Capítulo Único
O vento londrino soprava sem nenhuma espécie de pudor por aqueles que ainda estavam na rua naquela altura da noite. Na mesma intensidade que achava o ar gélido revigorante para abaixar seu nível de estresse, ele começava a acreditar que, ao mesmo tempo, isso só deixava sua musculatura mais tensa e rígida.
Um banho quente resolveria aquilo.
Mas ele tinha plena consciência que, naquele momento, uma dose de qualquer que fosse a bebida alcoólica seria muito mais efetiva e mais que bem recebida.
Mesmo que nunca tivesse sido um fã assíduo das festas ou das boates que seus colegas costumavam convidá-lo, depois de um dia enlouquecedor e estressante de estágio até mesmo o maior dos devotos viraria um shot. E com ele, que nunca recusava uma cerveja, só se tornava mais benéfico ainda.
estava no último semestre de administração e fora designado pela faculdade a fazer estágio em uma das melhores empresas do ramo, uma pena que essa empresa fosse daquele que o rapaz tinha a infelicidade de chamar de pai. No início do semestre, John fizera de tudo para beneficiá-lo com atribuições que nunca na vida um mero estagiário sonharia receber, mais uma prova de que o mais velho não conhecia o próprio filho e seu considerável senso de justiça. recusou exatas três propostas de projetos até que seu genitor perdesse a pouca paciência que tinha e começasse a fazer o contrário ao tentar lhe barrar e desfavorecer a todo custo.
Não que os pensamentos dele e de seu pai sempre estivessem alinhados, muito pelo contrário, eles estavam sempre discutindo e se alfinetando. Entretanto, naquele dia, em especial, fora o ápice para o rapaz. O mais velho não só fora desagradável, mas também fez questão de humilhar e rebaixar o filho na frente de seus colegas apenas por implicância e orgulho. Além de, é claro, delegar uma quantidade exorbitante de tarefas que seria impossível terminar na jornada habitual de um estagiário, o que fez com que ficasse até mais tarde trabalhando.
Ao lembrar-se minimamente do dia caótico que tivera enquanto caminhava, fechou os olhos com força bufando estressado. Mas quando os abriu lembrou-se das palavras doces e nada sutis de sua melhor amiga assim que eles se despediram mais cedo (quando ela terminava seu trabalho e chegava na metade do seu, vale ressaltar).
— Eu não consigo achar palavras para xingar seu pai que se adequem ao horário comercial, mas que fique claro que eu vou adorar falar as mais sujas e pesadas com você depois. — disparou a falar enquanto pegava sua bolsa e caminhava na direção do rapaz.
sorriu fraco dando de ombros sem tirar os olhos do computador. Ele mal percebeu a garota se aproximando, apenas sentiu o aroma frutado de seu perfume invadir seus sentidos e os lábios dela colados na altura de seu maxilar, deixando ali um beijo rápido que o fez arregalar os olhos.
— Inclusive… — agora ela dizia próximo ao ouvido do amigo enquanto algumas mechas de seus cabelos longos caiam despretensiosamente sobre os ombros dele. — Amanhã é seu aniversário, acho que você precisa relaxar… Vou te mandar um endereço mais tarde e te encontro lá.
Sua relação com era algo engraçado. Os dois se conheceram na faculdade e não se deram bem logo de cara; pelo contrário, costumavam competir entre si para provar que eram um melhor que o outro. A guerra durou um ano até que em um trabalho do terceiro semestre ambos fossem designados a fazer um projeto juntos e foi ali que eles entenderam que eram bons separados, mas que unidos eram imbatíveis. Depois disso, ambos só se deixaram cativar por quem era tão diferente e ao mesmo tempo tão semelhante deles mesmos.
não achou que a amiga falava sério, até o momento que a mensagem com o endereço realmente chegara junto de um pedido nada educado para que ele fosse. Ele também não acreditou que realmente iria, até se encontrar parado em frente a fachada do endereço que a amiga havia lhe enviado.
BB Club. O rapaz leu o letreiro em led iluminado tombando a cabeça pro lado enquanto imaginava o que aquele nome realmente queria sugerir. Mas definitivamente não era como se ele tivesse sequer se aproximado do que viu quando adentrou o estabelecimento.
— Boa noite, como você se chama? — a moça com um iPad parada na entrada perguntou.
— . — respondeu receoso, torcendo para que tivesse mesmo colocado seu nome na lista para evitar a vergonha que estava prevendo acontecer ali — .
A garota loira sorriu, erguendo o olhar do iPad para ele.
— Ah! — tudo parecia mais claro para ela agora, no entanto sorriu sem entender — Você é o convidado especial da … Vem. Me acompanhe até o local que ela reservou.
O local era maior do que parecia quando visto do lado de fora, tinha algumas mesas de vidro, alguns sofás brancos e um bar imenso com mais bebidas do que o vasto conhecimento do rapaz compreendia. Tudo era iluminado com luzes que mesclavam em tons de roxo, em alguns momentos lilás e em outros violeta. Tinha também um palco central cercado de vários outros pódios circulares e menores, todos com barras de metal fixadas no centro. Parecia muito um cenário de Burlesque, mas com um 'quê' mais futurista e requintado.
