sala, a casa era toda em conceito aberto, e de onde ela estava conseguia ver todos os cômodos do lugar. — A energia desse lugar é poderosa demais, sério uma das melhores que eu já senti nessa vida de andarilha. — Sorriu e pegou as mãos dele alisando as palmas das mãos. — Eu não faço minha quiromancia depois de ingerir álcool, então vamos ter que fazer isso agora, você é destro ou canhoto? — Continuava alisando as mãos dele só que de forma mais lenta, enquanto olhava profundamente nos olhos dele.
perdeu o ar por alguns minutos, estava tão imerso naquela mulher, naquela misticidade dela, em como ela era de certa forma indecifrável, ele estava ficando agitado com aquilo, queria conhecer mais profundamente aquela mulher, saber mais sobre suas crenças e sobre como ela sentia e vivia as coisas. Quase se esqueceu de responder a pergunta feita há minutos atrás.
— Ah, sou destro! — O sorriso tomou os lábios dele, que estava ansioso pelo que vinha por aí.
— Dame tu mano izquierda — disse esperado que ele deixasse somente a mão que ela pediu nas mãos dela. não era burro, mas estava realmente disperso com a beleza, com ela tão perto daqurela forma, o tocanto tão informalmente. — A mão esquerda, lindo. — Ela soltou a mão direita dele e analisou e alisou por alguns minutos aquela mão enorme.
— Estou nervoso! — Ele disse depois de um tempo dela analisando e passando os dedos pelas “linhas” da palma dele.
— Não precisa bebê! — Sorriu. — Está vendo essa linha bem aqui? — Passou o dedo sobre uma das linhas da mão dele, que ele não sabia do que se tratava. Só assentiu com a cabeça e ficou prestando a atenção. — Ela é a linha da vida. Que representa sua saúde e os eventos relativos a sua vida, olha como ela é grande. — Passou o dedo nela, que começava entre o dedão e o indicador e descia até quase o meio da palma da mão, até o pulso. — O que quer dizer que você viverá por muitos anos.
— Isso é tão legal! — Ele estava concentrado em todos os movimentos e fala dela.
— Mas não quer dizer que você não tem que se cuidar, ouviu? — Riu e tirou uma risada dele. — Essa outra aqui, olha… — Passou o dedo sobre a linha que começava um pouco acima da anterior e ia até quase o mundinho. — É a da cabeça, essa é longa também, o que significa que sua memória é excelente, e veja como ela é mais grossa que a outra...
— O que isso significa? — Interrompeu o raciocínio dela, pois não sabia se queria saber se fosse coisa ruim.
— Quer dizer que tem uma ótima criatividade também, não é atoa que é um artista não é mesmo? — Assim que ela finalizou, o semblante dele relaxou — Olha que coisa interessante. — Disse olhando para ele e passando os dedos na linha que começava em baixo do dedo médio e descia em uma leve curvatura para o dedo mindinho, indo até o final da mão também próximo ao pulso. — Apenas 60% das pessoas no mundo tem essa linha e a sua é incrivelmente linda. — Os olhos dela brilhavam à medida que falava.
— Então isso é bom? — Ele perguntou, meio que já sabendo a resposta.
— Maravilhoso, é a linha do destino, mostra o lado profissional, e seu padrão de vida, com uma linha tão linda dessas, eu me permito te garantir que terá sucesso e continuará mantendo o seu padrão de vida elevado. — E ela continuou com a análise sobre as linhas e os pontos importantes da mão, ela realmente adorava fazer aquilo, era legal como as pessoas ficavam impressionadas, assim como ele estava a cada nova linha, monte ou simetria que ela lia de sua mão. — E, por último, mas não menos importante, essa é a linha do coração. — Seu olhar agora era de desejo e ansiedade pelo que estava planejando que viria, enquanto passava o dedo na linha que começava próxima ao mindinho e ia até mais ou menos o indicador.
— Uh, essa é boa, diz o que, que eu encontrei o amor da minha vida e que ela está lendo a minha mão nesse momento? — Ele sorriu entrando no joguinho dela.
