Capítulo Único
Com dezesseis anos ela saiu para dar uma volta, uma volta para achar a calmaria depois de uma traição, não foi só uma traição do seu ex-namorado foi de sua melhor amiga também. Mudou de escola e de cidade, foi morar com sua tia já que a mesma morava na cidade grande e odiou o fato de virar chacota na cidade natal – cidade pequena sempre acontecia isso.
era uma garota calma, mas ao mesmo tempo intensa qual seus cabelos ruivos, não gostava muito de si até ler Anne of Green Gables e se identificar com a personagem: Ruiva, com sardas e olhos claros, não era igual na época que Anne viveu, mas não era fácil ser a única ruiva natural da escola. Já em sua nova casa, nova escola e no último ano ela dava-se por feliz, tinha um emprego em uma lanchonete e tinha bons amigos, além de sua tia.
Em uma tarde calorosa, estava se refrescando na piscina de casa, Margo estava deitada na espreguiçadeira passando o protetor solar, não gostou de como sua sobrinha estava, para baixo e desanimada,os olhos solitários vazio e distante, ela já teve os mesmo, mas por motivos piores.
— porque você não sai?
—E o que você sugere? Lugar no caso, tia.
—Você não gosta de sair a noite, então tem uma festa que fica a alguns quilômetros daqui, posso te levar e fico por lá visitando minha amiga.
—Neste calor, você tem certeza?
—Sim, não vai atrapalhar em nada.
—Certo eu vou, que horas saímos?
—Daqui duas horas, aproveita um pouco mais a piscina e leve um biquini junto.
—Tem piscina lá?
—Tem uma praia.
Despertou a curiosidade e , ela estava simplesmente louca para saber o que era, ou melhor, como era. Alguns minutos a mais na piscina e logo saiu. Subiu para o seu quarto e tomou um banho na suíte, trocou de roupa colocando um vestido vermelho de poá e deixou o cabelo secar naturalmente, passou um rímel à prova d’água, blush rosadinho e um gloss. A bolsa no ombro com o carregador do celular, biquini e toalha. Estava pronta e só estava à espera de sua tia.
Margo apareceu na sala com um longo vestido preto e solto, óculos de sol e chapéu marrom para se proteger do sol.
Viagem calma e tranquila, mas os olhos solitários ainda estavam na garota, podia ser medo de depositar a confiança em outra pessoa ou medo de ficar sozinha para sempre. O vento que entrava pela janela balançava seus fios ruivos o secando, fazia um tempo que estavam na estrada e nada de chegar no lugar, se perguntou se sua tia sabia mesmo o lugar que estava indo.
Até que ela parou na frente de uma linda casa, bem cuidada com a pintura em dia, o sino de conchas balançando uma na outra e emitindo som.
—Não são de verdades, são de mentiras. – Se referiu as conchas. – Jeny não gosta de tirar conhchas do mar, ela sabe que atrapalha o ecossistema.
—Que alívio, eu já ia perguntar se sua amiga não sabia disso. – Viu a tia bater na porta. – Você vai me levar até essa festa não é?
—Vou, e trate de decorar o caminho, eu não estarei sóbria para buscar você.
—Pode deixar. – Ela riu. – Oi. – Disse rapidamente ao ver a porta abrir.
—Margo, ! – Jeny abraçou as duas ao mesmo tempo. – Como vocês estão?
—Bem obrigada. – falou.
—Com saudades daquelas noites em drinks e acordar com a ressaca gratificante.
—E eu achando que eu era a anormal da família.
—Sua mãe foi sempre muito certinha, não gosta nem um pouco de mim com a Margo, me surpreende você ter puxado o lado da sua tia já que passou um bom tempo com seus pais.
—Eles são uns bons pais, mas eu não sei o que aconteceu que segui o caminho dela, ou quase o caminho.
—Sem drogas, sem consumo exagerado de bebidas, só dançar e cantar a noite toda. – Margo respondeu.
—O famoso lema meu. – sorriu.
—Mas está certo o que está errado é a gente continuar conversando aqui na porta. Entrem.
A casa por dentro era mais bonita que esperava, as portas francesas abertas deixava a brisa do mar entrar, o perfume de flores estava por toda a casa, o laranja e amarelo era as cores que mais predominava o local, logo concluiu que era as cores favoritas de Jeny
Conversaram mais um pouco e foram para os quartos que elas ficariam hospedadas; se arrumou depois de saber mais sobre a festa. Não era bem numa praia, era em uma casa local, mas tinha uma boa vista da praia.
