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Fanfic finalizada.

Capítulo Único

É assim que você pretende me conquistar?
Ergui a terceira garrafa de vinho e um sorriso enviesado se formou nos meus lábios quando voltei para o terraço. A brisa fresca da noite de verão em New York me recebeu e ao me aproximar de onde estava sentada, já peguei sua taça vazia e enchi com o vinho. Sendo essa a nossa terceira garrafa, já estava corada e começando a ficar risonha, enquanto eu estava me sentindo mais leve e descontraído do que no começo do jantar.
– Minha mãe disse que se conquista uma mulher pelo paladar. – respondi, devolvendo a taça para ela. – Já te impressionei com o jantar e a sobremesa, agora é a hora do vinho.
– Sua mãe é uma mulher sábia. – disse, balançando a taça de vinho. – Mas garanto que ela não pretendia que você embebedasse ninguém com essa ideia.
– Ah, não, a parte de você ficar bêbada é totalmente sua responsabilidade. – provoquei, voltando a sentar ao lado dela. – Você que pediu pela terceira garrafa.
– Não dá para resistir ao Merlot e você sabe disso. – encolheu os ombros e deu um gole no vinho. – Sorte minha que não vim dirigindo.
– E mesmo se tivesse vindo, não é como se você não pudesse passar a noite aqui. Minha casa tem muitos quartos de hóspedes, sabia? Mas devo avisar, minha cama é a mais confortável. – umedeci os lábios e deixei minha taça de vinho na mesinha de centro ao lado. – Além do mais, não tenho planos para te deixar sair dessa casa hoje.
Ela arregalou os olhos, se encolhendo contra o braço do sofá como se eu fosse uma ameaça.
– Tá dizendo que isso é um sequestro? – perguntou, puxando uma almofada para o colo.
Semicerrei os olhos com meu melhor ar ameaçador e tirei a taça da mão dela, colocando junto com a minha na mesa de centro. observou tudo em silêncio, os olhos acompanhando os movimentos como se ela estivesse assustada.
– É um sequestro. – confirmei, me inclinando para perto dela. – Te atrair para cá sempre foi a minha intenção.
– Eu acreditei em você, . – murmurou, apertando mais o travesseiro contra o peito. – Eu confiei em você!
– Péssima decisão. – sorri, envolvendo um lado do rosto dela com a mão. – Mas você já sabia.
– Eu sabia. – concordou, seu olhar caindo para a minha boca que estava tão perto da dela. – Eu sou ótima em tomar decisões erradas.
– Sorte a minha. – percorri o polegar sobre os lábios macios de , meu olhar focado na boca dela.
– Sorte a sua. – ela sorriu, então me beijou.
Apoiei uma mão no braço do sofá onde estava encostada, a outra mão fincou em seu quadril, o apertando de leve. A boca dela tinha se tornado uma das minhas coisas favoritas desde a primeira vez que eu provei e era tão fácil me perder no beijo com ela que se tornava perturbador o poder que essa mulher tinha sobre mim.
Não era segredo para ninguém o que eu sentia por , exceto para ela. Todos pareciam ver isso, mas ela não. Nos conhecíamos há muito tempo e eu era perdidamente apaixonado por ela há pelo menos dois anos. Quando, ano passado, eu resolvi que queria falar o que eu sentia, ela apareceu namorando. Eu achava que estava velho demais para isso, mas acho que meu coração partiu com a notícia. Os dois não duraram tanto, o que foi um alívio para mim porque o cara não a merecia, mas foram longos seis meses mesmo assim.
Os dedos dela acariciaram meu rosto, depois se embrenharam no meu cabelo, puxando de leve. soltou um barulho baixinho e delicioso, uma mistura de ronronar e gemido, que me fez realmente querer mantê–la aqui para sempre.
– Dança comigo. – ela pediu, mordendo de leve meu lábio inferior. – A música da minha vida começou a tocar.
Ainda de olhos fechados tentei prestar atenção na música que estava tocando agora e quase ri ao reconhecer a canção de High School Musical 3, um dos filmes favoritos de .
– Você mudou de playlist enquanto eu estava lá dentro? – arqueei uma sobrancelha. – Não lembro de ter colocado High School Musical na trilha sonora.
Ela abriu um sorriso quase inocente.
– Eu posso ter acrescentado uma ou duas músicas na fila de reprodução enquanto você estava lá dentro. – admitiu, empurrando meus ombros para trás. – Anda, can I have this dance não vai durar a noite toda.
