Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Get me outta my blues
(Me tire da minha tristeza)
And now I’m feelin’ brand new
(E agora me sinto novo em folha)


Ele conseguia ouvir tudo. Conseguia ouvir o canto dos pássaros do outro lado, os passos rápidos que ressoavam por ali, o barulho do que parecia uma televisão ligada e alguns bipes insistentes ao seu lado. Ele conseguia ouvir tudo.
se perguntou naquele momento o que estava acontecendo e o porquê de todos aqueles sons estarem tão perto a ponto de ouvi-los daquela forma e ao menos saber de onde vinham. Não entendeu o porquê de sentir seu corpo praticamente imóvel e de seus olhos focarem apenas a escuridão e não nas coisas que estava ouvindo. Foi quase como se todo o desespero tomasse conta gradativamente, o forçando a abrir seus olhos, mesmo sabendo que talvez não fosse conseguir.
Tentou repassar por sua mente os últimos acontecimentos de que se lembrava, do que havia acontecido ou se tudo aquilo não passava apenas de algum pesadelo como qualquer outro, mas pôde lembrar em alguns flashes de estar pegando a estrada com sua melhor amiga, os dois conversando na maior parte do caminho e depois… Depois, não se lembrava de mais nada. Quase como se tivessem passado uma borracha, apagando suas lembranças.
O que havia acontecido, afinal? Se questionou mais uma vez.
Ele conseguiu soltar um suspiro pesado, o corpo sendo massacrado por qualquer movimento que ousava fazer e a cabeça havia começado a latejar assim que seus olhos foram se abrindo aos poucos. Não conseguiu focar seu olhar em nada de imediato, já que a claridade daquele quarto o cegava aos poucos. Avistou as paredes completamente brancas e notou o barulho da televisão ficando mais evidente na medida em que ele parecia estar voltando à consciência.
olhou para o branco das paredes por mais algum tempo, até abrir os olhos por completo e olhar com atenção para o local em que estava naquele momento. Não acreditou quando, de forma vagarosa, virou o rosto para o lado e observou o suporte com o soro interligado ao seu braço, nem mesmo quando olhou para si mesmo e o viu com a roupa hospitalar. Quando percebeu o que estava acontecendo, sentiu o corpo tremer em nervosismo.
Não… O que ele estava fazendo em um hospital?
Ele fechou os olhos mais uma vez, como se aquilo fizesse suas lembranças retornarem à mente de alguma forma, mas não conseguiu se lembrar de nada. Não conseguiu se lembrar o que havia acontecido, se havia sofrido algum acidente no caminho ou ao chegar ao seu destino… Não conseguia se lembrar de nada. E aquilo só o torturava aos poucos, inclusive com o fato de não se lembrar se estava bem.
Aquele pensamento fez abrir seus olhos, os arregalando por não saber da amiga, mas quando virou o rosto para o lado, ainda à sua procura, avistou os delicados braços de descansados sobre a maca ao seu lado e a cabeça da garota apoiada neles, cochilando de forma calma.
Pôde sentir seu corpo relaxar quase que instantaneamente e deixou um suspiro pesado escapar mais uma vez por seus lábios, encostando a cabeça no travesseiro que apoiava suas costas.
Sua cabeça parecia entrar em colapso a qualquer momento. Não conseguia pensar em nada que o fizesse ter certeza do que tinha acontecido, nem mesmo algo que clareasse sua mente.
Então, até que tudo fosse explicado, continuou ali, sentindo os dedos mornos de sua amiga se remexerem lentamente até que acordasse por completo.
De primeira, foi como se não tivesse percebido que ele havia acordado, mas quando a garota pousou seus olhos nos de e ele sorriu de canto, ela deixou a boca abrir em espanto e seus olhos se arregalaram.
— Meu Deus! Você acordou! — ela disse, quase jogando o corpo contra o dele em um abraço desengonçado. — Desculpe, eu… Caramba, , você me assustou.
sorriu, balançando a cabeça de forma vagarosa.
… — tentou dizer, mas sentiu a garganta arder e a voz falhar. — Quero um pouco d’água.
— Ah, sim. Claro, claro… Espere.
A garota se levantou rapidamente, olhando ao seu redor e, assim que avistou um copo de vidro, o encheu rapidamente com a água do filtro e retornou para a cama, ficando ao lado dele.
O rapaz deu uma golada demorada no líquido e soltou o ar, no instante em que fechava seus olhos mais uma vez.
— O que aconteceu? — perguntou, por fim.
continuou com seus olhos pousados sobre as íris escuras do garoto à sua frente e ponderou um pouco antes de responder, se limitou apenas a sorrir, tentando passar tranquilidade.