— Mais ou menos. — Ela riu. — Tá vendo, que ela segue um caminho grande e é mais fina, mas está “partida”? — Olhou para ele que assentiu somente para que ela continuasse. — Ela simboliza as suas relações sociais, bem como relacionamentos românticos ou qualquer outro tipo de relação que você tem com outro ser humano. Ela é grande, e fina, o que significa que é equilibrado e amável, romântico, delicado e dedicado ao relacionamento, mas essa quebra na linha, significa que suas relações amorosas são sempre conturbadas. — Estalou a língua no céu da boca olhando o rosto dele praticamente acender quando ela falou aquilo.
— Uau, você é boa mesmo! — O sorriso nos lábios dele estava grande, ele sempre se esforçava nos relacionamentos realmente e nunca davam certo, poderia ser por ele se apaixonar hiper rápido ou estar em uma página diferente da pessoa, ele não sabia, mas aquelas palavras faziam todo sentido agora em sua mente.
— Aqui eu vejo também… — continuou com o dedo na linha da mão dele, apertando de leve o local, o que fez seu coração bater mais forte e o sangue bombear por todo seu corpo, talvez não tivesse nada a ver, mas ele sentiu e era o que interessava para ele em toda aquela experiência. — Que é um ótimo amante, entre quatro paredes, acertei também? — O olhar sedutor dela, fez com que aquela bombeada do sangue se concentrasse em outra parte do corpo, que já estava em alerta desde que ela havia feito aquele convite a ele algumas horas atrás.
— Acho que isso você vai ter que descobrir sozinha!
Ele levou a mão desocupada para o rosto dela e o puxou de leve para começar um beijo quente e cheio de malícia e segundas intenções. Ela soltou a mão dele e agarrou sua cintura, colando mais os corpos, mostrando que estava tão ansiosa em descobrir, quanto ele de saber. Tão rápido quanto o beijo iniciou ela levou os corpos para a parede mais próxima, e quando ele bateu com as costas no local, abriu um sorriso entre o beijo, não separando nunca dos lábios, mas tirando a mão do rosto dela e descanso até sua cintura, por sua vez colocou as mãos nos ombros dele e ele a suspendeu no ar, para que ela passasse as pernas em volta do tronco dele. Separaram os lábios só para que ele puxasse a parte de cima da roupa dela para fora do corpo, e então ela voltou com os lábios nos dele, o fazendo quase perder o fôlego com o tamanho da paixão que estava pairando entre eles. Os corpos entraram na mesma sintonia e eles sabiam que precisavam um do outro o mais rápido possível.
Ainda com a carregando no "colo" foi andando até o quarto, a deitando na cama para se livrar daquela camisa que parecia só aquecer mais seu corpo, enquanto ele se despia, também tratou de retirar o resto de sua roupa, e ali estavam eles, nus, ela deitada na cama e ele em pé, olhando aquele corpo maravilhoso que ela tinha, era maravilhosa de roupa e ainda mais sem ela.
— Você é muito… — Ele tentou não ser muito machista ou qualquer coisa do tipo com seu comentário, mas não conseguia pensar em outra palavra.
— Gostosa? Eu sei! — Ela sorriu alcançando o copo dele com as pernas. — Você também não é nada mal, mas a gente tem uma teoria para comprovar, não é mesmo? Que tal menos papo e mais ação? — Uma corrente elétrica percorreu o corpo dele todo quando ela terminou de falar e puxou mais seu corpo para o dela, ele não sabia que gostava tanto quando outras pessoas assumiram o controle daquela forma, na verdade, não se lembrava de ter saído com alguém tão confiante, dona de si e decidida quanto aquela mulher.
— Você quem manda, linda!
Ele se curvou para deitar o corpo sobre o dela e começar a beijar seu pescoço, enquanto uma das mãos livre deslizava para o meio de seus corpos alcançando a intimidade dela e estimulando, a fazendo gemer e se contorcendo levemente embaixo de si.