— Espere um pouco aqui enquanto vejo se está tudo pronto no lugar reservado para você. — a garota disse apontando para o bar — Pode pedir o que quiser, a chefe já deixou tudo pago.
Ela piscou brevemente e, em seguida, disse alguma coisa para a outra moça que comandava o bar. soltou o ar que nem percebeu que prendia pelos lábios assim que se sentou no lugar indicado.
— O que vai querer? — um dos garçons perguntou, parecendo curioso a respeito de .
— Ah, é… — o rapaz pareceu perdido em meio a quantidade de bebidas que ele sequer sabia que existiam. — Uma cerveja, pode ser uma cerveja.
O garçom, que só agora em meio às luzes mais claras conseguira enxergar a plaquinha em seu peito que indicava o nome de Bem e que mantinha antes uma postura profissional, apenas riu desacreditado.
— Você pode escolher o que quiser e escolhe uma cerveja? — balançou a cabeça em negação ainda rindo. — Vou te trazer um negroni.
não teve tempo para argumentar, logo Ben lhe deu as costas e começou a preparar o drink.
Aos poucos o clube começava a lotar e o calor humano começando a se intensificar fez com que afrouxasse o nó de sua gravata e abrisse os primeiros botões de sua camisa social branca. O estudante não parava de se perguntar o porquê da amiga tê-lo convidado para aquele lugar e o motivo de todo aquele tratamento especial; quem diabos era a chefe? Ela conhecia ? E onde tinha se enfiado, afinal? Não demorou para que Ben retornasse com a bebida para que pudesse dar voz a seus questionamentos.
— Obrigado, cara. — agradeceu, dando um gole no conteúdo escuro do copo — Deixa eu te perguntar…
Ben arqueou a sobrancelha o incitando a prosseguir.
— Minha amiga , não sei se a conhece, me convidou para vir aqui e bem… Você sabe onde posso encontrá-la? Ah, e quem é a tal chefe de quem vocês tanto falam, como ela me conhece ou porque ela tá pagando meu consumo?
sabia que estava fazendo perguntas demais e que provavelmente Ben não saberia responder todas, mas ele não esperava que o outro começasse a gargalhar com sua ingenuidade.
— Cara… — Ben tombou a cabeça para rir um pouco mais — A é a chefe. O porquê é bem óbvio, mas é algo que você pode concluir sozinho.
— Que? Como? Ela nunca disse nada…
— É tudo bem recente na verdade. — o garçom deu de ombros enquanto secava alguns copos. — Ela se uniu com Addison e Lucy e abriu a casa.
Ben apontou respectivamente para a moça que comandava os funcionários do bar e a que voltava com o tablet em mãos na direção deles.
— Todas são donas daqui, mas a é a cabeça por trás e a estrela ao mesmo tempo. Por isso o apelido. — explicou ele.
se encontrava ao mesmo tempo chocado e encantado. Ele sempre soube do potencial incrível da melhor amiga, mas abrir um negócio daquele tamanho antes mesmo de se formar era algo muito maior do que um dia ele pudesse imaginar. Era nítido o orgulho contido no brilho intenso de seus olhos.
Lucy se aproximou dizendo algo que ele não conseguira entender direito, mas fez um movimento com a mão pedindo-o para acompanhá-la. O caminho não demorou nada, e, quando deu-se por si, já estavam em um ambiente diferente da energia agitada do bar.
Era uma espécie de antessala ou camarote onde existia um sofá enorme, que aparentava ser mais confortável que sua cama, e uma mesa de centro. A luz era mais escura e as paredes se estreitavam para que o foco pudesse ser completamente do palco principal, onde a visão era muito mais privilegiada do que no andar de baixo.
Quando o rapaz pensou em perguntar sobre a amiga para Lucy, percebeu que já estava sozinho ali, e logo em seguida não demorou para que a música se iniciasse.
quase se engasgou com sua bebida quando, alguns segundos depois, apareceu no palco.
Agora a fala de Ben fazia sentido e era ridículo que ele não tivesse chegado àquela conclusão sozinho.
era a chefe e a estrela principal.
E seus olhos não conseguiram desgrudar um segundo sequer depois que ela se fez presente. Seus cabelos e a camisola de seda preta pareciam plumas leves e esvoaçantes assim como seus movimentos.
Quando suas mãos passaram por toda a extensão da barra de metal, a segurou com as mãos e rodou seu corpo até que suas costas estivessem grudadas no metal gélido. Enquanto seu corpo deslizava, seus olhos pareciam bem fixos depois nos do amigo, que, por sua vez, ainda parecia impactado demais.
Em um movimento que pensava nem ser possível perante a física, as pernas de se entrelaçaram no pole com destreza, fazendo-a deslizar e movimentar-se como um anjo.
Um anjo com sorriso maldoso e sacana, que estava lhe tirando toda a sanidade restante e deixando suas calças apertadas. Mas ainda assim, um anjo.
O show durou aproximadamente três minutos, que mais pareceram um flash de segundos para o rapaz. Antes de sair do palco, ela piscou e sorriu, fazendo-o entrar em pânico.
