Finalizada em: 23/05/2020

My Summer II

O outono parecia sem fim agora. Dodger brincava no tapete com o leão, mas até ele estava desanimado. O silêncio preenchia o vazio da casa, o canal estava aleatório, Dodger latiu chamando a atenção de Chris, mas seus pensamentos estavam longe demais, tinham nome e endereço, e se duvidar poderia até levar o seu sobrenome.
Chris se levantou e pegou mais uma cerveja na geladeira, era a ultima que os dois haviam comprado para os momentos que passavam juntos. Era um saco, cada lugar da sua casa lembrava , e isso já estava prejudicando sua sanidade. Se jogou no sofá e ficou mudando de canal sem prestar atenção no que passava, até ver o canal onde era transmitido o programa, não tinha como não parar e assistir Queen Night.

— Você acha que eu fiz errado? – perguntou para Dodger. – De ter me afastado dela – o cachorro resmungou. – Eu sei, nem você quer dar atenção – Dodger latiu. – É eu sei, também sinto falta dela.

Mesmo com aquela tamanha falta que fazia na vida dele, Christopher permanecia com sua decisão final.



— Eu realmente ainda não acredito – colocava o moletom. – Não é que eu não esperava isso, nem um final de conto de fadas, só não esperava daquela maneira – sentou-se na cama.
— Eu entendo, mas você precisa tentar pensar diferente, talvez não fosse para ter uma continuidade – sua mãe estava passando creme no rosto.
— Realmente eu aceito isso, só não queria aquela resposta como uma resposta.
— Seria mais aceitável um: “Não sinto mais o mesmo que sentia antes.”
— Exatamente, é disso que eu sinto falta, é desse detalhe, dessa sinceridade, ainda mais vindo dele.
— Filha... – a mulher suspirou. – Você quer pizza? Hambúrguer? Podemos pedir alguma coisa, já que você vai dormir aqui.
— Eu não sei, é muita opção para escolher.
— Então eu escolho e você coloca um filme, filha – olhou para a mulher. – Não coloque filme do Chris Evans.
— Está bem – revirou os olhos.

ia dormir na casa de sua mãe, mais uma vez, já que estava sem paciência para ficar em casa, e nada melhor do que ser mimada pela matriarca. Também era uma forma de passar o tempo com a mulher quando não tinha plantão ou então não era dia de trabalho.
Com um filme da Zoey Deutch escolhido, e o jantar em cima das bandejas que Amybeth havia arrumado para as duas, as duas terminaram aquela noite.
Na manhã seguinte, levantou, sua mãe já tinha saído para o hospital e deixado uma parte do café da manhã pronto. A garota tomou um banho e foi tomar seu café da manhã, aquela tarde ela teria uma pequena reunião com a produção da April e depois ia passar na arquiteta para mudar sua casa toda. Se era para fazer isso, faria agora, se livraria de todos os detalhes daquela casa que foi cenário para ela e Christopher se amarem.



se encontrava na sala da arquiteta, mostrou um conjunto de ideias dela e de para a decoração nova do apartamento: Sala seguia na paleta cinza da forma que a cozinha toda azul e branca, com o porcelanato liso e branco. Seu quarto também, estava totalmente irreconhecível, o mesmo que atualmente era pintado de azul, no projeto o amarelo vivo dava um ar que procurava. A casa em si estava perfeita, e estava amando saber que a grande vista poderia ser modificada também, por uma estrutura mais nova – graças à aprovação da prefeitura.

— Então é isso, você vai continuar morando enquanto a reforma é feita?
— Vou, eu deixo a cópia da chave com você igual fizemos na última reforma, e você pode ficar com ela como fazíamos, eu vou ter que sair para trabalhar mesmo só me avisar caso o piso for mudado.
— Claro sem problemas, começamos semana que vem?
— Um momento, vou olhar a agenda. Sabe como é – mexia no celular. – Eu sinceramente, não sou boa para gravar todos os compromissos.
— Sei como é – a mulher riu. – Eu não consigo nem lembrar tudo o que eu tenho, meu celular sempre avisa.
— Eu sou assim também, está tudo certo segunda só tenho gravação.
— Muito bem – escrevia no notebook. – Segunda que vem começamos vamos deixar seu quarto por último, ou começamos por ele?
— Pela sala, por favor, eu tenho uma vontade louca de ver aquela janela realmente renovada.
— Do jeito que quiser – riu do desespero da mulher. – Vamos tirar as medidas começamos a pintar e vou ver já com os fornecedores.
— Você é maravilhosa – se levantou. – Agradeço muito.
— Que isso, é um prazer trabalhar com você, te vejo em breve – acompanhou a mulher até a porta.
— Até!

saiu mais alegre do escritório da arquiteta, o sorriso nos lábios sendo esbanjado toda energia positiva que havia dentro de si. Nem mesmo o frio de outono poderia atrapalhar tudo que sentia. Não era mais aquela que chegou depois da belíssima resposta dele. Naquele momento que ela ficava com conversando e analisando tudo o que a mulher passava para si, ela decidiu viver a vida em todos os momentos. Não tinha motivo nenhum de ficar colocando armadilhas ou achando que a vida colocasse elas para tudo dar errado.
Passou nas lojas de móveis para ver os preços e principalmente de um sofá digno para poder assistir séries e apreciar a beleza da sua janela. Enquanto andava pela loja colocando tudo na lista de desejo – vulgo seu celular, ela esbarrou com a pessoa que menos esperava, Dean.

, oi, não te vi na reunião hoje.
— Eu saí quase que rápido, Dean, você passou lá não foi?
— É, era o dia da entrega dos Donuts.
— Não acredito que esqueci.
— Minha mãe falou a mesma coisa – começaram a andar pela loja. – Disse que depois você pegava em dobro na próxima vez.
— April é incrível, veio ver algumas coisas para ela?
— Não, eu estou me mudando e vou vender o que eu tinha no outro apartamento, agora oficialmente vou ser um cidadão de New York.
— Meu Deus, já vejo April entrando e contando isso – riu.
— É, ela gritou quando eu contei, perguntou se eu queria ajuda, mas eu devia ter aceitado.
— Deveria vir com um manual não é? – viu o homem concordar. – Eu particularmente sempre vou me socorrer na minha mãe.
— Você só salva?
— Eu tiro foto – fez o rapaz rir. – Chego em casa, mando para ela, passo todo o projeto e ela me ajuda a escolher.
— Tão prático, vou aderir – pararam. – Eu te vejo amanhã então?
— Claro, porque não? – Sorriu para ele. – Até mais Dean.
— Até, .