Ali entendeu porque ele fazia tanto sucesso naquela praça, ela tinha notado a pequena multidão que se formou ao redor enquanto ele tocava e tocar violão, realmente fazia maravilha com os homens, chegava a ser insano a forma com que ele a estimulava e trabalhava bem com os dedos.
Pouco tempo depois, ela passou novamente as pernas em volta do corpo dele e se encaixou nela e começou o vai e vem, apoiando seu corpo nos braços, que seguravam firme no colchão, enquanto investia e ela por sua vez, levantava levemente os quadris e arranhava as costas e os braços dele. começou com estocadas lentas e fundas, fazendo com que gemesse alto e manhoso, como se importasse por mais ação, mesmo que, naquele ritmo o prazer já dominasse todos os seus sentidos, e ele também estava inebriado por aquele momento, o toque na pele, a forma com que o som saia da garganta dela, como ela o recepcionou bem e como eles se encaixavam perfeitamente
Aquela posição estava confortável para os dois e a medida em que ele aumentava a velocidade, mais ela gemia em seu ouvido e com mais tesão eles ficavam, os corpos na mesma sinergia as respirações no mesmo nível e o orgasmo os atingiu tão rápido e avassalador que eles nem perceberam, foi como se as órbitas dos planetas tivessem se realinhado e algo além do carnal tivesse acontecido ou explodido.
Os corpos suados se enroscaram na cama, e enquanto as respirações ficavam reguladas eles caíram no sono juntos, estavam exaustos, porém felizes e satisfeitos com o que tinha acabado de rolar ali.
Pela manhã, acordou e sentiu falta do corpo da mulher com ele, porém, achou que ela estava no banheiro, já que da cama tinha visão da sala e da cozinha e ela não estava por lá, mas assim que se levantou percebeu que ela tinha ido embora, e ele não tinha nada dela, não sabia seu nome completo, não sabia onde seu acampamento estava, se ainda estava pela cidade, não tinha pego seu telefone e nem nenhuma rede social, a única coisa que tinha era a lembrança da noite passada e o cheiro, que ela deixou impregnado em seus lençóis.
vestia uma camisa branca larga de seda e uma calça apertada, carregava nas costas seu violão e na mão um pequeno amplificador e uma cadeira dobrável.
Parou no meio da praça Gwanghwamun, como fazia todos os dias colocou as suas coisas à sua frente, arrumando o assento onde iria ficar posicionado estrategicamente, o amplificador conectando os cabos e tirando o violão da bolsa específica para o instrumento. Começava a estação de verão no país e era a época preferida dele do ano, as pessoas esboçaram grandes sorrisos e uma energia ímpar para atividades ao ar livre.
Ele aproveitava o máximo esse calor humano e fazia a sua melhor apresentação. Para esse dia em especial ele reservou uma playlist mais agitada em uma pegada mais latina, de um grupo que ele tinha ouvido a pouco tempo na internet. Começou a dedilhar as cordas do seu violão branco na melodia escolhida e pouco tempo depois um pequeno grupo de pessoas estavam parados ao seu redor curtindo o timbre que saía da caixa de som, a música era tão envolvente que ele começou a cantar e ainda de olhos fechados podia sentir a resposta que o público emanava de seus corpos com a batida.
Ao abrir os olhos ele cantou a plenos pulmões o refrão e se levantou começando a dançar junto com algumas senhoras que seguiam a letra com ele. O cover era de um grupo antigo oriundo da Espanha que fez bastante sucesso pela Coréia a uns 20 ou 15 anos atrás, ele não sabia ao certo. Ele só sabia que estava dando certo e estava adorando performar aquilo e sentir a alegria das pessoas.