E se ela estivesse vindo a seu encontro agora? Não podia vê-lo naquelas condições. Seus cabelos provavelmente estavam bagunçados de tanto que ele arrastara as mãos por ali, sua respiração estava acelerada e ruidosa, e, o fato mais desesperador de tudo: ele estava duro.
Sentia-se horrível. Não que seu desejo por ela fosse alguma novidade, mas provavelmente o chamou ali porque confiava nele a ponto de mostrar seu trabalho, algo que ela não fizera com mais ninguém. Era sujo, desrespeitoso e tudo que ele conseguiu pensar foi em sair dali correndo.
Seus pés até começaram o trabalho, mas a porta se abriu no mesmo momento que suas mãos encostaram na maçaneta e estava ali. Suas bochechas estavam rubras e sua expressão ainda era a mesma de quando deixou o palco.
— Surpresa! — ela murmurou em tom de quem parecia segurar uma risada. — Onde estava indo?
— Eu, é… Ah… Pegar mais bebida, é. — o rapaz disse rápido, fazendo-a sorrir.
— Você me parece ansioso, acho que pode deixar isso pra depois. Sinto que há outras coisas mais urgentes… — ela se aproximou mais dele, fechando a porta atrás de si. — Mas, me conta, o que achou da casa e do show?
— Eu… Estou surpreso? É demais, estou encantado pelo fato de você ser dona disso tudo, só confirma o quanto você é foda. E o show… Eu ainda não sei falar algo que não seja… Uau.
sorriu satisfeita, dando mais um passo e encostando seu peito ao dele.
— Você merecia um show e todo o conforto que podia depois desse dia de bosta. — ela deu de ombros enquanto sentia a respiração do amigo se tornar mais acelerada — Mas não estou aqui pra falar do seu pai… E sim para te dar esse presente de aniversário.
O olhar de desceu até seus lábios e levou uma de suas mãos até a nuca dele, aproximando-se do ouvido do rapaz.
— Pensei em te dar o pacote completo. — sua voz era baixa, fazendo arrepios correrem por todo o corpo dele. — Pensei que, nessa noite, eu podia ser seu presente. Nós até poderíamos conversar, mas acho que seria mais proveitoso se tirássemos nossas roupas e ficássemos nus, não acha?
teve certeza que, se ainda estivesse bebendo, ele se engasgaria até perder o ar. Mas, como tudo acontece no tempo certo, ele havia terminado com o conteúdo de seu copo e, agora, podia aproveitar aquele momento.
Suas mãos, que provavelmente se cansaram de perder tempo e de receber comandos tolos de sua mente, pareceram agir por conta própria quando seguraram a cintura de e findaram a distância que ainda restava entre seus corpos.
Os lábios de ambos se encontraram como se já soubessem exatamente o que fazer em um beijo caloroso e provocante.
As unhas de subiram delicadamente até a raiz dos cabelos da nuca do rapaz, que sentiu todo seu corpo vibrar em excitação enquanto ainda brincava com os lábios dela entre os seus.
— Vem, vou te levar pra um lugar melhor. — murmurou ofegante quando tivera oportunidade.
arqueou a sobrancelha. Havia mais algo a ser mostrado ali? Como se estivesse lendo seus pensamentos, selou seus lábios mais uma vez, piscou um dos olhos e sorriu antes de puxá-lo pela mão consigo.
A boate no andar de baixo parecia estar mais cheia do que antes, a música no entanto parecia mais abafada no cômodo que estavam. Seja lá o que fosse que queria mostrá-lo, concluiu que não era tão longe, visto que depois de alguns poucos passos eles já estavam diante da porta com uma estrela pendurada de enfeite.
— É claro. — ele riu coçando a nuca — A estrela não poderia deixar de ter um camarim!
— Você já parece estar por dentro das piadas internas da equipe… — também riu, enquanto destrancava a porta. — Acho que preferia quando não sabia o que estava acontecendo.
— Agora pareço ter chance de bagunçar seus planos, ? — fora a vez dele murmurar próximo ao ouvido da amiga.
pareceu titubear.
— Você já deveria saber que eu sempre tenho tudo sob controle, . — finalmente a garota conseguira abrir a porta, desvencilhando-se do amigo e voltando a encará-lo. — A prova disso é que estamos aqui exatamente onde planejei, prestes a terminar o que começamos.
sorriu ao vê-la se aproximando e levando suas mãos até o colarinho de sua camisa. Era claro que ele sabia, a conhecia mais do que bem, afinal. E que nunca sonhasse com isso, mas ele bem que gostava de ser surpreendido pelos planos dela.
Não demorou para que eles voltassem a se beijar, com mais vontade e calor que antes, visto que as mãos de haviam desabotoado agilmente todos os botões da camisa de em uma velocidade impressionante enquanto ela o guiava até o sofá de couro que havia ali.
O rapaz apenas fechou os olhos e deixou-se aproveitar os beijos da amiga por todo seu peitoral e pescoço enquanto tinha a mesma em seu colo, rebolando sob suas partes íntimas ainda tão injustamente vestidas.
— Pensei que o show era o maior presente da noite… — ofegou ele — Acho que me enganei.
A dançarina se levantou do sofá com os olhos fixos no amigo enquanto desatava o nó de seu robe de seda negra. sorriu ao ver a expressão dele enquanto a peça leve e fluída deslizava por seu corpo rumando ao chão.