— Não foi nada demais. O carro derrapou na pista e acabou batendo em uma árvore na curva da estrada para o Jangsan. — Ela conseguiu ver os olhos de seu amigo se arregalarem e rapidamente levou uma das mãos em direção às dele. — Não se preocupe. Não aconteceu nada demais. Você bateu a cabeça no volante, sorte que tive tempo de ligar para a ambulância. E, bom, aqui estamos nós.
estava paralisado na medida em que ela falava, tentando processar tudo o que estava ouvindo. Quando retomou sua atenção para o rosto da garota que o olhava preocupada, o aproximou, tentando observar cada detalhe para ver se ela tinha se machucado.
abaixou o rosto.
— Eu estou bem, . Não se preocupe, não tive um arranhão, só bati a cabeça, assim como você. Confesso que não me lembro com clareza de tudo o que aconteceu, foi tão rápido, mas você quem levou a pior por aqui — comentou, fazendo graça. fez uma careta. — É sério. Olha, não precisei ficar internada.
— E isso é muito bom — murmurou. Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos até que ele voltasse a se pronunciar. — Desculpe, .
— Pelo quê?
Ela o olhava com aqueles olhos brilhantes e o sorriso acolhedor nos lábios que tinha certeza de que se ficasse por mais tempo os observando, se perderia na graciosidade da melhor amiga para sempre. Ele suspirou, pegando uma de suas mãos.
— Eu coloquei sua vida em perigo. Não precisávamos ter ido à montanha naquele dia, ainda mais com o frio que estava fazendo. Podíamos ter ficado em casa, vendo aquelas séries enjoadas que você gosta ou até mesmo ouvindo Weezer. — Deixou um sorrisinho de canto escapar. sorriu com as palavras do seu amigo e balançou a cabeça, concordando.
— Seria uma ótima ideia, mas tínhamos planejado essa pequena viagem há tempo, . E combinamos que tiraríamos uma foto em frente à montanha de Jangsan.
Ela cruzou seus braços, soltando a mão de , que deixou uma risadinha escapar com a atitude da garota. sempre fora daquele jeito e ele adorava.
Observou a amiga por um bom tempo antes de respondê-la.
— Eu sei. Prometo que, assim que eu melhorar, vou te levar para o lugar que quiser.
sorriu abertamente para a amiga, mas não recebeu o mesmo sorriso em resposta. Achou estranho o fato de ter olhado para baixo, como se quisesse ignorar sua resposta rapidamente e logo ergueu o olhar, mudando de assunto.
— Como você está? A enfermeira já vai chegar para fazer o check-up — disse, olhando rapidamente para a porta. — E aí, assim que ela liberar, vou te levar para caminhar um pouco.
— Podemos ficar aqui conversando também. Você pode me atualizar sobre tudo. — O rapaz deu de ombros, a olhando. balançou a cabeça, negando.
— Não mesmo. Você precisa esticar essas pernas, ficou bastante tempo deitado e isso não é bom. — Passou uma das mãos pelas de e sorriu, apoiando seu queixo com a outra. Ele a observou por algum tempo e engoliu em seco.
— Por quanto tempo eu dormi?
manteve seu olhar no rosto de seu amigo, que a olhava curioso com sua pergunta, mas sabia que no fundo estava apreensivo com sua resposta. Ela não queria que ele soubesse realmente tudo o que havia acontecido, achava que poderia poupar seu amigo de saber algo que poderia machucá-lo ainda mais, então o que poderia fazer naquele momento era despreocupá-lo.
Ela sorriu, tentando transparecer calma para ele.
— Alguns dias. Você precisou ficar medicado e acharam melhor que você continuasse sedado até que estivesse bem para acordar devidamente — afirmou, mordiscando os lábios. — Vamos focar agora que você acordou e está muito bem, aparentemente.
Deu uma leve piscada, antes da atenção dos dois focar na porta por onde a enfermeira entrava sorridente por saber da melhora do paciente o qual estava responsável pelo caso.
— Bom, parece que nosso rapaz está muito bem, por sinal — mencionou, se aproximando do suporte do soro para verificar a medicação. se limitou a sorrir, já , concordou com a enfermeira, um pouco mais animada.
— Ele pediu um pouco de água quando acordou. Espero que não tenha problema.
— Não, pelo contrário. Isso é muito bom — a enfermeira concordou, sorrindo para a garota ao lado de . — Sr. , você é um rapaz de sorte. Sua amiga não saiu do seu lado desde que precisou ser hospitalizado e parece que a presença dela te ajudou a se recuperar.
— Ah, eu… — ele tentou dizer algo, mas só conseguiu ouvir a risadinha de ao seu lado.
— Ele fica assim sempre — mencionou.
— Que gracinha — a mais velha disse, sorrindo para os dois. — Saiba valorizar pessoas assim, meu jovem. Nunca se sabe quando um momento pode ser o último.
E, com isso, checou o suporte uma última vez, antes de sair pela porta, o deixando ali com sua melhor amiga mais uma vez.