No meio de sua segunda atração quando mais pessoas estavam ao redor querendo saber o que estava acontecendo e o porquê de tanto burburinho, ele avistou - quando movimentou o corpo em uma coreografia - de canto de olho uma silhueta diferente as que ele costumava ver durante as apresentações que trazia as muitas praças que ele costumava tocar. Ela tinha uma aura diferente, suas roupas também não eram usuais as típicas que geralmente as coreanas usavam, Hee virou a cabeça lentamente para direção a sua visão e a garota com longos cabelos pretos e traços estrangeiros fez com que ele por um minuto todo, parasse o seu trabalho, os olhos seguiram até a loja de conveniência onde ela entrou. Depois desse momento ele voltou a sua atenção ao público que colocava alguns wons na capa aberta de seu violão e pediam um bis, ele não pretendia encerrar tão cedo afinal tinha separado pelo menos uma hora ou mais de músicas aleatórias, mas estava curioso quanto aquela pessoa e queria muito poder conversar nem que por um momento com ela.
sempre foi muito curioso quanto as pessoas e outros países. Já tinha viajado para alguns lugares pelo mundo, mas não era sempre que tinha a oportunidade de conhecer novas culturas. Alguns minutos depois e ele já havia encerrado as suas apresentações, agradeceu ao público com um grande sorriso. Guardou o dinheiro no bolso e ficou sentado sobre o aparelho de som dedilhando algo aleatório esperando até que ela saísse do local. Pelo vidro transparente do estabelecimento pode ver as roupas que ela usava com maior clareza, uma saia longa com estampas de flores e uma blusa com mangas bufantes em um azul safira brilhante, seus cabelos soltos tinham um penduricalho de enfeite que ele não conseguiu identificar aquela distância e um sorriso lindo.
A loja estava cheia e ela estava na fila para pagar alguma bebida que carregava, ele já tinha visto aquelas vestes em algum lugar só não lembrava onde.
Algum tempo depois ele a viu passar pela porta e por ele e caminhando na direção a que ela veio abrindo a garrafa de suco e ingerindo o líquido.
— Oi, com licença. — Ele disse se aproximando da garota que parou e se virou para ele, lançando um olhar misterioso para ela.
— Si — Ela disse esperando uma resposta.
— Si, si, si? ah espanhol. — Ele disse para si mesmo, passando a mão pelo cabelo. — Pido disculpas, mi español es malo. — finalizou sorrindo prestes a ir embora, não ia conseguir engatar uma conversa produtiva com aquela mulher linda, e com aquela aura sedutora com o espanhol de merda dele.
— Ai, me desculpa, nossa nem reparei que te respondi em espanhol. — A moça disse animada rindo da situação os lábios em um tom de vermelho que prenderam a atenção dele neles. — Mas em que eu posso te ajudar? — Ela finalizou ainda solicita.
— Não, é que eu vi a sua vestimenta e estava tentando lembrar onde eu já tinha visto antes. — Ele disse meio sem jeito abrindo um grande sorriso.
— Tudo bem, lindo! Eu estou acostumada. — Ela tomou mais um gole do líquido, e novamente abriu o sorriso. — Eu sou cigana de origem espanhola.
— Cigana, nossa é isso mesmo, nossa, que vacilo sabia que tinha lido sobre, depois de uma viagem à europa. — Ele olhou a garota de cima a baixo maravilhado pela visão de tantas cores pintadas nos panos que ela trajava. — , muito prazer. — disse estendendo a mão.
— , o prazer é todo meu. — Assim que ela tocou a mão dele sentiu uma corrente elétrica correr sua espinha e gostou do que sentiu, lançou um olhar provocativo para o rapaz.
estava a pouco mais de dois meses no país, ela amava muito tudo sobre a Ásia e fez questão nas suas viagens da vida aprender a falar japonês e coreano também. Estar ali era a realização de um sonho, mas a mulher do seu pai fez questão de fazer daquele acampamento um inferno na última hora. Madalena sempre achava um motivo para implicar com , e seu pai como sempre ficava do lado das muitas mulheres com quem ele vinha dormindo desde que a mãe da garota morreu. amava muito aquela vida e toda a misticidade que a envolvia, adorava ler a sorte, limpar auras e viajar pelo mundo, ela só não aceitava o mesmo sistema retrógrado de união entre os povos e também detestava o modo como as mulheres do seu pai a tratava, ela era herdeira de tudo aquilo e ela não ia abrir mão do seu povo nem tendo que aturar as mais detestáveis das criaturas que era a Madalena. Mas essa noite ela queria se distrair e se divertir, viu nos olhos e no toque de que ele seria a companhia perfeita.