— Aqui não precisamos de um pole pra você me ver fazendo strip.
Os olhos dele gravavam em sua mente cada movimento e expressão dela, por mais simples que estes parecessem, tudo parecia um espetáculo e ele o fã da primeira fileira. Cada toque e peça retirada era como uma solução inflamável perto de um palito de fósforo aceso e ele mal podia esperar para que eles incendiassem o cômodo. E então ela tirou as meias, os saltos e então o sutiã rendado, posicionando-se no divã que ali havia, de costas para .
Restara apenas ela: a calcinha preta minúscula, acompanhada de um sorriso largo e convidativo emoldurado pelo batom vermelho de .
Com destreza e rapidez inesperadas, sentiu a última peça que lhe vestia deslizar pela pele macia de suas pernas, assim como as pontas dos dedos de , que a olhava com devoção.
E amou aquilo. Ela nunca havia se sentido tão desejada antes. Soava até mesmo patético, frente a quantidade de outras vezes que ambos haviam feito sexo na vida e até mesmo frente aos olhares que ela frequentemente atraía quando estava nos palcos. Tinha algo diferente, algo que ela não sabia descrever, mas que havia acendido mais ainda o desejo que já habitava seu corpo.
só tirou as mãos dela para tirar as peças de roupa que ainda vestia, mas logo retornou para o divã, deitando seu corpo sobre o da amiga, que arfou com o prévio contato de suas intimidades.
Apenas quando inverteram as posições que pode vislumbrar do corpo do amigo com mais paciência e riqueza de detalhes. Ela estava acostumada a ver o que todos viam, não estava acreditando que estava ali, frente aquela visão única e privilegiada. Era tudo perfeitamente proporcional, não como se fosse uma criação acidental. Tempo havia sido gasto quando fora criado, porque tudo ali parecia propositalmente perfeito.
Depois de demorar alguns segundos em seu olhar derretido de desejo, deslizou as unhas pelo peitoral do rapaz enquanto beijava e mordiscava o lóbulo de uma de suas orelhas. A dançarina engatinhou até que alcançasse a altura da virilha de , que suspirou sofregamente quando a mesma agarrou seu membro massageando-o lentamente.
Mas mesmo que aquilo fosse bom, nada podia ser comparado ao que sentiu quando os lábios de tocaram sua intimidade pela primeira vez. Com a intenção de segurar seu orgasmo o maior tempo que conseguisse, ele fechou os olhos, já que não conseguiria aproveitar a visão de o chupando.
, por sua vez, mantinha seus olhos fixos no rapaz e sentia sua intimidade ficar mais molhada a cada expressão de prazer, mordida nos lábios ou espasmos musculares.
— Chega… — esbravejou ele. — Vou ter que implorar pra te comer? Porque se é isso que você quer eu…
— Seu pedido é uma ordem, birthday boy. — ela o interrompeu sorrindo maldosa enquanto buscava por preservativos na gaveta de sua penteadeira.
Se ambos achavam que tudo que haviam experimentado até ali havia sido único, eles não conseguiram encontrar palavras para expressar a sensação de quando seus corpos findaram toda a distância restante.
O membro dele deslizando dentro dela, os altos e indiscretos gemidos abafados pela música da boate, o choque entre seus corpos quentes e suados contrastando aos movimentos de sobre . Os quadris dela sendo agarrados com força e o desejo palpável nas pontas esbranquiçadas dos dedos dele, a fim de trazê-la para mais perto de si. O corpo de era tocado como um quebra cabeça inédito para ele. Era enlouquecedor, único; e só a fazia pensar em implorar mais e mais em meio a seus gemidos para que ele a tocasse e a levasse ao topo.
Quando seus corpos suados desabaram lado a lado, parecia uma piada que tudo aquilo havia acontecido. Se dissessem a eles que tudo aquilo aconteceria agora, provavelmente eles teriam rido até chorar. Mas agora parecia certo. Inacreditável, mas misteriosamente certo.
— Tenho algumas perguntas. — disse, inquieto. riu, já acostumada com o jeito dele.
— Sou toda ouvidos.
— Quando abriu a boate?
— Há alguns meses. Na verdade eu e as meninas trabalhamos aqui há alguns anos, aí o antigo dono faliu e nós decidimos comprar o espaço e torná-lo mais seguro para as strippers. — ela deu de ombros.
— Você parecia radiante no palco…
— Eu gosto de estar no palco, mas gosto mais ainda da sensação de ser dona disso aqui. — ela o olhou com os olhos brilhando e para não restou outra opção que não sorrir orgulhoso.
— Quanto tempo faz que começou a planejar isso?
estalou os lábios enquanto deslizava as unhas pelo peitoral dele.
— A surpresa há alguns dias, te pegar há alguns anos…
A gargalhada dele encheu seus ouvidos, do jeitinho que ela amava, fazendo-a rir junto.
— Mas é sério, . E agora? — questionou apontando para eles.
— Agora a gente decide se vai pra sua casa ou pra minha… — ela deu de ombros — Você sabe, desde que estejamos nus, não me importo nem um pouquinho com o lugar.
— E qualquer coisa sempre teremos o camarim da chefe, hm?