oraedwen chaeksangdo
(mesmo as mesas antigas)
dallajin haetbitto
(até a luz do sol mudada)
teukbyeolhae boine
(parecem especiais)
I’m little less lonely, nah
(estou um pouco menos solitário)


O corredor do hospital não estava tão cheio naquele horário, mas podia ver com clareza algumas pessoas que transitavam por ali, sendo enfermeiros ou até outros pacientes caminhando para reabilitação, assim como ele. A diferença era que , ao invés de estar caminhando ao lado de , estava sentado em uma cadeira de rodas, enquanto ela o empurrava de forma divertida, fazendo algumas piadinhas ou puxando qualquer outro assunto para vê-lo sorrir e se animar um pouco mais.
— Pelo menos a vista daqui não é tão ruim — murmurou, virando o rosto para olhá-la. balançou a cabeça, concordando.
— Sim, podemos ver todo o jardim, mesmo ele não sendo muito grande. E o melhor… — Abaixou o rosto em direção ao dele, o olhando. — Podemos aproveitar o solzinho da manhã para renovar suas energias.
— Eu ainda prefiro que fiquemos no quarto conversando. Dá para fazer bastante coisa lá — resmungou, deixando a cabeça se curvar para trás, podendo ver o rosto de da posição em que estava. Ele sorriu. — E aí você me conta o porquê de estar tão animada assim.
— Ah, … Eu estou feliz que você está se recuperando. Não faz ideia de como esperei para que isso acontecesse — respondeu, sorrindo de canto. Com isso, abaixou o rosto mais uma vez, deixando um beijinho estalado em sua testa.
— Você não vive sem mim, não é? — brincou.
— Você e essas piadinhas. — Fez uma careta, deixando uma risadinha fraca escapar. Aquele era um dos momentos em que eles não sabiam explicar exatamente o que sentiam um pelo outro. Talvez fosse o apego por se conhecerem desde mais novos e sempre estarem ao lado um do outro, ou talvez fosse todo aquele sentimento de proteção que nutriam dentro de si. Realmente não sabiam decifrar que tipo de sentimento enigmático era aquele que fazia com que os dois ficassem horas lado a lado, sem fazer a presença ficar desconfortável ou até mesmo o fato de que, quando faltava algum assunto, não precisavam arrumar algum para preencher o silêncio que se fazia entre os dois. Aquilo era algo que eles não sabiam mesmo explicar, mas tinham a certeza de que gostavam mais do que deveriam.
ficou algum tempo sentada ao lado do rapaz, no banco de cimento do lado de fora, enquanto ele permanecia em sua cadeira de rodas, apenas se sentindo satisfeito por observá-la falar sobre qualquer coisa que achava que iria se interessar. A verdade era que ele queria tanto poder abraçá-la, agradecer e até mesmo se desculpar por tudo o que aconteceu. Não sabia descrever o quanto era agradecido por tê-la em sua vida e só de imaginar que acarretou de fazerem sofrer um acidente… Ele não podia cogitar a ideia de perdê-la algum dia.
— O que você tanto pensa? — Ouviu a voz de sua amiga, o tirando de seus pensamentos. sorriu de canto, apoiando uma das mãos em seu queixo enquanto o cotovelo apoiava na cadeira.
— Eu sei que já disse isso, mas você não sabe como estou feliz por você estar bem — mencionou, pressionando os lábios. — E eu sinto muito, mais uma vez, pelo que aconteceu. Não é como se eu soubesse certo o que houve, mas eu quer–
, não. Nós já falamos sobre isso — ela o cortou, levando o indicador em direção aos seus lábios. O rapaz olhou da mão da mulher para seu rosto em seguida. — Aconteceu o que poderia ter acontecido com qualquer um. E você está perfeitamente bem, isso que importa. — Sorriu satisfeita. Ele fingiu morder o dedo dela, que puxou rapidamente e sorriu.
— Você também está bem. Te prometo mais uma vez que vamos viajar para Jangsan.
— Desde que você melhore — afirmou, colocando uma de suas mãos sobre a de . parou seu olhar ali por alguns segundos e ficou observando cada dedo, a palma e o peito da mão de seu amigo. achou curiosa a reação de sua amiga, mas algo dentro de si parecia querer dizer alguma coisa. Olhar para daquela forma, tão inerte, calma e serena… Sequer parecia que ela realmente estava ali, como se sua mente estivesse tão longe que seria impossível tocar seu corpo.
Ele sentiu algo remexer por dentro, não como uma sensação boa, era quase como… Como um aperto de saudade.
Não entendeu muito bem o que estava acontecendo, portanto soltou um pigarro, chamando a atenção da garota, que piscou algumas vezes, tentando consertar toda a situação com um sorriso de canto nos lábios.
Mas não sorriu.
