Capítulo Único
", ONDE VOCÊ ESTÁ?"
Foi a última coisa que a mulher viu, a mensagem de texto de seu namorado, antes do carro que pilotava ser atingido por outro que a perseguia desde a saída principal da rodovia. Estava em serviço, sabia daquilo e mesmo assim, insistia em mandar mensagens e ficar ligando vez ou outra. Quando abriu os olhos mais uma vez viu que estava deitada em um quarto de hospital e pelo jeito, era obra dos , donos do maior rede hospitalar de toda a Coréia, cujo o namorado era o herdeiro direto. Claro que a encontraria e a levaria para lá, mesmo que ela pedisse para que ele não se envolvesse em seu trabalho, já tinha sido difícil demais ela contar a verdade sobre o que fazia, se ele se envolvesse, seria mil vezes pior.
— Por Deus, ! — Foi a primeira coisa que ela disse, quando o viu entrar com um buquê enorme de flores amarelas no quarto.
— , você me deixou preocupado. — Ignorou totalmente a fala da mulher colocando as flores em cima do móvel e indo rapidamente até ela.
— Você não me ouve mesmo, não é? — Ela disse irritada.
— Você podia ter morrido, o que custava me responder? que disse que estavam te perseguindo e se te matassem? — O tom desesperado dele fez com que a mulher revirasse os olhos.
— É meu trabalho, , e quanto menos pessoas souberem que a gente tá junto é melhor, é mais seguro. — Disse sem paciência para o mais velho.
— Você por acaso é o super homem? Seus inimigos vão me caçar e me matar? — Ele ficou levemente alterado, estava cansado daquele tipo de comportamento da mulher, como se Lex Luthor fosse atrás dele ou se ele fosse feito de açúcar.
— Sim, eles vão , vão te usar para me atacar, essas pessoas são cruéis e impiedosas e vão usar as pessoas ao meu redor para me atacar. — O barulho do aparelho de pressão começou a apitar e eles estavam se exaltando com aquela conversa.
— Mas seus amigos, tudo bem? Mandar sua localização para , que nem seu parceiro ou companheiro de trabalho é, tá tranquilo, ou colocar o contato de como contato de emergência para ele ir até você se algo acontecer, também? Me poupe ô grande . Às vezes eu nem sei mais se estamos namorando ou o que? — Se afastou e virou em direção a grande janela daquele quarto vip. — Nunca podemos nos ver em público ou soltar uma nota oficial do nosso relacionamento porque seus inimigos virão atrás de mim. Não posso ir a sua casa, ou sairmos com seus pais, porque seus inimigos virão atrás de nós, é um saco. — Disse também irritado, sempre ficava irritado com aquele papo, ele não podia estar com ela, e aparentemente, não podia cuidar dela também, parecia que só serviam para fazer sexo uma vez ou outra e aquilo não era o que ele queria, nunca quis, sempre deixou claro para ela, que prometeu tentar, mas aparentemente, só ele estava se esforçando para que aquele relacionamento desse certo.
— Do que você está falando? — Ela perguntou, sempre conversavam sobre como ele se sentia, mas ele nunca tinha falado daquela forma.
— Você é sempre assim, você é você e eu sou eu, essa é a sua fórmula — Se virou para ela e riu sarcástico. — Por que você evita demonstrar seus sentimentos como quem evitar uma obrigação? Porque aceitou namorar comigo ? — Ele estava se sentindo um idiota, sempre se sentia assim.
— Se você se sente assim, porque ainda estamos juntos? — Foi a única coisa que ela conseguiu dizer depois que ficaram um tempo em silêncio.
— Você não está comigo, mas me preenche, isso está me deixando louco. — Também não sabia porque ainda insistia naquele relacionamento. — Por que está fazendo isso? Por que está me fazendo de bobo? — Queria entender o motivo dela ser como era, e talvez conseguisse saber porque ele se sentia como se sentia.
— Eu te falei desde o início como eu era, sobre meu trabalho e sobre a minha vida e você me aceitou, quer dizer, agora eu tenho certeza de que não, então é melhor a gente se separar logo.
— Você também disse que ia tentar, mas aparentemente nunca esteve disposta! Espero que se recupere bem e não se preocupe em pagar quando for embora!
Ele saiu pela porta e aquela foi a última vez que viu em muito tempo. Depois que saiu do hospital ela voltou ao trabalho e sabia que ele estava focado também, sabia que quando ficava chateado descontava no trabalho e que aquilo não fazia bem, mas ela era igual, então, não podia nem julgar. Mas sentia saudades dele, por mais que fosse difícil admitir, e ela sabia que ele estava certo, mas ela também tinha seus motivos e o fato dele ser seu primeiro namorado da vida e ela trabalhar com o que trabalhava, ajudou para que o relacionamento não desse certo.