— Você quer que eu leia a sua sorte? — Ela sorriu alisando a palma da mão dele.
— Eu adoraria. — Ele devolveu o sorriso sabendo onde ela queria chegar. — Adoraria te levar para beber alguma coisa.
— Você leu meus pensamentos. — Ela soltou a mão dele e terminou de beber o líquido da garrafa em suas mãos. — Eu tenho uma idéia melhor, porque a gente não compra umas bebidas e vai para um lugar mais calmo, eu gosto de dar minhas consultas em lugares silenciosos e íntimos. — Ela piscou pra ele virando o corpo para voltar a loja de conveniência.
— Eu conheço um lugar ótimo. — Ele pegou seu equipamento do chão e seguiu a garota até a loja.
— Eu ia sugerir meu trailer no acampamento, mas como você disse que conhece um lugar legal, vou deixar que você guie a noite. — Ela alcançou um pacote de batatas fritas e jogou também na cesta de compras que ela carregava e já estava com algumas bebidas em seu interior.
— Vou ser seu guia então, hermosa. — Ele tentou arranhar seu espanhol de novo o que a fez rir um pouco enquanto pegava mais alguns snakes, sabia que os homens coreanos não eram tão radicais quanto os ocidentais, mas como não sabia onde ele a levaria, resolveu pegar comida, com certeza em seus planos sentiriam fome depois de tudo.
— Estou ansiosa!
Eles foram para o caixa e ele pagou por tudo, ela insistiu em dividir, mas ele não aceitou, e para não causar uma cena, mais do que suas vestes já chamavam ela resolveu deixar. Quando saíram do local, foram andando, podia jurar que partiram sem rumo, aquele homem lindo tinha cara de quem a levaria sem rumo por aí, fala fazer jus ao título que tinha dado a ele e no final acabariam em seu acampamento mesmo. Mas felizmente estava enganada o rapaz realmente andou mostrando para ela alguns pontos de referência como praças e alguns lugares de cultura e lazer que ele disse que ela adoraria conhecer, já que se mostrou tão interessada na cultura e nas coisas daquele país, já tinha visitado o rio Han e alguns lugares mais "famosos" bem como outras cidades como Busan e Deagu, então o papo entre eles fluiu bem, até, mesmo ela soltando umas coisas em espanhol que tinha que voltar para falar em coreano já que ele realmente era limitado naquela língua. Não foi uma caminhada longa de fato, mas foi um percurso no qual conseguiram se conhecer minimamente melhor e ainda contar essas coisas triviais da viagem dela.
— É aqui! — anunciou pegando as chaves do bolso da calça para abrir o portão lateral de um lugar que parecia um bar abandonado.
não disse nada, não que estivesse com medo, porque ela se permitia sair com desconhecidos assim, por ser uma expert em lutas corporais e autodefesa, então qualquer gracinha daquela homem ele amanheceria com no mínimo um braço quebrado, e no máximo o pescoço. Do lado de fora, o lugar parecia pitoresco, mas pouco convidativo, porém, quando entraram, ela pode reparar que ali realmente tinha sido um bar no passado, mas que agora era um lar.
— Não repara na bagunça! — Ele disse, embora o local estivesse perfeitamente organizado e arrumado.
— Uau, isso aqui é lindo. — disse olhando tudo ao redor, as cortinas coloridas espalhadas pelo local, bem como a decoração cheia de energia e a boa vibração que ela sentiu naquele espaço foi ímpar, tinha um excelente Feng shui, ela não sabia organizar em palavras como tinha gostado do lugar.