Abraçaram-se rapidamente e continuaram suas compras. Dean tinha a mesma idade que , se encontravam bem pouco no estúdio e a última vez que ele a viu, foi quando Chris Evans estava por lá. A garota sempre foi atraente aos olhos de Dean, e promoveu muitas sensações durante as noites, aquelas que ele tinha que manter em quatro paredes. Quem sabe agora ele poderia se aproximar da garota?

Fazia um tempinho que ela esperava o semáforo abrir e seu celular tocou entregando ser uma notificação do Twitter. Mesmo sabendo que era errado, ela pegou o celular enquanto dirigia – depois do semáforo abrir, e torcendo para que fosse Emma Watson ou até mesmo a Anne Hethaway, ou qualquer outra pessoa que ela seguia menos:

— Chris Evans – suspirou e jogou o celular no banco depois de desativar apenas as notificações.

Seguiu o caminho até seu apartamento e enviou as fotos para sua mãe, precisava ter calma até a medica responder, e enquanto isso lia o seu livro favorito da Meg Cabot.

“Esse. Esse também. Esse tapete combina com o sofá. Nenhuma da cortina.”

Amybeth enviou as mensagens puxando cada foto que foi enviada para ela, de tal maneira que fez deixar o livro de lado.

“Nossa, obrigada! LOL, eu não esperava mesmo tanto favoritismo pelas cortinas.” “Quando eu tiver dia de folga eu vou com você, achamos uma para pelo menos deixar sua sala deslumbrante.”
“Não precisa se incomodar com isso, não agora.”
“Por quê?”
“Recebi um e-mail geral, vamos tirar férias daqui um mês e com isso vamos adiantar muitos programas.”
“Então eu vou sozinha, filha, a não ser que você tenha adiado a reforma.”
“Não! Está para acontecer, só não quero apressar você.“
“Fazemos assim então: Você me envia uma mensagem de quando pode sair para ver e mudo aqui o cronograma.”
“Mãe.”
“Você precisa, agora vou atender.”
“Vai lá.”


Deitada no sofá, com uma taça de vinho apoiada no braço do sofá azul, ela comprava os imóveis através do site. Seu celular em um tom razoável deixava os acordes de Hesitate soar pela casa, até que a mesma parou, fazendo olhar para o visor do celular, seu coração deu umas leves palpitações inesperadas e um sorrisinho tímido surgiu nos lábios com gloss.

“Oi sou eu, Dean. Como alguns dos funcionários não receberam o e-mail por completo, eu estou entrando em contato para saber se você vai estar amanhã lá às onze da manhã.”


estranhou a mensagem, ela se lembrava de ter mudado o horário do despertador, mas não para chegar antes das onze horas, o que a fez xingar o maldito e-mail por sempre fazer as partes mais importantes sumirem.

“Oi Dean, não recebi mas pode ter certeza que chego lá antes das onze ??.” “Estaremos te esperando, te vejo em breve.”


Já que teria que acordar mais cedo, ela resolveu dormir aquela hora. Enviou mensagem para sua mãe de boa noite e ajeitou tudo para o dia seguinte, e aquela droga de travesseiro ainda tinha o perfume cítrico suave, não ia tirar, não agora. Talvez amanhã, já que queria dormir pela última vez com o perfume dele para acalmar seu coração.



Era quase meia noite e quarenta e cinco e Christopher ainda se virava na cama tentando achar uma posição confortável. Mas estava impossível, era fechar os olhos e ele a via: Os sorrisos, os brilhos do olhar dela, até mesmo a voz dela, ficou em Evans mais além do que em seu coração. Ela ficou em seus sonhos.
Sonhos como aquele, que se repetiam todas as noites.
Um lugar vazio, onde só os dois estavam, a cidade sendo o cenário dos dois, e sentido a delicadeza do vento sobre sua pele. Porém toda vez que ele tentava apenas tocá-la, ele acordava.
Todas as noites eram assim, lugares diferentes, ela em sua frente tirando sorrisos e gargalhadas, mas nunca podendo chegar perto dela.
Chris acordou, olhou no relógio de cabeceira, que marcava cinco e cinquenta e cinco. Saiu do banho apenas com a toalha enrolada na cintura, ele penteava o cabelo de frente para o espelho embaçado se lembrando de seus compromissos. Terminou de ajeitar o casaco e serviu Dodger e depois comeu alguma coisa no café da manhã, pegou as chaves do carro a mochila que sempre deixava no carro.

— Volto mais cedo hoje Dodger, não se preocupe – acariciou o topo da cabeça do cachorro. – E trago mais biscoito – viu o cachorro se animar e riu com isso.

Chegava para mais uma reunião de Knives Out, estavam colocando no papel os últimos ajustes para a segunda temporada. Ana percebeu o silêncio do seu companheiro de trabalho, o homem que sempre foi brincalhão e de muitos assuntos, levava um olhar distante.

— Acho que podemos tirar alguns minutos para descansarmos? – ela deu a sugestão.
— Eu acho uma boa – Daniel Crag, concrodou.
— Então voltamos daqui cinco minutos – disse o diretor, e todos se retiraram, bom quase todos.
— Você vai ficar aí, Chris? – a atriz estalou os dedos na frente dele.
— Já acabou? – passou a mão no rosto.
— Não, intervalo de cinco minutos – encostou na mesa. – Está tudo bem?
— Só estou com a cabeça cheia.
— Se quiser compartilhar.
— Melhor não – se ajeitou na cadeira. – Você acharia estranho.
— Eu acho estranho é você não participar da reunião, sendo que você sugeriu para adiantarmos.

Chris olhou para o papel em suas mãos e a juntou as palavras para explicar tudo.