Logo depois do banho demorado e mais alguns sentimentos de culpa e lembranças indesejáveis, estava pronta para começar uma conversa séria com . Isso já era uma rotina diária, desde a separação, eles eram melhores amigos e foi no ombro dele que ela chorou quando saiu do hospital, e era para ele que ligava e com ele que saia sempre que tinha uma folga e não queria pensar muito em . As lembranças daquela briga sempre a deixavam de péssimo humor, sem contar o aperto no coração ao lembrar. O olhar vago, decepcionado dele e ela se sentindo uma completa idiota por não ter sido capaz de falar em voz alta tudo o que sentia por ele, ou tudo o que ele significava para ela, mas nem ela tinha noção ainda, o orgulho cega as pessoas e ela era bastante cega naquele sentido.
Estava pronta para escutar novamente tudo aquilo que ele iria falar. Nada havia sido diferente durante os últimos meses. já estava quase morando na casa de , de tanto que ia para aquele apartamento, conversar com ela, nos dias de folga dele, nos dela, ou até mesmo quando ela não estava, o apartamento dela ficava muito perto de onde ele trabalhava. .
— Comece. — Falou, cruzando os braços e olhando diretamente para ele. já estava muito confortável com o gato do vizinho que eles praticamente adotaram no colo, todo esparramado de moletom no sofá.
— , você devia ir falar com ele, sabe. — aconselhou novamente. Dessa vez ele foi direito, não ficou enrolando como das outras vezes.— Eu sei o que você vai falar, vai dizer que ele não quer mais te ver, ou que procure ele, mas você não foi atrás dele esse tempo todo. — Não deu espaço para que ela falasse, todos naquela conversa sabiam exatamente as desculpas que ela vinha dando para não dar o braço a torcer. — Posso ser sincero novamente com você?
— Tenho escolha? — O humor dela não estava bom e ela sabia que faria com que ela soubesse que ele estava certo e ela se sentiria mil vezes pior.
— , você ama aquele homem, de verdade, de todos esses anos que eu te conheço, essa é a primeira vez que um termino te afeta desse jeito, e não é porque ele é o primeiro que você assume, você já saiu com caras de quem gostava, mas nunca ficou desse jeito que ficou por cauda dele. — disse, eliminando a chance que ela tinha para argumentar. Ele era bom nisso. — O que você está esperando? Sério! — Ele abriu os braços, revoltado. — Ele sempre esperou que você tomasse uma atitude e assumisse o que sente por ele. E agora? Ele tomou a coragem por vocês dois e terminou tudo. O que você fez? Exatamente, continuou não fazendo nada! — pareceu inovar os argumentos naquela noite. — De que vai adiantar você ficar trancada nesse apartamento na fossa, ou trabalhando igual uma doida, dessa maneira? Parece uma flor delicada e chorosa. E você mais que ninguém sabe que não é flor que se cheire.
— ... — Revirou os olhos, cansada demais para protestar. Ele nunca iria entender os motivos pelos quais ela estava optando por não ir atrás dele, ou pelo qual eles terminaram, e ela não aparecia muito com ele pelos lugares. Aquele era o trabalho que ela escolheu, e que ela sabia fazer, e era perigoso demais para ele, não que ser investigadora de polícia fosse algo tão perigoso daquela maneira, mas ela investigava os piores bandidos, a própria polícia e até autoridades maiores como políticos e os maiores figurões da Coréia, e virava e mexia ela era perseguida, machucada, e ameaçada, tinha visto com os próprios olhos parceiros de trabalho tendo suas famílias machucadas e até mortas, e ela não se calaria, nunca conseguiu ficar calada, mesmo que aquilo custasse sua felicidade. — Eu não posso, você sabe…
— Você prefere vê-lo se afastando dessa maneira? — Ele disse firme — , quanto tempo mais você vai ficar vivendo dessa maneira? Nunca vai tentar ser feliz por medo? Logo você, que denunciou a corrupção do próprio pai?
— Ele não era meu pai! — Ela disse se agarrando em um fio inexistente de teimosia.
— Ele te criou desde que você nasceu, é seu pai sim, e para de ser teimosa, esse não é o ponto. — Estava ficando cansado de ver a amiga triste e teimosa.— Acorde de uma vez por todas e pare de lutar contra algo que existe entre vocês dois. Pouco importa o que vai acontecer, ele sabia do que você trabalhava quando começaram a namorar e ele não se importava, ele só quer que você demonstre, que mostre que o ama, como ele demonstra que te ama e eu já to ficando até repetitivo.
— , eu não posso colocar a vida dele em risco, ele está tão bem, vivo e sem nenhum ematoma…
— Engraçado que você fica arrumando desculpa para tudo, não? não tem mais dois anos, ele sabe muito bem os riscos que corre ao seu lado, todos que te amamos e estamos na sua vida sabemos, ou você acha que as pessoas que te odeiam não viriam atrás de mim, ou do , ou de quem quer que seja? — Não estava mentindo e ela sabia que as coisas eram daquela maneira, mas não queria admitir, ela continuou em silêncio.— Então não lamente o dia que você ficar sozinha. não vai ficar esperando a vida inteira por uma pessoa que não sabe lutar pelo próprio sentimento. — falou de uma maneira que colocou um ponto final naquela conversa e a deixou totalmente sem rumo.