Eu ri e levantei, a puxando comigo. bateu contra meu peito e segurou uma das minhas mãos, levando a outra até meu ombro. A puxei para mais perto e começamos a dançar no meio do terraço, acompanhando a música que eu nunca imaginei que iria dançar. Girei três vezes ao redor de si mesma, depois a puxei de volta para mim e nos girei mais duas vezes pelo lugar, o que provocou uma risada nela.
– Você tá me olhando esquisito. – ela franziu o cenho.
– Ainda estou assimilando que você está aqui nos meus braços. – admiti, abaixando meu olhar para o dela. – E que é minha. Não me acorda se for sonho, por favor.
A sensação de falar isso em voz alta era incrível, ainda mais com ela me olhando dessa forma, com os olhos transbordando com amor. não conseguia esconder as emoções e eu tinha me tornado muito bom em ler ela mesmo quando ela tentava.
– Sabia que eu adoro quando você fala que eu sou sua? – sorriu, inclinando o rosto para cima. – Mas que ao mesmo tempo meu lado feminista quer te socar por me chamar assim?
Eu ri alto, não tentando nem segurar.
– Eu imagino seus divertidamentes em crise aí. – toquei levemente na têmpora dela e abaixei meu rosto em direção ao seu. – Mas fala para seu lado feminista que eu não quero confusão, juro que não é sobre te tratar como uma propriedade, é só porque… Porra, você é minha! De forma respeitosa, claro. Se te conforta, eu sou seu.
– Você é meu. – repetiu, testando a frase. – Isso soa muito bem.
E soava muito bem. Eu poderia passar as próximas horas ouvindo as palavras saindo da boca dela e ainda seria como ouvir a minha música favorita pela primeira vez.
– Todo seu. – acrescentei, dando um beijo rápido no pescoço dela.
– Isso é tão meloso. – soltou uma risada. – Quem diria que é um romântico meloso?
– Mas eu ainda nem comprei milhares de rosas e enchi sua casa com elas. – retruquei, indignado. – Você só pode me chamar de meloso depois do primeiro dia dos namorados.
– Ai, Deus, não! – balançou a cabeça em desespero. – Kylie Jenner pode ter amado o gesto absurdo do Travis Scott, mas eu provavelmente infartaria encontrando minha casa daquele jeito.
– Qual é, você ia adorar. – insisti, apertando a cintura dela. – Me imagina descendo pelo corrimão da sua escada, usando só uma sunga vermelha, segurando uma rosa entre os lábios e uma garrafa de champanhe nas mãos? Sexy.
– Seria uma visão difícil de apagar. – assentiu lentamente.
– Você ia sonhar com isso todas as noites. – dei outro beijo no pescoço dela.
– Teria pesadelos com isso todas as noites. – consertou, amolecendo mais um pouco em meus braços.
– Ficaria ainda mais viciada em mim. – mordi de leve a pele dela, satisfeito ao vê–la arrepiar inteira.
– Fugiria de você por meses. – soltou um suspiro baixinho, apertando meu ombro com mais força.
– Me idolatraria. – suguei o pescoço dela, a trazendo para mais perto de mim.
– Ficaria traumatizada... – soltou, mas a voz falhou no final, o que me fez sorrir triunfante. – Você está sorrindo convencido, não é?
Outra vez não consegui conter o riso.
– Eu estou sorrindo convencido. – admiti, erguendo o rosto novamente.
– Você é um canalha. – resmungou, fechando a cara.
– Canalha? Gostei disso. – impliquei, apertando os braços ao redor dela. – E você gosta de mim porque eu sou um canalha.
me olhou com descrença, quase rindo, com certeza entendendo a referência de Star Wars.
– Eu gosto de homens gentis. – disse, exatamente como eu sabia que ela iria fazer.
– Mas eu sou gentil. – Rocei o nariz no dela, olhando para a boca que estava tão perto da minha.
– Não é. – sussurrou, erguendo o queixo para ficar mais perto de mim. – Citar Han e Leia é tipo preliminar pra mim, , você sabe disso.
– Eu sei?! – me fiz de sonso.
– Eu te odeio. – suspirou, me dando um beijo leve. – Muito.
– Não odeia, não. – ri, dando outro beijo nela.