— Sei que soa muito estranho dizer isso, mas você deixaria uma pessoa só para ela viver tranquila? Sem essa agitação toda que temos.
— Se ele se sentisse incomodado sim, eu sentaria conversaria, e talvez antes de terminar tudo, chegaria em uma conclusão – percebeu que a expressão dele mudou totalmente. – Não me diga que você tomou a decisão por ela.
— Mais ou menos isso – disse mais desanimado ainda. – Quanto tempo é o intervalo?
— Cinco minutos – viu o ator se levantar e segurou o braço dele. – Chris, tenta falar com ela, independente do que você falou, talvez isso ajude mesmo se vocês não voltarem.
— Talvez eu faça isso, muito obrigado, Ana.

Christopher foi até a mesa de café, pegou um pouco e virou em um gole só, precisava estar mais disperso para terminar a reunião logo, porém nesse meio tempo ele mandou uma mensagem para seu irmão avisando que ligaria depois das dezesseis horas.



desceu do carro com sua bolsa nas costas. Jogou o cabelo para o lado e abriu a porta de vidro dando visão ao Dean e sua jaqueta de couro. O cabelo bagunçado, o óculos de sol pendurado na gola da blusa cinza de banda e aquele sorriso ao vê-la, deixou a garota desequilibrada, literalmente, o que usou a paradinha para fingir que estava mexendo no celular.

— Bom dia – ela se aproximou.
— Bom dia, , como foi as compras ontem?
— Bem – sorriu e jogou o cabelo para trás. – Comprei tudo pelo celular depois que consultei minha mãe – eles riram.
— Eu estou fazendo isso, e ela disse ”Vamos no sábado e com isso você e eu podemos passar mais tempo”, eu não pude falar não.
— Mães – sorriu. – Cadê todo mundo?
— Então – esfregou a mão na calça clara. – Eu só queria passar um tempo a mais com você – sorriu de lado. – Espero que não se incomode.
— Tudo bem, vamos para minha sala?

Ele concordou e pegou a caixa de Donuts e os dois cafés.
pendurou o casaco na cadeira e sentou com ele no sofá, pegaram um Donuts e seus respectivos cafés e ficaram conversando até o momento que todos chegaram. O que agradeceu, o assunto já estava ficando complicado de desenrolar, e seu café estava mais aguado. Aquilo era um sinal? Bom não deveria ser, ou devia ser?
Como não era sempre que ia convidado no programa, eles tiravam alguns dias para fazer duas gravações, agora como coordenadora de quase todos os setores, estava mais atarefada e o dobro do cansaço. Praticamente desejava sentar no sofá que tinha em sua sala.
April mudou de figurino pela terceira vez, deixando mais anda assustada.

— Equipe – o silêncio foi exatamente no momento que ouviram April. – Vamos para nossa terceira gravação, mas antes quero que vocês almocem – sorriu. – Então serão duas horas de almoço, pois sei que foi puxado, e com isso sei que precisam de descanso, aos poucos vocês se reúnem aqui e voltamos para a gravação – se retirou.
— Vamos almoçar juntos? – Dean apareceu rapidamente.
— Eu vou fazer isso com minha mãe – segurava o celular na mão. – Me desculpa.
— Tudo bem, eu encontrou com você depois então.

A coordenadora se afastou e voltou para a ligação com sua mãe.

Então fique com ele, você não vai dispensar o garoto assim.
— Mãe, ele compreende, não tem problema, marco com ele outro dia.
— Não quero ser a interferência de uma noite sua.
— Dona Amybeth!
– pode ouvir a mulher rir. – Você não era assim.
— Sempre fui, não quer fingir isso.
— Eu decidi tudo já, eu vou até ai almoçamos juntas.
— Aguardo você, filha
.

Foi um almoço bom, pelo menos sua mãe não falou sobre Dean, e a mesma coisa, principalmente que ele era o filho de April. No estúdio ela marcou com Dean de ir até um restaurante na quarta a tarde. Iriam almoçar e conversar um pouco enquanto iam ao Central Park.



O casaco bem colocado no banco do passageiro, Dodger olhando pela janela e o celular conectado no painel. Chris batia no ritmo de Under the Sea. Estamos indo para a casa de Scott, ele ia passar a semana lá já que teria muitos afazeres.

— Vamos, Dodger – abriu a porta para o cachorro que ficou parado na frente da porta. Chris caminhou tranquilamente e apertou a campainha.
— Hey Dodger – Scott fez carinho nele e deixou entrar em casa. – Irmão – abraçou forte. – Como você está?
— Levando e cansado, espero que não atrapalhe você.
— Não vai, eu gosto da companhia de vocês dois. Estava preparando o jantar já.
— Se quiser ajuda.
— Fica a vontade, deixa as coisas do Dodger, e pode tomar um banho, depois conversamos – olhava a comida no fogo.

Ele concordou e foi tomar um banho rápido, mas como sempre fazia, olhou o chat da conversa dele com , estava online. Com a toalha no ombro – sem camisa – ele estava apoiado no batente da porta ainda olhando para aquele chat parado por longos dias.
Pensou então seguir os conselhos de Ana e começou a escrever devagar, pensando muito bem nas palavras, mas parou olhou novamente e apagou tudo segurando de uma só vez o botão. A respiração profunda demonstrava o quanto estava desapontado com sua falta de coragem e deixou o celular em cima da bancada da pia; Ligou o chuveiro e deixou a água esquentar, o vapor o ajudava a se acalmar e pensar melhor, a tensão de seus músculos relaxavam a cada gota de água. Era insano como ele ficava só de pensar em . Aquela garota o levou ao extremo.

— Chris, desde que horas você está sentado aí? – Scott levou um susto.
— Foi mal, estava lendo uma notícia.
— Deve ser das piores.
— Não.
— E a cara de enterro é pelo o que?
— Estou bem – levantou deixando o celular no sofá. – Vou arrumar a mesa.

Scott sabia, Christopher não estava bem e não era de hoje, não era também nenhum problema no ramo artístico dele. Só que as coisas pioravam quando o mais velho não queria compartilhar. Mais a noite, os dois assistiam televisão, ao passar pelo Queen Night, deixaram no programa, até porque Gal Gadot era a convidada especial. Scott percebeu o desconforto de Chris com o programa, ele desviando o olhar, procurando para vê se uma tal garota aparecesse. O que sabia que nunca ia acontecer.