O medo de ficar sem a presença de , seu sorriso, a voz e o brilho em seus olhos sempre que estava feliz por algo era maior que o medo de algo acontecer a ele, afinal, ele era uma figura pública, que tinham olhos em cima, as chances de machucarem ele era menor, que a dor que ela sabia que causou não aproveitando aquele relacionamento como deveria. Mais de um mês distantes já estavam a deixando abalada de tantas maneiras que ela nem sabia explicar, a distância não ajudou a esquecer dele um só segundo e tudo o que precisava era somente saber como ele estava e se ainda existia alguma chance para os dois.
— Você acha que eu deveria…? — Ela disse depois de muito tempo pensando sobre as palavras do amigo.
— Quero saber porque ainda não o fez! — foi honesto e queria que a amiga acabasse logo com aquilo, por mais que não fosse próximo de , conhecia o homem o suficiente - e que trabalhava no hospital da família tinha falado para ele - que estava tão abalado quanto ela.
— Será que ainda tenho tempo? — Perguntou, desestabilizada, e não ficava daquele jeito muitas vezes…
— Eu sei onde ele está. — falou olhando para o celular e depois girou o aparelho para a direção dela. Olhou para a foto de sentado no restaurante na esquina do hospital e aquele lugar para variar estava lotado. Era o único restaurante decente naquela região. — me mandou há cinco minutos. Acho bom você vestir a sua capa de chuva, porque com esses relâmpagos é provável que vá chover. — Ele alertou ao ver um clarão pela cortina da sala. — É a sua chance de encontrá-lo. vai se mudar para os Estados Unidos e não sabe o tempo que vai ficar por lá, alguma coisa com estudos — Ao ouvir aquilo seu coração bateu tão rápido que sua cabeça começou a girar. — Talvez um tempo longe de você...
— Se mudar? — Perguntou rápido, sentindo suas pernas ficarem trêmulas com aquele anúncio, não podia ir embora assim, tão de repente. Não podia ser verdade e ela não conseguia acreditar na possibilidade de ficar longe dele. — Não pode ser. — Ficou estática e totalmente em choque. — Não posso deixar isso acontecer.
Em segundos estava com a chave do carro em mãos, indo em direção ao motivo de seu coração bater descompassado. não podia ir embora sem ao menos escutar o que ela tinha para falar, sem ao menos escutar que o amava e que não existia outro dono de seu coração e dos seus pensamentos.
xxxx
A velocidade que era permitida foi ficando para trás quando ela sentiu o carro atingir 90 km por hora na avenida principal. Não se importava com radares, multas e nem com o que acontecesse com a sua permissão para dirigir, só queria chegar logo ao Joong's, antes que fosse embora. Daquele lado da cidade o tempo estava mais severo e não demorou muito para que uma chuva forte começasse a cair, atrapalhando a visão da avenida principal. O tempo não seria seu inimigo e aquela chuva não seria a razão para que a coragem desaparecesse. Estava determinada a impedi-lo de ir embora, pelo menos sem antes saber o que ela sentia de verdade, e não iria perder a chance, não daquela vez.
— Droga! — Sua respiração ficou mais pesada e ela sentiu que talvez fosse tarde demais para falar algo para . Ele não iria ouvir e nem daria uma chance para que ela começasse a pedir desculpas, sabia que quando ele amava, ele amava, mas quando ficava magoado, magoado de verdade, era dificil. — Por favor, me espere! — Implorou, observando do farol vermelho que o restaurante estava a alguns quarteirões de distância. — Só me deixe confessar o quanto eu te amo e que essa distância não foi capaz de quebrar nenhum sentimento, pelo contrário. Tudo o que eu sinto por você ficou mais intenso. E eu te amo, amo cada parte que existe em você. — Somente em pensamentos tentava se confortar de que daria certo e que ele estaria ainda esperando por ela, como sempre fazia, só que dessa vez, ela iria atrás dele. não sabia que ela estava indo, mas a possibilidade de uma última esperança era o que ela estava pedindo para os céus. Olhou para o relógio no painel do carro conferindo o horário e mais alguns minutos de trânsito e ela estava finalmente estacionando em frente ao Joong's com a forte chuva caindo daquela maneira. Colocou a touca da blusa na cabeça e antes que pudesse correr para dentro do restaurante esbarrou com na porta e ficou sem ar. Ele estava lindo usando aquele jaleco branco. Ele ficou surpreso ao ver ela. Os olhos dele ficaram presos aos dela e precisou rapidamente achar o assunto para explicar o que ela estava fazendo. Não era exatamente esse o plano, mas com aquele olhar se sentiu perdida e acuada.