— Encontrei esse lugar tem uns anos. — Ele colocou suas coisas de sua apresentação em um canto perto da porta e depois que eles tiraram os sapatos, foram até a sala que ficava há poucos metros do pequeno hall de entrada. — Eu tocava aqui no CØDE, era um bar muito confortável, acolhedor, bons patrões, boa clientela, mas o novo dono se mudou para Itaewon, quando herdou o bar de seu pai e com sempre fui próximo da familia e tinha muito apego por esse lugar, eles me venderam, o precinho foi camarada, porque artistas independentes não tem dinheiro para esse tipo de coisa, mas eu já vinha economizando, e como eu cantei por alguns lugares do mundo, ganhei dinheiro em outras moedas e você não está interessada na minha aquisição, não é mesmo? — Riu quando viu que ela tinha se sentado no sofá e pego uma garrafinha das bebidas que eles tinham comprado.
— Não é isso, é que esto se pondrá caliente — Disse sinalizando com a garrafa em suas mãos para ele saber que, ok, talvez ela não quisesse mesmo saber como ele comprou aquele espaço, mas ele não precisava saber, e ela tinha a desculpa perfeita.
realmente só entendeu o que ela disse porque ela ilustrou com as ações, então ele levou o resto das bebidas fora a que separou para ele, para a geladeira, para que realmente não esquentasse, e deixou os salgadinhos no centro de mesa.
— Antes de começarmos a beber, preciso te dizer duas coisas! — Ela disse animada quando ele retornou para a sala, a casa era toda em conceito aberto, e de onde ela estava conseguia ver todos os cômodos do lugar. — A energia desse lugar é poderosa demais, sério uma das melhores que eu já senti nessa vida de andarilha. — Sorriu e pegou as mãos dele alisando as palmas das mãos. — Eu não faço minha quiromancia depois de ingerir álcool, então vamos ter que fazer isso agora, você é destro ou canhoto? — Continuava alisando as mãos dele só que de forma mais lenta, enquanto olhava profundamente nos olhos dele.
perdeu o ar por alguns minutos, estava tão imerso naquela mulher, naquela misticidade dela, em como ela era de certa forma indecifrável, ele estava ficando agitado com aquilo, queria conhecer mais profundamente aquela mulher, saber mais sobre suas crenças e sobre como ela sentia e vivia as coisas. Quase se esqueceu de responder a pergunta feita há minutos atrás.
— Ah, sou destro! — O sorriso tomou os lábios dele, que estava ansioso pelo que vinha por aí.
— Dame tu mano izquierda — disse esperado que ele deixasse somente a mão que ela pediu nas mãos dela. não era burro, mas estava realmente disperso com a beleza, com ela tão perto daqurela forma, o tocanto tão informalmente. — A mão esquerda, lindo. — Ela soltou a mão direita dele e analisou e alisou por alguns minutos aquela mão enorme.
— Estou nervoso! — Ele disse depois de um tempo dela analisando e passando os dedos pelas “linhas” da palma dele.
— Não precisa bebê! — Sorriu. — Está vendo essa linha bem aqui? — Passou o dedo sobre uma das linhas da mão dele, que ele não sabia do que se tratava. Só assentiu com a cabeça e ficou prestando a atenção. — Ela é a linha da vida. Que representa sua saúde e os eventos relativos a sua vida, olha como ela é grande. — Passou o dedo nela, que começava entre o dedão e o indicador e descia até quase o meio da palma da mão, até o pulso. — O que quer dizer que você viverá por muitos anos.
— Isso é tão legal! — Ele estava concentrado em todos os movimentos e fala dela.
— Mas não quer dizer que você não tem que se cuidar, ouviu? — Riu e tirou uma risada dele. — Essa outra aqui, olha… — Passou o dedo sobre a linha que começava um pouco acima da anterior e ia até quase o mundinho. — É a da cabeça, essa é longa também, o que significa que sua memória é excelente, e veja como ela é mais grossa que a outra...
— O que isso significa? — Interrompeu o raciocínio dela, pois não sabia se queria saber se fosse coisa ruim.