E então ela selou seus lábios aos dele em meio a um sorriso.
Um banho quente resolveria aquilo.
Mas ele tinha plena consciência que, naquele momento, uma dose de qualquer que fosse a bebida alcoólica seria muito mais efetiva e mais que bem recebida.
Mesmo que nunca tivesse sido um fã assíduo das festas ou das boates que seus colegas costumavam convidá-lo, depois de um dia enlouquecedor e estressante de estágio até mesmo o maior dos devotos viraria um shot. E com ele, que nunca recusava uma cerveja, só se tornava mais benéfico ainda.
estava no último semestre de administração e fora designado pela faculdade a fazer estágio em uma das melhores empresas do ramo, uma pena que essa empresa fosse daquele que o rapaz tinha a infelicidade de chamar de pai. No início do semestre, John fizera de tudo para beneficiá-lo com atribuições que nunca na vida um mero estagiário sonharia receber, mais uma prova de que o mais velho não conhecia o próprio filho e seu considerável senso de justiça. recusou exatas três propostas de projetos até que seu genitor perdesse a pouca paciência que tinha e começasse a fazer o contrário ao tentar lhe barrar e desfavorecer a todo custo.
Não que os pensamentos dele e de seu pai sempre estivessem alinhados, muito pelo contrário, eles estavam sempre discutindo e se alfinetando. Entretanto, naquele dia, em especial, fora o ápice para o rapaz. O mais velho não só fora desagradável, mas também fez questão de humilhar e rebaixar o filho na frente de seus colegas apenas por implicância e orgulho. Além de, é claro, delegar uma quantidade exorbitante de tarefas que seria impossível terminar na jornada habitual de um estagiário, o que fez com que ficasse até mais tarde trabalhando.
Ao lembrar-se minimamente do dia caótico que tivera enquanto caminhava, fechou os olhos com força bufando estressado. Mas quando os abriu lembrou-se das palavras doces e nada sutis de sua melhor amiga assim que eles se despediram mais cedo (quando ela terminava seu trabalho e chegava na metade do seu, vale ressaltar).
— Eu não consigo achar palavras para xingar seu pai que se adequem ao horário comercial, mas que fique claro que eu vou adorar falar as mais sujas e pesadas com você depois. — disparou a falar enquanto pegava sua bolsa e caminhava na direção do rapaz.
sorriu fraco dando de ombros sem tirar os olhos do computador. Ele mal percebeu a garota se aproximando, apenas sentiu o aroma frutado de seu perfume invadir seus sentidos e os lábios dela colados na altura de seu maxilar, deixando ali um beijo rápido que o fez arregalar os olhos.
— Inclusive… — agora ela dizia próximo ao ouvido do amigo enquanto algumas mechas de seus cabelos longos caiam despretensiosamente sobre os ombros dele. — Amanhã é seu aniversário, acho que você precisa relaxar… Vou te mandar um endereço mais tarde e te encontro lá.
Sua relação com era algo engraçado. Os dois se conheceram na faculdade e não se deram bem logo de cara; pelo contrário, costumavam competir entre si para provar que eram um melhor que o outro. A guerra durou um ano até que em um trabalho do terceiro semestre ambos fossem designados a fazer um projeto juntos e foi ali que eles entenderam que eram bons separados, mas que unidos eram imbatíveis. Depois disso, ambos só se deixaram cativar por quem era tão diferente e ao mesmo tempo tão semelhante deles mesmos.
não achou que a amiga falava sério, até o momento que a mensagem com o endereço realmente chegara junto de um pedido nada educado para que ele fosse. Ele também não acreditou que realmente iria, até se encontrar parado em frente a fachada do endereço que a amiga havia lhe enviado.
BB Club. O rapaz leu o letreiro em led iluminado tombando a cabeça pro lado enquanto imaginava o que aquele nome realmente queria sugerir. Mas definitivamente não era como se ele tivesse sequer se aproximado do que viu quando adentrou o estabelecimento.
— Boa noite, como você se chama? — a moça com um iPad parada na entrada perguntou.
— . — respondeu receoso, torcendo para que tivesse mesmo colocado seu nome na lista para evitar a vergonha que estava prevendo acontecer ali — .
A garota loira sorriu, erguendo o olhar do iPad para ele.
— Ah! — tudo parecia mais claro para ela agora, no entanto sorriu sem entender — Você é o convidado especial da … Vem. Me acompanhe até o local que ela reservou.
O local era maior do que parecia quando visto do lado de fora, tinha algumas mesas de vidro, alguns sofás brancos e um bar imenso com mais bebidas do que o vasto conhecimento do rapaz compreendia. Tudo era iluminado com luzes que mesclavam em tons de roxo, em alguns momentos lilás e em outros violeta. Tinha também um palco central cercado de vários outros pódios circulares e menores, todos com barras de metal fixadas no centro. Parecia muito um cenário de Burlesque, mas com um 'quê' mais futurista e requintado.
— Espere um pouco aqui enquanto vejo se está tudo pronto no lugar reservado para você. — a garota disse apontando para o bar — Pode pedir o que quiser, a chefe já deixou tudo pago.
Ela piscou brevemente e, em seguida, disse alguma coisa para a outra moça que comandava o bar. soltou o ar que nem percebeu que prendia pelos lábios assim que se sentou no lugar indicado.