— O que você faz aqui? — Ele, surpreso, buscou um verdadeiro motivo que tivesse a levado para aquele restaurante naquela hora.
— Preciso falar com você, . — Respondeu imediatamente, esperançosa de que ele deixasse ao menos ela tentar conversar.
— Preciso ir pra o hospital, . Tenho que terminar de arrumar minhas coisas. Viajo cedo amanhã. — O tom magoado na voz dele só a fez perceber o quanto precisava continuar com aquela coragem e dizer seu sentimento antes que fosse tarde demais.
— Não vai demorar, . Eu prometo que só preciso de cinco minutos.
— Seja lá o que for, eu não posso e não quero ouvir. Estou cansado dessas suas conversas super importantes que não dão em lugar nenhum. — Ele abriu seu guarda-chuva transparente, colocou sobre a cabeça e começou a caminhar em direção ao grande prédio espelhado, que não ficava longe dali.
Ela sabia que suas tentativas em sua grande maioria foram falhas - não foram muitas também - e que na hora ela sempre mudava de assunto, mas daquela vez seria diferente. Em uma outra ocasião ela viraria as costas, enfiaria seu orgulho na bolsa - que não usava - e voltaria para seu apartamento. Naquele dia seria diferente. Precisava dizer e ele escutar, era sua última chance. Saiu debaixo do parapeito que a protegia da chuva e foi correndo, com a tempestade molhando suas roupas, até chegar próximo a ele. Segurou seu braço e ele se virou com o olhar surpreso.
— , eu te amo.
Assim que as palavras saíram de sua garganta o coração de começou a pulsar forte e se não fosse pelo barulho da chuva todos a um quarteirão de distância poderiam ouvi-lo.
— Eu te amo desde o primeiro momento em que vi seu sorriso, no nosso primeiro encontro, quando vim parar baleada na ala de emergência e você cuidou de mim. — O olhar dele ainda parecia apreensivo e ela estava ansiosa depois do longo período de silêncio, só ouvindo o barulho das gotas batendo no plástico do guarda-chuva dele.
— O que é tudo isso agora, ? — Ele virou o corpo todo e ficou parado de frente para ela. — Você está bêbada? Por que tá jogando isso tudo em cima de mim assim? — Os olhos dele se encheram de água e uma melancolia tomou conta do rosto de .
— , por favor. Não fica assim, não era a minha intenção. — Aproximou-se dele ainda mais e segurando em seu braço tornou a distância mínima entre eles. Deslizou a mão do braço dele alcançando a sua e a segurou firme, olhando dentro de seus olhos. — Me perdoa por ser uma medrosa e achar que o melhor para esse sentimento era a distância. Por achar que não seria capaz de te proteger, de cuidar de você, como você sempre fazia comigo. Acontece que um amigo me fez enxergar que eu não posso proteger o mundo todo e que juntos, talvez possamos ser o melhor um para o outro, eu sou melhor com você, eu sei que você é melhor mesmo sem mim, mas eu não consigo nem imaginar você indo embora para tão longe. — Com a mão livre passou o dedo indicador sobre a curva do rosto do homem chegando em seus lábios. Desceu a mão para a lateral da bochecha de .
— , não. — Ele fechou os olhos, apertando forte a sua mão.
— Sim, sim. Eu demorei muito tempo e me arrependo por isso, mas você me ama e eu te amo, então a resposta é sim. — Chegou com seu corpo colando ao dele, acariciou sua bochecha e o viu abrir os olhos lentamente. — Vamos nos permitir, . Só uma vez e se… E se a gente achar que a resposta era realmente não, pelo menos a gente tentou. Eu te dou minha palavra, que vou demonstrar mais e que vou te fazer sentir especial, como você me faz sentir sempre. — Soltou um longo suspiro, só conseguindo se concentrar no quanto queria beijar aquela boca.
Os olhos de estavam arregalados e a expressão de surpresa ao receber aquelas palavras era palpável. De todos os momentos que tiveram juntos, aquele era o preferido dela. Subiu a mão que segurava a dele colocando uma mexa de seu cabelo, que caia no rosto, para trás da orelha. Segurou o rosto dele firme com as duas mãos e sem muitos rodeios levou seus lábios aos dele. Não negou o movimento e deixando o guarda-chuva cair no chão a puxou pela blusa de moletom que estava encharcada e colada no corpo dela. Assim que os corpos colidiram, aumentou o ritmo do beijo. O calor que o corpo dele transmitia para o dela era algo indescritível e a forma como a língua dele explorava sua boca deixou o momento ainda mais especial. Não se importaram com a chuva torrencial que caía sobre eles e nem com o possível resfriado que pegariam. Estavam concentrados apenas no momento e na forma desregular e semelhante que seus corações batiam.Não que não estivesse mais com medo, nas assumiram o risco juntos e viveriam felizes da melhor maneira possível.