Sua boca encontrou a minha no momento que eu estava pensando em fazer o mesmo e suas mãos se moveram pelos meus braços até o meu pescoço, onde ficaram. As unhas dela fincaram levemente na minha pele, provocando uma onda de arrepios pela base da minha coluna. A segurei mais forte nos meus braços e a girei, curvando seu corpo para trás e deixando–a cair para baixo. Inclinei meu corpo sobre o dela e sorriu, segurando meu rosto entre as mãos.
– É realmente difícil te odiar. – ela admitiu, me dando um selinho.
Sorri satisfeito e lentamente a ergui de novo. se soltou para ir pegar a taça de vinho e eu aproveitei para fazer o mesmo.
– Eu amo essa vista. – comentou, indo para perto do parapeito.
Me aproximei de onde ela estava e parei atrás de , a puxando contra meu peito. Ela encostou a cabeça no meu ombro e continuou olhando para as luzes da cidade em silêncio por um tempo. Não era um silêncio constrangedor, o que só me fazia apreciar ainda mais estar com ela.
– Eu também amo. – respondi, mas estava olhando diretamente para ela. – E já que você também ama, devia ficar aqui mais vezes.
– Essa é a sua forma de me pedir pra morar aqui? – riu baixinho, me olhando por cima do ombro.
– Talvez. – dei de ombros, dando um gole no meu vinho.
– Nós nem assumimos o namoro em público ainda. – girou em meus braços, ficando de frente pra mim.
Soltei um suspiro pesado, lembrando desse detalhe. Com nós dois sendo atores, dificilmente privacidade fazia parte das nossas vidas, mas estávamos conseguindo manter nosso namoro em segredo durante os últimos cinco meses. Não era fácil e muitas vezes nós evitávamos sair em público, mas estava funcionando.
– Você não acha que devíamos admitir? – questionou, fitando meus olhos. – Eu adoro a paz que estamos tendo, mas odeio não poder segurar sua mão quando a gente vai a algum café ou ter que fugir de algum assunto possa revelar sobre nós dois em alguma conversa no trabalho. Ou até ter que ver outra mulher dando em cima de você como foi o caso no aniversário da Marlee.
– Sério? – retorci os lábios. – Eu adoro ver aqueles idiotas dando em cima de você e achando que tem alguma chance.
– Você ficou em tempo de pular no pescoço do Stephen quando ele continuou insistindo em sair comigo mesmo depois de eu ter recusado. – ela lembrou, o que me fez revirar os olhos.
– É, eu realmente odeio ver alguém dando em cima de você. – bufei, desviando o olhar.
riu e segurou meu rosto, me fazendo voltar a olhar para ela.
– Vamos assumir. – falei, cobrindo a mão dela com a minha. – Já tá mais do que na hora de lamentarem que o solteiro mais cobiçado do mundo foi finalmente fisgado.
– Meu Deus, como um ego tão grande cabe dentro de você?
– Porque eu sou maior que ele. – sorri malicioso, obviamente deixando o duplo sentido subtendido.
– Deus me ajude. – olhou para os céus como se estivesse em busca de intervenção divina, suplicando.
– Deixa o drama e vamos dançar de novo. – beijei o dorso da mão dela que eu estava segurando, deixei minha taça no parapeito e fiz o mesmo com a dela. – Com uma música de verdade agora.
– High School Musical tem música de verdade! – retrucou, mas colocou a mão no meu ombro quando a puxei mais para perto.
– Quer comparar High School Musical com Elvis Presley? – arqueei uma sobrancelha, indignado.
mordeu o lábio inferior, parecendo estar tentando pensar em uma resposta que não a incriminasse, mas que também não diminuísse seus filmes. Enquanto isso, can’t help falling in love tocava suavemente pelo alto–falante.
– Tá bom, até eu tenho a noção de não comparar Elvis com um musical da Disney. – respondeu, se rendendo. – Mas não vamos entrar nessa discussão!
– Essa é a minha garota. – sorri orgulhoso, dando um beijo na testa dela.
Eu nunca imaginei que realmente conseguiria conquistar essa mulher ou que depois do ano passado eu estaria na minha varanda, dançando música lenta a luz da lua com nos meus braços, mas aqui estávamos nós dois e eu duvidava que desse pra ficar melhor.


...


– É tão cedo. – murmurei, afundando o rosto no travesseiro.