— O que foi? — perguntou, ainda com o olhar sobre o dela. franziu o cenho, soltando uma risadinha.
— Não é nada, . Por que parece que você sempre está procurando por algo? — disse, balançando sua cabeça e fechou os olhos brevemente, soltando um suspiro. Com isso, cerrou os olhos. — Oh, você está bem? Quer que eu chame um médico?
A mulher levou uma das mãos em direção à sua testa, fazendo graça, e soltou uma risadinha, segurando a mão esticada em sua direção de forma leve. Ela se sentou novamente, sorrindo para ele e deixou todo aquele sentimento de alívio e conforto pairar entre os dois.
O silêncio até continuaria, não fosse por um suspiro lento saindo das narinas de . a olhou.
— Sabe, … Você sabe que não vou estar aqui para sempre, não é? — disse, com o rosto virado para o lado, onde conseguia avistar melhor o pequeno jardim com algumas flores o decorando. continuou a olhando enquanto ela continuava a dizer, de forma pensativa, enquanto esticava uma de suas mãos de encontro a algumas flores próximas de si. Ele observou como ela parecia sonhadora, como parecia estar tão focada em seus pensamentos que ao menos parecia se lembrar que estava mesmo ao seu lado. Observou seu corpo delicado, os cabelos caindo por suas costas, os braços finos e pequenos em direção ao arbusto perto deles e deixou os olhos caírem sobre as flores que ela segurava.
O rapaz estreitou os olhos, não se recordando bem de ter visto flores como aquelas em algum lugar, mas, de certa forma, sentia como se fosse familiar.
piscou algumas vezes.
— Tudo isso é tão passageiro que nem mesmo nos damos conta de como não aproveitamos alguns momentos e algumas oportunidades, não é? — Olhou para ele brevemente, deixando um sorriso de canto transparecer em seus lábios. — Parece tão bobo pensar em tudo isso, mas… Nós precisamos, um dia. Precisamos nos preparar para esse tipo de coisa, caso aconteça. — Deu de ombros, como se estivesse conversando consigo mesma. só sabia concordar levemente, tentando realmente entender o porquê de todo aquele assunto, mas sabia que só de ouvi-la, era como se o reconfortasse minimamente, sem mesmo ter um motivo. — Tudo é muito passageiro.
Voltou a repetir de forma mais baixa, enquanto retirava um raminho de flores brancas, se virando em direção ao rapaz, que ainda a observava como se tivesse todo o tempo do mundo.
— Essas são para você.
Piscou algumas vezes, erguendo seu olhar em direção ao dele e sorriu fechado. Aquela reação fez com que o corpo de se arrepiasse de imediato. Não soube explicar o que havia acontecido, mas a expressão que ela carregava em seu rosto era quase como puro consolo.
— E o que significam? — perguntou curioso, enquanto recebia o pequeno ramo de flores brancas. deixou a cabeça cair para o lado, pensativa, e sorriu mais uma vez, observando as flores.
— Você já ouviu falar em lírio do vale? — balançou a cabeça, negando. Ela assentiu. — Não são muito comuns por aqui, mas podemos encontrá-las em alguns lugares se procurarmos bem. E dizem que se você não estiver a procurando, ela aparece em sua vida por algum motivo especial — continuou a dizer, levando o indicador em direção à pétala da flor, como se a acariciasse. — Ou talvez seja apenas coincidência, mas prefiro acreditar que para tudo tem um motivo. Assim como o lírio do vale aparecer de algum jeito.
— É um lindo significado — concordou, passando a flor para a outra mão.
— Sim, eu concordo. — Balançou a cabeça, voltando a olhar para o amigo. — É como se dissesse que tudo voltará a se encaixar algum dia e isso nos conforta.
deixou o olhar cair sobre o de mais uma vez e sorriu com as palavras da amiga, achando interessante a forma como ela sempre pensava. Gostava de sua mente, de suas ideologias e da forma como conseguia achar um significado para tudo o que acontecia. Aquilo era uma das coisas que o fazia se encantar ainda mais pela garota.
Eles continuaram ali, mas não por muito tempo, já que o céu começava a indicar tons escuros, apontando a noite estrelada e indicando que logo teriam que voltar para seu aposento. não soube explicar muito bem, mas sentiu uma pontada no peito, desconfortável, no fundo quase dolorida. Não soube o porquê daquele sentimento confuso, sentia como se tudo ao seu redor fosse estranho demais, mas resolveu por ignorá-lo, balançando sua cabeça rapidamente como se aquilo fosse o ajudar a dispersar aqueles pensamentos inoportunos.
Ele só queria melhorar de vez.