Foi a última coisa que a mulher viu, a mensagem de texto de seu namorado, antes do carro que pilotava ser atingido por outro que a perseguia desde a saída principal da rodovia. Estava em serviço, sabia daquilo e mesmo assim, insistia em mandar mensagens e ficar ligando vez ou outra. Quando abriu os olhos mais uma vez viu que estava deitada em um quarto de hospital e pelo jeito, era obra dos , donos do maior rede hospitalar de toda a Coréia, cujo o namorado era o herdeiro direto. Claro que a encontraria e a levaria para lá, mesmo que ela pedisse para que ele não se envolvesse em seu trabalho, já tinha sido difícil demais ela contar a verdade sobre o que fazia, se ele se envolvesse, seria mil vezes pior.
— Por Deus, ! — Foi a primeira coisa que ela disse, quando o viu entrar com um buquê enorme de flores amarelas no quarto.
— , você me deixou preocupado. — Ignorou totalmente a fala da mulher colocando as flores em cima do móvel e indo rapidamente até ela.
— Você não me ouve mesmo, não é? — Ela disse irritada.
— Você podia ter morrido, o que custava me responder? que disse que estavam te perseguindo e se te matassem? — O tom desesperado dele fez com que a mulher revirasse os olhos.
— É meu trabalho, , e quanto menos pessoas souberem que a gente tá junto é melhor, é mais seguro. — Disse sem paciência para o mais velho.
— Você por acaso é o super homem? Seus inimigos vão me caçar e me matar? — Ele ficou levemente alterado, estava cansado daquele tipo de comportamento da mulher, como se Lex Luthor fosse atrás dele ou se ele fosse feito de açúcar.
— Sim, eles vão , vão te usar para me atacar, essas pessoas são cruéis e impiedosas e vão usar as pessoas ao meu redor para me atacar. — O barulho do aparelho de pressão começou a apitar e eles estavam se exaltando com aquela conversa.
— Mas seus amigos, tudo bem? Mandar sua localização para , que nem seu parceiro ou companheiro de trabalho é, tá tranquilo, ou colocar o contato de como contato de emergência para ele ir até você se algo acontecer, também? Me poupe ô grande . Às vezes eu nem sei mais se estamos namorando ou o que? — Se afastou e virou em direção a grande janela daquele quarto vip. — Nunca podemos nos ver em público ou soltar uma nota oficial do nosso relacionamento porque seus inimigos virão atrás de mim. Não posso ir a sua casa, ou sairmos com seus pais, porque seus inimigos virão atrás de nós, é um saco. — Disse também irritado, sempre ficava irritado com aquele papo, ele não podia estar com ela, e aparentemente, não podia cuidar dela também, parecia que só serviam para fazer sexo uma vez ou outra e aquilo não era o que ele queria, nunca quis, sempre deixou claro para ela, que prometeu tentar, mas aparentemente, só ele estava se esforçando para que aquele relacionamento desse certo.
— Do que você está falando? — Ela perguntou, sempre conversavam sobre como ele se sentia, mas ele nunca tinha falado daquela forma.
— Você é sempre assim, você é você e eu sou eu, essa é a sua fórmula — Se virou para ela e riu sarcástico. — Por que você evita demonstrar seus sentimentos como quem evitar uma obrigação? Porque aceitou namorar comigo ? — Ele estava se sentindo um idiota, sempre se sentia assim.
— Se você se sente assim, porque ainda estamos juntos? — Foi a única coisa que ela conseguiu dizer depois que ficaram um tempo em silêncio.
— Você não está comigo, mas me preenche, isso está me deixando louco. — Também não sabia porque ainda insistia naquele relacionamento. — Por que está fazendo isso? Por que está me fazendo de bobo? — Queria entender o motivo dela ser como era, e talvez conseguisse saber porque ele se sentia como se sentia.
— Eu te falei desde o início como eu era, sobre meu trabalho e sobre a minha vida e você me aceitou, quer dizer, agora eu tenho certeza de que não, então é melhor a gente se separar logo.
— Você também disse que ia tentar, mas aparentemente nunca esteve disposta! Espero que se recupere bem e não se preocupe em pagar quando for embora!
Ele saiu pela porta e aquela foi a última vez que viu em muito tempo. Depois que saiu do hospital ela voltou ao trabalho e sabia que ele estava focado também, sabia que quando ficava chateado descontava no trabalho e que aquilo não fazia bem, mas ela era igual, então, não podia nem julgar. Mas sentia saudades dele, por mais que fosse difícil admitir, e ela sabia que ele estava certo, mas ela também tinha seus motivos e o fato dele ser seu primeiro namorado da vida e ela trabalhar com o que trabalhava, ajudou para que o relacionamento não desse certo.