– Já é nove da manhã. – ela respondeu, voltando a se jogar na cama. – Você vai fazer yoga comigo hoje, depois vamos tomar café.
– A yoga pode ser com nós dois pelados e na cama? – sugeri, gostando muito da imagem que se formava na minha cabeça. – Certeza que vai ser mais divertido.
– Boa tentativa, mas não. – ela riu, e eu senti a cama se mexer quando ela girou e veio para cima de mim, sentando na minha barriga.
Finalmente abri os olhos e me arrependi na mesma hora, pois tínhamos esquecido de fechar as persianas antes de dormir. O preço a se pagar pela melhor vista da cidade era uma parede de vidro que deixava o quarto com luz demais pela manhã. Lentamente me acostumei com a claridade e foquei em , que estava me encarando com um ar divertido.
– Que foi? – questionei.
– Você é um chato de manhã.
– Você que é animada demais. É sábado, . Nós só temos compromisso à tarde. – apelei, agarrando a cintura dela. – Nós devíamos passar o dia na cama.
– Nós devíamos ir fazer coisas de casal juntos. – sugeriu, erguendo a mão no ar. – Por exemplo, tomar café em algum lugar e dar beijinhos para todo mundo ver. Depois disso podíamos ir comprar toalhas novas mesmo que a gente não precise e então…
Não deixei terminar de falar e a joguei na cama, girando para ficar em cima dela. Ela soltou um grito exagerado e riu, seu cabelo escuro se espalhando pelo branco do lençol.
– Ou nós podemos ficar aqui, assim, para sempre. – sugeri, prendendo os braços dela acima da cabeça. – E eu posso terminar de fazer todos os tipos de indecências que começamos na noite passada.
– Nós podemos fazer isso mais tarde após o after party da premiação. – ela negociou. – Eu vou estar usando um vestido indecente que com certeza vai te fazer ter as ideias mais absurdas sobre o que dá para fazer em um dos banheiros do auditório do Critics’ Choice Awards.
– Eu gosto disso. – abaixei o rosto até o pescoço dela e beijei de leve a pele ainda quente e levemente suada de quem tinha acabado de acordar. – Quão indecentes?
– Muito indecente. – ela murmurou, esticando mais o pescoço.
– Acho que eu posso relevar. – falei, erguendo o olhar para ela. – Vamos lá fazer coisas de casais.
O sorriso que ela abriu podia muito bem ter ofuscado a luz do quarto.
– Eu te beijaria se nós dois tivéssemos escovado os dentes. – ela falou, se inclinando pra beijar meu queixo.
– Não vamos deixar isso ser um problema.
Segurando pelas coxas, a ergui no colo e levantei da cama direto para o banheiro. Depois de um banho – bastante longo –, nos arrumamos para tomar café. Era meio idiota estar ansioso por estarmos prestes a revelar o nosso relacionamento, mas mesmo assim eu estava. Mesmo amando minha carreira, eu precisava admitir que a fama tinha seu lado ruim e boa parte dos meus relacionamentos tinham acabado como consequência disso.
– Ei, não pensa demais! – falou, me parando na calçada assim que chegamos na cafeteria onde ela queria comer. – Não é nada novo pra nós, lembra?
– Eu não quero te perder caso as coisas fiquem complicadas demais quando isso vir a público. – suspirei, me encostando na fachada do lugar.
Ela sabia exatamente do que eu estava falando. Alguns fãs podiam ser extremistas e isso me irritava, além de me deixar cheio de ressalvas quando o assunto era me envolver com alguém.
– Eu não vou deixar nada, nem ninguém nos atrapalhar, . – ela sorriu, segurando meu rosto entre as mãos. – Você precisa entender que eu não vou desistir de você depois de você ter passado anos sem desistir de mim.
– Eu te amo, . – soltei sem filtro algum, me perdendo nos olhos que eu tanto amava.
E a verdade é que eu a amava há tanto tempo que me surpreendia não ter falado aquilo antes. Nunca achei que eu fosse ser um romântico, nunca tinha sido nada mais que apaixonado em outros relacionamentos, mas com tudo era diferente e muito mais intenso.
– E eu amo você. – respondeu, me dando um selinho demorado. – Muito.
Meu maldito coração saltou, depois fez cambalhotas e eu agarrei a cintura dela, aprofundando o beijo. Foda–se que estávamos em público, foda–se que todos estivessem olhando. A garota que eu amei por tanto tempo tinha acabado de dizer que me ama também e o mundo poderia acabar agora mesmo que eu não ia perceber.