— Procurando por ela?
— Ela quem?
, Chris.
— Não, eu não converso mais com ela, não estava esperando ela aparecer.
— Terminaram.
— Não, eu terminei com ela.
— Chris, eu não entendo, você estava tão bem com ela. te fez sentir o céu e o chão ao mesmo tempo, não foi isso que você me falou.
— Ela é muito nova – usou o mesmo argumento.
— Até então você não se preocupava com isso, sei que já ficou com garotas muito mais novas que ela.
— É diferente.
— Realmente – Chris o estranhou concordando consigo. – foi um furacão da sua vida, um verão fora de estação. Te levou em lugares que você se descobriu, mostrou um sentimento que você nunca sentiu, e você pode provar tudo sem medo. Você saiu do seu padrão, do que você colocou para si mesmo, ela nunca foi o que você sempre imaginou e não é o negativo. Você queria a calmaria, sem muitos alarmes, para viver na mesma rotina, mas quando apareceu, você tinha até mais tempo para vir aqui e ir até a casa dos nossos pais, dava cada dia um sorriso mais largo e você fala que ela é muito nova.

Scott jogou todas as cartas, sem muitas cautelas. Para que tomar cuidado com ele sendo que Chris não tinha tomado esse cuidado?

, pode até ter feito tudo isso mais ainda é por ela ser mais nova.
— Você quer me convencer ou convencer você sobre essa “verdade”? – fez aspas com o dedo.
— Não quero convencer ninguém.
— Vou dizer o que eu acho – se aproximou mais do irmão. – Você tem medo – Christopher negou. – Tem, tem medo de sair cem por cento do conforto que você criou, ela trouxe a felicidade e o amor para você, mas é muito intenso e você fica dizendo que ela é mais nova. Ambos têm tamanho o suficiente para saber o que faziam e duvido que vocês evitavam.
— A gente nunca evitou nada. Ela sempre respeitava meus limites, ela me ensinou tanto que eu aos trinta e sete anos nem sabia... Mas o que vão dizer dela? Eu tenho medo dos ataques que ela pode sofrer.
— Acho que como ela é sua fã, ela já deve imaginar, não saber por completo, mas imaginar ela pode. Se você a ama, se passou todos esses dias querendo ter passado com ela, você devia ir conversar com ela sim.
— E dizer que inventei sobre a idade só para protegê-la?
— Sim, falar a verdade vai ajudar muito vocês, e você com essa questão.
— Scott – passou a mão no cabelo e depois apalpou seu bolso. – Se fosse tão fácil do que falar eu já estaria no apartamento dela horas atrás.
— Então vai, não agora, pois ela vai achar você meio louco – eles riram. – Mas vai.
— Eu vou, não posso ficar mais um dia se dizer tudo a ela – olhava a agenda. – Na verdade, posso, amanhã eu não tenho tempo.
— Vai na quarta então – riu. – É um bom dia não é?
— É sim – falou com um sorriso de orelha a orelha.



Na quarta, estava sentada na varanda do seu quarto. Não era a mesma vista igual da sala, mas o sol quentinho de outono, a brisa tranquila e o café nas mãos, davam um conforto emocional. Sentia a tranquilidade a alegria, até mesmo a paz que estava em seu coração. Talvez ter desabafado com sua mãe no sábado e no domingo e ter fechado o projeto da reforma, possa ter dado passagem para essas sessões boas.
se levantou, precisava começar a escolher a roupa para sair com Dean, no entanto, seu interfone tocou em plena nove horas da manhã. Atendeu e desceu mais tranquila sabendo que era os novos jogos de cama que havia comprado.

— Ok, muito obrigada – fechou a porta atrás de si.
! – ouviu seu nome ser chamado.
— Sim, ah oi! – Era a síndica e proprietária do prédio. – Aconteceu alguma coisa?
— Essa é a Carly, ela comprou o prédio e será a nova dona e síndica do prédio.
— Oi prazer – e Clary apertaram a mão. – Desculpa dar uma recepção assim – as três riram.
— Sem problema , você é de qual andar?
— Último – disse com orgulho.
— Ela é uma boa inquilina, mesmo estado agora em reforma, respeita todas as regras só deu um probleminha uma vez, mas a culpa não foi dela.
— Graças a Deus – riu só de lembrar. – Quem diria que o cano ia estourar em plena madrugada, mas está tudo certo, depois daquele dia eu chamo uma equipe para verificar a cada seis meses.
— Depois eu passo em cada apartamento e deixo o meu contato e entre outras coisas.
— Certo, eu queria poder ficar mais e conversar, mas além de guardar o recebido, preciso me arrumar para sair. Vejo vocês em breve.
— Até.

Os jogos de cama estavam impecáveis, tão lindos quantos os que ela ia doar. Deixou tudo de uma forma que pudesse levar até o ponto de doação quando saísse.

desceu as escadas segurando a sacola de doação. Dean estava com o braço apoiado na porta aberta em frente ao apartamento dela, retribuindo o sorriso para ela. Ambos perceberam que um carro estacionou mais atrás e ninguém desceu, porém, por que se importar com isso agora?

Duas semanas e meia, ele demorou duas semanas e meia para ter a porcaria da coragem ir até a casa dela e ver que tinha colocado um ponto final em tudo. Não estava rotulando ela, muito menos julgando, ele concordava que estava mais do que certa, a pior coisa seria ela ficar em casa chorando pelos cantos e tentando achar um motivo ou se culpar.

“Scott, a chave está no mesmo lugar?”

Alguns minutos depois de ter enviado a mensagem, Scott respondeu, mas lá do trabalho sabia que algo tinha dado errado.

“Está sim, Chris. A gravação não vai demorar muito, logo também estarei em casa.”


Dean havia demorado para sair já que estava procurando o endereço do local, com isso não perceberam que o carro que perceberam estacionar, havia saído naquele momento.
O homem já havia feito a reserva do restaurante. A mesa estava quase que no centro do restaurante, depois da sobremesa os dois foram ao Centra Park e de lá eles foram até a casa de Dean. Havia poucos móveis, e os que tinham era apenas para dar conforto depois de um dia cansativo de trabalho, com exceção do quarto do rapaz que estava exatamente como ele quis.
Depois de acenderem a lareira a gás, os dois ficaram sentados no sofá, conversando e com a garrafa de cerveja ainda cheia.