Logo depois do banho demorado e mais alguns sentimentos de culpa e lembranças indesejáveis, estava pronta para começar uma conversa séria com . Isso já era uma rotina diária, desde a separação, eles eram melhores amigos e foi no ombro dele que ela chorou quando saiu do hospital, e era para ele que ligava e com ele que saia sempre que tinha uma folga e não queria pensar muito em . As lembranças daquela briga sempre a deixavam de péssimo humor, sem contar o aperto no coração ao lembrar. O olhar vago, decepcionado dele e ela se sentindo uma completa idiota por não ter sido capaz de falar em voz alta tudo o que sentia por ele, ou tudo o que ele significava para ela, mas nem ela tinha noção ainda, o orgulho cega as pessoas e ela era bastante cega naquele sentido.
Estava pronta para escutar novamente tudo aquilo que ele iria falar. Nada havia sido diferente durante os últimos meses. já estava quase morando na casa de , de tanto que ia para aquele apartamento, conversar com ela, nos dias de folga dele, nos dela, ou até mesmo quando ela não estava, o apartamento dela ficava muito perto de onde ele trabalhava. .
— Comece. — Falou, cruzando os braços e olhando diretamente para ele. já estava muito confortável com o gato do vizinho que eles praticamente adotaram no colo, todo esparramado de moletom no sofá.
— , você devia ir falar com ele, sabe. — aconselhou novamente. Dessa vez ele foi direito, não ficou enrolando como das outras vezes.— Eu sei o que você vai falar, vai dizer que ele não quer mais te ver, ou que procure ele, mas você não foi atrás dele esse tempo todo. — Não deu espaço para que ela falasse, todos naquela conversa sabiam exatamente as desculpas que ela vinha dando para não dar o braço a torcer. — Posso ser sincero novamente com você?
— Tenho escolha? — O humor dela não estava bom e ela sabia que faria com que ela soubesse que ele estava certo e ela se sentiria mil vezes pior.
— , você ama aquele homem, de verdade, de todos esses anos que eu te conheço, essa é a primeira vez que um termino te afeta desse jeito, e não é porque ele é o primeiro que você assume, você já saiu com caras de quem gostava, mas nunca ficou desse jeito que ficou por cauda dele. — disse, eliminando a chance que ela tinha para argumentar. Ele era bom nisso. — O que você está esperando? Sério! — Ele abriu os braços, revoltado. — Ele sempre esperou que você tomasse uma atitude e assumisse o que sente por ele. E agora? Ele tomou a coragem por vocês dois e terminou tudo. O que você fez? Exatamente, continuou não fazendo nada! — pareceu inovar os argumentos naquela noite. — De que vai adiantar você ficar trancada nesse apartamento na fossa, ou trabalhando igual uma doida, dessa maneira? Parece uma flor delicada e chorosa. E você mais que ninguém sabe que não é flor que se cheire.
— ... — Revirou os olhos, cansada demais para protestar. Ele nunca iria entender os motivos pelos quais ela estava optando por não ir atrás dele, ou pelo qual eles terminaram, e ela não aparecia muito com ele pelos lugares. Aquele era o trabalho que ela escolheu, e que ela sabia fazer, e era perigoso demais para ele, não que ser investigadora de polícia fosse algo tão perigoso daquela maneira, mas ela investigava os piores bandidos, a própria polícia e até autoridades maiores como políticos e os maiores figurões da Coréia, e virava e mexia ela era perseguida, machucada, e ameaçada, tinha visto com os próprios olhos parceiros de trabalho tendo suas famílias machucadas e até mortas, e ela não se calaria, nunca conseguiu ficar calada, mesmo que aquilo custasse sua felicidade. — Eu não posso, você sabe…
— Você prefere vê-lo se afastando dessa maneira? — Ele disse firme — , quanto tempo mais você vai ficar vivendo dessa maneira? Nunca vai tentar ser feliz por medo? Logo você, que denunciou a corrupção do próprio pai?
— Ele não era meu pai! — Ela disse se agarrando em um fio inexistente de teimosia.
— Ele te criou desde que você nasceu, é seu pai sim, e para de ser teimosa, esse não é o ponto. — Estava ficando cansado de ver a amiga triste e teimosa.— Acorde de uma vez por todas e pare de lutar contra algo que existe entre vocês dois. Pouco importa o que vai acontecer, ele sabia do que você trabalhava quando começaram a namorar e ele não se importava, ele só quer que você demonstre, que mostre que o ama, como ele demonstra que te ama e eu já to ficando até repetitivo.
— , eu não posso colocar a vida dele em risco, ele está tão bem, vivo e sem nenhum ematoma…
— Engraçado que você fica arrumando desculpa para tudo, não? não tem mais dois anos, ele sabe muito bem os riscos que corre ao seu lado, todos que te amamos e estamos na sua vida sabemos, ou você acha que as pessoas que te odeiam não viriam atrás de mim, ou do , ou de quem quer que seja? — Não estava mentindo e ela sabia que as coisas eram daquela maneira, mas não queria admitir, ela continuou em silêncio.— Então não lamente o dia que você ficar sozinha. não vai ficar esperando a vida inteira por uma pessoa que não sabe lutar pelo próprio sentimento. — falou de uma maneira que colocou um ponto final naquela conversa e a deixou totalmente sem rumo.