– Droga, péssimo dia para sair de casa. – resmunguei, ainda contra os lábios dela.
riu, se desvencilhando dos meus braços.
– Já disse que você não vai se arrepender. – retrucou, me dando um último beijo. – Agora vamos.
Tomamos café, compramos coisas desnecessárias como queria e nos esquivamos de paparazzi a manhã toda. No começo da tarde voltou para casa para se arrumar para a premiação e eu fiz o mesmo. A equipe já estava me esperando quando cheguei em casa e começamos a produção na mesma hora. Não é como se tivesse muito a ser feito, mas arrumaram meu cabelo com muito gel, esconderam algumas olheiras com maquiagem e minha estilista me ajudou a compor a roupa da noite.
Horas mais tarde, fui pegar em casa e precisei esperar vinte minutos no carro enquanto ela terminava. estava concorrendo ao prêmio de melhor atriz em filme de ação e era muito provável que ganhasse, então para ganhar ou perder, ela queria estar impecável e de fato conseguiu. Saí do carro assim que ela mandou mensagem avisando que estava descendo e enfrentei os paparazzi até chegar ao lobby do prédio. Quando saiu do elevador, eu podia muito bem ter levado um soco no estômago com a beleza daquela mulher.
O vestido preto acentuava suas curvas, a transparência da renda na lateral mostrava que ela não estava usando calcinha e a fenda no alto da coxa esquerda realmente me dava ideias bem erradas.
– Você planejou a minha morte esse tempo todo? – perguntei, estendendo o braço para ela quando se aproximou.
– Sim, cada detalhe minucioso. – abriu um sorriso provocador nos lábios vermelhos.
– Cruel, você é cruel. – resmunguei, ainda sem conseguir tirar os olhos dela. – Você está linda, se não for óbvio.
– Você também não está nada mal. – disse, me avaliando. – Você sabe que azul em você me provoca coisas.
– Dois podem jogar o seu jogo, querida. – sorri, ajustando a gravata que já estava impecável.
Os paparazzi dispararam perguntas e flashs assim que saímos do prédio, mas os seguranças os afastaram para que pudéssemos chegar ao carro. Abri a porta e ajudei a entrar, depois a segui e o motorista tomou o caminho até a premiação.
– Ansiosa? – perguntei.
– Muito. – ela soltou um riso nervoso. – Depois de anos, ainda fico nervosa com isso.
– Vai, repassa o discurso comigo. – pedi, lembrando que ela vinha ensaiando há dias.
– Não! – negou efusivamente. – Vai me deixar ainda mais nervosa.
– Bom, então espero que você tenha incluído seu belíssimo, muito bom de cama e amoroso namorado no discurso. – arqueei uma sobrancelha, convencido.
– Dediquei uma parte do discurso só para você. – Rebateu cheia de ironia.
– Como devia. – assenti, ignorando a ironia.
Assim que chegamos no teatro onde seria realizada a premiação, ficou ainda mais nervosa, mas disfarçou muito bem quando saímos do carro e todos os olhares se voltaram para nós.
– Não dá pra fugir agora. – ela murmurou, segurando a minha mão.
– Não quero fugir. – garanti, apertando a mão dela. – E você?
– Estou muito bem aqui. – sorriu, respirando fundo para se acalmar. – Vamos.
Os fãs gritando, os jornalistas fazendo a cobertura ao redor do red carpet e os fotógrafos disparando flashs a todo momento era quase sufocante, mas ao mesmo tempo familiar e confortável. Paramos para alguns autógrafos, tiramos algumas fotos juntos e sozinhos e então finalmente paramos ao sermos abordados por uma jornalista da E!.
– Vocês estão impecáveis essa noite, e ! – ela elogiou, olhando de um para o outro. – Quem vocês estão vestindo?
– Esse é um Versace. – sorriu, estendendo a saia do vestido. – Como sempre.
– Versace é o seu queridinho de todas as premiações, já entendemos. – a jornalista riu. – Ela não está linda, ?
– Ah, completamente estonteante. – concordei, voltando minha atenção para a jornalista. – Mais cedo perguntei se ela estava tentando me matar ao usar isso.
– E ela está? – a atenção da mulher voltou para .
– Talvez. – respondeu, sorrindo sucinta. – Mas só um pouco.