Talvez tenha mudado desde a última vez que Margo foi até lá.
se vestiu, colocou um short por cima da parte de baixo do biquíni e levou uma blusa bem soltinha caso quisesse vestir durante a festa. Jeny foi junto com as Watson, e deixaram na esquina, explicaram novamente o caminho para voltar e o melhor horário também. A garota concordou com a cabeça e agradeceu a tia e a amiga.
Antes de entrar ela respirou fundo, amarrando a blusa na cintura, e passou por todas aquelas pessoas. Nitidamente a festa já estava acontecendo a um bom tempo, copos vazios por todo lado, as pessoas cantando e dançando, a música alta. O lugar era bem agradável. E a piscina era de tirar o fôlego.
Andou um pouco, pegou um drink e passou a se divertir com a música e dançar sozinha, mas ainda se sentia um pouco solitária, ela não era assim em festas se enturmar facilmente e agora estava tudo estranho. Parou de dançar e colocou o copo em uma mesa qualquer, olhou para o lado procurando algum refúgio dali enquanto colocava sua blusa; Achou uma escada que levava até a praia. Sentou na areia e ficou ali a refletir sobre tudo, talvez levasse a vida do jeito que quisesse não fosse bem o que lhe trazia a felicidade.
—Posso me sentar junto a você? – Um homem perguntou, a voz não era estranha para .
—Pode. – Ao olhar para ele, que sentava ao seu lado esquerdo, pode ver muito bem quem era. – . – Seus olhos brilharam.
—Achei que não ia me reconhecer.
—Impossível esquecer de você, está a passeio?
—Moro aqui agora, me mudei faz pouco tempo.
—Eu estava com saudades de você. – O abraçou. – Sua família como está? A torta de maça ainda me dá saudades.
—Estão todos bem, e sua tia?
—Bem também. – Sentiu que o assunto poderia morrer ali.
foi um dos amigos, ou melhor, apenas colega de classe que ficou ao lado de e também quem o ajudou a fugir de madrugada.
—Não aguentei ficar mais lá. – Ele começou a falar. – Você não tem privacidade.
—Mal de cidade pequena.
—E nem fale nisso! Mas você parece um pouco distante.
—Eu não sei, vim aqui para me divertir mas não consegui fazer isso, e o pior que eu sempre consigo.
—Bom, posso te ajudar, que tal um mergulho.
—A essa hora? .
—Vamos você vai gostar. – Tirou a camisa. – É nesses momentos que precisamos de um banho frio, mas neste caso um bom banho de mar ajuda.
—Certo, certo.
Confiou nele uma vez sem ao menos saber muito sobre, ele agora, que passou um bom tempo trocando mensagens, porque não confiaria?
O que faltava para ela não era só festa, drinks e músicas, era uma boa companhia, não que sua tia fizesse isso, mas apenas um momento com a única pessoa que ajudou sair do pior pesadelo.
Aquele olhar havia sumido ao vê-lo, e ela tinha percebido isso, tinha sentido.
Não era uma atração por , talvez isso pudesse acontecer mais tarde, porém agora, ela só queria sentir a leveza de estar muito bem acompanhada.
No dia seguinte, acordou em uma cama de casal, o cabelo estava embaraçado, o biquíni ao pés da cama e ela com uma blusa comprida, não era sua e nitidamente tinha perfume de homem.
—Bom dia. – entrou com uma caneca de café. – Não, nós não transamos, mas você acabou com todo o meu vinho, então você pediu para vir para o quarto pois queria dormir, e eu só dei uma blusa minha.
—Eu acordei preocupada. – Riu. – Não é do meu feitio transar na praia. Tem que ser em um arranha céu onde posso ver a cidade toda. – Fez ele rir. – obrigada por ontem.
—Não precisa agradecer. – Entregou a caneca. – Só me promete que não vai mais ter o mesmo olhar de antes.
—Para isso não vou poder ficar longe de você.
— Claro que não, pretendo ir embora não.
Ele sorriu e deu um beijo perto dos lábios dela, ela não sabia mas sempre deixou bem guardado a sete chaves, o único sentimento mais puro que ele já teve por uma garota.
FIM!
Nota da autora: Oi oi, a fanfic até que ficou boa, e eu gostei, e espero que vocês tenham gostado. Sim Thomas por causa do Thomas Shelby... O que será que vem ai?
Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤
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