O medo de ficar sem a presença de , seu sorriso, a voz e o brilho em seus olhos sempre que estava feliz por algo era maior que o medo de algo acontecer a ele, afinal, ele era uma figura pública, que tinham olhos em cima, as chances de machucarem ele era menor, que a dor que ela sabia que causou não aproveitando aquele relacionamento como deveria. Mais de um mês distantes já estavam a deixando abalada de tantas maneiras que ela nem sabia explicar, a distância não ajudou a esquecer dele um só segundo e tudo o que precisava era somente saber como ele estava e se ainda existia alguma chance para os dois.
— Você acha que eu deveria…? — Ela disse depois de muito tempo pensando sobre as palavras do amigo.
— Quero saber porque ainda não o fez! — foi honesto e queria que a amiga acabasse logo com aquilo, por mais que não fosse próximo de , conhecia o homem o suficiente - e que trabalhava no hospital da família tinha falado para ele - que estava tão abalado quanto ela.
— Será que ainda tenho tempo? — Perguntou, desestabilizada, e não ficava daquele jeito muitas vezes…
— Eu sei onde ele está. — falou olhando para o celular e depois girou o aparelho para a direção dela. Olhou para a foto de sentado no restaurante na esquina do hospital e aquele lugar para variar estava lotado. Era o único restaurante decente naquela região. — me mandou há cinco minutos. Acho bom você vestir a sua capa de chuva, porque com esses relâmpagos é provável que vá chover. — Ele alertou ao ver um clarão pela cortina da sala. — É a sua chance de encontrá-lo. vai se mudar para os Estados Unidos e não sabe o tempo que vai ficar por lá, alguma coisa com estudos — Ao ouvir aquilo seu coração bateu tão rápido que sua cabeça começou a girar. — Talvez um tempo longe de você...
— Se mudar? — Perguntou rápido, sentindo suas pernas ficarem trêmulas com aquele anúncio, não podia ir embora assim, tão de repente. Não podia ser verdade e ela não conseguia acreditar na possibilidade de ficar longe dele. — Não pode ser. — Ficou estática e totalmente em choque. — Não posso deixar isso acontecer.
Em segundos estava com a chave do carro em mãos, indo em direção ao motivo de seu coração bater descompassado. não podia ir embora sem ao menos escutar o que ela tinha para falar, sem ao menos escutar que o amava e que não existia outro dono de seu coração e dos seus pensamentos.
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A velocidade que era permitida foi ficando para trás quando ela sentiu o carro atingir 90 km por hora na avenida principal. Não se importava com radares, multas e nem com o que acontecesse com a sua permissão para dirigir, só queria chegar logo ao Joong's, antes que fosse embora. Daquele lado da cidade o tempo estava mais severo e não demorou muito para que uma chuva forte começasse a cair, atrapalhando a visão da avenida principal. O tempo não seria seu inimigo e aquela chuva não seria a razão para que a coragem desaparecesse. Estava determinada a impedi-lo de ir embora, pelo menos sem antes saber o que ela sentia de verdade, e não iria perder a chance, não daquela vez.
— Droga! — Sua respiração ficou mais pesada e ela sentiu que talvez fosse tarde demais para falar algo para . Ele não iria ouvir e nem daria uma chance para que ela começasse a pedir desculpas, sabia que quando ele amava, ele amava, mas quando ficava magoado, magoado de verdade, era dificil. — Por favor, me espere! — Implorou, observando do farol vermelho que o restaurante estava a alguns quarteirões de distância. — Só me deixe confessar o quanto eu te amo e que essa distância não foi capaz de quebrar nenhum sentimento, pelo contrário. Tudo o que eu sinto por você ficou mais intenso. E eu te amo, amo cada parte que existe em você. — Somente em pensamentos tentava se confortar de que daria certo e que ele estaria ainda esperando por ela, como sempre fazia, só que dessa vez, ela iria atrás dele. não sabia que ela estava indo, mas a possibilidade de uma última esperança era o que ela estava pedindo para os céus. Olhou para o relógio no painel do carro conferindo o horário e mais alguns minutos de trânsito e ela estava finalmente estacionando em frente ao Joong's com a forte chuva caindo daquela maneira. Colocou a touca da blusa na cabeça e antes que pudesse correr para dentro do restaurante esbarrou com na porta e ficou sem ar. Ele estava lindo usando aquele jaleco branco. Ele ficou surpreso ao ver ela. Os olhos dele ficaram presos aos dela e precisou rapidamente achar o assunto para explicar o que ela estava fazendo. Não era exatamente esse o plano, mas com aquele olhar se sentiu perdida e acuada.
— O que você faz aqui? — Ele, surpreso, buscou um verdadeiro motivo que tivesse a levado para aquele restaurante naquela hora.