– O que nos matou de verdade foi ver vocês dois juntos com direito a mão dadas. O mundo foi à loucura com as fotos de vocês juntos hoje de manhã. – a jornalista me encarou. – E apesar das fotos terem deixado bem claro, nós queremos uma resposta oficial: Vocês estão juntos? Podemos começar a shippar?
Olhei para e ela sorriu para mim, fazendo um meneio de cabeça. Envolvi a cintura dela com o braço e a puxei para mais perto de mim, mal conseguindo acreditar que aquela mulher era minha.
– É oficial. – anunciei, relutando em voltar meu olhar para a jornalista. – é a única que eu sempre quis.
– Ah, meu Deus! Simplesmente adorável. – a jornalista se empolgou. – Nós desejamos felicidades para o mais novo casal de Hollywood.
– Muito obrigada, Sharon! – sorriu. – Vou precisar de sorte para lidar com o ego desse homem.
– Ei! – retruquei.
Brincamos por mais um tempo, então seguimos em frente e durante o tempo todo, eu não conseguia focar em nada que não fosse e a expressão radiante que ficou em seu rosto a noite toda. Mesmo com toda atenção em nós dois, tudo que eu podia fazer era me apaixonar ainda mais por essa mulher. E como esperado, ela ganhou a categoria que estava concorrendo e seu discurso impecável mencionou o namorado incrível e de ego enorme que a apoiou durante o tempo todo, o que me fez cair no riso.
– Ela realmente tem que estar muito apaixonada pra te aguentar, . – Joshua me zombou, sentado na cadeira ao meu lado.
– Não seja ciumento, Llyford. – zombei, lançando um sorriso sugestivo para ele. – Você pode aparecer na minha casa quando ela estiver fora da cidade.
– Ideia tentadora. – ele piscou para mim. – , seu namorado estava dando em cima de mim, te digo isso porque sou seu amigo.
Olhei para cima no momento que voltou com o prêmio em mãos.
– Eu sou muito flexível, Josh. Adoraria um trisal, o que acha? – ela abriu um sorrisinho malicioso, voltando a sentar na poltrona ao meu lado.
– Eu gosto muito da ideia. – Joshua a olhou dos pés a cabeça. – Muito mesmo.
– Ei, acabou a brincadeira! – cortei, apontando um dedo na direção de Joshua.
riu e se inclinou para beijar minha bochecha.
– Não escuta ele, Josh. Te ligo assim que convencê–lo. – falou para o meu amigo.
No fim da premiação seguimos para o after party e a loucura foi enorme. Perdi no meio da festa quando ambos fomos engolidos por nossos amigos que queriam explicações sobre o nosso namoro. Mas em algum momento, após conseguirmos fugir da euforia, a puxei comigo para o banheiro mais próximo e tranquei a porta atrás de nós.
– Todo mundo viu a gente entrando. – ela falou, agarrando meus ombros e me empurrando contra a porta.
– Somos um casal apaixonado, ninguém vai julgar. – dei de ombros, escorregando o paletó pelos ombros.
– Que bom. – disse, puxando meu cabelo entre os dedos quando beijou meu pescoço. – Porque eu não dou a mínima.
Ergui na pia e subi seu vestido para poder ficar entre as pernas dela. Sua boca encontrou a minha e foi simplesmente de tirar o fôlego. A música e a conversa estavam altas lá fora, mas todo o meu foco era a respiração ofegante dela que ficava mais alta a cada segundo. Era como estar bêbado dela, tonto e perdido, mas sem álcool, só extasiado de .
– Você vai me enlouquecer um dia, sabia? – grunhi, apertando o quadril dela.
– Sim. – concordou, mordiscando meu lábio. – E você vai amar cada segundo.
E era a mais pura verdade.


FIM



Nota da autora: Eu amo esse homem, eu amo esse álbum, sou apaixonada por essa musica e adorei a história! Espero que vocês gostem tanto quanto eu e não deixem de me falar o que acharam, por favor. Beijos!

Nota da scripter: Eu sou muito suspeita porque eu sou cadelinha de tudo o que você escreve, Danyelle, mas QUE CASAL! Meu Deus do céu, eu tô tão apaixonada por esses dois que poderia ficar lendo sobre eles por HORAS! Nossa, amiga, você arrasou muito. Não vou achar ruim uma continuação, hein? hehehe. Parabéns! Ficou incrível. ♥

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