i bangi nae jeonbu
(Esse quarto é tudo que tenho)
geureom mweo yeogil
(Então, bem, aqui)
nae sesangeuro
(Com meu mundo)
bakkweoboji mweo
(Vou mudar tudo)


tinha seus olhos pousados na garota deitada na sua cama, se recordou bem de que era seu quarto, já que tinha alguns posters colados nas paredes e alguns carrinhos da coleção que guardava nas prateleiras enfileirados. Aquele era um dos momentos ao final do dia que ele gostava, quando podia descansar e jogar conversa fora com sua melhor amiga.
parecia tão entretida no livro em suas mãos que sequer notou quando se deitou ao seu lado, tentando ver o que ela tanto lia.
— O que você acha? Dá para pegar o metrô, tudo bem que vai demorar um pouco, mas…
— Jangsan? Você realmente gosta das montanhas, não é? — Apoiou o rosto em um dos braços que o cotovelo apoiava na cama e a olhou, achando graça na expressão da amiga, que concordava arduamente e de forma ansiosa. levou uma das mãos em direção aos seus cabelos, o bagunçando. — Você tem certeza de que quer ir? Se formos, vai ser só depois do meu trabalho. Vamos chegar mais tarde.
— Não tem problema! Ainda vai dar para pegar o pôr do sol. — Deu de ombros, o fazendo soltar uma risadinha. — Eu arrumo nossas coisas!
— Você fala como se fossemos fazer uma viagem longa. — Deixou o corpo cair para trás, pegando a revista das mãos dela. pôde observar vagarosamente algumas fotos de como a montanha era realmente bonita, os templos e a vista que conseguiam ter quando chegavam à parte superior. Precisava concordar que o lugar era incrível e que estava começando a se animar. — É, até que é bonito mesmo. Não deixe de ver a previsão, ok?
— Eu não ia me esquecer logo disso, . — Apertou a bochecha do rapaz, que reclamou em seguida. A amizade que os dois tinham era forte demais para que pudesse ser explicada, apenas conseguiam sentir que se completavam e que deveria ser daquela forma.
Até onde pudesse ser…


tinha seus olhos fechados, podendo ouvir os resmungos não tão baixos de ecoando pelo quarto enquanto a televisão chiava um barulho qualquer, com o volume sendo alterado aos poucos e ele jurava que era por ela.
Virou o rosto lentamente para o lado, conseguindo avistar a figura pequena de mexendo em algo na televisão pendurada e por um instante quase se deixou sorrir pela cena que via. Ela realmente era uma graça.
Foi impossível não segurar uma risadinha fraca com a cena da garota impaciente com o aparelho.
— Ah, você acordou. — Ela se virou rapidamente, observando o rapaz, que balançou a cabeça, assentindo. estreitou os olhos, percebendo que ele a observava por algum tempo. — Há quanto tempo você estava me observando?
— O suficiente para ver você travar uma guerra contra essa pobre televisão.
Ela bufou mais uma vez, jogando as mãos para cima e deixou o controle na mesinha abaixo da televisão, se aproximando do rapaz. Se sentou a seu lado.
— Eu queria colocar alguma coisa diferente, mas pelo visto não vai dar certo — murmurou.
— Não preciso de nada diferente. Parece que tenho tudo o que preciso aqui.
O rapaz deu uma piscadela, fazendo com que o olhasse confusa, como se não acreditasse no que ele havia falado. achou estranha sua expressão, mas não disse nada.
— Você não pode estar falando sério, . Esse quarto é muito pequeno para você — começou, apoiando o corpo ao lado do rapaz, que estava deitado, sendo amparado por alguns travesseiros. — Você precisa conquistar muita coisa ainda, então trate de se recuperar o mais rápido possível.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
— E você também — reafirmou, bagunçando os cabelos do rapaz. Ele a olhou brevemente, deixando sua cabeça apoiar no ombro de . — Não sabe como quero que você saia daqui logo.
— Espero que, assim que eu sair, você me acompanhe até a saída — mencionou, soltando uma risadinha. Ela abaixou o olhar, sorrindo minimamente com seu comentário.
— Farei o possível para que isso aconteça. — Balançou a cabeça, assentindo e respirou fundo, pausando alguns segundos. — Agora, por que não me conta o que estava sonhando? Você não parava de sorrir.
— Eu sonhei com você — disse, de forma direta. sorriu mais uma vez. — Nós planejávamos a ida até Jangsan no meu quarto, lembra? Queria que pudesse ter saído da mesma forma que pensamos.
abaixou a cabeça, cabisbaixo por se lembrar do ocorrido. Ela o olhou, tentando encontrar alguma forma de animá-lo. Odiava ver seu amigo daquele jeito, não podia deixar aquilo acontecer.
— Hm, e nos seus sonhos aqueles carrinhos que você tanto gostava também estavam lá? — perguntou, fazendo graça. soltou um resmungo, a praguejando por lembrá-lo daquilo e os dois começaram a rir. — Inclusive, seus pais até trouxeram alguns. Achei bem fofo.
— Eu não acredito que eles fizeram isso — murmurou.
soltou uma gargalhada alta, sendo seguida por , que não conseguiu segurar tamanha vontade de sorrir assim que a viu daquela forma. Ele se sentia tão seguro ao lado dela que não sabia explicar todo aquele misto de sentimento que invadia seu peito.
— Eles amam você, . Não tenha vergonha disso. — Passou uma das mãos pelos cabelos do rapaz e sorriu de canto, o apoiando. — Por isso eu mencionei que você tem que sair daqui logo. Eles esperam ansiosamente pela sua volta.
Ela continuou o olhando, desta vez com um olhar vago e tristonho estampado em seu rosto. não percebeu quando os olhos de marejaram em uma fração de segundos já que tinha sua cabeça baixa, brincando com os dedos da mão livre da mulher. Também não notou todos os indícios do que ela tentava dizer.
não havia percebido em nada daquilo, mas sabia que, no fundo, algo o esperava.
Ele só não queria entender o que ocorria.