— Quer dizer que tem uma ótima criatividade também, não é atoa que é um artista não é mesmo? — Assim que ela finalizou, o semblante dele relaxou — Olha que coisa interessante. — Disse olhando para ele e passando os dedos na linha que começava em baixo do dedo médio e descia em uma leve curvatura para o dedo mindinho, indo até o final da mão também próximo ao pulso. — Apenas 60% das pessoas no mundo tem essa linha e a sua é incrivelmente linda. — Os olhos dela brilhavam à medida que falava.
— Então isso é bom? — Ele perguntou, meio que já sabendo a resposta.
— Maravilhoso, é a linha do destino, mostra o lado profissional, e seu padrão de vida, com uma linha tão linda dessas, eu me permito te garantir que terá sucesso e continuará mantendo o seu padrão de vida elevado. — E ela continuou com a análise sobre as linhas e os pontos importantes da mão, ela realmente adorava fazer aquilo, era legal como as pessoas ficavam impressionadas, assim como ele estava a cada nova linha, monte ou simetria que ela lia de sua mão. — E, por último, mas não menos importante, essa é a linha do coração. — Seu olhar agora era de desejo e ansiedade pelo que estava planejando que viria, enquanto passava o dedo na linha que começava próxima ao mindinho e ia até mais ou menos o indicador.
— Uh, essa é boa, diz o que, que eu encontrei o amor da minha vida e que ela está lendo a minha mão nesse momento? — Ele sorriu entrando no joguinho dela.
— Mais ou menos. — Ela riu. — Tá vendo, que ela segue um caminho grande e é mais fina, mas está “partida”? — Olhou para ele que assentiu somente para que ela continuasse. — Ela simboliza as suas relações sociais, bem como relacionamentos românticos ou qualquer outro tipo de relação que você tem com outro ser humano. Ela é grande, e fina, o que significa que é equilibrado e amável, romântico, delicado e dedicado ao relacionamento, mas essa quebra na linha, significa que suas relações amorosas são sempre conturbadas. — Estalou a língua no céu da boca olhando o rosto dele praticamente acender quando ela falou aquilo.
— Uau, você é boa mesmo! — O sorriso nos lábios dele estava grande, ele sempre se esforçava nos relacionamentos realmente e nunca davam certo, poderia ser por ele se apaixonar hiper rápido ou estar em uma página diferente da pessoa, ele não sabia, mas aquelas palavras faziam todo sentido agora em sua mente.
— Aqui eu vejo também… — continuou com o dedo na linha da mão dele, apertando de leve o local, o que fez seu coração bater mais forte e o sangue bombear por todo seu corpo, talvez não tivesse nada a ver, mas ele sentiu e era o que interessava para ele em toda aquela experiência. — Que é um ótimo amante, entre quatro paredes, acertei também? — O olhar sedutor dela, fez com que aquela bombeada do sangue se concentrasse em outra parte do corpo, que já estava em alerta desde que ela havia feito aquele convite a ele algumas horas atrás.
— Acho que isso você vai ter que descobrir sozinha!
Ele levou a mão desocupada para o rosto dela e o puxou de leve para começar um beijo quente e cheio de malícia e segundas intenções. Ela soltou a mão dele e agarrou sua cintura, colando mais os corpos, mostrando que estava tão ansiosa em descobrir, quanto ele de saber. Tão rápido quanto o beijo iniciou ela levou os corpos para a parede mais próxima, e quando ele bateu com as costas no local, abriu um sorriso entre o beijo, não separando nunca dos lábios, mas tirando a mão do rosto dela e descanso até sua cintura, por sua vez colocou as mãos nos ombros dele e ele a suspendeu no ar, para que ela passasse as pernas em volta do tronco dele. Separaram os lábios só para que ele puxasse a parte de cima da roupa dela para fora do corpo, e então ela voltou com os lábios nos dele, o fazendo quase perder o fôlego com o tamanho da paixão que estava pairando entre eles. Os corpos entraram na mesma sintonia e eles sabiam que precisavam um do outro o mais rápido possível.