— O que vai querer? — um dos garçons perguntou, parecendo curioso a respeito de .
— Ah, é… — o rapaz pareceu perdido em meio a quantidade de bebidas que ele sequer sabia que existiam. — Uma cerveja, pode ser uma cerveja.
O garçom, que só agora em meio às luzes mais claras conseguira enxergar a plaquinha em seu peito que indicava o nome de Bem e que mantinha antes uma postura profissional, apenas riu desacreditado.
— Você pode escolher o que quiser e escolhe uma cerveja? — balançou a cabeça em negação ainda rindo. — Vou te trazer um negroni.
não teve tempo para argumentar, logo Ben lhe deu as costas e começou a preparar o drink.
Aos poucos o clube começava a lotar e o calor humano começando a se intensificar fez com que afrouxasse o nó de sua gravata e abrisse os primeiros botões de sua camisa social branca. O estudante não parava de se perguntar o porquê da amiga tê-lo convidado para aquele lugar e o motivo de todo aquele tratamento especial; quem diabos era a chefe? Ela conhecia ? E onde tinha se enfiado, afinal? Não demorou para que Ben retornasse com a bebida para que pudesse dar voz a seus questionamentos.
— Obrigado, cara. — agradeceu, dando um gole no conteúdo escuro do copo — Deixa eu te perguntar…
Ben arqueou a sobrancelha o incitando a prosseguir.
— Minha amiga , não sei se a conhece, me convidou para vir aqui e bem… Você sabe onde posso encontrá-la? Ah, e quem é a tal chefe de quem vocês tanto falam, como ela me conhece ou porque ela tá pagando meu consumo?
sabia que estava fazendo perguntas demais e que provavelmente Ben não saberia responder todas, mas ele não esperava que o outro começasse a gargalhar com sua ingenuidade.
— Cara… — Ben tombou a cabeça para rir um pouco mais — A é a chefe. O porquê é bem óbvio, mas é algo que você pode concluir sozinho.
— Que? Como? Ela nunca disse nada…
— É tudo bem recente na verdade. — o garçom deu de ombros enquanto secava alguns copos. — Ela se uniu com Addison e Lucy e abriu a casa.
Ben apontou respectivamente para a moça que comandava os funcionários do bar e a que voltava com o tablet em mãos na direção deles.
— Todas são donas daqui, mas a é a cabeça por trás e a estrela ao mesmo tempo. Por isso o apelido. — explicou ele.
se encontrava ao mesmo tempo chocado e encantado. Ele sempre soube do potencial incrível da melhor amiga, mas abrir um negócio daquele tamanho antes mesmo de se formar era algo muito maior do que um dia ele pudesse imaginar. Era nítido o orgulho contido no brilho intenso de seus olhos.
Lucy se aproximou dizendo algo que ele não conseguira entender direito, mas fez um movimento com a mão pedindo-o para acompanhá-la. O caminho não demorou nada, e, quando deu-se por si, já estavam em um ambiente diferente da energia agitada do bar.
Era uma espécie de antessala ou camarote onde existia um sofá enorme, que aparentava ser mais confortável que sua cama, e uma mesa de centro. A luz era mais escura e as paredes se estreitavam para que o foco pudesse ser completamente do palco principal, onde a visão era muito mais privilegiada do que no andar de baixo.
Quando o rapaz pensou em perguntar sobre a amiga para Lucy, percebeu que já estava sozinho ali, e logo em seguida não demorou para que a música se iniciasse.
quase se engasgou com sua bebida quando, alguns segundos depois, apareceu no palco.
Agora a fala de Ben fazia sentido e era ridículo que ele não tivesse chegado àquela conclusão sozinho.
era a chefe e a estrela principal.
E seus olhos não conseguiram desgrudar um segundo sequer depois que ela se fez presente. Seus cabelos e a camisola de seda preta pareciam plumas leves e esvoaçantes assim como seus movimentos.
Quando suas mãos passaram por toda a extensão da barra de metal, a segurou com as mãos e rodou seu corpo até que suas costas estivessem grudadas no metal gélido. Enquanto seu corpo deslizava, seus olhos pareciam bem fixos depois nos do amigo, que, por sua vez, ainda parecia impactado demais.
Em um movimento que pensava nem ser possível perante a física, as pernas de se entrelaçaram no pole com destreza, fazendo-a deslizar e movimentar-se como um anjo.
Um anjo com sorriso maldoso e sacana, que estava lhe tirando toda a sanidade restante e deixando suas calças apertadas. Mas ainda assim, um anjo.
O show durou aproximadamente três minutos, que mais pareceram um flash de segundos para o rapaz. Antes de sair do palco, ela piscou e sorriu, fazendo-o entrar em pânico.
E se ela estivesse vindo a seu encontro agora? Não podia vê-lo naquelas condições. Seus cabelos provavelmente estavam bagunçados de tanto que ele arrastara as mãos por ali, sua respiração estava acelerada e ruidosa, e, o fato mais desesperador de tudo: ele estava duro.