— Não gosta de cerveja? – ele olhou para a garrafa em cima da mesinha de centro, que estava sendo amparada por um porta-copos.
— Faz tempo que não tomo, eu parei.
— Parou por... – ele buscava a palavra correta com medo de dizer que ela era independente da bebida.
— Não – ela riu. – Eu parei, pois não comprei mais, não tive mais motivos para tomar – em outras palavras era: “Chris Evans não ia mais à minha casa”. – E com isso não tomo mais.
— Ah, sim, eu bom, não sabia como dizer se você estava no AA – ele ria.
— Não, é tudo menos isso – suspirou olhando para o celular. – Está tarde, eu não vi o tempo passar – começou se ajeitar para colocar o casaco.
— Eu acho melhor você não ir – ele parou na frente dela. – Você podia ficar aqui – aproximou-se e acariciou a bochecha dela. – Podemos passar mais tempo juntos.

Dean a beijou, intensamente e completo de desejo. se entregou a ele, mesmo deixando de lado a ideia de que ele era filho da sua chefa. Deixaram para trás a lareira e a televisão ligados, ele conduziu a garota até seu quarto.

Depois daquela hora, se levantou, colocou sua roupa e foi sentar na sala. Desligou a tv e ficou mexendo no celular, olhava as fotos, as mensagens e até mesmo a pequena agenda que ela tinha feito para poderem passarem juntos. Riu do pequeno ênfase no “Prioridade: casa dos pais” queria pelo menos poder voltar fazer tudo aquilo com Evans.

— Te achei – Dean apareceu sem camisa na sala. – Achei que tinha ido embora, o que achei estranho já que amanhã entramos mais tarde – sentou ao lado dela.
— Eu preciso ser sincera com você – olhava diretamente nos olhos dele. – E espero que você entenda, pois existem pontos que não posso revelar – respirou fundo já formando as falas para não machucá-lo. – Antes de a gente ter essa noite, que foi boa de verdade, eu estava saindo com outro homem, era em momentos e horas específicas dos dias só que... Ele marcou, marcou bem mais do que eu ia imaginar. Então mesmo depois de hoje, de tudo, eu só queria fazer duas coisas: Agradecer, pelas conversas íntimas, o almoço e a noite ontem, e desculpar por ser tão direta com você.
— Antes agora do que depois – estava nitidamente triste. – Não vou força-la em tentar algo que em seus olhos já esta a decisão, eu só quero que você e essa pessoa possam pelo menos se acertarem ou você se acertar consigo.
— Agradeço por entender, Dean, e sei que falar isso pode ser meio estranho e desnecessário, mas podemos tentar ser amigos.
— Não sei se tenho peito para segurar tudo isso, me desculpa.
— Tudo bem, eu posso imaginar – ficaram em silêncio. – Eu vou para casa, agradeço imensamente por tudo.
— Eu que tenho que te agradecer – se levantaram. – Obrigado por ter aceito.
— Por nada.

Ela sorriu verdadeiramente e voltou para o quarto. Dean deu a privacidade para ela se arrumar e depois levar a moça até o apartamento dela.

chegou em seu apartamento, tirou a roupa e colocou seu pijama, estava sem sono e pensando nas noites de amor com Evans, e para tentar distrair a mente, foi ler as novas regras que a síndica deixou para ela, e a melhor parte foi saber que agora a parte de cima a pertencia e que poderia ter animais no prédio.



Christopher segurava a caneca olhando para o quintal, Dodger estava correndo pelo lugar e brincando, Scott não voltou para a casa o que deixou a casa vazia apenas para si, o que fez ser uma sensação horrível, queria poder conversar com seu irmão colocar para fora.

— Chris, eu estava com Zac.
— Sem problemas.
— Como foi com a ?
— Ela estava saindo com outro homem, então não quis atrapalhar.
— Saindo como casal ou como amigos? – se preocupou.
— Eu não parei para perceber essas coisas.
— Conversa com ela, volta lá! Você não vai deixar passar isso só porque ela saiu com um amigo, ou alguém que estava ficando ou conhecendo.
— Não vou atrapalhar o que ela está começando – estava inseguro. – Deve ter esquecido tudo, Scott, ela está realmente seguindo em frente.
— E você aí pensando assim sem ao menos saber quem ele era, ou se ela realmente esqueceu tudo – bebericou o café. – Normal essa insegurança e esse medo, mas não acha que esse um mês que vocês passaram juntos não foi mais intenso que qualquer outro? Eu ainda permaneço com a ideia que você devia pelo menos tirava esse peso do coração e das costas.

Chris não se pronunciou, ficou quieto, repassando as falas de Scott e rapidamente se levantou. Deixou a caneca em cima da ilha e foi se trocar, colocou uma jaqueta em cima do suéter, desceu as escadas rapidamente e esperou Dodger se aproximar e fez um carinho breve nele.

— Não sei se volto para ao almoço, qualquer coisa eu compro algo e trago para casa.
— Não vou esperar você, e mande uma mensagem quando estiver voltando.
— Pode deixar, mandarei.

Falar com Scott o enchia de coragem, ele consegui fazer com que aquele lado tímido sumisse por um longo tempo, na verdade, dependia muito sobre qual assunto. Repassou as palavras mais importantes em sua mente, não queria ir até ela e falar um discurso pronto, nem chegar lá e mostrar que havia ensaiado horas antes de bater na porta.
Só queria poder dizer o quanto errou... A amava, desejava, e não conseguia passar um dia sem pensar nela.
O elevador parecia levar uma interinidade para chegar no andar de e aquela música só piorava tudo. Quando a porta se abriu, ele foi direto para entrada da casa dela, arrumou o cabelo e no momento que estava pronto para apertar a campainha, a porta se abriu revelando um homem alto e barbudo. Estava suando e nitidamente cansado.