Ainda com a carregando no "colo" foi andando até o quarto, a deitando na cama para se livrar daquela camisa que parecia só aquecer mais seu corpo, enquanto ele se despia, também tratou de retirar o resto de sua roupa, e ali estavam eles, nus, ela deitada na cama e ele em pé, olhando aquele corpo maravilhoso que ela tinha, era maravilhosa de roupa e ainda mais sem ela.
— Você é muito… — Ele tentou não ser muito machista ou qualquer coisa do tipo com seu comentário, mas não conseguia pensar em outra palavra.
— Gostosa? Eu sei! — Ela sorriu alcançando o copo dele com as pernas. — Você também não é nada mal, mas a gente tem uma teoria para comprovar, não é mesmo? Que tal menos papo e mais ação? — Uma corrente elétrica percorreu o corpo dele todo quando ela terminou de falar e puxou mais seu corpo para o dela, ele não sabia que gostava tanto quando outras pessoas assumiram o controle daquela forma, na verdade, não se lembrava de ter saído com alguém tão confiante, dona de si e decidida quanto aquela mulher.
— Você quem manda, linda!
Ele se curvou para deitar o corpo sobre o dela e começar a beijar seu pescoço, enquanto uma das mãos livre deslizava para o meio de seus corpos alcançando a intimidade dela e estimulando, a fazendo gemer e se contorcendo levemente embaixo de si.
Ali entendeu porque ele fazia tanto sucesso naquela praça, ela tinha notado a pequena multidão que se formou ao redor enquanto ele tocava e tocar violão, realmente fazia maravilha com os homens, chegava a ser insano a forma com que ele a estimulava e trabalhava bem com os dedos.
Pouco tempo depois, ela passou novamente as pernas em volta do corpo dele e se encaixou nela e começou o vai e vem, apoiando seu corpo nos braços, que seguravam firme no colchão, enquanto investia e ela por sua vez, levantava levemente os quadris e arranhava as costas e os braços dele. começou com estocadas lentas e fundas, fazendo com que gemesse alto e manhoso, como se importasse por mais ação, mesmo que, naquele ritmo o prazer já dominasse todos os seus sentidos, e ele também estava inebriado por aquele momento, o toque na pele, a forma com que o som saia da garganta dela, como ela o recepcionou bem e como eles se encaixavam perfeitamente
Aquela posição estava confortável para os dois e a medida em que ele aumentava a velocidade, mais ela gemia em seu ouvido e com mais tesão eles ficavam, os corpos na mesma sinergia as respirações no mesmo nível e o orgasmo os atingiu tão rápido e avassalador que eles nem perceberam, foi como se as órbitas dos planetas tivessem se realinhado e algo além do carnal tivesse acontecido ou explodido.
Os corpos suados se enroscaram na cama, e enquanto as respirações ficavam reguladas eles caíram no sono juntos, estavam exaustos, porém felizes e satisfeitos com o que tinha acabado de rolar ali.
Pela manhã, acordou e sentiu falta do corpo da mulher com ele, porém, achou que ela estava no banheiro, já que da cama tinha visão da sala e da cozinha e ela não estava por lá, mas assim que se levantou percebeu que ela tinha ido embora, e ele não tinha nada dela, não sabia seu nome completo, não sabia onde seu acampamento estava, se ainda estava pela cidade, não tinha pego seu telefone e nem nenhuma rede social, a única coisa que tinha era a lembrança da noite passada e o cheiro, que ela deixou impregnado em seus lençóis.
FIM
Nota da autora: Estamos incrivelmente felizes com essa fanfic, quando a Junx me chamou para escrever com ela, eu Jinie pirei, na verdade eu já tinha ajudado ela com o plot, aí depois foi só alegria, e nós esperamos do fundo do nosso coração que vocês gostem assim como gostamos de escrever. Como essa é a primeira fanfic da nossa querida Junx ela ainda não tem uma página de autora, mas vocês acham as minhas outras histórias (Jinie) na minha página de autora que vai estar aqui em baixo e também no meu Instagram. E se prepare para mais coisas da Junx por aqui. Até a próxima, beijinhos!
Jinie G:
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