— Preciso falar com você, . — Respondeu imediatamente, esperançosa de que ele deixasse ao menos ela tentar conversar.
— Preciso ir pra o hospital, . Tenho que terminar de arrumar minhas coisas. Viajo cedo amanhã. — O tom magoado na voz dele só a fez perceber o quanto precisava continuar com aquela coragem e dizer seu sentimento antes que fosse tarde demais.
— Não vai demorar, . Eu prometo que só preciso de cinco minutos.
— Seja lá o que for, eu não posso e não quero ouvir. Estou cansado dessas suas conversas super importantes que não dão em lugar nenhum. — Ele abriu seu guarda-chuva transparente, colocou sobre a cabeça e começou a caminhar em direção ao grande prédio espelhado, que não ficava longe dali.
Ela sabia que suas tentativas em sua grande maioria foram falhas - não foram muitas também - e que na hora ela sempre mudava de assunto, mas daquela vez seria diferente. Em uma outra ocasião ela viraria as costas, enfiaria seu orgulho na bolsa - que não usava - e voltaria para seu apartamento. Naquele dia seria diferente. Precisava dizer e ele escutar, era sua última chance. Saiu debaixo do parapeito que a protegia da chuva e foi correndo, com a tempestade molhando suas roupas, até chegar próximo a ele. Segurou seu braço e ele se virou com o olhar surpreso.
— , eu te amo.
Assim que as palavras saíram de sua garganta o coração de começou a pulsar forte e se não fosse pelo barulho da chuva todos a um quarteirão de distância poderiam ouvi-lo.
— Eu te amo desde o primeiro momento em que vi seu sorriso, no nosso primeiro encontro, quando vim parar baleada na ala de emergência e você cuidou de mim. — O olhar dele ainda parecia apreensivo e ela estava ansiosa depois do longo período de silêncio, só ouvindo o barulho das gotas batendo no plástico do guarda-chuva dele.
— O que é tudo isso agora, ? — Ele virou o corpo todo e ficou parado de frente para ela. — Você está bêbada? Por que tá jogando isso tudo em cima de mim assim? — Os olhos dele se encheram de água e uma melancolia tomou conta do rosto de .
— , por favor. Não fica assim, não era a minha intenção. — Aproximou-se dele ainda mais e segurando em seu braço tornou a distância mínima entre eles. Deslizou a mão do braço dele alcançando a sua e a segurou firme, olhando dentro de seus olhos. — Me perdoa por ser uma medrosa e achar que o melhor para esse sentimento era a distância. Por achar que não seria capaz de te proteger, de cuidar de você, como você sempre fazia comigo. Acontece que um amigo me fez enxergar que eu não posso proteger o mundo todo e que juntos, talvez possamos ser o melhor um para o outro, eu sou melhor com você, eu sei que você é melhor mesmo sem mim, mas eu não consigo nem imaginar você indo embora para tão longe. — Com a mão livre passou o dedo indicador sobre a curva do rosto do homem chegando em seus lábios. Desceu a mão para a lateral da bochecha de .
— , não. — Ele fechou os olhos, apertando forte a sua mão.
— Sim, sim. Eu demorei muito tempo e me arrependo por isso, mas você me ama e eu te amo, então a resposta é sim. — Chegou com seu corpo colando ao dele, acariciou sua bochecha e o viu abrir os olhos lentamente. — Vamos nos permitir, . Só uma vez e se… E se a gente achar que a resposta era realmente não, pelo menos a gente tentou. Eu te dou minha palavra, que vou demonstrar mais e que vou te fazer sentir especial, como você me faz sentir sempre. — Soltou um longo suspiro, só conseguindo se concentrar no quanto queria beijar aquela boca.
Os olhos de estavam arregalados e a expressão de surpresa ao receber aquelas palavras era palpável. De todos os momentos que tiveram juntos, aquele era o preferido dela. Subiu a mão que segurava a dele colocando uma mexa de seu cabelo, que caia no rosto, para trás da orelha. Segurou o rosto dele firme com as duas mãos e sem muitos rodeios levou seus lábios aos dele. Não negou o movimento e deixando o guarda-chuva cair no chão a puxou pela blusa de moletom que estava encharcada e colada no corpo dela. Assim que os corpos colidiram, aumentou o ritmo do beijo. O calor que o corpo dele transmitia para o dela era algo indescritível e a forma como a língua dele explorava sua boca deixou o momento ainda mais especial. Não se importaram com a chuva torrencial que caía sobre eles e nem com o possível resfriado que pegariam. Estavam concentrados apenas no momento e na forma desregular e semelhante que seus corações batiam.Não que não estivesse mais com medo, nas assumiram o risco juntos e viveriam felizes da melhor maneira possível.
Fim
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Foi difícil fazer Seokjin sofrer, mas eu precisava escrever uma fic com meu bebê e pelo menos tivemos um final feliz hahahaha, espero que tenham gostado. Até a próxima!
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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