— Você é o Chris Evans? – ele se pronunciou depois de alguns minutos se encarando.
— Sou, e você deve ser... – pigarreou. – Namorado da .
— Não, eu nem conheço a , eu só trabalho com a Emily.
— Emily?
— Um momento – ele entrou no apartamento e logo voltou para o lado de fora. – Está vindo, você poderia dar um autógrafo? – tinha papel e caneta em suas mãos. – Meu filho é muito seu fã.
— Claro, claro – ele autografou ainda sem entender nada o que estava acontecendo ali.
— Muito obrigado – deu um tapinha de leve no ombro do ator.
— Por nada – e viu o trabalhador sair mais alegre do que antes. Não demorou muito para a porta se abrir novamente, e uma mulher ruiva aparecer. – Você deve ser a Emily.
— Eu não esperava a visita de Chris Evans.
— Você mora aqui agora?
— O que?
— No prédio, você mora aqui agora?
— Ah, não – riu. – Eu sou arquiteta, me contratou, só estou reformando a casa dela.
— Hm, desculpe pelo mal entendido.
— Não há problema, ela só vai voltar mais tarde, se quiser posso avisar que você esteve aqui.
— Não precisa – disparou a resposta. – Eu prefiro falar com ela depois, eu volto.
— Muito bem, como você desejar.
— Com licença e desculpe atrapalhar.
— Não precisa se desculpar.

Caminhou para o elevador e ficou esperando ele aparecer na sua frente, contava os números juntamente no momento que eles apareciam e quando piscou o vermelho mostrando o andar de , ele não entrou, olhou para o lado e caminhou até a porta de emergência e sentou na escada, ficou ali esperando chegar do trabalho. Ele cochilou, conversou com a família e amigos e verificou a agenda de compromisso, tudo isso até o momento que ele escutou a chave dela cair no chão e ela xingar. Christopher saiu rapidamente das escadas de emergência e apareceu atrás dela, a garota que se abaixava para pegar a chave olhou entre suas pernas e viu o homem ali, parado e a observando segurando o riso entre os lábios.
estava diferente, havia clareado os fios e alongado o mesmo, nitidamente estava relaxada o que entregava que tinha recebido uma boa massagem.

.
— Christopher – se levantou. – O que faz aqui? – tinha a certeza que seu coração ia sair a qualquer momento.
— Eu preciso falar com você, sobre nós dois.
— Tudo bem – respirou fundo. – Entre – destrancou a porta. – Não repare, mas está uma bagunça, resolvi mudar tudo.
— Com licença – adentrou. – Vai mudar até a vista?
— Vou melhorar, um momento.

Pediu e levou as coisas até seu quarto, Chris ficou no meio da sala olhando para cada lugar, não havia mais a identidade dela que havia conhecido, não tinha os mesmos móveis onde gravaram suas declarações de amor. Quando ela voltou, ficou atrás do sofá novo e ele na frente dele.

— Pode falar – ela deu permissão.
— Eu errei, errei em falar que não podíamos ficar mais juntos por você ser mais nova, errei por tentar esconder você de todo mundo, errei em não querer mostrar para as pessoas que eu gosto o motivo da minha real felicidade. Se eu ao menos pudesse ter uma forma de voltar atrás e mudar tudo – deu um pequeno passo para frente. – Eu mudaria, não sou digno do seu amor, você me amou mesmo com as condições que eu coloquei a você, e você seguiu respeitando-a.
— Deve ser porque eu imagino o quão ruim deve ser ter a vida colada nas capas de revistas, eu não aceitei por ser submissa ao homem, aceitei por respeitar sua privacidade, além de que ninguém precisa ficar sabendo com quem eu saio, ou beijo ou transo, mesmo essa pessoa sendo você – a sinceridade soou em sua voz.
— E é por isso que eu vim aqui, eu não precisava exigir nada de você, você me compreende de uma forma, que nenhuma outra mulher compreendeu.
— Eu posso ser nova, mas não sou imatura, Christopher. Se for para fazer um espetáculo e chamar a atenção dos flashes, eu já teria feito isso, você já deve imaginar isso.
— Sim – ele respirou fundo. Porque era tão difícil falar com ela se poder imaginar em tocá-la? – , eu quero recomeçar tudo de novo, voltar da onde paramos, mas de uma forma melhor, sutil sem muitos rótulos. Você aceita voltar da onde paramos, viver o momento, o nosso momento?
— Você veio aqui esperando que eu voltasse correndo para seus braços, e que eu ia falar que senti saudades de você, que você é tudo para mim e não consegui viver um segundo sem os seus beijos, parcialmente é tudo verdade, mas não ache que só voltando aqui me falando as maiores verdades do que aconteceu entre nós dois, vai me fazer voltar.
— Consegui acabar com tudo – se virou para ela e passou a mão no cabelo, estava mais nervoso do que nunca.
— Eu preciso de tempo Christopher, ver se tudo isso merece uma segunda chance, se isso não vai me sufocar ou sufocar você, não esqueça que antes de falar com você no aniversário do Queen Night, eu já te amava.
— Dou todo o tempo que você quiser – os olhos dele estavam marejados, não era atuação, era amor, um amor forte e caloroso como o verão.
— Obrigada, eu juro que envio uma mensagem para você.
, eu vou estar no aguardo.
— E você receberá a resposta.

Caminhou até a porta dando a entender a ele que desejava que fosse embora. E para um bom entendedor meia palavra já bastava.

— Até mais, .
— Até, Christopher.

A vida era realmente uma caixinha de surpresa para ela, um dia colocava Chris na sua vida, no outro tirava, no outro colocava, não entendia mais nada o que era para acontecer muito menos o que escolher, queria poder usar o vira-tempo e com isso nunca ter conhecido Chris Evans no aniversário do programa.
tomou um banho, jantou e enviou mensagem para a dona Amybeth, até ela não soube o que falar para a filha. Ela se deitou colocou um desenho qualquer na televisão e adormeceu apenas escutando o mesmo.
Já na casa do Scott, Chris ainda estava acordado, o cobertor aquecia o vazio do lado da cama enquanto mais uma vez Dodger se mexia para achar outra posição para dormir. Eram tantas questões sem respostas... Ele não sabia se aceitava que havia perdido a garota que realmente amou ou se ainda tinha um por cento de chance de tê-la novamente em seus braços.