Sentia-se horrível. Não que seu desejo por ela fosse alguma novidade, mas provavelmente o chamou ali porque confiava nele a ponto de mostrar seu trabalho, algo que ela não fizera com mais ninguém. Era sujo, desrespeitoso e tudo que ele conseguiu pensar foi em sair dali correndo.
Seus pés até começaram o trabalho, mas a porta se abriu no mesmo momento que suas mãos encostaram na maçaneta e estava ali. Suas bochechas estavam rubras e sua expressão ainda era a mesma de quando deixou o palco.
— Surpresa! — ela murmurou em tom de quem parecia segurar uma risada. — Onde estava indo?
— Eu, é… Ah… Pegar mais bebida, é. — o rapaz disse rápido, fazendo-a sorrir.
— Você me parece ansioso, acho que pode deixar isso pra depois. Sinto que há outras coisas mais urgentes… — ela se aproximou mais dele, fechando a porta atrás de si. — Mas, me conta, o que achou da casa e do show?
— Eu… Estou surpreso? É demais, estou encantado pelo fato de você ser dona disso tudo, só confirma o quanto você é foda. E o show… Eu ainda não sei falar algo que não seja… Uau.
sorriu satisfeita, dando mais um passo e encostando seu peito ao dele.
— Você merecia um show e todo o conforto que podia depois desse dia de bosta. — ela deu de ombros enquanto sentia a respiração do amigo se tornar mais acelerada — Mas não estou aqui pra falar do seu pai… E sim para te dar esse presente de aniversário.
O olhar de desceu até seus lábios e levou uma de suas mãos até a nuca dele, aproximando-se do ouvido do rapaz.
— Pensei em te dar o pacote completo. — sua voz era baixa, fazendo arrepios correrem por todo o corpo dele. — Pensei que, nessa noite, eu podia ser seu presente. Nós até poderíamos conversar, mas acho que seria mais proveitoso se tirássemos nossas roupas e ficássemos nus, não acha?
teve certeza que, se ainda estivesse bebendo, ele se engasgaria até perder o ar. Mas, como tudo acontece no tempo certo, ele havia terminado com o conteúdo de seu copo e, agora, podia aproveitar aquele momento.
Suas mãos, que provavelmente se cansaram de perder tempo e de receber comandos tolos de sua mente, pareceram agir por conta própria quando seguraram a cintura de e findaram a distância que ainda restava entre seus corpos.
Os lábios de ambos se encontraram como se já soubessem exatamente o que fazer em um beijo caloroso e provocante.
As unhas de subiram delicadamente até a raiz dos cabelos da nuca do rapaz, que sentiu todo seu corpo vibrar em excitação enquanto ainda brincava com os lábios dela entre os seus.
— Vem, vou te levar pra um lugar melhor. — murmurou ofegante quando tivera oportunidade.
arqueou a sobrancelha. Havia mais algo a ser mostrado ali? Como se estivesse lendo seus pensamentos, selou seus lábios mais uma vez, piscou um dos olhos e sorriu antes de puxá-lo pela mão consigo.
A boate no andar de baixo parecia estar mais cheia do que antes, a música no entanto parecia mais abafada no cômodo que estavam. Seja lá o que fosse que queria mostrá-lo, concluiu que não era tão longe, visto que depois de alguns poucos passos eles já estavam diante da porta com uma estrela pendurada de enfeite.
— É claro. — ele riu coçando a nuca — A estrela não poderia deixar de ter um camarim!
— Você já parece estar por dentro das piadas internas da equipe… — também riu, enquanto destrancava a porta. — Acho que preferia quando não sabia o que estava acontecendo.
— Agora pareço ter chance de bagunçar seus planos, ? — fora a vez dele murmurar próximo ao ouvido da amiga.
pareceu titubear.
— Você já deveria saber que eu sempre tenho tudo sob controle, . — finalmente a garota conseguira abrir a porta, desvencilhando-se do amigo e voltando a encará-lo. — A prova disso é que estamos aqui exatamente onde planejei, prestes a terminar o que começamos.
sorriu ao vê-la se aproximando e levando suas mãos até o colarinho de sua camisa. Era claro que ele sabia, a conhecia mais do que bem, afinal. E que nunca sonhasse com isso, mas ele bem que gostava de ser surpreendido pelos planos dela.
Não demorou para que eles voltassem a se beijar, com mais vontade e calor que antes, visto que as mãos de haviam desabotoado agilmente todos os botões da camisa de em uma velocidade impressionante enquanto ela o guiava até o sofá de couro que havia ali.
O rapaz apenas fechou os olhos e deixou-se aproveitar os beijos da amiga por todo seu peitoral e pescoço enquanto tinha a mesma em seu colo, rebolando sob suas partes íntimas ainda tão injustamente vestidas.
— Pensei que o show era o maior presente da noite… — ofegou ele — Acho que me enganei.
A dançarina se levantou do sofá com os olhos fixos no amigo enquanto desatava o nó de seu robe de seda negra. sorriu ao ver a expressão dele enquanto a peça leve e fluída deslizava por seu corpo rumando ao chão.
— Aqui não precisamos de um pole pra você me ver fazendo strip.