tteonabolkka let me fly to my room
(Deveríamos ir? Me deixe voar para o meu quarto)
shiseoneul natchugo eodideun mak zoom
(Mantenha os olhos para baixo e dê zoom em qualquer lugar)
jigeum nawa let me fly to my room
(Comigo agora, me deixe voar para o meu quarto)
Get me outta my blues
(Me tire da minha tristeza)


Havia algo errado. Não era como se as coisas estivessem exatamente em seu lugar, ou como se todo aquele sentimento de alívio e segurança tomassem conta de seu coração como sempre acontecia. sentiu naquela manhã quando abriu os olhos que algo iria lhe acontecer, mas não sabia exatamente o que e nem quando. Ou se ao menos realmente iria acontecer.
Ele observou de onde estava, em cima da cama, com os lençóis finos e brancos do hospital, os raios do sol fraco que entravam naquele horário e como o recinto parecia bem mais calmo do que nos outros dias. Não havia mais o barulho da televisão tentando ser ligada, os passos insistentes no corredor ao lado de fora e nem mesmo da conversa entre os profissionais de saúde.
tentou pensar, tentou achar uma resposta para tudo o que estava acontecendo, mas ele não sabia. Não fazia ideia, exatamente como se sua mente não conseguisse pensar em muita coisa.
Ele engoliu em seco, sentindo a garganta fechar aos poucos e todo aquele sentimento de presságio sufocando seu peito mais uma vez. se sentia agoniado, angustiado, sufocado… Sentia como se estivesse perdendo algo e, daquela forma, o sentimento era muito mais forte que o anterior.
Fechou seus olhos brevemente, se concentrando em tudo o que sentia, como se aquilo de certa forma fizesse aliviar a pequena dor que ia crescendo aos poucos dentro de si.
Ele não entendia…
Oh, parece que você já se levantou. — pôde ouvir a voz de invadir seus pensamentos de forma calma e ele abriu os olhos, virando o rosto em direção a ela. Naquele dia, a garota não parecia tão agitada como antes. Ela tinha a feição calma, os olhos serenos e o corpo um pouco relaxado que era quase como se estivesse flutuando. Ele a observou se aproximar aos poucos, a vendo se sentar na beirada da cama, deixando os olhos caírem sobre ele. — Você se sente bem?
— Muito mais do que eu esperava. — Balançou a cabeça, assentindo. — Acho que estou pronto para sair daqui.
Deixou uma pequena risadinha escapar aguardando ser acompanhado pela amiga, mas ela não o fez. Apenas deixou o sorriso leve cair sobre seus lábios, como se o estivesse observando atentamente. Quase como se quisesse gravar cada pequeno detalhe de . olhava seus cabelos castanhos claros, as sobrancelhas desenhadas, os olhos pouco fechados… Desceu o olhar sobre o nariz delicado que tinha e ela achava encantador, os lábios que sobressaíam em um sorriso aberto ou quando ele estava sério… O seu rosto por completo…
Ela sentiu o coração apertar, sentiu como se realmente pudesse sentir tudo aquilo naquele momento e, céus, como ela queria… Ela queria tanto poder sentir tudo aquilo e, principalmente, sentir que poderia continuar com ele por mais tempo. Mas ela não podia, nunca mais poderia…
E aquela era a última vez que o olhava daquela forma antes de fazer o que deveria ter sido feito desde o início.
— Você não faz ideia de como esperei você dizer isso — a garota disse, um pouco mais baixo, como se realmente não quisesse que tudo terminasse, mas ela precisava. Precisava fazer aquilo por .
Precisava fazê-lo entender.
— E devo isso a você, . Você não deixou de me ver um dia, me fez sentir muito menos solitário do que achei que me sentiria e, eu não sei… É quase como se eu estivesse novo em folha. — Deixou um sorrisinho de canto transparecer. Ela assentiu. — Acho que estamos prontos para fazer a viagem de forma certa dessa vez.
olhou nos olhos de de forma tão profunda que foi exatamente como se ele tivesse captado os sentimentos que ela queria sentir, mas não conseguia. Ele engoliu em seco, pressionando os lábios e continuou a olhá-la, percebendo que ela queria dizer algo a mais.
— Eu também gostaria, . Eu gostaria de fazer tantas coisas com você e, por Deus, você não faz ideia de como fui grata por tanta coisa a seu lado… — se aproximou, esticando suas mãos em direção às dele e continuou as olhando, sendo aquela a sua forma de evitar qualquer contato visual para que não o deixasse perceber. — Você foi o melhor amigo que eu pude ter, o amor mais lindo e precioso… Tivemos tantos momentos bons, tantas lembranças… Ah, , como eu queria que você soubesse tudo o que eu realmente sentia, mas … — o chamou, o fazendo despertar. parecia anestesiado, não entendia o que ela estava querendo dizer.
— O que você está dizendo, ? Não entendo e voc–
Ela balançou a cabeça, fechando os olhos fortemente, dando a entender que precisava se silenciar naquele momento. O rapaz já sentia seu coração bater a mil dentro do peito, sem saber o que realmente estava acontecendo ali, nem o porquê de falar de forma não nostálgica e dolorosa. O que ela queria dizer com tudo aquilo?
, olha para mim — pediu, erguendo seu rosto em direção ao dele. observou os olhos marejados de em sua direção e aquilo quase o desesperou, não fosse pela mão delicada da garota em seu rosto, tentando acalmá-lo. — Você precisa acordar.
— Mas eu estou acordado — afirmou, querendo muito acreditar em suas palavras, mas, naquele momento, sentiu seu peito comprimir, fazendo transbordar uma lágrima solitária. Ele queria muito acreditar que realmente estava acordado. — Eu estou acordado, , eu est–
— Não, . Confie em mim... Você precisa acordar. — Balançou a cabeça, afirmando para ele, tentando o convencer do que dizia. — Você precisa acordar e saber que tudo isso foi necessário. Que por mais que eu não esteja mais ao seu lado, eu sempre vou estar aqui. — Esticou uma das mãos em direção ao peitoral do rapaz, a depositando ali e podendo sentir o bater do grandioso coração de . fechou os olhos brevemente e o abriu, deixando uma lágrima teimosa cair. — Em seu coração.
olhava para o rosto de , completamente sem reação e a única coisa que ele conseguia sentir naquele momento era seu coração se partindo lentamente, só então percebendo o que havia acontecido. Olhando para o rosto de sua melhor amiga, tão delicado, tão precioso… pôde perceber. Olhando em seus olhos marejados e nostálgicos, ele pôde ver que ela havia feito tudo aquilo para seu bem, havia o preparado, havia tentado lhe mostrar que tudo ficaria bem mesmo se ela não estivesse ali.
E que, por mais que não estivesse pronto, tudo ficaria bem. Exatamente como o significado de um lírio do vale.