Duas semanas difíceis, da casa para o trabalho do trabalho para casa, estava cansada. Cansada da reforma, do programa, de viver na mesma rotina, de ver Dean a encarando como se fosse a primeira mulher a fazer uma revolução. Queria e iria jogar tudo para o ar, sair dali, de New York e ir para um lugar mais afastado ou mais movimentado. Tanto faz! Ela só precisava respirar.

— Doutora, Amybeth? – uma das enfermeiras a chamou por trás da cortina. Ela atendia um paciente.
— Sim, pode entrar.
— Com licença, sua filha está esperando você, eu pedi para que ela esperasse na sua sala.
— Está tudo bem com ela? – estava bem preocupada, afinal fazia um tempo que não tinha visto a filha e ela não ia aleatoriamente no hospital.
— Sim, só está a sua espera.
— Certo, obrigada.

Não demorou muito e Amybeth já estava a caminho do seu consultório.

— Filha, o que aconteceu?
— Só vim avisar que vou dar uma viajada rápida.
— Mas e seu trabalho?
— Ele espera, eu não posso mais ficar aqui.
— Muito bem, e para onde a senhorita vai?
— Qualquer lugar, mãe, desde que seja longe daqui eu fico feliz.
— Vá para North Caroline, lá tem as melhores praias e pode ajudar você a pensar.
— Eu irei.
— E me avise a hora que você chegar.
— Avisarei, estou de saída mãe, até mais.
— Até, e vá com Deus.



Tinha arrumando uma mala só, ia ficar dois dias depois de pegar um hotel de frente para a praia. Ela estava de frente para a sua janela, agora modificada, com seu robe rosa e os fios longos meio úmidos, ia sair amanhã de manhã, já tinha avisado Holly e agora só faltava achar uma boa resposta para tudo que ela queria. Seria tão bom se pudesse conversar com seu pai nessas horas.

Sentir aquele vento em seu rosto entrando pela janela do carro dava o ar de liberdade que ela tanto desejava há alguns dias, ela podia já sentir o cheiro do mar e a brisa dele, o hotel ia ficar bem de frente para a praia. Deixou o carro com o manobrista, e pegou a chave do quarto, ao destrancar percebeu a maravilhosa vista do oceano. Lembrou-se de como seu pai amava levar eles todo final de semana para a praia e só voltavam no final da noite de domingo.
Os dois dias mais produtivos e cheios de nada para fazer, ela ficava na praia, passeava e tirava fotos. Tinha decidido tudo que naqueles dois dias e tomado a decisão principal.

“Oi, Chris! Tem como se encontrar comigo na cafeteria na esquina de Boston? A que você sempre me levava?”
, oi, sim eu te encontro que horas?”
“Daqui trinta minutos.”
“Te espero lá.”


Ela já estava na estrada voltando de North Caroline e ia aproveitar essa deixa e passaria em Boston. Estacionou em frente à cafeteria e entrou no lugar colocando a chave na bolsa, o cheirinho de café lembrava dos bons momentos ao lado dele ali. Chris a viu e fez um sinal sutil para ela ir até ele.

— Oi – sentou na frente dele.
— Oi, eu pedi o de sempre para você.
— Agradecida, eu amo Cappuccino, e como estão as coisas?
— Bem e você?
— Eu deixei o trabalho por dois dias, eu estava na estrada, voltando de North Caroline.
— Nossa.
— É – sorriu. – Mas vim aqui para falar da nossa conversa, já se passou duas semanas e eu tenho uma resposta.
— Pode dizer – estava ansioso.
— Eu acho – deu um gole. – Que podemos dar uma nova chance para o nosso amor.

Ele abriu um sorriso, o mais lindo de todos e sentiu o corpo inteirinho arrepiar, ele conseguia desestruturar ela – sentada – com apenas um único sorriso.

– segurou a mão dela. – Eu tenho uma condição é... – ela o interrompeu.
— Ah não, Christopher – soltou logo sua mão. – Você só pode está de brincadeira.
— Espera, você não me deixou falar.
— E nem vou – se levantou.

levantou e levou o Cappuccino, estava incrédula que perdeu seu tempo para poder ouvir que ainda tinha uma condição no meio disso tudo. De Boston para New York, ela foi tentando controlar toda sua raiva, assim não causava nenhum acidente.

Bateu na porta pela terceira vez e nada da sua mãe abrir, estava ficando irritada já, queria sair daquele frio e tomar um banho ali mesmo. Quando foi bater pela quarta vez sua mãe destrancou e abriu a porta.

— O que foi? Que desespero todo é esse? – a mulher questionou.
— Desespero? Nenhum, eu vou passar a noite aqui.
— O que ele fez, filha? – sabia que era relacionado ao Christopher. – Conte.
— Eu fui conversar com ele em Boston, eu estava voltando de viagem, passei em Boston fomos à cafeteria que íamos sempre – subiam as escadas. – Disse que dava uma segunda chance, e ele vira e fala: “Com uma condição”. foi por causa de condição que nada deu certo.
— E qual era a condição?
— Não sei – pegava uma roupa qualquer do closet. – Eu não perguntei.
! – fez a filha da um pulinho de susto.
— Mãe!
— Você podia ter escutado, vai se era algo relacionado em avisar a família primeiro e depois deixar a mídia saber.

E então foi aí que ela caiu do cavalo, sua mãe estava certa e ela não tinha pensado por esse lado, agiu por impulso e raiva, não tinha pensando bem e também estava sendo movida pela TPM, como ela foi deixar isso passar?

— Eu vou ligar para ele – pegou o celular.
— Não, primeiro você vai tomar o seu banho, eu vou fazer um jantar nós e amanhã você liga.
— Mas...
— Sem “mas”, você está na minha casa e vai me obedecer – poucas vezes ela falava autoritária com sua filha, mas às vezes, com aquele gênio dela, precisava ser mais firme. – Amanhã vocês dois conversam.

Amybeth saiu do quarto e deixou o eletrônico no seu quarto, enquanto preparava o jantar.

No outro lado, em Boston, Chris jogava a bolinha para seu fiel companheiro. Se culpava por ter usado a palavra, ele podia ter usados tantas outras palavras e ele foi usar justamente o que engajou o relacionamento deles.

— Você devia ter ido junto – falava com Dodger. – Com certeza você ia ajudar na situação, eu acho que não tem mais volta, agora é literalmente apenas eu e você.