Os olhos dele gravavam em sua mente cada movimento e expressão dela, por mais simples que estes parecessem, tudo parecia um espetáculo e ele o fã da primeira fileira. Cada toque e peça retirada era como uma solução inflamável perto de um palito de fósforo aceso e ele mal podia esperar para que eles incendiassem o cômodo. E então ela tirou as meias, os saltos e então o sutiã rendado, posicionando-se no divã que ali havia, de costas para .
Restara apenas ela: a calcinha preta minúscula, acompanhada de um sorriso largo e convidativo emoldurado pelo batom vermelho de .
Com destreza e rapidez inesperadas, sentiu a última peça que lhe vestia deslizar pela pele macia de suas pernas, assim como as pontas dos dedos de , que a olhava com devoção.
E amou aquilo. Ela nunca havia se sentido tão desejada antes. Soava até mesmo patético, frente a quantidade de outras vezes que ambos haviam feito sexo na vida e até mesmo frente aos olhares que ela frequentemente atraía quando estava nos palcos. Tinha algo diferente, algo que ela não sabia descrever, mas que havia acendido mais ainda o desejo que já habitava seu corpo.
só tirou as mãos dela para tirar as peças de roupa que ainda vestia, mas logo retornou para o divã, deitando seu corpo sobre o da amiga, que arfou com o prévio contato de suas intimidades.
Apenas quando inverteram as posições que pode vislumbrar do corpo do amigo com mais paciência e riqueza de detalhes. Ela estava acostumada a ver o que todos viam, não estava acreditando que estava ali, frente aquela visão única e privilegiada. Era tudo perfeitamente proporcional, não como se fosse uma criação acidental. Tempo havia sido gasto quando fora criado, porque tudo ali parecia propositalmente perfeito.
Depois de demorar alguns segundos em seu olhar derretido de desejo, deslizou as unhas pelo peitoral do rapaz enquanto beijava e mordiscava o lóbulo de uma de suas orelhas. A dançarina engatinhou até que alcançasse a altura da virilha de , que suspirou sofregamente quando a mesma agarrou seu membro massageando-o lentamente.
Mas mesmo que aquilo fosse bom, nada podia ser comparado ao que sentiu quando os lábios de tocaram sua intimidade pela primeira vez. Com a intenção de segurar seu orgasmo o maior tempo que conseguisse, ele fechou os olhos, já que não conseguiria aproveitar a visão de o chupando.
, por sua vez, mantinha seus olhos fixos no rapaz e sentia sua intimidade ficar mais molhada a cada expressão de prazer, mordida nos lábios ou espasmos musculares.
— Chega… — esbravejou ele. — Vou ter que implorar pra te comer? Porque se é isso que você quer eu…
— Seu pedido é uma ordem, birthday boy. — ela o interrompeu sorrindo maldosa enquanto buscava por preservativos na gaveta de sua penteadeira.
Se ambos achavam que tudo que haviam experimentado até ali havia sido único, eles não conseguiram encontrar palavras para expressar a sensação de quando seus corpos findaram toda a distância restante.
O membro dele deslizando dentro dela, os altos e indiscretos gemidos abafados pela música da boate, o choque entre seus corpos quentes e suados contrastando aos movimentos de sobre . Os quadris dela sendo agarrados com força e o desejo palpável nas pontas esbranquiçadas dos dedos dele, a fim de trazê-la para mais perto de si. O corpo de era tocado como um quebra cabeça inédito para ele. Era enlouquecedor, único; e só a fazia pensar em implorar mais e mais em meio a seus gemidos para que ele a tocasse e a levasse ao topo.
Quando seus corpos suados desabaram lado a lado, parecia uma piada que tudo aquilo havia acontecido. Se dissessem a eles que tudo aquilo aconteceria agora, provavelmente eles teriam rido até chorar. Mas agora parecia certo. Inacreditável, mas misteriosamente certo.
— Tenho algumas perguntas. — disse, inquieto. riu, já acostumada com o jeito dele.
— Sou toda ouvidos.
— Quando abriu a boate?
— Há alguns meses. Na verdade eu e as meninas trabalhamos aqui há alguns anos, aí o antigo dono faliu e nós decidimos comprar o espaço e torná-lo mais seguro para as strippers. — ela deu de ombros.
— Você parecia radiante no palco…
— Eu gosto de estar no palco, mas gosto mais ainda da sensação de ser dona disso aqui. — ela o olhou com os olhos brilhando e para não restou outra opção que não sorrir orgulhoso.
— Quanto tempo faz que começou a planejar isso?
estalou os lábios enquanto deslizava as unhas pelo peitoral dele.
— A surpresa há alguns dias, te pegar há alguns anos…
A gargalhada dele encheu seus ouvidos, do jeitinho que ela amava, fazendo-a rir junto.
— Mas é sério, . E agora? — questionou apontando para eles.
— Agora a gente decide se vai pra sua casa ou pra minha… — ela deu de ombros — Você sabe, desde que estejamos nus, não me importo nem um pouquinho com o lugar.
— E qualquer coisa sempre teremos o camarim da chefe, hm?
E então ela selou seus lábios aos dele em meio a um sorriso.
FIM
Nota da autora: Olá? KKKKKKK se você chegou até aqui, espero que tenha gostado desse surto. Obrigada por ler e embarcar em mais uma das minhas histórias. Vejo vocês na próxima!
Com amor, Ju ❤️
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