Better way
(Um jeito melhor)
I just found a better way
(Acabei de achar um jeito melhor)


O canto dos pássaros era nítido naquele momento. O barulho do pouco vento, o que parecia estar entrando minimamente pela janela também era perceptível, mas não sabia exatamente o que faria naquele instante. Ele não sabia se deveria abrir seus olhos de uma vez, ou se deveria permanecer com eles fechados para que não encarasse sua realidade. A verdade era que não queria encarar seus sentimentos, a forma sufocante como estava se sentindo e nem mesmo o que viria em seguida, o que estava o esperando.
Ele respirou fundo, sentindo sua garganta secar de uma forma surreal e tentou abrir a boca para chamar por alguém. Sentiu os lábios arderem ao serem abertos e notou o quanto estavam secos. Ele só precisava de um copo d’água.
… — tentou dizer, sentindo que sua voz não sairia nem se quisesse e tentou abrir os olhos vagarosamente, podendo ouvir não tão longe dali uma pequena movimentação. Sua cabeça estava latejando, a claridade parecia que iria cegá-lo aos poucos.
Meu querido… Eu não acredito!
Ouviu a voz da sua mãe invadir o cômodo em que estava, em tom choroso, e em seguida pôde sentir as mãos da mais velha de encontro à sua cabeça, o beijando levemente. queria entender tudo o que estava acontecendo, até mesmo onde estava, mas a única coisa que conseguiu avistar naquele momento, quando abriu seus olhos lentamente, foram as paredes brancas que estampavam aquele quarto.
, meu filho! Você quer alguma coisa? Quer um copo d’água? — sua mãe dizia desesperada, sem saber como agir naquele momento. O rapaz balançou a cabeça veemente, passando seus olhos pelo quarto, procurando apenas por uma coisa.
Por alguém.
Não percebeu quando a enfermeira entrou no quarto para verificá-lo, nem mesmo quando começaram a trocar sua medicação. Ele só conseguia sentir o peito apertar gradativamente e o coração começando a acelerar aos poucos.
Onde ela estava?
— Onde… A … — tentava dizer em um sussurro, erguendo o corpo com dificuldade.
— Rapaz, fique calmo. Você não pode fazer esforços como esse agora. — Um dos médicos colocou as mãos em seu peito, o impedindo. o olhou de canto, como se esperasse resposta para o que havia falado. — Você precisa se acalmar agora, certo?
— Mãe…
— Estou aqui, querido. — Ela segurou sua mão fortemente, beijando o peito da mesma e tentando deixar um sorriso reconfortante tomar conta de seu rosto. se sentia desnorteado naquele ponto, sem saber o que pensar já que sua mente se encontrava em um turbilhão de pensamentos desconexos.
— A … — tornou a repetir, podendo ver o olhar de sua mãe marejar mais uma vez desde que acordara. Não entendeu muito bem, naquele momento, sua reação, mas quando ouviu o médico dizendo que os deixariam a sós, foi como se tudo tivesse se encaixado.
Oh, meu filho… — Abaixou a cabeça, a apoiando na mão que segurava do rapaz e se permitiu chorar como ele nunca havia visto um dia. sentiu o desespero vir à tona, os sentimentos que ele desejava nunca sentir na vida e como um soco no estômago, ele sentiu seu mundo cair. — Eu sinto muito, querido… A se foi… Ela não resistiu…
Aquelas foram as exatas palavras para que desabasse ali mesmo, em frente a sua mãe, sem se importar se qualquer outra pessoa entraria pelo quarto em que estava do hospital. Ele sentiu sua garganta fechar, um urro de dor escapar pelos seus lábios e o rosto imerso pelas lágrimas quentes que insistiam em cair. Ele não podia acreditar, ele não queria.
Mas agora, ele precisava.
E só entendeu quando viu o rosto de em sua mente, uma última vez.