Jogou pela última vez a bolinha, Chris fechou a cortina e foi para seu quarto acompanhado de Dodger.
Chris Evans acordou com seu celular vibrando e com a pata de Dodger na sua costela, ele riu e se esticou para pegar o eletrônico, esfregou os olhos para poder ver quem era a pessoa que enviou a mensagem, e só de ler sentiu um calorzinho em seu coração.

“Oi, eu de novo... Podemos conversar?”
“Oi, podemos.”
“Foi mal por ontem, teoricamente era para eu estar mais calma, mas não tenho culpa se resolvi literalmente entrar na tpm.??”
“Está perdoada, quer sair?”
“Quero, quero conversar direito, e não se preocupe, estou levando chocolate.”
“Muito bem, está bem acompanhada, lol.”
“Eu estou, não vou negar lol.”
“Tem um endereço que quero que você vá, nós encontramos lá.”
“Boston ou New York?”
“New York.”
“Mas você não está em Boston?”
“Eu dou um jeito, . Me encontra às quatro da tarde.”
“Anotado, e o endereço?”
“Logo envio, te vejo em breve.”


Não tinha endereço, não tinha um lugar, não tinha uma mochila a jato ou uma das Mark’s do Tony Stark. Ele teria que fazer mágica para conseguir tudo isso até às quatro horas, e era oito horas, além disso tudo, teria que levar Dodger consigo; Olhou no Google um salão que sabia que estava para alugar em New York, conversou com o proprietário – através do corretor, alugou por um determinado tempo, e enviou o para o endereço, era mais longe da casa da mãe dela e isso a deixou meio duvidosa.
Chris correu com tudo em sua casa, pegou roupa, algumas coisas de Dodger e colocou no porta malas, arrumou o carro para levar o companheiro com toda a segurança e pegou a estrada o mais rápido possível, ele corria contra o tempo.

Deu quatro horas e nada dele, pegou o celular enviou uma mensagem para ele e nada da resposta, será que...

— Não, eu estou ficando paranoica com essa ideia – voltou para o carro, estava começando a chover e não queria ficar com mais frio.

E esperou mais um pouco, se desse quatro e trinta e cinco, ela ia embora e mandava outra mensagem para o ator. Até o momento que viu o farol do veículo vindo em sua direção. Christopher saiu segurando a guia de Dodger e eles correram em direção da porta do carro de . A moça desceu sem falar nada, apenas sorriu sem mostrar os dentes e foram para a área coberta.

— Desculpa a demora, eu precisei pegar a chave.
— Sem problemas – segurava Dodger. – Eu estava com tanta saudade sua – fazia carinho no cachorro. – Agora você pode ir na minha casa sabia? – ela deixou escapar e aquilo literalmente fez o coração do homem disparar rapidamente.
— Entrem – ele pediu, fingindo não ter ouvido nada.

Era um grande salão, bem reformado e nitidamente era para qualquer fim comercial. Tinha algumas cadeiras e um sofá novo ali, coberto com lençol branco. Chris tirou e deixou o mesmo pegar um pouco de ar, tirou a guia de Dodger e deixou-o andando pelo lugar.

— Pode falar, você fez tudo isso hoje.
— O que entregou?
— Dodger e sua blusa fora da calça – estava de braços cruzados para se aquecer.
— Foi, fiquei com medo de você desistir.
— Não – estavam bem perto. – Não ia desistir, a verdade é que não quero mais enrolar com isso.

Um mês. Foi tudo que ele teve para poder conhecer algumas palavras que ela falava, e que demonstrava que ela desejava ser beijada com todo desejo. Chris a puxou pela cintura e a beijou, sentindo aquele gosto de framboesa do batom dela, o perfume, o toque dela, a pele dela. Seu corpo estava com saudade de tê-la por perto, de sentir o calor que exalava e o deixava sem chão.

— Achei que havia perdido você para sempre – ele assumiu.
— Impossível, eu sempre fui sua mesmo antes de nos conhecermos.
— Percebi, você disse que Dodger podia ir à sua casa agora.
— Hey, podia fingir que não tinha escutado.
— E ignorar um: “Voltamos” assim? Sem mais nem menos?
— É – ela riu. – Qual era a condição?
— Eu queria avisar a minha família primeiro, você sabe como as notícias correm rápido.
— Pior que eu sei – e como sempre, sua mãe estava certa. Andou pelo o lugar e sentou em uma das cadeiras, Chris fez o mesmo, mas no sofa. – O que foi? – ele a olhava.
— Só estou admirando você – ele assumiu. – Algum problema?
— Não, é que esse olhar parece meio, bolando algo a mais.
— Não estou – sorriu de lado, aquele sorriso que sempre deixava ela bamba. puxou o cabelo para o lado, e sorriu juntamente dele. – Agora que tudo está se ajeitando, o que você acha da gente sair daqui?
— Como assim Chris e seus compromissos? Eu estou de férias, mas… – Interrompida.
— Hey – se levantou e se agachou na frente dela. – Não se preocupe com isso, eu realmente quero passar muito tempo com você, bem mais do que com a agenda – fez ela rir. – Então, quer ir comigo?
— Para onde?
— Tem que ser um lugar mais ou menos por perto.

Ela pensou rapidamente em Chicago, só que sua mente foi o mais alto possível que poderia para aquele momento.

— Chicago, só que com uma condição: Temos que ir para o prédio que tenha uma vista mais bonita do que o meu.
— Do jeito que você quiser, vamos para Chicago.

Ele a beijou mais uma vez, e depois foram embora. deixou eles ficarem na casa dela mesmo com a reforma – que acabava aquela semana. Não teria como não estar feliz, estava com o homem que amava, Dodger e sua casa lindamente reformada.
Christopher avisou sua família, por mensagem e depois sua assessora, já , avisou sua mãe que comemorou em casa com um bom champanhe e a foto de seu marido ao lado da cabeceira da cama. A notícia realmente correu rápido, deixando todas as fãs pasmas. Mas quem ligava? Agora era se preparar para Chicago.




Fim.



Nota da autora: Parte dois com muito amor e reconciliação, e eu garanto, a parte três é de chorar porém não falem por onde.
Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ?
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
?





Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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