— Por mais que eu não esteja mais a seu lado, eu sempre vou estar aqui. — Esticou uma das mãos em direção ao peitoral do rapaz, a depositando ali. — Em seu coração.


Epílogo

caminhou de forma lenta pelo lugar, sentindo o vento leve, porém frio daquele fim de tarde chicotear seu corpo de forma ligeira e que pouco lhe incomodava. Ele não se importava naquele momento em como estava ficando frio ou até mesmo se estava agasalhado o suficiente. Ele seguiria até seu destino com apenas uma coisa em mente.
Entrelaçou os dedos no ramo que segurava em suas mãos, o apertando levemente e sentindo o cheiro exalar debaixo de seu nariz, o fazendo sorrir brevemente com a recordação. Era uma das coisas que ele nunca ousaria esquecer um dia e, de fato, saberia que não seria capaz de fazer tal coisa.
Fechou seus olhos brevemente, sentindo o coração aliviar na medida em que se aproximava do lugar em que queria estar e, quando o avistou, sorriu de canto como se aquilo fosse perceptível o suficiente.
se abaixou, tocando o túmulo de forma lenta, tentando mostrar que ele estava ali para ela mais uma vez e, com isso, respirou fundo, soltando todo o ar em seguida.
Como ele sentia falta dela…
— Vim lhe visitar mais uma vez. — iniciou, observando os lírios em suas mãos. Ergueu as flores como se as mostrassem. — Eu sei que você não era muito fã de plantas, mas gostava de algumas flores específicas e… Alguém me disse uma vez que o lírio do vale traz um significado muito especial. — Balançou a cabeça, concordando consigo mesmo e sorriu de canto, se lembrando de sua melhor amiga. — Ah, … Por que tudo teve que ser desse jeito? — se lamentou, passando uma das mãos pelo rosto. — Se eu pudesse voltar no tempo, faria de tudo para tirar a ideia do Jangsan da sua cabeça e te convencer de que ficar em casa comendo uma pizza seria a melhor coisa. Por que você tinha que ser tão teimosa? — soltou um suspiro pesado, depositando as flores em cima da lápide de forma cuidadosa no mesmo instante em que tentava segurar suas lágrimas. — Foi difícil entender quando eu soube, mais difícil ainda me acostumar com sua ausência, mas, … Eu entendi tudo depois de um tempo. Eu entendi seus planos, entendi o que fez por mim e eu agradeço tanto, mas tanto… Você me confortou, me preparou, sem que eu ao menos soubesse. — Pressionou os lábios mais uma vez, desta sentindo uma lágrima escorrer por sua bochecha. — Fez de tudo para que eu nunca a esquecesse, como se isso fosse possível algum dia… — Minimamente olhou para o céu nublado, sorrindo triste. Com isso, abaixou seu olhar para a lápide uma última vez e pausou alguns segundos, antes de se despedir. — Não esqueça de mim, , nunca. Assim como nunca esquecerei você.
Com isso, ergueu o corpo pronto para se virar e ir embora, mas antes que pudesse dar o primeiro passo, sentiu o vento passar por seu rosto de forma surreal e ele poderia arriscar a dizer que quase que reconfortante.
olhou para o céu, sentindo os olhos marejarem mais uma vez e sorriu. Não de forma triste ou nostálgica, ele sorriu de verdade porque naquele momento ele soube exatamente que aquela era sua resposta para ele.
nunca o esqueceria.

Sometimes we get to know
(Às vezes, nós descobrimos que)
Broken is beautiful
(O quebrado é bonito)


FIM



Nota da autora: Sem nota.



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Em Andamento:
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Bookmarked [KPOP — BTS]
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